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Guia de campo de fauna silvestre do município de São Sepé, Rio Grande do Sul, Brasil Aves, Mamíferos, Anfíbios e Répteis Luiz Liberato Costa Corrêa Darliane Evangelho Silva Daiane Maria Melo Pazinato Luciano Moura de Mello

Guia de fauna silvestre do município de São Sepé, Rio Grande do Sul: aves, mamíferos, anfíbios e répteis

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Guia de campo de fauna silvestre do município de

São Sepé, Rio Grande do Sul, Brasil Aves, Mamíferos, Anfíbios e Répteis

Luiz Liberato Costa Corrêa Darliane Evangelho Silva

Daiane Maria Melo Pazinato Luciano Moura de Mello

Guia de campo de fauna silvestre do município de

São Sepé, Rio Grande do Sul, Brasil

Aves, Mamíferos, Anfíbios e Répteis

Luiz Liberato Costa Corrêa Darliane Evangelho Silva

Daiane Maria Melo Pazinato Luciano Moura de Mello

2013

Guia de campo de fauna silvestre do município de

São Sepé, Rio Grande do Sul, Brasil

Aves, Mamíferos, Anfíbios e Répteis

Organização geral: Luiz Liberato Costa Corrêa Capa e projeto gráfico: Luciano Moura de Mello

CORRÊA, Luiz Liberato Costa; SILVA, Darliane Evangelho; PAZINATO, Daiane Maria Melo; MELLO, Luciano Moura de. Guia de fauna silvestre do município de São Sepé, Rio Grande do Sul: aves, mamíferos, anfíbios e répteis. São Sepé, RS, 2013. 128 pág.

Ill.;

ISBN –978-85-65503-68-6 2013

Reprodução proibida: Art 184 do Código Penal Brasileiro e Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1988.

Todos os direitos reservados.

Nota sobre os autores

Luiz Liberato Costa Corrêa – Biólogo, Mestrando em Ambiente e Desenvolvi-mento pela Univates/RS. Atua em estudos e pesquisas relacionadas à ornitolo-gia, mastofauna e herpetofauna. Email de contato: [email protected] Darliane Evangelho Silva – Bióloga, Mestranda em Ambiente e Desenvolvi-mento pela Univates/RS. Atua em estudos e pesquisas relacionadas à acarolo-gia, ornitologia e mastofauna. Email de contato: [email protected] Daiane Maria Melo Pazinato – Bióloga, cursando especialização em Educação Ambiental pela UFSM/RS. Atua em estudos e pesquisas relacionadas à herpeto-fauna. Email de contato: [email protected] Luciano Moura de Mello – Biólogo, Especialista em Ecologia, Mestre em Tec-nologia de Sementes e Doutorando em Tecnologia de Sementes pela UFPel/RS. Atua em estudos e pesquisas relacionadas à botânica (ecologia e sementes de espécies florestais), ornitologia, mastofauna e herpetofauna. Email de contato: [email protected]

Agradecimentos

Agradecemos a Uilson Donalo Borba Modernel, Felipe Peters, Renato Grimm, Bernadete Casanova, Rafael Balestrin, Stefan Vilges de Oliveira e André Luis da Rosa Seixas pela cedência de algumas fotos que ilustram este guia em especial a André Luis da Rosa Seixas, pelo empréstimo de material digital (Armadilha fotográfica). Somos gratos a Dra. Lize Helena Cappellari pela revisão técnica e científica e a e ao professor de Língua Portuguesa e Especialista em Interdisci-plinaridade, Sérgio Roberto Trindade Machado por dicas e sugestões gramati-cais na redação do livro.

SUMÁRIO

Apresentação 06

Introdução 07

1. Aspectos sobre a conservação natural 10

2. Aves 14

3. Mamíferos 56

4. Anfíbios 74

5. Répteis 92

Aspectos gerais sobre o comportamento

e acidentes com ofídios 108

Listas de diversidade 110

Referências 121

6

APRESENTAÇÃO

Guias de campo elaborados sobre vertebrados silvestres

são de extrema importância como recurso didático no reconhe-

cimento das espécies em uma determinada localidade ou região.

O estudo direcionado à fauna, caracterizado pelo conhe-

cimento da biologia, ecologia e identificação das espécies, é feito

através de pesquisas qualitativas e quantitativas, através dos

quais busca-se atingir o objetivo principal deste esforço: a con-

servação das espécies e dos ambientes em que vivem.

O principal objetivo desse guia é facilitar a identificação

preliminar em algumas espécies de aves, anfíbios, mamíferos e

répteis encontrados no Município de São Sepé, e disponibilizar

alguns detalhes gerais sobre esses grupos, como proposta de

educação ambiental.

INTRODUÇÃO

O município de São Sepé está inserido na região central

no estado do Rio Grande do Sul (S 30º 10’ 12” W 53º 34’ 42”)

(BRASIL, 1973), no Bioma Pampa, com uma área territorial de

2.200,692 km² (IBGE, 2010).

Caracteriza-se por apresentar como formação caracterís-

tica a de campos e matas ciliares, numa zona de transição entre

as florestas estacionais ao norte e campos abertos ao sul (IBGE,

2004), apresentando vegetação natural em diferentes estágios de

sucessão (RAMBO, 1956).

O município apresenta relevo levemente ondulado e cli-

ma temperado, com temperatura média anual de 18,7°C, e preci-

pitação média anual de 1.648 mm. Podem ocorrer chuvas torren-

ciais de 182 mm em 24 horas e geadas de abril a novembro. Os

períodos mais secos estão entre os meses de novembro a janeiro

(BRASIL, 1973). De acordo com Rambo (1956), a região central é

considerada a menor de todas as regiões naturais do estado, mas

encontra-se muito alterada pela utilização e ocupação humana

(BELTON, 1994).

7

Em São Sepé as atividades rurais são basicamente regidas

pela pecuária e plantio de arroz e soja, mas, atualmente a silvi-

cultura despertou interesse na região onde grandes áreas foram

destinadas ao cultivo de Eucalyptus sp., o que constitui um fator

preocupante em termos de conservação da fauna silvestre local

em função da significativa mudança da fisionomia dos ambientes.

Também é preocupante o impacto da caça sobre as popu-

lações de animais silvestres no município. Em algumas áreas

aleatórias que foram visitadas para coleta de dados e de acordo

com comentários de moradores locais ainda é constatada essa

prática. A caça na região é principalmente praticada contra per-

dizes, marrecas, capivaras, tatus e contra alguns animais amea-

çados de extinção como: paca, cutia e veados.

Alguns estudos faunísticos em São Sepé ainda são recen-

tes e carecem de informações sobre a ocorrência, distribuição e

identificação das espécies. As grandes lacunas existentes na pes-

quisa e a realização de trabalhos de maior prazo e que envolvam

aspectos da dinâmica populacional no município, deste modo é

importante ampliar o conhecimento da fauna local como propos-

ta de educação ambiental à população, buscando um entendi-

mento e conhecimento entre homem e natureza.

O presente guia tem por finalidade apresentar alguns

dados gerais sobre a biologia e ecologia de espécies de vertebra-

8

dos de ocorrência no município bem como contribuir com regis-

tros fotográficos sobre aves, mamíferos, anfíbios e répteis encon-

trados no município de São Sepé, facilitando a identificação a

campo destes animais.

9

1. ASPECTOS SOBRE A CONSERVAÇÃO NATURAL

A cada dia a população do planeta aumenta mais. Um

número crescente de pessoas necessita de mais recursos natu-

rais para viver, incluindo alimento, combustível, roupas, ferra-

mentas e máquinas. Como esses recursos são extraídos direta-

mente do meio ambiente natural, rapidamente mais dessas áreas

são destruídas para suprir as necessidades humanas (ANDRADE,

1997b).

A perda da biodiversidade, cuja face mais cruel é a extin-

ção de espécies, se configura como um dos problemas ambientais

mais dramáticos deste século, podendo ser considerado um pro-

blema ético do homem, como agente capaz de maiores e mais

significativas alterações na natureza. Como resultados da ação

humana, nas últimas quatro décadas já foram extintas mais de

450 espécies de animais silvestres no mundo (MARQUES et al.,

2002).

A fauna silvestre brasileira vêm sendo constantemente

ameaçada pelos desmatamentos e consequentemente com a frag-

mentação de florestas causando a perda de habitats, com as con-

10

sequentes restrições ao tamanho populacional necessário para a

sua manutenção e o isolamento destas populações.

No Brasil concentra-se a maior biodiversidade do planeta

e ainda assim vivemos diversos problemas ambientais que po-

tencialmente podem estar levando muitas espécies à extinção

(PRIMACK & RODRIGUES, 2001; FONTANA et al., 2003).

