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Ordem dos Advogados do Brasi l Exame de Ordem Unificado – 2010.2 Caderno de prova Leia com atenção as instruções a seguir: 1. Você está recebendo do scal de sala o seguinte material: a) uma folha desnada às respostas das questões formuladas na prova; b) um caderno com 100 (cem) questões objevas, sem repeção ou falha, e o quesonário de percepção sobre a prova, com 10 (dez) questões objevas. 2. Ao receber a folha de respostas você deve: a) vericar se o número deste caderno de provas coincide com o registrado em sua folha de respostas e no rodapé de cada página deste caderno; b) conferir seu nome, número de idendade e número de inscrição; c) comunicar imediatamente ao scal da sala, qualquer erro encontrado no material recebido; d) ler atentamente as instruções para a marcação das respostas das questões objevas; e) assinar a folha de respostas, no espaço reservado, com caneta esferográca transparente de cor azul ou preta. 3. Quando autorizado pelo scal de aplicação, escreva, no espaço apropriado de sua folha de respostas, com a sua caligraa usual, a seguinte frase: “Juízes, não sois máquinas! Homens é o que sois!” Conforme previsão editalícia, o descumprimento desta instrução implicará a anulação de sua prova e sua eliminação do Exame de Ordem. 4. As questões são idencadas pelo número que se situa acima do seu enunciado. 5. Durante a aplicação da prova não será permido: a) qualquer po de comunicação entre os examinandos; b) levantar da cadeira sem a devida autorização do scal de sala; c) portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe, telefone celular, walkman, agenda eletrônica, notebook, palmtop, receptor, gravador, quina fotográca, controle de alarme de carro, etc., bem como relógio de qualquer espécie, óculos escuros ou qualquer acessório de chapelaria, como chapéu, boné, gorro, etc., e ainda lápis, lapiseira, borracha ou correvo de qualquer espécie. 6. A FGV realizará a coleta da impressão digital dos examinandos na folha de respostas. 7. Não será permida a troca da folha de respostas por erro do examinando. 8. O tempo disponível para esta prova será de 5 (cinco) horas, já incluido o tempo para marcação da folha de respostas. 9. Reserve os vinte minutos nais para marcar sua folha de respostas. 10. Para ns de avaliação, serão levadas em consideração apenas as marcações realizadas na folha de respostas. 11. Somente após decorridas duas horas do início da prova, você poder á rerar-se da sala de prova sem levar o caderno de questões. 12. Somente após decorridas quatro horas do início da prova, você poder á rerar-se da sala de prova levando o caderno de questões. 13. Quando terminar sua prova, entregue a folha de respostas devidamente preenchida e assinada ao scal da sala. 14. Os 3 (três) úlmos examinandos de cada sala só poderão sair juntos, devendo obrigatoriamente testemunhar o lacre da embalagem de segurança pelo scal de aplicação, contendo os documentos que serão ulizados na correção das provas dos examinandos, assinando termo quanto a esse procedimento. Caso algum desses examinandos insista em sair do local de aplicação antes de presenciar o procedimento descrito, deverá assinar termo desisndo do Exame e, caso se negue, será lavrado Termo de Ocorrência, testemunhado pelos 2 (dois) outros examinandos, pelo scal de aplicação da sala e pelo Coordenador da unidade de provas. 15. Boa prova! 01 www.questoesdeconcursos.com.br www.questoesdeconcursos.com.br

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Ordem dos Advogados do BrasilExame de Ordem Unificado – 2010.2

Caderno de prova

Leia com atenção as instruções a seguir:1. Você está recebendo do fi scal de sala o seguinte material:

a) uma folha desti nada às respostas das questões formuladas na prova;b) um caderno com 100 (cem) questões objeti vas, sem repeti ção ou falha, e o questi onário de percepção sobre a prova, com 10 (dez)

questões objeti vas.2. Ao receber a folha de respostas você deve:

a) verifi car se o número deste caderno de provas coincide com o registrado em sua folha de respostas e no rodapé de cada página destecaderno;

b) conferir seu nome, número de identi dade e número de inscrição;c) comunicar imediatamente ao fi scal da sala, qualquer erro encontrado no material recebido;d) ler atentamente as instruções para a marcação das respostas das questões objeti vas;e) assinar a folha de respostas, no espaço reservado, com caneta esferográfi ca transparente de cor azul ou preta.

3. Quando autorizado pelo fi scal de aplicação, escreva, no espaço apropriado de sua folha de respostas, com a sua caligrafi a usual, a seguintefrase:

“Juízes, não sois máquinas! Homens é o que sois!”Conforme previsão editalícia, o descumprimento desta instrução implicará a anulação de sua prova e sua eliminação do Exame de Ordem.

4. As questões são identi fi cadas pelo número que se situa acima do seu enunciado.5. Durante a aplicação da prova não será permiti do:

a) qualquer ti po de comunicação entre os examinandos;b) levantar da cadeira sem a devida autorização do fi scal de sala;c) portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe, telefone celular, walkman, agenda eletrônica, notebook, palmtop, receptor, gravador,

máquina fotográfi ca, controle de alarme de carro, etc., bem como relógio de qualquer espécie, óculos escuros ou qualquer acessório dechapelaria, como chapéu, boné, gorro, etc., e ainda lápis, lapiseira, borracha ou correti vo de qualquer espécie.

6. A FGV realizará a coleta da impressão digital dos examinandos na folha de respostas.7. Não será permiti da a troca da folha de respostas por erro do examinando.8. O tempo disponível para esta prova será de 5 (cinco) horas, já incluido o tempo para marcação da folha de respostas.9. Reserve os vinte minutos fi nais para marcar sua folha de respostas.10. Para fi ns de avaliação, serão levadas em consideração apenas as marcações realizadas na folha de respostas.11. Somente após decorridas duas horas do início da prova, você poderá reti rar-se da sala de prova sem levar o caderno de questões.12. Somente após decorridas quatro horas do início da prova, você poderá reti rar-se da sala de prova levando o caderno de questões.13. Quando terminar sua prova, entregue a folha de respostas devidamente preenchida e assinada ao fi scal da sala.14. Os 3 (três) últi mos examinandos de cada sala só poderão sair juntos, devendo obrigatoriamente testemunhar o lacre da embalagem de

segurança pelo fi scal de aplicação, contendo os documentos que serão uti lizados na correção das provas dos examinandos, assinando termoquanto a esse procedimento. Caso algum desses examinandos insista em sair do local de aplicação antes de presenciar o procedimentodescrito, deverá assinar termo desisti ndo do Exame e, caso se negue, será lavrado Termo de Ocorrência, testemunhado pelos 2 (dois) outrosexaminandos, pelo fi scal de aplicação da sala e pelo Coordenador da unidade de provas.

15. Boa prova!

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Caderno de Prova 01 – 2 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

01 A00413

O Congresso Nacional e suas respecti vas Casas se reúnem anualmentepara a ati vidade legislati va. Com relação ao sistema consti tucionalbrasileiro, assinale a alternati va correta.

(A) Legislatura: o período compreendido entre 2 de fevereiro a 17de julho e 1º de agosto a 22 de dezembro.

(B) Sessão legislati va: os quatro anos equivalentes ao mandato dosparlamentares.

(C) Sessão conjunta: a reunião da Câmara dos Deputados e doSenado Federal desti nada, por exemplo, a conhecer do vetopresidencial e sobre ele deliberar.

(D) Sessão extraordinária: a que ocorre por convocação ou doPresidente do Senado Federal ou do Presidente da Câmarados Deputados ou do Presidente da República e mesmo porrequerimento da maioria dos membros de ambas as Casaspara, excepcionalmente, inaugurar a sessão legislati va e elegeras respecti vas mesas diretoras.

02 A00436

A obrigatoriedade ou necessidade de deliberação plenária dostribunais, no sistema de controle de consti tucionalidade brasileiro,signifi ca que:

(A) somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros oudos membros do respecti vo órgão especial poderão os tribunaisdeclarar a inconsti tucionalidade de lei ou ato normati vo doPoder Público.

(B) a parte legiti mamente interessada pode recorrer ao respecti voTribunal Pleno das decisões dos órgãos fracionários dosTribunais Federais ou Estaduais que, em decisão defi niti va, tenhadeclarado a inconsti tucionalidade de lei ou ato normati vo.

(C) somente nas sessões plenárias de julgamento dosTribunais Superiores é que a matéria relati va a eventualinconsti tucionalidade da lei ou ato normati vo pode serdecidida.

(D) a competência do Supremo Tribunal Federal para processar ejulgar toda e qualquer ação que pretenda invalidar lei ou atonormati vo do Poder Público pode ser delegada a qualquer tribunal,condicionada a delegação a que a decisão seja proferida por esteórgão jurisdicional delegado em sessão plenária.

03 A00426

A respeito do Conselho Nacional de Justi ça é correto afi rmar que:

(A) é órgão integrante do Poder Judiciário com competênciaadministrati va e jurisdicional.

(B) pode rever, de ofí cio ou mediante provocação, os processosdisciplinares de juízes e membros de Tribunais julgados hámenos de um ano.

(C) seus atos sujeitam-se ao controle do Supremo Tribunal Federale do Superior Tribunal de Justi ça.

(D) a presidência é exercida pelo Ministro do Supremo TribunalFederal que o integra e que exerce o direito de voto em todasas deliberações submeti das àquele órgão.

04 A00424

Em relação aos Ministros de Estado, a Consti tuição do Brasilestabelece que:

(A) como delegatários do Presidente da República, podem, desdeque autorizados, exti nguir cargos públicos.

(B) podem expedir instruções para a execução de leis e editaremmedidas provisórias.

(C) somente os brasileiros natos poderão exercer a função.

(D) respondem, qualquer que seja a infração cometi da, perante oSuperior Tribunal de Justi ça.

05 A00431

Considerando que nos termos dispostos no art. 133 da Consti tuição doBrasil, o advogado é indispensável à administração da justi ça, sendoaté mesmo inviolável por seus atos e manifestações no exercício daprofi ssão, é correto afi rmar que:

(A) a imunidade profi ssional não pode sofrer restrições de qualquernatureza.

(B) nenhuma demanda judicial, qualquer que seja o órgão do PoderJudiciário pelo qual tramite, independentemente de sua natureza,objeto e partes envolvidas, pode receber a prestação jurisdicionalse não houver atuação de advogado.

(C) a inviolabilidade do escritório ou local de trabalho é asseguradanos termos da lei, não sendo vedadas, contudo, a busca e aapreensão judicialmente decretadas, por decisão moti vada,desde que realizada na presença de representante da OAB,salvo se esta, devidamente noti fi cada ou solicitada, nãoproceder à indicação.

(D) a prisão do advogado, por moti vo de exercício da profi ssão,somente poderá ocorrer em fl agrante, mesmo em caso decrime afi ançável.

PROVA OBJETIVA

As siglas encontradas na prova devem ser interpretadas da seguinte forma:

CF = Consti tuição Federal de 1988; CLT = Consolidação das Leis do Trabalho; CP = Código Penal; CPC = Código de Processo Civil; CPP = Códigode Processo Penal; CTN = Código Tributário Nacional; OAB = Ordem dos Advogados do Brasil; ONU = Organização das Nações Unidas;STF = Supremo Tribunal Federal; STJ = Superior Tribunal de Justi ça; TRT = Tribunal Regional do Trabalho; ECA = Estatuto da Criança e doAdolescente.

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Caderno de Prova 01– 3 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

06 A00420

Sabe-se a polêmica ainda existente na doutrina consti tucionalistapátria no que se refere à eventual hierarquia da Lei Complementarsobre a Lei Ordinária. Todavia, há diferenças entre essas duas espéciesnormati vas que podem até gerar vícios de inconsti tucionalidade casonão respeitadas durante o processo legislati vo.A parti r do fragmento acima, assinale a afi rmati va incorreta.

(A) A Lei Complementar exige aprovação por maioria absoluta,enquanto a lei ordinária é aprovada por maioria simplesdos membros presentes à sessão, desde que presentea maioria absoluta dos membros de cada Casa ou desuas Comissões.

(B) As matérias que devem ser regradas por Lei Complementarencontram-se taxati vamente indicadas no texto consti tucionale, desde que não seja assunto específi co de normati zaçãopor decreto legislati vo ou resolução, o regramento de todo oresíduo competi rá à lei ordinária.

(C) As matérias reservadas à Lei Complementar não serão objetode delegação do Congresso ao Presidente da República.

