11
1 HISTÓRIA ESTUDO DIRIGIDO Prof. Elvis John BRASIL CONTEMPORÂNEO Aluno (a): II Data: Turma: - 2º EM GOVERNO LULA (2003 - 2010) Por Elvis John Oliveira Ribeiro 1. Cenário da posse e governo: - Alta do dólar no final de 2002 chegando à casa dos 4 reais. Isso gerou uma grande desvalorização do real e incertezas do empresariado nacional e do grande capital. - Lula agiu de forma conservadora. Nomeou Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central. Este prometeu manter a condução da política econômica: superávit primário, autonomia dos bancos centrais e câmbio flutuante. - Indicou Antônio Palocci, que apresentava claros sinais de austeridade, para o ministério da Fazenda. 1.1. Medidas no campo social. - Seu discurso foi assistencialista, tendo como projeto mais divulgado o FOME ZERO - fim da fome no BRASIL.

GOVERNO LULA e DILMA - Prof. Elvis John

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: GOVERNO LULA e DILMA - Prof. Elvis John

1

HISTÓRIA

ESTUDO

DIRIGIDO

Prof. Elvis John

BRASIL

CONTEMPORÂNEO

Aluno (a): II

Data: Turma: - 2º EM

GOVERNO LULA (2003 - 2010)

Por Elvis John Oliveira Ribeiro

1. Cenário da posse e governo:

- Alta do dólar no final de 2002 chegando à casa dos 4 reais. Isso gerou uma grande

desvalorização do real e incertezas do empresariado nacional e do grande capital.

- Lula agiu de forma conservadora. Nomeou Henrique Meirelles para a presidência do Banco

Central. Este prometeu manter a condução da política econômica: superávit primário, autonomia

dos bancos centrais e câmbio flutuante.

- Indicou Antônio Palocci, que apresentava claros sinais de austeridade, para o ministério da

Fazenda.

1.1. Medidas no campo social.

- Seu discurso foi assistencialista, tendo como projeto mais divulgado o FOME ZERO - fim da

fome no BRASIL.

Page 2: GOVERNO LULA e DILMA - Prof. Elvis John

2

- O BOLSA FAMÍLIA - fundia vários programas assistencialista que remontavam ao governo de

Fernando Henrique Cardoso.

1.2. No campo econômico.

- Baixa inflação, redução do desemprego e constantes recordes na balança comercial.

- Promoveu incentivo às exportações e a diversificação dos investimentos feitos pelo BNDES.

- Estimulou o microcrédito e ampliou os investimentos na agricultura familiar por meio da

PRONAF (Programa Nacional da Agricultura Familiar).

- Ocorreu o recorde na produção da indústria de automóvel em 2005.

- Maior crescimento real do salário mínimo.

# IMPORTANTE:

Essa postura rendeu ao

governo severas críticas, mas a

redução da miséria foi

significativa, incorporando boa

parcela da população à esfera do

consumo aquecendo a economia.

Page 3: GOVERNO LULA e DILMA - Prof. Elvis John

3

- Queda da taxa de juros de 25% no fim do Governo de FHC para 8,75% em julho de 2009 (ainda

as assim é uma das maiores taxas de juros do mundo).

- Fim da era de privatizações de empresas estatais e fortalecimento da Petrobrás.

- As privatizações foram focadas no campo dos transportes – mais de 2,6 mil quilômetros de

rodovias federais e 720 quilômetros da Ferrovia Norte Sul para a Companhia Vale do rio doce

pela quantia de R$ 1,4 bilhões.

- Crescimento médio da economia de 4% em oito anos de governo, diferente da estagnação do

segundo governo de FHC.

- Controle da taxa de inflação que variou de 10% em 2003 à 3,14% em 2016, o índice mais baixo

registrado. O desemprego decresceu chagando a 5,3% em 2010, menor índice já obtido, contra

10,5% em 2002, último ano de governo de FHC.

- Aumento do salário mínimo de 200 reais em 2002, para 510 reais em 2010.

- Crescimento das reservas internacionais de US$ 37,65 bilhões, em 2003, para US$ 288,57

bilhões, em 2010.