Entretanto, com o desenvolvimento científico-biológico,

especialmente dos estudos sobre a composição e as condições do

meio ambiente vêm sendo amplamente considerados, visando

assegurar a continuidade e dignidade da vida a um longo prazo

(JACOBI, 2003). Nesse contexto, a necessidade de conservação

dos ambientes regionais e dos seres vivos que os compõe, tem

despertado grande atenção da sociedade como alternativa às

perdas da biodiversidade, especialmente porque podem oportu-

nizar medidas de gestão aplicadas a tempo de evitarem-se danos

ecossistêmicos. A conservação destes ambientes regionais, assim,

tem sido considerado um tema prioritário nas agendas políticas

nacionais e internacionais, pela maioria dos países desenvolvi-

dos, ampliando cada vez mais o reconhecimento do valor intrín-

seco da diversidade biológica e do seu papel na manutenção dos

sistemas necessários à vida (MARQUES et al., 2002).

No estado do Rio Grande do Sul, o Bioma Pampa abrange

cerca de 176.000 km², equivalendo a 63% do território gaúcho e

a 2,1% do território nacional (COLLARES, 2006) e tem sido pro-

11

fundamente modificado pelas atividades humanas (pastoreio

excessivo, caça, poluição, queimadas, invasão de espécies exóti-

cas e conversão em áreas agricultáveis), restando muitas vezes

apenas pequenos remanescentes em uma paisagem predominan-

temente agrícola (PORTO, 2002; BENCKE, 2003).

No estado são conhecidas 261 espécies da fauna silvestre

já classificadas como efetivamente ameaçadas de extinção entre

aves, anfíbios, mamíferos, répteis, peixes, insetos, crustáceos,

moluscos e esponjas (MARQUES et al., 2002), no qual aves repre-

senta o maior grupo em ameaça (BENCKE et al., 2003).

São necessários estudos de conservação, baseados em

dados técnicos de pesquisa e aliados a uma análise criteriosa

sobre a fauna, buscando-se inicialmente, inventariar as espécies

que ocorrem em determinado local e posteriormente (ou parale-

lamente), baseado nestas listas de diversidade recolher informa-

ções sobre a biologia e ecologia (relações ecológicas) das espé-

cies, bem como as suas estimativas populacionais. Essas práticas

de pesquisa, assim, podem gerar propostas conservacionistas

realmente efetivas (HEYER et al., 1999; PRIMACK & RODRIGUES,

2001).

Precisamos conhecer a biodiversidade existente, identifi-

car os principais fatores que as ameaçam e estabelecer priorida-

des de ação (FONTANA et al., 2003) e posteriormente avançar

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desta etapa meramente exploratória (mas fundamental) para

uma etapa de ações de gestão política dos ambientes.

No município de São Sepé nos deparamos diariamente

com situações ambientais que provocam o declínio ou afugentam

as populações silvestres locais através da fragmentação dos habi-

tats pelas ações urbanas e rurais, desmatamento, poluição, ativi-

dades agropastoris, pressão da caça predatória e a forte desca-

racterização das florestas nativas.

A efetividade das ações de conservação da natureza de-

pende da capacidade de organização social e requer que a dis-

cussão do tema ambiental atinja o Poder Público, a universidade,

as escolas, organizações e entidades locais. Estes agentes sociais,

entretanto, devem agir de forma integrada, sempre se apoiando

em orientações de técnicos, biólogos, ecólogos, conservacionistas

e sempre que possível abordar o tema biodiversidade, conside-

rando-o em projetos sociais, na administração pública e no pla-

nejamento.

Conforme Freitas & Silva (2005a), é necessária a criação

de projetos específicos voltados para crianças, estudantes de

todos os níveis na comunidade em geral, onde possam ser dedi-

cadas ações educativas, criando uma mentalidade conservacio-

nista que permita a todos entender a verdadeira utilidade dos

animais para a manutenção dos ecossistemas naturais.

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2. AVES

As aves são vertebrados endotérmicos (animais que pos-

suem mecanismos internos para o controle da temperatura cor-

pórea), encontradas em quase todas as paisagens naturais e arti-

ficiais do planeta. Possuem o corpo coberto de penas (o que as

caracteriza entre os animais), grande parte delas com os mem-

bros anteriores transformados em asas adaptados para o voo

(SICK, 1997; BENCKE et al., 2003; ARES, 2007). Somente não

podem ser encontradas no interior do continente antártico e em

águas profundas (BENCKE et al., 2003).

Do ponto de vista da classificação dos organismos vivos,

as aves evoluíram de um grupo de répteis na mesma linhagem

dos dinossauros bípedes que possuíam plumas (ARES, 2007).

A característica mais marcante e distintiva das aves são

as penas, estruturas que as diferenciam de qualquer outro grupo,

que oferecem excelente proteção contra o frio e o calor, regulan-

do a sua temperatura, além de servir de camuflagem, sinalização,

reconhecimento específico e atração na hora do acasalamento.

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São animais ovíparos (colocam ovos), o que é uma grande vanta-

gem para essa espécie, pois não precisam carregar os seus filho-

tes. Outra característica importante é a visão e audição extre-

mamente apuradas e seus belos cantos melodiosos (ANDRADE,

1997a; BENCKE et al., 2003).

Existem aproximadamente cerca de 10.000 diferentes

espécies de aves no mundo (BENCKE, et al., 2003). Mais de 3.000

espécies são encontradas somente no Continente Americano

(ANDRADE, 1997a). No Brasil a diversidade de ecossistemas, da

Amazônia até os Pampas (SICK, 1997), promove a grande rique-

za de espécies. No país já podem ser catalogadas 1.832 espécies

(CBRO, 2011), sendo que as aves brasileiras estão entre as mais

exuberantes do mundo, o que faz com que o Brasil seja conside-

rado o terceiro país no mundo em número de espécies de aves

(ANDRADE, 1997a).

O Rio Grande do Sul é o estado mais austral do Brasil,

com o clima variando de subtropical a temperado. Ocupa uma

zona de transição entre os Biomas Pampa e Mata Atlântica e faz

limites com a Argentina, Uruguai e Oceano Atlântico (BELTON,

1994).

No Rio Grande do Sul são conhecidas atualmente 661 es-

pécies (BENCKE et al., 2010), entretanto, o conhecimento avifau-

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nístico no estado ainda se encontra, em sua maior parte, em fase

exploratória e descritiva (BENCKE, 2001).

No Rio Grande do Sul, devido ao número considerável de

aves, são alarmantes os processos relacionados à fragmentação

de habitats, desmatamentos, poluição e caça que estão levando a

um declínio considerável desse grupo nas categorias de ameaça-

das ou até já extintas a nível regional (BENCKE, et al., 2003).

Em São Sepé são registradas 218 espécies de aves (COR-

RÊA et. al., 2012; CORRÊA & SILVA, 2012), no entanto, é impor-

tante disponibilizar estas informações de maneira prática à po-

pulação em geral, entidades e escolas para que efetivamente gere

a mudança de hábitos e contribua com a cultura da conservação,

que tanto desejamos.

No município são encontradas aves comuns e am-

plamente distribuídas, como o João-de-barro, Cardeal, Par-

dal, Pombas entre outras. No entanto, espécies ameaçadas

de extinção também são registradas: Papagaio-charão

(Amazona pretrei), Tucanuçu (Ramphastos toco), Pica-pau-

de-banda-branca (Drycopus lineatus), Pato-do-mato (Cairi-

na moschata), Coleiro-do-brejo (Sporophila collaris), Ui-pí

(Synallaxis albescens) e a recente redescoberta da ave flo-

restal que era considerada extinta no Rio Grande do Sul a

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mais de três décadas, conhecida popularmente como Jaó-

do-sul ou Jaó-do-litoral (Crypturellus noctivagus), conforme

Corrêa et. al. (2010), evidenciando a necessidade de que

medidas conservacionistas sejam adotadas na região.

A seguir são apresentados alguns registros fotográfi-

cos de aves que ocorrem em São Sepé, com o intuito de faci-

litar a identificação em campo destas espécies.

Para a nomenclatura seguimos conforme o Comitê

de Ornitologia Brasileiro (CBRO, 2011).

Ema. Rhea americana. Foto: Darliane Silva.

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Tachã. Chauna torquata, em vôo. Foto: Luiz Corrêa.

Jaó-do-sul. Crypturellus noctivagus. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Luiz Corrêa.

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Jacuaçu. Penelope obscura. Foto: Luiz Corrêa.

Irerê. Dendrocygna viduata. Foto: Luiz Corrêa.

19

Pé-vermelho. Amazonetta brasiliensis. Foto: Luiz Corrêa.

Marreca-pardinha. Anas flavirostris. Foto: Luiz Corrêa.

20

Maguari. Ciconia maguari. Foto: Luiz Corrêa.

Cabeça-seca. Mycteria americana. Foto: Luiz Corrêa.

21

Curicaca. Theristicus caudatus. Foto: Luiz Corrêa.

Tapicuru-de-cara-pelada. Phimosus infuscatus. Foto: Darliane Silva.

22

Caraúna-de-cara-branca. Plegadis chihi. Foto: Luiz Corrêa.

