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Física II Fluidos: Estática Otoniel da Cunha Mendes Engenharias

Física II - Dinâmica de Fluidos

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Page 1: Física II - Dinâmica de Fluidos

Física IIFluidos:

EstáticaOtoniel da Cunha Mendes

Engenharias

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Os slides desta aula foram

adaptados de:

1. Notas de aulas encontrados

na internet

2. Livros

3. Apostilas.

Page 3: Física II - Dinâmica de Fluidos

Antes de estudarmos fluidos, devemos lembrar quea matéria, como a conhecemos, se apresenta em trêsdiferentes estados físicos, de acordo com a agregação departículas: o estado sólido, o estado líquido e o estadogasoso.

Page 4: Física II - Dinâmica de Fluidos

Sólidos

Um sólido é um sistema

macroscópico rígido com forma

e volume bem definidos.

Cada átomo vibra em torno do

seu ponto de equilíbrio, mas ele

não tem liberdade para se

movimentar no interior do sólido.

Assim como líquidos, sólidos

são quase incompressíveis

Sólidos não são completamente

incompressíveis, porém

Podemos deformar um sólido

Mudar sua forma: Esticar, Dobrar,

Comprimir e Expandir

Page 5: Física II - Dinâmica de Fluidos

Líquidos Líquidos são similares a gases

no sentido que os átomos ou

moléculas podem se mover em

relação aos outros átomos ou

moléculas no líquido

Líquidos diferem de gases no

sentido que líquidos são quase

incompressíveis

Se colocarmos um líquido em um

recipiente, ele irá preencher

apenas o volume do recipiente

que corresponde ao volume

inicial do líquido, deixando o

volume restante desocupado

Page 6: Física II - Dinâmica de Fluidos

Gases

Substâncias que existem como

gases têm átomos ou moléculas

que se movem pelo espaço como

partículas livres

Os átomos ou moléculas livres

podem colidir com outros átomos

ou moléculas ou com a parede de

um recipiente

Se um gás é colocado em um

recipiente, ele irá se expandir até

preencher o volume do recipiente

Um gás pode ser tratado como um

fluido porque pode fluir

Um gás é compressível, o que significaque, se o volume de um recipiente éalterado, o gás vai se redistribuir parapreencher o recipiente uniformemente

Page 7: Física II - Dinâmica de Fluidos

Os fluidos são sistemas macroscópicos, e nosso

estudo dos mesmos nos levará muito além do modelo de

partículas. Dois novos conceitos, densidade e pressão,serão introduzidos para descrever sistemas macroscópicos.

Começaremos com a estática dos fluidos,

para situações em que o fluido permanece emrepouso

Page 8: Física II - Dinâmica de Fluidos

Objetivos de

Aprendizagem1. ESTÁTICA DOS FLUIDOS

1.1. Propriedades dos fluidos

1.2. Pressão num fluido

1.3. Equilíbrio num campo de forças

1.4. Fluido incompressível no campo gravitacional

1.5. Aplicações

(a) Princípio de Pascal

(b) Vasos comunicantes

(c) Pressão atmosférica. Manômetros

1.6. Princípio de Arquimedes

Equilíbrio dos corpos flutuantes

1.7. Variação da pressão atmosférica com a altitude

Page 9: Física II - Dinâmica de Fluidos

De maneira bem simples, um fluido é uma substância que

flui ou escoa. Uma vez que fluem, os fluidos assumem a

forma de seus recipientes em vez de reterem uma forma

própria.

Você pode pensar que os gases e os líquidos são muito

diferentes, mas ambos são fluidos e suas semelhanças

são, muitas vezes, mais importantes do que suas

diferenças.

Fluidos

Page 10: Física II - Dinâmica de Fluidos

Massa Especifica

1. A questão é ambígua, pois depende da quantidade de ferro e de madeira.

2. Um grande cepo de madeira é claramente mais pesado do que um prego

de ferro.

3. Uma questão melhor formulada indagaria se o ferro e mais denso do que a

madeira, para a qual a resposta e sim.

• O ferro é mais pesado do que a madeira?