(D) A discussão e votação dos projetos de lei ordinária devem,obrigatoriamente, ter início na Câmara dos Deputados.

07 A00425

Em relação à inovação da ordem consti tucional que insti tuiu anominada Súmula Vinculante, é correto afi rmar que:

(A) somente os Tribunais Superiores podem editá-la.

(B) podem ser canceladas, mas vedada a mera revisão.

(C) a proposta para edição da Súmula pode ser provocadapelos legiti mados para a propositura da ação direta deinconsti tucionalidade.

(D) desde que haja reiteradas decisões sobre matéria consti tucional,o Supremo Tribunal Federal poderá, de ofí cio ou por provocação,aprovar a Súmula mediante decisão da maioria absoluta deseus membros.

08 A00407

Um determinado Estado-membro editou lei estabelecendo disciplinauniforme para a data de vencimento das mensalidades das insti tuiçõesde ensino sediadas no seu território.Examinada a questão à luz da parti lha de competência entre os entesfederati vos, é correto afi rmar que:

(A) mensalidade escolar versa sobre direito obrigacional, portanto,de natureza contratual, logo cabe à União legislar sobre oassunto.

(B) a matéria legislada tem por objeto prestação de serviçoeducacional, devendo ser considerada como de interesse tí picomunicipal.

(C) por versar o conteúdo da lei sobre educação, a competência doEstado-membro é concorrente com a da União.

(D) somente competi rá aos Estados-membros legislar sobre oassunto quando se tratar de mensalidades cobradas porinsti tuições parti culares de Ensino Médio.

09 A00421

Sobre o instrumento jurídico denominado Medida Provisória que não élei, mas tem força de lei, assinale a afi rmati va correta.

(A) A sua efi cácia dura sessenta dias contados da publicação,podendo a medida ser prorrogada apenas duas vezes, ambaspor igual período.

(B) Se a Medida Provisória perder efi cácia por decurso de prazoou, em caráter expresso, for rejeitada pelo Congresso Nacional,vedada será sua reedição na mesma sessão legislati va.

(C) A não apreciação pela Câmara dos Deputados e, após, peloSenado Federal, no prazo de 45 dias contados da publicação,tem como consequência apenas o sobrestamento dadeliberação dos projetos de emenda à Consti tuição.

(D) A edição de Medida Provisória torna prejudicado o projeto delei que disciplina o mesmo assunto e que, a par de já aprovadopelo Congresso Nacional, está pendente de sanção ou veto doPresidente da República.

10 A00435

Declarando o Supremo Tribunal Federal, incidentalmente, ainconsti tucionalidade de lei ou ato normati vo federal em face daConsti tuição do Brasil, caberá

(A) ao Procurador-Geral da República, como chefe do MinistérioPúblico da União, expedir atos para o cumprimento da decisãopelos membros do Ministério Público Federal e dos Estados.

(B) ao Presidente da República editar decreto para tornar inválidaa lei no âmbito da administração pública.

(C) ao Senado Federal suspender a execução da lei, total ouparcialmente, conforme o caso, desde que a decisão doSupremo Tribunal Federal seja defi niti va.

(D) ao Advogado-Geral da União interpor o recurso cabível paraimpedir que a União seja compelida a cumprir a referidadecisão.

11 A00136

A doutrina costuma afi rmar que certas prerrogati vas postas àAdministração encerram verdadeiros poderes, que são irrenunciáveise devem ser exercidos sempre que o interesse público clamar. Por talrazão são chamados poder-dever.A esse respeito é correto afi rmar que:

(A) o poder regulamentar é amplo, e permite, sem controvérsias, aedição de regulamentos autônomos e executórios.

(B) o poder disciplinar importa à administração o dever de apurarinfrações e aplicar penalidades, mesmo não havendo legislaçãoprévia.

(C) o poder de polícia se coloca discricionário, conferindo aoadministrador ilimitada margem de opções quanto à sanção aser, eventualmente, aplicada.

(D) o poder hierárquico é inerente à ideia de verti calizaçãoadministrati va, e revela as possibilidades de controlar ati vidades,delegar competência, avocar competências delegáveis e invalidaratos, dentre outros.

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Caderno de Prova 01 – 4 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

12 A00130

Em determinado procedimento administrati vo disciplinar, aAdministração federal impôs, ao servidor, a pena de advertência,tendo em vista a comprovação de ato de improbidade. Inconformado,o servidor recorre, vindo a Administração, após lhe conferir o direitode manifestação, a lhe impor a pena de demissão, nos termos da Leinº 8112/90 e da Lei 9784/98.Com base no fragmento acima, é correto afi rmar que a AdministraçãoFederal

(A) agiu em desrespeito aos princípios da efi ciência e dainstrumentalidade, autorizati vos da reforma em prejuízo dorecorrente, desde que não imponha pena grave.

(B) agiu em respeito aos princípios da legalidade e autotutela,autorizati vos da reforma em prejuízo do recorrente.

(C) não observou o princípio da dignidade da pessoa humana,trazendo equivocada reforma em prejuízo do recorrente.

(D) não observou o princípio do devido processo legal, trazendoequivocada reforma em prejuízo do recorrente.

13 A00125

Acerca do tombamento, como uma das formas de o Estado intervirna propriedade privada, os proprietários passam a ter obrigaçõesnegati vas que estão relacionadas nas alternati vas a seguir, à exceçãode uma. Assinale-a.

(A) Os proprietários são obrigados a colocar os seus imóveistombados à disposição da Administração Pública para quepossam ser uti lizados como reparti ções públicas, quando danecessidade imperiosa de uti lização, a fi m de suprir a prestaçãode serviços pelo Estado de forma efi ciente.

(B) Os proprietários são obrigados a suportar a fi scalização dosórgãos administrati vos competentes.

(C) Os proprietários não podem destruir, demolir ou muti lar obem imóvel e somente poderão restaurá-lo, repará-lo oupintá-lo após a obtenção de autorização especial do órgãoadministrati vo competente.

(D) Os proprietários não podem alienar os bens, ressalvada apossibilidade de transferência para uma enti dade pública.

14 A00138

O poder de polícia, conferindo a possibilidade de o Estado limitar oexercício da liberdade ou das faculdades de proprietário, em prol dointeresse público

(A) gera a possibilidade de cobrança, como contraparti da, de preçopúblico.

(B) se instrumentaliza sempre por meio de alvará de autorização.

(C) afasta a razoabilidade, para ati ngir os seus objeti vos maiores,em prol da predominância do interesse público.

(D) deve ser exercido nos limites da lei, gerando a possibilidade decobrança de taxa.

15 A00103

No Direito Público brasileiro, o grau de autonomia das AgênciasReguladoras é defi nido por uma independência

(A) administrati va total e absoluta, uma vez que a Consti tuição daRepública de 1988 não lhes exige qualquer liame, submissão oucontrole administrati vo dos órgãos de cúpula do Poder Executi vo.

(B) administrati va miti gada, uma vez que a própria lei que cria cadauma das Agências Reguladoras defi ne e regulamenta as relaçõesde submissão e controle, fundado no poder de supervisão dosMinistérios a que cada uma se encontra vinculada, em razãoda matéria, e na superintendência atribuída ao chefe do PoderExecuti vo, como chefe superior da Administração Pública.

(C) legislati va total e absoluta, visto que gozam de poder normati voregulamentar, não se sujeitando assim às leis emanadas pelosrespecti vos Poderes legislati vos de cada ente da federaçãobrasileira.

(D) políti ca decisória, pois não estão obrigadas a seguir as decisõesde políti cas públicas adotadas pelos Poderes do Estado(executi vo e legislati vo).

16 A00113

Nas hipóteses de desapropriação, em regra geral, os requisitosconsti tucionais a serem observados pela Administração Pública sãoos seguintes:

(A) comprovação da necessidade ou uti lidade pública ou deinteresse social; pagamento de indenização prévia ao ato deimissão na posse pelo Poder Público, e que seja justa e emdinheiro; e observância de ato administrati vo, sem contraditóriopor parte do proprietário.

(B) comprovação da necessidade ou uti lidade pública ou deinteresse social; pagamento de indenização prévia ao ato deimissão na posse pelo Poder Público, e que seja justa e emdinheiro; e observância de procedimento administrati vo,com respeito ao contraditório e ampla defesa por parte doproprietário.

(C) comprovação da necessidade ou uti lidade pública ou deinteresse social; pagamento de indenização prévia ao atode imissão na posse pelo Poder Público, e que seja justae em tí tulos da dívida pública ou quaisquer outros tí tulospúblicos, negociáveis no mercado fi nanceiro; e observância deprocedimento administrati vo, com respeito ao contraditório eampla defesa por parte do proprietário.

(D) comprovação da necessidade ou uti lidade pública ou deinteresse social; pagamento de indenização, posteriormenteao ato de imissão na posse pelo Poder Público, e que seja justae em dinheiro; e observância de procedimento administrati vo,com respeito ao contraditório e ampla defesa por parte doproprietário.

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Caderno de Prova 01– 5 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

17 A00110

Uma das característi cas dos contratos administrati vos é a“instabilidade” quanto ao seu objeto que decorre

(A) do poder conferido à Administração Pública de alterar,unilateralmente, algumas cláusulas do contrato, no curso de suaexecução, na forma do arti go 58, inciso I da Lei n. 8.666/93, afi m de adequar o objeto do contrato às fi nalidades de interessepúblico, respeitados os direitos do contratado.

(B) da possibilidade do contratado (parti cular) alterar,unilateralmente, a qualquer tempo, algumas cláusulas docontrato, no curso de sua execução, de forma a atender aos seuspróprios interesses em face das prerrogati vas da AdministraçãoPública.

(C) do poder conferido à Administração Pública de alterar,unilateralmente, algumas cláusulas do contrato, no cursode sua execução, na forma do arti go 58, inciso I da Lei n.8.666/93, a fi m de adequar o objeto do contrato aos interessesdo contratado (parti cular) em face das prerrogati vas daAdministração Pública.

(D) de não haver qualquer possibilidade de alteração do objetodo contrato administrati vo, quer pela Administração Pública,quer pelo contratado (parti cular), tendo em vista o princípio davinculação ao edital licitatório, do qual o contrato e seu objetofazem parte integrante; e o princípio da juridicidade, do qualaquele primeiro decorre.

18 A00134

Determinada Administração Pública realiza concurso parapreenchimento de cargos de deteti ve, categoria I. Ao fi nal do certame,procede à nomeação e posse de 400 (quatrocentos) aprovados.Os vinte primeiros classifi cados são desviados de suas funções epassam a exercer as ati vidades de delegado. Com o transcurso de4 (quatro) anos, estes vinte agentes postulam a efeti vação no cargo.

A parti r do fragmento acima, assinale a alternati va correta.

(A) Os referidos agentes têm razão, pois investi dos irregularmente,estão exercendo as suas ati vidades há mais de 4 (quatro) anos,a consolidar a situação.

(B) É inconsti tucional toda modalidade de provimento que propicieao servidor investi r-se, sem prévia aprovação em concursopúblico desti nado ao seu provimento, em cargo que não integraa carreira na qual anteriormente foi investi do.

(C) Não têm ainda o direito, pois dependem do transcurso do prazode 15 (quinze) anos para que possam ser ti dos como delegados,por usucapião.

(D) É inconsti tucional esta modalidade de provimento do cargo,pois afronta o princípio do concurso público, porém não podemter alterado os ganhos vencimentais, sedimentado pelos anos,pelo princípio da irreduti bilidade.

19 A00116

No âmbito do Poder discricionário da Administração Pública, nãose admite que o agente público administrati vo exerça o Poderdiscricionário

(A) quando esti ver diante de conceitos legais e jurídicosparcialmente indeterminados, que se tornam determinados àluz do caso concreto e à luz das circunstâncias de fato.

(B) quando esti ver diante de conceitos legais e jurídicos técnico-cientí fi cos, sendo, neste caso, limitado às escolhas técnicas, poróbvio possíveis.

(C) quando esti ver diante de conceitos valorati vos estabelecidospela lei, que dependem de concreti zação pelas escolhas doagente, considerados o momento histórico e social.

(D) em situações em que a redação da Lei se encontra insati sfatóriaou ultrapassada.

20 A00121

Uma determinada empresa concessionária transfere o seucontrole acionário para uma outra empresa privada, sem noti fi car,previamente, o Poder concedente, parte no contrato de concessão.

