109
A necessidade de um livro que pudesse orientar ao profissional e ao acadêmico de psicologia na escolha de testes a empregar foi uma constante pela atualização dos instrumentos brasileiros. A Casa do Psicólogo apresenta o Guia de referenciados testes psicológicos comercializados no Brasil como uma obra de informação e consulta atualizada sobre a questão dos testes no pais. Trata-se de um livro cuja principal preocupação está em representar e caracterizar os testes mais atuais na área de Avaliação Psicológica. O leitor irá encontrar em uma linguagem objetiva os conteúdos e as referencias dos instrumentos na sua origem, uma revisão indispensável dos principais indicadores metodológicos dos testes e demais características técnicas dos testes comercializados. Os autores apresentam um trabalho sistematizado e em seguimento, possibilitando ao leitor novas revisões dos testes com qualidade e a atualidade para a qualificação da Avaliação Psicologia no Brasil. ISBN 85-7396-243-7 LJ.,"' I t Cll 159.938.3 A35lg BII N.Cham 159.938.3 A3Sig i'\utor: Alchieri, 1pão Carl Título: Guia de referência :testes psico 11111111111111111111111111111111111111 0002443740 Ac.282632 BH PUCMinas N"Pat.: 200S

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A necessidade de um livro que pudesse orientar ao

profissional e ao acadêmico de psicologia na escolha de testes a empregar foi uma constante pela atualização dos instrumentos brasileiros. A Casa do Psicólogo apresenta o Guia de referenciados testes psicológicos comercializados no Brasil como uma obra de informação e consulta atualizada sobre a questão dos testes no pais. Trata-se de um livro cuja principal preocupação está em representar e caracterizar os testes mais atuais na área de Avaliação

Psicológica. O leitor irá encontrar em uma linguagem objetiva os conteúdos e as referencias dos instrumentos na sua origem, uma revisão indispensável dos principais indicadores metodológicos dos testes e demais características técnicas dos testes comercializados. Os autores apresentam um trabalho sistematizado e em seguimento, possibilitando ao leitor novas revisões dos testes com qualidade e a atualidade para a qualificação da Avaliação Psicologia no Brasil.

ISBN 85-7396-243-7

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N.Cham 159.938.3 A3Sig

i'\utor: Alchieri, 1pão Carl Título: Guia de referência :testes psico

111111111111111~ 111~ 11111111111111111111111111111111111111 0002443740 Ac.282632

BH PUCMinas N"Pat.:200S

Adriana
Sumário
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João Carlos Alchieri Ana Paula Porto Noronha

Ricardo Primi

GuiA DE REFERÊNCIA:

TESTES PSICOLÓGICOS

COMERCIALIZADOS NO BRASIL

~~~ ~~~ ~ ~

Casa do Psicólogo® lt__#APESP

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© 2003 Casa do Psicólogo Livraria e Editora Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, para qualquer finalidade,

sem autorização por escrito dos editores.

t• Edição 2003

1 • Reimpressão 2004

Editores Jngo Bernd Güntert e Silésia Delphino Tosi

I'Tpdução Gráfica & Capa Renata Vieira Nunes

l:ditoração Eletrônica Cerlos Alexandre Miranda

Revisão Gráfica Leila Marco

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Alchieri, João Carlos Guia de referência: testes psicológicos comercializados no Brasil I João Carlos Alchieri, Ana Paula Porto Noronha, Ricardo Primi. -São Paulo- Casa do Psicólogo ®: FAPESP, 2003.

Bibliografia. ISBN 85-7396-243-7

1. Psicometria 2. Testes psicológicos 3. Testes Psicológi­cos - Brasil I. Noronha, Ana Paula Porto. II. Primi, Ricardo. Ill. Título. IV. Título: Testes psicológicos comercializados no Brasil.

03-4061 CDD- 150.287

Índices para catálogo sistemático:

I. Instrumentos psicológicos 150.287 2. Testes psicológicos 150.287

Impresso no Brasil Printed in Brazil

Reservados todos os direitos de publicação em língua portuguesa à

~~ Casa do Psicólogo® Livraria e Editora Ltda. ~~ ~ Rua Mourato Coelho, I 059 Vila Madalena 05417-011 SãoPaulo/SP Brasil ~ Tel.: (11) 3034-3600 E-mail: [email protected] ~ Site: www.casadopsicologo.com.br

Os AUTOREs

João Carlos Alchieri é psicólogo, doutor em Psicologia do De­senvolvimento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre em Psicologia Social e da Personalidade pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS),

professor e pesquisador na Universidade Federal do Rio Grande do N arte (UFRN).

Ana Paula Porto Noronha é psicóloga, doutora em Psicologia: ciência e profissão pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Coordenadora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia da Universidade São Francisco (Mestrado e Doutorado). Pesquisa­dora da linha de construção, validação e padronização de instru­mentos de medida. Membro do Laboratório de Avaliação Psico­lógica e Educacional (LabAPE). Parecerista ad-hoc do Conselho Federal de Psicologia. Membro do Conselho Editorial da revista Psico-USF. Recebe financiamento da Fundação de Amparo à Pes­quisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPF) (produtividade em pesquisa nível 2), é membro do Instituto Brasileiro de Avaliação Psi­cológica (IBAP).

Ricardo Primi é psicólogo, doutor em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP), com parte desenvolvida na Yale University (EUA). Coordenador do Laboratório de Avaliação Psicológica e Educacional (LabAPE). Re­cebe financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimen-

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6 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

to Científico e Tecnológico (CNPq) (produtividade em pesquisa nível2). Diretor acadêmico de pós-graduação da Universidade São Francis­

co, tesoureiro do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP) e membro da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica do Con­selho Federal de Psicologia. Leciona disciplinas de Avaliação Psico­lógica, Estatística e Psicometria e desenvolve trabalhos de pesquisa em Avaliação da Inteligência, Avaliação da Personalidade, Desen­volvimento de Carreira e Teoria de Resposta ao Item.

SuMÁRio

PREfACIO···················································································· 13

li':STRD,JFNTOS PSICOLÓGICOS COMERCI,\LIZADOS :--.lO BRASIL .. 15

Introdução ........................................................................................ 15

Os instrumentos brasileiros ........................................................... 16

Características psicométricas dos instrumentos ........................ 17

Os testes como instrumentos ....................................................... 19

Considerações finais ....................................................................... 23

Referência ......................................................................................... 24

ATE:--.JÇAO CONCENTRAD,\- AC ················································ 27

A TENÇA O CO I\: CENTRADA- AC-15 .......................................... 29

ACRE- TESTE DE ATI.NÇÃO CONCENTRADA, RAPIDEZ E

ExATIDÃO .............................................................................. 3 1

ATENÇAO DIFUSA- MEDIDA DE PRONTIDAO MENT\L ............ 3 3

AYALIAÇÃO D,\ CRIATLYIDADE POR FIGljRr\S E p ALW&\S ......... 3 5

BECASSE- Ann:DES SoctoBrocroN,\IS EM cRlAl'\çAs

PRÉ-ESCOLARES ...................................................................... 3 9

BATERIA DE FCNÇOES ~fEI\:TAIS PARA

MoTORISTA- TEsTEs DE ATENC;Ao BFM-1 ............................ 41

R\TERL\ DE Fu:--.JçOEs ME::-.:TAIS PAR,\ MoTORlS'L\- TESTE DE

ME11ÓRIA BF1J-2 ................................................................. 43

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8 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

BATERIA DE Fu~c;õES MEKTAIS PARA MoTORISTA- TESTE DE

RACIOCÍNIO LóGICO- BFM -3 ............................................. 4 5

BATERIA DE FuNÇõEs MENTAIS PARA MoTORISTA- BFM-4. 47

BATERIA DE PROVAS DE RAciocíKIO- BPR-5 ........................ 49

BATERIA TSP ·············································································51

C0.\10 CHEFIAR? ......................................................................... 53

CoRNEL lNDEX- Cl .................................................................. 55

CcBos DE KoHs ........................................................................ 57

DESENHO DA FIGURA HUi\IANA DE WESCHLER ....................... 59

DESTREZA DIGITAL- TC ......................................................... 61

DEZESSEIS PF - QUESTIONÁRIO DOS 16 FATORES DE

PERSOJ\:J\LIDADE ..................................................................... 6 3

DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL (DO) -FORMA I E

Fo~\L\ II ................................................................................ 6 5

Do?v11Nós D-48 ......................................................................... 6 7

EsCALA DE A V1\LlAÇA.O DO COMPORT/uv1ENTO INFANTIL PARA O

PROFESSOR-EACI-P .......................................................... 69

Esc1\LAS DE BEcK ....................................................................... 71

EscALA FATORIAL DE AJCSTAMENTO EMOCIONAL/

NEUROTICISi\IO ....................................................................... 7 5

ESC\LA DE lNTELIGÊNCL\ WESCHLER PARA CRIA~ÇAS-

III EDIÇAO .............................................................................. 7 7

Esc\L\ DE MATURIDADE Mm..:T1\L Cou::'vrniA ........................... 79

EscALAS DE PERSONALIDADE DE CoMREY- CPS .................... 8 3

EscAL\ DE SociABILIDADE E EMoTIVIDADE- ESE ................. 8 5

Sumário 9

Esc\L\ DE STRESSE hF.\~\:TJL ................................................... 87

EscAL\ DE T~\~STO~'\:o DE EHBISDE ATE~ç\o/

HIPE~\TlVIDJ\DF (VERSAO PA~\ PROFESSORES) ...................... 89

FIGU~\S COMPLEXJ\S DF REY TESTE DE C(WL\ E REPRODUÇ;\0

DE lviEMÓRJA DE FIGURAS GEO~!(cTRICAS CO.\!PU:X1\S ............ 91

INVENTARIO DE ADMINISTRAÇ)\0 DO TE\!PO- ADT ............... 9 3

IN\'ENTÁRIO F\TORL\L DE PFRSOJ\:i\LID,\DF -- IFP .................... 9 5

INVENTÁRio DF H'\BILID;\OES SociAIS- IHS .......................... 9 7

INVt:J\:TÁRIO DE SJNTOM1\S DE STREssr: PARA ADt:LTos DE

I~IPP (ISS L) ............................................................................ 9 9

INVENTÁRIO E AuTo-An\LISE DOS INTERESSFS PROFISSIO~AIS-

IAIP .................................................................................... 101

llivENTÁRio DE Â'\SIEDADE T~ \c~ o-EsTADo- IDA 1TI .. .. . .. .. .. . 1 O 3

INVEJ\:T.\RIO DE A"-iSIEn\Dr: TRM;o-EsT\Do- IDA TE C .... 105

INVENTARIO ~1ULTIFÁSICO DE PERS()NJ\LIDADE DE J'vfU'\:NESOTA-

l'vfl\fPI .................................................................................. 1 O 7

I~VE\JTARIO DE ExPREssAo DE R1\I\~\ coMo EsTADO r T~ \ÇO -

STAXI ................................................................................ 109

LEVAJ\:TAMEJ\:TO DE lJ\:TEREssr:s PRoFISSION.\IS- LIP .............. 111

ImE~\Nc;,\ F PoDER ............................................................... 113

MAcQuARRIE TESTE DE REL\c;c)Es Esr\CJM..; ....................... 11 5

MATRIZES PROGRESSLV.\S- Esc\L\ i\ \',\~Ç"\D,\ ..................... 11 7

MATRIZES PRoGRESSI\';\S- Esc,\L\ GER,\L ............................ 11 9

MATRIZES PROGRESSIY,\S COLORID,\S ..................................... 121

l'v1EDID.\ DE FLU~·:~ClA VLRBAL ............................................... 123

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10 Guia de referência: Testes psicológicos comercializado~ no Brasil Sumário 11

~lL\IÓRI.\ R .............................................................................. 125 TESTE DO DESE:\fiO DE SIL\TóR- SDT ................................. 171

~fTB- SI~RIL BuTH ................................................................ 127 TESTE EDJTFS DF l:\TELJGFê:\:CL\- TEI ................................... 173

PROCIV\c\L\ DF HABITOS E DFSE\IPE~HO TEs11c: EQClrctL11'IHL DE 1:--.:TEUGÊ:\CL \-Esc \L\ 2 E 3 .............. 175

NO ESTllDO- PHD ............................................................... 129 TESTE DE EsTRUTt.R,\S VocN:roN.\IS- TEV ....................... 177

PROGR.\,\L\ DE ATITlTDES DOS PAIS- PAP .......................... 131 TESTE DAS FABlíLr\S ................................................................. 179

PRO\'.\ DE Nívu.l\fFNT,\L ....................................................... 133 TESTE DE FR,\SES lNCü\!PLETi\S COl\1 APLIC;\(;.\0.\ lND(STRIA-

PsiccmL\Gt--:\.JSTico Mrocr~Ímco- PMK ............................. 13 5 FIGS ........................................................................ 0 ........... 181

QtiESTI0:'\1 \RIO DEA\:\LL\Ç\o TrPoLóGICA- QUATI ............ 137 TESTE DE 1L\TCRilHDE Pl\RA LEJTCRA ................................... 1 8 3

QU"STIO:\.\RIO DESlDERXIWO- QD .................................... 13 9 TESTE 11ETROPOLITAí\O DE PRONTJDAO- FOR,\ L\ R ............ 1 8 5

Qt ESTI00ÜRIO DE SA(JDI·: GERAL DF GOLDBERG- QSG .... 141 TESTE 1\S MrN!L\S MAos- Nh\1 ................... 0 .................... 0 ... 189

Qt'ESTIO:\.\RH) VOC\(J()~;\L DE I~TERESSES- QVI .............. 143 TESTE DAS PIR.\.\IIDES DJ\S CORES- TPC ......... ooooooooooooooooooo 1 91

REPRODlC\0 DE FIGCR:\S ....................................................... 145 TESTE DE PRoNTIDAo EMOCI( JN.\L PAR1\ JYinToRIST.\-

TEPEM .......... oooooooooooooo .... o .... o .... o ...... o ............. o .... oooooooooooooo 193

TESTE DE APEHCEP(;MJ TEMA TICA- TAT o .......... 000 .. 000000 0000000 14 7 TESTE N.\0-VERB,\L DE ll\:TELIC~F:::\iCIA- G36 ...... 00000000000000000 1 9 5

TESTE DE 1\PTID,\o AcAD~:\nC\ .... o .......... o .......................... o .. 149 TESTE NAO-VERBAL DE lNTELIGÍ~NCL\- G38 ........... oooooooooooo 197

Tt·snc: DE C\P \CID;\DES ll\:TFLECTI!r\IS- TCI ...................... o 151 Tr:sTEN;\o-vERBi\LDEl0JTELIGÊNCL\-R-1 .. 0 ...................... 199

TESTE C\R:\CTEROL()GJCO- TCO ........................ 00000000000000000 153 TESTE NAo-vERB;\L DE lt--:TELIGÊNCIA P.\RA CRIANÇ\S-

TESTE CoLETI\ü DE lNTELIGF:NCL\ PARi\ ADu:ms- CIA .. o 1 55 R-2 .. o .............. o ... o .. oooooooooooooo ..... oooooooooooooooo ... o.ooooooooooooooooooooooo 203

TESTE DE Co.\n>LFT\.\!ENTO DEDESF:.0:HOS- \V\HTECC .............. 0 15 7 TESTE R~VE::\i DI-' ÜPERAÇOES LóGICAS- RTLO ................ o 205

TESTE DE Co\IPREENSAo MEcANlC\- FoK\L\ i\;\ .............. 15 9 TESTE DE RoRsunur ...... o .......................... o ...................... o .. o 207

TI·:STEDFC:miPRIJ:0:s.\oTf.:cNico-Mr:c.\.."-:IC\- TCThi .... 0 .......... 0 161 Z -TESTE ZcLLIGER .......... 0 .............. 0 ........................... 0 ......... 209

TEsn: DOS Co:\jl:--.:TOS E:\IP,\REIR\DOS .............................. o .. 163 REfERÍ·l\:CL\S BlBI.!OGRAFIC\S 000000000000000000000 ........................... 211

TESTE D-70 ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo ........ ooooooooooooooooooooooooooo 1 6 5

TESTE DF DrSh\IPENl 10 EsuJL\R- TDE .................... 0 ........ 16 7

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PREFÁCIO

O objetivo principal deste livro está em oferecer aos profissio­nais, professores e acadêmicos uma revisão técnica dos testes brasi­leiros atualmente comercializados, a fim de caracterizar o processo de conhecimento e os procedimentos metodológicos representados nos instrumentos brasileiros. Durante as últimas décadas, com a apre­sentação de novos testes e a necessidade de atualização, exige uma constante informação do profissional. Uma única fonte para sua con­sulta e o acesso de informações complementares são pontos a desta­car neste guia. Sabe-se que por meio das resoluções do Conselho Federal de Psicologia a atualização dos instrumentos será uma exi­gência legal ao exercício da avaliação psicológica nos seus diversos âmbitos. Para tanto, partimos do pressuposto de que os leitores pos­sam, baseados nas informações apresentadas, ampliar suas consul­tas aos manuais e demais obras e, assim, planejarem uma escolha criteriosa dos instrumentos de avaliação psicológica. Esperamos que o conteúdo apresentado e desenvolvido neste guia possa ser um ins­trumento de consulta constante nas atividades de sala de aula, privile­giando a atualização das informações na formação de quem já atua na área e de futuros profissionais.

Os autores

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INSTRUMENTOS PSICOLÓGICOS

COMERCIALIZADOS NO BRASIL

INTRODUÇÃO

Neste volume, são apresentados os instrumentos de avaliação psicológica comercializados atualmente no Brasil. Este material é fruto de trabalhos, iniciados em 1999, e reunidos pelos autores (Noronha, Alchieri & Primi, em 2001) num projeto subsidiado pela FAPESP desde 2001.

O leitor irá observar que se incluem aqui a quase totalidade dos instrumentos de avaliação psicológica utilizados no País, sendo que os testes de livre acesso, como desenhos e outras variantes das técnicas não são representados. Esta decisüo está embasada na ausência de uma única editora com dados técnicos desses materi­ais e a conseqüente obtenção oficial de informações, juntamente com uma grande diversidade no uso, que a ausência de normas de utilização permite.

Com a presente exposição não se tem a pretensão de apresen­tar uma taxonomia ao instrumental psicológico, que, aliás, é extrema­mente necessária. Pretende-se sim levar o leitor, estudante ou profis­sional, a poder ter rapidamente sanadas suas dúvidas quanto a possí­vel indicação ou não de um teste para um determinando fim. Por outro lado, atualizamos algumas informações complementares a fi­cha técnica dos instrumentos comercializados, em relação a existên­cia de pesquisa, estudos ou mesmo atualização do instrumental psico­lógico disponível no País.

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16 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

ÜS INSTRUMENTOS BRASILEIROS

A atenção sobre a situação dos testes psicológicos brasileiros esteve presente nas discussões científicas nacionais ao longo de qua­se 50 anos de forma ininterrupta. Os trabalhos de pesquisadores e docentes em desenvolver, implementar, elaborar, aperfeiçoar e adap­tar os instrumentos e técnicas para um uso eficiente e eficaz, é regis­trado na história brasileira desde a década de 1920 (Pasquali & Alchieri, 2001). No Brasil, possuímos um número considerável de instrumen­tos psicológicos autóctones, a despeito de idéias geralmente difundi­das do contrário.

Ao longo das últimas décadas, por modificações técnicas, teóri­cas e culturais observamos a necessidade de retificações a adaptações urgentes de nossas técnicas calcadas nas exigências que as transfor­mações socioculturais impõem. Uma dessas características é a veloci­dade e a necessidade do uso e divulgação de informações, cada vez mais precisas, para assessorar a tomada de decisões técnicas.

O ensino de instrumentos de avaliação psicológica é basicamente representado como função específica da formação, seja ela no âmbito da graduação ou da pós-graduação. Para muitos psicólogos, esta é a única fonna de estudar a avaliação psicológica e, conseqüentemente, ter aces­so aos frutos da pesquisa. Sem a existência no P<ús de uma cultura do aperfeiçoan:~ento profissional seqüenciado que possa, além de atualizar, capacitar o profissional com novos instrumentos e técnicas, o psicólogo continuará com as mesmas informações oriundas do período de forma­ção (Alchie1i & Bandeira, 2002; Alves, Alchieri & Marques, 2001).

Duas grandes obras da psicologia brasileira trataram da atualiza­ção de referências e atualização dos testes psicológicos: a de Van Kolck ( 1981 ). com uma publicação extensa sobre os instrumentos e sua ava­liação de características de indicação e uso. e, mais atualmente, a de Cunha (200 I). com a continuidade de uma obra cuja ênfase no proces­so de diagnóstico, representa as principais técnicas utilizadas. Em ambas, a preocupação das autoras deriva da necessidade de aperfeiçoamento e atualizaçiio no uso dos testes e técnicas, mais que a sua exposição dos aspectos técnicos para a escolha desses instrumentos.

Instrumentos psicológicos comercializados no Bra>il 17

Sabe-se que o uso de instrumentos e técnicas de avaliação psicológica é uma função privativa do psicólogo, ma.;; o que poucos profissionais conhecem é que o seu uso está condicionado a repre­sentação de determinados requisitos técnicos presentes desde sua elaboração. Este é o objetivo principal desta obra, explicitar os as­pectos técnicos da psicometria (estudo da medida psicológica e das características comportamentais representadas nos testes) expostos nos instrumentos nacionais.

Um recente relatório técnico (Prieto & Muniz, 2000) da Conlis­são de Testes do Colégio Oficial de Psicólogos (COP) e da Comissão Européia sobre Testes da Federação Européia de Associações Pro­fissionais de Psicólogos (EFPPA), foram apontadas diretrizes inter­nacionais para o estabelecimento de políticas para o uso dos testes psicológicos, amparando a presente investigaçüo. Aliado a perspecti­va dos padrões de excelência para os instrumentos, recentemente foi publicada uma revisão dos Standards for Educational and Psychologica/ Tests (American Educational Research Association, American Psychological Association & National Council on Measurement in Education, 1999); uma referência clássica quanto aos parâmetros dos instrumentos utilizados na avaliação psicológica (ITC, 2001).

Inicialmente, é necessário expor, em poucas linhas, os pressu­postos básicos quanto às características psicométricas dos testes, com intuito de amparar e auxiliar a interpretação das informações aqui apresentadas.

CARACTERÍSTICAS PSICOMÉTRICAS DOS INSTRUMENTOS

Um aspecto fundamental para considerar, antes mesmo das con­dições técnicas de quaisquer instmmentos, diz respeito quanto a con­cepção de medida que será representada no procedimento de avalia­ção pelos testes psicológicos.

Tomamos como ponto de partida que qualquer avaliação é uma forma de comparação entre um e outro objeto, e, como tal., é uma

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18 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

mensuração, deve claramente representar a validade entre o fenô­meno e os pre~supostos do uso da linguagem matemática. Desde o início da linguagem, a representação matemática como forma parale­la de conceber o mundo se manifestou, desenvolvida e aperfeiçoada com o passar do tempo pelas diversas culturas, representou um avanço do pensamento e de sua abstração. Todas as ciências valem-se de uma forma de análise e representação de suas idéias, mediante o uso da representação matemática de seus fenômenos. Assim podem, além de representar, verificar sob o prisma da equação matemática sua expressão, testando sua pertinência, enquanto observação válida ou não, sob determinadas condições.

Os testes são medidas de processos psicológicos, ou seja, são operações empíricas, isto é, científicas, pelas quais a psico­logia analisa o seu objeto de estudo, os processos psíquicos e os comportamentos deles decorrentes. Dessa forma, Pasquali ( 1999) demonstra que os instrumentos psicológicos fazem a suposição de que a melhor maneira de observar um fenômeno psicológico seja através da medida. É lícito representar os fenômenos psí­quicos com base na linguagem numérica se atendidas suas defi­nições operacionais (axiomas). Esses foram categorizados em três grandes grupos axiomáticos: os axiomas da identidade, da ordem e da aditividade.

Os primeiros tratam do conceito de que algo é igual a si mesmo e somente a ele é idêntico, e que se distingue de todas as outras coisas por suas características (identidade). Os números possuem esta similitude conceitual, um número é somente igual a si e repre­senta somente este aspecto, esta semelhança do axioma, se atendida, pode dar a representação fenomênica os mesmos atributos que a identidade numérica. Sua representação pode possibilitar a expres­são nominal as variáveis.

Por sua vez, os axiomas da ordem preconizam que os números, não somente são distintos entre si (identidade), mas que esta diferen­ça é expressa também em termos da quantidade, da grandeza e da magnitude. Dessa forma, os números, diferentes entre si, podem ser organizados nessa distinção em uma seqüência invariável, hierarqui-

BIBLIOTECA DA PUC Mt.,

Instrumentos psicológicos comercializados no Bra>il 19

camente definida pelos seus atributos, ao longo de uma escala cres­cente. A representação desse axioma possibilita as operações de or­dem nas variáveis.

Os axiomas da aditividade postulam que os números podem ser somados de modo a permitir que de dois números a operação resulte num terceiro e que este seja exatamente a soma das grandezas dos dois números anteriores somados.

Sendo uma ação empírica sobre a realidade, a medida, ao se valer de números para descrever os fenômenos, deve representar pelo menos um dos três axiomas expostos acima, o que caracteriza­ria como logicamente legítima. Mantendo o mesmo raciocínio, quanto mais axiomas forem representados no processo da medida, mais úteis se tornam para a representação e a descrição da realidade empírica.

