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Professor Conteudista: Silvio Soares Bandeira PERNAMBUCO, 2010.

Fascículo Sistema Operacional Linux

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Page 1: Fascículo Sistema Operacional Linux

Professor Conteudista: Silvio Soares Bandeira

PERNAMBUCO, 2010.

Page 2: Fascículo Sistema Operacional Linux

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

6. O Que é Linux?

12.1 Software livre/ código-aberto

12.2 Licença GPL

12.3 Outras Licenças

12.4 FSF e o projeto GNU

12.5 Free Software Foundation

12.6 GNU’s Not Unix

12.7 Richard Stallman

12.8 Distribuições

12.9 Tipos de Distribuições

12.10 O que vem em uma Distribuição Linux

7. O Ubuntu

13.1 Versões do Ubuntu

13.2 Instalando o Ubuntu Linux

12.3 Conhecendo o GNOME

13.4 Criando uma Conta de Usuário

13.5 Adicionando/Removendo Aplicações

13.6 Configurações de Rede

13.7 Conhecendo alguns Comandos do Console

Page 3: Fascículo Sistema Operacional Linux

Olá Pessoal!

Dedicamos a maior parte do curso ao Sistema Microsoft Windows por

julgarmos a sua importância no mercado de trabalho e sua facilidade de uso. Como

muito dos conceitos abordados são de sistemas operacionais e não somente do

Windows, iremos aproveitar grande parte deste assunto e aplicar nesta nossa última

etapa do curso.

Nesta última semana, você terá a oportunidade de conhecer o Software Livre.

Uma das maiores revoluções em todos os níveis de conceitos, seja ele filosófico ou

econômico.

Iremos conhecer as regras de mundo “livre”, as personalidades, os principais

divulgadores, as filosofias de uso e claro, sem esquecer do mais importante: o Sistema

Operacional Linux abrangendo sua instalação, configuração e uso.

Aqui copiar é legal! E não há pirataria! ou seja, copiar é legal de ser bacana e

divertido e também copiar é legal no sentido de estar correto perante as leis, ou seja,

não há problemas em copiarmos e difundirmos conhecimento.

Por isso é dito que o Linux é uma das maiores revoluções da história da

Informática. Imagine que existem milhares e milhares de pessoas que constroem um

sistema para você usar totalmente de graça e ainda mais, lhe dá a oportunidade de

conhecer integralmente como cada programa é feito e ainda lhe permite que você

altere o programa de acordo com sua conveniência.

E ai? Vamos conhecer este novo mundo?

Então Seja Livre!

Mas não esqueça...

“Nunca desanime! A melhor parte do conhecer é APRENDER!”

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6. O Que é Linux?

O Linux é um sistema operacional, ou seja, a interface que gerencia o

computador e torna possível a sua interação com o usuário. Sendo assim, o Linux é

quem controla o gerenciamento dos dispositivos físicos (como memória, disco rígido,

processador, entre outros) e permite que os programas os utilizem para as mais

diversas tarefas. Outros sistemas operacionais incluem: a família UNIX BSD

(FreeBSD, NetBSD, OpenBSD e outros), AIX, HP-UX, OS/2, MacOS, Windows, MS-

DOS, entre muitos outros.

O criador do kernel (núcleo do sistema operacional) Linux se chama Linus

Torvalds, que também é até hoje o mantenedor da árvore principal deste kernel.

Quando Linus fez o kernel, seguiu os padrões de funcionamento POSIX – os mesmos

utilizados por todos os sistemas UNIX – e por isso é um sistema operacional bem

parecido com os outros da família UNIX (mas não igual). Um fato curioso é a origem

do nome Linux: o autor juntou seu nome ao Unix (Linus + Unix) e o resultando foi

Linux.

Um dos recursos que deixou o Linux mais utilizado é sua alta portabilidade, que

faz com que o sistema possa ser utilizado em diversas plataformas de hardware: PCs,

main-frames, servidores de porte, sistemas embarcados, celulares, handhelds,

roteadores, entre outros. Além disso, ele é um sistema operacional completo, multi-

tarefa e multi-usuário, o que significa que vários serviços e usuários podem utilizá-lo

ao mesmo tempo. Outra característica importante é sua alta capacidade de conversar

com outros sistemas operacionais, tais quais outros sistemas UNIX, redes Windows,

Novell, entre outros.