As massas dos átomos e os espaçamentos entre eles e que determinam a

massa especifica do material. Concebemos a massa especifica como a “leveza” ou o

“peso” de materiais de mesmo tamanho. Ela da uma medida de como a matéria

esta compactada, ou de quanta massa ocupa um certo espaço; e a quantidade de

massa por unidade de volume:

Page 11: Física II - Dinâmica de Fluidos

Densidade

No caso dos fluidos, estamos interessados em substâncias sem

uma forma bem definida e em propriedades que podem variar de um

ponto a outro da substância. Nesse caso é útil estudarmos a

densidade

Define-se densidade como a propriedade da matéria

correspondente à massa contida por unidade de volume, ou

seja, a proporção existente entre a massa de um corpo e

seu volume

mV dm

dV

Page 12: Física II - Dinâmica de Fluidos

Densidade

A densidade de alguns materiais variam de um ponto para outro.

Exemplo o corpo humano, que inclui gordura de baixa densidade e ossos de

altas densidades.

A unidade SI de densidade é o quilograma por metro cúbico (1

kg/m3).

1 g/cm3 1000 kg/m3

1 lbm/ft3 16,02 kg/m3

1 slug/ft3 515,4 kg/m3

É comum encontrarmos alguns livros em sistemas que não

são os sistemas internacionais, logo a conversão pode ser

feita da seguinte maneira

Page 13: Física II - Dinâmica de Fluidos

Densidade

Page 14: Física II - Dinâmica de Fluidos

Pausa para teste

Água no estado sólido. Água no estado líquido.

Aqui esta uma questão fácil: Quando a água congela, ela se expande. O que isso

nos diz acerca da massa específica do gelo comparada com a massa específica da

água?

Page 15: Física II - Dinâmica de Fluidos

Densidade Relativa & Peso Especifico

Densidade Relativa

SG substância

H2O @ 4

0C

Como a densidade é uma relação entre as massas específicas, o valor

de SG não depende do sistema de unidades

Peso Especifico

Wsubstância

V g

Note que o peso especifico é utilizado para caracterizar o peso do

sistema fluido.

Page 16: Física II - Dinâmica de Fluidos

Pressão

“Pressão” é uma palavra que todos conheceme usam. Você provavelmente tem uma idéia de sensocomum sobre o que é pressão. Por exemplo, vocêsente os efeitos da variação da pressão em seustímpanos quando mergulha ou decola em um avião.

■ “Algo” empurra a águaou o ar lateralmente, parafora do orifício.■ Em um líquido, este“algo” é maior quando aprofundidade é maior. Emum gás, este “algo” pareceser o mesmo em todos oslugares.

Page 17: Física II - Dinâmica de Fluidos

Pressão

Vamos definir a pressão neste ponto no fluido como sendo a razão entre a força e a área na qual a força é exercida:

NOTA A pressão em si não é uma força, mesmo que às vezes falemosinformalmente sobre “a força exercida pela pressão”. O enunciadocorreto é que o fluido exerce uma força sobre uma superfície.

De acordo com sua definição, a pressão tem por unidade o N/m2. A unidade de pressão do SI é o pascal, definido como:

Page 18: Física II - Dinâmica de Fluidos

Pressão

Page 19: Física II - Dinâmica de Fluidos

Pressão

Page 20: Física II - Dinâmica de Fluidos

Pressão AtmosféricaNós vivemos no fundo de um oceano de ar. De maneira parecida com a

água de um lago, a atmosfera exerce pressão.

Um dos mais

célebres experimentos para

demonstrar a pressão da

atmosfera foi realizado em

1654 por Otto von

Guericke, burgomestre da

cidade de Magdeburg e

inventor da bomba a vácuo.

Page 21: Física II - Dinâmica de Fluidos

Pressão Atmosférica

Da mesma maneira que a pressão da água e causada por seu próprio peso,

a pressão atmosférica e causada pelo peso do próprio ar. Estamos tão adaptados ao

ar totalmente invisível que muitas vezes nos esquecemos de que ele também

possui peso. Talvez um peixe, de maneira análoga, também “se esqueça” do peso

da água. A razão de não sentirmos esse peso que aperta nossos corpos e que a

pressão dentro destes equilibra a pressão contrária produzida pelo ar que nos ro-

deia. Não existe uma força resultante para sentirmos.