Tais pressupostos norteiam o processo de avaliação, pela com­preensão que a teoria fornece. Esta é uma questão extremamente fundamental, os pressupostos da medida, embora importantes no con­texto da aplicabilidade da mensuração, são características, e não de­vem ser tomados como sendo o sentido da medida.

São as teorias explicativas do comportamento, que justificam e conseqüentemente revestem de sentido, a necessidade da medida sobre este ou em outro fenômeno. Se esse ponto for descuidado por um profissional, a medida tomada poderá ser interpretada em si mes­ma e, então, o resultado de um procedimento qualquer poderá valer mais que os sentidos teóricos, subjacentes ao entendimento do fenô­meno. Conhecer os axiomas da medida é relevante para dar ao seu uso uma orientação em seus resultados, bem como poder circunscre­ver seus limites e ter desenhado sua abrangência (Pasquali, 1999).

ÜS TESTES COMO INSTRUMENTOS

Um instrumento pode ser considerado como qualquer meio de estender nossa ação ao meio e, assim, poder minimizar nossas limita­ções em uma ação investigativa da observação, maximizando a efi­cácia da obtenção de dados e os seus resultados.

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20 Guia de referência: Testes psicológicos comerciaiizados no Brasil

No caso da investigação psicológica, entendendo que possam representar pela medida, uma determinada ação que equivale a um determinado comportamento, e, assim, indiretamente, mensurar este aspecto compo1tamental. Na avaliação psicológica, os testes são ins­trumentos objetivos e padronizados de investigação do comportamen­to, que informam sobre a organização normal dos comportamentos exigidos na execução dos testes (por figuras, sons e formas espaciais), ou de suas perturbações em condições patológicas. Vismn assim ava­liar e quantificar comportamentos observáveis por meio de técnicas e metodologias específicas, embasadas cientificamente em constmctos teóricos que norteiam a análise de seus resultados (Aiken, 1996).

A investigação do comportamento pelos testes se dá com a apli­cação de diversas técnicas, apoiadas no tipo ele avaliação que se pretende fazer, ou seja, no que se pretende investigar. Cada teste tem uma descrição metodológica específica, com a finalidade de contro­lar e excluir quaisquer variáveis que venham a interferir no processo e nos resultados, para que se obtenha um resultado preciso das reais condiçõe~ do avaliando. Para que esses testes possam ser utilizados, devem ter a qualidade de sua ação verificada em procedimentos metodológicos, que assegurem sua eficácia e eficiência. Uma das linhas de investigação psicológica, que busca aperfeiçoar as qualida­des dos testes, é denominada de psicometria e tem origem em disci­plinas diversas como a estatística, psicologia experimental, metodológicas e computacional.

Na preparação de um instmmento ou teste psicológico, quatro condições são necessárias para garantir a sua qualidade e possibili­dade de uso seguro; a elaboração e análise de itens, estudos da vali­dade, da precisão e de padronização.

Inicialmente, num processo denominado de elaboração e análise dos itens, são elaboradas e avaliadas as questões individuais (ítens) de um teste. Este processo tem início com a preparação dos itens para a representação do comportamento (atributo de medida). É necessário poder representar no item todas as possíveis variações que o atributo medido possa assumir, sob pena de não contemplar a diversidade das respostas, e com isso, deixar de medir um ponto do comportamento.

Instrumentos psicológicos comercializados no Brasil 21

Na análise dos itens a compreensão de leitura e resposta do item, sua capacidade de avaliar um determinado atributo (comporta­mento), a eficácia da avaliação das questões e a capacidade dos itens em abarcarem todas as possíveis manifestações comportamentais do fenômeno em questão são investigadas. Nessa etapa, é possível ter um grande número de itens que serão avaliados e sua permanên­cia condicionada a satisfação das necessidades técnicas do teste. Não é incomum que muitos itens não sejam aproveitados e, conse­qüentemente, sejam descartados nessa etapa ainda introdutória do trabalho. Como aspecto principal no trabalho de avaliação da quali­dade de um teste estão representadas as seguintes questões: a pre­sença clara e objetiva das informações sobre como foram constmídos os itens, suas principais características, a base teórica que eles repre­sentam na sua medida, as avaliações realizadas pelos autores ou edi­tores que finalizam a escolha de um determinado número para o se­guimento do processo. Sem algum desses pontos fica extremamente difícil entender como os autores construíram o teste desde o início.

O próximo passo, em uma segunda etapa, é verificar a validade do teste, em poder descrever um comportamento de modo a garantir que realmente se possa medir aquilo que se propõe. Essa etapa tem dois grandes momentos denominados de validade lógica e empírica, cuja distinção está respaldada na avaliação das respostas dos sujei­tos. É um ponto crucial da elaboração de um teste ter assegurado a verificação dessa qualidade, expressada nas características do con­ceito do comportamento a ser avaliado, das diversas manifestações que ele pode expressar, da equivalência de sua medida com outras formas similares de avaliação e na possibilidade dessa mensuração poder ter um caráter preditivo na avaliação do comportamento. Ge­ralmente é expressa por descrições de avaliação ou análise fatorial (exploratória ou confirmatória), apresentação de comparações (cor­relações) entre dois ou mais instrumentos com medidas semelhantes em estimativas de índice de validade superiores a 0,80. Essas são as pistas que devem encaminhar o leitor ao entendimento do que está descrito em um manual técnico. Sem elas pouco se pode dizer sobre o quanto um teste é válido e com que grau ele mede o que diz aferir.

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22 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Numa etapa posterior, é necessário identificar se a medida efe­tuada pelo instrumento pode ser tomada como consistente sem sofrer modificações alheias externas a manifestação do comportamento. O processo denominado de precisão ou fidedignidade tem como objeti­vo verificar a consistência das respostas obtidas pelos sujeitos no teste. É uma maneira de se calibrar o instrumento, ajustá-lo especifi­camente a forma da avaliação. Com auxílio da estatística e procedi­mentos metodológicos é possível comparar o instrumento dentre ou­tras formas semelhantes de ver aquele comportamento, as respostas de grupos de respondentes com outros testes similares, obtendo uma forma de estabilidade das respostas (Pasquali, 2001; Muniz, 1996). O leitor deve estar atento sobre as especificações que constam nos manuais dos testes. Por mais que estes aspectos estejam representa­dos em consideráveis tabelas e gráficos, sua atenção deve focalizar­se no número de sujeitos, tipos de procedimentos utilizados na avalia­ção da precisão (em geral quanto mais forem variados e represen­tando diversos sujeitos com características amostrais distintas, me­lhor), resultados obtidos em margens superiores a coeficientes 0,80 e com uma acurada análise dos autores.

Estando satisfeitas todas as condições anteriores, inicia-se um último procedimento que tem como objetivo o estabelecimento de nor­mas para a utilização do teste. Uma primeira norma está na constitui­ção do instrumento (como deve ser apresentado, qual o número de páginas, que tipo de papel e qual disposição dos itens). Uma outra ne­cessidade de normatização está na elaboração da forma de aplicação do teste, para que idade é ele indicado, se pode ser aplicado a um nível de escolaridade distinta ou pode valer para qualquer nível e se há indi­cação de ser aplicado em grupo ou individual. Por fim, um último grupo de normas refere-se à classificação dos resultados obtidos pelos respondentes. Dentre os diversos tipos de normas de resultados (percentil, escores padronizados ou classificação dos comportamen­tos) qual é a mais indicada e como se pode obtê-la. Esta última ainda tem um caráter temporário na manutenção de suas condições, necessi­tando ser atualizada, de tempos em tempos, de forma a garantir, por exemplo, a medida das variações culturais (Anastasi & Urbina, 2000).

Instrumentos psicológicos comercializados no Brasil 23

Embora quase todos os testes apresentem normas de compara­ção de resultados, estas devem ser determinadas por um considerá­vel número de sujeitos (representando diversas características como instrução, idade, sexo, escolaridade), provenientes de varias regiões do País ou mesmo do Estado e, principalmente, que esses dados se­jam provenientes de pesquisas recentes, com no máximo dez anos. Aqui como o leitor irá verificar no seguimento do livro, poucos são os testes que atendem essa recomendação.

Atendidas as condições psicométricas do instrumento, este, en­tão, é capaz de ser um teste psicológico, utilizado com toda a segu­rança para poder tomar as medidas do fenômeno psicológico.

Um ponto fundamental ainda a ressaltar é o da atualização dos testes pelas editoras e de sua informação atualizada na literatura na­cional e no Exterior. Primeiramente cabe a editora a permanente atu­alização do teste e, não simplesmente, de uma nova data na capa do manual, mas também de revisões dos dados, com novas pesquisas. O leitor pode acompanhar facilmente pela Internet ou mesmo nas ba­ses de dados de publicações (periódicos) se um teste apresenta atu­alização ou não, e se a comunidade científica nacional e internacional está investigando ou produzindo estudos com este instrumento. Caso não haja nenhum dado novo ou mesmo significativo em seus resulta­dos, caberá ao psicólogo dar lugar para um outro teste.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apresentadas essas informações cabe, antes de tudo, escla­recer que os instrumentos serão apresentados em ordem alfabéti­ca do nome de comercialização, pois se pensa que qualquer outra forma de agrupá-los poderia acarretar dúvidas ou alguma dificul­dade na consulta. Como o leitor irá perceber esses testes são re­lacionados no fim, em um sumário de consulta, conforme sua indi­cação. Todas as informações foram obtidas diretamente nos ma­nuais editados pelas respectivas editoras, responsáveis pela sua representação e comercialização.

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24 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Quando do final da preparação deste livro, aguardava-se a pu­blicação de uma relação de avaliação sobre os testes psicológicos elaborada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), referente às determinações adotadas nas resoluções 25 e 30 (CFP, 2001). Segun­do informações do próprio CFP, trata-se de um informe sobre o uso dos instrumentos pelos psicólogos em sua atividade e constaria de uma relação dos instrumentos em condições de uso. Como nada ain­da havia sido divulgado até o momento da finalização deste estudo, tomou-se a decisão de apresentar os resultados. Espera-se poder contribuir com informações atuais e organizadas, de forma precisa, para que o leitor tenha condições de uma acertada tomada de deci­são na escolha do instrumento.

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Instrumentos psicológicos comercializados no Bra~il 25

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Page 14: Guia de referência   os testes psicológicos comercializados no brasil   ebook ccs

ATENÇÃO CoNcENTRADA - AC

Origem do teste - O Teste de Atenção Concentrada foi de­

senvolvido com o objetivo de aumentar o espectro de instrumentos

disponíveis para testar e re-testar candidatos que já haviam sido sub­

metidos a outras provas de atenção.

Dados de identificação - O Teste Atenção Concentrada é

uma produção nacional, de autoria de Suzy Vijande Cambraia. Foi

editado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., originalmente

em 1967, sendo que passou por revisões cujas datas não constam

do manual avaliado. A última edição é de 2002 e traz pesquisa de­

senvolvida em 2001. O objetivo do instrumento é avaliar a capaci­

dade que o sujeito tem de manter sua atenção concentrada no tra­

balho por um período de tempo.

Aplicação e material- Há indicações no manual de que o

teste pode ser aplicado em todos os níveis de escolaridade, do

analfabeto ao curso superior; não há indicação de limites de ida­

de. A aplicação pode ser individual ou coletiva e, em média, ocupa

cinco minutos. O material é composto por manual, crivo de corre­

ção e folha de resposta.

Amostra-A amostra da pesquisa de 2001 incluiu indivíduos

de três Estados, a saber: São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande

do Norte. A idade variou de 17 a 64 anos. As aplicações foram

coletivas e individuais.

Parâmetros Psicométricos Validade - Ela foi estabelecida por meio da comparação dos

resultados do AC com os do Teste de Atenção Concentrada D2. A

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28 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

amostra foi composta por 50 sujeitos, estudantes universitários. Os resultados foram submetidos à correlação linear de Pearson e o coe­ficiente foi 0.460.

Precisão- Não há informações no manual.

ATENÇÃO CONCENTRADA - AC-15

Origem do teste - Ele foi construído para preencher a neces­sidade de verificar a capacidade de atenção dos sujeitos em um perí­odo razoável de tempo, de acordo com o manual. O autor esclarece que esse é um diferencial do instrumento em relação aos demais, ou seja, a capacidade de se manter atento por mais tempo. O teste foi elaborado seguindo o modelo do Minnesota Clerical Test.

Dados de identificação - O instrumento é nacional, de autoria de Nestor Efraim Rojas Boccalandro, e foi publicado pela Vetor Edi­tora Psico-Pedagógica Ltda. em 1977.

Aplicação e material- O material do teste consiste em manu­al, folha de resposta e crivo de correção. A aplicação pode ser indivi­dual ou coletiva e o tempo é de aproximadamente de 15 minutos.

Parâmetros Psicométricos Amostra- Participaram como sujeitos 1.494 candidatos a car­

gos de operadores e programadores de processamento de dados em uma instituição financeira da cidade de São Paulo, sendo que o nível instrucional variou de ginasial a supe1ior (superior- 245; colegial-1.055; ginasial- 194).

Validade - Na pesquisa de validação, das 901 mecanógrafas que trabalhavam em turnos diurnos, foram escolhidas 88, de tal ma­neira que se formassem três subgrupos, de acordo com o desempe­nho no exercício da função (acima da média, média e desempenho abaixo da média). O desempenho no trabalho permitiu uma classifi­cação com dois critérios: a) por quantidade de serviço ou produção e b) por qualidade de trabalho e precisão. No que se refere à produção,

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30 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

obteve-se o coeficiente de 0,25 para a primeira parte da produção.

No que se refere à relação entre o desempenho no teste e qualidade

de trabalho, o coeficiente de correlação trisserial na primeira parte

foi de 0,58 e na segunda 0,33. Na terceira parte, não se observou correlação.

Precisão - A fidedignidade foi calculada por meio da verifica­

ção da consistência interna (o AC-15 foi dividido em três partes). Por

meio do coeficiente de correlação de Pearson e os resultados encon­trados foram: 0,82, 0,79 e 0,91.

ACRE - TESTE DE ATENÇÃO

CoNCENTRADA, RAPIDEZ E EXATIDÃO

Origem do teste - O instrumento foi criado a fim de ampliar o

espectro de técnicas de avaliação disponíveis para os processos de

seleção profissional, considerando que, muitas vezes, o candidato é

submetido mais de uma vez aos mesmos instrumentos. O autor reco­

nhece que o material não é absolutamente original em seu conteúdo,

mas de acordo com ele toma mais rica a possibilidade de escolha dos

instrumentos psicológicos no exercício das atividades profissionais.

Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Flávio

Rodrigues da Costa, editado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda.,

em 1999. Ele se destina à mensuração dos fatores que dão nome ao

teste, ou seja, atenção, concentração, rapidez e exatidão, e, de acordo

com o manual, pode ser utilizado nas mais diversas situações, como na

clínica, na psicologia escolar, na orientação vocacional ou na psicologia

do trabalho.

Aplicação e material- O Teste ACRE pode ser aplicado individual

ou coletivamente, sendo que em ambas a<> situações devem ser conserva­

das as mesmas instruções. O tempo de realização do sujeito é de três

minutos e, embora não haja indicações sobre a faixa etária adequada para

melhor realização do instrumento, há uma relação de ocupações profissio­

nais nas quais o teste pode ser aplicado (digitadores, datilógrafos, progra­

madores de computação, técnicos em processamento de dados, revisores,

redatores, telefonistas, operadores de terminais, operadores de leitura de

instrumento, arquivadores, bibliotecários, auxiliares administrativos em ge­

ral, bancários, motoristas, pilotos de aeronaves, dentre outras). O material

consiste em manual, folha de resposta e crivo de apuração.

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32 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Amostra - Participaram da amostra 1.197 sujeitos, de ambos os sexos, com idade variando entre 18 e 42 anos, que integravam um processo de seleção profissional para uma empresa de telecomuni­cações da cidade do Rio de Janeiro.

Parâmetros Psicométricos- No manual não há dados sobre os estudos de precisão e validade.

ATENÇÃO DIFUSA - MEDIDA

DE PRONTIDÃO MENTAL

Origem do teste - A construção do instrumento justificou-se pela importância de se avaliar os elementos perceptivos. Trata-se de uma prova de desempenho,. que contém pares ele figuras que deverão ser relacionadas, provocando o processo ele percepção, discriminação e reconhecimento.

Dados de identificação - O instrumento é produto nacional, de autoria de Clauco Piovani e César M. Piovani. Foi publicado, em 1976, pela Edites Empresa Distribuidora de Testes Ltda. Não há in­formações sobre estudos de revisão. O instrumento visa a medida psicológica do nível de prontidão possuída pelo sujeito, quer como forma de resposta quer como tipo de atividade mental.

Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou co­letiva, sendo que o tempo de execução é de sete minutos e 30 segun­dos. O teste pode ser aplicado a sujeitos, independentemente da es­colaridade deles. O material consiste em manual e caderno ele teste.

Amostra- Não há informações sobre a amostra de padronização.

Parâmetros Psicométricos Precisão - Estudou-se a precisão do teste a partir de uma

amostra de 2.500 sujeitos, por meio do teste-reteste. O coeficien­te de correlação de Pearson ofereceu um índice de precisão de 0,83. O intervalo entre as aplicações foi de dois meses. O erro padrão de medida estabelecido foi quatro.

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34 Guí~t Je rt:fcr~ncia: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Validade -· A validade do instrumento foi determinada a partir

da realização de Jiferentes estudos, tais como: verificação do índice

de dificuldade. comparação dos resultados do mesmo com outros tes­

tes, tais corno: Fator P de Cattell, Bateria TSP (índice de correlação

de 0,33) e Teste de Toulouse-Pieron (índice de correlação de 0,68).

No último estudo. fizeram parte da amostra 250 sujeitos, candidatos

que se apresentaram para seleção profissional. Os indivíduos eram

adultos, do~ sexos masculino e feminino.

O teste foi aplicado em uma amostra de 11.400 sujeitos, de 8 a

69 anos, sem di~.tinção de sexos, escolaridade ou nível socioeconôrnico.

Constatou-se que há diferença entre os extremos das idades. O ins­

trumento foi correlacionado com uma prova de inteligência- Matri­

zes Progrc;;sivas de Raven. O coeficiente de corr-elação de Pearson

indicou um índice de 0,35. Além desses trabalhos, três outros foram propostos, o estudo de

correlação com a escolaridade, o estudo de corr-elação com a per­

sonalidade e o estudo de corr-elação com a profissão.

AVALIAÇÃO DA CRIATIVIDADE POR

FIGURAS E pALAVRAS

Origem do teste -O instrumento constitui-se na versão brasi­

leira dos Testes de Criatividade de Tonance, formas verbal e figurai. A

justificativa paTa o estudo baseou-se no fato de serem instrumentos

muito utilizados, de acordo com a literatura intemacional. A autora do

instrumento elaborou normas representativas para estudantes do ensi­

no médio e universitário, dada a dificuldade na coleta de dados de nor­

mas representativas para as diferentes faixas etárias e educacionais.

Dados de identificação - O instrumento original é de autoria

de Torrance, e ele se organiza em um teste de criatividade figurai e

outro verbal. A presente edição constitui-se em urna versão brasileira

do material, sendo que a autora da obra, Solange Wechsler, objetivou

padronizar o teste para estudantes de ensino superior e médio. A

publicação deu-se em 2002, pela Impressão Digital do Brasil Gráfica

e Editora Ltda. O teste vi->a à avalia<;ão da criatividade por meio de

figuras e palavras.

Aplicação e material - O material compõe-se de um livro téc­

nico, caderno de respostas, lápis e cronômetro. A aplicação pode ser

individual ou coletiva, sendo o uso grupal o mais comum, e o tempo de

execução é de 40 minutos. O teste de criatividade figurai pode ser

aplicado isolado ou em conjunto com o teste verbal.

Amostra - Cada um dos testes (criatividade figurai e verbal)

teve uma amostra específica de padronização e receberão as denomi­

nações amostra I e 2 respectivamente, a fim de facilitar a descrição. A

amostra 1 foi composta por 1.015 sujeitos, sendo 520 do sexo feminino

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36 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

e 495 do sexo masculino. Dentre esses indivíduos, 657 eram estudan­tes do ensino médio ( J ' ao J ano) e 358 cursavam o ensino superior ( 1" ao 5 ano). Os estudantes freqüentavam escolas e universidades públi­cas e particulares do interior do Estado de São Paulo. A faixa etária variou de 14 a 23 anos, no ensino médio, e de 17 a 28 anos. no ensino superior. Para a aplicação nos estudantes universitários, estiveram re­presentados os cursos de Fisioterapia, Biologia, Engenharia, Arquitetu­ra. Psicologia. Direito, Jornalismo e Pedagogia.

A amostra 2 foi composta por 879 sujeitos, sendo 478 do sexo feminino e 401 do sexo masculino. Dentre eles, 629 eram estudantes do ensino rnédio e 250 cursavam o ensino superior. Assim como os sujeitos da amostra I, os da amostra 2 eram estudantes de escolas e universidades públicas e particulares do interior do Estado de São Paulo. A faixa etúria variou de 14 a 21 anos, no ensino médio, e de 17 a 36 anos. no ensino superior. Os cursos representados pelos sujeitos do ensino superior são os mesmos da amostra 1.

Parâmetros Psicométricos Precisão -- A precisão foi estudada por meio de dois métodos:

teste-reteste e consistência de correção por juízes independentes. A amostra utilizada no teste-retestc foi composta por 53 pessoas, sen­do 35 mulheres e 18 homens, com idade variando entre 18 e 25 anos. Os sujeitos pertenciam ao nível socioeconômico médio e baixo e es­tudavam nll ensino médio e técnico de uma cidade do interior de São Paulo. Os coeficientes de correlação são apresentados em duas ta­belas, para cadJ um dos indicadores criativos avaliados pelo instru­mento. No que se refere à precisão da correção, foram elaborados dez versõe:-; da proposta original de manual de Torrance e Ball, a fim de clarear as con-eçôes para evitar erros. Os juízes eram bolsistas do Laboratório de Avaliação e Medidas Psicológicas da PUC-Campinas (LAMP). ~~enhum índice de precisão foi inferior a 0.70.

Validade- A pesquisa ue validação incluiu 128 sujeitos, sendo 59 definidos como criativos e 69 definidos corno não criativos ou re­gulares. Para ser considerado indivíduo criativo deveria possuir defi-

Avaliação da Criatividade por Figuras e Palavras 37

nição reconhecida aferida por meio de prêmios e distinções recebi­das. A idade dos sujeitos variou entre 1 8 e 75 anos, sendo a média 33 e os sujeitos eram provenientes de classes média e alta. Foi verificada a validade concorrente e discriminativa do teste de criatividade figurai. No que se refere à validade concorrente, os resultados indicaram dos 15 indicadores de criatividade, apenas três não obtiveram correlação significativa com a produção total do sujeito. Já em relação à valida­de discriminativa entre os grupos, os resultados revelaram que em todas as características figurativas, os indivíduos criativos obtiveram médias maiores que os não criativos.

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BECASSE - ATITUDES

SociOEMOCIONAIS EM CRIANÇAS PRÉ­

ESCOLARES

Origem do teste - Os dois testes reunidos sob o mesmo título são compostos de oito tarefas diferentes usadas em consultórios psi­

cológicos e psiquiátricos durante muito tempo, segundo informações do manual. O teste original foi elaborado, em 1960, para preencher a

lacuna da avaliação da maturidade escolar e foi estruturado tendo como base dois outros instrumentos: Teste de Wartegg e Teste de Pigem. Há informações no manual e que o teste pode ser usado como "quebra-gelo", considerando que estabelece fácil contato com a cri­ança, além de oferecer dados para uma futura orientação.

Dados de identificação- O instrumento é de autoria de Bettina

Katzenstein Schoenfeldt. Foi publicado, em 1977, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. e, em 1999, foi reeditado. No último manual, não aparecem informações sobre o número da edição ou sobre o ano

da publicação original. Indicações: verificar a maturidade da criança para iniciar o processo de alfabetização.

Aplicação e material - O teste se destina a crianças de 5 a 9 anos. A aplicação pode ser individual ou coletiva e, em média, a apli­cação dura 30 minutos. O material constitui-se de manual, caderno

formaM (masculina) e caderno F (feminina), lápis preto e vermelho, quadro negro, giz e cronômetro.

Parâmetros Psicométricos - O manual não indica como foi desenvolvida a construção do instrumento, assim como não apresen­ta estudos de validade, precisão e informações sobre padronização.

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BATERIA DE FUNÇÕES MENTAIS PARI\

MOTORISTA- TESTES DE ATENÇÃO BFM-1

Origem do teste - A BFM - I é fruto da integração da Legis­lação de Trânsito, da Engenharia de Trânsito, da Educação de Trân­sito e da Psicologia. A bateria é composta por um conjunto de instru­mentos destinados à investigaçào, à avaliação, à classificação e à padronização de funções indispensáveis para o condutor. Segundo o manual, os testes de atençilo da BFM - 1 não devem ser classifica­dos como testes de aptidões específicas, mas sim como provas de investigação das funções mentais.

Dados de identificação- A Bateria foi lançada, em J 999, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em sua primeira edição. O autor é Emílio Carlos Tonglet.