Além de todas essas funcionalidades, uma das principais e mais importantes

características do Linux é ele ser um software livre e gratuito (Open Source – ou em

português – Código Aberto). Isto significa que você não precisa pagar para usá-lo,

além de ter a possibilidade de não depender de nenhuma empresa que controle o

sistema operacional. O código-fonte do núcleo do sistema (kernel) está liberado sob a

licença GPL e pode ser obtido na Internet por qualquer pessoa, pode também ter seu

código alterado e re-distribuído, modificando ao seu gosto e suas necessidades, caso

preciso. Por ser livre, o Linux tem como desenvolvedores vários programadores

espalhados pelo mundo, de várias empresas diferentes ou até pessoas isoladas, que

contribuem sempre mandando pedaços de códigos e implementações ao Linus

Torvalds, que organiza e decide o que ir ao kernel oficial ou não.

Page 5: Fascículo Sistema Operacional Linux

6.1 Software Livre / Código-Aberto

Quando um software é lançado, o autor geralmente escolhe uma licença para a

sua criação. Esta licença é quem vai dizer o que se pode ou o que não se pode fazer

com o software disponibilizado. Historicamente, com a popularização da informática,

as licenças geralmente constituíam uma série de restrições para os usuários quanto

ao uso do software, como por exemplo: usuários tinham que pagar para usar e não

podiam modificar ou mexer na sua base de programação.

Quando Linus Torvalds criou e lançou seu kernel, ele o colocou sob a licença

GPL (General Public Licence – Licença Pública Geral), uma licença criada pela

fundação GNU que permitia o livre uso dos softwares, protegendo de pessoas mal-

intencionadas. A licença GPL foi uma das responsáveis pela popularização do sistema

operacional Linux, pois permitia que usuários e desenvolvedores pudessem usar e

modificar o sistema de acordo com suas necessidades. Ao mesmo tempo, que ela

permite liberdades em relação ao software, ela também protege o código para que a

licença e suas liberdades não sejam modificadas. Este tipo de licença permissiva é

quem define quando um software é livre, ou é de código-aberto.

6.2 Licença GPL

A licença GPL permite que o autor distribua livremente o seu código,

oferecendo assim 4 liberdades:

1. A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito;

2. A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas

necessidades;

3. A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu

próximo;

4. A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos,

de modo que toda a comunidade se beneficie deles.

Em outras palavras, todos podem utilizar modificar e redistribuir o software (e

inclusive as modificações), contanto que tudo isto seja feito respeitando e mantendo a

mesma licença GPL. Isso permite que o software nunca seja fechado, assim pessoas

mal-intencionadas não podem fazer uso desleal do código.

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6.3 Outras Licenças

Além da GPL, há uma grande quantidade de outras licenças que permitem o

uso livre dos softwares. Podemos citar alguns exemplos como a LGPL, Original BSD,

Modified BSD, Apache License, Intel Open Source License, Mozilla Public License,

entre muitas outras.

6.4 FSF e o Projeto GNU

A FSF – Free Software Foundation (Fundação do Software Livre, em

português) – criada em 1985 por Richard M. Stallman é uma fundação sem fins

lucrativos com o objetivo de incentivar o movimento do software livre. A FSF foi

pioneira na discussão e criação de softwares livres no mundo, em uma época em que

tudo estava tendendo ao software pago.

6.5 Free Software Foundation

Em 1985, Richard Stallman criou a Free Software Foundation, uma

organização sem fins lucrativos que atua na defesa do software livre e suas licenças. A

FSF cuida de licenças como a GPL, importantes na implantação e adoção do software

livre no mundo. Além disso, ela também gerencia o projeto GNU, auxiliando todo o

grande número de programas que participam do projeto.

A Free Software Foundation tem sua sede em Boston, MA, EUA. Além da sede, ela

também tem filiais na América Latina, Europa e Índia.

6.6 GNU’s Not Unix

O Projeto GNU foi o berço do software livre. Iniciado em 1984 e idealizado por

Richard Stallman, seu propósito era criar um sistema operacional livre, de código-

aberto. Stallman começou com a idéia criando o editor de textos chamado emacs, que

foi muito bem recebido ao seu redor, depois contemplando o projeto com outros

pedaços de software como o compilador gcc.

Depois de algum tempo, o projeto GNU tinha todas as ferramentas prontas

para os usuários utilizarem, mas faltava apenas uma coisa: o kernel. Sem um kernel

próprio e livre, o ideal de software livre do projeto GNU não poderia ser alcançado.

Por essa razão, um estudante da Finlândia chamado Linus Torvalds criou um

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kernel chamado Linux e utilizou todas as ferramentas do projeto GNU nele. Como o

kernel era livre, rapidamente as pessoas ao redor do projeto GNU começaram a

utilizá-lo e apesar de não ser considerado oficial, o Linux acabou se tornando o kernel

principal do sistema GNU.

