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Módulo 4 - Definição de Metas com base nos Resultados Gerenciais

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Tema 1: Análise e planejamento financeiro Assunto 4: Definição de metas com base nos resultados gerenciais Unidade 1: Estrutura gerencial de resultados Olá, caro(a) aluno(a). Este material destina-se ao seu uso como aluno(a) inscrito(a) no Curso Análise e Planejamento Financeiro, promovido pelo Sebrae. Conforme você já leu no Guia do curso, este é um recurso adicional do qual você dispõe para apoiá-lo(a) e está disponibilizado para download. Para facilitar o manuseio do material, seguir-se-á a seqüência estabelecida para o curso em temas, assuntos e unidades. O material está disponibilizado por tema, na 1ª unidade de cada assunto, indicando-se as unidades a que se refere. Nas atividades educacionais propostas e realizadas com recursos tecnológicos especiais, você deve navegar no curso pela internet. Neste material, ao encontrar a palavra Atenção! você deverá ir ao ambiente do curso, localizar a unidade e passo indicados e realizar a atividade. Assim que você concluir o estudo de cada unidade, percorra todos os passos e clique em Concluir. Quando todas as unidades de um mesmo assunto estiverem concluídas no ambiente do curso na internet, você terá acesso aos textos do próximo assunto para download. Mesmo lendo este material é fundamental que você participe das discussões no Fórum que utilize as outras ferramentas de interação oferecidas por estecurso. APRESENTAÇÃO PANORÂMICA Olá, amigo(a). Como tem passado? É bom continuar esse curso com você! Estamos chegando ao último assunto do nosso curso de Análise e Planejamento Financeiro. Esta é a primeira das quatro unidades que estudaremos neste módulo. Nela conversaremos sobre a Estrutura Gerencial de Resultados. Lembra do módulo anterior, quando estudamos sobre os fatores que influenciam o planejamento? Agora, vamos abordar como deveremos tomar determinadas decisões. Para isto, é necessário conhecermos, inicialmente, a estrutura gerencial de resultados de nossa empresa.

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Entender o que é a estrutura gerencial de resultados nos permitirá definir nossos objetivos afinados com a situação de nossa empresa. Vamos fazer uma comparação, para ilustrar? É como um time de futebol quando está em completa sintonia, tanto todos os jogadores, como seu técnico. Um time está bem harmonizado quando aproveita todas as qualidades de cada elemento do conjunto (fatores internos – colaboradores) e ataca o time adversário em suas deficiências (fatores externos – concorrência).

O que vem à sua cabeça quando ouve a expressão: estrutura gerencial de resultados? Fique tranqüilo(a), não é preciso responder agora. Ao final da unidade, todos os seus colegas e você estarão num mesmo nível de capacidade de discussão sobre o tema. Além de conhecer a estrutura de resultados da empresa, vocês poderão aplicar estes conhecimentos para estabelecer estratégias de definição de objetivos e também de critérios de desempenho de seus empreendimentos. Por enquanto, basta manter a concentração e prestar a máxima atenção possível no próximo capítulo da história dos nossos amigos empreendedores. Está lembrado(a) deles? Vamos iniciar nosso estudo! Relembrando... Você já sabe que poderá retornar ao ambiente do curso na internet. Para localizar o assunto e unidade desejada é muito fácil. Na tela de entrada ao curso, você encontrará 4 quadrinhos. Cada um deles indica um dos quatro assuntos do curso. Para ter acesso, basta escolher o assunto e clicar no título correspondente. Será aberta uma nova tela onde constará, à direita, a lista das unidades referentes àquele assunto. Então, é só clicar no título da unidade desejada e esta se abrirá. Na barra horizontal superior, encontra-se a numeração dos passos. Viu como é fácil a navegação pelo curso? HISTÓRIA Vamos continuar acompanhando o dia-a-dia de Paulo e Jorge, proprietários da fábrica Salgadinhos Doce Sabor, em mais um momento que nos trará valiosas informações para nossa empresa. Dessa vez, nossos amigos, sócios da fábrica de salgadinhos, colocam seus pontos de vista e cada um tem suas razões.

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QUAL A MELHOR DECISÃO?

Depois de tantas reuniões analisando os diversos fatores da empresa, Jorge e Paulo levantaram algumas questões importantes para o futuro do seu negócio. Dentre as informações que eles levantaram, acabaram surgindo alguns conflitos, pois, quando começaram a avaliar os fatores externos e internos, as opiniões se dividiram.

É bom chamar a atenção para uma coisa: essas divergências são normais. É comum discordarmos de certos assuntos quando estamos avaliando os fatores que influenciam no resultado de nosso negocio. O importante, aqui, é manter a prudência para chegarmos a um consenso. Jorge era o sócio que cuidava da administração interna da empresa e não acreditava que eles precisassem manter seus preços para estar à frente dos concorrentes. Para ele, os preços deveriam ser calculados apenas com base nos custos. Jorge ficou indignado com Paulo, quando ele disse que, para formarem uma carteira de clientes fiéis, eles deveriam adotar uma política de promoções e uma assistência pós-venda. Nesse momento, Jorge está analisando apenas um lado da questão. E como não poderia deixar de ser, uma avaliação dos aspectos de nossa empresa envolve um conjunto de situações. É preciso conciliar as necessidades de nossos dois sócios que para a empresa obtenha os resultados desejados. Já Paulo, o outro sócio, percebendo as dificuldades de Jorge em entender os fatores externos começou a questioná-lo sobre os fatores internos da empresa. Paulo achava que a produção não estava correspondendo às projeções e acreditava que eles deveriam manter um estoque de produtos para que sempre tivessem pronta entrega. Para Jorge, os funcionários deveriam passar por constante treinamento e desenvolvimento profissional, e ele ainda insistia em manter sempre os mesmos fornecedores, pois ofereciam bons preços. Esta análise de Jorge parece estar correta, concorda? Funcionários habilitados aumentam o capital humano da empresa. Fornecedores com bons preços também é um ponto a favor para minimizar a saída de recursos da empresa. Porém, não devemos afirmar que está tudo certo! É preciso comparar com outros fatores para termos certeza.

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Paulo não concordava com a variação na qualidade da farinha. Achava que, se continuassem assim, logo iriam ter problemas com os clientes e até com os colaboradores da empresa. Paulo tinha a convicção de que certo tipo de economia não valia a pena fazer, afinal, os fornecedores de baixo preço traziam uma conseqüência ruim para toda a produção da fábrica Salgadinhos Doce Sabor. Comprar farinha mais barata poderia contribuir para a perda de clientes. Isso, de fato, ocorre com muitas empresas que, ao usar matéria-prima de pior qualidade, acabam comprometendo seu produto final e perdendo clientes, de fato. O fato é que, apesar da falta de sintonia na maneira de administrar, a saúde financeira da empresa não era tão ruim. A fábrica vinha obtendo algum lucro mas, enfim, o saldo estava positivo. Como a empresa operava com saldo positivo, seus sócios não percebiam os erros que estavam cometendo. Eis uma questão para você : por que mudar, se estão tendo saldo positivo? Imagine se outra empresa com o mesmo perfil e o mesmo público-alvo da Salgadinhos Doce Sabor resolvesse atuar na sua mesma região de atuação. Se esta nova fábrica de doces e salgados tivesse uma administração eficiente, o que seria de Paulo e Jorge? Mesmo que isso não ocorresse, a verdade é que, se estivessem administrando corretamente seus negócios, sobraria mais dinheiro para fazer maiores investimentos e obterem mais lucro, concorda? Paulo e Jorge estavam recebendo propostas de novos clientes, mas, para atender ao aumento da demanda, teriam que investir em duas máquinas novas que poderiam aumentar a sua produção atual em até 20%. Eles acreditavam que, com a compra das máquinas, conseguiriam um aumento de 10% nas vendas, logo no primeiro ano. Perceba que, para aceitar um aumento no volume de sua produção ou serviços, a empresa precisa investir em equipamentos ou mão-de-obra. Sendo assim, este novo investimento deve apresentar maiores condições de produção para a empresa. Porém, devemos, antes de tudo analisar se o mercado de atuação tem condições de absorver esse aumento de produção. Paulo e Jorge só deveriam produzir mais, se o mercado tivesse condições de consumir, não acha?