Socó-boi. Tigrisoma lineatum. Foto: Luiz Corrêa.

23

Garça-vaqueira. Bubulcus ibis. Foto: Luiz Corrêa.

Garça-branca-grande. Ardea alba. Foto: Luiz Corrêa.

24

Savacu. Nycticorax nycticorax. Foto: Luciano Mello.

Urubu-de-cabeça-preta. Coragyps atratus. Foto: Luiz Corrêa.

25

Urubu-de-cabeça-preta. Coragyps atratus, jovem. Foto: Luciano Mello.

Caracará. Caracara plancus. Foto: Luiz Corrêa.

26

Chimango. Milvago chimango. Foto: Darliane Silva.

Saracura-do-banhado. Pardirallus sanguinolentus. Foto: Luiz Corrêa.

27

Saracura-carijó. Pardirallus maculatus. Foto: Darliane Silva.

Quero-quero. Vanellus chilensis. Foto: Luiz Corrêa.

28

Narceja. Gallinago paraguaiae. Foto: Luiz Corrêa.

Pomba-de-bando. Zenaida auriculata. Foto: Luiz Corrêa.

29

Papagaio-charão. Amazona pretrei. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Darliane Silva.

Tiriba-de-testa-vermelha. Pyrrhura frontalis. Foto: Luiz Corrêa.

30

Caburé. Glaucidium brasilianum. Foto: Luiz Corrêa.

Jacurutu. Bubo virginianus. Foto: Luiz Corrêa.

31

Corujinha-do-mato. Megascops choliba. Foto: Luiz Corrêa.

Coruja-buraqueira. Athene cunicularia. Casal. Foto: Luiz Corrêa.

32

Urutaú. Nyctibius griseus. Foto: Luiz Corrêa.

Bacurau-tesoura. Hydropsalis torquata. Foto: Luiz Corrêa.

33

Pica-pau-anão-carijó. Picumnus nebulosus. Foto: Luiz Corrêa.

Picapauzinho-verde-carijó. Veniliornis spilogaster. Foto: Luiz Corrêa.

34

Pica-pau-de-banda-branca. Drycopus lineatus. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Luiz Corrêa.

Pica-pau-do-campo. Colaptes campestris. Foto: Luiz Corrêa.

35

Surucuá-variado. Trogon surrucura. Foto: Luiz Corrêa.

Anu-preto. Crotophaga ani. Foto: André Seixas.

36

Arapaçu-grande. Dendrocolaptes platyrostris. Foto: Luiz Corrêa.

Curutié. Certhiaxis cinnamomeus. Foto: Luiz Corrêa.

37

Trepador-quiete. Syndactyla rufosuperciliata. Foto: Darliane Silva.

João-de-barro. Furnarius rufus. Foto: Darliane Silva.

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João-de-barro. Furnarius rufus. Foto: Luciano Mello.

Bico-chato-de-orelha-preta. Tolmomyias sulphurescens. Foto: Luiz Corrêa.

39

Viuvinha-de-óculos. Hymenops perspicillatus. Macho. Foto: Luiz Corrêa.

Viuvinha-de-óculos. Hymenops perspicillatus. Femêa. Foto: Luiz Corrêa.

40

Bem-te-vi. Pitangus sulphuratus. Casal. Foto: Luiz Corrêa.

Suiriri. Tyrannus melancholicus. Foto: Luiz Corrêa.

41

Patinho. Platyrinchus mystaceus. Foto: Luiz Corrêa.

Gralha-picaça. Cyanocorax chrysops. Foto: Luiz Corrêa.

42

Balança-rabo-de-máscara. Polioptila dumicola. Macho.Foto: Luiz Corrêa.

Sabiá-laranjeira. Turdus rufiventris. Foto: Luiz Corrêa.

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Sabiá-coleira. Turdus albicollis. Foto: Renato Grimm.

Sabiá-do-campo. Mimus saturninus. Foto: Luiz Corrêa.

44

Calhandra-três-rabos. Mimus triurus. Foto: Renato Grimm.

Bico-duro. Saltator aurantiirostris. Foto: Luiz Corrêa.

45

Trinca-ferro-verdadeiro. Saltator similis. Foto: Luiz Corrêa.

Trinca-ferro-verdadeiro. Saltator similis. Foto: Luciano Mello.

46

Pitiguari. Cyclarhis gujanensis. Foto. Luciano Mello.

Tico-tico-rei. Lanio cucullatus. Foto: Luiz Corrêa.

47

Tico-tico. Zonotrichia capensis. Foto: Luiz Corrêa.

Tico-tico-do-campo. Ammodramus humeralis. Foto: Luiz Corrêa.

48

Coleiro-do-brejo. Sporophila collaris. Macho. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Luiz Corrêa.

Saíra-preciosa. Tangara preciosa. Foto: Luiz Corrêa.

49

Saíra-preciosa. Tangara preciosa. Fotos: Luciano Mello.

Sanhaço-cinzento. Thraupis sayaca. Foto: Luciano Mello.

50

Sanhaço-papa-laranja. Pipraeidea bonariensis. Macho. Foto: Luciano Mello.

Sanhaço-papa-laranja. Pipraeidea bonariensis. Fêmea. Foto: Luciano Mello.

51

Azulão. Cyanoloxia brissonii. Macho. Foto: Luiz Corrêa.

Pia-cobra. Geothlypis aequinoctialis. Macho. Foto: Luiz Corrêa.

52

Pula-pula-assobiador. Basileuterus leucoblepharus. Foto: Luiz Corrêa.

Fim-fim. Euphonia chlorotica. Macho. Foto: Luiz Corrêa.

53

Policia-inglesa-do-sul. Sturnella superciliaris. Macho. Foto: Luiz Corrêa.

Asa-de-telha. Agelaioides badius. Foto: Luiz Corrêa.

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À Esquerda: ovos de Tico-tico Zonotrichia capensis (manchados) com um ovo de Vira-bosta Molothrus bonariensis (branco) em um ninho no chão. À direita: ovos de Codorna-amarela (ou Perdiz, RS) Nothura ma-culosa, em um ninho no chão, em área campestre. Fotos: Luciano Mello.

Poste contendo fezes de aves: a diversidade de sementes dispersadas pelas aves denota parte do papel funcional destes animais na natureza como agentes de multiplicação de florestas. Fotos: Luciano Mello.

55

3. MAMÍFEROS

No reino animal, os mamíferos constituem ao lado das

aves o grupo dos animais de sangue quente, o que, pela regulação

da temperatura pode lhes conferir ampla distribuição geográfica.

Entretanto, sua maior diversidade pode ser encontrada nas zo-

nas tropicais. Possuem o corpo geralmente recoberto com pelos

e as fêmeas são providas de glândulas mamárias desenvolvidas.

Apresentam grande variação em sua anatomia, biologia, ecologia,

comportamento e ampla variação em tamanho e formas, com

adaptações para correr, saltar, escavar, nadar, mergulhar, escalar

e alguns voar (TIRIRA,1999; FREITAS & SILVA, 2005b; REIS et

al., 2011).

Estudos relacionados com esse grupo são importantes

não só porque contribuem para o conhecimento das espécies

mas também por que auxiliam a adicionar dados sobre habitats

de ocupação e sua preservação, possibilitando ainda estudos

ecológicos comparativos entre diferentes regiões. Os mamíferos

possuem a importante função ecológica de manter o equilíbrio

de uma floresta, ocupando diversas posições nas redes tróficas e,

em contra partida, sofrem uma crescente ameaça à sua existên-

56

cia, o que mostra a necessidade de conservação do grupo, bem

como dos ecossistemas que habitam (ALMEIDA et al., 2008) a fim

de garantir a estabilidade dinâmica dos ambientes.

No globo terrestre são conhecidas cerca de 5.100 espé-

cies desse grupo distribuídas nos mais diversos habitats e ecos-

sistemas com adaptação específica para cada espécie (ACHAVAL

et al., 2007).

O Brasil é considerado um dos países com a maior diver-

sidade em espécies desse grupo no mundo (REIS et al., 2011)

com 701 espécies já registradas (PLAGIA et al., 2012), no entan-

to, conforme a intensificação dos levantamentos de campo existe

a tendência de que novos registros ocorram (REIS et al., 2011).

A mastofauna do Rio Grande do Sul é expressiva, graças a

sua posição fisiográfica (SILVA, 1994), com cerca de 170 espécies

já conhecidas para o estado (GONZÁLEZ & MARIN, 2004). Pes-

quisas com algumas espécies de mamíferos podem se tornar

complexas, quando se tem por objetivo estimar tamanho de po-

pulações pelo fato de muitas espécies gruparem características

como hábitos noturnos e grandes áreas de vida, o que dificultam

a observação em ambiente natural. Nestes casos tornam-se ne-

cessárias técnicas e métodos específicos e diferenciados para

esses estudos (SILVA, 1994; SCOSS et al., 2004).

