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Ficha de Leitura Introdução No âmbito da disciplina de Português, foi-nos pedido para procedermos à leitura de um livro, presente na lista das páginas dezoito e dezanove do manual Expressões- Português 12º ano, com o intuito de fazer-se uma ficha de leitura sobre o mesmo. Dentro de inúmeras opções, optei pelo livro Minha Querida Inês de Margarida Rebelo Pinto. Não serei fiel apenas a um tipo de ficha de leitura, porque sinto que isso faz com que omita informação que eu acho que seja pertinente para a apresentação deste romance histórico. Tentarei colocar tanto a parte analítica, como a parte de citação, assim como a de resumo e a de comentário. Espero conseguir cumprir com aquilo que me foi proposto, não esquecendo que foi uma experiência enriquecedora, pois jogou a meu favor. Tive a oportunidade de ler um bom livro e espero cativar outros a seguir este meu conselho. Ficha Técnica do livro Título: Minha Querida Inês Autor/a: Margarida Rebelo Pinto Editora: Clube do Autor Género Literário: Romance Histórico Local de edição: [s.l.] Número de edição: 1ª edição Ano de edição: novembro de 2011

Ficha de leitura - Mariana Afonso

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Page 1: Ficha de leitura - Mariana Afonso

Ficha de Leitura

Introdução

No âmbito da disciplina de Português, foi-nos pedido para

procedermos à leitura de um livro, presente na lista das páginas dezoito e

dezanove do manual Expressões- Português 12º ano, com o intuito de

fazer-se uma ficha de leitura sobre o mesmo. Dentro de inúmeras opções,

optei pelo livro Minha Querida Inês de Margarida Rebelo Pinto.

Não serei fiel apenas a um tipo de ficha de leitura, porque sinto que

isso faz com que omita informação que eu acho que seja pertinente para a

apresentação deste romance histórico. Tentarei colocar tanto a parte

analítica, como a parte de citação, assim como a de resumo e a de

comentário.

Espero conseguir cumprir com aquilo que me foi proposto, não

esquecendo que foi uma experiência enriquecedora, pois jogou a meu

favor. Tive a oportunidade de ler um bom livro e espero cativar outros a

seguir este meu conselho.

Ficha Técnica do livro

Título: Minha Querida Inês

Autor/a: Margarida Rebelo Pinto

Editora: Clube do Autor

Género Literário: Romance Histórico

Local de edição: [s.l.]

Número de edição: 1ª edição

Ano de edição: novembro de 2011

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Período, modo de leitura e decisão do livro

Este livro demorou cerca de uma semana a ser lido (de 20 a 25 de

novembro). Para mim, foi o suficiente, visto que sou uma leitora quase

compulsiva, mas independentemente do nosso hábito de leitura, é um

livro que se consegue apreciar num curto espaço de tempo.

D. Inês de Castro sempre foi uma figura histórica do nosso país

bastante falada. Relembro-me de ouvir o seu nome desde o Ensino Básico

e desde aí que tenho alguma curiosidade em descobrir mais. Apesar de

estar no ramo das Ciências, a História é uma disciplina que quero, e

obrigo-me a isso, estar em constante contacto porque é nela que revemos

grande parte do que acontece hoje em dia. Para não falar do facto de que

cada cidadão tem o dever de saber a história do seu país, na minha

opinião. Com isto, era óbvia a escolha do livro. Nunca tinha lido nada de

Margarida Rebelo Pinto até à data, assim como um romance histórico.

Juntei o útil ao agradável e peguei no interesse pela História e por D. Inês

em conjunto com a curiosidade de me aventurar nas palavras de

Margarida Rebelo Pinto e no género de romance histórico.

O meu modo de leitura foi influenciado pelo meu interesse, acima

referido. Não olhei para o Minha Querida Inês como uma obrigação, mas

sim como um prazer.

Resumo do livro

Estrutura e Características da Narrativa

Minha Querida Inês é um romance histórico que retrata a os últimos

sete dias de D. Inês de Castro. Começa no dia 1 de Janeiro de 1355 e vai

até ao dia 7 de Janeiro do mesmo ano. Cada dia dessa semana é dividido

em duas partes com uma pequena citação no início: primeiramente fala D.

Inês e em segundo uma personagem que já foi referida durante o

desenlace. Nessa segunda parte, exprimem-se na primeira pessoa D.

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Álvaro, Afonso Madeira, Remédios, Diogo Lopes de Pacheco, Guiomar,

Teresa Galega e D. Inês. No último dia, ou seja, a 7 de janeiro de 1355, D.

Inês dialoga na primeira parte ainda viva e na segunda como alma que já

partiu. A identificação das personagens irei fazer mais à frente. Como já

referi anteriormente, qualquer personagem que participa na ação fá-lo na

primeira pessoa, sendo um narrador autodiegético.

No final do livro, a autora disponibilizou ao leitor uma série de

informações que ajudam a situar no contexto histórico. Temos umas

páginas reservadas a “Factos, Mitos e Ficção”, outras a “Árvores

Genealógicas e a “Cronologia de Factos Históricos”.

A ação decorre no ano de 1355, fazendo algumas analepses ao

passado, e tem como principal “fundo” o Convento de Santa Clara, em

Coimbra.

Personagens

Há uma série de personagens que pertencem a este romance que

podem ser reais ou fictícias. As personagens são as seguintes:

-> Principais

D. Inês de Castro – personagem que serviu de inspiração ao livro. Mulher

bonita, com longos cabelos loiros e um corpo desejado tanto por homens

como por mulheres. Verdadeiro amor de D. Pedro I e mulher dos olhos do

mesmo.

