Upload
joao-freire
View
73
Download
11
Embed Size (px)
Citation preview
FORMAÇÃO DE PALAVRASProcessos morfológicos
Derivação Composição
Com adição de constituintes morfológicos
Sem adição de constituintes morfológicos Composição
morfológica
Afixação Conversão ouderivação imprópria Composição
morfossintáticaPrefixação
Derivação não afixalSufixação
Prefixação e Sufixação
Parassíntese
Palavras simples e complexasCasas – é uma palavra simples. As palavras simples são compostas apenas pelo radical (cas-), índice temático (a) e índice de flexão (por exemplo, para formar o plural –s).Casamento – é uma palavra composta. A partir da base (cas-), constituída só pelo radical, formou-se uma nova palavra, acrescentando-lhe o sufixo –mento.As palavras complexas formam-se por derivação ou derivação.
Derivação
I. Derivação por afixação
Este processo de formação de palavras consiste na adição de um afixo a uma forma de base.
invulgar prefixo
vulgarmente
sufixo
invulgarmente prefixo sufixo
engordar prefixo sufixo
No exemplo , a palavra é derivada por prefixação; no exemplo , com a mesma base formou-se outra palavra, sendo esta derivada por sufixação; o exemplo mostra uma palavra derivada por prefixação e sufixação; por fim, o exemplo apresenta uma palavra formada por parassíntese, ou seja, com recurso a um prefixo e sufixo, simultaneamente, já que a palavra base não existe só com um dos afixos (ao contrário do que acontece com o exemplo ).
II. Derivação imprópria ou conversão
1. O miúdo estava a chorar há imenso tempo. / Ele tem um chorar impressionante.2. Como te comportaste?! E porquê? / Não compreendo o como ou o porquê do teu comportamento.3. Estou mal. /O mal é não apanhar Sol.
Cada um destes grupos tem duas palavras formalmente iguais. São, contudo, palavras diferentes, pois mudaram de classe gramatical e têm, consequentemente, um significado diferente.
A derivação imprópria ou conversão consiste, pois, na formação de uma nova palavra pela mudança da classe gramatical de base.
III. Derivação não afixal
avisar (o) aviso chorar (o) choro debater (o) debate trocar (a) troca
Todos os nomes, apresentados como exemplo, derivam dos verbos que os antecedem. Substituíram-se os especificadores verbais (a vogal temática e o sufixo de flexão verbal) pelos especificadores nominais e obteve-se uma nova palavra por derivação não afixal.
Composição
A composição é um processo de formação de palavras que consiste na formação de uma palavra complexa, através da junção de duas ou mais formas de base, que podem ser radicais (unidades não autónomas, frequentemente de origem grega ou latina) ou palavras. A junção origina uma só unidade com um novo significado.
I. Composição morfológicaConsiste na formação de uma palavra complexa, através da junção de um radical (unidade não
autónoma, frequentemente de raiz grega ou latina), a outro radical ou a uma palavra, exigindo, de um modo geral, a presença de uma vogal de ligação (-o- ou –i-). Ex.: biblioteca – bibli[o]teca; cardiologia – cardi[o]logia; herbívoro – herv[i]voro; luso-africano.
II. Composição morfossintáticaConsiste na associação de duas ou mais palavras.
Se as duas palavras têm o mesmo grau de importância (têm igual contribuição para o valor semântico da nova palavra), ambas podem variar em género ou número. Ex.: surdo-mudo (surdos-mudos), trabalhador-estudante (trabalhadores-estudantes).
Se o valor semântico da palavra da esquerda é modificado pelo da palavra que está à sua direita, só o nome da esquerda varia em género e/ou número. Ex.: homem-aranha (homens-aranha), palavra-chave (palavras-chave), aluno-modelo (alunos-modelo).
Se o composto é constituído por uma forma verbal na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo, seguido de um nome quando há flexão de número, esta afeta a apalavra da direita. Ex.: abre-latas, guarda-sol (guarda-sóis), tira-nódoas, porta-voz (porta-vozes).