57

Em São Sepé, de acordo em Corrêa et al. (2009), Silva et

al. (2009) e Silva et al. (2011), são apresentados alguns registros

das espécies de mamíferos de médio e grande porte. Entretanto,

é necessário a continuidade dos estudos e pesquisas mastológi-

cas na região, visando, no futuro, uma listagem completa das

espécies, especialmente incorporando os grupos a respeito dos

quais a coleta de informações possa ser mais dificultada, como os

mamíferos de médio e grande porte, inventários de morcegos, e

em especial pequenos roedores.

Algumas espécies como capivaras e ratões-do-banhado

são conhecidas da população local (muitas vezes caçados) e fa-

cilmente observadas em banhados e açudes na região, já espécies

como gatos-do-mato e outros felinos são raramente visualizados.

A pressão da caça é relativamente forte na região ainda, e segun-

do relatos é constatada a prática da caça amadora onde buscam

principalmente pacas, tatus, veados entre outras.

Em algumas visitas em áreas aleatórias no município de

São Sepé, foram relatadas a presença de avistamento por mora-

dores da área rural de possíveis dois felinos: a Jaguatirica (Leo-

pardus pardalis) e o Puma (Puma concolor), também a possível

presença do canídeo Lobo-guará (Chrsosyon brachyurus). É im-

portante salientar que essas três espécies são consideradas ame-

açadas de extinção no RS. É bem provável que estas espécies

possam ocorrer na região no entorno das matas ciliares do Rio

58

São Sepé e Vacacaí, mas, até o presente momento, não foi apre-

sentada nenhuma evidência comprobatória destes animais, como

registros fotográficos para confirmar suas presenças na região

de São Sepé.

A seguir, são apresentados os registros fotográficos de al-

guns mamíferos de médio e grande porte que ocorrem em São

Sepé, para apoiar a identificação preliminar a campo.

Para a nomenclatura das espécies de mamíferos silvestre

seguimos o proposto por Plagia et al. (2012). Sendo somente

uma espécie, a Lebre-européia (Lepus europaeus), por ser consi-

derada exótica no estado e já daptada a região, segundo Silva

(1994).

Modelo de armadilha fotográfica utilizada para os registros de fauna. Foto: Luciano Mello.

59

Gambá-de-orelha-branca. Didelphis albiventris. Foto: Luiz Corrêa (armadilha fotográfica).

Tatu-peludo. Euphractus sexcinctus. Foto: Darliane Silva.

60

Tatu-mulita. Dasypus hybridus. Foto: Luiz Corrêa.

Tamanduá-mirim. Tamandua tetradactyla. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Felipe Peters.

61

Bugio-ruivo. Alouatta guariba. Macho. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Luiz Corrêa.

Lebre-européia. Lepus europaeus. Foto: Darliane Silva.

62

Lebre-européia. Lepus europaeus. Foto: Darliane Silva.

Graxaim-do-campo. Lycalopes gymnocercus. Foto: Luiz Corrêa.

63

Graxaim-do-mato. Cerdocyon thous. Foto: Luiz Corrêa.

Gato-maracajá. Leopardus wiedii. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Luiz Corrêa.

64

Gato-maracajá. Leopardus wiedii. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Luiz Corrêa (armadilha fotográfica).

Gato-maracajá. Leopardus wiedii. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Luiz Corrêa.

65

Gato-palheiro. Leopardus braccatus. Exemplar encontrado atropelado na Br-392. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Luiz Corrêa.

Gato-do-mato-grande. Leopardus geoffroyi. Exemplar encontrado atropelado na Br-392. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Luiz Corrêa.

66

Gato-do-mato-grande. Leopardus geoffroyi. Foto: Luiz Corrêa (armadilha fotográfica).

Quati. Nasua nasua. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Luiz Corrêa.

67

Mão-pelada. Procyon cancrivorus. Foto: Luiz Corrêa (armadilha fotográfica).

Paca. Cuniculus paca. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Luiz Corrêa (armadilha fotográfica).

68

Ouriço. Sphiggurus villosus. Foto: Felipe Peters.

Veado-catingueiro. Mazama gouazoubira. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Luiz Corrêa (armadilha fotográfica).

69

Cutia. Dasyprocta azarae. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Luiz Corrêa (armadilha fotográfica).

Capivara. Hydrochoerus Hydrochaeris. Foto: Luiz Corrêa (armadilha fotográfica).

70

Ratão-do-banhado. Myocastor coypus. Foto: Luiz Corrêa.

Lontra. Lontra longicaudis. Espécie considerada ameaçada de extinção no RS. Foto: Felipe Peters.

71

Furão. Calictis cuja. Exemplar encontrado atropelado na BR-392. Foto: Darliane Silva.

Morcego-de-cauda-livre. Molossus molossus. Foto: Luiz Corrêa.

72

Morcego-vampiro. Desmodus rotundus. Foto: Stefan Oliveira.

Morcego-vampiro. Desmodus rotundus. Foto: Stefan Oliveira.

73

4. ANFÍBIOS

Os componentes desta classe de vertebrados são as sala-

mandras, da ordem Caudata, as cobras-cegas, da ordem

Gymnophiona e os chamados anuros (sapos, rãs e pererecas), da

ordem Anura (LOEBMANN, 2005).

Os anfíbios são vertebrados que, em sua maioria, iniciam

sua vida na água e depois passam a viver na terra, devido a esta

característica, recebem o nome que tem origem no grego e signi-

fica “vida dupla” (anfi: duas e bio: vida) (MARÇAL et al., 2011).

No globo são conhecidas cerca de 7.044 espécies de anfíbios,

sendo que a ordem anura é a mais representativa com 6.200 es-

pécies (FROST, 2013).

O fato da diversidade faunística no Brasil ser considerada

uma das maiores do planeta já foi abordado. Entretanto, no caso

dos anfíbios, o Brasil ocupa destacadamente a primeira coloca-

ção na relação de países com maior riqueza de espécies, estando

esta classe representada por aproximadamente 946 espécies,

distribuídas em três ordens: 913 Anuros, um Caudata e 32

Gymnophionas (SBH, 2012).

74

Os anfíbios anuros são popularmente conhecidos como

sapos, rãs e pererecas. O termo “sapo” é aplicado às espécies de

hábitos mais terrícolas, que apresentam pele bastante rugosa,

geralmente com glândulas paratóides presentes. Possuem foci-

nho achatado e patas traseiras curtas, o que lhes confere um há-

bito mais “caminhador” do que “saltador”. O termo “rã” já é apli-

cado a uma grande variedade de espécies que apresentam a pele

pouco rugosa ou lisa, ausência de glândulas paratóides, focinho

mais acuminado, patas traseiras longas e que se locomovem por

saltos. Já as “pererecas” têm hábito escalador, apresentam discos

adesivos na ponta dos dígitos, geralmente têm patas traseiras

compridas e delgadas, focinho achatado e pele lisa e sem glându-

las (BORGES-MARTINS et al., 2007).

Os anuros reproduzem-se em ambientes aquáticos (lagos,

poças, riachos) e também em micro-ambientes que possam ar-

mazenar água, como axilas de bromélias e ocos de árvores. Al-

gumas espécies apresentam reprodução terrestre, contudo, esco-

lhendo locais úmidos como buracos no solo e debaixo de troncos

caídos (BERNARDE, 2006).

Alimentam-se principalmente de artrópodes e, portanto

são importantes reguladores populacionais deste grupo de ani-

mais, muitos destes considerados pragas pelo homem.

75

Graças à combinação de características morfológicas, fi-

siológicas, ciclo de vida com estágios aquáticos e terrestres, ca-

pacidade de dispersão limitada e padrões de distribuição geográ-

fica e/ou área de vida restrita, os anfíbios são um grupo extre-

mamente suscetível às alterações ambientais. Por esses motivos

são potenciais indicadores da qualidade ambiental e têm sido

utilizados em estudos sobre os efeitos de alterações ambientais

provocadas pelo homem (BORGES-MARTINS et al., 2007) e devi-

do à degradação ambiental, poluição, aquecimento global e ou-

tros fatores, populações de anfíbios estão declinando em todo o

mundo.

Muitas espécies estão sendo descritas face aos estudos

que vem sendo realizados na área da herpetologia, o que com-

prova a necessidade e a relevância dos estudos herpetofaunísti-

cos.

No município de São Sepé é recente os estudos com esse

grupo sendo apenas um trabalho disponibilizado por Pazinato et

al. (2011a).

Abaixo são apresentados registros fotográficos de alguns

anfíbios que ocorrem em São Sepé, para apoiar a identificação

em campo destas espécies.

Para a nomenclatura das espécies seguimos conforme o

proposto por Segalla et al. (2012).

76

Sapo-cururú-grande. Rhinella schneideri. Foto: Luiz Corrêa.

Sapo-cururú-grande. Rhinella schneideri. Foto: Luciano Mello.

77

Sapo-da-enchente. Odontophrynus americanus. Foto: Daiane Pazinato.

Sapo-da-enchente. Odontophrynus americanus. Foto: Uilson Modernel.