Assinale a alternati va que indique a medida que o Poder concedentepoderá tomar, se não restarem atendidas as mesmas exigênciastécnicas, de idoneidade fi nanceira e regularidade jurídica por estanova empresa.

(A) Poderá o Poder concedente declarar a caducidade da concessão,tendo em vista o caráter intuitu personae do contrato deconcessão.

(B) Poderá retomar o serviço, por moti vo de interesse público,através da encampação, autorizada por lei específi ca, apósprévio pagamento da indenização.

(C) Poderá o Poder concedente anular o contrato de concessão,através de decisão administrati va,, uma vez que a transferênciaacionária da empresa concessionária sem a noti fi cação préviaao Poder concedente gera irregularidade, insusceptí vel deconvalidação.

(D) Nada poderá fazer o Poder concedente, uma vez que a empresaconcessionária, apesar da alteração societária, não desnatura ocaráter intuitu personae do contrato de concessão.

21 A00204

A respeito das diferenças e semelhanças entre prescrição edecadência, no Código Civil, é correto afi rmar que:

(A) a prescrição acarreta a exti nção do direito potestati vo,enquanto a decadência gera a exti nção do direito subjeti vo.

(B) os prazos prescricionais podem ser suspensos e interrompidos,enquanto os prazos decadenciais legais não se suspendem ouinterrompem, com exceção da hipótese de ti tular de direitoabsolutamente incapaz, contra o qual não corre nem prazoprescricional nem prazo decadencial.

(C) não se pode renunciar à decadência legal nem à prescrição,mesmo após consumadas.

(D) a prescrição é exceção que deve ser alegada pela parte a quembenefi cia, enquanto a decadência pode ser declarada de ofí ciopelo juiz.

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Caderno de Prova 01 – 6 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

22 A00207

Com relação ao regime da solidariedade passiva, é correto afi rmarque:

(A) cada herdeiro pode ser demandado pela dívida toda do devedorsolidário falecido.

(B) com a perda do objeto por culpa de um dos devedoressolidários, a solidariedade subsiste no pagamento doequivalente pecuniário, mas pelas perdas e danos somentepoderá ser demandado o culpado.

(C) se houver atraso injusti fi cado no cumprimento da obrigaçãopor culpa de um dos devedores solidários, a solidariedadesubsiste no pagamento do valor principal, mas pelos juros damora somente poderá ser demandado o culpado.

(D) as exceções podem ser aproveitadas por qualquer dosdevedores solidários, ainda que sejam pessoais apenas a umdeles.

23 A00215

Durante dez anos, empregados de uma fabricante de extrato de tomatedistribuíram, gratuitamente, sementes de tomate entre agricultores deuma certa região. A cada ano, os empregados da fabricante procuravamos agricultores, na época da colheita, para adquirir a safra produzida.No ano de 2009, a fabricante distribuiu as sementes, como sempre fazia,mas não retornou para adquirir a safra. Procurada pelos agricultores,a fabricante recusou-se a efetuar a compra. O tribunal competenteentendeu que havia responsabilidade pré-contratual da fabricante.A responsabilidade pré-contratual é aquela que:

(A) deriva da violação à boa-fé objeti va na fase das negociaçõespreliminares à formação do contrato.

(B) deriva da ruptura de um pré-contrato, também chamadocontrato preliminar.

(C) surgiu, como insti tuto jurídico, em momento histórico anteriorà responsabilidade contratual.

(D) segue o desti no da responsabilidade contratual, como oacessório segue o principal.

24 A00234

Em 2004, Joaquim, que não ti nha herdeiros necessários, lavrou umtestamento contemplando como sua herdeira universal Ana. Em 2006,arrependido, Joaquim revogou o testamento de 2004, nomeando comoseu herdeiro universal Sérgio. Em 2008, Sérgio faleceu, deixando umafi lha Catarina. No mês de julho de 2010, faleceu Joaquim. O únicoparente vivo de Joaquim era seu irmão, Rubens.

Assinale a alternati va que indique a quem caberá a herança de Joaquim.(A) Rubens.(B) Catarina.(C) Ana.(D) A herança será vacante.

25 A00221

Sobre o consti tuto possessório, assinale a alternati va correta.

(A) Trata-se de modo originário de aquisição da propriedade.

(B) Trata-se de modo originário de aquisição da posse.

(C) Representa uma tradição fi cta.

(D) É imprescindível para que se opere a transferência da posse aosherdeiros na sucessão universal.

26 A00228

Passando por difi culdades fi nanceiras, Alexandre insti tuiu umahipoteca sobre imóvel de sua propriedade, onde reside com suafamília. Posteriormente, foi procurado por Amanda, que estariadisposta a adquirir o referido imóvel por um valor bem acima domercado. Consultando seu advogado, Alexandre ouviu dele que nãopoderia alienar o imóvel, já que havia uma cláusula na escritura deinsti tuição da hipoteca que o proibia de alienar o bem hipotecado.

A opinião do advogado de Alexandre

(A) está incorreta, porque a hipoteca insti tuída não produz efeitos,pois, na hipótese, o direito real em garanti a a ser insti tuídodeveria ser o penhor.

(B) está incorreta, porque Alexandre está livre para alienar oimóvel, pois a cláusula que proíbe o proprietário de alienar obem hipotecado é nula.

(C) está incorreta, uma vez que a hipoteca é nula, pois não épossível insti tuir hipoteca sobre bem de família do devedorhipotecário.

(D) está correta, porque em virtude da proibição contratual,Alexandre não poderia alienar o imóvel enquanto recaíssesobre ele a garanti a hipotecária.

27 A00237

Jane e Carlos consti tuíram uma união estável em julho de 2003 e nãocelebraram contrato para regular as relações patrimoniais decorrentesda aludida enti dade familiar. Em março de 2005, Jane recebeu R$100.000,00 (cem mil reais) a tí tulo de doação de seu ti o Túlio. Com os R$100.000,00 (cem mil reais), Jane adquiriu em maio de 2005 um imóvelna Barra da Tijuca. Em 2010, Jane e Carlos se separaram. Carlos procuraum advogado, indagando se tem direito a parti lhar o imóvel adquiridopor Jane na Barra da Tijuca em maio de 2005.

Assinale a alternati va que indique a orientação correta a ser expostaa Carlos.

(A) Por se tratar de bem adquirido a tí tulo oneroso na vigência daunião estável, Carlos tem direito a parti lhar o imóvel adquiridopor Jane na Barra da Tijuca em maio de 2005.

(B) Carlos não tem direito a parti lhar o imóvel adquirido por Jane naBarra da Tijuca em maio de 2005 porque, salvo contrato escritoentre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais entreos mesmos o regime da separação total de bens.

(C) Carlos não tem direito a parti lhar o imóvel adquirido por Janena Barra da Tijuca em maio de 2005 porque, em virtude daausência de contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais entre os mesmos o regime dacomunhão parcial de bens, que exclui dos bens comuns entreos consortes aqueles doados e os sub-rogados em seu lugar.

(D) Carlos tem direito a parti lhar o imóvel adquirido por Janena Barra da Tijuca em maio de 2005 porque, muito emborao referido bem tenha sido adquirido com o produto de umadoação, não se aplica a sub-rogação de bens na união estável.

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Caderno de Prova 01– 7 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

28 A00227

Por meio de uma promessa de compra e venda, celebrada porinstrumento parti cular registrada no cartório de Registro de Imóveise na qual não se pactuou arrependimento, Juvenal foi residir noimóvel objeto do contrato e, quando quitou o pagamento, deparou-se com a recusa do promitente-vendedor em outorgar-lhe a escrituradefi niti va do imóvel.Diante do impasse, Juvenal poderá

(A) requerer ao juiz a adjudicação do imóvel, a despeito de apromessa de compra e venda ter sido celebrada por instrumentoparti cular.

(B) usucapir o imóvel, já que não faria jus à adjudicação compulsóriana hipótese.

(C) desisti r do negócio e pedir o dinheiro de volta.(D) exigir a substi tuição do imóvel prometi do à venda por outro,

muito embora inexisti sse previsão expressa a esse respeito nocontrato preliminar.

29 A00206

João prometeu transferir a propriedade de uma coisa certa, masantes disso, sem culpa sua, o bem foi deteriorado.Segundo o Código Civil, ao caso de João aplica-se o seguinte regimejurídico:

(A) a obrigação fi ca resolvida, com a devolução de valoreseventualmente pagos.

(B) a obrigação subsiste, com a entrega da coisa no estado em quese encontra.

(C) a obrigação subsiste, com a entrega da coista no estadoem que se encontra e abati mento no preço proporcional àdeterioração.

(D) a obrigação poderá ser resolvida, com a devolução de valoreseventualmente pagos, ou subsisti r, com a entrega da coisa noestado em que se encontra e abati mento no preço proporcionalà deterioração, cabendo ao credor a escolha de uma dentre asduas soluções.

30 A00223

Assinale a alternati va que contemple exclusivamente obrigaçãopropter rem:

(A) a obrigação de indenizar decorrente da aluvião e aqueladecorrente da avulsão.

(B) a hipoteca e o dever de pagar as cotas condominiais.(C) o dever que tem o servidor da posse de exercer o desforço

possessório e o dever de pagar as cotas condominiais.(D) a obrigação que tem o proprietário de um terreno de indenizar

o terceiro que, de boa-fé, erigiu benfeitorias sobre o mesmo.

31 A00301

A capacidade é um dos pressupostos processuais. Caso o juizverifi que que uma das partes é incapaz ou há irregularidade em suarepresentação, deverá suspender o processo e marcar prazo razoávelpara que o defeito seja sanado.

Assinale a alternati va que indique a providência correta a ser tomadapelo magistrado, na hipótese de persistência do vício.

(A) Se o vício se referir ao autor, deve o juiz aplicar-lhe multa porliti gância de má-fé.

(B) Se o vício se referir ao autor, deve o juiz proferir o julgamentoantecipado da lide.

(C) Se o vício se referir ao réu, deve o juiz reputá-lo revel.(D) Se o vício se referir ao réu, deve o juiz julgar a causa em seu

desfavor.

32 A00310

A incompetência do juízo, tal como prevista no CPC, pode assumirduas feições, de acordo com a natureza do vício e ainda com asconsequências advindas de tal reconhecimento. O Código trata, então,da incompetência absoluta e da relati va. A respeito dessas modalidadesde incompetência, assinale a afi rmati va correta.

(A) A incompetência relati va pode ser alegada a qualquer tempo.

(B) A incompetência relati va sempre pode ser conhecida de ofí ciopelo juiz.

(C) A incompetência absoluta gera a nulidade de todos os atosprati cados no processo até seu reconhecimento.

(D) A incompetência absoluta é alegada como preliminar dacontestação ou por peti ção nos autos.

33 A00322

Com relação ao procedimento da execução por quanti a certa, contradevedor solvente, fundado em tí tulo extrajudicial, é correto afi rmar que:

(A) o executado é citado para, no prazo de três dias, apresentarembargos.

(B) o credor só pode indicar os bens a serem penhorados se oexecutado não se manifestar no prazo legal, após ser citado.

(C) o juiz pode, de ofí cio, e a qualquer tempo, determinar a inti maçãodo executado para indicar bens passíveis de penhora.

(D) o juiz somente fi xará os honorários de advogado a serem pagospelo executado ao fi m do processo de execução.

34 A00323

As medidas cautelares estão expressamente previstas no CPC comoforma de instrumentalizar a tutela, tendo natureza eminentementeacessória.

Assinale a alternati va que apresente uma regra que disciplina aconcessão de medidas cautelares.

(A) o Juiz, como regra, deve deferir medidas cautelares sem aprévia audiência do requerido.

(B) o direito brasileiro admite apenas medidas cautelaresincidentais, sendo vedado o uso de medidas prévias.

(C) interposto recurso nos autos principais, fi ca vedado orequerimento de cautelares.

(D) salvo decisão em contrário, a cautelar conserva sua efi cáciamesmo durante o período de suspensão do processo principal.

35 A00336

A Lei n. 9.099/95 disciplina os chamados Juizados Especiais Cíveis noâmbito Estadual. Nela é possível encontrar diversas regras especiais,que diferenciam o procedimento dos Juizados do procedimentocomum do CPC. Segundo a Lei n. 9.099/95, assinale a alternati va que indique umadessas regras específi cas.

(A) Não é cabível nenhuma forma de intervenção de terceiros nemde assistência.

(B) É vedado o liti sconsórcio.