Page 22: Física II - Dinâmica de Fluidos

Pressão Atmosférica

A pressão atmosférica não e uniforme. Além das variações com a altitude,

existem as variações localizadas da pressão atmosférica, causadas por

aproximações de frentes frias e tempestades. A medição das variações da pressão

do ar e fundamental para os meteorologistas elaborarem previso es de tempo.

A pressão atmosférica normal ao nível do mar é:p = 1 atm = 1,013 x 105 pa

Outra unidade usual é o milímetro de mercúrio (mmHg), que é a pressão que uma coluna de mercúrio de 1 mm de altura exerce sobre uma superfície onde a gravidade g = 9,8 m/s2 e temperatura 00 C. A relação entre mmHg e atm é a seguinte:

1 atm = 760 mmHg

Page 23: Física II - Dinâmica de Fluidos

Pressão em líquidosA gravidade faz com que um líquido ocupe as partes

mais fundas de um recipiente.

• Uma vez que o fluido está em repouso, a pressão dada pela Equação é

chamada de pressão hidrostática.

• A Equação supõe que o líquido seja incompressível, isto é, que sua

densidade não aumente com a profundidade.

• Esta é uma suposição muito boa no caso de líquidos, mas não para gases, que são realmente compressíveis

Page 24: Física II - Dinâmica de Fluidos

Pressão em líquidos

Quando desprezamos o peso do fluido, a pressão no interior do

fluido é a mesma em todos os pontos do seu volume. Vamos introduzir

agora a definição de gradiente:

f p

dp

dz g

p p0 gz z0

Lei de Stevin: a pressão em um ponto de um fluido em equilíbrio estático

depende da profundidade desse ponto, mas não da dimensão horizontal do

fluido no recipiente.

Page 25: Física II - Dinâmica de Fluidos

Pressão em líquidos

Page 26: Física II - Dinâmica de Fluidos

Pressão em líquidos

Page 27: Física II - Dinâmica de Fluidos

Relação da altitude barométrica para gases

Ao deduzirmos a relação entre profundidade e pressão,

fizemos o uso da incompressibilidade dos líquidos

Entretanto, se nosso fluido for um gás, não podemos fazer

essa suposição

Começamos novamente com uma fina camada de fluido em uma

coluna de fluido

A diferença de pressão entre as superfícies inferior e superior ainda

é dada pelo peso da camada fina de fluido dividida pela área

p F

A

mg

A

Vg

A

hA gA

gh

Page 28: Física II - Dinâmica de Fluidos

Relação da altitude barométrica para gases

O sinal negativo vem do fato de que a pressão decresce com o aumento de

altitude, porque o peso da coluna de fluido acima é reduzido

Até agora nada está diferente da dedução para o caso incompressível

Contudo, para fluidos compressíveis, temos que a densidade é

proporcional à pressão

Estritamente falando, essa relação só é verdadeira para gases ideais

0p

p0

Page 29: Física II - Dinâmica de Fluidos

Relação da altitude barométrica para gases

Combinando nossas duas equações, obtemos

Tomando o limite h0, obtemos a equação

Essa equação é uma equação diferencial

A solução dessa equação diferencial é

Essa equação é conhecida como a fórmula da pressão barométrica

Ela relaciona a pressão e a altitude em gases

Ela se aplica contanto que a temperatura não varie em função da altitude e desde que a gravidade seja constante.

p

h

g0p0p

dp

dh

g0p0p

p(h) p0eh0g / p0

Page 30: Física II - Dinâmica de Fluidos

Medição e uso da pressão

Manômetro de tubo abertoUm dispositivo simples que pode ser utilizado

para medir a pressão manométrica de um gás

é o manômetro de tubo aberto

Pode ser construído conectando-se um tubo

em forma de U, parcialmente preenchido com

mercúrio, a um recipiente fechado com o gás

cuja pressão manométrica se deseja medir

A diferença na altura, h, entre os dois níveis

de mercúrio no recipiente pode ser

relacionada à pressão manométrica

Perceba que a pressão manométrica pode

ser positiva ou negativa

pg p p0 gh

Page 31: Física II - Dinâmica de Fluidos

Medição e uso da pressãoUm aparelho simples para medir a pressão atmosférica e o

barômetro de mercúrio. Você pode construir um pegando um tubo

longo de vidro, fechado em uma extremidade, enchendo-o com

mercúrio e invertendo sua posição, de modo que a extremidade

aberta fique dentro de uma vasilha de mercúrio. O espaço acima domercúrio e um vácuo e, assim, tem pressão zero.