Por essa razão, muitas pessoas utilizam o termo “GNU/Linux” para chamar o

sistema operacional que tem como kernel o Linux e muitas de suas ferramentas

básicas do projeto GNU. Essa questão é bastante polêmica e gera muitas

controvérsias, pois atualmente não se usa apenas as ferramentas GNU: as

distribuições possuem vários outros programas de diversos projetos diferentes.

6.7 Richard Stallman

Fundador e criador de várias políticas sobre softwares livres, Richard Stallman

pode ser considerado um dos pais do software livre. Até os dias de hoje (2008),

Stallman continua atuando como articulador pela Free Software Foundation.

Defendendo o software livre e a GPL com todas suas forças.

Outras personalidades do mundo do Software Livre que você deve conhecer e

pesquisar um pouco:

• John Maddog Hall – Presidente da Linux Internacional, instituto que dentre

outras funções é responsável pelas provas de certificação LPI (Linux

Professional Institute).

• Marcelo Tossati – Brasileiro que foi mantenedor de umas das versões do

Kernel.

• Eric Raymond – Um famoso hacker americano que escreveu o livro “A

Catedral e o Bazar” que faz analogia entre o software livre e proprietário.

• Linus Torvalds – Criador do Kernel do Linux.

• Sérgio Amadeu – Ativista brasileiro do software livre.

• Ian Murdock – Criador do Debian.

• Mark Shuttleworth – Dono da Canonical, empresa que faz o Ubuntu Linux.

6.8 Distribuições

O Kernel de um sistema operacional sozinho não faz nada. É necessário o uso

de ferramentas, programas, interfaces para o usuário e um Shell apropriado. Então

como reunir todos os elementos básicos de um sistema operacional e torná-lo

funcional para o usuário final?

Esta questão foi resolvida com o surgimento das distribuições. As empresas e

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pessoas criaram processos de empacotamento do kernel e ferramentas diversas e

forneciam aos usuários o pacote todo pronto: uma distribuição. Os usuários obtinham

cópias de disquetes ou CDs através de amigos ou pela Internet e instalavam em suas

máquinas através dos sistemas de instalação que as empresas e pessoas por trás das

distribuições fizeram, tornando assim o trabalho muito mais fácil.

Um bom ponto de partida para se conhecer muitas distribuições é o site

Distrowatch – http://www.distrowatch.com – que contém uma lista gigante de

distribuições, seus conteúdos, descrições e objetivos.

Exemplos de distribuições Linux são:

• Mandriva (Antiga Conectiva Linux)

• Kurumin (brasileira)

• Debian

• Fedora

• Red Hat

• Slackware

• SUSE

• Ubuntu

• Yellow Dog Linux (para Mac)

Fique de Olho:

No dia a dia dos usuários Linux, Distribuição pode ser chamada de Distro.

6.9 Tipos de Distribuições

Existe distribuição pra tudo! Distribuição voltada para jogos, lan-houses,

igrejas, músicos, médicos, advogados, professores, telecentros, crianças, deficientes

visuais, matemáticos... há uma infinidade de distribuições. Existem distribuições que

atendem a todos em geral que trazem aplicativos para acesso a Internet, pacotes

Offices e programas utilitários também.

Existem também distribuições com fins específicos como:

• Sistemas embarcados (para celulares e smartphones)

• Segurança de redes

• Redes wireless

• Invasão de redes

• Forense (para auxílio à descoberta de crimes digitais),

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• Roteadores

• Live-CD (Distribuições que podem ser utilizadas sem a necessidade de instalar no computador. Basta dar boot pelo CDROM e utilizá-la).

6.10 O que vem em uma Distribuição Linux?

Quando empresas e/ou pessoas fazem uma distribuição, eles tem dois

objetivos: O primeiro é facilitar a vida do usuário e criar meios para que seja possível

utilizar o Linux com facilidade. A outra é trazer uma reunião de aplicativos específicos

de um assunto como uma distribuição voltada para estúdio de música ou ainda uma

distribuição que atenda a maioria dos usuários como o Ubuntu Linux. Uma distribuição

feito Ubuntu, Fedora ou SuSE trás aplicativos genéricos de acesso a internet, bate

papo, clientes de email, pacote Office e também alguns joguinhos.

Os itens citados abaixo não são obrigatórios terem em uma distribuição Linux,

mas é prática comum do mercado utilizá-los.

• Kernel

Claro! O kernel do Linux, o coração do sistema.