(C) Nas ações propostas por microempresas, admite-se a reconvenção.

(D) Se o pedido formulado for genérico, admite-se, excepcio-nalmente, sentença ilíquida.

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Caderno de Prova 01 – 8 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

36 A00338

O Mandado de Segurança Coleti vo, previsto no art. 5º, inciso LXX daConsti tuição da República, foi regulamentado pelos arti gos 21 e 22da Lei Federal n. 12.016/09.

Acerca desta garanti a consti tucional é correto afi rmar que:

(A) qualquer cidadão tem legiti midade para impetrar o mandadode segurança coleti vo.

(B) no mandado de segurança coleti vo, a sentença fará coisajulgada limitadamente aos membros do grupo substi tuído peloimpetrante.

(C) o mandado de segurança coleti vo pode ser uti lizado na defesade direitos difusos.

(D) o mandado de segurança coleti vo induz liti spendência para asações individuais que tenham o mesmo objeto.

37 A00312

Acerca da revelia, é correto afi rmar que:

(A) a revelia se dá com a não apresentação de exceção ou dereconvenção no prazo da resposta.

(B) ainda que o lití gio verse sobre direitos indisponíveis, a reveliaproduz seus efeitos normalmente.

(C) contra o revel, ainda que tenha patrono consti tuído nos autos,correrão os prazos independentemente de inti mação.

(D) o revel pode intervir no processo em qualquer fase, recebendo-ono estado em que se encontrar.

38 A00314

Se, durante a audiência de instrução e julgamento, um advogado,exercendo seu mister de bem defender os interesses de seu cliente,entende que a testemunha arrolada pela parte contrária mantémcom essa vínculo estreito de amizade e que seu depoimento podeser tendencioso, esse advogado deverá:

(A) contraditar a testemunha, devendo a audiência, nesse caso,ser necessária e imediatamente interrompida.

(B) contraditar a testemunha, que mesmo assim poderá ser ouvidacomo informante do juízo, desde que o magistrado fundamentesua decisão de ouví-la.

(C) contraditar a testemunha, hipótese em que estará o juizobrigado a dispensá-la.

(D) contraditar a testemunha, que será ouvida após a audiência,sem a presença das partes.

39 A00329

Com relação ao procedimento da curatela dos interditos, é corretoafi rmar que:

(A) na ausência dos pais, do tutor e do cônjuge, um parentepróximo pode requerer a interdição.

(B) a sentença proferida pelo juiz faz coisa julgada material.

(C) a realização de prova pericial, consistente no exame dointerditando, é facultati va, podendo o juiz dispensá-la.

(D) o Ministério Público não tem legiti midade para requerer ainterdição.

40 A00308

Um advogado é procurado em seu escritório por um cliente quelhe narra que a empresa da qual ele é diretor foi citada pelo poderjudiciário, em decorrência de um confl ito surgido em razão de contratode compra e venda no qual inseriram cláusula compromissória cheia,estabelecendo que em caso de eventual confl ito entre as partes, omesmo será apreciado por um tribunal arbitral.O advogado ao peti cionar no referido processo, representandoos interesses do seu cliente, no senti do de exigir cumprimento dacláusula compromissória cheia, deverá:

(A) requerer a designação de audiência de conciliação, pois o juizpode conhecer de ofí cio da pré-existência da convenção dearbitragem.

(B) apresentar desde logo contestação, restringindo suaargumentação ao exame do mérito da causa.

(C) apresentar contestação e alegar expressamente, em preliminar,a existência de convenção de arbitragem, solicitando a exti nçãodo feito.

(D) solicitar ao juiz o julgamento antecipado da lide.

41 A00927

A respeito do regime de compensação de jornada do banco de horas,assinale a alternati va correta.

(A) Pode ser insti tuído mediante acordo, verbal ou por escrito,entre empresa e empregado, facultando-se a parti cipação dossindicatos representantes das categorias.

(B) Não admite compensação de jornada que ultrapassar o limitemáximo de 10 horas diárias.

(C) Pode ser compensado após a rescisão do contrato de trabalho,se houver crédito em favor do trabalhador, respeitado o limitede validade do acordo.

(D) O excesso de jornada a ser compensada não pode exceder,no prazo legal máximo de um semestre, a soma das jornadassemanais previstas para o período.

42 A00911

No contexto da teoria das nulidades do contrato de trabalho, assinalea alternati va correta.

(A) Confi gurado o trabalho ilícito, é devido ao empregado somente opagamento da contraprestação salarial pactuada.

(B) Os trabalhos noturno, perigoso e insalubre do menor de 18(dezoito) anos de idade são modalidades de trabalho proibidoou irregular.

(C) O trabalho do menor de 16 (dezesseis) anos de idade, que nãoseja aprendiz, é modalidade de trabalho ilícito, não gerandoqualquer efeito.

(D) A falta de anotação da Carteira de Trabalho e Previdência Socialdo empregado invalida o contrato de trabalho.

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Caderno de Prova 01– 9 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

43 A00915

Com relação ao Direito Coleti vo do Trabalho, assinale a alternati vacorreta.

(A) Acordo coleti vo do trabalho é o acordo de caráter normati vopelo qual dois ou mais sindicatos representati vos de categoriaseconômicas e profi ssionais esti pulam condições de trabalhoaplicáveis, no âmbito das respecti vas representações, àsrelações individuais de trabalho.

(B) Na greve em serviços ou ati vidades essenciais, fi cam asenti dades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso,obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e aosusuários com antecedência mínima de 72 (setenta e duas)horas da paralisação.

(C) As centrais sindicais, por força de lei, podem celebrar acordos econvenções coleti vos de trabalho.

(D) O recolhimento da contribuição sindical obrigatória (“impostosindical”) somente é exigido dos empregados sindicalizados,em face do princípio da liberdade sindical.

44 A00923

O empregado João foi contratado para trabalhar como caixa de umsupermercado. No ato de admissão, foi-lhe entregue o regulamentoda empresa, onde constava a obrigatoriedade do uso do uniformepara o exercício do trabalho. Entretanto, cerca de cinco meses apósa contratação, João compareceu para trabalhar sem o uniformee, por isso, foi adverti do. Um mês depois, o fato se repeti u e Joãofoi suspenso por 3 dias. Passados mais 2 meses, João compareceunovamente sem uniforme, tendo sido suspenso por 30 dias. Aoretornar da suspensão foi encaminhado ao departamento de pessoal,onde tomou ciência da sua dispensa por justa causa (indisciplina – art. 482, h da CLT).

Diante deste caso concreto

(A) está correta a aplicação da justa causa, uma vez que Joãodescumpriu reiteradamente as ordens genéricas do empregadorconti das no regulamento geral.

(B) está incorreta a aplicação da justa causa, uma vez que Joãocometeu ato de insubordinação e não de indisciplina.

(C) está incorreta a aplicação da justa causa, uma vez que Joãocometeu mau procedimento.

(D) está incorreta a aplicação da justa causa, uma vez que oempregador prati cou bis in idem, ao punir João duas vezes pelomesmo fato.

45 A00929

Com relação ao regime de férias, é correto afi rmar que:

(A) as férias devem ser pagas ao empregado com adicional de 1/3até 30 dias antes do início do seu gozo.

(B) salvo para as gestantes e os menores de 18 anos, as fériaspodem ser gozadas em dois períodos.

(C) o empregado que pede demissão antes de completado seuprimeiro período aquisiti vo faz jus a férias proporcionais.

(D) as férias podem ser converti das integralmente em abonopecuniário, por opção do empregado.

46 A00925

Marcos foi contratado para o cargo de escriturário de um bancoprivado. Iniciada sua ati vidade, Marcos percebeu que o gerente lheestava repassando tarefas alheias à sua função. A rigor, conformeconstava do quadro de carreira da empresa devidamente registradono Ministério do Trabalho e Emprego, as atribuições que lhe estavamsendo exigidas deveriam ser desti nadas ao cargo de tesoureiro, cujonível e cuja remuneração eram bem superiores.

Esta situação perdurou por dois anos, ao fi m dos quais Marcos decidiuajuizar uma ação trabalhista em face do seu empregador. Nela,postulou uma obrigação de fazer – o seu reenquadramento para afunção de tesoureiro – e o pagamento das diferenças salariais doperíodo.

Diante desta situação jurídica, é correto afi rmar que:

(A) o pedido está inepto, uma vez que este é um caso tí pico deequiparação salarial e não houve indicação de paradigma.

(B) o pedido deve ser julgado improcedente, uma vez que adeterminação das ati vidades, para as quais o empregado estáobrigado, encontra-se dentro do jus variandi do empregador.i

(C) o pedido deve ser julgado procedente, se for demonstrado,pelo empregado, que as suas ati vidades correspondiam, defato, àquelas previstas abstratamente na norma interna daempresa para o cargo de tesoureiro.

(D) o pedido deve ser julgado procedente em parte, uma vez que sóa parti r da decisão judicial que determine o reenquadramentoé que o empregado fará jus ao aumento salarial.

47 A00930

Joana foi contratada para trabalhar de segunda a sábado naresidência do Sr. Demétrius, de 70 anos, como sua acompanhante,recebendo salário mensal. Ao exato término do terceiro mês deprestação de serviços, o Sr. Demétrius descobre que a Sra. Joana estágrávida, rescindindo a prestação de serviços. Joana, inconformada,ajuíza ação trabalhista para que lhe seja reconhecida a condiçãode empregada domésti ca e garanti do o seu emprego mediantereconhecimento da estabilidade provisória pela gestação.Levando-se em consideração a situação de Joana, assinale aalternati va correta.

(A) A função de acompanhante é incompatí vel com oreconhecimento de vínculo de emprego domésti co.

(B) Joana faz jus ao reconhecimento de vínculo de emprego comoempregada domésti ca.

(C) Joana não fará jus à estabilidade gestacional, pois este não éum direito garanti do à categoria dos empregados domésti cos.

(D) Joana não fará jus à estabilidade gestacional, pois o contratode três meses é automati camente considerado de experiênciapara o Direito do Trabalho e pode ser rescindido ao ati ngir oseu termo fi nal.

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Caderno de Prova 01 – 10 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

48 A00913

Paulo, empregado de uma empresa siderúrgica, sofreu acidente dotrabalho, entrando em gozo de auxílio-doença acidentário, a parti rdo décimo sexto dia de seu afastamento. Durante este período depercepção do benefí cio previdenciário, ele foi dispensado sem justacausa por seu empregador.

Diante do exposto, assinale a alternati va correta.

(A) Paulo tem direito a ser reintegrado, com fundamento nagaranti a provisória de emprego assegurada ao empregadoacidentado.

(B) Paulo tem direito a ser readmiti do, com fundamento na garanti aprovisória de emprego assegurada ao empregado acidentado.

(C) Paulo tem direito a ser readmiti do, em razão da interrupção docontrato de trabalho que se operou a parti r do décimo sextodia de afastamento.

(D) Paulo tem direito a ser reintegrado, em razão da suspensão docontrato de trabalho que se operou a parti r do décimo sextodia de afastamento.

49 A01012

Com relação às provas no processo do trabalho, assinale a alternati vacorreta.

(A) As testemunhas devem ser necessariamente arroladas pelaspartes dentro do prazo estabelecido pelo juiz, a fi m de quesejam noti fi cadas para comparecimento à audiência.

(B) Cada uma das partes não pode indicar mais de três testemunhas,inclusive nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo,salvo quando se tratar de inquérito para apuração de faltagrave, caso em que este número pode ser elevado a seis.

(C) Na hipótese de deferimento de prova técnica, é vedada àspartes a apresentação de peritos assistentes.

(D) Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somentequando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta,será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo,fi xar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito.

50 A01013

Com relação às despesas processuais na Justi ça do Trabalho, assinalea afi rmati va correta.

(A) As enti dades fi scalizadoras do exercício profi ssional, em face desua natureza autárquica, são isentas do pagamento de custas.

(B) As custas devem ser pagas pelo vencido, após o trânsito emjulgado da decisão. No caso de recurso, estas devem ser pagase comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal.

(C) O benefí cio da gratuidade de justi ça não pode ser concedido deofí cio pelo juiz, devendo ser necessariamente requerido pelaparte interessada.

(D) A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais éda parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda quebenefi ciária da gratuidade de justi ça.

51 A01015

Com relação à execução trabalhista, assinale a afi rmati va correta.

(A) A execução deve ser impulsionada pela parte interessada,sendo vedado ao juiz promovê-la de ofí cio.