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Apesar das discordâncias, Paulo e Jorge estavam decididos a encontrar soluções que pudessem tornar a sua fábrica mais produtiva e também lucrativa. Por isso, foram entusiasmados para a palestra do Sebrae chegaram cedo e se posicionaram logo nas cadeiras mais å frente, para não perder nem uma dica do palestrante. Por falar nisso, você imagina quem era o palestrante?

ESTRUTURA GERENCIAL DE RESULTADOS

RECEITAS

- CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS TOTAIS

= MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO OU LUCRO BRUTO

- CUSTOS E DESPESAS FIXAS

= RESULTADO OPERACIONAL (LUCRO OU PREJUÍZO)

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O que é estrutura gerencial de resultados? É uma ferramenta* que permite a apuração dos resultados operacionais de uma atividade, com base em avaliações de desempenho obtidas durante o mês ou período de análise, por meio da estrutura gerencial de resultados, identificando cada um dos pontos importantes a serem analisados. Atenção! Quer ver uma outra forma de apresentação destas informações? Vá até o ambiente do curso na internet e localize a unidade “Estrutura gerencial de resultados” do assunto “Definição de metas com base nos resultados gerenciais” que estamos estudando agora . No passo 8 da unidade, você verá o recurso que preparamos para você. Confira!

Está gostando da minha palestra? Pois é, antes de continuarmos, vamos refrescar a sua memória! Está lembrando o que são as receitas de uma empresa? Esse elemento foi estudado nas primeiras unidades deste curso. Receitas são as vendas da empresa. Ou seja: o produto ou serviço acabado vezes o preço que vendemos. Atenção! Quer ver uma outra forma de apresentação das informações abaixo? Vá até o ambiente do curso na internet e localize a unidade “Estrutura gerencial de resultados” do assunto “Definição de metas com base nos resultados gerenciais” que estamos estudando agora . No passo 10 da unidade, você verá o recurso que preparamos para você. Confira!

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O que são receitas? São as vendas da empresa. O que são custos? São valores monetários aplicados diretamente na produção de bens/serviços e ou compra de mercadorias. Exemplo: Matéria-prima ou mercadoria para revenda. O que são despesas? São os demais valores monetários não aplicados diretamente na produção de bens/serviços e/ou compra de mercadorias. Exemplo: Aluguel. Desta forma, as informações ficam bem mais claras, não acha? Analise o quadro acima, apresentado em minha palestra e responda: Quais são os custos de sua empresa? Quais são as despesas? Que tal listá-los e compará-los com o exemplo dado? Depois de analisar, vamos adiante na nossa história!

Atenção! Quer ver uma outra forma de apresentação das informações abaixo? Vá até o ambiente do curso na internet e localize a unidade “Estrutura gerencial de resultados” do assunto “Definição de metas com base nos resultados gerenciais” que estamos estudando agora . No passo 12 da unidade, você verá o recurso que preparamos para você. Confira!

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Custos ou despesas variáveis Gastos que variam de acordo com as vendas ou a produção. São aqueles gastos que variam proporcionalmente ao volume de vendas da empresa. Isto é, quando se aumentam as vendas, aumentam-se os custos variáveis na mesma proporção, e vice-versa. Custos ou despesas fixas Gastos que não variam com as vendas, ocorrem periodicamente e são necessários para o funcionamento da empresa. São gastos regulares que ocorrem periodicamente em uma empresa e que são necessários para o seu funcionamento administrativo e operacional. A principal característica destes custos é a de não variar proporcionalmente ao volume de vendas, tendendo a permanecer constantes. Mais uma vez, que tal comparar os conceitos apresentados na palestra com os dados da sua empresa? Pense bem: você sabe quais são os seus custos ou despesas variáveis? E quanto às suas despesas fixas, estão bem contabilizadas? Pois bem, vamos adiante!

Atenção! Vá até o ambiente do curso na internet e localize a unidade “Estrutura gerencial de resultados” do assunto que estamos estudando agora . No passo 14 da unidade, você verá o recurso muito interessante que preparamos para você. Vai ajudá-lo(a) em seus estudos.Confira!

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Margem de contribuição É a diferença entre as receitas (vendas da empresa) e os custos variáveis. Margem de contribuição é o que sobra do preço de venda para cobrir os custos fixos. Exemplo: Receitas (R$ 1.000,00) - Custos Variáveis (R$ 600,00) = Margem de Contribuição (R$ 400,00) Analise de sensibilidade É uma análise feita com base em simulação de resultados, com objetivo de avaliar aumento de receitas e/ou redução de custos. Essa ferramenta auxilia o empresário a fazer uma comparação dos números da empresa, comparando a situação atual, com um aumento de receitas ou mesmo diminuição dos custos. Ponto de equilíbrio Avalia qual a necessidade de faturamento necessária para se cobrir os gastos do negócio sem obter lucro nem prejuízo. A finalidade de se calcular o ponto de equilíbrio é verificar o volume de vendas necessário para que a empresa possa cobrir seus custos fixos. Agora, que você já deve saber os dados das receitas e dos custos variáveis, que eu pedi ao longo das definições dos elementos da estrutura gerencial de resultados, que tal descobrir a sua própria margem de contribuição? Basta seguir o exemplo do quadro acima e usar os dados da sua empresa. Sobre análise de sensibilidade e ponto de equilíbrio, nesse momento, basta que você se aproxime dos conceitos. Estudaremos mais sobre esses assuntos nas unidades 3 e 4 deste módulo! Vamos ver como terminou a palestra?

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REFLEXÕES Depois de ter prestado atenção na palestra do Sebrae que Jorge e Paulo participaram, o que está pensando agora? Você sabia que pode usar todas as informações tratadas na palestra em sua empresa? Vamos elaborar a estrutura gerencial de resultados de sua empresa? De que forma você utilizaria essa ferramenta? Se todos os empresários tivessem esse conhecimento, várias empresas que quebraram poderiam continuar existindo, não acha? E por que elas não quebrariam? Depois refletir sobre as perguntas, que tal ir ao Fórum discutir suasidéias e ouvir o que seus colegas têm a dizer. Aproveite e aprenda mais! Seainda lhe restaram dúvidas, encaminhe suas perguntas para o seu tutor no Tira-dúvidas. REGISTRANDO

• Em caso de dúvidas sobre a navegação do curso, retorne ao Guia do Curso e releia-o.