• Instalador

Um programa que ajude o usuário a instalar o Linux no seu computador.

• Shell

O interpretador de comandos. O mais comum do mundo Linux é o Bash.

Mas existem outros como o csh, bsh e o sh.

• Aplicativos em Modo Texto

O Shell do Linux é muito utilizado. É possível fazer absolutamente tudo

em modo texto, através de linhas de comando.

• Servidor X

É o servidor que proporciona ter Interface Gráfica no Linux. Não é

obrigatório, mas se desejado, você pode ter mais de uma interface gráfica no Linux.

• Interfaces Gráficas

Graças ao Servidor X, é possível ter diversas interfaces gráficas. Conheça

alguma delas: KDE, GNOME, FLUXBOX, WindowMaker, BlackBox e Enlightnment.

• Gerenciadores de Boot

O NTLDR é utilizado pelo Windows para possibilitar a escolha do sistema

operacional na hora em que ligamos o computador. No Linux os principais são:

LILO – Linux Loader

GRUB - GRand Unified Bootloader

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• Módulos

Programas que ligam o sistema operacional ao hardware, como o módulo da

placa de som. Módulos é o mesmo que Driver no mundo Microsoft.

Fique de Olho:

As Interfaces gráficas do Linux são Opcionais!

7. O Ubuntu Linux

Hoje indiscutivelmente a distribuição mais utilizada e difundida no mundo é o

Ubuntu Linux, que é uma derivação do Debian. Sem dúvidas a distribuição que

popularizou o Linux no mercado de usuários finais e Desktops.

O Ubuntu é uma distribuição produzida pela Empresa Canonical.

Saiba mais:

Ubuntu é uma palavra de origem africana que significa “Humanidade para os

outros”, ou “Sou o que sou pelo que nós somos”.

Fique de Olho:

A pronúncia correta da palavra Ubuntu é paroxítona! Fale “Ubúntu”

7.1 Versões do Ubuntu

A primeira versão do Ubuntu Linux saiu em Outubro de 2004 e sempre utiliza a

seguinte nomenclatura de versões.

Nome AA.MM onde AA é o ano de lançamento e MM o mês. Todo ano a Canonical

lança duas versões. Sempre nos meses de Abril e Outubro. E como Mark Shuttleworth

(o proprietário da Canonical) é africano, os nomes das versões têm a ver com animais.

Veja abaixo, as versões lançadas desta distribuição e os nomes.

• Ubuntu 4.10: The Warty Warthog (O Porco-Africano Verruguento)

• Ubuntu 5.04: The Hoary Hedghog (O Ouriço Grisalho)

• Ubuntu 5.10: The Breezy Badger (O Texugo Fresco)

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• Ubuntu 6.06 LTS: The Dapper Drake (O Pato Doméstico Estiloso)

• Ubuntu 6.10: The Edgy Eft (A Salamandra Hi-Tec)

• Ubuntu 7.04: The Feisty Fawn (O Jovem Bravo Cervo)

• Ubuntu 7.10: The Gutsy Gibbon (O Macaquinho Corajoso)

• Ubuntu 8.04 LTS: The Hardy Heron (A Garça Durona)

• Ubuntu 8.10: Intrepid Ibex (Bode Intrépido)

• Ubuntu 9.04: Jaunty Jackalope (Coelho Elegante)

Saiba Mais:

LTS é a sigla para Long Time Suport, são versões especiais dos sistemas Ubuntu que

tem suporte garantido por 5 anos a partir da data de lançamento.

7.2 Instalando o Ubuntu Linux

Hoje em dia instalar uma distribuição Linux é fácil e descomplicado. Vamos

abordar a Instalação do Ubuntu Linux, porém você será capaz de instalar qualquer

distribuição comercial como Fedora, Mandriva e SuSE.

Você pode baixar o Ubuntu Linux diretamente do site http://www.ubuntu.com

escolha a versão Desktop Edition e grave um CD. No nosso caso, você poderá utilizar

uma máquina virtual como o VMWARE ou o VirtualBox.

Dê o boot com o CD do Ubuntu. Já no boot o programa de instalação lhe

indaga em que linguagem você deseja instalar e/ou utilizar o sistema. Se lembre que o

Ubuntu também é um LIVECD e você pode utilizar a vontade sem instalar

absolutamente nada no seu computador.

Escolha o idioma de instalação e tecle enter

Page 12: Fascículo Sistema Operacional Linux

Logo após, o programa de instalação lhe apresenta o que é possível fazer com

o LIVECD. No nosso caso, vamos escolher a segunda opção “Instalar o Ubuntu”. Caso

você queira apenas fazer um teste, conhecer o sistema sem qualquer alteração no seu

computador escolha a primeira opção.