- Lança o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) – o objetivo era promover a candidatura de

Dilma Rousseff que tornou- “mãe do projeto”. Contudo, as dificuldades econômicas do 2º

governo somadas ao quadro econômico internacional desfavorável não permitiu grandes

financiamento das obras (saneamento, habitação, transporte, energia e recursos hídricos)

reduzindo sensivelmente o alcance do projeto.

- Também vale lembrar que mesmo com a crise internacional de 2008 (2º mandato) o Brasil

manteve o equilíbrio econômico, sendo o último país a entrar na crise e o primeiro a sair. O

governo usou esse fato a seu favor.

1.3. No campo político

POLÍTICA INTERNA:

- OS ESCÂNDALOS:

2004 – Waldomiro Dinis, então assessor de José Dirceu, chefe da casa civil, afirma que

Dirceu extorquia empresários do setor de bingos para arrecadar fundos para o PT.

2005 – é divulgado na imprensa que Maurício Marinho, chefe da Empresa de Correios e

Telégrafos recebia propinas para beneficiar empresários em contratos com a empresa.

2005 – O deputado Roberto Jéferson do PTB denunciou uma das maiores redes de

corrupção já vista no Brasil, o MENSALÃO. Era um esquema de pagamento de propinas

mensais a parlamentares patrocinados pelo governo, para que apoiassem os projetos

enviados pelo Executivo ao Congresso (o resultado foi a exoneração e a cassação de José

Dirceu que foi substituído por Dilma Rousseff).

Page 4: GOVERNO LULA e DILMA - Prof. Elvis John

4

2005 – Antonio Polocci, Ministro da Fazenda, foi acusado de envolvimento em que

esquema de arrecadação de propinas destinadas ao financiamento do PT.

2006 – Militantes do PT foram flagrados portando dinheiro ilegal que seria destinado para a

compra de um dossiê contra o candidato concorrente de Lula nas eleições, José Serra. Lula

chamou os petistas envolvidos de “aloprados”.

2010 – Escândalo envolvendo a sucessora de Dilma Rousseff na Casa Civil, Erenice Guerra.

Com sua anuência Israel Guerra, seu filho, transformou-se em lobista em Brasília, através de

sua empresa a Capital Assessoria e Consultoria, intermediando contrato entre empresários e

órgãos públicos, cobrando para tal uma taxa de sucesso de 6% do valor do negócio. A

empresa ainda contava com a participação de Vinicius Castro, funcionário da Casa Civil, e

Stevan Knezevic, lotado na presidência. Mesmo com as denúncias, e o alcance reduzido do

PAC, Dilma ganhou as eleições com 47% dos votos, contra 32% de José Serra.

POLÍTICA EXTERNA:

- Postura moderada e diálogo com os grandes nomes internacionais como Barack Obama;

- Aproximou-se de líderes como Hugo Chaves, Evo Morales e Mahmoud Ahmadinejad em apoio

ao projeto nuclear do Irã.

- Em nota o New York Times afirmou que o Brasil e Turquia foram enganados pelos iranianos:

- Postura passiva de Lula à invasão da refinaria da Petrobrás na Bolívia por tropas do exército

boliviano. O resultado foi a nacionaliza da empresa pelo governo de Evo Morales.

Lula promoveu internacionalmente a imagem do Brasil. O resultado direto foi o direito de sediar a

Copa do Mundo em 2014 e os jogos Olímpicos de 2016.

- Participou da criação do G 20 (união de países emergentes para assuntos relativos à agricultura,

com a liderança do Brasil, Índia, china e África do Sul).

- Iniciou uma campanha pela inclusão do Brasil como membro do Conselho de Segurança da ONU.

Nesse contexto, pela primeira vez o país uma força de paz (2004 no Haiti).

Dois dias depois do acordo nuclear firmado em Teerã, os governos do Brasil e da

Turquia defenderam que as maiores potências mundiais evitem novas punições ao Irã por

insistir no enriquecimento de urânio.

A proposta de novas sanções foi apresentada ontem por Estados Unidos, França, Reino

Unido, Rússia, China e Alemanha.

O esforço do presidente Lula no Irã foi novamente notícia na imprensa internacional. O New

York Times afirmou que o Brasil e a Turquia foram enganados pelos iranianos, como já

aconteceu com outros países.