D. Pedro I – Filho de D. Afonso IV e de D. Brites. Eterno apaixonado de Inês

de Castro. Teve várias mulheres e homens na sua vida, tendo sido casado

com D. Constança Manuel e Teresa Galega. Gago, desajeitado, colérico e

irresponsável. Preferia a caça ao reino de Portugal.

D. Afonso IV – Rei de Portugal, homem poderoso e “cabeça” do

assassinato de D. Inês.

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-> Secundárias

Teresa Galega – Aia de D. Inês. Apaixonada desde muito nova por D.

Pedro. Última mulher de D. Pedro e mãe do Rei e Mestre de Avis.

Diogo Lopes de Pacheco, Afonso Madeira, Álvaro Gonçalves e Pêro Coelho

– Fieis escudeiros do Rei D. Afonso IV e principais cúmplices e

responsáveis pela morte de D. Inês.

Remédios – seu nome verdadeiro é Jala e é árabe. Foi acolhida por D. Inês

enquanto tinha peste e passou a ser chamada de Remédios graças ao

facto de ser curandeira. Aos olhos do povo fingia ser uma moura.

D. Álvaro – Prior da Ordem do Hospital que a pedido do rei D. Afonso IV

questiona Inês sobre um possível esquema que os seus irmãos planeiam

contra o reino.

Guiomar – o povo alcunhou-a de Possessa por ter tentado matar o marido

devido à loucura após a morte seguida dos seus quatro filhos. Fonte de

visita de D. Inês por quem tinha um grande apreço e por quem temia a

morte.

->Figurantes

D. Constança – primeira mulher de D. Pedro e melhor amiga de D. Inês,

sendo uma pobre alma que foi traída tanto pelo marido como a amiga de

longa data. Morre cedo talvez por doença ou desgosto.

História

D. Pedro tinha partido com os irmãos de D. Inês, mas esta

procurava-o todas as manhãs por entre lençóis. Em sua casa viviam Teresa

Galega, Clara e Remédios, suas aias, assim como os seus filhos: João, Dinis

e Beatriz. É o primeiro dia do ano de 1355 e Inês vai à missa para mostrar

devoção a Nosso Senhor. Após isso, D. Álvaro chama D. Inês para a

questionar sobre uma possível conspiração entre seu amado e seus

irmãos. A pedido do rei, o prior dá a entender que Inês é conhecedora de

tal conspiração, mas esta nega tudo, convencendo D. Álvaro.

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Afonso Madeira, suposto fiel escudeiro de D. Pedro, vai para junto

de D. Inês e seus filhos com o intuito de a proteger perante todo mal, a

mandato de D. Pedro. D. Inês, não confia nos escudeiro, mas pouco se

importa pois este traz consigo uma carta do seu senhor a exclamar o

quanto a ama. Afonso Madeira, quando começa a discursar na segunda

parte do segundo dia, revela que nutre sentimentos por D. Pedro e que

gosta dos momentos, que D. Inês desconhece, de intimidade que tem com

o seu amo.

Durante o desenlace da história, confrontamo-nos com argumentos

dos homens que não entendem o porquê do Criador ter colocado tal ser

na Terra. Causam-lhes perturbação e preocupação, mas assumem que já

caíram na tentação. A mulher, é vista como um ser que chama e que ao

mesmo tempo distrai a atenção devido ao prazer que pode causar, como

também dos seus atributos.

D. Inês cresceu com D. Constança e desde aí que se consideravam

como irmãs. Mas D. Inês trai a sua amiga ao apaixonar-se por Pedro

enquanto este mantinha um casamento com D. Constança. Após a morte

de D. Constança, Pedro e Inês tentam casar-se, mas não lhes é concedido

esse prazer devido ao facto de Inês ser prima de Pedro (graças a filhos

bastardos de reis anteriores) e por Inês ter sido madrinha de um dos filhos

de Pedro, o pequeno Luís. Esta história não era segredo para ninguém e

serviu para que tanto o rei como o povo odiassem D. Inês. Havia medo da

morte por parte de Inês, mas vontade de eliminar quaisquer fontes de

bastardos e ilegitimidade por parte do povo e do rei D. Afonso IV.

Na véspera de falecer, Inês é acordada durante a noite pelo seu

amor que há muito era esperado por esta. Têm relações e esta confessa-

lhe que gostaria de um dia ser sua esposa e rainha, assim como respeitada

pelo povo. Pedro promete-lhe que tudo isso irá acontecer. No entanto, as

próximas horas eram de preparação para a morte de Inês. O rei e os seus

escudeiros, Diogo Lopes de Pacheco, Álvaro Gonçalves e Pêro Coelho,

entram em casa de D. Inês preparados para matá-la sem compaixão

alguma. O rei procede com um discurso que transpira ódio e D. Inês

suplica-lhe para que este pense em D. Pedro e no sofrimento que lhe vai

causar. Não há nada a fazer, a sede de vingança, o poder e a dedicação ao

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reino de Portugal provocam a morte de Inês. Se esta morrer os seus

irmãos não terão forças para se apoderar do reino de Castela. E assim

acontece a morte de Inês.

Na última parte do último dia, Inês discursa como uma alma, onde

se confronta com partes pertencentes ao futuro. Pedro a ter relações com

a sua aia, Teresa Galega, e a dar-lhe um filho, Rei de Portugal e Mestre de

Avis e à sede de vingança e justiça por parte de Pedro que mata os

responsáveis pela morte de Inês e manda construir um túmulo para que a

sua alma e a de Inês descansem juntas e em paz.

Conclusão

Um misto de sensações invadem-me com a conclusão desta tarefa.

Satisfação por ter lido algo que me despertava curiosidade, mas pena por

ter terminado um bonito amor desta forma.

Mariana Afonso Nunes

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