• Utilizamos o negrito para destacar palavras importantes no texto;

usamos asterisco (*) para indicar as palavras e/ou expressões que constam no glossário.

• Utilizamos o itálico para indicar palavras de origem estrangeira

presentes ou não no glossário.

• Consulte a Midiateca para conferir referências que irão enriquecer o seu aprendizado neste curso!

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Atenção! Você tem uma atividade individual a realizar no ambiente do curso na internet. Vá até o passo 17 desta mesma unidade (“Estrutura gerencial de resultados”) e assunto (“Definição de metas com base nos resultados gerenciais”). Realize a atividade e aumente a sua coleção de estrelas... Mãos à obra!. REVISÃO PANORÂMICA

Depois deste divertido exercício, que tal recapitularmos o que vimos nesta unidade? Nossos amigos empreendedores, Paulo e Jorge, precisaram tomar uma decisão. Com as propostas de aumento de pedidos, deveriam decidir entre comprar ou não equipamentos novos para atender ao crescente número de pedidos. Jorge percebeu que deveria analisar a situação para determinar as alternativas. E sugeriu uma boa palestra do Sebrae para capacitá-los a fazer uma análise mais acurada. Na palestra do Sebrae, destacamos os cinco conceitos fundamentais de uma estrutura gerencial de resultados:

• Receitas • Custos e/ou despesas variáveis totais • Margem de contribuição ou lucro bruto • Custos e/ou despesas fixas • Resultado operacional.

Receitas, como todos nós já sabemos, são as vendas da empresa. Custos e/ou despesas variáveis totais são os gastos que variam de acordo com as vendas ou produção. Custos e/ou despesas fixas são os gastos que ocorrem periodicamente e não variam com as vendas ou produção. Margem de contribuição é a diferença entre receitas e custos variáveis. E, para concluir nossa unidade, o resultado operacional é a margem de contribuição menos os custos ou despesas fixas. Recapitulou? Atenção! Vamos retornar ao ambiente do curso na internet? Preparamos uma linda animação para você sobre este assunto acima. Vá até o passo 18 desta mesma unidade e assunto para conferir.

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REFLEXÕES O que você aprendeu nesta unidade contribuirá para melhor administração de sua empresa? De que forma a estrutura gerencial dos resultados vai ajudar a melhorar administração de sua empresa? Reflita sobre isso e coloque em prática tudo que estamos aprendendo! COMENTÁRIOS Meus parabéns! Chegamos ao fim de mais uma unidade. Gostou da minha palestra? Espero que tenha lhe ajudado! Vamos nos despedir, por ora! Se quiser, descanse um pouco, antes de começarmos a próxima unidade. Estou esperando por você! Um abraço! Um lembrete para você! Ao final do estudo de cada unidade você deve entrar no ambiente do curso pela internet e clicar em todos os passos da unidade que está estudando e, no último passo (final da unidade), clicar no botão Concluir. Depois você pode optar em continuar estudando na web ou voltar a estudar por este material.

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Tema 1: Análise e planejamento financeiro Assunto 4: Definição de metas com base nos resultados gerenciais Unidade 2: Análise e projeção de resultados APRESENTAÇÃO PANORÂMICA

Oi amiga(a)! Que bom nos vermos novamente! Vamos prosseguir nossos estudos, iniciando a segunda unidade deste último assunto. Aqui, vamos estudar como analisar e projetar os resultados obtidos através da estrutura gerencial de resultados. Recordam da unidade passada? Do que é composta a estrutura gerencial dos resultados de uma empresa?

Essa informação deve estar fresca em sua memória. Se não estiver, volte à unidade “Estrutura Gerencial de Resultados” e rememore aqueles conceitos, pois precisaremos deles para trabalhar nesta unidade. Saber analisar e projetar os resultados de sua empresa lhe trará muitas vantagens em relação àqueles concorrentes que não sabem o que isso significa. Além disso, vai colocá-lo em pé de igualdade com os que já fazem. A análise e projeção dos resultados para empresa é semelhante a você conhecer a si mesmo e saber o que aconteceria se passasse por certas situações. Quanto maior o seu autoconhecimento, mais você pode prever as suas próprias reações, não é? Da mesma maneira, existem métodos para examinar e fazer a previsão de conjunturas em uma empresa, através da análise e projeção dos resultados. Agora, que tal respirar fundo e voltar toda a sua atenção para esse estudo, para aproveitarmos mais e melhor esse curso? Pronto(a)? Vamos começar!

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Relembrando... Você já sabe que poderá retornar ao ambiente do curso na internet. Para localizar o assunto e unidade desejada é muito fácil. Na tela de entrada ao curso, você encontrará 4 quadrinhos. Cada um deles indica um dos quatro assuntos do curso. Para ter acesso, basta escolher o assunto e clicar no título correspondente. Será aberta uma nova tela onde constará, à direita, a lista das unidades referentes àquele assunto. Então, é só clicar no título da unidade desejada e esta se abrirá. Na barra horizontal superior, encontra-se a numeração dos passos. Viu como é fácil a navegação pelo curso? HISTÓRIA Na unidade passada, Jorge e Paulo descobriram que precisavam fazer uma análise e projeção dos resultados para decidirem se poderiam dar conta de pedidos maiores de seus clientes. Eles ainda não tinham capacidade para atender aos pedidos de alguns mercados das redondezas. Para dar conta de pedidos maiores, teriam que comprar duas máquinas, o que, de certa forma, impactaria em seu orçamento. Compensaria ou não comprar as máquinas e incrementar a produção? Antes de decidir sobre esta questão, foram assistir a uma palestra no Sebrae, cujo tema era, exatamente, planejamento financeiro. Ao saírem da palestra, Jorge e Paulo voltaram para a empresa muito entusiasmados e foram elaborar o fluxo de caixa atual da Salgadinhos Doce Sabor e calcular a estrutura gerencial de resultados. Atenção! Se você desejar, poderá ir até o passo 2 desta unidade e verificar a animação que mostra Jorge e Paulo saindo da palestra do SEBRAE. Atenção! Você quer ver outra forma de apresentação das informações abaixo? No ambiente do curso na internet, localize a unidade “Análise e projeção de resultados” do assunto “Análise e planejamento financeiro”. No passo 3, você vai encontrar um recurso interessante para apoiar o seu processo de aprendizagem. Vá lá e confira! Ao chegarem, imediatamente começaram a traçar o panorama atual da fábrica Salgadinhos Doce Sabor. Observe abaixo os dados resultantes:

Salgadinhos Doce Sabor A produção mensal da fábrica é de 50.000 unidades/mês, considerando

100% da sua capacidade produtiva, em média 5% de perdas. Faturamento médio: R$ 20.000,00.

A empresa apresenta uma variação de vendas de 10 a 20%.