Para instalar o Ubuntu, escolha a segunda opção.

A partir desta ação, é necessário seguir os passos de acordo com o desejado,

sendo que deste ponto em diante a instalação será seguida por telas visuais muito

simples e intuitivas que irão guiar o usuário durante todo processo.

O sistema pergunta ao usuário se ele realmente quer continuar a instalação na

linguagem já escolhida anteriormente. O idioma escolhido será o idioma padrão de

todo o sistema, ou seja, se escolhermos o Português do Brasil teremos toda a parte

gráfica do sistema adaptada à linguagem escolhida, bem como arquivos de ajuda.

Escolha o Idioma

Page 13: Fascículo Sistema Operacional Linux

Mantida ou trocada a opção de idioma desejado, o sistema avança para a

escolha do Fuso Horário. Neste ponto, é necessário escolher a zona de horário de

acordo com a sua região.

Você poderá escolher clicando com o mouse diretamente no mapa ou

escolhendo a cidade e país nos quadros.

Escolhendo o Fuso Horário

Na próxima tela, escolha o padrão do teclado do seu computador. Geralmente

aqui no Brasil, o teclado é ABNT (o que tem a tecla Ç ) Mas há uma área de teste,

você poderá ir lá e verificar se todas as letras estão sendo reconhecidas de forma

correta.

Configuração do Teclado

Page 14: Fascículo Sistema Operacional Linux

A próxima tela, trás a configuração de partições. O Linux precisa pelo menos

de duas partições. Uma principal, chamada de / (raiz) que abrigará todo o sistema e

uma de memória virtual chamada de swap.

O Linux não usa letra para designar as unidades de disco como o Windows faz,

mas podemos fazer uma analogia onde a barra “/” é a unidade C:\ do Windows.

Geralmente a partição SWAP é calculada da seguinte forma: de 1 a 2 vezes o

tamanho da sua memória RAM. Por exemplo. Se você tiver 2GB no seu computador o

sistema de memória virtual SWAP poderá ter de 2 a 4GB de tamanho. Já a partição

Raiz “/ “ deverá ter no mínimo 2GB de tamanho no caso do Ubuntu. Porém existem

distribuições como o “Debian Minimal Install” que requer apenas 100MB para uma

instalação inicial.

Escolha Usar o disco inteiro e clique em avançar.

Logo após vem a tela de criação de usuários. Preencha os campos e clique em

prosseguir.

Page 15: Fascículo Sistema Operacional Linux

Preencha os campos e clique em avançar.

A próxima tela apresenta um resumo de tudo que foi escolhido até agora. Caso

alguma coisa esteja errada, a hora de mudar é esta, pressionando o botão voltar. Caso

esteja tudo correto, basta clicar em avançar e esperar pacientemente a instalação do

sistema.

Resumo da Instalação

Page 16: Fascículo Sistema Operacional Linux

Note que na tela acima, o último parágrafo trata do particionamento do disco.

Note que o disco terá duas partições. A Raiz e a SWAP. O Sistema de arquivos que foi

escolhido para a Raiz é o EXT3. E o sistema de arquivos do SWAP é SWAP mesmo.

O Linux trabalha com diversos sistemas de arquivos, podendo inclusive ter

diversas partições no mesmo HD com sistemas de arquivos diferentes operando em

harmonia.

Os principais sistemas de arquivos que o Linux trabalha são:

• EXT3

• EXT4

• REISER-FS

• JFS

• XFS

• SWAP

Progresso da Instalação

Fique de Olho:

Caso haja conexão com a Internet durante a Instalação, o próprio instalador já

irá fazer alguns downloads. Neste caso, a instalação demorará mais um pouco.

Ao final da instalação, o instalador apresentará a tela abaixo.

Page 17: Fascículo Sistema Operacional Linux

Final da instalação.

Neste passo, o Ubuntu irá lhe pedir para você remover o CDROM do Driver.

Faça isso e pressione enter.

Retire o CDROM do Driver. Caso esteja utilizando o VMWARE ou VirtualBox, basta pressionar enter.

Page 18: Fascículo Sistema Operacional Linux

Após este passo, o instalador irá reiniciar a máquina. Espere para ter a tela de Login

do Ubuntu Linux. Esta tela de login é gerada pelo GDM – GNOME Display Manager

que dentre outras funções é responsável em executar a interface gráfica GNOME e

fazer a autenticação dos usuários no sitema.. Coloque o Login pressione enter e

depois a senha e pressione enter.