(B) O termo de compromisso de ajustamento de conduta fi rmadoperante o Ministério Público do Trabalho, para que possaser executado no processo do trabalho, depende de préviahomologação pelo juiz que teria competência para o processode conhecimento relati vo à matéria.

(C) Conforme disposição expressa na Consolidação das Leis doTrabalho, considera-se inexigível o tí tulo judicial fundado em leiou ato normati vo declarados inconsti tucionais pelo SupremoTribunal Federal ou em aplicação ou interpretação ti das porincompatí veis com a Consti tuição Federal.

(D) Garanti da a execução ou penhorados os bens, é de 10 (dez)dias o prazo para o executado apresentar embargos à execução,cabendo igual prazo ao exequente para impugnação.

52 A01005

Assinale a alternati va que apresente requisitos intrínsecos genéricosde admissibilidade recursal.(A) Capacidade, legiti midade e interesse.(B) Preparo, interesse e representação processual.(C) Representação processual, preparo e tempesti vidade.(D) Legiti midade, tempesti vidade e preparo.

53 A01006

Pedro ajuizou ação em face de seu empregador objeti vando asati sfação dos pedidos de horas extraordinárias, suas integraçõese consectárias. O seu pedido foi julgado improcedente. Recorreordinariamente, pretendendo a substi tuição da decisão por outra dediverso teor, tempesti vamente.Na análise da primeira admissibilidade recursal há um equívoco, ese nega seguimento ao recurso por intempesti vo. Desta decisão,tempesti vamente, se interpõe o recurso de agravo por instrumento,que tem seu conhecimento negado pelo Tribunal Regional, porausência do depósito recursal referente à metade do valor do recursoprincipal que se pretendia destrancar, nos termos do arti go 899, § 7ºda Consolidação das Leis do Trabalho.

Quanto à conduta do Desembargador Relator, é corretor afi rmar que:

(A) ela está correta, uma vez que o referido arti go afi rma que noscasos de interposição do recurso de agravo por instrumentoé necessária a comprovação do depósito recursal de 50% dovalor do depósito referente ao recurso que se pretende darseguimento.

(B) ela está correta, uma vez que o preparo é requisito deadmissibilidade recursal e, por isso, não pode estar ausente,sob pena de não conhecimento do recurso.

(C) ela está equivocada, pois em que pese haver a necessidadedo preparo para a interposição do recurso de agravo porinstrumento, no problema acima, o pedido foi julgadoimprocedente sendo recorrente o autor, portanto, dispensávelo preparo no que se refere a depósito recursal.

(D) ela está equivocada, pois o recurso de agravo por instrumento,na esfera laboral é o único, juntamente com os embargospor declaração, que não necessita de preparo para a suainterposição.

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Caderno de Prova 01– 11 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

54 A01023

Segundo a legislação e a jurisprudência sobre a ação rescisória noProcesso do Trabalho, assinale a afi rmati va correta.

(A) A decisão que exti ngue o processo sem resolução de mérito,uma vez transitada em julgado, é passível de corte rescisório.

(B) É ajuizada independente de depósito prévio, em razão daprevisão específi ca do Processo do Trabalho.

(C) Quando for de competência originária de Tribunal Regional doTrabalho, admiti rá o recurso de revista para o Tribunal Superiordo Trabalho.

(D) A sentença de mérito proferida por prevaricação, concussão oucorrupção do juiz, uma vez transitada em julgado, é passível decorte rescisório.

55 A01021

No dia 23.05.2003, Paulo apresentou reclamação verbal peranteo distribuidor do fórum trabalhista, o qual, após livre distribuição,o encaminhou para a 132ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro.Entretanto, Paulo mudou de ideia e não compareceu à secretaria daVara para reduzi-la a termo. No dia 24.12.2003, Paulo retornou aodistribuidor da Justi ça do Trabalho e, decidido, apresentou novamentea sua reclamação verbal, cuja livre distribuição o encaminhou paraa 150ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Desta vez, o trabalhadorse dirigiu à secretaria da Vara, reduziu a reclamação a termo e saiude lá ciente de que a audiência inaugural seria no dia 01.02.2004.Contudo, ao chegar o dia da audiência, Paulo mudou de ideia maisuma vez e não compareceu, gerando o arquivamento dos autos.

Diante desta situação concreta, é correto afi rmar que:

(A) Paulo não poderá ajuizar uma nova reclamação verbal, uma vezque a CLT proíbe o ajuizamento sucessivo de três reclamaçõesdesta modalidade.

(B) Paulo poderá ajuizar uma nova reclamação verbal, uma vez quesomente a segunda foi reduzida a termo, gerando apenas umarquivamento dos autos por ausência do autor na audiênciainaugural.

(C) Paulo não poderá ajuizar uma nova reclamação verbal, umavez que deu ensejo à perempção prevista no CPC, aplicávelsubsidiariamente ao processo do trabalho.

(D) Paulo poderá ajuizar nova reclamação trabalhista, mas apenasna forma escrita e assisti do obrigatoriamente por advogado.

56 A00718

Com relação ao concurso de delitos, é correto afi rmar que:

(A) no concurso de crimes as penas de multa são aplicadasdisti ntamente, mas de forma reduzida.

(B) o concurso material ocorre quando o agente, mediante maisde uma ação ou omissão, prati ca dois ou mais crimes comdependência fáti ca e jurídica entre estes.

(C) o concurso formal perfeito, também conhecido como próprio,ocorre quando o agente, por meio de uma só ação ou omissão,prati ca dois ou mais crimes idênti cos, caso em que as penasserão somadas.

(D) o Código Penal Brasileiro adotou o sistema de aplicação depena do cúmulo material para os concursos material e formalimperfeito, e da exasperação para o concurso formal perfeito ecrime conti nuado.

57 A00728

Paula Rita convenceu sua mãe adoti va, Maria Aparecida, de 50anos de idade, a lhe outorgar um instrumento de mandato paramovimentar sua conta bancária, ao argumento de que poderia ajudá-la a efetuar pagamento de contas, pequenos saques, pegar talões decheques etc., evitando assim que a mesma ti vesse que se deslocarpara o banco no dia a dia. De posse da referida procuração, PaulaRita compareceu à agência bancária onde Maria Aparecida possuíaconta e sacou todo o valor que a mesma possuía em aplicaçõesfi nanceiras, no total de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais),apropriando-se do dinheiro antes pertencente a sua mãe.Considerando tal narrati va, assinale a alternati va correta.

(A) Paula Rita prati cou crime de estelionato em detrimento de MariaAparecida e, pelo fato de ser sua fi lha adoti va, é isenta de pena.

(B) Paula Rita prati cou crime de furto mediante fraude emdetrimento de Maria Aparecida e, pelo fato de ser sua fi lhaadoti va, é isenta de pena.

(C) Paula Rita prati cou crime de estelionato em detrimento deMaria Aparecida e, apesar de ser sua fi lha adoti va, não é isentade pena.

(D) Paula Rita prati cou crime de furto mediante fraude emdetrimento de Maria Aparecida e, apesar de seu sua fi lhaadoti va, não é isenta de pena.

58 A00730

A respeito do regime legal da prescrição no Código Penal, tendopor base ocorrência do fato na data de hoje, assinale a alternati vacorreta.

(A) A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsitoem julgado para a acusação, regula-se pela pena aplicada, nãopodendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial dataanterior à da denúncia ou queixa.

(B) A prescrição da pena de multa ocorrerá em 2 (dois) anos,independentemente do prazo estabelecido para a prescriçãoda pena de liberdade aplicada cumulati vamente.

(C) Se o réu citado por edital permanece revel e não consti tuiadvogado, fi ca suspenso o processo, mantendo-se em curso oprazo prescricional, que passa a ser computado pelo dobro dapena máxima cominada ao crime.

(D) São causas interrupti vas do curso da prescrição previstas noCódigo Penal, dentre outras, o recebimento da denúncia ou daqueixa, a pronúncia, a publicação da sentença condenatória ouabsolutória recorrível.

59 A00704

Assinale a alternati va que preencha corretamente as lacunas do texto:

“para a ocorrência de __________, não basta a imputação falsa decrime, mas é indispensável que em decorrência de tal imputação sejainstaurada, por exemplo, investi gação policial ou processo judicial. Asimples imputação falsa de fato defi nido como crime pode consti tuir__________, que, consti tui infração penal contra a honra, enquantoa __________ é crime contra a Administração da Justi ça”.

(A) denunciação caluniosa, calúnia, denunciação caluniosa.

(B) denunciação caluniosa, difamação, denunciação caluniosa.

(C) comunicação falsa de crime ou de contravenção, calúnia,comunicação falsa de crime ou de contravenção.

(D) comunicação falsa de crime ou de contravenção, difamação,comunicação falsa de crime ou de contravenção.

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Caderno de Prova 01 – 12 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

60 A00717

Arlete, em estado puerperal, manifesta a intenção de matar o própriofi lho recém nascido. Após receber a criança no seu quarto paraamamentá-la, a criança é levada para o berçário. Durante a noite, Arletevai até o berçário, e, após conferir a identi fi cação da criança, a asfi xia,causando a sua morte. Na manhã seguinte, é constatada a morte porasfi xia de um recém nascido, que não era o fi lho de Arlete.

Diante do caso concreto, assinale a alternati va que indique aresponsabilidade penal da mãe.

(A) Crime de homicídio, pois, o erro acidental não a isenta dereponsabilidade.

(B) Crime de homicídio, pois, uma vez que o art. 123 do CP trata dematar o próprio fi lho sob infl uência do estado puerperal, nãohouve preenchimento dos elementos do ti po.

(C) Crime de infanti cídio, pois houve erro quanto à pessoa.

(D) Crime de infanti cídio, pois houve erro essencial.

61 A00723

Relati vamente à legislação sobre lavagem de capitais (Lei n. 9.613/98),assinale a alternati va correta.

(A) O crime de lavagem só ocorre quando os bens, direitos ouvalores provenientes, direta ou indiretamente, de um doscrimes antecedentes completam todo o processo de lavagem(ocultação, dissimulação e integração).

(B) Não consti tui lavagem de dinheiro, mas crime de descaminho,a importação ou exportação de bens com valores nãocorrespondentes aos verdadeiros, feita com o propósito deocultar ou dissimular a uti lização de bens, direitos ou valoresprovenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidosna Lei n. 9.613/98.

(C) O processo e julgamento dos crimes previstos na Lei n.9613/98 dependem do processo e julgamento dos crimesantecedentes.

(D) Prati ca crime de lavagem de dinheiro quem uti liza, na ati vidadeeconômica ou fi nanceira, bens, direitos ou valores que sabeserem provenientes de qualquer dos crimes antecedentesprevistos na Lei n. 9613/98.

62 A00729

Fundação Pública Federal contrata o técnico de informáti ca AbelardoFonseca para que opere o sistema informati zado desti nado àelaboração da folha de pagamento de seus funcionários. Abelardo,ao elaborar a referida folha de pagamento, altera as informaçõessobre a remuneração dos funcionários da Fundação no sistema,descontando a quanti a de cinco reais de cada um deles. A seguir,insere o seu próprio nome e sua própria conta bancária no sistema,atribuindo-se a condição de funcionário da Fundação e desti naà sua conta o total dos valores desviados dos demais. Terminadaa elaboração da folha, Abelardo remete as informações à seçãode pagamentos, a qual efetua os pagamentos de acordo com asinformações lançadas no sistema por ele.Considerando tal narrati va, é correto afi rmar que Abelardo prati coucrime de:

(A) estelionato.

(B) peculato.

(C) concussão.

(D) inserção de dados falsos em sistema de informações.

63 A00724

João da Silva, José da Silva e Maria da Silva são os acionistascontroladores do Banco Silva’s e Família, cada um com 30% das açõescom direito a voto e exercendo respecti vamente os cargos de Diretor-Presidente, Diretor Comercial e Diretora de Contabilidade. Em razãodas difi culdades fi nanceiras que afetaram o Banco Silva’s e Família,os diretores decidem por em curso as seguintes práti cas: (1) adquirirno mercado tí tulos do tesouro nacional já caducos (portanto semvalor algum) e, uti lizando-os como simulacro de lastro, emiti r tí tulosdo banco para captar recursos fi nanceiros junto aos investi dores;(2) forjar negócios com pessoas jurídicas inexistentes a fi m de simularganhos; e, por fi m, (3) fraudar o balanço da insti tuição simulandolucros no exercício ao invés dos prejuízos efeti vamente sofridos.