Segundo o britânico Financial Times, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton,

deu a entender que os dois países foram ingênuos e acabaram sendo usados pelo Irã.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/05/apoio-de-lula-ao-ira-repercute-na-imprensa-

internacional.html. Acesso em 25/10/2013.

Page 5: GOVERNO LULA e DILMA - Prof. Elvis John

5

Em seu governo o Brasil também estreitou laços comerciais com a China, o Japão e a Coréia do Sul.

Também abriu novas oportunidades de negócios com a Rússia e com a União Europeia.

QUADRO RESUMO:

As Realizações do Governo Lula - por Marcos Doniseti.

1) Reduziu a inflação de 12,5% (2002) para 4,3% (2009) ao ano; a taxa média anual de inflação no

governo Lula (6% ao ano) é menos da metade da que tivemos no governo FHC (12,5% ao ano);

2) Aumentou o salário mínimo para o seu maior patamar em 40 anos, com um aumento real de 60%

entre 2003/2010.

3) Reduziu a relação dívida/PIB de 51,3% (2002) para 36% do PIB(2008);

4) Acumulou um superávit comercial de US$ 252 Bilhões (2003/2010);

5) Pagou toda a dívida com o FMI e com o Clube de Paris e o Brasil se tornou credor do FMI, algo

inédito na história do país, para quem emprestou US$ 10 Bilhões; Hoje, a dívida externa líquida é

negativa em US$ 65 bilhões;

6) Reduziu o déficit público nominal de 4% do PIB (2002) para 1,9% do PIB (2008);

7) Ampliou a capacidade de investimentos do Estado; Os investimentos do governo federal e das

estatais para 2009 estão previstos em R$ 90 Bilhões; Em 2010 eles estão programados para chegar a

R$ 119 bilhões;

8) Aumentou as exportações de US$ 60 Bilhões/ano (2002) para US$ 198 bilhões/ano (2008)

acumulando um crescimento de 230% em 6 anos; Em 2010, as exportações deverão superar os US$

200 bilhões, o que acontecerá pela primeira vez na história do Brasil.

9) Aumentou as reservas internacionais líquidas de US$ 16 Bilhões (2002) para US$ 285 Bilhões

(Novembro de 2010);

10) Ampliou o Pronaf de R$ 2,5 Bilhões/ano (2002) para R$ 16 Bilhões/ano (2010);

11) A concentração de renda e as desigualdades sociais diminuíram sensivelmente; o índice de Gini

atingiu o menor patamar da História;

12) Gerou 15 milhões de empregos formais entre 2003/2010;

13) Reduziu o percentual da população brasileira que vive abaixo da linha de pobreza de 28%

(2002) para 19% (2006), segundo o IPEA;

14) Elevou os gastos sociais públicos para 21% do PIB;

15) O BNDES emprestou R$ 137 Bilhões em 2009 para o setor produtivo, contra cerca de R$ 22

Bilhões em 2002;

Page 6: GOVERNO LULA e DILMA - Prof. Elvis John

6

16) Fez o Brasil se tornar credor externo, com um saldo positivo de US$ 65 Bilhões, algo inédito na

História do país;

17) Criou programas sociais inclusivos, de caráter assistencialista, como o Bolsa-Família, ProUni,

Brasil Sorridente, Farmácia Popular, Luz Para Todos, entre outros, que beneficiaram aos pobres e

miseráveis e contribuíram para melhorar a distribuição de renda;

18) Iniciou novas grandes obras de infra-estrutura (rodovias, ferrovias, usinas hidrelétricas, etc)

financiadas tanto com recursos públicos como privados. Exemplos: Usinas do Rio Madeira,

Transnordestina, Ferrovia Norte-Sul, recuperação das rodovias federais, duplicação de milhares de

quilômetros de rodovias;

19) Anulou portaria do governo FHC que proibia a construção de escolas técnicas federais e iniciou

a construção de dezenas de novas unidades e que foram transformadas em Institutos Superiores de

Educação Tecnológica (são 214 novas escolas técnicas federais construídas entre 2003/2010);