GDM – Gerenciador de Login do GNOME.

Após usuário e senha a Área de Trabalho do GNOME será apresentada.

O Ubuntu utiliza o Desktop GNOME como sua Interface gráfica.

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Saiba mais:

No KDE ao invés do GDM para gerenciar o login na interface gráfica, é utilizado

o KDM – K Display Manager. As outras interfaces gráficas de menor porte utilizam o

XDM do próprio Servidor X.

7.3 Conhecendo o GNOME

Como você já sabe a Interface padrão do Ubuntu é o GNOME. Agora vamos

conhecer um pouco mais desta interface que tem como principal característica a

clareza estética, a limpeza da Área de Trabalho e a facilidade de uso.

GNOME é o ambiente desktop padrão do Ubuntu. GNOME (GNU Network

Object Model Environment) é um esforço internacional para fazer um ambiente

completo para o desktop - a interface gráfica, usa inteiramente de softwares livres.

você inicia seu computador, a primeira tela que aparece é o logon do Ubuntu,

onde você tecla o nome do usuário e a senha. A próxima tela é a do desktop Ubuntu.

O Ubuntu vem com a tela do desktop completamente limpa e livre de ícones por

padrão.

Desktop Padrão Ubuntu: GNOME.

Page 20: Fascículo Sistema Operacional Linux

Você pode organizar ícones e arquivos no desktop para acessá-los rapidamente. Se

um CD, Disco rígido ou qualquer outro dispositivo for conectado ao seu computador, o

Ubuntu automaticamente mostra o ícone na tela para permitir o rápido acesso.

Ícones no Desktop

No topo e no fundo da tela têm duas barras, chamadas painéis.

Painéis no Desktop

Page 21: Fascículo Sistema Operacional Linux

Estes são os três menus principais localizados no canto esquerdo do painel superior:

Aplicativos, Locais e Sistema.

Aplicativos: Este menu contém todas as aplicações instaladas em seu computador

como os jogos, tocadores de músicas, navegador de internet e clientes de mensagens.

O Menu Aplicativos

Locais: Este menu provê acesso ao diretório principal, dispositivos externos e a rede

do seu computador.

O Menu Locais

Page 22: Fascículo Sistema Operacional Linux

Saiba mais:

A Pasta Pessoal é criada como padrão para qualquer usuário e assume o nome do

usuário automaticamente. Ela contém todos os arquivos específicos dos usuários. Em

um sistema multi usuário, cada usuário guarda seus arquivos em sub-pastas desta

pasta.

Sistema: Este menu habilita você a mudar os ajustes do computador. Você também

pode acessar a ajuda do sistema e desligar seu computador. Aqui seria o “Painel de

Controle do Gnome”.

O Menu Sistema

Por padrão, há três ícones de atalho próximos aos menus no painel superior: Firefox,

Correio do Evolution e a Ajuda.

Você pode criar atalhos adicionais para quaisquer aplicações e colocá-los no painel

superior para rápido acesso.

Os Ícones de Atalho

1. Dê um clique com o botão direito na área limpa do painel superior e clique

Adicionar ao Painel. A caixa de diálogo Adicionar ao Painel aparece.

Adicionando um Ícone de Atalho

2. A caixa de diálogo Adicionar ao Painel mostra uma lista de aplicações disponíveis

Page 23: Fascículo Sistema Operacional Linux

no seu computador. Selecione uma aplicação e clique em Adicionar para adicioná-la

a área vazia do desktop. Se você quer inicializar os programas utilitários do menu

Aplicativos, clique em Lançador de Aplicação.

Saiba mais:

Alternativamente, você pode arrastar um ícone de aplicação da caixa de diálogo

Adicionar ao Painel e colocá-lo no painel para criar um atalho.

Adicionando Lançador de Aplicação

Data e hora atual são mostrados próximo a Bandeja do Sistema (System tray). Se

você clicar em data e hora um calendário será mostrado.

O próximo ícone do painel superior é o de desliga, reinicia, hiberna, bloqueia tela, e

fecha sessão.

Ícones do Painel Superior

O último ícone no painel inferior é a Lixeira. Ela contém os arquivos que você excluiu

do seu computador. Clique com o botão direito do mouse no ícone e clique em Abrir

para abrir a Lixeira.

Page 24: Fascículo Sistema Operacional Linux

O Ícone Lixeira

Você pode deletar um item permanentemente do computador pressionando a tecla

Delete.