Os primeiros doze meses demonstraram resultados excelentes, comgrande aumento do capital, mas os vinte e quatro meses seguintessão marcados por uma perda avassaladora de recursos, levandoo banco à beira da insolvência, com um passivo cerca de 50 vezesmaior que o ati vo. Nesse momento, o Banco Silva’s e Família sofreuma intervenção do Banco Central e todos os fatos narrados acimavêm à tona.

Assinale a alternati va que indique o(s) crime(s) prati cado(s) pelosacionistas controladores.

(A) Crimes de falsidade ideológica, falsidade documental eestelionato qualifi cado.

(B) Crime de gestão temerária de insti tuição fi nanceira.

(C) Crime de gestão fraudulenta de insti tuição fi nanceira.

(D) Crime de gestão temerária em concurso com crime de gestãofraudulenta de insti tuição fi nanceira.

64 A00820

João da Silva foi denunciado por homicídio qualifi cado por moti vofúti l. Nos debates orais ocorridos na primeira fase do procedimentode júri, a Defesa alegou que João agira em estrito cumprimentode dever legal, postulando sua absolvição sumária. Ao proferir suadecisão, o juiz rejeitou a tese de estrito cumprimento de dever legale o pedido de absolvição sumária, e pronunciou João por homicídiosimples, afastando a qualifi cadora conti da na denúncia. A decisãode pronúncia foi confi rmada pelo Tribunal de Justi ça, operando-sea preclusão.

Considerando tal narrati va, assinale a afi rmati va correta.

(A) Nos debates orais perante os jurados, o promotor de justi ça nãopoderá sustentar a qualifi cadora de moti vo fúti l, mas a defesapoderá alegar a tese de estrito cumprimento de dever legal.

(B) Nos debates orais perante os jurados, o promotor de justi çapoderá sustentar a qualifi cadora de moti vo fúti l e a defesapoderá alegar a tese de estrito cumprimento de dever legal.

(C) Nos debates orais perante os jurados, o promotor de justi ça nãopoderá sustentar a qualifi cadora de moti vo fúti l e a defesa nãopoderá alegar a tese de estrito cumprimento de dever legal.

(D) Nos debates orais perante os jurados, o promotor de justi çapoderá sustentar a qualifi cadora de moti vo fúti l, mas a defesa nãopoderá alegar a tese de estrito cumprimento de dever legal.

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Caderno de Prova 01– 13 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

65 A00817

Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando-lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justi ça ofereceudenúncia contra Joaquim, imputando-lhe a práti ca do crime delesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas quepresenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duastestemunhas que também presenciaram o fato.

Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afi rmaramque Pedro ti nha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que,por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já astestemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma armade fogo em poder de Pedro.

Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu,sustentando que a legíti ma defesa não havia fi cado provada. A Defesapediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legíti madefesa. No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou queremanescia fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situaçãode legíti ma defesa.

Considerando tal narrati va, assinale a afi rmati va correta.

(A) O ônus de provar a situação de legíti ma defesa era da defesa.Assim, como o juiz não se convenceu completamente daocorrência de legíti ma defesa, deve condenar o réu.

(B) O ônus de provar a situação de legíti ma defesa era da acusação.Assim, como o juiz não se convenceu completamente da ocorrênciade legíti ma defesa, deve condenar o réu.

(C) O ônus de provar a situação de legíti ma defesa era da defesa.No caso, como o juiz fi cou em dúvida sobre a ocorrência delegíti ma defesa, deve absolver o réu.

(D) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele estáimpedido de proferir a sentença. A lei obriga o juiz a esgotartodas as diligências que esti verem a seu alcance para dirimirdúvidas, sob pena de nulidade da sentença que vier a serprolatada.

66 A00815

Em processo sujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta escrita,o advogado requer a absolvição sumária de seu cliente e não propõeprovas. O juiz, rejeitando o requerimento de absolvição sumária,designa audiência de instrução e julgamento, desti nada à inquiriçãodas testemunhas arroladas pelo Ministério Público e ao interrogatóriodo réu. Ao fi nal da audiência, o advogado requer a oiti va de duastestemunhas de defesa e que o juiz designe nova data para que sejaminquiridas.

Considerando tal narrati va, assinale a afi rmati va correta.

(A) O juiz deve deferir o pedido, pois a juntada do rol dastestemunhas de defesa pode ser feita até o encerramento daprova de acusação.

(B) O juiz não deve deferir o pedido, pois o desmembramento daaudiência una causa nulidade absoluta.

(C) O juiz só deve deferir a oiti va de testemunhas de defesaarroladas posteriormente ao momento da apresentação daresposta escrita se fi car demonstrado que a necessidade daoiti va se originou de circunstâncias ou fatos apurados nainstrução.

(D) O juiz deve deferir o pedido, pois apesar de a juntada do rol detestemunhas da defesa não ter sido feita no momento correto,em nenhuma hipótese do processo penal, o juiz deve indeferirdiligências requeridas pela defesa.

67 A00804

Antônio Ribeiro foi denunciado pela práti ca de homicídio qualifi cado,pronunciado nos mesmos moldes da denúncia e submeti do ajulgamento pelo Tribunal do Júri em 25/05/2005, tendo sidocondenado à pena de 15 anos de reclusão em regime integralmentefechado. A decisão transita em julgado para o Ministério Público,mas a defesa de Antônio apela, alegando que a decisão dos Juradosé manifestamente contrária à prova dos autos. A apelação é provida,sendo o réu submeti do a novo Júri. Neste segundo Júri, Antônio énovamente condenado e sua pena é agravada, mas fi xado regimemais vantajoso (inicial fechado).

A esse respeito, assinale a afi rmati va correta.

(A) Não cabe nova apelação no caso concreto, em respeito aoprincípio da soberania dos veredictos.

(B) A decisão do juiz togado foi incorreta, pois violou o princípio done reformati o in pejus, cabendo apelação.

(C) A decisão dos jurados foi incorreta, pois violou o princípio dotantum devolutum quantum appelatum.

(D) Não cabe apelação por falta de interesse jurídico, já que afi xação do regime inicial fechado é mais vantajosa do que umapena a ser cumprida em regime integralmente fechado.

68 A00810

Relati vamente às regras sobre ação civil fi xadas no Código deProcesso Penal, assinale a alternati va correta.

(A) São fatos que impedem a propositura da ação civil: o despacho dearquivamento do inquérito ou das peças de informação, a decisãoque julgar exti nta a punibilidade e a sentença absolutória quedecidir que o fato imputado não consti tui crime.

(B) Sobrevindo a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civilnão poderá ser proposta em nenhuma hipótese.

(C) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, aexecução só poderá ser efetuada pelo valor fi xado na mesma,não se admiti ndo, neste caso, a liquidação para a apuração dodano efeti vamente sofrido.

(D) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, poderãopromover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito dareparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seusherdeiros.

69 A00825

João foi denunciado pela práti ca do crime de furto (CP, art. 155), poissegundo narra a denúncia ele subtraiu colar de pedras preciosas davíti ma. No decorrer da instrução processual, a testemunha Antôniorelata fato não narrado na denúncia: a subtração do objeto furtado sedeu mediante “encontrão” dado por João no corpo da víti ma. Na fasede sentença, sem antes tomar qualquer providência, o Juiz decide, combase no sobredito testemunho de Antônio, condenar João nas penasdo crime de roubo (CP, art. 157), por entender que o “encontrão”relatado caracteriza emprego de violência contra a víti ma. A sentençacondenatória transita em julgado para o Ministério Público.

O Tribunal, ao julgar apelo de João com fundamento exclusivo nainsufi ciência da prova para a condenação, deve:

(A) anular a sentença.

(B) manter a condenação pela práti ca do crime de roubo.

(C) abrir vista ao Ministério Público para aditamento da denúncia.

(D) absolver o acusado.

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Caderno de Prova 01 – 14 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

70 A00805

Ao fi nal da audiência de instrução e julgamento, o advogado do réurequer a oiti va de testemunha inicialmente não arrolada na respostaescrita, mas referida por outra testemunha ouvida na audiência.O juiz indefere a diligência alegando que o número máximo detestemunhas já havia sido ati ngido e que, além disso, a diligênciaera claramente protelatória, já que a prescrição estava em vias dese consumar se não fosse logo prolatada a sentença. A sentença éproferida em audiência, condenando-se o réu à pena de 6 anos emregime inicial semi-aberto.

Com base exclusivamente nos fatos acima narrados, assinale aalternati va que apresente o que alegaria na apelação o advogado doréu, como pressuposto da análise do mérito recursal.

(A) A redução da pena ou a fi xação de um regime de cumprimentode pena mais vantajoso.

(B) A anulação da sentença para que outra seja proferida em razãoda violação do princípio da ampla defesa.

(C) A reinquirição de todas as testemunhas em sede de apelação.

(D) A anulação da sentença para que outra seja proferida em razãoda violação do princípio da ampla defesa, com a correspondentesuspensão do prazo da prescrição de modo que o órgãoad quem se sinta confortável para anular a sentença sem gerarimpunidade no caso concreto.

71 A01104

Mauro Ricardo decidiu não pagar o imposto de renda do últi mo ano,pois sua esposa Ana, servidora pública, sofreu acidente de carro efoi declarada absolutamente incapaz, em virtude de traumati smocraniano gravíssimo.

Ocorre que a Receita Federal efetuou o lançamento e noti fi couMauro, nos termos da lei, acerca do crédito tributário em aberto.Quando Mauro recebeu a noti fi cação, ele se dirigiu à Receita econfessou a infração, pronti fi cando-se a pagar, de imediato, o tributodevido, sem multa ou juros de mora.

A parti r do exposto acima, assinale a afi rmati va correta.

(A) A confi ssão de Mauro tem o condão de excluir a suaresponsabilidade, sem a imposição de qualquer penalidade.Entretanto, ele deve pagar o tributo devido acrescido dos jurosde mora.

(B) Mauro somente se apresentou à Receita após a noti fi cação, oque exclui qualquer benefí cio oriundo da denúncia espontânea,devendo ele recolher o tributo devido, a penalidade imposta eos juros de mora.

(C) A incapacidade civil de Ana tem refl exo direto na sua capacidadetributária, o que signifi ca dizer que, após a sentença judicial deinterdição, Ana perdeu, igualmente, a sua capacidade tributária,estando livre de quaisquer obrigações perante o fi sco.

(D) Caso Mauro ti vesse procedido com mera culpa, ou seja, sea sonegação ti vesse ocorrido por mero esquecimento, elepoderia pagar somente o tributo e os juros de mora, excluindoo pagamento de multa.

72 A01122

Em Direito Tributário, cumpre à lei ordinária:

(A) estabelecer a cominação ou dispensa de penalidades para asações ou omissões contrárias a seus dispositi vos.

(B) estabelecer a forma e as condições como isenções, incenti vos ebenefí cios fi scais serão concedidos em matéria de ISS.

(C) estabelecer normas gerais em matéria tributária, especialmentesobre adequado tratamento tributário ao ato cooperati voprati cado pelas sociedades cooperati vas.

(D) estabelecer normas gerais em matéria tributária, especialmentesobre a defi nição de tratamento diferenciado e favorecido paraas microempresas e empresas de pequeno porte.

73 A01108

Pizza Aqui Ltda., empresa do ramo dos restaurantes, adquiriu oestabelecimento empresarial Pizza Já Ltda., conti nuando a exploraçãodeste estabelecimento, porém sob razão social diferente – Pizza AquiLtda. Neste caso, é correto afi rmar que:

(A) a Pizza Aqui responde solidariamente pelos tributos devidospela Pizza Já, até a data do ato de aquisição do estabelecimentoempresarial, se a Pizza Já cessar a exploração da ati vidade.

(B) caso a Pizza Já prossiga na exploração da mesma ati vidade dentrode 6 (seis) meses contados da data de alienação, a Pizza Aquiresponde subsidiariamente pelos tributos devidos pela Pizza JáLtda. até a data do ato de aquisição do estabelecimento.

(C) caso a Pizza Já mude de ramo de comércio dentro de 6 (seis)meses contados da data de alienação, então a Pizza Aqui seráintegralmente responsável pelos tributos devidos pela Pizza Jáaté a data do ato de aquisição desta.

(D) caso o negócio jurídico não fosse a aquisição, mas aincorporação da Pizza Já pela Pizza Aqui, esta últi ma estariaisenta de qualquer responsabilidade referente aos tributosdevidos pela Pizza Já até a data da incorporação.