Aplicação e material - A BFM - I apresenta provas de aten­ção, por meio de seis testes, sendo que dois avaliam atenção difusa (TADIM e TADIM- 2), dois avaliam atenção concentrada (TACOM -A e TACOM- B) e dois avaliam atenção discriminativa (TADIS-1 e TADIS- 2). O material do teste é composto por manual, folha de teste, crivo de correção, caneta e cronômetro. A aplicação pode ser individual ou coletiva; no caso de coletiva, o manual sugere um m<ixi­mo de I O ou 15 candidatos por aplicação, dependendo da prova.

Cada teste é apresentado em um capítulo do manual; são apre­sentados os dados relativos à amostra, resultados estatísticos e quali­dades psicométricas e é precedido por um apanhado teórico a respei­to da função avaliada.

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42 Gui'" de rderência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Amostras -O TADIM e o TADIM --2 utilizaram 451 pessoas, camlidatàs a Cnteira Nacional de Habilitação, em São José dos Cam­pos/SP. A idade dos sujeitos variou de 18 a mais de 50 anos (não foi especificado o limite superior do intervalo). No que se refere à esco­laridade, variou de 1 ". série a nível superior completo.

A amostra do TACOM - A e do TACOM - B foi composta por 439 pessoas, com idade mínima de 18 anos, candidatas a carteira de motorista, em Silo José dos Campos/SP. No que se refere à escolari­dade, variou de 1 ". série a nível superior completo.

O TADJS -- 1 e o TADIS- 2 contaram com 428 sujeitos com idade mínima de 18 anos, candidatos a carteira de motorista, em São José dos Campos/SP. No que se refere à escolaridade, variou de 1 '. série a nível superior completo.

Parâmetros Psicométricos Fidedignidade- Para verificação da fidedignidade no TADIM

e no TADIM- 2, no TACOM e no TACOM- A e no TADIS- 1 e no T ADlS - 2, foi utilizado o método das formas paralelas, sendo que cada patticipante foi submetido à avaliação concomitante, mas não necessariamente seqüencial, para minimizar o efeito da aprendiza­gem. Os respectivos coeficientes de correlação de Pearson indica­ram correlaçõe:> de 0,74, 0,81 e 0,88.

Validade -· Os estudos de validade considerados nos seis ins­trumentos foram de construto e simultânea. No que se refere à vali­dade de construto, o autor aponta que as tabelas de percentis dos instrumento'; indicam uma boa uniformização ou distribuição dos pon­tos, evidenciando um aumento nos resultados de acordo com o au­mento da escolaridade dos sujeitos.

Já em relação à validade simultànea, a Bateria foi correlacionada com o Teste AC, de Suzy Cambraia; as correlações variaram de 0,55 a 0,78. Os re"ultados da Bateria também foram comparados aos resul­tados do R -I, indicando correlações entre 0,3 7 a 0.61 .

BATERIA DE FUNÇÕES Mfu~s PARA

MarorusTA ~ T:e,'TE DE MEMóRIA - BFM-2

Origem do teste- A BFM - 2 é uma bateria composta por um teste TEMPLAM - Teste de Memória de Placas para Motoristas e objetiva investigar os processos mnemônicos dos candidatos à obten­ção da carteira nacional de habilitação. O TEMPLAM foi baseado no Teste de Memória que compõe a Bateria TS.P. (King, 1956, tra­duzido e publicado pela Edites, 1969).

Dados de identificação- A Bateria foi lançada. em 2000, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em sua primeira edição, con­figurando-se como produto nacional. O autor é Emílio Carlos Tonglet.

Aplicação e material - O material do teste consiste em manual, caderno, crivo de apuração, tabela comparativa dos re­sultados, cronômetro e caneta. A aplicação pode ser feita indivi­dual ou coletivamente e, no caso de aplicaçiio coletiva, não deve ultrapassar dez sujeitos por sala. O tempo de aplicação gira em torno de cinco minutos.

Amostra - Fizeram parte da amostra 926 pessoas, candidatas à carteira nacional de motorista, de São José dos Campos/SP. A ida­de dos sujeitos foi superior a 18 anos e o nível de escolaridade variou de 1 ". série à superior completo.

Parâmetros Psicométricos Fidedignidade- Para verificação da fidedignidade, foi utili­

zado o método de precisão das metades; o coeficiente de correla­ção foi de 0.79 e o valor estimado pela correção de Spearman-

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44 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Brown foi de 0,88. Para o estudo da fidedignidade, a amostra foi

composta por 930 sujeitos.

Validade- As validades consideradas no instrumento foram de construto e simultânea. No que se refere à validade de construto, o

autor aponta que as tabelas de percentis dos instrumentos indicam uma boa uniformização ou distribuição dos pontos, evidenciando um aumento nos resultados de acordo com o aumento da escolaridade dos sujeito-;. Já em relação à validade simultânea, foram comparados os resultados do TEMPLAM com os do T.S.P. O coeficiente de cor­relação de Pearson foi de 0,83.

BATERIA DE FUNÇÕES MENTAIS PARA

MoTORISTA - TESTE DE RAciocíNIO

LóGICO - BFM-3

Origem do teste - O BFM - 3 faz parte da Bateria de Funções Mentais, que por sua vez é um conjunto de instrumentos psicológicos que tem por finalidade investigar as funções mentais relacionadas ao ato de dirigir. Este instrumento compõe o terceiro volume que investiga

o raciocínio lógico por meio do TRAP - 1 (Teste de Raciocínio de Placas). De acordo com o manual, o TRAP- I supre uma lacuna na avaliação psicológica, uma vez que não havia até então teste para ava­

liar o raciocínio de candidatos a carteira de motorista.

Dados de identificação - A Bateria é produto nacional e foi lançada, em 1999, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. O au­tor é Emílio Carlos Tonglet.

Aplicação e material - O material do teste consiste de manu­al, caderno de teste, folha de respostas, crivo de apuração e crivo de análise de erros, além de cronômetro e caneta. O tempo médio de realização do teste é de 18 minutos e 37 segundos e a aplicação pode ser de maneira individual ou coletiva.

Amostra - Fizeram parte da amostra 613 pessoas, com idade a partir de 18 anos e com escolaridade de r. série até nível superior. Os sujeitos eram candidatos a carteira nacional de habilitação, na cidade de São José dos Campos/SP.

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46 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Parâmetros Psicométricos Fidedignidade- Utilizou-se o método de divisão das metades.

O coeficiente de correlação de Pearson foi de 0,79.

Validade - Os estudos de validade considerados no instrumen­to foram de construto e simultânea. No que se refere à validade de construto, o autor aponta que as tabelas de percentis dos instrumen­tos indicam uma boa uniformização ou distribuição dos pontos, evi­denciando um aumento nos resultados de acordo com o aumento da escolaridade dos sujeitos.

Para o estudo de validade simultânea, optou-se pelo uso do R-1 (Rynaldo de Oliveira). O coeficiente de correlação de Pearson foi de 0,82.

BATERIA DE FUNÇÕES MENTAIS PARA

MoTORISTA - BFM-4

Origem do teste- O BFM-4 faz parte de um conjunto de testes específicos para motoristas (BFM-1, BFM-2 e BFM-3), que vem colaborar com a investigação dos processos cognitivos dos con­dutores. A Bateria é composta por dois testes TACOM-C e TACOM­D, sendo que ambos objetivam avaliar a atenção concentrada.

Dados de identificação - O instrumento é produção nacional e foi construído por Emílio Carlos Tong1et, em 2002 ( 1" edição), pela

Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda.

Aplicação e material - A aplicação pode ser individual ou co­letiva e no caso de coletiva, há uma sugestão de que não seja ultra­passado o número de dez sujeitos por sala. O teste destina-se para adultos, candidatos a motoristas, embora não haja no manual a defini­ção da faixa etária mais apropriada para a realização do teste. O material consiste de manual, folha de respostas e crivo de apuração.

Amostra - Fizeram parte da amostra 480 sujeitos, candidatos à

Carteira Nacional de Habilitação e motoristas que estão mudando de categoria, envolvendo universitários, alunos do ensino fundamental e

de curso técnico. A idade variou de 18 a 59 anos.

Parâmetros Psicométricos Precisão - A fidedignidade foi calculada para os testes que

compõem a bateria. Os resultados dos sujeitos foram comparados em ambos os testes, considerados paralelos, sendo que o coeficiente de correlação encontrado foi de 0,82.

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48 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Validade - De acordo com o manual, foram realizados dois

estudos de validade: de construto e simultâneo. A validade de construto

é descrita sucintamente em termos da verificação da teoria a respei­

to e por meio da análise dos resultados dos sujeitos no que se refere

à melhora do desempenho de acordo com o aumento do nível escolar.

No que se refere à validade simultânea, os testes da BFM-IV foram

comparados com os de outra Bateria, tendo sido encontrados coefici­entes de correlação de Pearson de 0,66 e 0,75.

BATERIA DE PROVAS DE RAciocíNio

BPR-5

Origem do teste - Em diferentes situações profissionais do

psicólogo, como por exemplo na orientação profissional, ele é levado

a tomar decisões sustentadas em avaliações das aptidões. São pou­

cos os instrumentos disponíveis no Brasil que se dispõem a esse tipo

de avaliação, sendo que alguns dos existentes encontram-se

desatualizados. Portanto, o BPR-5 foi criado a fim de contribuir para

com este tipo de avaliação. Indicações: fornecer estimativas tanto do

funcionamento cognitivo geral, quanto das forças e fraquezas em cinco

áreas mais específicas (raciocínio abstrato, verbal, visual-espacial,

numérico e mecânico).

Dados de identificação - O BPR-5 originou-se da Bateria de

Provas de Raciocínio Diferencial construída por Almeida (1986), que,

por sua vez, se originou dos Testes de Raciocínio Diferencial de Meuris

(1969). Os autores são Ricardo Primi e Leandro S. Almeida. O ma­

terial foi publicado, em 1998, pela Casa do Psicólogo ( 1" edição).

Aplicação e material - O material se constitui em manual, dez

cadernos (cinco para cada forma: A e B), folhas de respostas e qua­

tro crivos (dois para cada forma: A e B). A aplicação pode ser indivi­

dual ou coletiva e o tempo destinado à aplicação gira em tomo de 1

hora e 40 minutos (deve preferencialmente ser aplicado em duas ses­sões). A forma A é indicado para a seguinte faixa etária: 6a, 7a e 8a

séries do ensino fundamental e a forma B, para 1 •, 2a e 3• séries do

ensino médio.

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50 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Amostra -- Participaram como sujeitos 1.243 pessoas, sendo 4 72 de Portugal (Braga e Viana do Castelo) e 771 do Brasil (lndaiatuba,

Itatiba, Jundiaí e Mogi Guaçu), ambos os sexos, com os seguintes níveis instrucionais: 6a, 7a e 8a séries (7°, 8° e 9o anos de Portugal) e 1 a,

2a e 3a séries do 2° grau (1 0°, 11 o e 12° anos de Portugal).

Parâmetros Psicométricos Análise de itens - A análise de itens foi verificada por meio da

análise do índice de dificuldade e do poder discriminativo. Os resulta­dos indicaram que, de um modo geral, as provas cumpriram os requi­sitos necessários à composição de escalas precisas.

Precisão-- A precisão foi obtida por meio da aplicação do mé­todo das metades (Split-halj); os coeficientes de correlação varia­ram de 0,65 a 0,87. Também foi pesquisada a precisão por meio da consistência interna com base nos coeficientes de correlação de Pearson (Alfa I) e a consistência interna com base nos coeficientes de correlação tetracórica.

Validade- A consistência interna foi verificada e os coeficien­tes de correlação Tetracórica (Alfa 11) variaram de 0,75 a 0,94. Tam­bém foi realizada, respectivamente, a análise fatorial da matriz de correlação entre os cinco subtestes e foram estabelecidas correla­çôes entre BPR-5 e notas escolares.

BATERIA TSP

Origem do teste - A Bateria TSP foi criada tendo em vista a necessidade do autor de encontrar um "grupo de testes" validados

pelo editor, para campos básicos de trabalho nas áreas de comércio e indústria. Os instrumentos existentes na época (por volta de 1947)

eram considerados testes individuais. Indicaçôes: seleção profissio­nal e avaliação da inteligência.

Dados de identificação - O nome original do instrumento é Factored Aptitude Series, de autoria de Joseph E. Ring, tendo sido

publicado por Industrial Psychology, por volta de 1951 (não há a data precisa no manual). Foi traduzido e adaptado por Clauco Piovani e publicado pela Edites Empresa Distribuidora de Testes Ltda.

Aplicação e material- O material do teste constitui-se em ma­nual, cadernos de testes, caneta e lápis. A aplicação pode ser individual ou coletiva e o tempo médio é de uma hora. Não há informações sobre a faixa etária mais indicada para a realização do instrumento.

Amostra - As normas foram obtidas a partir da aplicação da Bateria TSP em 28.158 sujeitos de diferentes regiões do país, carac­terizando um estudo de amplitude nacional, realizado entre 1969 e 1973. Não há outros detalhes sobre características da amostra.

Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Foram construídos aproximadamente 70

itens para cada teste, sendo que foram submetidos a uma pesquisa piloto. Houve a determinação da dificuldade dos itens, oscilando os coeficientes entre 0,90 e 0,20.

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52 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Precisão- A verificação da precisão se deu por meio da apli­cação do método das metades; o coeficiente de Kuder-Richardson variou de 0,89 a 0,96. Mas tais resultados foram desprezados, consi­derando que os itens eram sumamente homogêneos. Novos estudos foram realizados; o teste-reteste foi aplicado a uma amostra ele 100 sujeitos, com intervalo ele seis meses, revelando coeficientes (não corrigido) que variaram ele 0,79 a 0,91.

Validade·- A validade elo instrumento foi verificada por meio ela comparação entre os resultados elo teste e o critério externo, no caso, as tarefas desenvolvidas pelos sujeitos nas áreas ela indústria e elo comércio. Os coeficientes são apresentados em tabela. E, ainda, foi realizada uma análise fatorial entre os testes ela Bateria TSP e outros instrumentos, como o Minnesota para Escriturários, o Teste para Pessoal ele Wonclerlic e a Adaptabilidade Mecânica ele Parclue. A correlação média entre os oito fatores foi ele 0,35.

COMO CHEFIAR?

Origem do teste- É um instrumento para auxiliar na classifi­cação e reclassificação ele chefes, considerando que ele se propõe a medir a capacidade ele compreensão elos conhecimentos relaciona­elos com as tarefas ele chefia.

Dados de identificação - O nome original elo instrumento é How Survise?, ele autoria ele Quentim W. Filee H. H. Remmos, ten­do sido publicado pela The Psychological Corporation. A adaptação ficou sob responsabilidade ele Eva Nick e foi publicada pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada - CEPA.

Aplicação e material - O teste pode ser aplicado coletiva­mente e não há limite de tempo. Há indicação ele que o teste deve ser aplicado em adultos e o material se constitui em manual, caderno ele questões e chave ele apuração.

Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Os itens foram escolhidos após a aplica­

ção experimental ele duas formas, com 100 itens cada, aplicados em cerca ele 750 chefes, em dez indústrias. Para cada item, havia cinco alternativas e a conelação obtida mediante o emprego elas duas chaves ele apuração, baseada nas respostas ele dois grupos, foi igual a 0,90.

Precisão- A conelação entre as notas elas formas A e B for­neceu o coeficiente ele 0,87.

Validade - Foram submetidos à prova 2.209 chefes elos quais 1.417 responderam a ambas as formas. Concluiu-se que o instru-

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54 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

mento possui, de acordo com o manual, certo valor para diagnosticar a capacidade de alcançar posições superiores.

CORNEL INDEX - CI

Origem do teste - O CI surgiu da necessidade de se realizar uma rápida avaliação psiquiátrica e psicossomática. Foi construído baseado numa série de questões referente a sintomas neuropsiquiá­tricos e psicossomáticos, servindo como um histórico psiquiátrico pa­dronizado e como guia de entrevista diferenciando para pessoas com distúrbios pessoais e psicossomáticos sérios.

Dados de identificação- O instrumento é produção internaci­onal- de autoria de Artur Weides, Harold G. Woff, Keerve Brodman, Bela Mittelmann e David Wechsler -, traduzido para o português por Jurema Cunha. É editado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada - CEPA, com revisão realizada em 1949. Indicação: avaliação da personalidade.

Aplicação e material - De acordo com a manual, o teste pode ser aplicado em pessoas de diversos níveis culturais, inclusive os não alfabetizados. O material é constituído por manual, chave de correção das respostas, folha de resposta e folha de apuração. A aplicação pode ser in di vi dual ou coletiva com tempo médio variando de 7 a 15 minutos, dependendo do grau de instrução do examinando e sua familiarização com leitura.

Parâmetros Psicométricos - O manual não indica como fo­ram desenvolvidos os estudos de validade, precisão e informações sobre padronização.

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CUBOS DE KOHS

Origem do teste - Os Cubos de Kohs constituem um teste de execução, padronizado para medir a inteligência, sem influência do fator linguagem. Diversos trabalhos foram desenvolvidos com a apli­cação dos Cubos em diferentes regiões. No Brasíl. as normas apre­sentadas no manual são norte-americanas.

Dados de identificação - O nome original do instrumento é Kohs Test, de autoria de S. C. Kohs. A tradução e a adaptação foram desenvolvidas por Otacílio Rainho e Catarina de Carvalho Ribeiro. A data da primeira publicação é 1935 e, no Bra~;il, foi publicado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA, sendo 1993 a data que consta do manual.

Aplicação e material- A faixa etária indicada para o uso varia de crianças a adolescentes, de 5 a 19 anos. O material se constitui em manual, 16 cubos e folha de registro (teste de execução). A apli­cação deve ser individual e. em média, ocupa 45 minutos.

Amostra - Não há indicaçôes no manual sobre as característi­cas da amostra estudada.

Parâmetros Psicométricos Validade -- A verificação da validade do teste deu-se por meio

de quatro tipos de análise: processo mental empregado, melhores re­sultados à medid<L que a idade aumenta, conespondência das idades mentais médias e conelação entre idades mentais, quocientes inte­lectuais c conceito do professor sobre inteligéncia. Quanto ao pro­cesso ment~l empregado e melhores resultados ü medida que a idade aumenta, o autor afirma que o:, Cubos de Kohs se constituiu em uma

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SS Guia dê referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

medida de capacidade mental, que oferece melhores resultados de acordo com o aumento da idade. Quanto à correlação com outros instrumentos, o Coeficiente de Pearson indicou correlações de 0,82; 0,81; 0,67; 0,80; 0,57 e 0,67 em diferentes amostras, comparando-se

o Teste de Cubos com a Escala de Binet.

Não há informações sobre precisão.

DESENHO DA FIGURA Ifu~IANA

DE WESCHLER

Origem do teste - Desde os primeiros trabalhos de Florence Goodenough, em 1926, o desenho da figura humana passa a integrar o repertório de estratégias e técnicas de avaliação infantil, especifi­camente de inteligência. Com as sugestões de caracterizar a impor­tância dos fatores emocionais na avaliação, propostos por Haris na

década de I 950, basicamente a avaliação centra-se nos aspectos de investigações afetivas e emocionais. incrementadas pelos estudos de Koppitz nos anos de 1960. Solange Weschler em um extenso traba­lho, a partir do final de 1980, revisou os procedimentos utilizados na avaliação do desenho da figura humana e elaborou a partir de estu­dos, por meio dos desenhos co!etados. um conjunto de critérios de avaliação. publicadns no~ pámeiro.;; anos de 1990.

Dados de identificação -· Os estudos foram realizados em

Campinas e também no Distrito Federal, aplicados individual e coleti­vamenle. Por meio dos indicadores de freqüência nos itens relacio­nados foram elaboradas categoria:;; de avaliação e caracterizadas as freqüências de pontuações. O instrumento é indicado na avaliação da represemação e conceituação da figura humana em crianças dos sexos masculino e feminino dos 4 aos 11 an0s. Publicado inicialmente pela Editorai Psy. em 1996. está sendo revisado am avaliação nacio­nal e publicado pela Editora Livro Pleno ainda em 20m.

Aplicação e material - O instrumento consta de um manual, fichas de avaliação. nas quais podem ser realizados os desenhos e avaliadas as pontm•;ões. O tempo de aplicaçãc· é, aproximadamente, de 20 a 30 minutos e pode ser reuiiZ<1do individualuu coletivamente.

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60 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Amostra- A aplicação inical foi tomada com 10.274 crianças que realizaram dois desenhos e sobre os quais uma amostra sorteada com 4.782 desenhos (2.391 para cada sexo) foi avaliada para a rea­lização e identificação dos critérios e análise de freqüências.

Parâmetros Psicométricos - Para elaboração dos itens, fo­ram os desenhos categorizados e analizados pelo grupo de pesquisa que identificou nos desenhos do sexo masculino 58 itens e nos femi­ninos 52, que são pontuados pela sua freqüência.

Validade- Foram realizados estudos quanto a validade de construto por intemédio da avaliação do desenvolvimento pela idade e o aumento dos pontos de escore no teste, posterionnente realizada análise de variância, evidenciaram os autores efeitos altamente significativos (p, 0,001) para as vmiávei!', idade, sexo com os desenhos representados. Um outro estu­do identificou corelações dos desenhos da figura humana com o teste de lntegra~·ão Visiomotora de Berry (rr= de 0,57 a 0,67).

Preci.,ão -· Foram realizados estudos por meio da testagem e retestagern dos desenhos num intervalo de três meses, cujos resulta­dos evidenciaram indicadores de correlações entre 0,34 a 0,85; to­mando-se sexo e idades distintas. O alpha de Cronbach apresentou índices de 0,77 a 0,89; nas idades disitintas e sexo masculino e femi­nino. Os critério-; de avaliação (indicadores dos desenhos) foram ava­liados pelo~ métodos dos juízes, nos quais em dois momentos eviden­ciaram indicadores de concordância entre 0,81 e 1 ,00.

DESTREZA DIGITAL - TC

Origem do teste- O instrumento foi construído para contri­buir com a avaliação da destreza digital, aliada à fadiga muscular.

Dados de identificação - O teste foi publicado pela primeira vez, em 1955, nos Arquivos Brasileiros de Psicotécnica (ano 7, no 2), com o título Novo Teste de Coordenação Motora. Após a publicação, os es­tudos continuaram e, posterionnente, houve o relançamento do material pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em data não identificada no manual. João Carvalhaes é o autor do material. Não constam infonna­ções sobre reedições ou outros estudos mais recentes.

Aplicação e material - O material consiste em folhas de res­posta, lápis bicolores e manual. A aplicação pode ser individual ou coletiva e, em média, dura 15 minutos.

Amostra- O estudo relatado no manual foi realizado pelo psi­cólogo Hélio Soares Brito com 107 sujeitos, di vi di dos em dois grupos. O objetivo foi determinar sinais de validade do instrumento. Os resul­tados do teste foram comparados com o Questionário de Julgamento e os coeficientes de correlação obtidos foram 0,27 e 0,29.

Há ainda no manual uma breve descrição sobre um outro estu­do desenvolvido em um banco da capital paulista, com uma amostra de 75 sujeitos. Houve uma comparação entre os resultados do T.C. com alguns resultados do P.M.K. Os resultados são expressos em porcentagem.

Parâmetros Psicométricos - Não constam no manual infor­mações sobre a Validade e a Precisão.

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DEZESSEIS PF - QuESTIONÁRIO Dos 16 FATORES DE PERSONALIDADE

Origem do teste - O Questionário dos 16 Fatores de Persona­lidade foi criado por Raymond Cattell e colaboradores a partir da ela­boração de um catálogo de traços representando os atributos observáveis e descritivos de variáveis do comportamento humano, bus­cando definir e medir objetivamente os componentes básicos da perso­nalidade que a análise fatorial demonstrou serem unitários na sua natu­reza. A definição dos traços partiu dos componentes primários da per­sonalidade, por meio da seleção de 171 itens. No Brasil, utilizaram-se as duas formas paralelas do 16 PF, a Forma A e B, tendo um total de 187 itens em cada uma. A editora CEPA, Centro Editor de Psicologia Aplicada, em 1999, publicou a tradução e adaptação da quinta edição, cujo conteúdo foi atualizado e modificado totalmente.

Dados de identificação- O instrumento 16 PF é de produção internacional, traduzido e adaptado por Eugênia Moraes de Andrade e Dulce de Godoy Alves. Editado no Brasil pelo Centro Editor de Psico­logia Aplicada Ltda - CEPA, sua data original é de 1954. A quinta edição é composta por 185 itens, cujas opções de respostas possuem três alternativas, para os seguintes fatores: expansividade, requinte, in­teligência, auto-suficiência, afirmação, estabilidade emocional, consci­ência, desenvoltura, brandura, confiança, preocupação, apreensão, aber­tura a novas experiências, tensão, disciplina e imaginação. Os fatores de segunda ordem foram substituídos pelos chamados Fatores Globais: extroversão, rigidez de pensamento, autocontrole, independência e an­siedade. Apresenta ainda possibilidade de avaliação das tendências de respostas do examinando: aquiescência, não-freqüência e administra­ção da imagem. Indicação: teste de personalidade.

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64 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado indivi­dual ou coletivamente, sendo que a aplicação dura de 35 a 50 minutos. Conforme o manual, o teste é aplicado a partir dos 17 anos até a idade adulta avançada com formas para diferentes níveis de instrução.

O material é constituído por um manual, caderno de aplicação, chave de correção das respostas e folhas de respostas. A aplicação pode ser individual ou coletiva, e embora o teste seja aplicado sem limite de tempo, em geral as pessoas terminam entre 45 e 60 minutos.