Saiba mais:

Como alternativa você pode clicar com o botão direito no item e clicar em Excluir da

Lixeira para deletá-lo permanentemente do computador.

Se você quer restaurar o item deletado para o desktop, arraste o item da Lixeira para

o desktop.

Deletando Itens da Lixeira

Fique de Olho:

Toda vez que você for fazer alguma configuração no sistema, o Gnome pode lhe

indagar a senha para uso de direitos de administrador (conforme figura abaixo). Para

isso, basta você fornecer a senha do usuário que instalou o Ubuntu. Este usuário por

padrão tem direitos administrativos.

Page 25: Fascículo Sistema Operacional Linux

Tela que permite o usuário ter poderes administrativos.

7.4 Criando uma Conta de Usuário

Você pode ter vários usuários que precisem acessar seu sistema. Neste caso

há o risco de manipulação ou corrupção de dados por outros usuários. Para evitar que

isto aconteça, você pode criar contas de usuários individuais para quem precise usar

seu computador, dando a cada usuário uma conta individual com configurações

personalizadas. Por exemplo, é útil dar às crianças suas próprias contas no

computador para prevenir que elas alterem suas configurações ou acessem arquivos e

programas impróprios.

1. No menu Sistema, aponte para Administração e clique em Usuários e Grupos.

Vai aparecer a caixa de diálogo Configurações de Usuários.

2. Na caixa de diálogo Configurações de Usuários, clique em Desbloquear, coloque

sua senha e clique em Autenticar. Clique em Adicionar Usuário para criar uma nova

conta de usuário no seu computador. Vai abrir a caixa de diálogo Nova Conta de

Usuário.

Adicionando um Usuário

3. Especifique as configurações básicas da conta do usuário, informações para contato

e senha na caixa de diálogo Nova Conta de Usuário.

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(a) Digite o nome com o qual você vai acessar o computador na caixa Nome de

Usuário.

(b) Digite o seu nome completo na caixa Nome Real.

(c) Selecione seu perfil de usuário na caixa Perfil.

(d) Digite o endereço do seu trabalho na caixa Endereço do escritório.

(e) Digite o telefone do trabalho na caixa Telefone do trabalho.

(f) Digite seu telefone residencial na caixa Telefone de casa.

(g) Digite a senha para sua conta de usuário na caixa Senha.

Saiba mais:

Esta informação é apenas para registro de custódia, e outras pessoas não terão

acesso a elas.

Clique em Ok para salvar as configurações.

Configurando Nova Conta de Usuário

4. Uma nova conta de usuário será mostrada na caixa de diálogo Configurações de

Usuários. Esta caixa de diálogo mostra o nome do novo usuário e o nome de acesso.

Também lhe diz o local da nova conta de usuário.

Page 27: Fascículo Sistema Operacional Linux

A Nova Conta de Usuário

7.5 Adicionando/Removendo Aplicações

Use Adicionar/Remover aplicações quando você precisar:

• Usar software não fornecido como uma aplicação padrão do Ubuntu.

• Tentar uma aplicação alternativa para uma já instalada.

• Conhecer novos programas.

O Ubuntu contém softwares pré-carregados que você pode instalar facilmente em seu

computador quando necessário. Você pode instalar estes softwares usando

Adicionar/Remover Aplicações ou o utilitário Gerenciador de Pacotes Synaptic. Para

acessar Adicionar/Remover Aplicações, no menu Aplicativos, pressione

Adicionar/Remover.

Tela para Adicionar programas. Basta marcar o programa e clicar no botão “Aplicar mudanças”. Mas tenha

Page 28: Fascículo Sistema Operacional Linux

certeza que seu o Linux está conectado a Internet. Pois todos estes programas serão baixados dos

repositórios do Ubuntu.

Saiba mais:

Existe um programa pra adicionar e remover programas de modo mais profissional. É

o Synaptic.

Para acessar o Gerenciador de Pacotes Synaptic, no menu Sistema, aponte para a

Administração e clique em Gerenciador de Pacotes Synaptic.

Synaptic oferece um modo avançado de instalar os pacotes. Se você não encontrar

um software na ferramenta Adicionar/Remover, você pode procurá-lo no Synaptic. Ele

pesquisa todos os softwares nos repositórios disponíveis no Ubuntu.

7.6 Configurando a Rede

Para configurar a rede, clique com o botão direito no ícone de rede e escolha

Editar Conexões, conforme figura abaixo:

Na tela que irá aparecer, clique em Auto Eth0 e clique no botão “Editar”.

Senha do usuário atual para poder alterar as configurações do sistema.

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Coloque a senha do seu usuário para permitir a configuração.