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De que se trata a informação acima? Onde e como você vai usá-la? Como você assistiu à palestra do Sebrae junto com Paulo e Jorge, deve imaginar essas respostas. A produção mensal é a quantidade de produtos finais fabricados por uma empresa. Quando está dito que 100% da capacidade produtiva foi utilizada, significa que todos os funcionários estão trabalhando, usando todos os recursos da empresa. E 5% de perdas, em média, é o mesmo que falar que de cada 100 doces fabricados, perdem-se 5 unidades. Lembra-se do que quer dizer faturamento? É a quantidade de produtos vendidos vezes o preço de cada um deles. No faturamento, não abatemos qualquer custo ou despesa. O que significa uma variação de vendas de 10 a 20%? Significa que o faturamento apresentado (R$ 20.000,00) pode ser de 2.000 (variação de 10%) a 4.000 (variação de 20%) maior ou menor, ou seja, pode ser qualquer valor entre: R$16.000,00 e R$24.000,00 a depender do mês considerado. Depois de traçarem um panorama mais genérico da fábrica, contabilizando a produção mensal, o faturamento médio e a variação de vendas, nossos amigos Jorge e Paulo foram destrinchando outros dados mais específicos. Está lembrado(a) quais são eles? Vamos lá! CUSTOS VARIÁVEIS Os custos variáveis da Salgadinhos Doce Sabor eram os seguintes:

• Impostos: 10% (Lembra do módulo 2 deste curso, Projetar Fluxo de Caixa, quando foi dito que esse percentual é apenas um exemplo? Pois é, para fazer os cálculos relacionados ao seu negócio, consulte seu contador sobre os impostos que sua empresa deve recolher)

• Comissões de Vendas: 5% • Custo das matérias-primas: representava em média 35 a 40% do preço

de venda do produto. Você deve recordar o conceito de custos variáveis que tratamos na unidade passada (“Estrutura gerencial de resultados”) não é verdade? Custos variáveis são aqueles gastos que variam com as vendas ou produção. Logo, todos estes valores variam com as vendas.

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Atenção! Você tem uma atividade que precisa ser realizada no ambiente do curso na internet no passo 5 da unidade “Análise e projeção de resultados” e do assunto “Análise e planejamento financeiro”. Vá lá e confira! CUSTOS FIXOS Como aprendemos na palestra do Sebrae, custos fixos são os gastos que não variam com as vendas, são fixos e necessários para permitir o funcionamento da empresa. Veja abaixo quais são os custos fixos da fábrica Salgadinhos Doce e Sabor, levantados por Jorge e Paulo.

Ao levantar esses dados, Jorge e Paulo resolveram colocar todos eles no fluxo de caixa da fábrica, numa projeção para 12 meses. Vamos ver se esse assunto ainda está fresco em sua memória? Depois de visualizar o fluxo de caixa da fábrica Salgadinhos Doce Sabor, vamos ver como os nossos amigos empreendedores preencheram a estrutura gerencial de resultados. Paulo e Jorge finalmente puderam chegar a algumas conclusões, depois que mapearam a situação da empresa. Veja como foi importante para os dois terem elaborado o fluxo de caixa e a estrutura gerencial de resultados da fábrica Salgadinhos Doce Sabor:

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Observe que Jorge identificou uma das informações mais importantes sobre um fluxo de caixa. Sabendo em que meses eles terão lucro ou não, poderão guardar recursos para o período de falta. Com isso, não precisarão tomar empréstimos no banco, a juros exorbitantes. Paulo, por sua vez, projetou o aumento das receitas, estimando a compra das máquinas. Note o quanto é fundamental projetar valores, antes de tomar uma decisão como a deles, de comprar um equipamento caro ou, em outros casos, alugar um imóvel maior, contratar novos funcionários, etc. É necessário saber se esse investimento compensa. Para isso, projetamos os dados. DESAFIO Agora, que tal ajudar Jorge e Paulo a projetar os dados da fábrica Salgadinhos Doce Sabor? Com certeza, será muito mais fácil você fixar esse assunto se colocar a mão na massa! Está preparado(a) para o desafio? Vamos nessa! Com o fluxo atual da fábrica Salgadinhos Doce Sabor e sabendo os interesses dos sócios, elabore os dois planejamentos: • Neste, você deve considerar o aumento de 10% nas receitas e o

investimento de R$ 30.000,00

• Neste, você deve considerar a diminuição de 10% nos custos fixos atuais.

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Atenção! Esta atividade só poderá ser realizada no ambiente do curso na internet. Localize a unidade que estamos estudando (“Análise e projeção de resultados”) do assunto “Análise e planejamento financeiro”. No passo 8, há um Desafio à sua espera. Sucesso! REGISTRANDO

• Em caso de dúvidas sobre a navegação do curso, retorne ao Guia do Curso e releia-o.

• Utilizamos o negrito para destacar palavras importantes no texto;

usamos asterisco (*) para indicar as palavras e/ou expressões que constam no glossário.

• Utilizamos o itálico para indicar palavras de origem estrangeira

presentes ou não no glossário.

• Consulte a Midiateca para conferir referências que irão enriquecer o seu aprendizado neste curso!

VAMOS RELAXAR

Atenção! Você já sabe que algumas das alternativas que lhe são oferecidas para relaxar podem ser apresentadas neste material impresso. As propostas que envolvem outros recursos (imagem, som) só podem ser acessadas no ambiente do curso na internet. Se você quer visitar a Galeria de Arte ou ouvir uma boa música, vá até o passo 9 desta mesma unidade e assunto. Vai gostar de nossa proposta. Confira! Assim como Jorge e Paulo, você deve estar um pouco cansado(a), precisando relaxar a mente e o corpo. Por isso, preparamos para você, algumas opções para esse momento. Confira! Lá também tem uma piada, que transcrevemos para você.

Jorginho na cidade grande. Jorginho visitava a cidade grande com a família pela primeira vez. No saguão do elegante hotel onde se hospedavam, ele e o pai ficaram maravilhados diante do elevador, com suas luzes piscantes e portas reluzentes. Passaram-se alguns minutos e Jorginho então perguntou: - Pai, que diabos é esse troço?

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- Não sei, filho. Nesse momento, uma senhora se aproximou e entrou no elevador. As portas se fecharam e, quando reabriram instantes mais tarde, surgiu lá de dentro uma linda jovem loira com um vestido esvoaçante. - Menino – disse o pai, bem baixinho. – Vá já pegar sua mãe.

ATIVIDADE INDIVIDUAL Depois de relaxar um pouco, que tal fazer um exercício de fixação? Vamos ver o quanto você se apropriou deste assunto! Para tanto, nada melhor do que aplicar o aprendizado na sua vida prática. Sua missão, desta vez, é a seguinte: projetar o fluxo de caixa e a estrutura gerencial de resultados de sua empresa, simulando o aumento das receitas em sua empresa. Para isso, utilize os modelos propostos no link dessa unidade, do fluxo de caixa e da estrutura gerencial de resultados, e os preencha, substituindo os valores da simulação feita por Paulo pelos dados reais da sua empresa. REFLEXÕES Depois de ter projetado o seu próprio fluxo de caixa e ter calculado a sua estrutura gerencial de resultados, a que conclusões você chegou? Se você estava prestes a tomar um empréstimo para investir em algum setor da sua empresa, com certeza esses dados lhe esclareceram muito a respeito de quando, como e se realmente você deve tomar essa decisão. Você já havia tomado uma medida como essa antes de partir para a ação? Quais eram os critérios que lhe faziam tomar uma decisão sobre investimento ou sobre a gestão da sua empresa? Você imaginava que seria simples fazer um planejamento como esse? Talvez seus colegas de curso, como você, tenham algumas experiências para trocar sobre esse exercício de projetar o próprio fluxo de caixa e montar a estrutura gerencial de resultados dos seus empreendimentos. Que tal ir até ao Fórum e conversar, para saber como se saíram? Pode ser que você descubra que as suas dúvidas também são partilhadas por eles e que, ao mesmo tempo, agora vocês já têm nas mãos ferramentas importantes para mudar o destino dos seus negócios.