78

Rãzinha-da-lagoa. Psedopaludicula falcipes. Foto: Daiane Pazinato.

Rã-boiadora. Pseudis minuta. Foto: Daiane Pazinato.

79

Rã-boiadora. Pseudis minuta. Foto: Luiz Corrêa.

Rã-boiadora. Pseudis minuta. Foto: Luciano Mello.

80

Rã-cachorro. Physalaemus cuvieri. Foto: Daiane Pazinato.

Rã-cachorro. Physalaemus cuvieri. Foto: Luiz Corrêa.

81

Perereca. Dendropsophus sanborni. Foto: Luiz Corrêa.

Perereca. Dendropsophus sanborni. Foto: Luiz Corrêa.

82

Perereca-rajada. Dendropsophus minutus. Foto: Luiz Corrêa.

Perereca-rajada. Dendropsophus minutus. Foto: Luiz Corrêa.

83

Perereca-de-banheiro. Scinax fuscovarius. Foto: Luiz Corrêa.

Perereca-de-banheiro. Scinax fuscovarius. Foto: Luiz Corrêa.

84

Rã-de-barriga-amarela. Elachistocleis bicolor. Foto: Luiz Corrêa.

Perereca-do-banhado. Hypsiboas pulchellus. Foto: Luiz Corrêa.

85

Perereca-do-banhado. Hypsiboas pulchellus. Foto: Daiane Pazinato.

Perereca-do-banhado. Hypsiboas pulchellus. Foto: Luiz Corrêa.

86

Perereca-do-banhado. Hypsiboas pulchellus. Foto: Luiz Corrêa.

Perereca-do-banhado. Hypsiboas pulchellus. Foto: Luiz Corrêa.

87

Perereca-do-banhado. Hypsiboas pulchellus. Foto: Luiz Corrêa.

Perereca-nariguda. Scinax squalirostris. Foto: Luiz Corrêa.

88

Perereca-nariguda. Scinax squalirostris. Foto: Luiz Corrêa.

Rã. Leptodactylus latinasus. Foto: Luiz Corrêa.

89

Rã. Leptodactylus latinasus. Foto: Luiz Corrêa.

Rã-de-linha-branca. Leptodactylus chaquensis. Foto: Daiane Pazinato.

90

Rã-manteiga. Leptodactylus latrans. Foto: Luciano Mello.

Rã-assobiadora. Leptodactylus fuscus. Foto: Luiz Corrêa.

91

5. RÉPTEIS

Os répteis representam um estágio decisivo na evolução,

tendo sido os “donos” do planeta na Era Secundária (Mesozóica)

dominando os mares, solo e ar (LEMA, 2002). Compreendem um

grupo bem diversificado de animais, com distribuição em varia-

dos habitats do planeta, inclusive em regiões áridas.

A classe Reptilia é representada atualmente por quatro

ordens: Testudines (cágados, jabutis e tartarugas), Squamata

(anfisbênios, cobras e lagartos) Crocodylia (crocodilos e jacarés)

e Sphenodontia (tuataras) (BERNARDE & MACHADO, 2006).

Foram os primeiros vertebrados bem adaptados à vida

terrestre, ao contrário dos anfíbios que ainda dependem do meio

aquático para reproduzir-se.

Os répteis são independentes da água porque seus ovos

possuem casca, evitando a perda de água (QUINTELA & LOEB-

MANN, 2009). A pele desses animais é seca e desprovida de

glândulas, sendo constituída de escamas nas cobras e lagartos, de

92

placas córneas nos crocodilos e jacarés e de carapaças nas tarta-

rugas (MARÇAL et al., 2011).

Muitos répteis possuem patas curtas e por isso, parecem

rastejar quando andam, é o caso das tartarugas, jacarés e lagar-

tos, já as serpentes por não terem patas, realmente rastejam.

A ectotermia é uma característica desse grupo, sendo que

esses animais regulam a temperatura corpórea através da troca

de energia com o ambiente. São animais predadores de primei-

ra ordem, de um modo geral, mas havendo alguns fitófagos co-

mo algumas tartarugas e lagartos que, junto com a alimentação

carnívora, comem folhas verdes, flores e frutos. Existem ainda

répteis de alimentação onívora (animais e vegetais) ou apenas

carnívora e os generalistas (animais que apresentam hábitos

alimentares variados). Outros são especialistas, comem deter-

minados tipos de vertebrados ou mesmo de invertebrados. De

um modo geral alimentam-se espaçadamente, podendo ficar

até muitos dias ou meses sem alimento (LEMA, 2002).

Desse grupo são conhecidas 9766 espécies em geral

(UETZ, 2013). No território brasileiro são conhecidas atualmente

744 espécies, sendo 36 quelônios, 06 jacarés, 248 lagartos, 68

anfisbênias e 386 serpentes (SBH, 2012), números que colocam o

Brasil na segunda posição na relação de países com maior rique-

93

za de espécies de répteis, ficando atrás apenas da Austrália

(WILSON & SWAN, 2008 apud SBH, 2012).

A maioria da população tem ideias errôneas acerca da

ecologia destes animais. Os répteis estão rodeados por mitos e

superstições que têm contribuído para a sua redução populacio-

nal. Conforme cita Narçal et al. (2011), embora temidos e pouco

compreendidos pelo homem, os répteis são animais de grande

importância na manutenção do equilíbrio ecológico, como por

exemplo, no controle das populações de insetos e de roedores.

Em São Sepé o único trabalho conhecido abordando esse

grupo é apresentado por Pazinato et al. (2011b), sendo ainda

muito recente os estudos, não sendo possível caracterizar total-

mente a fauna reptiliana local, pois muitas áreas do município

ainda não puderam ser inventariadas. A continuidade dos esfor-

ços permitirá, certamente, identificar a ocorrência de novas es-

pécies para o município.

Abaixo serão apresentados alguns registros fotográficos

de répteis que ocorrem em São Sepé.

Alguns registros trazem junto da foto-

grafia a simbologia ao lado, que alerta para os

riscos de acidentes ofídicos com alguns animais.

94

Para a nomenclatura das espécies seguimos o proposto

por Bérnils & Costa (2012).

Anfisbênia. Amphisbaena trachura. Foto: Luiz Corrêa.

Jacaré-papo-amarelo. Caiman latirostris. Foto: Luiz Corrêa.

95

Tigre d’água (jovem). Trachemys dorbigni. Foto: Darliane Silva.

Tigre d’água (adulto). Trachemys dorbigni. Foto: Luciano Mello.

96

Lagarto-do-papo-amarelo. Salvator merianae. Foto: Luiz Corrêa.

Lagarto-do-papo-amarelo (jovem). Salvator merianae. Foto: Luiz Cor-rêa.

97

Teju-verde. Teius oculatus. Foto: Daiane Pazinato.

Teju-verde. Teius oculatus. Foto: Luciano Mello.

98

Cobra-verde-cipó. Philodryas olfersii. Foto: Luiz Corrêa.

Cobra-verde-cipó. Philodryas olfersii. Foto: Luiz Corrêa.

99

Papa-pinto. Philodryas patagoniensis. Foto: Luiz Corrêa.

Cobra d’água. Helicops infrataeniatus. Foto: Darliane Silva.

100

Cobra-verde. Erythrolamprus poecilogyrus. Foto: Luiz Corrêa.

Corredeira-carenada. Thamnodynastes hypoconia. Foto: Luiz Corrêa.

101

95

Corredeira-carenada. Thamnodynastes hypoconia. Foto: Luciano Mello.

Cobra-espada-comum. Tomodon dorsatus. Foto: Luiz Corrêa.

102

Caninana-verde-comum. Chironius sp. Foto: Luiz Corrêa.

Caninana-verde-comum. Chironius sp. Foto: Luiz Corrêa.

103

95

Muçurana-comum. Boiruna maculata. Foto: Luiz Corrêa.

Cabeça-preta-serrana. Phalotris lemniscatus. Espécime abatido por moradores locais. Foto: Bernadete Casanova.

104

Falsa-coral. Oxyrhopus rhombifer. Foto: Rafael Balestrin.

Cobra-coral-verdadeira. Micrurus altirostris. Serpente peçonhenta. Pos-sui como característica anéis vermelhos, pretos, brancos ou amarela-dos, dispostos como na figura e na cabeça um desenho negro que lem-bra uma borboleta. Foto: Luiz Corrêa.

105

95

Jararaca-pintada. Bothrops pubescens. Serpente peçonhenta. Possui como característica desenhos em forma de trapézio no corpo, margina-dos de branco. Foto: Luiz Corrêa.

Jararaca-pintada. Bothrops pubescens. Serpente peçonhenta. Foto: Luci-ano Mello.

106

Cruzeira. Bothrops alternatus. Serpente peçonhenta. Espécime abatido por moradores locais. Foto: Luiz Corrêa.