Amostra- O manual apresenta diversos estudos para a atuali­zação do instrumento em 1962. As idades variaram de 17 a 63 anos e os sujeitos tinham primeiro grau completo a instrução superior.

Parâmetros Psicométricos Fidedignidade - A homogeneidade foi medida pelo método de

correlações entre itens.

Validade - Não há informações sobre validade.

DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL

(DO) - FORMA I E FORMA 11

Origem do teste - O Diagnóstico Organizacional propõe-se a simplificar o processo de diagnóstico dos processos organizacionais, à medida que abrevia o tempo despendido e o custo da avalia~~ão. Ele foi criado para levantar as condições gerais de uma empresa em 12 áreas e verificar a possibilidade de intervenções no sentido de mudanças. Permite ainda diagnosticar dentre as áreas analisa­das aquelas que apresentam maior resistência, relações interpessoais, padrões de relacionamento, padrões de comunicação, canais de comunicação, estilos de liderança, processo de tomada de decisões, planejamento, resolução de problemas, trabalho em equipe, clima organizacional e motivação.

Dados de identificação - A autora do instrumento é Rosa R. Krausz. O instrumento é produção nacional, foi lançado pela Casa do Psicólogo, em 1994. Não há indicações no manual de revisões ou atualizações.

Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou co­letiva, mas não há informação no manual quanto ao tempo necessário para a aplicação. O material é composto por manual, folha de regis­tro, tabela de registro de resposta para formas J e li. O teste é indica­do para diretores. gerentes e supervisores, com instrução uni versitá­ria ou ensino médio completo (forma I), e supervisores e funcionári­os, com ensino fundamental e o médio incompletos (forma Il).

Parâmetros Psicométricos - No manual não há indicações sobre a construção do instrumento, sobre padronização, validade e precisão.

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DOMINÓS D-48

Origem do teste- O Teste elaborado pelo Centro de Psicolo­gia Aplicada, de Paris/França, obedece aos mesmos princípios do

Teste Dominós, do exército britânico, e do Group Test J 00 A (Teste

Coletivo 100 A). Indicações: medida de inteligência geral.

Dados de identificação- O nome original do instrumento é D-

48, de autoria de Pierre Pichot. Foi publicado pelo Centre de Psychologie Apliqueé, em 1961. No Brasil, a adaptação ficou sob

responsabilidade de Eva Níck, sendo que o manual mais recente data

de 1999. A publicação brasileira é feita pelo Centro Editor de Psico­

logia Aplicada·- CEPA.

Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado indi­

vidual ou coletivamente, sendo que o limite de tempo para a realiza­

ção é de 25 minutos. O material consiste em manual, caderno de

teste, folha de resposta e crivo de apuração. A faixa etária indicada

pelo manual é a partir de 12 anos.

Parâmetros Psicométricos Padronização - Dentre as tabelas apresentadas no manual, há

brasileiras, resultantes de diferentes estudos realizados entre 1959 e

1965. No manual mais recente, há um estudo que visa à atualização

ela tabela. A pesquisa contou com 63 sujeitos. sendo 17 elo feminino e

46 elo sexo masculino. O nível ele instrução variou do ensino médio

completo à superior completo, sendo que a predmninância foi de supe­

rior completo.

Precisão- A precisão foi calculada pelo método de divisão dos itens pares e ímpares, num grupo de 556 pessoas. que fizeram parte

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68 Guia de referência: Testes psicológicos comercialiLados no Brasil

da amostra do Centre de Psychologie Appliquée, de Paris. O coefici­

ente conigido pela fórmula de Spearman-Brown foi de 0,89. O reteste

foi realizado com intervalo de aplicação de dois meses, num grupo de

58 pessoas, fornecendo um coeficiente de 0,69.

Validade- Foram realizados diferentes estudos com o objetivo

de verificar a validade do instrumento, são eles: 1) análise fatorial; 2)

correlação com outros testes de inteligência e 3) correlação com cri­

térios externo~.

EscALA DE AvALIAÇÃO DO

COMPORTAMENTO INFANTIL PARA O

PROFESSOR- EACI-P

Origem do teste- A finalidade da EACI-P é fornecer infor­

mações na fase de triagem que possam assistir clínicos e pesquisado­

res na compreensão de alguns aspectos importantes do comporta­

mento das crianças. A escala tenta suprir a falta de instrumentos no

País que visem avaliar a percepção do professor quanto ao compor­

tamento de crianças em sala de aula. A construção da escala partiu

dos itens obtidos na Conners Teacher Rating Scale, da

Comprehensive Teacher Rating Scale, e dos critérios diagnósticos

do DSM-III e DSM-IIIR.

Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Gil­

berto Ney Ottoni de Brito, publicado em 1999 pela Entreletras (1 a

edição). O instrumento fornece uma estimativa do funcionamento da

criança na escola em relação a cinco dimensões diferentes de com­

portamento: hiperatividade/problema de conduta, funcionamento in­

dependente/socialização positiva, inatenção, neuroticismo/ansiedade

e socialização negativa; os cinco fatores foram obtidos a partir de

análise fatorial.

Aplicação e material - A escala deve ser preenchida pelo pro­

fessor, que deverá conhecer a criança avaliada há pelo menos dois

meses, e a faixa etária a ser aplicada é de 4 a 14 anos. O preenchimen­

to deve ser preferencialmente feito individualmente, ou seja, sem a

colaboração de psicólogos ou orientadores pedagógicos. Não há tempo

limite para a realização. O material consiste em manual, caderno de avaliação e folha de pontuação.

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70 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Amostra - Fizeram parte da amostra 2.082 escolares, sendo

782 do sexo masculino e 1.300 do feminino, que freqüentavam a pré­

escola e a segunda fase do ensino fundamental de uma escola do

Estado do Rio de Janeiro. A idade média das meninas era 11,5 anos e

dos meninos 10,8 anos. Os professores que preencheram o EACI-P

foram os da amostra com as crianças, todos do sexo feminino. Não

há no manual o número de professores que fizeram parte do estudo.

Parâmetros Psicométricos Precisão - A precisão do instrumento foi verificada por meio

da aplicação do teste-reteste. O intervalo de aplicação foi de um mês

e a amostra utilizada foi composta por 437 crianças, selecionadas por

escolha randômica de uma amostra de 2.082 sujeitos. Os coeficien­

tes de correlação de Pearson para os cinco fatores hiperatividade/

problema de conduta, funcionamento independente/socialização po­

sitiva, inatenção, neuroticismo/ansiedade e socialização negativa, fo­

ram: 0,84, 0,71, 0,77, 0,78 e 0,62 respectivamente.

Validade -A validade do instrumento foi determinada por meio

da comparação entre os resultados do EACI-P e os encaminhamen­

tos dos professores das crianças para tratamento. O estudo foi de­

senvolvido com uma amostra de 256 sujeitos. Os resultados não são

apresentados no manual.

EscALAs DE BEcK

Origem do teste - São decorrentes de estudos realizados por

Beck e colaboradores na Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia

(Estados Unidos), sobre manifestações patológicas e descritos em

quatro escalas: BDI -Inventário de Depressão, BAI - Inventário de

Ansiedade, BHS - Escala de Desesperança e BSI - Escala de

Ideação Suicida.

Descrição do teste - A elaboração dos itens foi caracterizada

por meio de uma análise teórica, para depois passarem por uma aná­

lise estatística, considerando-se os aspectos conceituais e semânti­

cos. O trabalho foi desenvolvido em três grandes amostras - uma

constituída por pacientes psiquiátricos, outra por pacientes de clínica

médica e uma terceira amostra não clínica por grupos da população.

Enquanto características das escalas têm-se que a BHS é uma esca­

la dicotômica de 20 itens, consistindo em afirmações que envolvem

cognições sobre desesperança; a BSI é constituída por 21 itens do

tipo Likert, que refletem gradações da gravidade de desejos, atitudes

e planos suicidas. A BAI e o BDI são escalas de avaliação da ansie­

dade e depressão, respectivamente, e possuem 21 itens tipo likert

para medir sintomas de ansiedade e depressão compartilhados de

forma mínima. As escalas foram traduzidas e adaptadas para o por­

tuguês por Jurema Alcides Cunha e publicadas pela Editora Casa do

Psicólogo em 2001.

Aplicação e material- O BDI tem uma estimativa de tempo

para realização de 5 a 10 minutos para forma auto-administrada e

cerca de 15 minutos para administração oral, embora pacientes muito

depressivos possam levar até 30 minutos; no BAI a estimativa de

tempo é de 5 a 1 O minutos para auto-administração e I O minutos, em

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72 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

média, para administração oral; na BHS o tempo de administração é de 5 a 10 minutos para forma auto-administrada e 10 minutos, em média, para a oral, embora sujeitos muitos obsessivos possam levar até 15 minutos, e a BSI tem uma estimativa 5 a 10 minutos para forma auto-administrada e de 1 O minutos, em média, para a oral. As escalas podem ser administradas individual, coletiva ou auto-adminis­tradas a sujeitos de 18 a 80 anos.

Parâmetros Psicométricos Precisão Estabilidade temporal BDI- Os resultados para teste e reteste encontraram estimati­

vas de correlação que variaram de 0,48 a 0,86. BAI-A estimativa da correlação entre teste e reteste do inven­

tário, usando a versão em português variou de 0.53 a 0.56. BHS- Na versão em português a estabilidade temporal da es­

cala parece ser muito dependente da amostra em que é testada. BSI - Na versão em português não foi administrada a vários

grupos, sendo a estimativa de correlação entre teste e reteste, com dependentes de álcool, de 0.95.

Validade de Conteúdo BDI- Foi analisado em relação aos critérios diagnósticos do DSM-

111 que, essencialmente, também constituem as características sintomatológicas de um episódio de depressão maior, segundo o DSM-IV.

BAI- Compreende itens que são representativos de ansiedade baseados no DSM-IV e apresenta validade de conceito ainda que a representatividade dos itens não seja completa.

BHS -A maneira como foi desenvolvida, a partir de expectati­vas de pacientes quando em depressão, garantiu a validade de face do conteúdo.

BSI - Por ser uma versão de auto-relato da SSI, a análise da representatividade dos itens da BSI são os mesmos aplicados à SSI.

Escalas de Beck

Validade Convergente BOI- Foram estimados coeficientes de correlação de 0.45 com

a Escala de Depressão de Hamilton, de 0.62, com a Escala de De­pressão de Montgomery-Asberg e de 0.58 com a Escala de Lentificação Motora de Widldcher.

BAI-A correlação do BAI com o IDATE apresenta uma rela­ção significante de 0.78 com A-Traço e 0.76 com A-Estado.

BHS - Correlação entre a BHS e o escore total do BDI, a BHS e o escore total do BDI (sem o item 2) e entre a BHS e o item 2 do BDI, observando-se uma variação da correlação de 0.48 a O. 78 em relação ao BDI; de 0.47 a 0.76 em relação ao BOI (sem o item 2) e

de 0.44 a 0.77 em relação ao item 2 do BDI. BSI- Na versão em português observou-se uma estimativa de

correlação, em grupos de pacientes psiquiátricos, de 0.55 a 0.83.

Validade Discriminante BDI - Foi possível constatar que os escores do BDI podem

diferenciar pacientes com queixas psiquiátricas de depressão, paci­entes com queixas físicas e sujeitos sem queixas específicas.

BAI - Foi possível verificar que o instrumento discrimina os três grupos (com queixas psiquiátricas, com queixas físicas, sem quei­xas específicas) em nível significante.

Validade Discriminante BHS- Na versão em português procurou-se verificar se have­

ria diferença significante, nas médias da BHS, entre pacientes com transtornos depressivos e pacientes com transtorno de ansiedade ge­neralizada, constatando-se haver diferença significante entre ambas

as médias. BSI -Pela análise discriminante dos escores da BSI, foi possí­

vel classificar corretamente 77,54% dos casos.

Validade de Constructo BDI e BHS- Foi possível fazer uma estimativa de correlação

entre as duas medidas, na qual se observa que os coeficientes de

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74 GL.ia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

correlação, na amostra psiquiátrica, variam de 0.48 a 0.73, podendo

ser classificados como de nível médio.

Validade de Constructo BHS - Verificou-se que se o sujeito tem um escore acima de 9

na BHS tem 6.1355 mais chances de apresentar ideação suicida do

que se o escore é inferior a 9. BSJ - Em pacientes suicidas, no grupo de pacientes internados

(n=l70), a conelação com o BDI foi de 0.53 e com a BHS foi de 0.57 e no grupo de pacientes ambulatoriais (n=332), apresentou cor­relação de 0.40 com o BDI e 0.45 com a BHS.

Validade Fatorial BDI --Numa análise fatorial do Inventário, com rotação varimax,

em uma amostra de 97 pacientes com dependência do álcool, foi possí­vel extrair três fatores, que pennitiram compor três subescalas, refe­

rentes a sintomas de caráter afetivo, preocupações e desinteresse pela

vida, sendo que a solução fatorial explicou 44,1% da variância total. BAI --Numa amostra de 379 pacientes com transtornos de an­

siedade, ao:'; quais foi administrada a versão em português, pela aná­

lise fatorial com rotação varimax, foi possível encontrar uma solução fatorial. com quatro fatores que explicam cerca de 57,79% da variância total.

BHS -Na versão em português, num grupo de 208 pacientes

com episódio de depressão maior, pela análise fatorial com rotação varimax, foi possível encontrar uma solução fatorial com três fatores

que explicam cerca de 51,14% da variância total. BSl -- Na versão em português, num grupo de 138 pacientes

internados. foi desenvolvida uma análise fatorial seguida de rotação

varimax. na qual foram extraídos quatro fatores, com raízes caracte­rísticas superiores a L sendo a porcentagem de variància total explicada de 63,26C;f.

EscALA FATORIAL DE AJUSTAMENTO

EMOCIONAL/N EUROTICISMO

Origem do teste- A dimensão neuroticismo/estabilidade emo­

cional é decorrente de estudos fatoriais da personalidade e represen­tada no modelo dos Cinco Grandes Fatores (Big Fives). Foram os itens elaborados a partir de pesquisa da literatura e de marcadores

dos traços do conteúdo pelos autores.

Dados de identificação- O instrumento, de autoria de Cláudio S.

Hutz e Carlos H. S. S. Nunes, é de 2001 e foi publicado pela Editora Casa do Psicólogo. Composto por 82 itens di vi di dos em quatro sub-esca­las: Vulnerabilidade, Desajustamento Psicosocial, Ansiedade e Depres­

são pode ser aplicado a sujeitos de 15 a 50 anos, de fonna individual e coletiva. Objetiva assim avaliar características de personalidade com in­dicações clínicas, de avaliação e aconselhamento, de pesquisa e ensino.

Amostra- Foram tomadas aplicações em estudantes universi­tários de vários cursos nos Estados do Rio Grande do Sul, Distrito

FederaL Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraíba e Minas Ge­rais dos sexos masculino e feminino.

Aplicação e material - O instrumento é composto de um ma­nual, caderno de aplicação, folha de respostas e crivos de con·eção.

Parâmetros Psicométricos Validade - Foi tomada segundo o manual por meio de análises

fatoriais e representativas nos itens sobre Vulnerabilidade, Desajustamento Psicosocial, Ansiedade e Depressão (19.20; 5.12; 4.35 e 3.09 respectivamente).

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76 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Precisão - Avaliada por meio do Alpha de Cronbach, variou nas escalas entre 0,82 a 0,94. Intercorrelações entre as escalas evi­denciaram valores de 0,25 a 0,92.

EscALA DE INTELIGÊNCIA WESCHLER

PARA CRIANÇAS - 111 EDIÇÃO

Origem do teste -A inteligência pode se manifestar de muitas formas e Wechsler não concebe a inteligência como uma capacidade específica, mas como uma entidade agregada e global, a"capacidade do indivíduo de agir com um propósito, pensar racionalmente e lidar efetivamente com o seu meio ambiente. Os subtestes do WISC-III foram selecionados para investigar muitas capacidades mentais dife­rentes que refletem, juntas, a expressão intelectual geral da criança. Embora tenha as características essenciais do WISC e de sua revi­são, a Escala de Inteligência Wechsler para Crianças - Revisada (WISC-R; Wechsler, 1974), o WISC-III apresenta materiais de tes­te, conteúdo, procedimentos de aplicação e dados normativos mais atualizados, especialmente para o RS.

Dados de identificação- WISC-III foi desenvolvido para uso com crianças entre 6 anos e O mês e 16 anos e 11 meses. O limite inferior sobrepõe-se à faixa do WPPSI-R e o limite superior à faixa do WAIS-R. O examinador tem uma escolha de instrumento para usar com crianças de 6 a 16 anos. Segundo o manual, a capacidade intelectual de uma criança de 6 anos, cuja habilidade está abaixo da média, pode ser melhor medida pelo WPPSI-R; para outras crianças, o WISC-111 é a melhor escolha. Como indicações o manual do teste refere: medida da capacidade intelectual geral, o WISC-III, avalia­ção psico-educacional, planejamento e colocação educacional, diag­nóstico de crianças excepcionais, avaliação clínica, Neuropsicológica e pesquisa. No Brasil, o instrumento foi traduzido e adaptado por Vera Figueiredo e é comercializado pela Editora Casa do Psicólogo.

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78 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Aplicação e material - Sendo sua indicação respaldada a cri­anças de 6 anos a adolescentes de 16 anos, é conduzida individual­mente em até duas sessões, conforme preconizado no manual. A apre­sentação do material é extremamente rica e de qualidade superior as antigas versões.

É composto por 13 subtestes divididos em dois grupos Verbal e Execução, cada um com instruções específicas e com materiais indi­vidualmente apresentados em caixas ou livretos.

Amostra de padronização brasileira - Foi tomada a partir de trabalhos realizados em escolas com 801 crianças de idades dos 6 aos 16 anos, na região sul do Estado do Rio Grande do Sul.

Parâmetros Psicométricos - Os dados do instrumento apre­sentados no manual demonstram que os itens de versões anteriores foram revisados, retificados e substituídos, inclusive alguns específicamente criados para esta edição.

Validade- A análise da validade foi expressa pela análise fatorial exploratória e confirmatória para a avaliação dos fatores identifica­dos pelos autores norte-americanos e representados na análise brasi­leira. Verificou-se a presença dos quatro fatores apontados por Weschler e que foram avaliados por meio da Validação Convergen­te-discriminante com relação a idade (coeficientes de 0,71 a 0,83), rendimento escolar ( coeficientes 0,27 a 0,40) e validade concorrente com o Teste de Raven (coeficientes de 0,61 a 0,71).

Precisão - Os estudos de precisão citados pela autora foram elaborados por meio de um grupo (N=52) e apresentados na avaliação teste-reteste em alguns subtestes (Código e Procurar Símbolos), da mesma forma, não foram, segundo a autora, realizadas análises de con­cordância nas pontuações com diversos avaliadores. Por meio de co­eficientes de fidedignidade entre os subtestes identificaram valores entre 0,62 a 0,92 dentre os diversos subtestes para as diferentes faixas etárias.

EscALA DE MATURIDADE MENTAL

CoLUMBIA

Origem do teste - O Columbia foi elaborado na tentativa de minimizar o problema da obtenção de estimativas adequadas da ca­pacidade mental de crianças com paralisia cerebral ou outras disfunções que envolvam prejuízo de funções motoras ou verbais. Antes de 194 7, os estudos com o objetivo de adaptar ou modificar os testes de capacidade mental para o uso com esses grupos, tiveram sucessos parciais. Posteriormente, após a publicação da I" Escala, observou-se que o teste era não apenas apropriado para os sujeitos do grupo, mas também para sujeitos ditos "normais". Indicações: ava­liação da capacidade de raciocínio.

Dados de identificação - O nome original do instrumento é Columbia Mental Maturity Scale, publicado pela Psychological Corporation N Y., em 1954. Os autores são Lucille Blum; Irving Lorge e Bessie Burgemeister. O instrumento passou por duas revi­sões respectivamente em 1959 e em I 972, sendo que a última trouxe modificações importantes na escala. No Brasil, o instrumento padro­nizado para a realidade brasileira foi publicado em 1993, pela Casa do Psicólogo, sendo que os autores do estudo são Irai Cristina Boccato Alves, José Luciano Duarte e Walquíria Duarte. Vale ressaltar que embora as informações aqui apresentadas sejam referentes à produ­ção da Casa do Psicólogo, também houve uma publicação do Centro Editor de Psicologia Aplicada - CEPA.

Aplicação e material- A aplicação do instrumento é rápida, em tomo de 15 a 20 minutos, embora não haja restrição de tempo. A apli­cação deve ser individual. O material consiste em manual, 92 cartões

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80 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

contendo figuras e formas geométricas e folha de resposta. A faixa etária indicada para aplicação é 3 anos e 6 meses a 9 anos e 11 meses.

Amostra da padronização brasileira - Desenvolveu-se um projeto piloto com o objetivo de determinar se os níveis de idade esta­belecidos pelos autores do teste original deveriam ser mantidos ou alterados para as crianças brasileiras. Participaram 298 crianças de 3 anos e 6 meses a 9 anos e 11 meses, de escolas e creches da rede particular e pública de cidade de São Paulo. Os sujeitos foram dividi­dos em oito faixas etárias de acordo com a definição dos níveis da Escala Americana. Os resultados indicaram que os níveis estabeleci­dos para a amostra norte-americana não eram adequados para as crianças brasileiras, o que levou à determinação de novos níveis.

Composição da amostra - Participaram 1.535 crianças dis­tribuídas em 13 faixas etárias, de 6 em 6 meses, dos 3 anos e 6 meses aos 9 anos e 11 meses, de escolas da rede oficial de ensino (escolas particulares, municipais e estaduais) do município de São Paulo.

Parâmetros Psicométricos Análise de itens - De acordo com o manual, houve modifica­

ção dos itens que compõem o instrumento em todas as edições apre­sentadas. Nesta última, os itens foram analisados em uma amostra de 100 sujeitos.

Precisão - Foram realizados diferentes estudos para verifi­cação da precisão, a saber: 1) precisão das metades entre os itens pares e ímpares, calculados para as 13 faixas etárias. Os coeficien­tes foram corrigidos pela fórmula de Spearman-Brown (variando de 0,82 a 0,93, com um coeficiente mediano de 0,87); 2) teste­reteste: comparação entre os resultados do Colúmbia e do Matri­zes Progressivas Coloridas de Raven (reteste com intervalo de 7 a 11 dias). O coeficiente de precisão para as crianças de 6 anos a 6 anos e 11 meses foi superior ao obtido para as crianças de 8 anos a 8 anos e 11 meses.

Escala de Maturidaded Mental Columbía 81

Validade- A correlação entre os dois te~tes (Columbia e Ma­trizes Progressivas Coloridas de Raven) para os dois grupos de idade (6 anos e 8 anos) foi de 0,67 para as crianças de 6 anos, de O, 56 para as de 8 anos e 0,60 para o grupo total.

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ESCALAS DE PERSONALIDADE

DE COMREY - CPS

Origem do teste - A Escala de Personalidade de Comrey é um teste de longa e reconhecida tradição no mercado de instrumen­tos psicológicos. O destaque que o instrumento recebe refere-se ao seu método objetivo de avaliar a personalidade, o que lhe confere, segundo o manual, o status de máximo grau psicométrico. Além da versão em papel, o teste oferece uma versão informatizada.

Dados de identificação - O nome original do instrumento é Comrey Personality Scale, de autoria de Andrew L. Comrey, e foi publicado pela Educational & Industrial Testing Service, San Diego, Califórnia!EUA. Ele foi publicado em 1970 e, em 1983, recebeu a tradução para o português por Aroldo Rodrigues. Pouco tempo de­pois, em 1987, passou por nova revisão. A versão aqui apresentada é uma forma revisada da edição anterior. O trabalho foi revisado em 1997, sob responsabilidade de Flavio Rodrigues Costa. Vale destacar que embora haja uma publicação recente do material, há menção de que como este último manual refere-se a uma revisão, maiores infor­mações sobre o teste deverão ser consultadas no manual de 1987. O instrumento se destina à avaliação da personalidade e também é indi­cado para a identificação de problemas de ordem psiquiátrica.

Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado indi­vidual ou coletivamente. Não há limite de tempo, mas em média a aplicação leva 50 minutos. No que se refere à faixa etária, ele é recomendado para pessoas de qualquer idade com nível de escola­ridade acima do ensino fundamental completo. As normas são ba­seadas exclusivamente em estudantes universitários. Embora Comrey afirme no manual que o instrumento possa ser utilizado

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84 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

com sujeitos de 16 a 60 anos de idade, na verdade, tanto a validação

quanto as normas, foram baseadas exclusivamente em estudantes

universitários, tanto no caso das escalas original quanto da em por­

tuguês. O material do teste constitui-se em manual, caderno de afir­

mações, folha de resposta e folha de perfil. O instrumento exige o

auto-relato e pretende medir as principais características da perso­

nalidade. De fato, elas avaliam oito dimensões da personalidade, a

saber: T - Confiança verso atitude defensiva; O - Ordem verso

falta de compulsão; C - Conformidade social verso rebeldia; A -

Atividade verso passividade; S - Estabilidade emocional verso

neuroticismo; E - Extroversão verso introversão; M - Masculini­

dade verso feminilidade e P - Empatia verso Egocentrismo. No

total, 180 itens compõem o instrumento.