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Aproveite essa oportunidade e troque idéias com seus colegas! REVISÃO PANORÂMICA Agora, vamos rever os principais tópicos que foram vistos aqui. Esta unidade começou com a saída de Jorge e Paulo da palestra do Sebrae. Ao chegarem na fábrica, eles levantaram os informações necessárias de sua empresa para elaborarem o fluxo de caixa e a estrutura gerencial de resultados. Paulo e Jorge precisavam desses dados para decidir se comprariam ou não as máquinas que iriam incrementar a produção de sua fábrica. Para montar a projeção de fluxo de caixa e a estrutura gerencial de resultados, revimos os conceitos de faturamento, custos variáveis, custos fixos e margem de contribuição. Jorge percebeu, depois de elaborar seu fluxo de caixa, que poderia determinar os momentos de falta de dinheiro. Por fim, Jorge e Paulo perceberam que poderiam fazer projeções para fazer provisões de caixa em diversos momentos. COMENTÁRIOS Muito bem! Esta unidade tratou de muitos conceitos úteis para sua empresa, Ao chegar até aqui, você já possui informações que vão lhe colocar na frente de muitos concorrentes! Para isso, basta colocar estes conceitos em prática, no seu negócio. Agora é hora de energizar-se e descansar um pouco para a nossa próxima etapa. Como está o dia hoje? Faz sol? Ou já é noite? Então, vá até a varanda, a janela ou o pátio, tome um pouco de banho de sol, de lua ou de estrelas. Se estiver chovendo, vá até a janela e observe a paisagem, respire um pouco. Espero você na próxima unidade!

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Um lembrete para você! Ao final do estudo de cada unidade você deve entrar no ambiente do curso pela internet e clicar em todos os passos da unidade que está estudando e, no último passo (final da unidade), clicar no botão Concluir. Depois você pode optar em continuar estudando na web ou voltar a estudar por este material.

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Tema 1: Análise e planejamento financeiro Assunto 4: Definição de metas com base nos resultados gerenciais Unidade 3: Análise de sensibilidade APRESENTAÇÃO PANORÂMICA Olá, amigo(a) empreendedor(a)! Está com disposição para aprender um pouco mais? Chegamos à terceira unidade do módulo Definição de Metas com Base nos Resultados Gerenciais, portanto, ao nosso penúltimo encontro. Nesta unidade, vamos entender o que é a análise de sensibilidade e como isto vai contribuir para melhorar a situação de sua empresa.

Como conversamos sobre análise e projeção dos resultados, na unidade anterior, agora vamos detalhar mais um pouco a análise das informações que podemos obter, ao fazermos um fluxo de caixa e uma estrutura gerencial de resultados. Compreender o que é uma análise de sensibilidade e saber usá-la a favor de nossa empresa, aumenta muito nossa capacidade de gestão, dando-nos segurança e percepção na hora de decidir. Muitos de nós demoramos para adotar esse pensamento e em utilizar, de fato, essas ferramentas, porque achamos que já sabemos como se faz e não precisamos desses conhecimentos. Porém, as pesquisas de falência de empresas em algumas capitais do Brasil, apontam a falta de conhecimento de administração financeira pelos seus donos como o principal motivo de seu fechamento. Se os proprietários destas empresas tivessem usado essas ferramentas gerenciais que estamos vendo nesse curso, tantos empreendimentos não teriam quebrado. O que você entende por análise de sensibilidade? Como você explicaria a alguém essa expressão? Bem, se separássemos as palavras, análise e sensibilidade, como você definiria cada uma?

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Análise é um estudo minucioso, detalhado. É a distinção e separação das partes de um todo, até chegar aos seus princípios, elementos, etc. Mas, e sensibilidade? O que seria a sensibilidade em sua empresa? Uma dica, que pode ajudar você a entender isso, é que sensibilidade está relacionada a projeção dos resultados. Ainda está muito abstrato*? Não se preocupe em dar as respostas agora. Quando acabar esta unidade, seguramente você terá todas as informações necessárias para responder as perguntas acima. Hora de continuar o estudo, mãos a obra! Relembrando... Você já sabe que poderá retornar ao ambiente do curso na internet. Para localizar o assunto e unidade desejada é muito fácil. Na tela de entrada ao curso, você encontrará 4 quadrinhos. Cada um deles indica um dos quatro assuntos do curso. Para ter acesso, basta escolher o assunto e clicar no título correspondente. Será aberta uma nova tela onde constará, à direita, a lista das unidades referentes àquele assunto. Então, é só clicar no título da unidade desejada e esta se abrirá. Na barra horizontal superior, encontra-se a numeração dos passos. Viu como é fácil a navegação pelo curso? HISTÓRIA Lembra que Paulo e Jorge fizeram seu fluxo de caixa, e depois projetaram seus resultados para decidirem a compra de duas máquinas? Paulo fez um fluxo projetando um aumento de 10% nas receitas, considerando a compra das máquinas. Jorge fez outro, projetando a diminuição de seus custos. Nesta unidade, Jorge e Paulo colocaram suas projeções financeiras uma ao lado da outra para tomarem uma decisão. Esse procedimento é exatamente a análise de sensibilidade. Simples, não? Nem tanto, pois a diferença do resultado das duas é pequena. Veja, a seguir, as duas tabelas da estrutura gerencial de resultados, lado a lado:

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Após elaborar as planilhas, Paulo e Jorge tentaram convencer um ao outro de que, com o seu planejamento, a empresa teria melhores resultados. Veja comigo o que aconteceu…

Nós pudemos perceber que, nos dois casos projetados, há aumento de lucro, mas não é só isso que importa! Jorge compreendeu o que precisaria ser feito para tomar a melhor decisão para empresa. A análise de sensibilidade é o que Jorge propõe e Paulo concorda, para não sobrarem dúvidas quanto à decisão a ser tomada. Assim, podemos perceber que a análise de sensibilidade está diretamente relacionada com as projeções. E a sensibilidade é forma como a empresa se apresentará, se forem feitas certas mudanças em sua estrutura gerencial de resultados, ou, genericamente, nas entradas e saídas de recursos. Pois bem, depois de ver a estrutura gerencial de resultados de Jorge e de Paulo, vamos colocar aqueles dados em uma só tabela. No quadro que veremos, está representada a análise de sensibilidade, na prática. O que se faz é comparar duas projeções com a situação atual, verificando os resultados disso para a empresa. Ao final, fica bem evidenciada a opção mais vantajosa. Há, também, uma terceira opção, que é a de aliar as propostas de Jorge e Paulo: aumentar a receita e também diminuir os custos fixos. Veja como fica tudo isso, na tabela abaixo:

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Descrição

Situação Atual

Aumento de 10% na receita total

Diminuição de 10 % nos custos fixos

Aumento:10% Vendas e Redução:10% custos fixos

R$ % R$ % R$ % R$ % 1 - Receita Total R$ 240.000,00 100,00% R$ 264.000,00 100,00% R$ 240.000,00 100,00% R$ 264.000,00 100,00% 2 - Custos Variáveis R$ 127.800,00 53,25% R$ 140.580,00 53,25% R$ 127.800,00 53,25% R$ 140.580,00 53,25% 3 - Margem de Contribuição R$ 112.200,00 46,75% R$ 123.420,00 46,75% R$ 112.200,00 46,75% R$ 123.420,00 46,75% 4 - Custos Fixos R$ 102.000,00 42,50% R$ 102.000,00 38,64% R$ 91.800,00 38,25% R$ 91.800,00 34,77% 5 - Resultado Operacional R$ 10.200,00 4,25% R$ 21.420,00 8,11% R$ 20.400,00 8,50% R$ 31.620,00 11,98%

