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Andreza Fernanda Fabiana Carvalho Lívia Herrera Lucas Xavier Taine Ituarte FELIX GUATTARI

Felix guattari

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Guattari

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Andreza FernandaFabiana CarvalhoLívia HerreraLucas XavierTaine Ituarte

FELIX GUATTARI

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VIDA E OBRA

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• Psicanalista e filósofo, Pierre Félix Guattari nasceu em 1930, em Villeneuve-les-Sablons, uma vila perto de Paris, e morreu na noite de 29 de agosto de 1992. Foi militante político, escritor e psicanalista.

• Através do pensamento de Jacques Lacan, aproximou-se da obra freudiana e inicia a sua própria psicanálise com Lacan.

• Se forma como psicanalista. Anos depois integra-se na Escola Freudiana de Paris criada por Lacan e alcança o título de analista membro da escola. Participa do grupo até à sua dissolução, declarada pelo seu fundador em 1980.

• Trabalhou durante 40 anos, desde a sua fundação em 1953, numa clínica psiquiátrica, a Clínica La Borde, com a colaboração de Jean Oury

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•Guattari foi um pensador crítico da psicanálise, quase um revolucionário da psicanálise.

• Em 1964, uns anos antes de iniciar a sua colaboração com Gilles Deleuze, Félix Guattari apresenta A Transversalidade.

• Félix Guattari era profundamente otimista relativamente à vida associativa, juntamente com Deleuze, escreveu mais de 40 livros, sobre os mais variados e amplos aspetos da realidade (natural, social, subjetiva e tecnológica)

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PRINCIPAIS OBRAS:• Psicanálise e transversalidade, 1972. • Revolução molecular, 1977. • O inconsciente maquínico, 1988. • Os anos de inverno, 1986. • Cartografias psicoanalíticas, 1989. • Caosmose, 1992. • O anti-édipo, 1972. • Kafka por uma literatura menor, 1975. • Rhizome, 1976. • Mille plateaux, 1979. • O que é a filosofia, 1991. • Os novos espaços da liberdade, 1985. • Micropolítica, 1985.

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PRINCIPAIS PRESSUPOSTOS:Guattari criou uma obra na qual o problema do desejo singular é inseparável do político, da indústria, da informática, e das instituições.

Inconsciente institucional junto com o inconsciente individual.

Coloca o problema da subjetividade no centro das questões políticas e sociais contemporâneas.

Analisou o processo de subjetivação operado pelas novas tecnologias de comunicação.

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Aponta um movimento duplo e simultâneo, de homogeneização universalizante e reducionista da subjetividade.

Quanto ao futuro da virtualização da cultura: “ou caminhamos para “a criação, a invenção de novos Universos de referência”; ou, no sentido inverso, que é a “massimidialização” embrutecedora, à qual são condenados hoje em dia milhares de indivíduos” (Guattari, p. 15-16)

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O VIRTUAL:A virtualização assume uma tendência à homogeneização, à

equivalência, à medida que as coisas se tornam padronizáveis, intercambiáveis, decorrência das diversas opções de experiência que se abrem principalmente pelas novas tecnologias de comunicação.

“Os turistas, por exemplo, fazem viagens quase imóveis, sendo depositados nos mesmos tipos de cabine de avião, de pullman, de quartos de hotel e vendo desfilar diante de seus olhos paisagens que já encontraram cem vezes em suas telas de televisão, ou em prospectos turísticos. Assim, a subjetividade se encontra ameaçada de paralisia”. Guattari (1992, p. 169)

Quanto ao futuro da virtualização da cultura: “ou caminhamos para “a criação, a invenção de novos Universos de referência”; ou, no sentido inverso, que é a “massimidialização” embrutecedora, à qual são condenados hoje em dia milhares de indivíduos” (Guattari, p. 15-16)

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Guattari (1992, p. 17) aborda o potencial criador da virtualização, porém, sempre enfatizando a produção de subjetividade. Ou seja, a mutação de identidade da cultura engendra o seu enriquecimento ou seu empobrecimento, dependendo, em última análise, da qualidade da experiência da pessoa com estes novos Universos.

O filósofo francês relata o seu trabalho com psicóticos do campo e da cidade (principalmente burocratas e intelectuais). Para os primeiros, notou avanço terapêutico quando entraram em contato com artes plásticas, teatro, música, etc., Universos que lhes eram alheios. Já para os segundos, interessava atividades como jardinagem e culinária.

O que importa aqui não é unicamente o confronto com uma nova matéria de expressão, é a constituição de complexos de subjetivação: indivíduo-grupo-máquina-trocas múltiplas, que oferecem à pessoa possibilidades diversificadas de recompor uma corporeidade existencial, de sair de seus impasses repetitivos e, de alguma forma, de se re-singularizar”.

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• As máquinas, particularmente as novas tecnologias de comunicação (NTC), podem contribuir com o que chama de “produção de subjetividades”, desde que a sua utilização caminhe para a heterogênese do humano e para a criação de novos Universos de Referência.