Amostra- Participaram como sujeitos da pesquisa 15 mil candi­

datos de todas as capitais estaduais brasileiras, com formação escolar

de ensino médio completo ou acima, ambos os sexos, com idade míni­

ma de 18 anos.

Parâmetros Psicométricos

Validade-- A análise fatorial das escalas originais mostrou a

presença ele oito fatores importantes de personalidade, sendo os

mesmos encontrados idênticos na pesquisa da adaptação brasilei­

ra (Rodrigues, 1974). O instrumento possui evidências de valida­

de de construto.

Precisão ·- A única análise de fidedignidade da escala se reduz

a das duas metades. Os resultados são provenientes da aplicação em

746 sujeitos, de ambos os sexos, sendo que os resultados indicaram

os seguintes coeficientes de fidedignidade dos fatores: T=0,91; 0=0,92;

C=0,94; A=0,91; S=0,95; E=0,96; M=0,87 e P=0,94. Não há dados

sobre a estabilidade em longo prazo.

EscALA DE SociABILIDADE E

EMOTIVIDADE - ESE

Origem do teste - A justificativa para a construção do mate­

rial centrou-se na necessidade de um instrumento que tivesse dois

fatores (sociabilidade e emotividade), igualmente importantes para

ambientes próprios de escritórios (comerciais, industriais ou fabris),

contribuindo sobremaneira para o processo de seleção profissional.

Indicações: avaliação de atitudes em relação aos fatores sociabilida­

de e emotividade, avaliação da personalidade.

Dados de identificação - O instrumento é baseado em dois

outros, indicados no manual apenas pelas siglas: CPF e NPE. Os

autores originais são R. B. Cattell, J. E. King e A. K. Schuettler, mas

não há informações sobre a editora ou a data de publicação original.

A adaptação foi feita por Diva Onofrillo Reale, publicado pela Edites

- Editora e Distribuidora de Testes Ltda., com data não identificada.

Aplicação e material - O instrumento é indicado para sujeitos

alfabetizados, analfabetos, semi-analfabetos. O material consiste em

manual, caderno de respostas e crivo de correção. No que se refere

à aplicação, não há indicações sobre a forma (individual ou coletiva),

e quanto ao tempo, não há limite para a realização da prova, embora

em média, gaste-se 20 minutos. O tempo mínimo observado foi de 13

minutos e o máximo de 40 minutos. Segundo o manual, tempos fora

da faixa são suspeitos, merecendo melhor atenção e devida investi­

gação por parte do psicólogo.

Amostra- A Escala de Emotividade e Sociabilidade foi aplica­

da numa amostra de 312 sujeitos.

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86 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Parâmetros Psicométricos Validade- A fim de aferir a validade do instrumento utilizou-se

o critério externo, que consistiu na comparação dos resultados de profissionais de atividades marcadamente opostas no sentido de exi­gências de contato de relações humanas ou sociais. A autora diz que os dados são provisórios, pois será necessário um tratamento estatís­tico mais rigoroso. O estudo foi desenvolvido com 14 sujeitos.

Não há referências a respeito do estudo de precisão.

EscALA DE STRESSE INFANTIL

Origem do teste - É decorrente de estudos sobre o estresse em uma dissertação de mestrado de Maria D. M. Lucarelli, orientada por Marilda Lipp em 1997.

Dados de identificação- Trata-se de um instrumento na for­

ma de escala com 35 itens, representando em uma escala likert as manifestações físicas e psicológicas do estresse em crianças dos 6 aos 14 anos. Apresentado pela Editora Casa do Psicólogo, em 1998, têm como autoras Marilda Lipp & Maria D. M. Lucarelli.

Aplicação e material - O instrumento consta de um manual, ca­derno de questões, cartão de respostas, folhas de apuração e lápis de cor.

Amostra- Foi composta de 255 crianças, dos 6 aos 14 anos,

dos sexos masculino e feminino do interior paulista.

Parâmetros Psicométricos Validade - Segundo o manual, foi estabelecida a validade de

constructo pela análise fatorial exploratória e confirmatória, as quais evi­denciaram as autoras quatro fatores com correlações entre 0,49 a 0,79.

Precisão - Foi verificada, segundo o alpha de Cronbach, no qual as autoras evidenciaram coeficiente de 0,90.

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EscALA DE TRANsToRNo DE DÉFICIT

DE ATENÇÃo/HIPERATIVIDADE

(VERSÃO PARA PROFESSORES)

Origem do teste - Os elementos que justificaram a construção da Escala foram: a) carência de instrumentos psicológicos validados, padronizados e específicos de déficit de atenção e hiperatividade; b) necessidade de diversificar a gama de instrumentos que possam subsi­diar o diagnóstico de transtorno de atenção e hiperatividade; c) neces­sidade de criação de programas educacionais que possam lidar ade­quadamente com crianças que tenham essas dificuldades; d) desen­volvimento de programas preventivos, dentre outros.

Dados de identificação - O instrumento é nacional, de autoria de Edyleine Bellini Peroni Benczik, publicado em 2000 pela Casa do Psicólogo. O instrumento tem como objetivo avaliar a desatenção e a hiperatividade, a incidência de problemas de aprendizagem e de com­portamento anti-social e os efeitos da intervenção nesses casos.

Aplicação e material - O material do teste é composto por manual, cadernos de aplicação e bloco de crivos. Quem responde ao instrumento é o professor, com a recomendação da autora de que deve conhecer o aluno há pelo menos seis semanas. Não há outras informações sobre tempo forma de aplicação e faixa etária.

Amostra- A amostra final constituiu-se de 1.011 crianças, ambos os sexos, com idade entre 6 e 17 anos, de escolas públicas e particulares de duas cidades do interior de São Paulo. A amostra foi composta por 52,0% de sujeitos do sexo masculino e 46,6% do sexo feminino.

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90 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Foi realizada a análise de variância (MANOVA) a fim de se

ve1ificar a existência de diferenças nos escores médios nos fatores

da escala e os resultados indicaram que as diferenças significativas

foram para sexo, tipo de escola e série-tipo de escola.

Parâmetros Psicométricos Construção da escala - A primeira versão da escala foi com­

posta por 58 itens, organizados em duas partes, sendo que a primeira

constou de 36 itens relacionados à desatenção e à hiperatividade/

impulsividade, segundo a literatura nacional e internacional. A segun­

da parte constituiu-se de 22 itens referentes a problemas de aprendi­

zagem e conduta social, seguindo os critérios do DSM-IV.

Precisão - A precisão da escala foi verificada por meio de

consistência interna, com a aplicação em 360 sujeitos. Os coeficien­

tes Alfa indicaram correlações que variaram de 0,90 a 0,97.

Validade - Foi desenvolvida a análise fatorial a fim de se estu­

dar a validade ele construto. Os 49 itens da escala se organizaram em

três fatores: déficit de atenção/problemas de aprendizagem,

hiperatividade/impulsividade e comportamento anti-social.

FIGURAS COMPLEXAS DE REY TESTE DE CÓPIA E REPRODUÇÃO DE

MEMÓRIA DE FIGURAS GEOMÉTRICAS

COMPLEXAS

Origem do teste - O instrumento foi elaborado para auxiliar

no diagnóstico diferencial entre debilidade mental constitucional e

déficit adquirido em decorrência de traumatismo crânio-cerebral. A

técnica de cópia de figuras é bastante utilizada tanto pelas razões

econômicas, quanto pela fácil aceitação da proposta.

A adaptação brasileira do instrumento tende a contribuir para

com o desenvolvimento da área de construção de testes, assim como

oferece ao profissional mais uma possibilidade de instrumento com

estudos nacionais. Indicações: estudo da atividade perceptiva e da

memória.

Dados de identificação - O instrumento é francês, sendo que

seu nome original é Test de Copie d'une Figure Complexe, de auto­

ria de André Rey. A publicação original data de 1942, tendo ficado

sob responsabilidade das Editions du Centre de Psychologie

Appliquée. A adaptação brasileira foi desenvolvida por Margareth da Silva

Oliveira, tendo como revisoras técnicas Teresinha Rey e Lucia Cristina

Fleury Franco. Foi publicado em 1999, pela Casa do Psicólogo.

Aplicação e material- A aplicação do teste deve ser individu­

al e, embora não haja limite de tempo, em média, a realização dura

entre 5 e 25 minutos. A faixa etária indicada é para crianças a partir

de 4 anos (não há limite superior). O material consiste em manual,

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92 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

cartão de aplicação, bloco de folha de anotação, papel branco, lápis de cor, lápis preto e ficha de anotação.

Amostra- Fizeram parte da amostra da Figura A, 280 sujeitos, com idade variando entre 5 a 15 anos, sendo que cada faixa etária

era composta por 20 sujeitos (10 do sexo masculino e 10 do femini­no). Na amostra da Figura B, participaram 82 sujeitos, ambos os se­xos, com idade variando entre 4 e 7 anos.

Parâmetros Psicométricos - Não consta a descrição no ma­nual de estudos de validade e de precisão.

INVENTÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO

TEMPo-ADT

Origem do teste - O instrumento foi criado em 1985 a partir

das experiências profissionais da autora em processos de seleção em empresas nacionais e multinacionais. O ADT fundamenta-se na cren­ça de que saber usar corretamente o tempo é um dos indicadores de competência profissional e, por isso, tem sido cada vez mais usado nos processos de seleção profissional, em especial, de executivos, geren­tes, supervisores e secretárias.

Dados de identificação - A autora é Rosa R. Krausz, tendo sido publicado pela Casa do Psicólogo, em 1994. O instrumento é produção nacional, devendo ser usado em seleção e treinamento nas áreas organizacional e educacional, com objetivo de levantar infor­mações sobre a forma como as pessoas utilizam seu tempo no traba­lho. Pode ser aplicado por psicólogos que trabalham em Recursos Humanos (RH) ou por outros profissionais, ligados à área, que possu­am experiência.

Aplicação e material- A aplicação pode ser coletiva ou indivi­dual e não há limite de tempo, embora em média, sejam gastos de 15 a 25 minutos. Embora fique claro que o instrumento destina-se a adultos, não há no manual indicação da faixa etária mais adequada. O mate­rial consiste em manual e formulário de registro de respostas.

Parâmetros Psicométricos - Não há no manual informações sobre padronização, validade e precisão.

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INVENTÁRIO FATORIAL DE

PERSONALIDADE - IFP

Origem- Trata-se de um inventário elaborado e adaptado a par­tir do Edwards Personal Preference Schedule por Pasquali, Mazzarello e Ghesti ( 1997) e comercializado pela Casa do Psicólogo.

Dados de identificação - O Inventário de Personalidade (IFP) se fundamenta no Edwards Personal Preference Schedule (EPPS), desenvolvido por Edwards (1953) e revisado em 1959, baseado na

teoria das necessidades básicas de Henry Murray (1938). Visa ava­liar o indivíduo na expressão de 15 necessidades: Assistência, Reali­zação, Intracepção, Denegação, Ordem, Exibição, Apoio, Mudança,

Heterossexualidade, Dominância, Persistência, Agressão, Deferên­cia, Autonomia e Afiliação. Na versão brasileira, foi acrescido de mais duas escalas a desejabilidade social (Comrey - CPS) e uma escala de validade para verificação do grau de validade das respos­tas dos sujeitos. O instrumento tem assim o total de 155 itens, 135 correspondentes aos fatores, e 20 itens para as escalas de

desejabilidade e de validade.

Objetivo- Para avaliação individual ou coletiva de personali­dade de adolescentes e adultos do sexo masculino e feminino, com idades entre 18 e 60 anos de idade, sem alterações psicopatológicas através de 15 fatores.

Aplicação e material- Na sua composição, o teste tem um manual, chaves de correção das respostas e folhas de respostas. Sua aplicação tem um tempo médio de 45 minutos.

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96 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Parâmetros Psicométricos Validade - Segundo o manual, foi estabelecida a validade de

construto por análise fatorial baseada numa amostra de 4.308 sujei­tos. A idade média dos participantes correspondeu a 21,5 anos, sendo 74% dos sujeitos solteiros e mais de 60% com formação universitá­ria. Quase 50% disseram possuir uma atividade profissional com ren­da média inferior a cinco salários mínimos. Verificaram os autores que sete dos 15 fatores originais do EPPS apareceram claros, sendo os outros agrupados grupos assim representados: Dominância com Exibição, Submissão com Deferência e Autonomia com Agressão.

Fidedignidade - Na sua forma original, o EPPS apresenta coeficientes de consistência interna (baseados na técnica das duas metades), entre 0,60 e 0,87, com uma média igual a 0,78. Foram en­contrados coeficientes de estabilidade de teste-reteste, (uma sema­na) variando de 0,55 a 0,87. O coeficiente de precisão das duas metades foi obtido pela divisão de cada faixa de 28 itens em dois grupos de 14 itens cada. Na validação brasileira foram encontrados os seguintes coeficientes alfas variando de 0,60 a 0,87. Evidenciaram os autores que mesmo para um número reduzido de itens em cada fator (n = 9), 11 dos 15 fatores apresentam coeficientes de fidedigni­dade aceitáveis.

INVENTÁRIO DE

HABILIDADES SociAIS - IHS

Origem do instrumento - A construção do instrumento se justifica em função da importância de se avaliar o repertório de habilidades sociais considerando a<>pectos mais amplos como a saúde, a satisfação social, a realização profissional e a qualidade de vida. Além disso, a esca<>sez de ins­trumentos nacionais para avaliar tal fenômeno psicológico justifica a elabora­ção de novos materiais que venham contribuir com a avaliação psicológica.

Dados de identificação - O Inventário de Habilidades Sociais é de autoria de Zilda A. P. Del Prette e Almir Del Prette. Foi publica­do pela Casa do Psicólogo, em 2001. O IHS-Del-Prette foi idealizado com o objetivo de aferir o repertório de habilidades sociais usualmen­te requeridos em situações interpessoais cotidianas.

Aplicação e material - O IHS-De1-Prette pode ser aplicado individual ou coletivamente, desde que resguardadas as condições consideradas adequadas para a aplicação de provas psicológicas. Os respondentes levam, em média, 30 minutos para completá-lo. O ma­terial é composto por manual, caderno de aplicação, folha de respos­ta e crivo de pontuação. No que se refere à faixa etária, a amostra de padronização incluiu sujeitos de 17 a 25 anos, mas não há outras informações no manual.

Amostra- Fizeram parte da amostra 572 sujeitos, alunos de gra­duação de uma instituição pública e de uma particular, de uma cidade de porte médio do Sudeste brasileiro, sendo que 43,2% da amostra eram do sexo feminino e 56,6%, do sexo masculino. No que se refere à idade dos sujeitos, eles tinham entre 17 e 25 anos. A amostra incluiu respondentes das áreas humanas, biológicas e exatas.

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98 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Parâmetros Psicométricos Análise dos Itens - Os itens do IHS foram elaborados a partir

da análise da literatura sobre situações e demandas relacionadas ao conceito de habilidades sociais e de estudos desenvolvidos com estu­dantes universitários. Na análise de itens, foram calculados os índi­ces de discriminação e a correlação de Pearson entre o item e o escore. Os resultados indicaram que em todos os itens o índice de discriminação foi positivo e que mais de 50% dos itens foram bastan­te poderosos em diferenciar os sujeitos socialmente mais habilidosos do que os menos habilidosos, no que se refere à dimensão comportamental/situacional aferida pelo IHS-Del-Prette.

Validade- A análise fatorial (alfa com rotação varimax para a matriz fatorial) dos resultados permitiu nomear e caracterizar cinco fatores, assim denominados: fator 1 - Enfrentamento com risco; fa­tor 2 - Auto-afirmação na expressão de afeto positivo; fator 3 -Conversação e desenvoltura social; fator 4 - Auto-exposição a des­conhecidos ou a situações novas e fator 5 - Autocontrole da agressividade a situações aversivas.

No estudo desenvolvido com 104 estudantes de Psicologia a partir das aplicação do IHS e da Escala de Assertividade de Rathus, os resultados indicaram uma correlação significativa entre estas duas escalas (0,81 ).

Precisão - Na análise da consistência interna, foi obtido um coeficiente Alpha de Cronbach de 0,75.

Em outro estudo foi verificada a estabilidade temporal do instru­mento, a pmiir da aplicação de 39 estudantes de Psicologia e encon­trou-se um coeficiente de 0,90.

INVENTÁRio DE SINTOMAS DE EsTRESSE

PARA ADuLTos DE LIPP (ISSL)

Origem do teste - Baseado no Inventário de Sintomas de Estresse procura identificar e caracterizar o estresse em quatro fa­ses (alerta, resistência, quase-exaustão e exaustão) e, assim, objetivar sua avaliação.

Dados de identificação- O inventário é constituído por 56 itens divididos em avaliação psicológica e de sintomas físicos subdivididos em quatro grupos conforme a caracterização da manifestação das fa­ses. Elaborado e validado segundo o manual, em 1994, por Marilda Lipp, é editado pela Casa do Psicólogo desde 1998 sem revisões.

Aplicação e material - O instrumento é composto por um manual, folha de avaliação e correção. Sua aplicação pode ser reali­zada individual ou coletivamente em até I O minutos.

Amostra- O instrumento foi avaliado tendo como amostra 1843 sujeitos dos sexos masculino e feminino, dos estados de São Paulo, Paraíba e Rio de Janeiro.

Parâmetros Psicométricos Precisão -Foi avaliada pelo Alpha de Cronbach e apresen­

tou indicador de 0,91.

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INVENTÁRIO E AuTo-ANÁLISE nos

INTERESSES PROFISSIONAIS - IAIP

Origem do teste- O teste é um inventário de interesse dirigi­do à área de interesses profissionais.

Dados de identificação - O teste é de produção internacional, de autoria de B. Devoet e P. Grossuin, sendo traduzido e adaptado pelo Departamento de Estudos do Centro Editor de Psicologia Apli­cada- CEPA, em 2001. O uso é indicado para interesses profissio­nais e orientação vocacional.

Aplicação e material - O IAIP pode ser aplicado em estudan­tes do ensino médio com tempo de aplicação livre. O material é cons­tituído por um caderno contendo 160 atividades, folhas resposta e folha síntese para a classificação dos interesses e das reflexões pes­soais, além do manual.

Amostra - A amostra do estudo foi composta por 259 sujeitos com idade entre 14 e 45 anos, de formação escolar do ensino funda­mental ao nível superior completo.

Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Para a população brasileira, o IAIP so­

freu alterações somente no caderno de testes, sendo reforçados alguns tópicos.

Validade- Da amostra de 259 indivíduos foram extraídos 63 para a aplicação simultânea dos instrumentos de Kuder, Angelini e IAIP. Foram feitas correlações do IAIP com o Inventário de Interes­ses de Kuder e de Angelini. As correlações com o Kuder foram bai-

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I 02 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

xas, segundo o manual. No entanto, todas as áreas do IAIP apresen­taram correlações de níveis médio e superior com o Inventário Angelini.

Precisão - Estudos sobre a fidedignidade do instrumento no Brasil não foram identificados no Manual pela editora, nem se encon­trou, até a presente data, artigos ou demais publicações sobre o ins­trumento.

INVENTÁRio DE ANsiEDADE

TRAÇO-ESTADO- IDATE

Origem do teste - O Inventário de Ansiedade Traço-Estado foi desenvolvido por Spielberg, Gorsuch e Lushene em 1964. A tradu­ção e adaptação brasileira foram realizadas por Biaggio e Natalício, apresentando normas para adultos e adolescentes.

Dados de identificação - Sua utilização é indicada em adultos normais, como uma forma de medir objetivamente a ansiedade, repre­sentada por dois componentes, o estado (A-estado) e o traço de ansie­dade (A-traço). Segundo Cunha (2000), muito embora o IDATE tenha sido elaborado para uso com pessoas normais, as pesquisas subse­qüentes revelaram sua utilidade na avaliação de casos psiquiátricos.

Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado indi­vidual ou coletivamente e, embora não exista limite de tempo para a aplicação, este pode variar de acordo com o nível de escolaridade e a experiência com a leitura. Geralmente é necessário até 15 minutos aproximadamente para cada escala individual, e 30 minutos, aproxi­madamente, para ambas as escalas.

Parâmetros Psicométricos Fidedignidade - Os autores na adaptação brasileira verifica­

ram índices de consistência interna (item-restante), variando de 0,59 para homens a O, 62 mulheres. Valores quanto a estabiliade temporal oscilaram entre 0,74 para A-estado e 0,83 para A-traço.

Validade - Foram realizadas correlações entre as duas escalas A-estado e A-traço em amostras de estudantes universitários e de ensino médio, nos quais foram obtidos valores entre 0,62 a 0,73. Ou-

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I 04 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

tros estudos, quanto à utilização das escalas em avaliações de ansie­dade, são citados no manual demonstrando diferenças significativas (de 0,001 a 0,005) para a avaliação dos níveis de ansiedade.

Padronização - Os resultados quanto aos dados normativos foram tomados numa amostra de 1.305 sujeitos universitários no Es­tado do Rio de Janeiro e são apresentados em tabelas divididas por sexo e tipo de ansiedade por meio de escores "T".

INVENTÁRIO DE ANSIEDADE TRAÇO­

ESTADO - IDATE c

Origem do teste- O início da construção do teste foi em 1969, sendo o IDATE C desenvolvido a partir do Inventário de Ansiedade Traço a Estado, IDATE, para identificar e distinguir a Ansiedade em crianças. A concepção teórica de ansiedade que guiou a cons­trução do instrumento é a exposta por Spielberger.

Dados de identificação - O instrumento é produção internaci­onal, sendo adaptado e traduzido por Biaggio, em 1983, e editado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA. Indicação: ava­liação da ansiedade.

Aplicação e material - Destina-se ao uso com crianças de 9 a 12 anos, mas pode ser utilizado com crianças de menos idade, depen­dendo de sua habilidade em leitura; também tem sido usado com ado­lescentes. De acordo com o manual, a forma de aplicação pode ser feita individual ou coletivamente. O IDATE-C é composto de um caderno de teste, folha de correção e de respostas e do manual. No que se refere ao tempo, não há limite, mas, em média, a aplicação ocupa de 15 a 30 minutos.

Amostra - Para a padronização brasileira, a amostra foi com­posta por 842 crianças de ambos os sexos, cursando 4•, Y, 6a séries de escolas públicas e particulares, do Rio de Janeiro, e os resultados são demonstrados em escores 'T".

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106 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Parâmetros Psicométricos Fidedignidade - A análise da correlação item-restante evi­

denciou valores entre 0,20 a 0,67. A estabilidade temporal do IDA TE C foi verificada por meio de coeficientes de correlação teste-reteste. Os dados referem-se a 246 crianças de escola primária, tendo sido

feito o re-teste após oito semanas da aplicação.

Validade - A validade foi verificada por meio da aplicação do teste em situações que provocariam ansiedade, tais como exames escolares. Dos cinco estudos, três foram feitos em colégios particu­lares e dois em públicos, com uma amostra de 19 crianças, sendo 15 meninos e quatro meninas. Neste caso, o valor para o coeficiente de correlação foi de 0,62.

INVENTÁRIO MuLTIFÁSICO DE

PERSONALIDADE DE MINNESOTA - MMPI

Origem do teste - O instrumento é produção internacional (1943), de autoria de Starke R. Hateraway e J. Chamley Mckinley, traduzido e adaptado por Pe. Antônius Benkó e Pro f. Roberto J. P. Simões, revisado pelo Departamento de Estudos da editora CEPA. Tem como indicação a avaliação da personalidade.

Aplicação e material- O material é constituído por manual, caderno ele aplicação, folha ele resposta, folha de apuração elas res­postas e dispõe de um aplicativo informatizado para correção das respostas. A aplicação pode ser individual ou coletiva, com tempo variando entre 30 a 90 minutos.

Amostra - Foram obtidos protocolos de respostas do MMPI em quatro Estados brasileiros: Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco, sendo os participantes freqüentadores de al­gum tipo de curso. A aplicação foi conduzida de forma coletiva. O total de participantes foi 1.019, sendo que, no Rio Grande do Sul, foram 183 universitários ( 67 do sexo masculino e 116 do feminino) e 339 elo ensino fundamental e médio (206 elo sexo masculino e 133 feminino). Em São Paulo, foram 145 universitários (77 do sexo mas­culino e 68 do feminino. No Rio de Janeiro, foram 118 universitários (98 do sexo masculino e 20 feminino) e 75 do ensino fundamental e médio (30 do sexo masculino e 45 do feminino). Em Pernambuco, foram 34 universitários (12 elo sexo masculino e 22 elo feminino) e 125 do ensino fundamental e médio (53 do sexo masculino e 75 do feminino), com idade variando entre 15 e 54 anos.

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I 08 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Análise de itens - Foram realizadas algumas modificações nas traduções visando a melhor compreensão das proposições estu­dadas e efetuadas. Três itens do texto original foram substituídos: 70, 295 e 463, tendo sido usadas frases adaptadas ao Brasil.

Fidedignidade - Estudos sobre a precisão do instrumento no Brasil não foram identificados no manual.

Validade- Os dados presentes no manual referem que os limi­tes de confiança foram estabelecidos e indicados mais pela análise da simples freqüência das respostas, do que por auxílio de média e do desvio padrão. Maiores detalhamentos são escassos no texto e não existem estudos quanto à validade do teste.