Cruzeira (detalhe do corpo). Bothrops alternatus. Serpente peçonhenta. Possui como característica manchas escuras em forma de ferradura ou semelhante a um gancho de telefone no corpo. Note o detalhe na figura. Foto: Luiz Corrêa.

107

95

7. ASPECTOS GERAIS SOBRE O COMPORTAMENTO E

ACIDENTES COM OFÍDIOS

Acidente ofídico ou ofidismo é o quadro de envenena-

mento decorrente da inoculação de toxinas através do aparelho

inoculador (presas) de serpentes (MINISTÉRIO DA SAÚDE,

2013).

Apesar da função primária do veneno das serpentes ser a

captura de suas presas, ele pode ser usado secundariamente co-

mo defesa, causando acidentes em seres humanos (BERNARDE,

2009), mas as serpentes não atacam deliberadamente, apenas o

fazem quando sentem-se ameaçadas, apresentando comporta-

mento defensivo (LEMA, 2002). Portanto não apresentam inte-

resse em “picar” uma pessoa e, quando fazem isso, é com o intui-

to de defesa. Nenhuma espécie peçonhenta vem intencionalmen-

te até uma pessoa para picá-la, são as pessoas que não percebem

a presença destes animais e se aproximam demais (Bernarde,

2009), este, e outros mitos a respeito destes animais têm contri-

buído, ou servido de justificativa, para a captura e morte delibe-

rada destes animais.

108

No Brasil, as serpentes peçonhentas são representadas

por quatro gêneros: serpentes do grupo Bothrops (jararaca e

outras), Crotalus (cascavel); Lachesis (surucucu-pico-de-jaca) e

Micrurus (coral-verdadeira).

O envenenamento ocorre quando a serpente consegue in-

jetar o conteúdo de suas glândulas venenosas, o que significa que

nem toda picada leva ao envenenamento. Há muitas espécies de

serpentes que não possuem presas ou, quando presentes, estão

localizadas na porção posterior da boca, o que dificulta a injeção

de veneno ou toxina (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).

De acordo com Lema (2002), das cerca de 80 espécies de

serpentes registradas no Rio Grande do Sul, apenas 13 são peço-

nhentas.

É importante ressaltar que o veneno produzido por al-

gumas espécies está sendo utilizado no estudo de várias doenças

humanas, como câncer, trombose, hipertensão e outras (BER-

NARDE & MACHADO, 2006).

Portanto, a conservação das serpentes, além da sua im-

portância ecológica, possui grande potencial farmacêutico, tra-

zendo benefícios socioeconômicos.

109

6. LISTAS DE DIVERSIDADE

Através dos estudos citados anteriormente para São Se-

pé, ainda que preliminares, constituem relevantes levantamentos

da biodiversidade local e contribuem com a difusão das informa-

ções sobre a fauna local. Nestes trabalhos pioneiros foram consi-

derados os registros e informações adicionais de espécies pelos

autores. Ressalta-se que a continuidade dos estudos é de grande

importância, não só para consolidar as listas de fauna silvestre

no município como também para avançar para fases que permiti-

rão a gestão integral dos recursos naturais.

O número de espécies de vertebrados já registradas em

São Sepé é bastante significativo: 218 para aves, 26 para mamífe-

ros, 17 anfíbios e 23 espécies de répteis.

Algumas espécies encontradas em São Sepé são listadas

como ameaçadas no Rio Grande do Sul, conforme Fontana et al.

(2003). As espécies foram caracterizadas com ameaça de extin-

ção nas seguintes categorias: (VU) vulnerável, (EP) em perigo,

(PE) provavelmente extinta e que recentemente foi redescoberta,

(DD) dados insuficientes de informações sobre a espécie.

110

Vulnerável (VU) - ocorre o risco de ser extinto;

Em Perigo (EP)– risco muito alto de ser extinto;

Provavelmente extinto (PE) – não é registrado há algum tempo,

mas pode vir ocorrer algum registro;

Dados Insuficientes (DD) – é raro, mas não se sabe ao certo sua

situação de ameaça e distribuição.

A seguir são apresentadas as listas da diversidade de

espécies já registradas para o município de São Sepé:

Aves (Tabela 1),

Mamíferos (Tabela 2),

Anfíbios (Tabela 3) e

Répteis (Tabela 4).

Para os dois últimos grupos, até o presente momento, não

foram registradas espécies no município que sejam consideradas

ameaçadas de extinção.

111

Tabela 1. Lista de aves encontradas no município de São Sepé, RS (n=218). A nomenclatura das espécies desse grupo segue conforme o Comitê de Ornitologia Brasileiro (CBRO, 2011). Status de conservação: (VU) vulnerável, (EP) em perigo, (PE) provavelmente extinta e que recentemente foi redescoberta. A ausência de referência no status sig-nifica dados insuficientes ou status de conservação não preocupante.

Taxon Nome-comum Status STRUTHIONIFORMES RHEIDAE Rhea americana (Linnaeus, 1758) Ema TINAMIFORMES TINAMIDAE Crypturellus obsoletus (Temminck, 1815) Inhambuguaçu Crypturellus noctivagus (Wied, 1820) Jaó-do-sul PE Nothura maculosa (Temminck, 1815) Codorna-amarela Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815) Perdiz ANSERIFORMES ANHIMIDAE Chauna torquata (Oken, 1816) Tachã ANATIDAE Dendrocygna bicolor (Vieillot, 1816) Marreca-caneleira Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) Irerê Cairina moschata (Linnaeus, 1758) Pato-do-mato V Callonetta leucophrys (Vieillot, 1816) Marreca-de-coleira Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) Pé-vermelho Anas versicolor (Vieillot, 1816) Marreca-cricri Anas flavirostris (Vieillot, 1816) Marreca-pardinha Oxyura vittata (Philippi, 1860) Pés-na-bunda PODICIPEDIFORMES PODICIPEDIDAE Podilymbus podiceps (Linnaeus, 1758) Mergulhão-caçador Podicephorus major (Boddaert, 1783) Mergulhão-grande GALLIFORMES CRACIDAE Penelope obscura (Temminck, 1815) Jacuaçu Ortalis guttata (Spix, 1825) Aracuã SULIFORMES PHALACROCORACIDAE Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) Biguá ANHINGIDAE Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766) Biguatinga CICONIIFORMES CICONIIDAE Ciconia maguari (Gmelin, 1789) Maguari Mycteria americana (Linnaeus, 1758) Cabeça-seca PELECANIFORMES

ARDEIDAE Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783) Socó-boi Ardea cocoi (Linnaeus, 1766) Garça-moura Ardea alba (Linnaeus, 1758) Garça-branca-grande Butorides striata (Linnaeus, 1758) Socozinho Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) Maria-faceira Egretta thula (Molina, 1782) Garça-branca-pequena Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) Garça-vaqueira Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) Savacu THRESKIORNITHIDAE Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) Curicaca Theristicus caerulescens (Vieillot, 1817) Maçarico-real Platalea ajaja (Linnaeus, 1758) Colhereiro Plegadis chihi (Vieillot, 1817) Caraúna-de-cara-branca Phimosus infuscatus (Lichtenstein, 1823) Tapicuru-de-cara-pelada CATRARTIFORMES CATHARTIDAE Cathartes aura (Linnaeus, 1758) Urubu-de-cabeça-vermelha Cathartes burrovianus (Cassin, 1845) Urubu-de-cabeça-amarela Coragyps atratus (Bechstein, 1793) Urubu-de-cabeça-preta ACCIPITRIFORMES ACCIPITRIDAE Rostrhamus sociabilis (Vieillot, 1817) Gavião-caramujeiro Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) Gavião-caboclo Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) Gavião-carijó Urubitinga urubitinga (Gmelin, 1788) Gavião-preto Geranoeatus albicaudatus (Vieillot, 1816) Gavião-de-rabo-branco Circus buffoni (Gmelin,1788) Gavião-do-banhado Accipiter bicolor (Vieillot, 1817) Gavião-bombachinha-grande FALCONIFORMES FALCONIDAE Caracara plancus (Miller, 1777) Caracará Milvago chimachima (Vieillot, 1816) Carrapateiro Milvago chimango (Vieillot, 1816) Chimango Falco sparverius (Linnaeus, 1758) Quiriquiri GRUIFORMES ARAMIDAE Aramus guarauna (Linnaeus, 1766) Carão RALLIDAE Aramides cajanea (Statius Muller, 1776) Três-potes Aramides ypecaha (Vieillot, 1819) Saracuraçu Aramides saracura (Spix, 1825) Saracura-do-mato Pardirallus sanguinolentus (Swainson, 1837) Saracura-do-banhado Pardirallus maculatus (Boddaert, 1783) Saracura-carijó Gallinula melanops (Vieillot, 1819) Frango-d´água-carijó Gallinula galeata (Lichtenstein, 1818) Frango-d´água-comum Porphyrio martinica (Linnaeus, 1766) Frango-d´água-azul CARIANIFORMES