Félix Guattari (1992, p. 14) atribui às tecnologias de comunicação, especialmente as mais recentes, como as mídias eletrônicas, a informática e a telemática, o papel de operarem na heterogênese do humano, contribuindo para a produção de novas subjetividades. O filósofo francês argumenta que este movimento se dá a partir de

• 1. componentes semiológicos significantes que se manifestam por meio da família, da educação, do meio ambiente, da religião, da arte, do esporte; • 2. elementos fabricados pela indústria dos mídia, do cinema,

etc.; • 3. dimensões semiológicas a-significantes colocando em jogo

máquinas informacionais de signos, funcionando paralelamente ou independentemente, pelo fato de produzirem e veicularem significações e denotações que escapam então às axiomáticas propriamente linguísticas (Guattari, op. cit., p. 14).

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TRANSVERSALIDADE:• Toda a existência se conjuga em dimensões desejantes, politicas, econômicas, sociais e históricas. Critica a redução desta multiplicidade e alerta contra a psicologização dos problemas sociais. Entende que os problemas psicopatológicos não se podem pensar fora do universo social .

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ESQUIZOANÁLISE: Desenvolvida por Gilles Deleuze e Felix Guattari, a Esquizoanálise é uma concepção da realidade em todas suas superfícies, processos e entes, e também nas suas individuações inventivas como acontecimentos-devires. Para esta concepção, a produção, o registro e o desejo revolucionários são imanentes e produtores de toda a realidade. Consiste em uma leitura da realidade, tanto natural, quanto social, subjetiva e industrial-tecnológica.

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• Propõe uma leitura das relações clinicas, sociais e institucionais não mais na relação Família e Neurose mas sim na relação Capitalismo e Esquizofrenia.

• Procura valorizar a vida agradável, em sua potencialidade máxima.

•Não há formas corretas de se viver, é valorizado atitudes que fazem a vida mais vibrável e pulsante.

• A esquizoanálise rejeita a reprodução de modelos de como se relacionar com a vida, valoriza o ato criador, abole classificações e verdades absolutas, e acredita que a vida só pode ser julgada por ela própria.

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ECOSOFIA:Guattari se afasta daquela separação ambientalista dualística do humano (cultural) e não-humano (natural); Ecosofia é o estudo de fenômenos complexos, incluindo a subjetividade humana, o meio-ambiente e as relações sociais, as quais todas estão intimamente interconectadas. “Sem modificações ao ambiente social e material não pode haver mudanças de mentalidade”

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AS TRÊS ECOLOGIAS:"A ecosofia social consistira, portanto, em desenvolver praticas especificas que tendam a modificar e a reinventar maneiras de ser no seio do casal, da família, do contexto urbano, do trabalho, etc.” 

"A ecosofia mental, por sua vez, será levada a reinventar a relação do sujeito com o corpo, com o fantasma, com o tempo que passa, com os ‘mistérios’ da vida e da morte. Ela será levada a procurar antídotos para a uniformização midiática e telemática, o conformismo das modas, as manipulações da opinião pela publicidade, pelas sondagens etc." 

"O princípio particular à ecologia ambiental é o de que tudo é possível tanto as piores catástrofes quanto as evoluções flexíveis. Cada vez mais, os equilíbrios naturais dependerão das intervenções humanas. Um tempo vira em que será necessário empreender imensos programas para regular as relações entre o oxigênio, o ozônio e o gás carbônico na atmosfera terrestre.”

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SUJEITO, SUBJETIVIDADE E SUBJETIVAÇÃO:Sujeito

Seria um ser humano em constante movimento, não é classificado nem definido, se reorganiza sozinho.

Subjetividade

“Subjetividade não é passível de totalização ou de centralização no individuo” (GUATTARI & ROLNIK, 1996, p. 31)

A subjetividade não é uma posse do individuo, mas sim uma produção continua que acontece na relação com o outro. Implica na relação com o outro social (a natureza, os acontecimentos, as intervenções, etc), tudo o que produz efeito nos corpos e nas maneiros de viver.

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A subjetividade é historicamente construída, e para cada época temos um tipo de produção subjetiva.

A subjetividade torna-se capitalística sendo produzida pela mídia e pelos equipamentos coletivos, de modo geral, que impõem modelos de como se viver.

É a subjetividade que constrói o sujeito através das relações com o mundo e com o outro.

SubjetivaçãoSegundo Guattari a subjetivação seria uma troca de construções vivas de valores, sendo dado movimento ao meio social, pela mistura dos componentes da subjetividade

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AGRADECEMOS PELA ATENÇÃO!!!

• “A subjetividade, através de chaves transversais, se instaura ao mesmo tempo no mundo do meio ambiente, dos grandes Agenciamentos sociais institucionais e, simetricamente, no seio das paisagens e dos fantasmas que habitam as mais íntimas esferas do indivíduo. A reconquista de um grau de autonomia criativa num campo particular invoca outras reconquistas em outros campos”. Guattari, Félix; As três ecologias, SP, Papirus, 1997.