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FAMÍLIA ANDRÉ CUNHA Nº6 JOSÉ GONÇALVES Nº23

Família- Sociologia 12ºAno

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FAMÍLIA

ANDRÉ CUNHA Nº6JOSÉ GONÇALVES Nº23

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Noção de Família Considera-se que a vida social é algo fundamental à existência e sobrevivência dos seres

humanos enquanto indivíduos, é na família que se dá início ao processo de socialização, educação e formação para o mundo.

As famílias são consideradas grupos primários, nos quais as relações entre os indivíduos são pautadas na subjectividade dos sentimentos entre as pessoas.

Os grupos familiares caracterizam-se por vínculos biológicos, mas sua constituição ao longo da história em todos os agrupamentos humanos não se limitou apenas ao aspecto da procriação e preservação da espécie, mas tornou-se um fenómeno social.

Deve existir harmonia, afecto, protecção e todo o tipo de apoio necessário na resolução de conflitos ou problemas de algum dos membros. As relações de confiança, segurança, conforto e bem-estar proporcionam a unidade familiar.

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A estrutura da família O tipo de família designado por família extensa, estende-se por mais de duas gerações,

incluindo os pais, os filhos casados ou solteiros, os genros e noras, os netos, os tios e os primos, por exemplo.Mas a família usualmente é pensada em termos de um grupo mais restrito, isto é, o homem (pai), a mulher (mãe) e os filhos. Esta é a chamada família nuclear, baseada no relacionamento conjugal.

Independentemente da dimensão, os dois elementos institucionais centrais da família são o casamento e a paternidade/maternidade. O casamento é o padrão socialmente aprovado para que duas ou mais pessoas estabeleçam uma família, e envolve as regras, obrigações e direitos da relação entre marido e mulher. Quanto ao casamento, o tipo e o processo varia de sociedade para sociedade, consoante os valores, as práticas sociais e cultura. Por exemplo, na sociedade ocidental apenas existe um casamento, um homem para uma mulher, ou seja casamento monogâmico. Já outras sociedades do mundo a poligamia é aceite, ou seja a pluralidade de cônjuges.

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Tipos de família

Família nuclear: É um grupo doméstico composto por pai, mãe e filhos.

Família monoparental: É uma família formada pai ou mãe e filhos. É fruto da viuvez, divórcio ou escolha de um dos progenitores.

Família recomposta: Estas famílias resultam de um novo casamento (ou união) com reunião dos filhos de casamentos anteriores.

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Novos tipos de família ou vida familiar

Família monoparental: É uma família formada pai ou mãe e filhos. É fruto da viuvez, divórcio ou escolha de um dos progenitores.

Família recomposta: Estas famílias resultam de um novo casamento (ou união) com reunião dos filhos de casamentos anteriores.

Família arco-íris: é constituída por um casal homossexual (ou pessoa solteira homossexual) que tenha uma ou mais crianças ao seu cargo. Mesmo sendo legal em vários países ainda é muito discutida no caso da adopção.

União de facto (Coabitação): É uma forma de vida familiar em que o casal mantém a relação sexual estável, vive em conjunto mas não efectuou o casamento. Tal como noutros países, esta forma de família tem aumentado em Portugal.

Monorresidência: A monorresidência é outra forma de vida que tem vindo a aumentar nas últimas décadas. Caracteriza-se pelo facto das pessoas viverem sós e abrange transversalmente a sociedade: jovens, indivíduos em idade adulta por opção ou em situação transitória e idosos.

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REPRODUÇÃO A família é a principal instituição através da qual a sociedade regula a satisfação das

necessidades sexuais e organiza a procriação. Se a satisfação sexual fora do casamento é tolerada, já a procriação fora da família é

menos aprovada socialmente. Esta justificação prende-se não só com os modelos familiares instituídos como na necessidade da função de socialização ser exercida de forma mais próxima e afectiva, o que confere prioritariamente esse papel à família.

Funções

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SOCIALIZAÇÃO A família prepara a criança para o desempenho de certos papéis correspondentes ao seu

género e estatuto. A socialização de género, que reproduz modelos sociais instituídos, é uma das funções

que a cultura dominante atribui às famílias- desde cedo se aprende o comportamento feminino ou masculino de acordo com o respectivo sexo. Mas a aprendizagem dos modelos sociais é também exercida no contexto do grupo social de pertença; isto é: viver e crescer numa família é afinal, uma preparação para uma situação d eclasse. Os valores, hábitos de vida, as normas que a criança interioriza contribuem para a sua colocação social.

