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FERNÃO CAPELO GAIVOTA FERNÃO CAPELO GAIVOTA Richard Bach

FernãO Capelo Gaivota

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Page 1: FernãO Capelo Gaivota

FERNÃO CAPELO GAIVOTAFERNÃO CAPELO GAIVOTARichard Bach

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Na superficie do azul brilhante do céu, tentando a custo manter as asas numa     dolorosa curva, Fernão Capelo Gaivota levanta o bico a trinta metros de  altura.

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E voa. Voar é muito importante, tão ou mais importante que viver,  que comer, pelo menos para Fernão, uma gaivota que pensa e sente o sabor do  infinito.

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E verdade, que é caro pensar diferentemente do resto do bando, passar dias inteiros só voando, só aprendendo a voar, longe do comum dos mortais, estes que

se contentam com o que são, na pobreza das limitações.    

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Para Fernão é diferente, evoluir é necessário, a vida é o desconhecido e o  desconhecível. Afinal uma gaivota que se preza tem de viver o brilho das  estrelas, analisar de perto o paraíso, respirar ares mais leves e mais  afáveis.

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Viver é conquistar, não limitar o ilimitável.

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Sempre haverá o que  aprender. Sempre. Sempre haverá o que  aprender. Sempre.

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Olhar de frente, alcançar a perfeição, gostar muito, muitíssimo, do que se faz , Olhar de frente, alcançar a perfeição, gostar muito, muitíssimo, do que se faz , eis o segredo de Fernão Capelo Gaivota. eis o segredo de Fernão Capelo Gaivota.

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Só porque existem gaivotas que  não pensam com os mesmos pensamentos, que não raciocinam com o mesmo  raciocínio, não é problema para Fernão.

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Mesmo sendo apenas um entre um  milhão, mesmo tendo de percorrer um caminho quase infinito, Fernão sabe por  intuito, de que na vida há algo mais do que comer, ter

posição importante, ser amado ou criticado: viver é lutar.

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Uma, cem, mil vidas, dez mil! Até chegar à perfeição, é vitória da eterna Uma, cem, mil vidas, dez mil! Até chegar à perfeição, é vitória da eterna aprendizagem, porque nenhum número é limite. aprendizagem, porque nenhum número é limite.

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A ninguém é permitido deixar de aprender, e para nada além de   A ninguém é permitido deixar de aprender, e para nada além de   "vontade" e de "amor" haverá significação sincera. "vontade" e de "amor" haverá significação sincera.

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Passa o tempo, passam os lugares, passam ou não passam os semelhantes,  Fernão Capelo vai em frente, voa, aprende, treina, paira sobre o

comum do comum viver.

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O destino é o infinito, o caminho é nas alturas! Tudo  espontâneo, natural, pois quem se ilumina cumpre a missão da luz, que vale  para

si e para todas as criaturas.

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A grande maravilha do amor é o seu  profundo contágio. O que vale para A grande maravilha do amor é o seu  profundo contágio. O que vale para Fernão valerá para todas as gaivotas. O sentimento é o santuário, e a sua paz Fernão valerá para todas as gaivotas. O sentimento é o santuário, e a sua paz

reflete e flui incessante. reflete e flui incessante.

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A fé  testemunhada no A fé  testemunhada no esforço evolutivo e cheio de esforço evolutivo e cheio de dádivas de amor. Ela aclara dádivas de amor. Ela aclara e edifica e melhorando-se, e edifica e melhorando-se, melhora os que Ihe melhora os que Ihe percebem a trajetória. percebem a trajetória.

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Interessante, mesmo para uma gaivota voadora! Quanto mais Fernão treinava os  seus exercícios de bondade, quanto mais trabalhava para compreender

a   natureza do amor, mais desejava regressar para a terra, estar entre os seus, ser  rodeado pelos do seu bando, por aqueles que não vêem nem a ponta das  

próprias asas!

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O que vale mostrar-lhes o paraíso! Um depois do outro,  muitos, todos, um O que vale mostrar-lhes o paraíso! Um depois do outro,  muitos, todos, um dia chegarão a voar. Todos voarão porque voar é muito bom.dia chegarão a voar. Todos voarão porque voar é muito bom.

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     Francisco Coutinho Gaivota, Martinho Gaivota, velhos hoje, novos amanhã, não   Francisco Coutinho Gaivota, Martinho Gaivota, velhos hoje, novos amanhã, não   importa, o que vale é caminhar para o infinito, iluminar-se com a luz que  ilumina a importa, o que vale é caminhar para o infinito, iluminar-se com a luz que  ilumina a

própria luz! própria luz!

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Formatação: Miriam CatãoTexto: Richard BachMúsica: Carey Maria - ButterflyImagens: Olhares.com

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Enquanto eu lia e voava com Fernão, enquanto eu sentia o friozinho das alturas e a transparência de infinitude dos espaços, lembro-me

porque os chineses colocam os homens tão pequenos em suas pinturas, principalmente nos  panoramas. que é preciso limitar o seu

valor diante da natureza, fazê-lo  ver a sua pequenez no pano de fundo da vida. Subir uma montanha, ou voar,  limpa o humano peito de uma multidão de ambições tolas e desnecessárias.Sentindo-se pequeno,

tornar-se-á grande, na grandeza da humildade. . .

Wanderlino Arruda

FIM