74 A01113

Delta Ltda. teve sua falência decretada em 11/01/2010. Deltapossuía um imóvel hipotecado ao Banco Junior S/A, em garanti a dedívida no valor de R$ 1.000.000,00 O imóvel está avaliado em R$1.200.000,00.

A Fazenda Pública Estadual tem créditos a receber de DeltaLtda. relacionados ao ICMS não pago de vendas ocorridas em03/01/2008.

Com base no exposto acima, assinale a afi rmati va correta.

(A) A Fazenda tem direito de preferência sobre o credor comgaranti a real, em virtude de seus privilégios.

(B) A Fazenda não pode executar o bem, em função de ter havido aquebra da empresa, prevalecendo o crédito com garanti a real.

(C) A Fazenda tem direito de preferência uma vez que a dívidatributária é anterior à hipoteca.

(D) A Fazenda respeitará a preferência do credor hipotecário, noslimites do valor do crédito garanti do pela hipoteca.

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Caderno de Prova 01– 15 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

75 A01118

Semprônio dos Santos é proprietário de um síti o de recreio, localdesti nado ao lazer, na área de expansão urbana, na região serranade Paraíso do Alto.

A área é dotada de rede de abastecimento de água, rede deiluminação pública e esgotamento manti das pelo município, emboranão existam próximos quer escola, quer hospitais públicos.

Neste caso Semprônio deve pagar o seguinte imposto:

(A) o IPTU, por ser área de expansão urbana, dotada demelhoramentos.

(B) o ITR, por ser síti o de recreio, não inserido em área urbana.

(C) o IPTU, por ser síti o, explorado para fi ns empresariais.

(D) o ITR, por não haver escola ou hospital próximos a menos de3km do imóvel.

76 A01124

De acordo com o Código Tributário Nacional, aplica-se retroati vamentea lei tributária na hipótese de:

(A) analogia, quando esta favorecer o contribuinte.

(B) exti nção do tributo, ainda não defi niti vamente consti tuído.

(C) graduação quanto à natureza de tributo aplicável, desde quenão seja hipótese de crime.

(D) ato não defi niti vamente julgado, quando a lei nova lhe cominepenalidade menos severa que a prevista na lei vigente aotempo de sua práti ca.

77 A01126

Caso determinado município venha a atualizar o valor monetário dabase de cálculo do IPTU, tal hipótese

(A) deve vir regulada por lei.

(B) deve vir regulada por lei complementar.

(C) enquadra-se como majoração de tributo.

(D) poderá ser disciplinada mediante decreto.

78 A01127

O emprego da analogia, em matéria tributária, resultará na

(A) majoração de tributo.

(B) insti tuição de tributo.

(C) exclusão do crédito tributário.

(D) impossibilidade de exigência de tributo não previsto em lei.

79 A01133

Considere a seguinte situação hipotéti ca: lei federal fi xou alíquotasaplicáveis ao ITR e estabeleceu que a alíquota relati va aos imóveisrurais situados no Rio de Janeiro seria de 5% e a relati va aos demaisEstados do Sudeste de 7%.Tal enunciado normati vo viola o princípio consti tucional

(A) da uniformidade geográfi ca da tributação.

(B) da legalidade tributária.

(C) da liberdade de tráfego.

(D) da não diferenciação tributária entre a procedência e o desti nodo produto.

80 A01138

A Cia. de Limpeza do Município de Trás os Montes, empresa públicamunicipal, vendeu um imóvel de sua ti tularidade situado na ruaDois, da quadra 23, localizado no nº 06.

Neste caso, o novo proprietário

(A) não paga o imposto de transmissão de bens imóveis, em funçãode ser bem público.

(B) fi ca isento do imposto predial e territorial urbano, ante aimunidade do patrimônio público.

(C) paga o IPTU, mas não paga o ITBI, uma vez que, nesta últi mahipótese, quem transmite a propriedade do bem é empresapública.

(D) fi ca obrigado a pagar todos os tributos que recaiam sobre obem.

81 A00629

Renato, advogado em início de carreira, é contactado para defenderos interesses de Rodrigo que está deti do em cadeia pública. Dirige-se ao local onde seu cliente está reti do e busca informações sobresua situação, recebendo como resposta do servidor público queestava de plantão que os autos do inquérito estariam conclusos coma autoridade policial e, por isso, indisponíveis para consulta e quedeveria o advogado retornar quando a autoridade ti vesse liberadoos autos para realização de diligências.

À luz das normas aplicáveis,

(A) o advogado, diante do seu dever de urbanidade, deve aguardaros atos cabíveis da autoridade policial.

(B) o acesso aos autos, no caso, depende de procuração e de préviaautorização da autoridade policial.

(C) no caso de réu preso, somente com autorização do juiz pode oadvogado acessar os autos do inquérito policial.

(D) o acesso aos autos de inquérito policial é direito do advogado,mesmo sem procuração ou conclusos à autoridade policial.

82 A00624

Mauro, advogado com larga experiência profi ssional, resolvecontratar com emissora de televisão, um novo programa, incluídona grade normal de horários da empresa, cujo ti tulo é “o Advogadona TV”, com o fi to de proporcionar informações sobre a carreira, osseus percalços, suas angústi as, alegrias e comprovar a possibilidadede sucesso profi ssional.

No curso do programa, inclui referência às causas ganhas, bemcomo àquelas ainda em curso e que podem ter repercussão no meiojurídico, todas essas vinculadas ao seu escritório de advocacia.

Consoante as normas aplicáveis, é correto afi rmar que:

(A) a parti cipação em programa televisivo está vedada aosadvogados.

(B) a publicidade, como narrada, é compatí vel com as normas doCódigo de Éti ca.

(C) o advogado, no caso, deveria se limitar ao aspecto educacionale instruti vo da ati vidade profi ssional.

(D) programas televisivos são franqueados aos advogados, inclusivepara realizar propaganda dos seus escritórios.

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Caderno de Prova 01 – 16 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

83 A00622

Fábio, advogado com mais de dez anos de efeti va ati vidade, obtéma indicação da OAB para concorrer pelo quinto consti tucional à vagareservada no âmbito de Tribunal de Justi ça.

No curso do processo também obtém a indicação do Tribunal e vema ser nomeado pelo Governador do Estado, ingressando nos quadrosdo Poder Judiciário. Diante disso, à luz das normas estatutáriasocorrerá:

(A) o cancelamento da inscrição como advogado.

(B) a suspensão até que cesse a incompati bilidade.

(C) o licenciamento do profi ssional.

(D) a passagem para a reserva do quadro de advogados.

84 A00626

João Vítor e Ana Beatriz, ambos advogados, contraem núpcias,mantendo o estado de casados por longos anos. Paralelamente,também mantêm sociedade em escritório de advocacia. Por moti vosvários, passam a ter seguidas altercações, com acusações mútuas dedescumprimento dos deveres conjugais.

Ana Beatriz, revoltada com as acusações desfechadas por João Vítor,requer que a OAB promova sessão de desagravo, uma vez que suahonra foi ati ngida por seu marido, em discussões conjugais.

À luz das normas estatutárias,

(A) nenhum ato poderá ser realizado pela OAB, tendo em vista que asofensas não ocorreram no exercício da profi ssão de advogado.

(B) o ato de desagravo depende somente da qualidade deadvogado do ofendido.

(C) sendo o ofensor advogado, o desagravo é permiti do peloestatuto.

(D) o desagravo poderá ocorrer privadamente.

85 A00605

Francisco, advogado, dirige-se, com seu cliente, para parti cipar deaudiência em questão cível, designada para a colheita de provas edepoimento pessoal. O ato fora designado para iniciar às 13 horas.Como é de praxe, adentraram o recinto forense com meia hora deantecedência, sendo comunicados pelo Ofi cial de Justi ça que a pautade audiências conti nha dez eventos e que a primeira havia iniciadoàs dez horas, já caracterizado um atraso de uma hora, desde aaudiência inaugural.

A autoridade judicial encontrava-se presente no foro desde as novehoras da manhã, para despachos em geral, tendo iniciado a primeiraaudiência no horário aprazado. Após duas horas de atraso, Franciscoinformou, por escrito, ao Chefe do Cartório Judicial, que, diante doocorrido, ele e seu cliente estariam se reti rando do recinto.

Diante do narrado, à luz das normas estatutárias

(A) qualquer atraso superior a uma hora justi fi ca a reti rada dorecinto, pelo advogado.

(B) o advogado deveria, no caso narrado, peti cionar ao Magistradoe reti rar-se do recinto.

(C) o atraso que justi fi ca a reti rada do advogado está condicionadoà ausência da autoridade judicial no evento.

(D) meros atrasos da autoridade judicial não permitem a reti radado advogado do recinto.

86 A00621

Dentre as sanções cabíveis no processo disciplinar realizado pelaOAB no concernente aos advogados estão a censura, a suspensão,a exclusão e a multa.Dentre as circunstâncias atenuantes para a aplicação do atosancionatório, encontra-se, consoante o Estatuto,

(A) exercício assíduo e profi ciente em mandato realizado na OAB.

(B) ser reincidente em faltas da mesma natureza.

(C) prestação de serviços à advocacia, mesmo irrelevantes.

(D) ter sido o ato cometi do contra outro integrante de carreirajurídica.

87 A00627

Eduardo, advogado, é contratado para defender os interesses deOtávio, próspero fazendeiro, em diversas ações, de natureza civil,empresarial, criminal, bem como em processos administrati vos quetramitam em numerosos órgãos públicos.

Antes de realizar os atos próprios da profi ssão, apresenta ao clienteos termos de contrato de honorários, que divide em valores fi xos,acrescidos dos decorrentes da eventual sucumbência existente nosprocessos judiciais.

À luz das normas aplicáveis,

(A) os honorários sucumbenciais e os contratados são naturalmenteexcludentes, devendo o profi ssional optar por um deles.

(B) os honorários contratuais devem ser sempre em valor fi xo.

(C) os honorários de sucumbência podem, ao alvedrio das partes,sofrer desconto dos honorários pactuados contratualmente.

(D) os honorários sucumbenciais acrescidos dos honorárioscontratuais podem superar o benefí cio econômico obti do pelocliente.

88 A00601

Caio, advogado, inscrito na OAB-SP, após aprovação em concorridoExame de Ordem, atua em diversos ramos do Direito. Um dos seusclientes possui causa em curso perante a Comarca de Tombos/MG,tendo o profi ssional comparecido à sede do Juízo para prati car atoem prol do seu consti tuinte. Estando no local, foi surpreendido pordesignação do Juiz Titular da Comarca para representar Tício, pessoade parcos recursos fi nanceiros, diante da ausência de DefensorPúblico designado para prestar serviços no local, por falta de efeti vosufi ciente de profi ssionais. Não tendo argumentos para recusar oencargo, Caio parti cipou do ato.

Diante desse quadro

(A) o ato deveria ter sido adiado diante da exclusividade da atuaçãoda Defensoria Pública.

(B) o advogado deveria ter recusado o encargo, mesmo semjusti fi cati va plausível.

(C) a recusa nesses casos poderá ocorrer, com justo moti vo.

(D) a recusa poderia ocorrer diante da ausência de sançãodisciplinar.

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Caderno de Prova 01– 17 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

89 A00606

Michel, Philippe e Lígia, bacharéis em Direito recém-formados ecolegas de bancos universitários, comprometem-se a empreender aati vidade advocatí cia de forma conjunta logo após a aprovação noExame de Ordem. Para gáudio dos bacharéis, todos são aprovados nocertame e obtém sua inscrição no Quadro de Advogados da OAB.

Assim, alugam sala compatí vel em local próximo ao prédio do Fórumdo município onde pretendem exercer sua nobre função. De início, ascausas são individuais, por indicação de amigos e parentes. Logo, noentanto, diante do sucesso profi ssional alcançado, são contactadospor sociedades empresárias ansiosas pela prestação de serviçosprofi ssionais advocatí cios de qualidade. Uma exigência, no entanto,é realizada: a prestação deve ocorrer por meio de sociedade deadvogados.No concernente ao tema, à luz das normas aplicáveis

(A) a sociedade de advogados é de natureza empresarial.

(B) os advogados sócios da sociedade de advogados respondemlimitadamente por danos causados aos clientes.

(C) o registro da sociedade de advogados é realizado no ConselhoSeccional da OAB onde a mesma manti ver sede.