Tela de autorização.

Clique na aba “Configurações IPv4” e escolha manual (caso você queira colocar o

número de IP manualmente). Logo após clique no botão “Adicione” e preencha os

campos de acordo com as configurações abaixo.

Note que utilizamos o mesmo endereçamento IP das aulas de Windows Server.

Pressione aplicar.

Se você desejar fazer testes com o ping, basta usar o poderosíssimo Shell do Linux, o

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Bash.

Para acessar o Shell clique em Terminal, conforme a figura abaixo (Em algumas

versões antigas do Ubuntu vem o nome Console ou Consola).

Acessando o Bash (Shell do Linux).

Esta tela é semelhante ao Prompt de Comando do Windows.

Fique a vontade para fazer testes com o ping. Mas lembre-se que aqui o ping fica

“eternamente” funcionando, até que você o cancele com a combinação de teclas

CTRL+C.

Testando a rede com o comando PING.

7.7 Conhecendo alguns Comandos do Console.

Acabamos de entrar no console do Linux. O grande poder do Linux está em

sua linha de comando. Vamos agora conhecer alguns comandos. Você deve se

aprofundar na linha de comando e conhecer o poder que eles tem. Para isso existem

Page 31: Fascículo Sistema Operacional Linux

diversos manuais bastante explicativos na internet de forma gratuita. O mais completo

é o Guia FocaLinux que está disponível em http://focalinux.cipsga.org.br/ Lá existem

as versões básicas, intermediária e avançada. Leia e você vai virar uma fera do Linux!

O primeiro comando que vamos abordar é o sudo. O sudo torna o seu usuário o

usuário administrador do Linux. O usuário administrador do Linux é chamado de root e

por padrão de segurança do Ubuntu, não tem senha. Mas o usuário que instalou o

ubuntu pode se tornar root digitando o seguinte comando:

sudo su –

Imediatamente o sistema irá lhe pedir a senha do seu usuário atual. Após isso a sua

linha de comando (Chamada de Prompt) mudará o sinal de $ para # onde:

$ � Usuário sem poderes administrativos

# � Usuário com poderes administrativos (conta do usuário root).

Acompanhe na tela abaixo a promoção do usuário dailson para root

Promovendo o usuário com poderes de administrador.

Abaixo, veja alguns comandos que você pode testar e começar a se ambientar com o

Bash. Execute os comandos abaixo como usuário root. Um após o outro e analise os

resultados. Caso deseje ajuda de algum comando, basta digitar o nome do comando e

- - help após. Exemplo:

date �help

date � Mostra a data e hora do sistema

cal � Mostra um calendário amigável. cal –y mostra do ano todo

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df –h � Mostra informações de espaço em disco

du –sh /* � Mostra espaço em disco usado por diretórios

free –m � Informações sobre memória RAM.

cat /proc/cpuinfo � Informações sobre o processador

uname –a � Informações de versão do kernel, arquitetura e outros

lspci � Mostra informações sobre dispositivos PCI

lsusb � Mostra informações sobre dispositivos USB

w � mostra os usuários que estão logados no momento

who � mostra os usuários que estão logados no momento

clear � limpa a tela

ls � Lista arquivos e pastas (diretórios). Exemplo: ls –l /

pwd � mostra em que pasta você está no momento.

top � Um tipo de Gerenciador de tarefas. Mostra os processos tem tempo real. Use q para sair

uptime � informa a quanto tempo a máquina está ligada.

reboot � reinicia a máquina (sem perguntar)

halt � Destliga a máquina sem perguntar

ifconfig � Exibe as placas de redes e as configurações

dmesg � mostra as mensagens de inicialização do Kernel.

apropos a � Exibe uma imensa lista de comandos e uma breve descrição. Se quiser ver a lista com pausa faça:

apropos a | more (O caracter | fica na mesma tecla da barra invertida \ )

Fique de Olho:

O Linux é “Case Sensitive”. Isso quer dizer que o Shell diferencia caracteres

maiúsculos de caracteres minúsculos. Ou seja se você executar o comando date o

sistema irá reconhecer, porém se você executar o comando alterando a caixa da letra

o sistema não irá reconhecer o comando.

Exemplo de comandos que o Shell não irá reconhecer:

Date

DATE

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Referências bibliográficas:

Ajuda do Windows

Capítulo 6 – Baseado em http://www.devin.com.br/intro_linux/

http://wiki.ubuntu-br.org/GuiaIntrodutorio/LinuxIniciando/InstalarComDesktopCD

http://pt.wikipedia.org/wiki/GNOME