20) Criou o Reuni, que iniciou um novo processo de expansão das universidades públicas,

aumentando consideravelmente o número de universidades, de campus e de vagas nas mesmas;

21) Os lucros do setor produtivo cresceram quase 200% no primeiro mandato em relação ao

governo FHC;

22) Fez o Estado voltar a atuar como importante investidor da economia. Exemplos disso: a criação

da Br 0I, que têm 49% do seu capital nas mãos do Estado; a compra e incorporação de bancos

estaduais pelo Banco do Brasil (da Nossa Caixa, do Piauí, Santa Catarina e Espírito Santo) evitando

que fossem privatizados; a participação da Petrobras em 2 grandes petroquímicas nacionais (a

Braskem, com 30% do capital nas mãos da Petrobras; a Ultra, com 40% do capital nas mãos da

Petrobras); o aumento da participação dos bancos públicos (BNDES, CEF, BB, BNB) no

fornecimento de crédito para a economia do país;

23) Elevou o volume de crédito na economia brasileira de cerca de 23% do PIB, em 2002, para 46%

do PIB, em 2010;

24) Criação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que prevê investimentos públicos e

privados de R$ 646 Bilhões entre 2007/2010; até 2013 os investimentos previstos chegam a R$ 1,14

Trilhão;

25) Reduziu a taxa de desemprego de 10,5% (Dezembro de 2002) para 6,8% (Dezembro de 2008);

26) Reduziu os gastos públicos com pagamento de juros da dívida pública para 5,9% do PIB (em

2008),representando uma queda de cerca de 36% quando comparado com o segundo mandato de

FHC.

http://guerrilheirodoentardecer.blogspot.com.br/2009/07/as-principais-realizacoes-do-

governo.html?m=1. Acesso em 25/10/2013.

Page 7: GOVERNO LULA e DILMA - Prof. Elvis John

7

GOVERNO DILMA (2011...)

1. Introdução.

1° de Janeiro – Posse da presidente eleita Dilma Rousseff.

Foi Eleita com 56% dos votos, tornando-se a primeira mulher a assumir a Presidência do

Brasil.

Recebeu em Brasília, a faixa presidencial das mãos de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da

Silva, que deixa o governo após dois mandatos sucessivos.

Convém destacar que Dilma, até então, era pouco conhecida pelo eleitorado brasileiro. A

ex-ministra da Casa Civil do governo Lula derrotou no segundo turno o adversário José

Serra (PSDB), após receber mais de 55 milhões de votos.

2. Características gerais do governo.

Sua eleição foi, de forma inquestionável, uma vitória de Lula.

Contudo, ao longo do seu mandato conseguiu distanciar sua administração da imagem do

ex-presidente.

No campo econômico enfrenta um dos menores índices de crescimento dos últimos anos.

Para o economista Bresses Pereira seu perfil econômico é claramente

NEODESENVOLVIMENTISTA.

2.1 – Economia:

Todos nós sabemos que a gestão do governo Dilma se deu partida em continuidade à gestão

do governo Lula.

Tudo começou com a exoneração de Henrique Meirelles da presidência do Banco Central.

Então, Alexandre Tombini, ex-presidente do BC voltou ao cargo. Guido Mantega continuou no

Ministério da Fazenda.

2. 2 – Inflação:

Mesmo tendo ficado dentro da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional), de 4,5% com

tolerância de dois pontos para cima ou para baixo, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao

Consumidor Amplo) de 2010 (do governo Lula), registrou alta acumulada de 5,91% (o maior desde

2004).

Já em Janeiro de 2011 – que foi o primeiro mês do Governo Dilma, o índice de inflação

registrou taxa de 0,83% mensal e, foi o maior resultado desde Abril de 2005 – que registrou 0,87%,

que levou a taxa acumulada em um ano para 5,99%.

Page 8: GOVERNO LULA e DILMA - Prof. Elvis John

8

O IPCA foi mantido elevado no mês de Março de 2011 com forte pressão e motivação dos

grupos de Transporte e Alimentação. O nível foi de 0,79% - que espelhou a maior taxa para o mês,

desde 2003. O resultado mensal levou a taxa de um ano para 6,30%.