INVENTÁRIO DE ExPRESSÃO DE RAivA

coMo EsTADO E TRAço - STAXI

Origem do teste - O trabalho sobre a avaliação do estado e traço de raiva começou em 1978, mas somente em 1981 o estudo empírico sobre avaliação da expressão da raiva foi iniciado. O STAXI foi desenvolvido para fornecer um método para avaliar os compo­nentes da raiva que pudessem ser usados para diagnóstico de sujeitos normais e também na avaliação correlata de condições clínicas como doenças coronarianas, hipertensão e neoplasias.

Dados de identificação- O instrumento é produção internacional, de autoria de Charles D. Spielberger, traduzido e adaptado para o português por Ângela Biaggio. É editado pela Editora Vetor Psico-Pedagógica Ltda, sendo a data original 1979. Indicação: avaliação da personalidade.

Aplicação e material- De acordo com o manual, o instrumen­to pode ser utilizado em sujeitos com idade a partir dos 13 anos. Nor­mas são apresentadas no manual por sexo para adolescente, estu­dantes universitários, adultos e outras populações. O material é cons­tituído por manual, folha de apuração, um questionário de auto-avalia­ção e uma grade de correção. A aplicação pode ser individual ou cole­tiva, não existe um tempo limite, porém adolescentes e adultos o com­pletam entre 10 a 12 minutos.

Amostra brasileira - O manual apresenta diversos estudos para a validação do instrumento. Foram tomadas como base amos­tras de Porto Alegre/RS e São Paulo/SP com estudantes do ensino médio e universitários. Amostra foi composta por 718 sujeitos, sendo 280 do sexo masculino e 438 do feminino.

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110 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Parâmetros Psicométricos Fidedignidade - A fidedignidade da cada item foi calculada

mediante correlações entre itens e o total de pontos na subescala a que pertence, pelo alfa de Cronbach, com valores variando de 0,68 a 0,88.

Validade - Aplicou-se o Teste de Frustração de Rosenzweig para o estudo de validade em 37 estudantes universitários de diversos cursos, matriculados na disciplina Estudos de Problemas Brasileiros 11, sendo 25 do sexo feminino e 12 do masculino, os resultados foram apresentados pelos níveis de expressão da frustração e raiva, com indicadores variando de -,033 a 0,48. Numa avaliação de construto, Lummertz e Biaggio (1990) aplicaram o Tipo-T (Traço) e o IDA TE juntamente com o STAXI em 51 estudantes universitários, sendo 30 do sexo feminino e 21 do masculino e os coeficientes de correlação observados variaram de -0, 47 a 0,40 com diferenças significativas (p< 0,05 e p> O, 01).

Padronização- Os estudos de padronização brasileira envol­veram uma amostra de 718 sujeitos (280 do sexo masculino e 438 femininos) e são apresentadas por escores "T" com distinções quan­to ao sexo dos sujeitos.

LEVANTAMENTO DE INTERESSES

PROFISSIONAIS - LIP

Origem do teste - O instrumento foi construído a partir da necessidade de se medir de maneira eficaz os interesses verdadeiros dos alunos. A experiência profissional do autor fez com que ele reu­nisse farto material, de modo que fosse possível criar o seu próprio instrumento. Durante alguns anos, o teste foi utilizado experimental­mente até que, em 1974, foi publicado. Em 1978, ele foi utilizado em uma dissertação de mestrado, mas os resultados completos do estudo não constam do manual. Indicações: identificar interesses de adoles­centes em processos de orientação vocacional.

Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Carlos Del Nero; a publicação original é de 1975 e a segunda edição data de 1984. O instrumento foi publicado pela Vetor Editora Psico-Pedagó­gica Ltda.

Aplicação e material - Segundo o manual, o instrumento é indicado para encaminhar alunos de primeiro ciclo ao curso ade­quado de segundo ciclo e alunos de segundo ciclo aos cursos supe­riores adequados. O material é composto por manual; livro Area, profissões e objetos; caderno reutilizável e folha de resposta. A aplicação pode ser individual ou coletiva, e o tempo médio é 20 minutos. O teste é composto por 256 questões.

Parâmetros Psicométricosn - Não constam no manual infor­mações sobre padronização, validade e precisão, embora, como já anunciado, o autor faça uma citação de um estudo de validade, de­senvolvido em uma dissertação de mestrado.

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LIDERANÇA E PODER

Origem do teste - O instrumento destina-se a verificar facili­dade e/ou dificuldade para se trabalhar com determinadas pessoas. No manual aparecem relatos sucintos de pesquisas desenvolvidas em escolas, em lares e em organizações, além de uma revisão teórica sobre líder, liderança, e personalidade do líder.

Dados de identificação- O instrumento foi criado por Agosti­nho Minicucci, tendo sido publicado pela Vetor Editora Psico-Peda­gógica Ltda., em 1986. Não foram produzidas outras versões atualizadas do instrumento.

Aplicação e material- No manual não há indicação sobre a faixa etária indicada para a utilização do instrumento, assim como não constam informações sobre o tempo ou o tipo de aplicação (individual ou coletiva). O material consiste em manual e folha de escala polar.

Parâmetros Psicométricos - Embora haja uma revisão teóri­ca no manual, não são apresentados dados pertinentes à construção, padronização e estudos de precisão e de validade.

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MAcQuARRIE TESTE

DE RELAÇÕES EsPACIAis

Origem do teste - O instrumento é norte-americano e desde sua publicação, segundo as informações do manual, tem sido bastan­te utilizado em função da originalidade da proposta, da rapidez da administração e avaliação e da sua aceitação por profissionais de Psicologia. De alguma forma, isso motivou novos estudos com o ins­trumento e sua adaptação para o Brasil. Indicações: investiga o nível de aptidão de relações espaciais, utiliza-se esse teste para a seleção profissional, assim como na área educacional.

Dados de identificação- Não consta no manual o nome origi­nal do instrumento, assim como os nomes dos autores, tanto da publi­cação original, quanto da adaptação. Sabe-se que o instrumento foi publicado pela CTB/McGraw-Hill, dos Estados Unidos da América, em 1925, e pela Edites - Empresa Distribuidora de Testes Ltda., no Brasil, em 1976.

Aplicação e material - A aplicação do teste é coletiva, de acordo com o manual, e leva para ser executado, aproximadamente oito minutos. Não há indicações sobre a faixa etária mais indicada para a realização. O material consiste em manual, caderno de teste, crivo de correção, lápis e quadro preto.

Amostra - O autor relata um estudo realizado por Francisco Campos e publicado pelos Arquivos Brasileiros de Psicologia Aplica­da (jul./set., 1969, p. 33). O estudo contou com uma amostra de 260 sujeitos, sendo 120 programadores e 140 auxiliares de escritório.

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I 16 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Parâmetros Psicométricos Validade - De acordo com o manual, o instrumento foi objeto

de estudo de centenas de pesquisas, principalmente nos Estados Uni­dos. Alguns estudos foram referenciados.

Precisão - Para estabelecer a precisão do instrumento, utilizou­se uma amostra de 180 sujeitos, sendo que o tempo de replicação foi de 60 dias. O índice de precisão obtido foi de 0,88. A consistência interna

também foi verificada em uma amostra de 144 sujeitos, tendo sido obtidos os seguintes índices: cópia 0,85; localização 0,93 e blocos 0,92.

MATRIZES PROGRESSIVAS

EscALA AvANÇADA

Origem do teste - Os Testes de Raven são muito usados dentre as possibilidades de lápis e papel e tiveram repercussão em diferentes países e culturas. Eles foram criados tendo em visto dois objetivos: servir como teste de triagem e oferecer um treinamento rápido, econômico e

eficiente aos que não estão familiarizados com esse tipo de tarefa (solu­ção de problemas). Há uma observação no manual de que o autor não se preocupou em fundamentar: o teste, ele o conceituou como objetivando a "capacidade de observação e clareza de raciocínio".

Dados de identificação - O nome original do instrumento é

Advanced Progressive Matrices, de autoria de J. C. Raven, tendo sido publicado em 1938, pela H. K. Lewin e Co. Ltda. A tradução e adaptação ficaram sob responsabilidade de Francisco Campos. A publicação brasileira foi realizada pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada - CEPA e o manual mais recente data de 2002.

Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou co­letiva e o tempo máximo para realização é 60 minutos. O material consiste em manual, caderno, folha de resposta e crivo de apuração. O instrumento se destina à avaliação de adolescentes (a partir de 12 anos) e adultos.

Amostra - O manual apresenta diferentes estudos que utiliza­ram amostras diferentes; não há registros de padronização brasileira.

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118 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Parâmetros Psicométricos Análise de itens- A análise de itens foi desenvolvida a partir

da aplicação do instrumento em 2.256 sujeitos, com a finalidade de estudar o comportamento de cada um dos itens, selecionar os itens que poderiam ser eliminados da escala e examinar as figuras errô­neas escolhidas como resposta a cada problema. Da edição de 194 7 foram retirados 12 itens que não contribuíam para o escore total. São apresentados no manual gráficos e tabelas para ilustrar todo o procedimento de análise de itens.

Precisão - A verificação da precisão se deu por meio do teste­releste, aplicado a uma amostra de 444 sujeitos, adolescentes e adul­tos. Os coeficientes de precisão para adolescentes foram inferiores (0,76 e 0,86) ao coeficiente para adultos (0,91). Vale destacar que este estudo foi desenvolvido por G. A. Foulds.

Validade - A fim de se verificar a validade do instrumento os resultados obtidos por estudantes de escolas técnicas e por universi­tários foram comparados. Também foram desenvolvidos estudos com­parativos quanto ao tempo de execução e entre as diferentes escalas das Matrizes Progressivas.

MATRIZES PROGRESSIVAS

EscALA GERAL

Origem do teste - De acordo com a apresentação feita por Fran­cisco Campos no manual mais recente do instrumento, o Teste das Matri­zes Progressivas, com mais de 40 anos de existência, ainda não envelhe­ceu. E, como já apontado na descrição anterior, dentre os instrumentos de lápis e papel, ele ainda é um dos mais destacados. No Brasil, o teste foi introduzido em 1949 pelo Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP) de Barbacena. Apresenta indicações de medida da inteligência.

Dados de identificação - O nome original do instrumento é Standard Progressive Matrices, de autoria de J. C. Raven, tendo sido publicado em 1947, por Oxford Psychologists Press, Oxford (Inglaterra). A tradução e adaptação ficaram sob responsabilidade de Francisco Campos (revisão realizada por Suzana Ezequiel da Cu­nha). A publicação brasileira foi realizada pelo Centro Editor de Psi­cologia Aplicada- CEPA e o manual mais recente data de 2001.

Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado indi­vidual ou coletivamente, não há limite de tempo para a execução da tarefa. O material se constitui em manual, caderno, folha de resposta e chave de apuração. O instrumento é indicado para sujeitos com ida­de a partir dos 12 anos.

Amostra - O manual mais recente do instrumento apresenta normas brasileiras atualizadas, de acordo com o manual, resultantes de uma pesquisa com 368 sujeitos. O nível de instrução dos sujeitos variou do ensino fundamental incompleto a pós-graduação e a idade variou entre 13 e 56 anos.

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120 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Parâmetros Psicométricos - Quantos aos demais aspectos, o manual afirma que para a publicação procedeu-se a uma análise das pesquisas realizadas com o instrumento. Alguns estudos são men­cionados.

MATRIZES PROGRESSIVAS COLORIDAS

Origem do teste- Considerando a vasta utilização das Matri­zes Progressivas, o presente instrumento foi criado para atender uma faixa etária não favorecida pelas Matrizes Progressivas Geral e, pos­teriormente, à sua construção foi criada a Matrizes Progressivas -Escala Avançada. Ele obedece aos mesmos princípios das demais construções. Indicações: avaliação do desenvolvimento intelectual na escola ou em diagnósticos clínicos.

Dados de identificação - O nome original do instrumento é Coloured Progressives Matrices, de autoria de J. C. Raven, John Raven e J. H. Court. A publicação se deu em 1947. No Brasil, a P publicação se deu em 1988, pela Casa do Psicólogo e a 2" em 1999, pelo Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia - CETEPP. Os autores foram os mesmos em ambos os trabalhos, excetuando-se José Luciano Miranda Duarte, que participou apenas do último. Os demais autores são Arrigo Angelini, Irai Cristina Boccato Alves, Eda Marcondes Custódio e Walquíria Miranda Duarte. A forma mais re­cente do material é resultado da adaptação de duas das sete seções do manual em inglês completo.

Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado indi­vidual ou coletivamente e não há limite de tempo para a realização. O material consiste em manual, caderno, cartazes para aplicação cole­tiva, folha de resposta e crivo de correção. O instrumento se destina aos sujeitos de 5 a 11 anos, deficientes mentais e idosos.

Amostra da padronização brasileira- Foi composta por 1.54 7 sujeitos, sendo 774 do sexo masculino e 773 do sexo feminino, levan­do-se em conta três critérios: idade, sexo e tipo de escola. A amostra

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122 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

foi sorteada entre escolares da rede oficial de ensino, ou seja, entre alunos das escolas particulares e públicas (municipais e estaduais) da

cidade de São Paulo. A participação na amostra de alunos desses três tipos de escolas foi proporcional ao número de crianças matricu­ladas em cada tipo, de acordo com os dados do Anuário Estatístico

de Educação do Estado de São Paulo de 1984.

Parâmetros Psicométricos Análise de itens - A dificuldade de cada item para a popula­

ção paulistana foi avaliada a partir das Curvas Características dos Itens (CCI). De modo geral, as CCI são semelhantes às de Raven,

embora os primeiros itens de cada série sejam mais difíceis para a população paulistana. Foram também construídas Curvas de Itens por Idade.

Precisão - Utilizou-se o método das metades, sendo calcula­dos os coeficientes de correlação entre os itens pares e ímpares para cada sexo, em cada faixa etária, e para a amostragem total (fórmula Spearman-Brown variando entre 0,59 e 0,93 para o sexo masculino e entre 0,41 e O, 94 para o sexo feminino; para a amostra total encon­trou-se coeficiente de 0,92).

Validade - A fim de verificar a validade do instrumento, foi estudada a diferenciação dos resultados quanto à idade dos sujeitos. A partir dos resultados apresentados, houve claramente o aumento progressivo das médias com a idade, portanto, pode-se concluir que

por esse critério o teste pode ser considerado válido.

MEDIDA DE FLUÊNCIA VERBAL

Origem do teste - O manual aponta que o instrumento não se constitui em novidade no campo da Psicometria, mas de qualquer

forma, o esforço é válido, apesar dos limites do objetivo do trabalho. O autor alerta que como o instrumento envolve a linguagem- e como a padronização foi realizada na região Centro-Sul do País novas pes­quisas devem ser efetivadas, a fim de verificar se o conteúdo do teste está adequado à população.

Dados de identificação - O instrumento é produção nacional, foi elaborado por Clauco Piovani e publicado pela Edites- Editora e Distribuidora de Testes Ltda., em data não identificada no manual.

Há uma informação de que o manual consultado refere-se à 2" edi­ção do material. Não há dados sobre novos estudos ou reedições. Indicações: medir grau de desenvolvimento específico da capacidade verbal da inteligência.

Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou co­letiva, sendo que há um limite de tempo para cada subteste, gerando um tempo total de 45 minutos de aplicação. O material consiste em manual, cadernos, crivo de resposta e cronômetro. No que se refere à faixa etária, não há limites definidos no manual, apenas a observa­ção de que pode ser aplicada em sujeitos não alfabetizados.

Amostra- Participaram como sujeitos da pesquisa 1.630 estu­dantes de vários colégios da capital de São Paulo, distribuídos entre os antigos cursos primário, ginasial e colegial.

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124 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Parâmetros Psicométricos Análise de itens- Foi realizada uma análise de itens no subteste

sinônimos, em que se estabeleceu a dificuldade deles.

Precisão - Para verificação da precisão, utilizou-se o estudo da consistência interna. Foram escolhidos ao acaso 142 sujeitos, as correlações variaram entre 0,64 e 0,79.

Validade - A validade foi verificada por meio da comparação dos resultados do teste com notas escolares em português. A corre­lação linear simples com o critério externo (rendimento anual em português) em uma amostra de 321 alunos de 1 a e 2a série ginasial, revelou uma correlação de 0,54. Outro estudo revelou uma correla­ção linear simples entre MFV e rendimento anual em português de 0,58; sendo que participaram 405 alunos do 4° e 5o anos primários e da 1 a e 2a séries do ginásio.

MEMÓRIA R

Origem do teste- O Teste Memória-R foi criado a partir da necessidade de complementar a avaliação do Teste Memória da Ba­

teria T.S.P., outro instrumento publicado pela mesma editora. Além disso, o autor preocupou-se em elaborar uma prova em que se pesas­se a necessidade de avaliar a memória para rostos ou nomes, consi­derando que determinadas profissões requerem este tipo de habilida­de, como por exemplo, os policiais.

Dados de identificação - O teste foi desenvolvido por Clauco Piovani. Trata-se de uma produção nacional, publicada em 1975, pela Edites - Empresa Distribuidora de Testes Ltda. O teste não foi reeditado. Indicações: medir nível de capacidade de reter e evocar, seleção.

Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado indi­vidual ou coletivamente e, em média, a aplicação leva cinco minutos. O material se constitui em manual, caderno de teste, crivo de cone­ção e lápis. Não há informações sobre a faixa etária mais adequada para a aplicação.

Amostra - A amostra foi composta por 1.000 sujeitos, ambos os sexos, com idade entre 17 e 43 anos, candidatos a empregos num processo de seleção.

Parâmetros Psicométricos Precisão - A precisão foi verificada por meio da comparação

dos resultados de 90 sujeitos que foram submetidos ao teste-reteste, com um intervalo de 45 dias. O coeficiente de estabilidade foi 0,58.

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126 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Validade - A fim de se verificar a validade do instrumento, os resultados de 100 sujeitos foram comparados quanto à aplicação de duas provas (subteste Memória da Bateria TSP e Memória-R). O coeficiente de correlação de Pearson encontrado foi 0,27.

MTB - SÉRIE BoTH

Origem - Segundo a descrição que consta no manual do ins­trumento, o teste surgiu da necessidade do autor em relação às ativi­dades profissionais, especialmente as relacionadas à consultoria no contexto organizacional.

Dados de identificação - O instrumento é produção interna­cional, de autoria de F. J. Both, editado pela Casa do Psicólogo, sendo sua data de origem 1974. O teste é indicado para avaliação da personalidade.

Aplicação e material - De acordo com o manual, o teste pode ser aplicado em crianças e adultos- segundo idade, inteligência, ex­periência e interesse. O material é composto por manual, caderno de aplicação, chave de correção das respostas de correção, uma placa de acn1ico, uma régua de metal, quarenta parafusos, vinte lâminas de metal e quarenta porcas. A aplicação pode se individual ou coletiva com tempo aproximado de 30 minutos.

Amostra- Nas descrições do manual os trabalhos foram de­senvolvidos com uma amostra de 752 sujeitos, sendo 237 do sexo masculino e 515 do sexo feminino.

Parâmetros Psicométricos - Estudos sobre a validade e a precisão do instrumento no Brasil não foram identificados no manual.

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PROGRAMA DE HÁBITOS E DESEMPENHO

NO EsTuDo - PHD

Origem do teste - O teste surgiu em função do problema do aproveitamento ou do rendimento escolar de jovens estudantes. Foi esta problemática que motivou o autor a compreender melhor o com­portamento de jovens estudantes frente ao estudo. Segundo o autor, o teste apresenta-se de maneira pouco convencional, ou seja, o instru­mento foi estruturado a partir da prática de orientação de, alunos, no Serviço de Orientação Psicológica de uma universidade particular da cidade de São Paulo.

Dados de identificação - O Teste PHD não é um material exclusivo de psicólogos, podendo ser utilizado por orientadores edu­cacionais. Ele tem como objetivo o levantamento de hábitos incorre­tos de estudo e respectiva orientação. A produção é nacional, de au­toria de Carlos Del Nero, e a data da primeira edição é 1977. Não constam informações no manual sobre revisões. O instrumento le­vanta hábitos de estudo e promove a orientação de jovens; constitui­se da prova, propriamente dita, do roteiro de orientação e do manual de instruções.

Aplicação e material - A aplicação deve ser preferencialmente individual, mas também pode ser coletiva. Não há restrição quanto ao tempo, mas em média a aplicação dura 20 minutos. O material consta de manual e conjunto de cadernos (tese e orientação). Não há restri­ção quanto à faixa etária.

Parâmetros Psicométricos- O manual não apresenta os es­tudos sobre padronização, validade e precisão.

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PROGRAMA DE ATITUDES DOS PAIS- PAP

Origem do instrumento - O instrumento surgiu a partir da experiência clínica do autor que em entrevistas iniciais com jovens e seus respectivos pais, observou e catalogou informações sobre difi­culdades de entrosamento e algumas peculiaridades das dificuldades. Elas foram agrupadas em fatores, que acabaram por originar o PAP. Indicações: Auxiliar aos pais na educação dos filhos.

Dados de identificação - O material é nacional, de autoria de Carlos Del Nero. Publicado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em 1997. Não constam informações sobre estudos posteriores com o instrumento. O material não é exclusivo de psicólogos, poden­do ser aplicado por orientadores educacionais e é destinado a explo­rar hábitos dos pais, valendo-se da própria análise deles.

Aplicação e material - Não se encontra no material informa­ção pertinente ao tipo de aplicação (individual ou coletiva), ao tempo necessário para a realização ou à faixa etária melhor indicada. As instruções para a realização da prova encontram-se descritas sucin­tamente na capa do caderno. O material consiste em manual, cader­no com 54 questões e folha de apuração.

Parâmetros Psicométricos - Não há informações sobre a construção do instrumento, bem como sobre o estabelecimento de padrões Psicométricos.

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PROVA DE NÍVEL MENTAL

Origem do teste - O instrumento foi elaborado para fins de seleção profissional do Serviço Nacional do Comércio (SENAC). Des­tina-se à avaliação da inteligência.

Dados de identificação - O nome original do instrumento é Prova de Nível Mental e a autoria é de Jacyr Maia. A produção é nacional, tendo sido publicado em 1949, pelo Centro Editor de Psico­logia Aplicada - CEPA.

Aplicação e material- A forma de aplicação pode ser indivi­dual ou coletiva e, em média, a aplicação ocupa 15 minutos. O mate­rial se constitui em guia de informações técnicas, caderno com 30 itens e crivo de correção. O teste pode ser aplicado em adolescentes e adultos (a faixa etária não está especificada).

Amostra - Foi aplicado em todo o Brasil, por intermédio dos departamentos regionais e padronizado sobre um grupo de alunos do ensino fundamental (a partir da sa série) e do médio (básico e técnico de comércio) e do superior (Faculdade Nacional de Filosofia). Não são fornecidas outras informações a respeito da padronização.

Parâmetros Psicométricos Validade - O instrumento apresentou um coeficiente de

correlação de 0,48 com o I.N.V. (Pierre Weil), aplicado a ado­lescentes comerciários, com testes de português e aritmética (co­eficientes variaram entre 0,40 a 0,80).

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PsiCODIAGNóSTico MioCINÉTico - PMK

Origem do teste - O Teste Psicodiagnóstico Miocinético foi elaborado por Mira y López, no final da década de 30, sendo utilizado pelo autor quando já radicado no Rio de Janeiro. Sua concepção da avaliação contempla a idéia de que os movimentos musculares dos sujeitos refletem as suas características mentais e psicológicas e sendo esses movimentos típicos decorrentes da facilidade, evidenciam as­sim seus traços de caráter. A técnica investiga a relação mensurável entre fatores de personalidade e tônus muscular.

Dados de identificação - Trata-se de uma técnica gráfica ex­pressiva, na qual o sujeito é convidado a realizar sete exercícios sobre folhas cujas dimensões ocupam quase toda a mesa especial. Assim deverá o sujeito continuar os modelos de traçados, com e sem a visão da atividade, alternando a pedido do examinador, as mãos enquanto deve desenhar figuras como círculos, ziguezagues, escadas, cadeias, lineogramas paralelas, dentre outros. Indicado a partir da adolescência, sem restrições quanto a escolaridade, inclusive podendo ser indicado na avaliação de analfabetos. Tem sido usado na avaliação clínica da personalidade (especialmente no que se refere à agressividade, emocionalidade, extra e intratensão, tônus psicomotor, tendência à ini­bição ou excitação, aspectos psicopatológicos, dentre outros).

Aplicação e material - O material pode ser obtido pelas Editoras Vetor e o Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA e compreende uma mesa articulável, cadernos de aplicação, anteparos para visão, lápis preto, azul e vermelho e folhas de papel vegetal com os modelos dos traça­dos já impressos, para serem utilizados na correção das respostas. A admi­nistração é de forma individual, com um tempo de até 30 minutos por sessão. A administração completa do teste deve incluir duas sessões.

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136 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Parâmetros Psicométricos -Não foram identificados no ma­nual informações sobre estudos de validade e precisão.

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO

TIPOLÓGICA - QUATI

Origem do teste- O QUATI foi desenvolvido, no bojo de várias pesquisas junto ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), sob orientação da Pro f a. Dra. Anna Mathilde P. C. N agellschirnidt.

Dados de identificação - O instrumento é produção nacional, de autoria de José Jorge de Moraes Zacharias. É editado pela Vetor, Editora Psico-Pedagógica Ltda., sendo que o manual analisado refere­se à 4" edição, datada de 2000. Indicação: avaliação da personalidade.

