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Slides criado, PNEM caderno V.
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“ O que concerne a todos deve serdecidido por todos”
Leonardo Boff.
Gestão democrática e aautonomia da escola
Quando falamos em autonomia, estamosdefendendo que a comunidade escolartenha um grau de independência eliberdade para coletivamente pensar,discutir, planejar, construir e executar seuprojeto político-pedagógico, entendendoque neste está contido o projeto deeducação ou de escola que a comunidadealmeja, bem como estabelecer os processosde participação no dia-a-dia da escola.
Autonomia está ligado à ideia deautogoverno, isto é, à faculdade que osindivíduos (ou as organizações) têm de seregerem por regras próprias. Contudo, se aautonomia pressupõe a liberdade (e acapacidade) de decidir, ela não se confundecom a independência. A autonomia é umconceito relacional, pelo que a sua ação seexerce sempre num contexto deinterdependência e num sistema de relações.
Autonomia está ligado à ideia deautogoverno, isto é, à faculdade que osindivíduos (ou as organizações) têm de seregerem por regras próprias. Contudo, se aautonomia pressupõe a liberdade (e acapacidade) de decidir, ela não se confundecom a independência. A autonomia é umconceito relacional, pelo que a sua ação seexerce sempre num contexto deinterdependência e num sistema derelações.
A autonomia é uminvestimento baseado emcompromissos e implicamelhoria e avanços para aunidade de ensino.A autonomia também seaprende.
A autonomia precisa sercotidianamente construída, nãosendo, portanto, resultado deatos e resoluções decretadas. Agarantia de progressivos grausde autonomia é fundamentalpara a efetivação de processosde gestão democrática
Barroso (2001, p.18-23) aponta sete princípios para a elaboração de um
programa de reforço da autonomia das escolas:
1) O reforço da autonomia da escola deve serdefinido levando em conta as diferentesdimensões das políticas educativas.
2) A “autonomia das escolas” é sempre umaautonomia relativa, uma vez que écondicionada pelos poderes públicos e pelocontexto em que se efetiva.
3) Uma política de reforço da autonomia dasescolas não se limita a dispositivos legais, masexige a criação de condições e dispositivos quepermitam as autonomias individuais e aconstrução do sentido coletivo.
4) A “autonomia” não pode ser considerada comouma “obrigação” para as escolas, mas sim comouma “possibilidade”.
5) O reforço da autonomia das escolas não temuma função em si mesmo, mas é um meiopara que elas ampliem e melhorem asoportunidades educacionais que oferecem.
6) A autonomia é um investimento baseadoem compromissos e implica melhoria eavanços para a escola.
7) A autonomia também se aprende.
A construção daautonomia é processual ese articula ao esforço maisamplo de democratizaçãoda escola.
Participação efetiva e gestão democráticasão fundamentais para que a autonomiaescolar seja resultado da construção coletivae democrática de projetos, na instituiçãoeducativa, que venham a atender aosanseios da comunidade escolar.
Em que medida a autonomia daescola pública pode se tornar umproblema?
Autonomia escolar: alguns limites
Ideológico: a descentralização seria "uma porta aberta para a
privatização do ensino público", tirando do estado aresponsabilidade de garantir a construção da cidadania;
Pedagógico: a "descentralização é vista como uma ameaçaesfaceladora da unidade curricular";
Administrativo: forma de dividir competências pode aumentara centralização;
Financeiro: descentralização poderia ameaçar a categoriadocente;
Legal/financeiro: limitações no uso dos recursos públicos..
Estudo realizado pelo Instituto Paulo Freire a convite doConselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED)
"a gestão democrática do ensino público tem se deparado com dificuldades que podem ser elencadas em vários níveis"
"A luta pela autonomia da escola insere-se numa luta
maior pela autonomia no seio da própria sociedade. (...) Aeficácia desta luta depende muito da ousadia de cada escolaem experimentar o novo e não apenas pensá-lo. Mas, paraisso, é preciso percorrer um longo caminho de construçãoda confiança na escola, na capacidade de ela resolver seusproblemas por ela mesma e de autogovernar-se.”[GADOTTI1997], p. 47.
Grupo: Bressan, Marinês, e Nilson
BIBLIOGRAFIA
AZANHA, J. (1998) Proposta pedagógica e autonomia da escola. Cadernos deHistória e Filosofia da Educação 2
BARROSO, João. O reforço da autonomia das escolas e a flexibilização dagestão escolar em Portugal. In: FERREIRA, Naura C. (Org.). Gestão democráticada educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 2001. p. 11-32.
FREIRE, P. (1996) Pedagogia da autonomia. Paz e Terra.
GADOTTI, M. and ROMÃO, J. (1997) Autonomia da escola: princípios e propostas. . Cortez.
http://www.voltairenet.org/article126120.html - acessado 04/11/2014
http:// www.pucpr.br/eventos/educere/educere2006/.../docs/CI-032-TC.pdf- acessado 04/11/2014
RODRIGUEZ, V. (2001) Financiamento da educação e políticas públicas: o fundef e a política de descentralização. Cadernos Cedes