Isso fez com que ficasse um nível bem próximo do teto da meta “perseguida” pelo Banco

Central. Isso gerou dor de cabeça para alguns economistas do mercado financeiro. Logo, tomaram

novas medidas de advertências ao crédito para controlar o aquecimento da economia.

Houve uma desaceleração no mês de Abril para uma taxa de 0,77% (mostra o IBGE). Toda

via, nada impediu que o resultado acumulado em um ano ultrapassasse o teto da meta da inflação.

Atingiu 6,51%. Foi o primeiro rompimento do nível perseguido pelo Banco Central desde o ano de

2005.

2.3 – Taxa de Juros:

O governo Dilma promoveu o aumento da taxa de juros. Essa foi uma medida para evitar que

a inflação chegasse a níveis ruins para cumprir a meta de 2011 – justificada pelo CMN. Houve

então a reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária). A diretoria do Banco Central decidiu

elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual para 11,52% - que representa a maior colocação desde

2009. Depois, os juros foram elevados novamente, após uma segunda reunião do comitê do BC. Só

que dessa vez em 0,50% para 11,75% a cada 12 meses: o maior desde Janeiro de 2009 (12,75%).

Com isso, o Brasil seguiu em um dos postos mais altos nas taxas e juros – no ranking mundial.

Depois, houve mais dois aumentos de 0,25 p.p – fazendo com que a Selic ficasse em 12,50%.

O mercado financeiro levou um baque... Um susto com a diretoria do Banco Central devido

um corte de 0,50 p.p na taxa Selic para 12% ao ano, enquanto economistas em unanimidade

trabalhavam com 12,50%. A desculpa foi que – os países europeus e suas economias tinham fortes

influencias sobre o Brasil. Essa foi a chave para que a oposição caísse em cima, com ‘dois quentes e

três fervendo’.

2.4 – PIB:

Houve crescimento de 1,3 no primeiro trimestre, ‘ante’ o quarto trimestre de 2010 que havia

se expandido para 0,8%. Comparando os dois, houve uma expansão de 4,20%.

2.5 – Salário Mínimo:

No segundo mês de governo o CN aprovou a proposta de aumento do salário mínimo de 510

reais para 545, mesmo com a oposição querendo 560 e 600 reais. O reajuste foi superior a inflação

acumulada de 2010 – quando o INPC foi de 6,47%. Mesmo assim, o povo ‘reclamou’. Especialistas

disseram que se as projeções para o INPC – estivessem confirmadas para o primeiro bimestre, o

salário de 545 reais teria no terceiro mês – poder de compra de 1,3% inferior ao de 2010. Para repor

então a inflação de um ano e dois meses, precisaria aumentar para 552 reais. Foi o primeiro reajuste

anual do mínimo desde 97.

Page 9: GOVERNO LULA e DILMA - Prof. Elvis John

9

2.6 – Cortes no Orçamento:

No segundo mês de 2011, houve um corte de 50 bilhões no orçamento federal – o que

corresponde a 1,2% do PIB. A justificativa foi combater os imprevistos inflacionários – fazendo

então, uma política mais leve para a taxa básica de juros. Segundo Mantega – isso evitaria os efeitos

negativos da crise internacional. Durante as eleições, tanto Dilma quanto Serra negaram que fariam

reajustes desta magnitude.

O programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ recebeu um contentamento de 5 bilhões com o corte

do orçamento, apesar do o Governo afirmar que investimentos sociais, tais como o PAC – seriam

mantidos... Nivelados, contínuos.

2.7. Relações Comerciais com o Exterior:

Em abril de 2011 viajou para a China e realizou ampliação nos negócios com aquele país.

Possibilitou a produção de aeronaves da Embraer em território chinês, além de ganhar aval inédito

para a exportação da carne de suínos, com a habilitação de três unidades frigoríficas. Ao todo foram

assinados mais de 20 acordos comerciais. A Huawei anunciou investimentos de US$ 350 milhões

no Brasil.

Numa rápida visita ao Uruguai em maio de 2011, Dilma e Mujica assinaram acordos

envolvendo nano, TI e biotecnologia. Estabeleceu projetos para a instalação de uma linha de

transmissão de 500 quilowatts entre San Carlos, no Uruguai, e Candiota, no Brasil, além da adoção,

pelo governo uruguaio, do padrão de TV Digital nipo-brasileiro.