Depois de ter entendido como este conceito funciona, na prática, afinal, qual o conceito de análise de sensibilidade? É uma simulação que se faz com base nos resultados obtidos na estrutura gerencial de resultados, projetando-se aumentos na receita ou redução nos custos, a fim de obter melhores resultados líquidos, ou seja, lucro. No caso da Salgadinhos Doce Sabor, Paulo acredita no aumento das vendas e Jorge numa redução dos custos fixos. Para ver qual a melhor opção, eles utilizam os dados atuais de sua empresa e substituem a receita total, nos cálculos de Paulo, e o valor dos custos fixos, nos cálculos de Jorge. Eles fazem isso para verificar quais seriam as variações no seu resultado operacional, ou seja, o lucro ou o prejuízo que resultaria. No caso deles, há lucro nas duas opções. Podem-se simular diferentes situações como, por exemplo, a reversão de resultados negativos, ou seja, prejuízos. Pode-se também simular o incremento* de resultados, ou seja, aumento dos lucros. Além disso, é possível simular resultados com base em proposições de ajustes*, conforme a capacidade de absorção do mercado. O que isso quer dizer? Quer um exemplo? Podemos saber quanto precisaríamos vender para termos um resultado operacional de R$ 50.000,00 por mês. Para isso, basta manter todos os valores atuais e acrescentar, apenas no campo do faturamento, o adicional para chegarmos a R$ 50.000,00.

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A análise de sensibilidade também pode ser definida como uma simulação de novos resultados, com base em hipóteses de aumento de receitas ou redução de custos, a partir de uma apuração de resultados de um mês ou de uma média histórica. Ou seja, é possível fazer várias simulações, antes de decidir qual a melhor opção para o seu negócio. Ficou claro? REFLEXÕES

Depois de ter visto como Jorge e Paulo fizeram sua análise de sensibilidade, você já deve ter percebido que essa ferramenta pode ser muito útil para sua empresa. E já viu também como se faz para utilizá-la. Então, que tal fazer o mesmo? Você já tem em mente as projeções de sua empresa? Qual seria a sua margem de lucro desejada, para ter mais tranqüilidade? Assim como Jorge, você acha que pode diminuir o valor de seus custos fixos? E seu faturamento, é possível aumentá-lo como Paulo propôs? De que maneira? Também existem outras possibilidades de mexer na estrutura gerencial de resultados. Você pode diminuir ou aumentar os custos variáveis, por exemplo. Agora que tal ir ao Fórum discutir suas idéias com seus colegas? Essa troca de experiências poderá ser produtiva, inclusive para você tomar uma decisão. Se você ainda tem dúvidas, encaminhe-as ao seu tutor usando o recurso do Tira-dúvidas que este curso lhe proporciona. REGISTRANDO

• Em caso de dúvidas sobre a navegação do curso, retorne ao Guia do Curso e releia-o.

• Utilizamos o negrito para destacar palavras importantes no texto;

usamos asterisco (*) para indicar as palavras e/ou expressões que constam no glossário.

• Utilizamos o itálico para indicar palavras de origem estrangeira

presentes ou não no glossário.

• Consulte a Midiateca para conferir referências que irão enriquecer o seu aprendizado neste curso!

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Atenção! Você tem atividades a realizar no ambiente do curso na internet Nos passos 6 e 7 da unidade “Análise de sensibilidade” e do assunto “Análise e planejamento financeiro” que estamos estudando agora. Prepare-se para ganhar mais estrelas! COMENTÁRIOS Gostaria de lhe dar os parabéns por ter chegado até aqui! Agora, só falta a última unidade. Como você está agora? Animado(a) ou cansado(a), precisando de um pouco de energia? Caso esteja precisando se energizar, faça um alongamento, estique-se, relaxe o pescoço, respire profundamente. Está com sede? Beba bastante água!

Um lembrete para você! Ao final do estudo de cada unidade você deve entrar no ambiente do curso pela internet e clicar em todos os passos da unidade que está estudando e, no último passo (final da unidade), clicar no botão Concluir. Depois você pode optar em continuar estudando na web ou voltar a estudar por este material.

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Tema 1: Análise e planejamento financeiro Assunto 4: Definição de metas com base nos resultados gerenciais Unidade 4: Indicadores de desempenho APRESENTAÇÃO PANORÂMICA Olá, parceira(o) Tudo bem com você? É com muito orgulho que anuncio que estamos na reta final do nosso curso de Análise e Planejamento Financeiro. Já estou sentindo saudade. Com certeza tem sido um aprendizado bastante intenso e produtivo. Nesta última unidade, conversaremos sobre Indicadores de Desempenho.

Os indicadores de desempenho permitem que seja feita uma análise mais completa da situação da empresa. Como o próprio nome diz, indicam como a empresa está desenvolvendo suas atividades em relação a outras empresas. Através dessa ferramenta, é possível ter informações importantes, que lhe darão idéia de como sua empresa está em relação aos seus concorrentes ou a todas as demais do mesmo nicho de atuação*. O que você entende por indicadores de desempenho? De que forma essas informações ajudarão sua empresa? De onde você tiraria os dados para elaborar os indicadores de desempenho? Chegando até a reta final deste curso, você será capaz de aplicar esse e todos os demais conceitos e ferramentas que vimos até aqui em seu negócio. As três primeiras perguntas você responderá ao estudar com atenção a nossa última unidade. Sobre a aplicabilidade do que estamos vendo neste curso no cotidiano do seu negócio, eis a questão! Só depende de você tornar tudo isso um hábito, uma realidade. Com certeza a região onde você atua vai agradecer, pois será mais uma empresa promissora, crescendo, se fortalecendo e, conseqüentemente, com potencial para gerar empregos e renda. Agora, vamos dedicar toda nossa atenção para ao último episódio da história de nossos amigos empreendedores, Jorge e Paulo.

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Relembrando... Você já sabe que poderá retornar ao ambiente do curso na internet. Para localizar o assunto e unidade desejada é muito fácil. Na tela de entrada ao curso, você encontrará 4 quadrinhos. Cada um deles indica um dos quatro assuntos do curso. Para ter acesso, basta escolher o assunto e clicar no título correspondente. Será aberta uma nova tela onde constará, à direita, a lista das unidades referentes àquele assunto. Então, é só clicar no título da unidade desejada e esta se abrirá. Na barra horizontal superior, encontra-se a numeração dos passos. Viu como é fácil a navegação pelo curso? HISTÓRIA Antes de começarmos o último episódio dessa história, vamos recapitular um pouco. Na última unidade, Jorge e Paulo estavam por decidir que posição tomariam em relação a Salgadinhos Doce Sabor. Os dois tiveram a iniciativa de, cada um, fazer uma projeção, a partir da estrutura gerencial de resultados. Paulo fez uma projeção considerando o aumento da produção decorrente da compra das máquinas.