Page 32: Física II - Dinâmica de Fluidos

Princípio de Pascal

Quando apertamos uma extremidade de um tubo de

pasta de dente para fazer a pasta sair pela outra

extremidade estamos pondo em prática o princípio de Pascal.

O princípio foi enunciado com

clareza pela primeira vez em 1652

por Blaise Pascal (em cuja

homenagem foi batizada a

unidade no SI)

Uma variação da pressão aplicada a um fluido

incompressível contido em um recipiente é transmitido

integralmente a todas as partes do fluido e às paredes do

recipiente.

Page 33: Física II - Dinâmica de Fluidos

Princípio de Pascal

Page 34: Física II - Dinâmica de Fluidos

EmpuxoQualquer um que já tenha retirado um objeto submerso

para fora d’agua esta familiarizado com o empuxo, perda

aparente de peso sofrida pelos objetos quando estão submersos

em um líquidoA razão disso e que, quando a

rocha esta submersa, a água exerce

sobre ela uma força de baixo para

cima, oposta a atração

gravitacional. Esta força

direcionada para cima e chamada

de força de empuxo e e uma

decorrência do aumento da pressão

devido ao aumento da

profundidade.

Page 35: Física II - Dinâmica de Fluidos

Empuxo

As forças devido a pressão da água, em qualquer lugar da superfície de

um objeto, são exercidas perpendicularmente a superfície – como e indicado na

figura por alguns vetores.

Uma vez que as forças exercidas de baixo para cima, na parte inferior, são

maiores do que as forças exercidas para baixo, no topo, elas não se cancelam e

existe, portanto, uma força resultante orientada para cima. Esta força é a força de

empuxo.

Page 36: Física II - Dinâmica de Fluidos

Princípio de Arquimedes

Arquimedes (287 - 212 AC) de Siracusa, Sicília

O rei Hieron II de Siracusa pediu para

Arquimedes determinar se a coroa real era feita de

ouro puro ou parcialmente de ouro e prata

Conta-se que uma ideia ocorreu a Arquimedes

para determinar a composição da coroa do rei

quando ele sentou-se em sua banheira e a água

da banheira transbordou

Diz-se que Arquimedes teria gritado

“Eureka” (Eu descobri)

Page 37: Física II - Dinâmica de Fluidos

Princípio de Arquimedes

O principio de Arquimedes afirma: quando um corpo estáparcialmente ou completamente imerso em um fluido, o

fluido exerce sobre o corpo uma força de baixo para cima

igual ao peso do volume do fluido deslocado pelo corpo.

Page 38: Física II - Dinâmica de Fluidos

Princípio de Arquimedes

Considere um cubo de água em um volume de água

O peso desse cubo de água é sustentado

pela força de empuxo FB resultante da

diferença de pressão entre o topo e a base

do cubo

Para nosso cubo de água imaginário,

a força de empuxo é igual ao peso

Agora vamos substituir o cubo de água

por um cubo de aço

O cubo de aço pesa mais do que o cubo de

água, logo, agora há uma força resultante Fres dada por

F2 F1 mg FB

Page 39: Física II - Dinâmica de Fluidos

Princípio de Arquimedes

Obviamente, essa força resultante faria o cubo de aço afundar

Vamos substituir nosso cubo de aço por um cubo de madeira

Agora, o peso da madeira é menor que o peso da água que a

madeira deslocou, logo, a força resultante aponta para cima

O bloco de madeira subiria em direção a superfície

Se colocarmos um objeto menos denso que a água

na água, o objeto vai boiar

O objeto irá afundar na água só até que o peso do objeto

seja igual ao peso da água deslocada

Um objeto flutuante desloca seu próprio peso de fluido

Se posicionarmos um objeto mais denso do que a água dentro

da água, ele irá experimentar uma força de empuxo

peso real - força de empuxo = peso aparente

Page 40: Física II - Dinâmica de Fluidos

a

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Princípio de Arquimedes

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Princípio de Arquimedes