Aplicação do material - De acordo com o manual, o teste pode ser aplicado em sujeitos a partir da 8" série do ensino fundamen­tal. O material é constituído por um manual, caderno de aplicação, chave de correção das respostas e folhas de respostas. A aplicação pode ser individual ou coletiva sem tempo limitado, sendo que, em média, leva 45 minutos para completar o teste.

Amostra - Foram pesquisados 1.188 sujeitos que eram estu­dantes do último ano do ensino médio e estudantes universitários dos cursos de psicologia e administração de instituições de ensino da ci­dade de São Paulo, no ano de 1999.

Parâmetros Psicométricos Validade- Estudos sobre a validade do instrumento, no Brasil,

não foram identificados no manual.

Precisão - Estudos sobre a fidedignidade do instrumento, no Brasil, não foram identificados no manual.

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QUESTIONÁRIO DESIDERATIVO - QD

Origem do teste - O questionário parte da bateria de avalia­

ção psicodiagnóstica - composta pelos testes Os Três Desejos, Três

Bolsas de Ouro, Teste do Bestiário de Zazzo e os Testes Desiderativos

de Pigem e Córdoba -, aplicados pelas autoras e embasa sua inter­

pretação no significado simbólico das respostas.

Dados de identificação- O instrumento é produção internaci­

onal, de Graciela Celener de Nijamkin e Monica Guinzbourg de Braude,

traduzido pela Dr. Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo. É editado

pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. e está na sua primeira

edição. Indicação: avaliação da personalidade.

Aplicação e material - De acordo com o manual, o teste

pode ser aplicado em crianças com 4 ou 5 anos, pré-escolares e até

pessoas da Terceira Idade de diferentes culturas ou camadas soci­

ais. O material é composto por manual, seis perguntas, nas quais se

apresentam três possibilidades de escolhas e de três rejeições e,

sobre cada uma delas, se investiga de forma positiva e negativa os

reinos animal, vegetal e inanimado. O tempo de aplicação varia de

I O a 15 minutos.

Parâmetros Psicométricos - Não foram localizados no ma­

nual informações sobre validade e precisão.

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QuESTIONÁRIO DE SAúDE GERAL DE

GoLDBERG - QSG

Origem do teste - O Questionário de Saúde Geral foi criado para avaliar a saúde mental das pessoas. O objetivo era desenvolver um questionário que identificasse a severidade do distúrbio psiquiátrico do sujeito. O autor, D. B. Goldberg, baseou-se em estudos sobre a doença mental e na experiência clínica de psiquiatras para construir o instrumento. Indicações: identificar pessoas com problemas de saúde mental não extremados, com o objetivo de fornecer um perfil psiquiátri­co do sujeito.

Dados de identificação - O nome original do instrumento é The Detection of Psychiatric Illness by Questionare. Foi publica­do pela Oxford University Press, em 1972. A adaptação brasileira foi desenvolvida por Luiz Pasquali, Valdiney Velôso Gouveia, Wagner Bandeira Andriola, Fábio Jesus Miranda e André Luiz Moraes Ra­mos, tendo sido publicada pela Casa do Psicólogo, em 1996.

Aplicação e material - A aplicação do instrumento pode ser individual ou coletiva, sendo que, em média, leva 50 minutos. O mate­rial consiste em manual, caderno de aplicação, folha de resposta e crivos de apuração. Não há indicações no manual sobre a faixa etária apropriada para o uso. O QSG é um questionário de auto-relato de 60 itens, apresentado aos examinandos em folheto, com instruções para que o sujeito responda a cada item, em comparação com seu estado usual, assinalando um dos pontos de uma escala tipo Likert de quatro pontos. Os itens variam em sua formulação, ora como sintomas, ora como comportamentos normais.

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142 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Amostra da adaptação brasileira -Participaram como 902

indivíduos não psiquiátricos, residentes em São Paulo e no Distrito

Federal. Em relação ao sexo, 34,8% eram do sexo masculino e 65,2%,

do sexo feminino. E, embora fosse possível encontrar sujeitos de to­

dos os níveis acadêmicos, foi preponderante a presença de universi­

tários.

Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Os itens construídos consistiram de sinto­

mas, sentimentos e pensamentos anormais e de comportamentos

observáveis. As áreas psiquiátricas que deram suporte à elaboração

dos ítens foram: depressão, ansiedade e distúrbio psicológico,

inadequação social e hipocondria. Para a análise de itens, foi estabe­

lecido o índice de discriminação entre grupos-critério (severamente

doentes, moderadamente doentes e normais). Tais grupos foram cons­

tituídos por 30% dos sujeitos de escores mais altos (grupo superior) e

30% de sujeitos de escores mais baixos (grupo inferior). Os ítens se

mostraram altamente discriminativos.

Validade - A análise fatorial foi realizada a partir das respostas

de 902 sujeitos; foram observados 13 fatores, sendo que seis fatores

explicaram 44% da variâncía total das repostas. Efetuou-se o teste

da hipótese de que o QSG cobriria um único fator, o que foi confirma­

do por meio da análise fatorial confirmatória de um fator. Em segui­

da, foi feita uma análise da consistência interna dos fatores por meio

do Alfa de Cronbach. Os coeficientes variaram de 0,95 a 0,70.

Precisão - Foi realizada a análise da consistência interna dos

fatores por meio do Alfa de Cronbach. Um dos fatores que apresentou

baixa consistência interna, sendo formado por apenas seis itens se­

manticamente pouco congruentes entre si, foi retirado das análises pos­

teriores.

QuESTIONÁRIO VocACIONAL DE

INTERESSES - QVI

Origem do teste- O Q.V.I. tem por finalidade fornecer sub­

sídios para o processo de orientação profissional. Ele foi elaborado

tomando como base 15 áreas de interesse e parte da premissa que

fatores objetivos e subjetivos concorrem para a verdadeira realiza­

ção do indivíduo.

Dados de identificação - O instrumento foi construído por

Rynaldo de O li v eira, em 1982, e foi publicado pela Vetor Editora Psico­

Pedagógica Ltda. Não há informações sobre reedições. É uma pro­

dução nacional. As áreas de interesse avaliadas são artes, atividades

perigosas, atividades sociais, burocracia, cálculos, ciências biológi­

cas, ciências físicas, comunicações, esportes, executiva, lingüística,

musical, negócios, persuasiva e pesquisas.

Aplicação e material - O questionário é composto por 15

áreas de interesse e a aplicação deve ser realizada em duas sessões,

com intervalo mínimo de um dia entre elas. Não está especificado no

manual para qual faixa etária o instrumento destina-se, embora indi­

que que deva ser usado para quando do processo de orientação pro­

fissional, ou seja, na adolescência e na vida adulta. O material é com­

posto por manual, questionário e folha de resposta.

Parâmetros Psicométricos- Não constam no manual, infor­

mações sobre padronização, validade e precisão.

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REPRODUÇÃO DE FIGURAS

Origem do teste - O Teste de Reprodução de Figuras foi criado como parte do exame de seleção de candidatos a motoristas. Baseia-se no Teste Gestaltico Viso-Motor de Lauretta Bender e sua primeira divulgação deu-se em 1958, no Boletim de Psicologia Apli­cada. Indicações: teste viso-motor, aplicado como medida de desen­volvimento e no diagnóstico neuropsiquiátrico infantil.

Dados de identificação - O autor do teste é Otávio de Freitas Junior e ele foi publicado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada­CEPA. O manual avaliado é de 2001 (2" edição).

Aplicação e material- O instrumento poàe ser aplicado indi­vidual ou coletivamente e o tempo máximo para realização é cinco minutos. O material consiste em manual, folha de resposta e lápis. A administração pode ser em crianças, adolescentes ou adultos.

Amostra- No manual encontram-se amostras de crianças e adultos. A amostra de crianças constituiu-se de 200 sujeitos, com idade variando entre 3 e 16 anos. Já na amostra de adultos, a idade variou de 7 a 60 anos, com informações do autor quanto a avaliação 60.000 sujeitos pesquisados.

Parâmetros Psicométricos - Não são apresentados estudos de precisão e validade.

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TESTE DE APERCEPÇÃO TEMÁTICA- TAT

Origem do teste - O Teste de Apercepção Temática foi cons­truído pelos psicólogos Murray e Morgan, em 1935, e modificado até 1943, com forte ênfase do enfoque psicodinâmico como em outras técnicas projetivas. Influenciou fortemente o uso de outras testes semelhantes como Children s Apperception Test, para crianças; o Picture Story Test, para adolescentes; e o Sênior Apperception Test para idosos.

Dados de identificação - O instrumento é composto por 31 cartões, sendo que 30 com gravuras e um em branco. O material é editado pela Mestre Jou, Paidós e pela Casa do Psicólogo. No ma­nual há referência da indicação de avaliação em indivíduos dos 14 aos 40 anos.

Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou em grupo, variando a forma, de acordo com o número de cartões utiliza­dos, em completa ou reduzida. A indicação dos cartões segue os pre­ceitos da avaliação dos aspectos da conflitiva, da faixa etária e do sexo dos respondentes. O tempo de aplicação não é definido, mas segundo recomenda Cunha, (2000) não deve passar de 120 minutos em duas sessões.

Parâmetros Psicométricos - Não há no manual informações sobre estudos de validade e/ou precisão.

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TESTE DE APTIDÃO ACADÊMICA

Origem do teste - O instrumento foi construído considerando que a avaliação acadêmica vem ocupando espaço entre os temas rela­cionados à melhor forma de garantir o sucesso na aprendizagem. As operações lógicas utilizadas no teste foram identificadas a partir das obras de Piaget e Inhelder ( Growth o f Logical Thinking e Early Growth of Logic in Child). O instrumento baseia-se na identificação da capacidade de operar logicamente com a potencialidade de desen­volver aprendizagens complexas, a fim de assegurar sucesso na solu­ção de problemas escolares e de atividade científica e profissional.

Dados de identificação- O instrumento é de autoria de Ronald 1. Raven, com o título Content Comprehension Test. No Brasil, foi publicado pela Editora Entreletras, em 1998, tendo sido traduzido e adaptado por Íris Barbosa Goulart e Maria das Graças de Castro Bregunci.

Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou co­letiva, sendo que o tempo de execução é de 90 minutos. Há sugestão de que haja um intervalo de cinco a dez minutos, entre a primeira e a segunda parte. A idade mínima do sujeito deve ser 1 O anos. O mate­rial consiste em manual, caderno de testes, folha de resposta, chave de apuração, papel em branco e lápis.

Parâmetros Psicométricos Construção do instrumento - O teste é constituído por sete

subtestes, sendo que passou por três revisões tendo como critério entrevistas realizadas com estudantes de séries diversas. Após a cons­tituição final do instrumento, ele foi aplicado a 80 sujeitos, com idade variando de 1 O a 17 anos.

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150 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Precisão - O coeficiente de precisão foi determinado na amos­tra de origem, tendo sido utilizado a análise de variância pelo método de Hoyt. O coeficiente encontrado foi 0,80 e o erro padrão de medida 2, 7.

Validade para a amostra brasileira- Foram realizados vários estudos no sentido de verificar a validade de conteúdo e a preditiva. Na validade de conteúdo, os itens do teste foram submetidos a análi­se de cinco juízes especialistas na área. Houve 100% de concordân­cia entre os juízes quanto à adequação dos itens destinados a medir seriação, classificação, compensação, razão-proporção e proporcionalidade; quanto às operações multiplicação lógica e corre­lação, houve 80% de acordo entre os juízes.

A validade preditiva foi verificada por meio da comparação dos resultados do teste com as notas do vestibular, numa amostra de 125 candidatos aprovados no vestibular da Universidade Federal de Mi­nas Gerais (UFMG), em 1978. A correlação total foi de 0,63 pela fórmula de Spearman-Brown.

A correlação entre subtestes e inter-subtestes também foi de­terminada pela matriz de correlação. Verificou-se que, de modo ge­ral, os coeficientes encontrados foram superiores aos da validação realizada por Raven para uma amostra de 400 sujeitos.

TESTE DE CAPACIDADES

INTELECTUAIS - TCI

Origem do teste - O Teste de Capacidades Intelectuais é com­posto por sete partes (significação de termos, vozes de animais, locali~ zação e seriação aritmética, logicidade, vocabulário e problemas) que, originalmente, eram utilizadas pelo autor em seu consultório. Após anos de uso e de resultados encorajadores, segundo o autor, o instrumento submeteu-se a um tratamento especial para que pudesse se transfor­mar em um instrumento de avaliação da inteligência.

Dados de identificação - O instrumento é produto nacional, de autoria de Carlos Del Nero, publicado pela Vetor Editora Psico­Pedagógica Ltda. e está na sua segunda edição ( 1 982). No entanto, não consta no manual a data da publicação original. O instrumento se constitui em um teste verbal de inteligência, sendo que a concepção de inteligência refere-se à capacidade de resolução de problemas.

Aplicação e material - O teste é recomendado para sujeitos que possuam grau de instrução relativo à sa série do ensino fundamen­tal, até idade adulta. Há informações de que eventualmente ele pode ser aplicado em crianças de séries inferiores, mas, nestes casos, "con­siderar-se-á satisfatório o escore exigido para 18 anos" (p. 1). O mate­rial necessário para aplicação e avaliação constitui-se em manual, ca­derno, chave de correção e cronômetro. A aplicação pode ser indivi­dual ou coletiva e para cada subteste há um limite de tempo para execução, sendo que o tempo médio varia entre 20 ou 25 minutos.

Parâmetros Psicométricos - Não há informações no manual sobre padronização, validade e precisão.

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TESTE CARACTEROLÓGICO - TCO

Origem do teste - O Teste Caracterológico tem por objetivo levantar o caráter de uma pessoa, de acordo com o manual. Ele ava­lia alguns fatores da personalidade: emotividade, atividade e reflexo, amplitude do campo da consciência e a polaridade. O teste conta com cinco títulos: emotividade, atividade, reflexo, largueza de cons­ciência e polaridade, totalizando 45 perguntas.

Dados de identificação - O teste é produção nacional, de au­toria de Agostinho Minicucci, e a publicação é da Vetor Editora Psico­pedagógica Ltda. O instrumento foi lançado em 1996 e não há outras informações sobre reedições ou pesquisas complementares.

Aplicação e material - A aplicação pode ser individual ou coletiva, sendo que não há limite de tempo para a execução da prova. O material do teste é composto por livro, folha de avaliação, folha de resposta e guia de aplicação e avaliação. No guia de apli­cação e de avaliação não há informações sobre a faixa etária indicada para o teste.

Parâmetros Psicométricos- No livro, o autor faz referências a diferentes estudos com o uso do Teste Caracterológico, mas não apresenta todas as informações necessárias ( conelações com a aná­lise e interpretação de desenhos, segundo a técnica do teste D 1 O, ou ainda, a conelação Caracterológica Tipológica Junguiana).

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TESTE COLETIVO DE INTELIGÊNCIA PARA

ADuLTOS- CIA

Origem do teste- O Teste Coletivo de Inteligência para Adul­tos foi adaptado para o Brasil; o instrumento é de origem norte-ame­ricana e destina-se à avaliação da inteligência de adultos. De acordo com o manual, as modificações impostas pela adaptação foram marcantes, o que fez com que o CIA se tornasse bastante diferente da escala original.

Dados de identificação - O nome original do instrumento nor­te-americano é Wechsler Bellevue Scale, Form 1, sendo que a au­toria é de David Wechsler. A data de publicação original é 1954, apre­sentando revisões em 1959 e 1972; foi publicado pela The Psychological Corporation. A adaptação do instrumento para o Brasil foi desenvolvida por Raul de Moraes, Eugênia Moraes de Andrade e Dulce de Godoy Alves. A 2" edição do material é de 2001 (não há informações no manual sobre a data da 1" publicação brasileira). A editora responsável pela edição é o Centro Editor de Psicologia Apli­cada- CEPA.

Aplicação e material - A aplicação pode ser realizada de for­ma individual ou coletiva, sendo que o tempo total de aplicação é de aproximadamente 70 minutos. A faixa etária indicada para o uso do instrumento é de 11 a 49 anos. O material consiste em manual, cader­no de prova, folha de resposta, lápis e cronômetro.

Amostra brasileira - O teste foi padronizado para a popula­ção das zonas urbanas e suburbanas da cidade de São Paulo, para sujeitos de 11 a 49 anos, ambos os sexos, tendo sido incluídos sujei-

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156 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

tos brancos, amarelos, pardos e pretos (de acordo com o censo de

1950). A amostra constituiu-se por 3.910 casos, sendo 2.735 ho­

mens e 1.175 mulheres.

Parâmetros Psicométricos Análise de itens- Há uma menção de que houve um estudo

de validade dos itens, por meio da correlação tetracórica. No entanto,

o estudo nào se encontra disponível no manual e, sim, numa publica­ção dos autores em periódico.

Precisão - A verificação da precisão se deu por meio de dois

processos: divisão das metades e Kuder-Richardson. Os coeficien­

tes de conelação corrigidos pela fórmula de Spearman-Brown são

apresentados em quadros, variando entre 0,73 e 0,98.

Validade - O autor justifica que considerando a ausência de

outro instrumento que meça o que o CIA mede, não foi possível o

estabelecimento da validade do instrumento, posteriormente, a análi­se seria realizada.

TESTE DE CüMPLETAMENTO DE

DESENHOS - W ARTEGG

Origem do teste - O Teste de Completamento de Desenhos

ou Wartegg, como é mais comumente chamado, foi elaborado por E.

Wartegg ( 1939) com base em um instrumento intitulado Teste da

Fantasia, elaborando um sistema tipológico com elementos da Gestalt

e de Jung, para explicar as funções básicas da personalidade.

Dados de identificação - O material é produto internacional,

composto por manual e folhas de aplicação e tem sido publicado pelo

Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia.

Aplicação e material - O teste apresenta oito quadrados com

4 em de lado emoldurados em preto, no qual em cada um deles tem

um desenho iniciado para estimular o sujeito. Solicita-se ao exami­

nando que desenvolva e complete o desenho como quiser. Assim

como outros projetivos gráficos, o instrumento é muito simples de

ser aplicado, sem quaisquer limitações quanto à escolaridade, sexo

e idade, desde que tenha condições de realizar desenhos. A admi­

nistração pode ser individual ou coletiva, sem tempo limitado, em

geral este não ultrapassa de 30 minutos.

Parâmetros Psicométricos - Não são apresentados dados

quanto aos estudos de validade e precisão.

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TESTE DE COMPREENSÃO

MECÂNICA- FoRMA AA

Origem do teste - O Teste de Compreensão Mecânica mede a capacidade do indivíduo de perceber e compreender a relação de forças físicas e elementos mecânicos em situações práticas. Segun­do o autor, este tipo de aptidão é importante para a realização de diferentes tipos de trabalhos, como na engenharia ou no comércio.

Dados de identificação - O instrumento é de autoria de George K. Bennet, tendo sido publicado em 1940 e revisado em 1947, pela The Psychological Corporation. No Brasil, foi lançado em 1978, pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada - CEPA, cuja tradução e adaptação foi realizada por Otacílio Rainha.

Aplicação e material- Não há limite de tempo para a aplica­ção. A maioria dos examinandos conclui entre 20 e 25 minutos. A aplicação pode ser individual ou coletiva e o material consiste em manual, caderno de teste, folha de apuração e cri v o de correção. Não há indicação de faixa etária, mas é possível encontrar normas diferenciadas para homens e mulheres.

Parâmetros Psicométricos Construção da escala - Os itens originais foram desenhados

em cartões e submetidos a pessoas de vários níveis de instrução e de interesse mecânico. Alguns itens foram eliminados e preparou-se um caderno com 75 itens, que foi aplicado a diversos grupos. O instru­mento foi aplicado a uma nova amostra de 283 examinandos e o valor discriminativo de cada item foi determinado segundo o método de Kelley-Wood. Do total de 75 itens, 13 foram excluídos e, os dois mais

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160 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

fáceis, serviram como exemplo, formando uma escala de 60 itens e dois exemplos.

Validade - A fim de se verificar a validade do instrumento, os resultados do teste foram comparados com critérios militares. Foram utilizados diferentes instrumentos em vários estudos e, os resultados descritos no manual, variaram entre 0,02 e 0,74. Vale ressaltar que foram utilizadas amostras diversas na realização dos estudos.

Precisão - A amostra utilizada na verificação da precisão cons­tituiu-se de 500 meninos da 1 a série do ensino médio; foi aplicado o método das duas metades e o coeficiente obtido foi de 0,84. Os estu­dos referentes à validade e à precisão contaram com amostras dos Estados Unidos.

TESTE DE COMPREENSÃO

TÉCNICO-MECÂNICA - TCTM

Origem do teste - O instrumento foi desenvolvido e padroni­zado num período de quatro anos, por um grupo de professores especializados em testes psicológicos. O TCTM propõe-se a exami­nar a compreensão mecânica de um sujeito, bem como fornecer in­formações sobre o potencial de realização do sujeito.

Dados de identificação- O instrumento é de autoria de G. A. Lienert e foi traduzido/adaptado por Lilly Growald e André Growald. No manual não constam o título e a editora originais, apenas as relati­vas à tradução. No Brasil, o material foi lançado em 1983, embora o original date ele 1958, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. Há uma observação de que o material foi editado a pedido do Instituto de Psicologia da Universidade de Marburg/Lahan, com a devida autoriza­ção do autor.

Aplicação e material- A aplicação do teste pode ser coletiva ou individual e, no máximo, leva 45 minutos. A faixa etária indicada é, de preferência, com idade superior a 13 anos. Fazem parte do mate­rial o manual, o crivo de apuração e o bloco com folhas de resposta.

Amostra- As normas obtidas para o TCTM no Brasil, foram calculadas a partir de uma amostra da população de jovens, todos do sexo masculino, com idade variando entre 13 e 17 anos. Não há outras informações no manual, apenas o lembrete de que tais tabelas são ainda provisórias.

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Parâmetros Psicométricos Fidedignidade - O instrumento foi considerado "altamente

preciso", de acordo com as informações advindas do manual. A pre­cisão foi verificada partir do teste-reteste em uma amostra de 175 sujeitos com idade, profissão, nível socioeconômico e nível instrucional não revelados. A replicação deu-se após um período de sete semanas e o coeficiente apresentado foi de 0,76.

Um segundo estudo foi realizado, com uma amostra de 213 su­jeitos, cujo método aplicado foi o split-half. O coeficiente de estabf­lidade corrigido segundo a fórmula de Spearrnan-Brown foi de 0,81.

O terceiro e último estudo desenvolvido foi por meio da verifica­ção da consistência interna segundo Kuder-Richardson em uma amos­tra de 2.093 sujeitos; o coeficiente de correlação obtido foi 0,84.

Validade- A fim de se verificar a validade do instrumento apli­cou-se a análise fatorial, tendo-se obtido três fatores no TCTM. A validade interna também foi verificada por meio de correlações com vários testes da Mechanical Aptitude- Battery (de Thurstone), ob­tidas pelo coeficiente tetracórico numa amostra de 209 estudantes secundários, com coeficientes que variaram de 0,24 a 0,43. As corre­lações entre os instrumentos TCTM e TCF (Lienert) apontaram um resultado de 0,44 (amostra de 209 sujeitos).

E o último estudo realizado foi a correlação bisserial dos resulta­dos do TCTM obtidos de duas amostras de 164 moças e 195 rapazes, que resultou num valor de 0,68.

TESTE DOS CONJUNTOS EMPARELHADOS

Origem do teste - O Teste dos Conjuntos Emparelhados é um instrumento que objetiva avaliar o grau de atenção do sujeito, informando também sua capacidade de discriminação visual. As­semelha-se ao Toulouse-Piéron, porque é composto de oito itens diferentes e a principal variável é a modificação da posição de elementos do conjunto.

Dados de identificação - O instrumento foi publicado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA, em 1980. A autora é Suzana Ezequiel da Cunha.

Aplicação e material - O instrumento pode '>er aplicado indi­vidual ou coletivamente, sendo que o tempo de execução é de três minutos. O material do teste consiste em manual, caderno de respos­ta e crivo de apuração.

Amostra - O teste foi aplicado a aproximadamente 3.000 pessoas, ambos os sexos, e idade superior a 13 anos. As normas foram estabelecidas a partir de uma amostra de 665 estudantes de diversos estabelecimentos de ensino de Belo Horizonte, matriculados nas 4a sé­ries do ensino fundamental, no ensino médio e em cursos superiores.

Parâmetros Psicométricos Precisão - As informações presentes no manual a respeito da

precisão são: ''a precisão do teste foi obtida pela correlação das duas metades". E, posterionnente, "a precisão foi obtida pela correlação do Teste dos Conjuntos Emparelhados com os testes Toulouse-Pierón e o de Nomes e Números, da Bateria CEPA". Não são apresentadas outras informações.

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Validade- O índice de validade foi de 0,98 pelo Coeficiente de Correlação de Spearman. Não há outras informações.

TESTE D-70

Origem do teste - O D-70 destina-se à avaliação da inteligên­cia não-verbal, tendo sido elaborado a partir do Teste D-48. Embora os instrumentos sejam semelhantes pode-se afirmar que no D-70 as leis que regem os itens variam de maneira mais sistemática e, even­tualmente, aparecem combinadas, o que acaba por dificultar a solu­ção do problema.

Dados de identificação - O nome original do instrumento é Test D-70, publicado por Editions du Centre de Psychologie Appliqueé, em 1970. No Brasil, o instrumento foi publicado, em 1988, pela Casa do Psicólogo e, em 1996 (2a edição), pelo Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia - CETEPP, sob responsabilidade de José Luciano Miranda Duarte, que padronizou o teste.