# Política Externa

O Governo Dilma começou a gestão da política externa com algumas mudanças de posição

em relação ao governo anterior. Uma delas foi relacionada às questões dos direitos humanos do Irã,

já que no governo anterior o representante do país na ONU se abstinha de votar a favor de sanções.

Dilma deixou claro que estaria disposta a mudar o padrão de votação do Brasil em resoluções que

tratassem das violações aos direitos humanos no país do Oriente Médio.

2.8. Relações com a imprensa:

Nos primeiros meses de governo, Dilma contrariou a vontade de setores do próprio

partido de regular a imprensa e declarou que "a imprensa livre é imprescindível para a democracia".

2.9. Substituições de Ministros:

Casa Civil da Presidência da República: Antônio Palocci por Gleisi Hoffmann em 8

de junho de 2011.

Ministério da Pesca e Aquicultura: Ideli Salvatti por Luiz Sérgio Oliveira em 10 de junho

de 2011

Page 10: GOVERNO LULA e DILMA - Prof. Elvis John

10

Secretaria de Relações Institucionais: Luiz Sérgio Oliveira por Ideli Salvatti em 10 de

junho de 2011

Ministério dos Transportes: Alfredo Nascimento por Paulo Sérgio Passos em 11 de julho

de 2011

Ministério da Defesa: Nelson Jobim por Celso Amorim em 4 de agosto de 2011

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: Wagner Rossi por Mendes Ribeiro

Filho em 18 de agosto de 2011

Ministério do Turismo: Pedro Novais por Gastão Vieira em 14 de setembro de 2011.

http://indoverso.blogspot.com.br/2011/10/resumo-do-governo-de-dilma-rousseff.html.

Acesso em 25/10/2013.

TEXTO COMPLEMENTAR:

Texto postado em 2011 por Adriano Oliveira. Doutor em Ciência Política. Professor da UFPE -

Departamento de Ciência Política. Coordenador do Núcleo de Estudos de Estratégias e Política Eleitoral da UFPE.

Colaborador do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau. Sócio da Contexto Estratégia.

Até o instante, o governo Dilma se caracteriza pelo capitalismo de estado, forte influência

do ex-presidente Lula e nacionalismo exacerbado. Dilma escolheu este caminho. Estas

características estão presentes em razão das suas escolhas.

Não convém realizar juízo de valor quanto às escolhas de Dilma. Porém, é necessário

vislumbrar o que poderá ocorrer no Brasil e no seu governo. O capitalismo de estado se

caracteriza pela forte presença do estado na economia, através de bancos públicos,

protecionismo e retóricas.

O BNDES é o instrumento, e isto desde o governo Lula, do capitalismo de estado. Através

dele, Dilma tenta criar ou fortalecer, supostamente, empresas nacionais. Na defesa intransigente

do mercado produtivo nacional, Dilma esbraveja nacionalismo.

A influência do ex-presidente Lula é nítida. Inclusive na escolha de ministros. Recentemente, após

a saída de Nelson Jobim do ministério da Defesa, Lula indicou (segundo a imprensa) Celso

Amorim. Diversas vezes, Lula opinou publicamente sobre o governo Dilma.

O capitalismo de estado ativo esconde as necessidades do Brasil no âmbito do setor

produtivo. Em vez da ação enérgica do BNDES, por que não reduzir o custo Brasil? Por que não

investir em infraestrutura? A defesa do nacionalismo deve estar presente no âmbito do mercado

Page 11: GOVERNO LULA e DILMA - Prof. Elvis John

11

consumidor. Dilma precisa dar condições para a ampliação do deste mercado. Ressalto que a

economia capitalista exige concorrência e competitividade.

A influência de Lula esconde as boas ações de Dilma. Faz com que ela não tenha identidade junto

ao eleitor. Impossibilita a conquista de capital eleitoral próprio. Dilma faz escolhas, as quais lhe

trarão custos.

http://www.leiaja.com/colunistas/adriano-oliveira?page=11. Acesso em 25/10/2013.

Que a força esteja com você !!!