Funções

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Económica ou Consumo Nas sociedade tradicionais, a família constituía a unidade económica fundamental. A satisfação das

necessidades exigia que os seus membros trabalhassem em conjunto, partilhando o resultado da produção. Com a industrialização esta situação veio a modificar-se.

O capitalismo desenvolveu-se e a concorrência e o lucro, motor da actividade económica, exigiram das empresas uma organização da produção e do trabalho mais rentáveis. A obtenção de mais-valias era, então, indispensável à sobrevivência das empresas num mundo tão competitivo. Já não era viável que a produção estivesse entregue às famílias. De camponesas e artesãs , muitas da famílias passaram, então, a assalariadas, possuindo apenas a sua força de trabalho que vendiam no mercado em troca de um salário para o seu sustento ou consumo.

Por isso a família, hoje, já não é a unidade base da produção, sendo apenas a unidade-base do consumo. A empresa produz para o consumo das famílias. O consumo torna-se, assim, numa das funções das famílias e condição de sustentabilidade das modernas economias industrializadas- as sociedades de consumo.

Funções

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Indicadores da mudança demográfica da Família Portuguesa das últimas décadas

aumento do casamento civil contra o religioso; a queda das taxas de nupcialidade; o aumento do número de filhos fora do casamento; o aumento da idade média do primeiro casamento para ambos os sexos.

Já na área das formas de conjugalidade, verifica-se: A existência de outras formas de conjugalidade, como a união de facto como experiência de pré-

casamento ou como alternativa ao casamento; Uma mudança na forma como é vivida a conjugalidade assumindo o afecto, a intimidade, a partilha

e a "proteção", valores estruturantes.

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Novos papéis parentais A evolução da sociedade permitiu o aparecimento de novos papéis sociais. Hoje em dia a família já

não se encontra unida pelo trabalho em conjunto, uma vez que os seus membros, que se especializam, trabalham separadamente. Já não constitui uma unidade de produção económica, antes se transformou numa unidade consumidora de bens e serviços produzidos no exterior.

Houve uma quebra de natalidade porque as crianças já não são um bem económico, pois não trabalham, sendo que as famílias numerosas têm mais dificuldades.Para além destas mudanças existem outras como as tarefas educativas passarem a ser desempenhadas por outras instituições para além da família, instituições como a escola e os média se destacam.

O ingresso das mulheres no mercado de trabalho operou uma das maiores mudanças na vida familiar, porque aumentou a independência da mulher.O facto de a mulher ter um novo papel na sociedade também modificou o comportamento masculino que hoje em dia partilha as tarefas com a mulher, sendo diferente do período em que a mulher ainda não era valorizada. Esta nova situação veio modificar as relações dentro do casamento. A família já não é dominada pela autoridade do homem, mas baseia-se numa relação igualitária entre os cônjuges.

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Novo lugar da criança em casa e na sociedade

O lugar da criança na sociedade atual é bem diferente do que ocupava há séculos atrás. Antigamente exigia-se o trabalho das crianças no campos e outras actividades necessárias à sua difícil sobrevivência. Eram tratadas como "adultos pequenos" e era pedida a sua colaboração desde cedo sobretudo por razões económicas, não respeitando os valores físicos ou psicológicos. O que viria a mudar coma Declaração Univesal dos Direitos Humanos em 1948, e mais tarde em 1989, a Declaração Universal dos Direitos da Criança.

Em vez de trabalhar têm direito à educação nos mais variados tipos de instituição (creches, infantários, escolas etc.). Apesar de possuírem direitos também têm deveres. Hoje em dia na cultura ocidental as crianças são as mais protegidas das famílias, tendo os privilégios que merecem.

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Violência intrafamiliar A violência doméstica e os abusos, em particular, sobre mulheres,

crianças e idosos, são situações de desrespeito humano no seio da família. Estes tipos de violência são descritos por Giddens como actos que acontecem pela combinação entre a intensidade emocional e a intimidade pessoal (amor e ódio).

Nos casos de violência doméstica as vítimas sofrem em silêncio por força do controlo social, vergonha, dependência económica etc.

Os abusos sobre crianças atravessam toda a sociedade, verificando-se em todos os estratos sociais. Demonstra a violência vinda de alguém "mais forte" que outro, refletindo o exercício de poder sobre alguém que pode não saber se defender. Podem envolver aspectos como negligência, abusos físicos ou emocionais e abusos sexuais.

Como consequência, as crianças maltratadas poderão tornar-se em adultos violentos e reproduzir o mesmo tipo de ação. No entanto, a luta pelos direitos dos grupos mais frágeis da sociedade tem proporcionado informação e apoio social.