(D) não é possível associação com advogados, sem vínculo deemprego, para parti cipação nos resultados.

90 A00608

Joel é experiente advogado, inscrito há muitos anos nos quadrosda OAB. Em ati vidade profi ssional, comparece à sessão de tribunalcom o fi to de sustentar, oralmente, recurso apresentado em prolde determinado cliente. Iniciada a sessão de julgamento, após aleitura do relatório, pelo magistrado designado para tal função noprocesso, dirige-se à tribuna e, regularmente, apresenta sua defesaoral. No curso do julgamento há menção, pelo Relator de data e fl s.constantes dos autos processuais que se revelam incorretas.

No concernente ao tema, à luz das normas estatutárias, o advogado

(A) deve aguardar o fi nal do julgamento, com a proclamação doresultado, para apresentar questão de ordem.

(B) poderá usar a palavra, pela ordem, para esclarecer questão defato, que infl uencie o julgamento.

(C) não possui instrumento hábil para interromper o julgamento.

(D) após o fi nal do julgamento deverá, mediante nova sustentaçãooral, indicar os erros cometi dos.

91 A00503

Antônio e Joana casaram-se pelo regime da comunhão parcial de bens.Após o casamento, Antônio tornou-se sócio de sociedade simplescom 1.000 quotas representati vas de 20% do capital da sociedade.Passados alguns anos, o casal veio a se separar judicialmente.

Assinale a alternati va que indique o que Joana pode fazer em relaçãoàs quotas de seu ex-cônjuge.

(A) Solicitar judicialmente a parti lha das quotas de Antônio, ingressandona sociedade com 500 quotas ou 10% do capital social.

(B) Requerer a dissolução parcial da sociedade de modo a recebero valor de metade das quotas de Antônio calculado com baseem balanço especialmente levantado, tomando-se como basea data da separação.

(C) Parti cipar da divisão de lucros até que se liquide a sociedade,ainda que não possa nela ingressar.

(D) Requerer a dissolução da sociedade e a liquidação dos benssociais para que, apurados os haveres dos sócios, possa recebera parte que lhe pertence das quotas de seu ex-cônjuge.

92 A00504

No que se refere à cessão de quotas de sociedade empresárialimitada, assinale a alternati va correta.

(A) O cedente responde solidariamente com o cessionário perantea sociedade e terceiros pelas obrigações que ti nha como sócioaté 3 anos após averbado no registro competente a modifi caçãodo contrato social.

(B) Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, totalou parcialmente, a quem já seja sócio, independentemente daaudiência dos demais.

(C) A cessão de quotas, consubstanciada na respecti va alteraçãocontratual, terá efi cácia entre cedente e cessionário somenteapós a sua averbação perante o órgão competente.

(D) Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ouparcialmente, para terceiro, estranho ao quadro de sócios, somentese houver a concordância da unanimidade dos demais sócios.

93 A01506

Jogador de futebol de um importante ti me espanhol e ti tular daseleção brasileira é fi lmado por um celular em uma casa noturna naEspanha, em avançado estado de embriaguez. O vídeo é veiculadona internet e tem grande repercussão no Brasil. Temeroso de sercortado da seleção brasileira, o jogador ajuíza uma ação no Brasilcontra o portal de vídeos, cuja sede é na Califórnia, Estados Unidos.O juiz brasileiro

(A) não é competente, porque o réu é pessoa jurídica estrangeira.

(B) terá competência porque os danos à imagem ocorreram noBrasil.

(C) deverá remeter o caso, por carta rogatória, à justi ça norte-americana.

(D) terá competência porque o autor tem nacionalidade brasileira.

94 A01507

Um contrato internacional entre um exportador brasileiro de laranjase o comprador americano, previu que em caso de lití gio fosse uti lizadaa arbitragem, realizada pela Câmara de Comércio Internacional.O exportador brasileiro fez a remessa das laranjas, mas estas nãoati ngiram a qualidade estabelecida no contrato. O comprador entroucom uma ação no Brasil para discuti r o cumprimento do contrato. Ojuiz decidiu:

(A) exti nguir o feito sem julgamento de mérito, em face da cláusulaarbitral.

(B) deferir o pedido, na forma requerida.

(C) indeferir o pedido porque o local do cumprimento do contratoé nos Estados Unidos.

(D) deferir o pedido, em razão da competência concorrente dajusti ça brasileira.

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Page 18: Fgv 2010-oab-oab-primeira-fase-prova

Caderno de Prova 01 – 18 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

95 A01402

Dentre os direitos de toda criança ou todo adolescente, o ECAassegura o de ser criado e educado no seio de sua família e,excepcionalmente, a colocação em família substi tuta, assegurando-lhe a convivência famíliar e comunitária.

Fundando-se em tal preceito, acerca da colocação em famíliasubsti tuta, é correto afi rmar que:

(A) a colocação em família substi tuta far-se-á, exclusivamente, pormeio da tutela ou da adoção.

(B) a guarda somente obriga seu detentor à assistência material acriança ou adolescente.

(C) o adotando não deve ter mais que 18 anos à data do pedido,salvo se já esti ver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

(D) desde que comprovem seu estado civil de casados, somente osmaiores de 21 anos podem adotar.

96 A01408

Tendo por substrato legal as alterações promovidas pela Lei n.12.010, de 2009 no tocante à adoção, assinale a afi rmati va correta.

(A) A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dospais naturais.

(B) Para viabilizar a celeridade no processo de adoção, a legislaçãoespecífi ca – ECA – admite a representação do adotante porprocuração.

(C) Uma vez falecido o adotante no curso do procedimentode adoção e antes de prolatada a sentença, não poderá ojuiz deferir a adoção, mesmo que tenha havido inequívocamanifestação de vontade do adotante.

(D) Os cartórios de registros públicos de pessoas naturais deverãofornecer certi dão a qualquer requisitante, independentemente,de justi fi cati va de seu interesse, em que conste o vínculo daadoção consti tuído por sentença judicial.

97 A01203

Considerando a reparti ção de competências ambientais estabelecidana Consti tuição Federal, assinale a alternati va correta.

(A) Deverá ser editada lei ordinária com as normas para acooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e osMunicípios para o exercício da competência comum de defesado meio ambiente.

(B) A exigência de apresentação, no processo de licenciamentoambiental, de certi dão da Prefeitura Municipal sobre aconformidade do empreendimento com a legislação de usoe ocupação do solo decorre da competência do municípiopara o planejamento e controle do uso, do parcelamento e daocupação do solo urbano.

(C) Legislar sobre proteção do meio ambiente e controle dapoluição é de competência concorrente da União, dos Estados,do Distrito Federal e dos Municípios, com fundamento noarti go 24 da Consti tuição Federal.

(D) A competência executi va em matéria ambiental não alcança aaplicação de sanções administrati vas por infração à legislaçãode meio ambiente.

98 A01219

Diante das disposições estabelecidas pela Lei n. 9.605/98 sobre assanções penais e administrati vas derivadas de condutas e ati vidadeslesivas ao meio ambiente, assinale a alternati va correta.

(A) A desconsideração da pessoa jurídica somente será admiti da sea pena restriti va de direitos se revelar inócua para os fi ns a quese desti na.

(B) A pena restriti va de direitos da pessoa jurídica, no que tangea proibição de contratar com o poder público, terá duraçãoequivalente ao tempo de permanência dos efeitos negati vosda conduta delituosa sobre o meio ambiente.

(C) Consti tui inovação da lei de crimes ambientais a excludente deanti juridicidade relati vamente ao comércio não autorizado deanimais da fauna silvestre voltado exclusivamente à subsistênciada enti dade familiar.

(D) Os ti pos penais ambientais, em regra, descrevem crimes deperigo abstrato, que se consumam com a própria criação dorisco, efeti vo ou presumido, independentemente de qualquerresultado danoso.

99 A01307

Sobre o tratamento da publicidade no Código de Defesa doConsumidor, é correto afi rmar que:

(A) a publicidade somente vincula o fornecedor se conti verinformações falsas.

(B) a publicidade que não informa sobre a origem do produto éconsiderada enganosa, mesmo quando não essencial para oproduto.

(C) o ônus da prova da veracidade da mensagem publicitária cabeao veículo de comunicação.

(D) é abusiva a publicidade que desrespeita valores ambientais.

100 A01308

Nas ações coleti vas, o efeito da coisa julgada material será:

(A) Tratando-se de direitos individuais homogêneos, efeito ergaomnes, se procedente, mas só aproveita aquele que se habilitouaté o trânsito em julgado.

(B) Tratando-se de direitos individuais homogêneos, julgadosimprocedentes, o consumidor, que não ti ver conhecimento daação, não poderá intentar ação individual.

(C) Tratando-se de direitos difusos, no caso de improcedênciapor insufi ciência de provas, não faz coisa julgada material,podendo, qualquer prejudicado, intentar nova ação com osmesmo fundamentos, valendo-se de novas provas.

(D) Tratando-se de direitos coleti vos, no caso de improcedênciado pedido de nulidade de cláusula contratual, o efeito é ultrapartes e impede a propositura de ação individual.

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Page 19: Fgv 2010-oab-oab-primeira-fase-prova

Caderno de Prova 01– 19 –

OAB – Exame de Ordem Unifi cado 2010.2

CRONOGRAMA OPERACIONAL

Gabarito preliminar da prova obejti va ......................................................................................................................... 28 de setembro de 2010

Prazo recursal................................................................................................................................de 29 de setembro a 01 de outubro de 2010

Divulgação do resultado fi nal da prova objeti va ......................................................................................................... 01 de novembro de 2010

Aplicação da prova práti co-profi ssional ...................................................................................................................... 14 de novembro de 2010

QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO SOBRE A PROVA

Este questi onário é de preenchimento facultati vo pelo examinando,por se tratar de mera pesquisa, não infl uindo no resultado fi nal do exame

As questões têm como objeti vo avaliar a qualidade e a adequação da prova que você acabou de realizar. Assinale suas respostas nos espaços próprios (canto inferior direito) da sua folha de respostas.

A OAB e a FGV agradecem sua colaboração.

Questão 01Na sua avaliação, o grau de difi culdade destaprova, quanto ao conteúdo programáti co abordado, foi:

(A) muito fácil. (B) fácil.(C) médio. (D) difí cil.

Questão 02:Assinale a alternati va que indique a sua avaliação quanto à capacidade críti ca e interpretati va desta prova em relação ao cenário e ao ordenamento jurídicocontemporâneo.

(A) Plenamente sati sfatória.(B) Sati sfatória.(C) Pouco sati sfatória.(D) Insati sfatória.

Questão 03:Considerando a extensão da prova em relação ao tempo total, você considera que ela foi:

(A) muito longa. (B) longa.(C) adequada. (D) curta.

Questão 04:Os enunciados das questões da prova estavam claros e objeti vos?

(A) Sim, todos. (B) Sim, a maioria.(C) Poucos. (D) Não, nenhum.

Questão 05:As questões das diversas áreas do Direito(Civil, Penal, Trabalho, Administrati vo, etc.)apresentavam o mesmo nível de difi culdade e compreensão?

(A) Sim, todas.(B) Sim, a maioria.(C) Não houve este nivelamento(D) Não tenho como opinar.

Questão 06:As informações / instruções fornecidas paraa resolução da prova foram sufi cientes eadequadas?

(A) Sim, até excessivas.(B) Sim, todas elas.(C) Sim, somente algumas.(D) Não, nenhuma delas.

Questão 07:Assinale o ti po de difi culdade que você encontrou ao responder a prova. Indique apreponderante.

(A) Desconhecimento do conteúdo.(B) Forma diferente de abordagem do conteúdo.(C) Falta de moti vação para fazer a prova.(D) Não ti ve qualquer ti po de difi culdade para

responder a prova.

Questão 08:Considerando a sua preparação para esta prova, você conclui que:

(A) não estudou a maioria dos conteúdosabordados.

(B) estudou a maioria dos conteúdos abordados,mas não os assimilou.

(C) estudou e assimilou muitos dos conteúdosabordados.

(D) estudou e assimilou todos os conteúdosabordados.

Questão 09:Qual foi o tempo gasto para concluir a prova?

(A) Menos de três horas.(B) Entre três e quatro horas.(C) Entre quatro e cinco horas.(D) Não consegui terminar.

Questão 10:Você considera o layout (formatação etdiagramação) desta prova:

(A) muito bom.(B) bom.(C) regular.(D) ruim.

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Realização

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