Jorge resolveu fazer uma projeção que considerasse a diminuição dos custos fixos da fábrica. Isso ainda deve estar fresco na sua memória, afinal, você ajudou Paulo e Jorge a calcular os valores nos fluxos de caixa dessas duas hipóteses*. As duas projeções deram lucro, ou seja, os sócios ficaram indecisos sobre qual das duas deveriam adotar e que parâmetro serviria para avaliar a melhor alternativa. Foi aí que resolveram fazer a análise de sensibilidade. Vamos relembrar esses conceito? Análise de sensibilidade é uma simulação que se faz, com base nos resultados obtidos na estrutura gerencial de resultados, projetando-se aumentos na receita ou redução nos custos, a fim de obter melhores resultados líquidos, ou seja, lucro. Nesta unidade, vamos ver o que foi que eles, finalmente, decidiram. Ah, tem uma surpresa especial nesta unidade para você! Curioso(a)? Então vamos adiante!

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Lucratividade = (Lucro liquido / Receita total) x 100 21.420,00 : 264.000,00 = 0,0811 que, multiplicados por 100, resulta 8,11% Lucratividade da fábrica Salgadinhos Doce e Sabor = 8,11% (com a compra das máquinas) Entusiasmado com os resultados dos cálculos da lucratividade, Paulo exclamou:

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- Isso mostra que o nosso investimento compensa e teremos lucro!

Rentabilidade = (Lucro Líquido Adicional / Investimento total) x 100 Ou seja: 11.220,00 : 30.000,00 (Que é o valor do investimento nas máquinas) = 0,3740 que, multiplicados por 100, temos 37,4% Rentabilidade da Fábrica Salgadinhos Doce Sabor = 37,4% (com a compra das máquinas) Você se lembra que, na opinião de Jorge, seria melhor reduzir os custos fixos do que investir nas máquinas? Pois é, ele ainda estava um pouco preocupado e queria saber quando teria o retorno desse investimento. Foi então que eu expliquei a Jorge: - Para calcular o Prazo do Retorno do Investimento*, dividimos o investimento

total pelo lucro líquido, da seguinte maneira:

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Prazo do Retorno do Investimento = Investimento total / Lucro liquido adicional Ou seja, 30.000,00 : 11.220,00 = 2,67, o que representa 2 anos e 8 meses Retorno do Investimento da fábrica Salgadinhos Doce e Sabor = 2 anos e 8 meses Diante desses números, Jorge exclamou: - Quer dizer que, pelas nossas projeções, teremos o retorno desse nosso

investimento em menos de 3 anos, mais precisamente em 2 anos e 8 meses!

- Exatamente - respondi a Jorge.

- Mas, e se a gente não vender o que estamos esperando, hein?! –perguntou

Paulo, que agora também tinha dúvidas. Jorge aproveitou a dúvida de seu sócio e perguntou: - Qual será o valor mínimo que precisamos vender, para não termos prejuízo?

É isso aí, os nossos amigos empreendedores entenderam bem como funciona o ponto de equilíbrio. Agora, veja abaixo os cálculos:

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Ponto de Equilíbrio = (Custo fixo / (receita – custo variável)) x 100 Ou seja: 102.000,00 : (264.000,00 – 140.580,00) = 0,8264 que, multiplicados por 100, temos 82,64% Ponto de equilíbrio da fábrica Salgadinhos Doce e Sabor = 82,64% - Vamos listar nossos resultados – disse Jorge, que havia tomado nota de

tudo. Em seguida, apresentou o quadro abaixo. Salgadinhos Doce Sabor – Resultados, considerando o investimento de R$

30.000,00, na compra de duas máquinas Lucratividade 8,11% Rentabilidade 37,4% Prazo de retorno do investimento 2 ANOS E 8 MESES Ponto de Equilíbrio 82,64%

Jorge, ainda atordoado com os resultados, e ansioso para saber se a idéia de Paulo em comprar as máquinas era realmente viável, perguntou: - Isso tudo é bom ou ruim? - Para o seu setor, o mercado considera uma lucratividade de 8 a 15% um

excelente resultado! – expliquei a Jorge. - Nossa, então estamos bem! – exclamou Jorge, aliviado. - E os outros indicadores? - perguntou Paulo. - O mercado financeiro remunera no máximo 25% ao ano por suas

aplicações. Tendo uma rentabilidade acima desse valor, será um ótimo investimento! – respondi a ele.

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INDICADORES DE DESEMPENHO E aí, gostou do desfecho da história dos nossos amigos empreendedores? Você não contava que eu ia virar a estrela do final da história, não é mesmo? Na verdade, nem eu! Amigos são para isso mesmo! No final, vimos que a sugestão de Paulo, de comprar as duas máquinas, seria realmente um investimento muito promissor para a empresa. Porém, para chegar até esta conclusão, você reparou a quantidade de passos que eles tiveram que dar? Nesta unidade, especialmente, chegamos à etapa mais importante da análise financeira: o cálculo e o estudo dos indicadores de desempenho do seu negócio. Os indicadores de desempenho são calculados a partir de combinações entre os dados que, neste momento, você já conhece sobre o seu negócio. Eles têm a finalidade de indicar a saúde financeira do negócio em questão e, a partir de sua análise, oferecer uma resposta clara sobre as possibilidades de sucesso do seu investimento. Foi o que vimos no caso da Salgadinhos Doce e sabor, quando Paulo apresentou o quadro com o resultado dos cálculos de todos os indicadores. Neste curso, foram apresentados quatro indicadores de desempenho diferentes: a lucratividade; a rentabilidade; o prazo de retorno do investimento e o ponto de equilíbrio. Vamos retornar a cada um desses indicadores, para fixar os seus conceitos e aprender melhor como eles funcionam e qual a sua finalidade.

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1. LUCRATIVIDADE O que é lucratividade? Em poucas palavras, é um indicador de eficiência operacional. Como vimos no exemplo da fábrica de Jorge e Paulo, a lucratividade é obtida sob a forma de valor percentual, e indica qual é o ganho que a empresa consegue gerar sobre o trabalho que ela desenvolve. Por exemplo, se a sua empresa tem uma lucratividade de 8%, isso significa que, de cada R$ 100,00 vendidos, R$ 8,00 “sobram” sob a forma de lucros, depois de pagas todas as despesas e os impostos. Ficou claro? Na prática, significa que a empresa agregou R$ 8,00 sobre o trabalho de produção e comercialização do seu produto avaliado em R$ 100,00. Vamos rever a fórmula para o cálculo da lucratividade:

Lucro Líquido Lucratividade = ––––––––––––––– x 100 Receita Total

Se utilizarmos o exemplo da empresa que obteve R$ 100,00 de receita total e R$ 8,00 de lucro líquido, o cálculo deve ser feito da seguinte forma:

R$ 8,00 Exemplo: ––––––––––– x 100 = 8% R$ 100,00

Esses valores acima são apenas exemplos. Você deve substitui-los pelos dados do seu negócio, combinado? 2. RENTABILIDADE

Agora, vamos rever o segundo conceito que estudamos nesta unidade, a rentabilidade. Trata-se de um indicador de atratividade do negócio, pois mostra ao empreendedor a velocidade de retorno do capital investido. Lembra-se de Paulo e Jorge? Eles tiveram uma rentabilidade de 37,4% ao ano, o que representou um resultado muito bom, para o porte da empresa deles. Como pudemos observar, esse resultado é obtido sob a forma de valor percentual por unidade de tempo, e mostra a taxa de retorno do capital investido em um determinado período. Por exemplo, mês ou ano. Quer um exemplo? Se uma empresa teve um lucro líquido de R$ 1.700,00 no ano e ela fez um investimento de R$ 10.000,00, esta empresa terá uma rentabilidade de 17% aa. Isso significa que 17% de tudo o que o empresário investiu no negócio retorna anualmente sob a forma de lucro. Interessante, não?