CARIAMIDAE Cariama cristata (Linnaeus, 1766) Seriema CHARADRIFORMES CHARADRIIDAE Charadrius collaris (Vieillot, 1818) Batuíra-de-coleira Vanellus chilensis (Molina, 1782) Quero-quero RECURVIROSTRIDAE Himantopus melanurusi (Vieillot, 1817) Pernilongo-de-costas-brancas SCOLOPACIDAE Gallinago paraguaiae (Vieillot, 1816) Narceja Tringa melanoleuca (Gmelim, 1789) Maçarico-de-perna-amarela Calidris melanotos (Vieillot, 1819) Maçarico-de-colete Calidris fuscicollis (Vieillot, 1819) Maçarico-de-sobre-branco JACANIDAE Jacana jacana (Linnaeus, 1766) Jaçanã COLUMBIFORMES COLUMBIDAE Columbina talpacoti (Temminck, 1811) Rolinha-roxa Columbina picui (Temminck, 1813) Rolinha-picui Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) Pombão Leptotila verreauxi (Bonaparte, 1855) Jutiti-pupu Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) Pomba-de-bando Columba livia (Gmelim, 1789) Pombo-doméstico PISTTACIFORMES PSITTACIDAE Myiopsitta monachus (Boddaert, 1783) Caturrita Pyrrhura frontalis (Vieillot, 1817) Tiriba-de-testa-vermelha Amazona pretrei (Temminck, 1830) Papagaio-charão V CUCULIFORMES CUCULIDAE Piaya cayana (Linnaeus, 1766) Alma-de-gato Coccyzus melacoryphus (Vieillot, 1817) Papa-lagarta-acanelado Crotophaga ani (Linnaeus, 1758) Anu-preto Guira guira (Gmelin, 1788) Anu-branco Tapera naevia (Linnaeus, 1766) Saci STRIGIFORMES TYTONIDAE Tyto alba (Scopoli, 1769) Coruja-da-igreja STRIGIDAE Megascops choliba (Vieillot, 1817) Corujinha-do-mato Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788) Caburé Bubo virginianus (Gmelin, 1788) Jacurutu Athene cunicularia (Molina, 1782) Coruja-buraqueira CAPRIMULGIFORMES NYCTIBIIDAE Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) Urutau CAPRIMULGIDAE Hydropsalis parvula (Gould, 1837) Bacurau-chintã

Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789) Bacurau-tesoura Chordeiles nacunda (Vieillot, 1817) Corucão Lurocalis semitorquatus (Gmelin, 1789) Tuju APODIFORMES APODIDAE Chaetura cinereiventris (Sclater, 1862) Andorinhão-de-sobre-branco Chaetura meridionalis (Hellmayr, 1907) Andorinhão-do-temporal TROCHILIDAE Florisuga fuscus (Vieillot, 1818) Beija-flor-preto Hylocharis chrysura (Shaw, 1812) Beija-flor-dourado Stephanoxis lalandi (Vieillot, 1818) Beija-flor-de-topete Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812) Besourinho-de-bico-

vermelho

Thalurania glaucopis (Gmelin, 1788) Beija-flor-de-fronte-violeta Leucochloris albicollis (Vieillot, 1818) Beija-flor-de-papo-branco TROGONIFORMES TROGONIDAE Trogon surrucura (Vieillot, 1817) Surucuá-variado CORACIFORMES ALCEDINIDAE Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) Martim-pescador-grande Chloroceryle amazona (Latham, 1790) Martim-pescador-verde Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) Martim-pescador-pequeno PICIFORMES RAMPHASTIDAE Ramphastos toco (Statius Muller, 1776) Tucanuçu V PICIDAE Picumnus nebulosus (Sundeval, 1866) Pica-pau-anão-carijó Veniliornis spilogaster (Wagler, 1827) Picapauzinho-verde-carijó Piculus aurulentus (Temminck, 1821) Pica-pau-dourado Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) Pica-pau-verde-barrado Colaptes campestris (Vieillot, 1818) Pica-pau-do-campo Drycopus lineatus (Linnaeus, 1766) Pica-pau-de-banda-branca V Melanerpes candidus (Otto, 1796) Pica-pau-branco PASSERIFORMES THAMNOPHILIDAE Mackenziaena leachii (Such, 1825) Borralha-assobiadora Thamnophilus caerulescens (Vieillot, 1816) Choca-da-mata Thamnophilus ruficapillus (Vieillot, 1816) Choca-de-chapéu-vermelho Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823) Choquinha-lisa Drymophila malura (Temminck, 1825) Choquinha-carijó CONOPOPHAGIDAE Conopophaga lineata (Wied, 1831) Chupa-dente FORMICARIIDAE Chamaeza campanisona (Lichtenstein, 1823) Tovaca-campainha DENDROCOLAPTIDAE Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) Arapau-verde Dendrocolaptes platyrostris (Spix, 1825) Arapaçu-grande

Xiphocolaptes albicollis (Vieillot, 1818) Arapaçu-de-garganta-branca Lepidocolaptes falcinellus (Cabanis & Heine, 1859) Arapaçu-escamado-do-sul FURNARIIDAE Furnarius rufus (Gmelin, 1788) João-de-barro Schoeniophylax phryganophilus (Vieillot, 1817) Bichoita Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) Curutié Synallaxis ruficapilla (Vieillot, 1819) Pichoré Synallaxis cinerascens (Temminck, 1823) Pi-puí Synallaxis spixi (Sclater, 1856) João-teneném Synallaxis albescens (Temminck, 1823) Uí-pi V Syndactyla rufosuperciliata (Lafresnaye, 1832) Trepador-quiete Anumbius annumbi (Vieillot, 1817) Cochicho Cranioleuca obsoleta (Reichenbach, 1853) Arredio-oliváceo Heliobletus contaminatus (Berlepsch, 1885) Trepadorzinho RYNCHOCYCLIDAE Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) Bico-chato-de-orelha-preta Poecilotriccus plumbeiceps (Lafresnaye, 1846) Tororó Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846 Cabeçudo Phylloscarthes ventralis (Temminck, 1822) Borboletinha-do-mato TYRANNIDAE Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) Guaracava-de-barriga-

amarela

Elaenia mesoleuca (Deppe, 1830) Tuque Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) Risadinha Serpophaga nigricans (Vieillot, 1817) João-pobre Serpophaga subcristata (Vieillot, 1817) Alegrinho Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) Enferrujado Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783) Príncipe Knipolegus cyanirostris (Vieillot, 1818) Maria-preta-de-bico-azulado Knipolegus lophotes (Boie, 1828) Maria-preta-de-penacho Hymenops perspicillatus (Gmelin, 1789) Viuvinha-de-óculos Xolmis irruptero (Vieillot, 1818) Noivinha Empidonomus varius (Vieillot, 1818) Peitica Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) Suiriri-cavaleiro Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) Bem-te-vi Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) Nei-nei Tyrannus melancholicus (Vieillot, 1819) Suiriri Tyrannus savana (Vieillot, 1808) Tesourinha Myiarchus swainsoni (Cabanis & Heine, 1859) Irré Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776) Bem-te-vi-rajado Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818) Suiriri-pequeno INSERTAE SEDIS Platyrinchus mystaceus (Vieillot, 1818) Patinho PIPRIDAE Chiroxiphia caudata (Shaw & Nodder, 1793) Tangará TITYRIDAE Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) Caneleiro-preto VIREONIDAE

Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) Juruviara Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) Pitiguari CORVIDAE (Leach,1820) Cyanocorax chrysops (Vieillot, 1818) Gralha-picaça Cyanocorax caeruleus (Vieillot, 1818) Gralha-azul HIRUNDINIDAE Progne tapera (Vieillot, 1817) Andorinha-do-campo Progne chalybea (Gmelin, 1789) Andorinha-doméstica-grande Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) Andorinha-pequena-de-casa Tachycineta leucorrhoa (Vieillot, 1817) Andorinha-de-sobre-branco TROGLODYTIDAE Troglotydes musculus (Naumann, 1823) Corruíra POLIOPTILIDAE Polioptila dumicola (Vieillot, 1817) Balança-rabo-de-mascará TURDIDAE Turdus rufiventris (Vieillot, 1818) Sabiá-laranjeira Turdus amaurochalinus (Cabanis, 1850) Sabiá-poca Turdus albicollis (Vieillot, 1818) Sabiá-coleira Turdus subalaris (Seebohm, 1887) Sabiá-ferreiro Turdus leucomelas (Vieillot, 1818) Sabiá-barranco MIMIDAE Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) Sabiá-do-campo Mimus triurus (Vieillot, 1818) Calhandra-três-rabos MOTACILIDAE Anthus lutescens (Pucheran, 1855) Caminheiro-zumbidor COEREBIDAE Coereba flaveola (Linnaeus,1758) Cambacica THRAUPIDAE Saltator aurantiirostris (Vieillot, 1817) Bico-duro Saltator similis (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) Trinca-ferro-verdadeiro Lanio cucullatus (Statius Muller, 1776) Tico-tico-rei Thraupis sayaca (Linnaeus, 1766) Sanhaçu-cinzento Tangara preciosa (Cabanis, 1850) Saíra-preciosa Stephanophorus diadematus (Temminck, 1823) Sanhaçu-frade Pipraeidea bonariensis (Gmelin, 1789) Sanhaçu-papa-laranja Pipraeidea melanonota (Vieillot, 1819) Saíra-viúva Paroaria coronata (Miller, 1776) Cardeal EMBERIZIDAE Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776) Tico-tico Ammodramus humeralis (Bosc, 1792) Tico-tico-do-campo Poospiza nigrorufa (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) Quem-te-vestiu Poospiza cabanisi (Bonaparte, 1850) Tico-tico-da-taquara Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) Canário-da-terra-verdadeiro Sicalis luteola (Sparrman, 1789) Tipio Emberizoides herbicola (Vieillot, 1817) Canário-do-campo Embernagra platensis (Gmelin, 1789) Sabiá-do-banhado Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) Tiziu Sporophila collaris (Boddaert, 1783) Coleiro-do-brejo V

Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) Coleirinho CARDINALIDAE Piranga flava (Vieillot, 1822) Sanhaçu-de-fogo Cyanoloxia brissonii (Lichtenstein, 1823) Azulão Cyanoloxia glaucocaerulea (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) Azulinho-do-sul PARULIDAE Parula pitiayumi (Vieillot, 1817) Mariquita Geothlypis aequinoctialis (Gmelin, 1789) Pia-cobra Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) Pula-pula Basileuterus leucoblepharus (Vieillot, 1817) Pula-pula-assobiador ICTERIDAE Cacicus chrysopterus (Vigors, 1825) Tecelão Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766) Encontro Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819 Graúna Chrysomus ruficapillus (Vieillot, 1819) Garibaldi Pseudoleistes guirahuro (Vieillot, 1819) Chopim-do-brejo Agelaioides badius (Vieillot, 1819) Asa-de-telha Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) Vira-bosta Molothrus rufoaxillaris Cassin,1866 Vira-bosta-picumã Sturnella superciliaris (Bonaparte, 1850) Policia-inglesa-do-sul FRINGILLIDAE Sporagra magellanica (Vieillot, 1805) Pintassilgo Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) Fim-fim PASSERIDAE Passer domesticus (Linnaeus, 1758) Pardal

Tabela 2. Lista de algums mamíferos encontrados no município de São Sepé, RS (n=26). A nomenclatura das espécies desse grupo segue con-forme a Lista Anotada dos Mamíferos do Brasil (PAGLIA et al., 2012). Status de conservação: (VU) vulnerável, (EP) em perigo, (PE) prova-velmente extinta e que recentemente foi redescoberta. A ausência de referência no status significa dados insuficientes (DD) ou status de conservação não preocupante.

Táxon Nome-comum Status DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE Didelphis albiventris (Lund, 1840) Gambá-de-orelha-branca PILOSA MYRMECOPHAGIDAE Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) Tamanduá-mirim V CINGULATA DASYPODIDAE Cabassous tatouay (Desmarest, 1804) Tatu-de-rabo-mole-grande DD Dasypus hybridus (Desmarest, 1804) Tatu-mulita Dasypus novemcinctus (Linnaeus, 1758) Tatu-galinha

Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) Tatu-peludo PRIMATES ATELIDAE Alouatta guariba (Humboldt, 1812) Bugio-ruivo V LAGOMORPHA LEPORIDAE

Sylvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) Tapeti

Lepus europaeus (Pallas, 1758) Lebre-européia CARNIVORA FELIDAE Leopardus braccatus (Cope, 1889) Gato-palheiro EP Leopardus geoffroyi (d’Orbigny & Gervais, 1844) Gato-do-mato-grande V Leopardus wiedii (Schinz, 1821) Gato-maracajá V Puma yagouaroundi (É. Geoffroy, 1803) Gato-mourisco V CANIDAE Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) Graxaim-do-mato Lycalopes gymnocercus (G. Fischer, 1814) Graxaim-do-mato MUSTELIDAE Calictis cuja (Molina, 1782) Furão Lontra longicaudis (Olfers, 1818) Lontra V MEPHITIDAE Conepatus chinga (Molina, 1782) Zorrilho PROCYONIDAE Procyon cancrivorus (G. Cuvier, 1798) Mão-pelada Nasua nasua (Linnaeus, 1766) Quati V ARTIODACTYLA CERVIDAE Mazama gouazoubira (G. Fischer, 1814) Veado-catingueiro V RODENTIA CAVIIDAE Hydrochoerus Hydrochaeris Capivara Cavia aperea (Erxleben, 1777) Preá CUNICULIDAE Cuniculus paca Paca EP DASYPROCTIDAE Dasyprocta azarae Cutia V ERETHIZONIDAE Sphiggurus villosus Ouriço MYOCASTORIDAE Myocastor coypus Ratão-do-banhado

CHIROPTERA

MOLOSSIDAE

Molossus molossus (Pallas, 1766) Morcego-de-cauda-livre

PHYLLOSTOMIDAE

Desmodus rotundus (É. Geoffroy, 1810) Morcego-vampiro

Tabela 3. Lista de Anfíbios encontrados no município de São Sepé (n=17). A nomenclatura das espécies desse grupo segue conforme a Lista Brasileira de Anfíbios (SEGALLA et al., 2012). Não há espécies listadas nas categorias de ameaça.

Taxons Nome-comum ANURA Bufonidae Rhinella schneideri (Werner, 1894) Sapo-cururú-grande Cycloramphidae Odontophrynus americanus (Duméril & Bibron, 1841) Sapo-da-enchente Hylidae Dendropsophus minutus (Peters, 1872) Perereca-rajada Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944) Perereca Hypsiboas pulchellus (Duméril & Bibron, 1841) Perereca-do-banhado Pseudis minuta (Günther, 1858) Rã-boiadora Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925) Perereca-de-banheiro Scinax squalirostris (A. Lutz, 1925) Perereca-nariguda Leiuperidae Physalaemus biligonigerus (Cope, 1861 “1860″) Rã-chorona Physalaemus cuvieri (Fitzinger, 1826) Rã-cachorro Physalaemus gracilis (Boulenger, 1883) Rã-chorona Pseudopaludicola falcipes (Hensel, 1867) Rãzinha-da-lagoa Leptodactylidae Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950) Rã-de-linha-branca Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) Rã-assobiadora Leptodactylus latinasus (Jiménez de la Espada, 1875) Rã Leptodactylus latrans (Steffen, 1815) Rã manteiga Microhylidae Elachistocleis bicolor (Valenciennes in Guérin-Menéville, 1838) Rã-de-barriga-amarela

Tabela 4. Lista de Répteis encontrados no município de São Sepé, RS (n=23). A nomenclatura das espécies desse grupo segue conforme a Lista Brasileira de Répteis (BÉRNILS & COSTA, 2012). Não há espécies listadas nas categorias de ameaça.

Taxons Nome-comum CROCODYLIA Alligatoridae Caiman latirostris (Daudin, 1802) Jacaré-papo-amarelo SQUAMATA Amphisbaenidae Amphisbaena trachura (Cope, 1885) Anfisbênia Diploglossidae Ophiodes striatus (Spix, 1825) Cobra-de-vidro Teiidae

Teius oculatus (D’Orbigni e Bibron, 1837) Teju Salvator merianae (Duméril e Bibron, 1839) Lagarto-papo-amarelo Colubridae Chironius sp Cobra-cipó Mastigodryas bifossatus (Raddi, 1820) Overa-bagual Dipsadidae Boiruna maculata (Boulenger, 1896) Muçurana-comum Helicops infrataeniatus (Jan, 1865) Cobra d’água Ligophis anomalus (Günther,1858) Jararaquinha-d’água-comum Erythrolamprus poecilogyrus (Wied, 1825) Cobra-verde-comum Oxyrhopus rhombifer (Duméril, Bibron e Duméril, 1854) Falsa-coral Phalotris lemniscatus (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) Cabeça-preta-serrana Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823) Cobra-cipó-comum Philodryas patagoniensis (Girard, 1858) Papa-pinto Sibynomorphus sp. Dormideira Thamnodynastes hypoconia (Cope, 1860) Corredeira-carenada Tomodon dorsatus (Duméril, Bibron e Duméril, 1854) Cobra-espada Viperidae Bothrops alternatus (Duméril, Bibron e Duméril, 1854) Cruzeira Bothrops pubescens (Cope, 1870) Jararaca-pintada Elapidae Micrurus altirostris (Cope, 1859) Coral-verdadeira TESTUDINES Chelidae Hydromedusa tectifera (Cope, 1869) Cágado Emydidae Trachemys dorbigni (Duméril e Bibron, 1835) Tigre-dágua

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Guia de campo de fauna silvestre do município de

São Sepé, Rio Grande do Sul, Brasil

Aves, Mamíferos, Anfíbios e Répteis

Luiz Liberato Costa Corrêa Darliane Evangelho Silva

Daiane Maria Melo Pazinato Luciano Moura de Mello

2013