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A fórmula para cálculo da rentabilidade é a seguinte: Lucro Líquido

Rentabilidade = –––––––––––––––– x 100 Investimento Total Vamos aproveitar o exemplo utilizado, da empresa que investiu R$ 10.000,00 e teve um lucro líquido de R$ 1.700,00 para demonstrar os cálculos da rentabilidade: R$ 1.700,00

Exemplo: –––––––––––– x 100 = 17% aa R$ 10.000,00 Ficou claro? Vamos adiante, para rever o terceiro conceito! 3. PRAZO DE RETORNO DO INVESTIMENTO (PRI) Na história, Jorge ficou apreensivo, pois queria saber em quanto tempo ele e seu sócio teriam de volta o retorno do investimento nas máquinas. Apesar de os resultados da lucratividade e da rentabilidade terem se mostrado muito bons, ele precisava saber o prazo de retorno do investimento. Pois bem, o PRI é também um indicador de atratividade* do negócio, pois mostra o tempo necessário para que o empreendedor recupere tudo o que investiu no seu negócio. O PRI é obtido sob a forma de unidade de tempo e consiste, basicamente, numa modalidade de cálculo inversa à da rentabilidade. Por exemplo, se uma empresa tem um PRI de 2,5 anos, isso significa que 2 anos e seis meses após o início das atividades, o empresário terá recuperado, sob a forma de lucro, tudo o que gastou no empreendimento. Viu como é simples? Vejamos a fórmula de cálculo para o PRI: Investimento Total

PRI = ––––––––––––––––––– Lucro Líquido Vamos tomar um outro exemplo, de uma empresa que tenha investido R$ 10.000,00 para sua implantação e que tenha um lucro líquido de R$ 2.500,00. Em quanto tempo o empresário terá de volta o que investiu nesta empresa? Veja o cálculo e a resposta abaixo: R$ 10.000,00

Exemplo: –––––––––––––– = 4 anos R$ 2.500,00

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Agora você já é capaz de utilizar os dados da sua empresa para calcular o seu próprio PRI! Há quanto tempo a sua empresa funciona? Será que você já obteve o retorno do seu investimento? Calma, vamos agora rever o último conceito, antes de colocar a mão na massa! 4. PONTO DE EQUILÍBRIO Finalmente, o último indicador que vimos nesta unidade foi o ponto de equilíbrio. recorda-se? Paulo e Jorge queriam muito saber quanto precisavam vender para que as receitas se igualassem aos custos da Salgadinhos Doce e Sabor, pois temiam que o investimento pudesse resultar em prejuízo. É isso que o ponto de equilíbrio nos mostra, pois ele é um indicador de segurança do negócio. Ele indica em que momento, a partir das projeções de vendas do empreendedor, a empresa estará igualando suas receitas e seus custos. Com isso, é eliminada a possibilidade de prejuízo em sua operação. É, normalmente, calculado sob a forma de percentual da receita projetada. Por exemplo, um ponto de equilíbrio de 65% para uma receita de R$ 100.000,00 anuais indica que a empresa terá eliminado as possibilidades de prejuízo, quando tiver atingido o montante de R$ 65.000,00 em vendas, passando, a partir de então, a acumular lucro. A lógica do ponto de equilíbrio mostra que, quanto mais baixo for o indicador, menos arriscado é o negócio. Vamos rever a fórmula de cálculo do ponto de equilíbrio?

Custo Fixo Ponto de Equilíbrio = –––––––––––––––––––––––– x 100

Receita – Custo Variável Vamos utilizar um exemplo, para que fique mais clara a visualização deste cálculo. Imagine uma empresa que tenha o custo fixo de R$ 19.500,00. Se ela tem uma receita de R$ 100.000,00 e um custo variável de R$ 70.000,00, qual seria o seu ponto de equilíbrio?

R$ 19.500,00

Exemplo: –––––––––––––––––––––––––––––– x 100 = 65% R$ 100.000,00 – R$ 70.000,00

Se esse percentual for calculado sobre o faturamento projetado, teremos o seguinte resultado: R$ 100.000,00 x 65% = R$ 65.000,00.

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Ou seja, R$ 65.000,00 seria o valor mínimo que a empresa teria que vender. Entendeu? REFLEXÕES Muito bem! Depois de ter visto como Jorge e Paulo utilizaram os conhecimentos de índices de atividade para fazer os cálculos dos índices da Salgadinhos Doce e Sabor, você seria capaz de fazer o da sua empresa? Já deve ter percebido que essa ferramenta pode ser fundamental para seu negócio. E já viu também como se faz para utilizá-la. Então, que tal aplicar em sua empresa o que você aprendeu neste curso? Você já tem em mente os dados necessários para fazer os cálculos dos índices de desempenho de sua empresa? Você tem os dados do ramo* do seu negócio? Sabia que seria muito bom para você conhecer e poder comparar os dados da sua empresa com a média dos seus concorrentes? O que você acha disso tudo? É importante para administrar melhor sua empresa? Depois refletir sobre as perguntas, que tal ir ao Fórum discutir suas idéiascom seus colegas? A esta altura, todos vocês devem estar fervilhando de idéias e muito motivados em fazer esses planos se transformarem em realidade! Que tal interagir com eles? REGISTRANDO

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Atenção! Você tem algumas atividades individuais a realizar no ambiente do curso na internet. No passo 17 desta unidade (“Indicadores de desempenho”) e do mesmo assunto (“Análise e planejamento financeiro”). Está preparado(a) para ganhar mais uma estrela para sua coleção de acertos no curso? Continuamos torcendo por você!! COMENTÁRIOS Meus parabéns! Você concluiu o curso Análise e Planejamento Financeiro do Sebrae! Agora, você já pode aplicar esses conhecimentos, pois tem nas mãos todas as ferramentas que vão melhorar sensivelmente a administração financeira do seu negócio. Foi um imenso prazer termos feito este curso juntos. Espero que tenha aprendido bastante com a história de Jorge, Paulo, Dona Vânia, Seu Anésio, Carla e Carina. Como eles, existem milhares de empreendedores que fizeram de suas inseguranças e incertezas um estímulo para aprender e transformar para melhor as suas pequenas empresas.

Boa sorte em seu empreendimento e lembre-se sempre de que o conhecimento é o bem mais precioso que podemos ter. Procure sempre aprender mais e melhor, onde quer que esteja! Um abraço e felicidades!

Um lembrete para você! Aqui termina o nosso curso! Parabéns! Você chegou à última unidade (“Indicadores de desempenho”) do último assunto (“Definição de metas com base nos resultados gerenciais”)! Depois de percorrer todos os passos e clicar no botão Concluir desta unidade, você será levado a uma tela onde será exibida a Avaliação do Curso. Preencha-a e envie-a para que você possa receber o seu certificado.

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