Aplicação e material - A aplicação do instrumento pode ser individual ou coletiva e o tempo de execução é de 25 minutos. O material consiste em manual, caderno de questões, folha de resposta. A faixa etária indicada para o teste é a partir de 15 anos.

Amostra da padronização brasileira - Participaram da amos­tra 1.167 sujeitos, sendo que 632 eram alunos do ensino médio. A faixa etária variou entre 17 e 44 anos, sendo o nível instrucional míni­mo do ensino médio (incompleto). Os sujeitos foram escolhidos den­tre trabalhadores de algumas empresas da cidade de São Paulo. Quan­to às escolas dos referidos estudantes, dez escolas eram da rede estadual e oito da rede particular de ensino, distribuídas aleatoria­mente por sorteio.

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Parâmetros Psicométricos Precisão - O estudo da precisão se deu por meio do teste­

reteste, em 70 alunos do ensino médio, sendo que o intervalo entre as aplicações foi de 40 dias. A correlação de Pearson entre ambas as aplicações revelou um coeficiente de 0,88.

TESTE DE DESEMPENHO EscoLAR - TDE

Origem do teste - O Teste de Desempenho Escolar é fruto de esforços de um grupo de pesquisadores e foi desenvolvido e fun­damentado em critérios elaborados a partir da realidade escolar bra­sileira, colaborando para diminuir a lacuna de instrumentos de medi­ção psicopedagógica confiáveis e aplicáveis em nossa realidade.

Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Lílian Milnitsky Stein; tendo sido publicado em 1994 pela Casa do Psicólo­go. Ainda não foram editadas novas pesquisas a respeito do instru­mental. O teste é indicado para a avaliação do desempenho de alunos em escolas, a fim de se dimensionar quais áreas da aprendizagem apresentam eventuais dificuldades pedagógicas e/ou didáticas. O TDE é composto por três subtestes: escrita, aritmética e leitura.

Aplicação e material - A aplicação deve ser individual e o tempo de aplicação é de 20 a 30 minutos. O material consiste em manual, cinco cadernos de aplicação, uma ficha do examinador para subteste de leitura, uma ficha do examinador para subteste de escri­ta, um crivo de correção do subteste de aritmética e lápis. O teste é destinado a alunos de 1 a à 6a série do ensino fundamental.

Amostra- Participaram como sujeitos do estudo 538 escolares que estavam cursando da 1 a a 6a série do ensino fundamental, sendo que cada série tinha, em média, um total de 90 sujeitos. A amostra foi distribuída em seis escolas de Porto Alegre, sendo duas municipais, duas estaduais e duas particulares, em cada escola foram testados, em média, 15 sujeitos de cada série (de 1 a à 6a), escolhidos de forma, aleatória.

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168 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Parâmetros Psicométricos Construção das escalas - Foram desenvolvidos diferentes

processos para cada um dos três subtestes do TDE. Para o subteste de escrita, organizou-se uma lista de 45 palavras em português, apre­sentando uma ordem crescente de dificuldade adequada para escola­res do ensino fundamental, segundo o autor, e, com isso, procurou-se verificar a validade de conteúdo. A Escala foi construída a partir de uma sistemática constituída em 981 palavras, distribuídas de forma não homogênea, em 91 níveis de dificuldade ortográfica crescente. Chegou-se a lista de 45 palavras a partir de uma técnica matemática de proporcionalidade acumulada. No entanto, após a verificação da consistência interna, a lista reduziu-se a 34 palavras.

O subteste de aritmética é composto por cálculos aritméticos com grau de dificuldade crescente, correspondente ao conteúdo de 1 a a 6a série do ensino fundamental. Os itens foram compostos a partir dos conteúdos comuns em seis escolas (municipais, estaduais e particulares) de Porto Alegre/RS. Isto posto, os conteúdos foram ana­lisados por juízes (professores de matemática), segundo critérios de adequação, abrangência curricular e grau de dificuldade. A última versão foi ainda submetida à análise de professores especialistas do Laboratório de matemática da PUC-RS.

O subteste de leitura constituiu-se de 75 palavras da língua por­tuguesa, de acordo com critérios determinados, como número de síla­bas, grau de familiaridade do vocábulo, padrões silábicos e gradação dos fonemas segundo relações fonológico-ortográficas.

Validade - Todos os subtestes foram submetidos à análise da consistência interna, o que resultou na eliminação de dez itens do subteste de escrita, sete itens do subteste de aritmética e cinco itens do subteste de leitura. Os coeficientes alfas variaram de 0,670 a 0,988.

Por fim, procedeu-se a uma análise MANOVA, tendo-se como dependentes os escores nos três subtestes e como fatores: série es­colar e tipo de escola, a fim de verificar se o TDE tinha capacidade de discriminar entre as séries e entre os tipos de escola. Constata-

Teste de Desenho Escolar- TDE 169

ram-se grandes diferenças entre as séries e entre os tipos de escola, apontando que seria necessário à construção de normas por série e por tipo de escola.

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TESTE DO DESENHO DE SILVER - SDT

Origem do teste - O SDT foi criado para oferecer outras formas de se avaliar a inteligência de crianças e adultos que apre­sentam uma habilidade pobre de linguagem. O instrumento visa fornecer uma forma de avaliar as habilidades cognitivas de sujei­tos com dificuldades de se fazer entender por apresentarem defi­

ciências de linguagem.

Dados de identificação - O instrumento original é de auto­ria de Rawley A. Silver, publicado em 1983 e reeditado em 1990 e 1996. A padronização brasileira foi desenvolvida por Cristina Dias Allessandrini, José Luciano Miranda Duarte, Margarida Azevedo

Dupas e Marisa Pires Fernandes Bianco e publicada pela Casa do Psicólogo, em 1996. O manual em português apresenta os dados referentes à terceira edição de Silver, assim como os dados da pesquisa brasileira.

Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado indi­vidual ou coletivamente; não há limite de tempo, mas a maioria dos sujeitos leva de 12 a 15 minutos para completar a tarefa. O material consiste em manual, folhetos do SDT, desenho de Imaginação (for­ma A e B), esquema de estímulo e folhas de resposta. No que se refere à faixa etária, o limite de idade recomendado é de 5 anos até a idade adulta, embora tenha sido efetivo o uso com crianças menores (3 anos e 6 meses).

Amostra da padronização brasileira - A amostra constituiu­se de 1.995 sujeitos, divididos em dois grupos: escolares e adultos. Quanto aos escolares, as variáveis controladas foram sexo, idade, escolaridade e tipo de escola. E, quanto aos adultos, controlou-se

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I 72 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

escolaridade e sexo. Quanto à escolaridade, estiveram relacionados na amostra sujeitos da pré-escola, dos ensinos fundamental e médio.

Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Na amostra de 1.691 escolares, foi exami­

nada a correlação entre os itens do teste e o escore total do SDT, tendo sido encontradas correlações entre 0,3 e 0,8, portanto ade­quadas, de acordo com o manual.

Precisão- Foi verificada a estabilidade temporal, por meio da aplicação do teste-reteste. O SDT foi aplicado em 44 sujeitos, após um intervalo de 15 a 30 dias. Os coeficientes de correlação variaram entre 0,62 e 0,87. Além disso, uma amostra de 32 sujeitos foi avaliada por três juízes, para verificar a precisão da avaliação. Os coeficien­tes de correlação obtidos foram superiores a 0,8.

Validade- A validade do instrumento foi determinada por meio de vários estudos diferentes no que se refere à diferenciação entre grupos, à diferenciação de resultados de acordo com a idade e à comparação com outros testes de inteligência. No que se relaciona às diferenças entre grupos, foram desenvolvidos estudos com cri­anças com déficit de linguagem/audição e crianças sem déficit, cri­anças com dificuldades viso-motoras e crianças com dificuldade de aprendizagem. Os testes utilizados na comparação com os resulta­dos do SDT foram: Teste Canadense de Habilidades Cognitivas, Teste Metropolitano de Desenvolvimento, Teste Otis Lennon de Ha­bilidades Escolares, Teste SRA Math de Realização, Teste Iowa de Habilidades Básicas e WISC.

TESTE EDITES DE INTELIGÊNCIA - TEI

Origem do teste- O instrumento propõe-se a avaliar a inteli­gência, sendo que contém fator espacial, abstrato e numérico, o que, segundo o manual, o torna uma prova de poder, pois sujeitos menos inteligentes, dificilmente resolvem as questões mais difíceis. Outra vantagem da prova, de acordo com o manual, refere-se à possibilida­de de se obter uma rápida estimativa da capacidade intelectual de crianças, adolescentes e adultos.

Dados de identificação - O teste é produto nacional, elabora­do por César M. Piovani e Glauco Piovani, publicado pela Edites -Empresa Distribuidora de Testes Ltda., em data não identificada no manual. Indicações: destinado a avaliar a capacidade para "conceitualizar" e aplicar o raciocínio sistemático a novos problemas.

Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou co­letiva e, aproximadamente, gasta 12 minutos. O instrumento pode ser aplicado em crianças, adolescentes e adultos e o material é constitu­ído por manual, caderno de resposta, lápis, papel e crivo de correção.

Amostra - Não há informações sobre as amostras envolvidas no estudo de padronização.

Parâmetros Psicométricos Análise de itens - A verificação da consistência interna mos­

trou três itens relativamente irregulares, de acordo com o manual. Em contrapartida, os autores não os substituíram, considerando que a amostragem do estudo foi pequena e que em estudos anteriores os resultados foram satisfatórios. Foi também realizada a análise da di­ficuldade dos itens.

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174 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Precisão- A precisão foi estabelecida pelo método de equiva­

lência, tendo sido um encontrado um coeficiente de 0,85.

Validade - Os autores verificaram a distribuição de freqüência

em uma amostra de 198 sujeitos. Os dados apontaram para uma qua­

lidade de medida do instrumento, mas sugeriram que novos estudos

fossem desenvolvidos, considerando o número pequeno de sujeitos.

Foi verificada posteriormente a consistência interna, já descrita na

análise de itens.

TESTE EQÜICULTURAL DE

INTELIGÊNCIA - EscALA 2 E 3

Origem do teste - O autor justifica que embora quando da

construção do instrumento, novos construtos estavam sendo

pesquisados e, conseqüentemente, outros instrumentos criados, os

testes de inteligência continuam sendo necessários, sobretudo aque­

les livres da influência cultural, como é o caso do presente instrumen­

to. O uso dos instrumentos de inteligência pode ser necessário em

diferentes situações profissionais do psicólogo.

Dados de identificação - O nome original do instrumento é

Culture Free Intelligence Test, de autoria de R. B. Catell e A. K. S.

Catell. Foi publicado pelo Institute for Personality and Ability Testing

(IPAT). A tradução e adaptação brasileira ficou sob responsabilidade

de Eugênia Moraes de Andrade e Dulce de Godoy Alves, tendo sido

publicado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada - CEPA. Não

há datas no manual.

Aplicação e material- A aplicação pode ser de forma indivi­

dual ou coletiva e, apesar de não haver restrição quanto ao tempo

de aplicação, em média, dura de 20 a 30 minutos. O material con­

siste em manual, caderno de aplicação, folhas, respostas e crivo de

avaliação. Vale ressaltar que o teste se apresenta em forma A e B

e estão circulando as Escalas 2 e 3. O instrumento destina-se a

alunos do 2° ciclo do curso médio (atual ensino médio) e adultos de

inteligência superior.

Amostra- Fizeram parte da amostra 1.068 estudantes univer­

sitários (Escala 3). Não há outras informações.

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176 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Parâmetros Psicométricos Validade - Embora o presente trabalho esteja tratando de duas

escalas distintas, a discussão sobre validade e precisão será feita em conjunto. O instrumento apresenta estudos de validade e, segundo dados de resumo do Mental Measurements Yearbook, do Buros Institute, o Eqüicultural tem um coeficiente de 0,56 quando compara­do com o Revised Stanford Binet (em estudos posteriores encon­trou-se 0,71); coeficiente de 0,73 com o Otis e de 0,59 com a ACE. Outros estudos desenvolvidos por Bensburg e Sloan ofereceram uma correlação de 0,85 com Stanford Binet, e Tilton encontrou uma cor­relação de 0,84 com o Wechsler Bellevue.

Precisão - A precisão foi estudada por meio da verificação do coeficiente de consistência (correlação entre as duas metades); na escala 3 foi de 0,82; 0,91 e 0,95 em três grupos de estudantes (100, 155 e 212 casos respectivamente) e, na escala 2, foram encontrados coeficientes de 0,70; 0,86; 0,87 e 0,92 em quatro grupos diferentes. Outros estudos foram desenvolvidos, mas alguns são remetidos a outras referências, cujas informações não estão presentes no manual.

TEsTE DE EsTRUTURAs

VocACIONAis - TEV

Origem do teste - O teste foi construído como o primeiro de uma série de três escalas para diversos níveis de escolaridade e exi­gências ocupacionais. Segundo o autor, após a publicação da Forma I, de aplicação geral a todos os níveis, serão publicados as Formas 2 e 3, específicas para a área industrial e escolar. Indicações: orienta­ção profissional e educacional, terapia, educação, indústria, trabalho comunitário, orientação familiar e personalidade.

Dados de identificação - O instrumento é produção nacional, de autoria de Agostinho Minicucci. Foi publicado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em 1983, e não há informações no manual de outras atualizações. No manual, o autor faz uma exposição a res­peito da fundamentação teórica, na qual se baseou a construção do instrumento, embora não apresente dados mais consistentes sobre a construção em si.

Aplicação e material - Não constam informações pertinentes à faixa etária para a qual o teste se destina. O material consiste de manual, ficha de avaliação e caderno (não reutilizável). A aplicação pode ser individual ou coletiva e não há limite de tempo para a reali­zação, em média, gasta-se 30 minutos.

Não há informações sobre padronização, validade e precisão. Há apenas o relato sucinto de uma pesquisa desenvolvida com estu­dantes da la série do ensino médio e outra com funcionários de uma empresa de construção civil.

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TESTE DAS FÁBULAS

Origem do teste - O Teste das Fábulas baseia-se nos traba­lhos de Düss, na década de 1940. Neste mesmo período, foram traduzidas e utilizadas nos Estados Unidos por Despert, objetivando utilizá-las em pesquisa com crianças. Segundo Cunha (2000), mesmo importada e utilizada em vários países, constantemente tem sido des­critas modificações e também acréscimos. A versão original de Düss e a base estudada por Cunha compreenderam as dez pequenas fábu­las, de uma situação-problema simbolicamente representada e que permite a expressão projetiva da atividade, tanto no uso da forma gráfica quanto da pictórica. As fábulas na versão gráfica (Cunha, 2000) são: Fl: do passarinho; F2: do aniversário de casamento; F3: do cordeirinho; F4: do enterro ou da viagem; F5: do medo; F6: do elefan­te; F7: do objeto fabricado; F8: do passeio com a mãe ou com o pai; e F 10: do sonho mau. O instrumento é indicado para a avaliação da personalidade de crianças, pré-escolares, adolescentes, adultos e da Terceira Idade.

Dados de identificação- O manual da forma original é distri­buído pela Casa do Psicólogo, São Paulo/SP. Existe uma versão com a forma verbal e pictórica, incluindo manual, cartões e protocolo, dis­tribuída pelo Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia, São Paulo/SP.

Aplicação e material - A forma verbal é composta por dez historietas incompletas, apresentadas uma a uma ao sujeito, e que ele deve completar. A forma pictórica é composta por 12 cartões, com as ilustrações adequadas a cada fábula, sendo apresentadas ao sujeito em conjunto com a forma verbal. A administração pode ser individual ou coletiva e o tempo estimado pode variar entre 15 a 30 minutos.

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TESTE DE FRASES INCOMPLETAS COM

APLICAÇÃO À INDÚSTRIA- FIGS

Origem do teste - Diante das necessidades de seleção de

pessoal, os trabalhos dos autores foram iniciados em 1964, no Depar­

tamento de pesquisa e serviços sociais da Comissão Federal de Ele­

tricidade, no México, para a construção de testes que representasse

economia em tempo de aplicação.

Dados de identificação - O instrumento é de produção inter­

nacional de autoria de Grados e Fernandéz. A edição ficou sob res­

ponsabilidade da Entreletras no ano de 2000, embora a data original

aponte para 1988. A tradução foi realizada por Izabel Andrados. O

instrumento é indicado para a avaliação da personalidade.

Aplicação e material- A Aplicação é realizada tanto indivi­

dual quanto coletivamente, na forma oral ou escrita e o tempo de

aplicação é indeterminado.

Parâmetros Psicométricos Validade - O teste apresenta estudos de validade somente no

México. Possui um estudo aplicado a 25 sujeitos em respostas a um

determinado estimulo. Estudos sobre a validade, precisão e padroni­

zação no Brasil não constam no manual.

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TESTE DE MATURIDADE PARA LEITURA

Origem do teste - A razão principal pela qual o instrumento foi elaborado refere-se à falta de instrumentos disponíveis nacionais, que se destinam à avaliação da maturidade para leitura. A autora se preocupou em desenvolver um teste simples, que pudesse ser utilizada por Supervisores e Orientadores Educacionais. Indicações: verificação da

maturidade para leitura.

Dados de identificação - O instrumento é produção nacional,

de autoria de Maria Rosa Campos. Foi publicado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA, em 1994. Não constam informações sobre atualizações ou revisões.

Aplicação e material - Não há indicação quanto à faixa etária. A aplicação é coletiva e o material consiste em manual, caderno de teste e lápis.

Amostra- A amostra foi composta por 60 alunos de duas clas­ses de uma escola estadual de Malacacheta-MG, em 1977. A idade dos sujeitos variou de 6 anos e 7 meses a 7 anos e 6 meses, havendo dois alunos de 8 e um de 9 anos.

Parâmetros Psicométricos Validade- Foi calculado o Coeficiente de Correlação de Pearson

(0,70), comparando-se os resultados com o Teste da Figura Humana (Goodenough), aplicado um mês antes do Teste de Maturidade.

Não há informações sobre precisão ou análise de itens.

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TESTE METROPOLITAJ.~O DE

PRONTIDÃO- Fo~IA R

Origem do teste - O Teste Metropolitano de Prontidão foi elaborado para medir as características e aquisições que contri­buem para o grau de prontidão das crianças na tarefa que deve­rão enfrentar. O instrumento pressupõe que o insucesso escolar está relacionado à inteligência, ao ambiente familiar, às condições físicas e de saúde, ao grau de maturidade emocional, ao ajustamento social e às experiências.

Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Gertrude H. Hildreth e de Nellie L. Griffiths e data de 1949. O nome original do instrumento não aparece no manual, mas sabe-se que foi publicado pela Harcourt, Brace & World, Nova York (EUA). A adaptação e padronização foram desenvolvidas por Ana Maria Poppovic, em 1966. A publicação ficou sob responsabilidade da Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. O instrumento é indicado para medir em crianças que iniciam a vida escolar as características e aquisi­ções que contribuem para o seu grau de prontidão na tarefa que de­verão apresentar.

Aplicação e material - O instrumento destina-se a crianças de 5 a 7 anos. A aplicação pode ser coletiva ou individual, podendo levar até 60 minutos e o material consiste de manuaL caderno de resposta e lápis. Ele é composto por seis subtestes, a saber: palavras, sentenças, informação, semelhanças, números e cópia.

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186 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Amostra- Participaram como sujeitos do presente estudo 211 crianças, sendo 108 meninos e 103 meninas, de 6 anos e 5 meses, a 7 anos e 4 meses. As crianças freqüentavam o pré-primário e crianças foram organizadas ainda de acordo com a profissão dos pais. Embo­ra a amostra tenha sido de São Paulo, portanto brasileira, há uma observação no manual de que ela deve ser considerada provisória, ou seja, devem ser aplicadas somente a grupos comparáveis às caracte­rísticas consideradas.

Parâmetros Psicométricos Análise de itens - As três formas experimentais do instrumen­

to foram aplicadas a 2.600 sujeitos de I a série e foi obtida a dificuldade dos itens. Os valores foram utilizados para eliminar os itens que não funcionavam.

Validade -Foi verificada a validade de conteúdo do instrumento, por intermédio de uma análise cuidadosa do conteúdo, tanto no que se refere aos aspectos formais (apresentação gráfica e instruções), como sobre os aspectos teóricos. Foram necessárias algumas mudanças con­siderando uma melhor adaptação do instrumento à realidade brasileira.

A validade de construto também foi verificada por meio da rela­ção dos resultados desse teste com os de um teste de inteligência. Foi usada como medida de inteligência o teste das Matrizes Progressivas de Raven e feita a correlação dos resultados pela fórmula de Pearson. A correlação obtida foi de 0,59. Quando o TMP foi comparado com o teste ABC, chegou-se a uma correlação linear de 0,60. Foram tam­bém desenvolvidos estudos relativos à comparação entre grupos contrastantes e diferenciação de idades.

A validade preditiva foi verificada considerando a aplicação do instrumento em 109 crianças. Os critérios externos considerados fo­ram a opinião da professora sobre o aluno e as notas das provas esco­lares, tendo sido utilizada a fórmula de Spearman de correlação entre diferenças de posições. Os resultados foram considerados satisfatórios.

Teste Metrropolitano de Prontidão - Forma R 187

Precisão - Os dados de precisão foram obtidos na amostra original norte-americana. Foi estabelecido o coeficiente de equiva­lência para as formas R e S, aplicadas em grupos de 90 a 273 sujei­tos, de I a série. Os coeficientes de precisão para cada subteste fo­ram apresentados em um quadro.

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TESTE AS MINHAS MÃOS - MM

Origem do instrumento - O teste foi inspirado nas experiên­cias de redação de Alfred Binet e na metodologia analítica de Hermann Rorschach, tendo os estudos iniciados em 1943, no Laboratório de Psicologia da antiga Escola de Aperfeiçoamento de Professores, em Belo Horizonte/MG.

Dados de identificação - O instrumento é produção nacional, de autoria de Helena Antipoff. É editado pelo Centro Editor de Psi­cologia Aplicada. A fim de aproveitar o cenário escolar, o teste MM surgiu como mais uma possibilidade de se estudar a personalidade, aptidão e interesses dos alunos.

Aplicação e material - O teste é realizado mediante uma re­dação com duração de 20 minutos. O Instrumento pode ser aplicado tanto individual quanto coletivamente para crianças entre 6 e 7 anos.

Amostra- Foram realizados estudos no ano de 194 7, no Distri­to Federal/DE A amostra foi composta por 50 alunos de ambos os sexos, cursando a Y série, com idades variando de 11 a 13 anos.

Parâmetros Psicométricos Análise dos itens- Para a análise do comportamento do indi­

víduo, foram analisadas 700 redações no Rio Grande do Sul.

Validade - Não existem descrições no manual sobre maiores detalhamentos quanto aos estudos de validade. O manual refere-se a um estudo comparativo com o teste de Rorschach, aplicado na técni­ca de ordenação das respostas desenvolvidas por Harrower-Erickson.

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190 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Fidedignidade- No manual não foram encontrados indicado­res de estudos de precisão.

TESTE DAS PIRÂMIDES DAS CoREs - TPC

Origem do teste - O Teste das Pirâmides Coloridas foi criado por Pfister em 1951. Trata-se de uma técnica projetiva que aborda a relação das cores com os afetos e sentimentos. O material, editado e distribuído pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA, inclui manual, folha de protocolo e as cartelas. O teste, propriamente dito, quadrículas, é importado da Suíça.

Dados de identificação - O material é composto por uma folha de papel com o desenho de uma pirâmide de cinco níveis, constituída de 15 quadrados com 2,5 em de cada lado. Apresentam­se quadrados de papel com 24 tonalidades diferentes provenientes de cores básicas: o azul, marrom cinza, vermelho, amarelo (extroversão), laranja, o verde (regulação), violeta (introversão), branco e o preto (profundidade).

Aplicação e material- O teste deve ser aplicado em adul­tos, individualmente, sendo que não apresenta limite de tempo para a execução.

Amostra internacional- No manual do instrumento verifi­ca-se um estudo composto de l 00 estudantes, sendo 53 do sexo mas­culino e 47 do feminino para o conjunto das cores.

Parâmetros Psicométricos Fidedignidade- O único procedimento descrito é o método tes­

te-reteste, permitindo apenas uma avaliação provisória da precisão real. A 1 a aplicação foi com 45 indivíduos adultos do sexo masculino e femi­nino, resultando rtt = 0,71, a 2a com 53 estudantes do sexo masculino rtt = 0,77 e a 3a com estudantes do sexo feminino rtt = 0,70.

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192 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Validade- No manual não foram encontrados indicadores de estudos de validade.

TESTE DE PRONTIDÃO EMOCIONAL PARA

MoToRISTA - TEPEM

Origem do instrumento - O instrumento foi elaborado diante da dificuldade de encontrar uma material que pudesse avaliar aspec­tos da subjetividade e das capacidades múltiplas do motorista, que nem sempre são compreendidas de maneira clara e objetiva por ou­tros instrumentos. Outra vantagem do teste, de acordo com o autor, é a possibilidade de avaliar o sujeito em relação às situações que, pro­vavelmente mais tarde, enfrentará ao dirigir.

Dados de identificação- O TEPEM foi publicado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em 1998. O teste é nacional e a autoria é de Emílio Carlos Tonglet. O teste é verbal e pressupõe a utilização de outras capacidades, como a lingüística, a lógico-ma­temática e, secundariamente, a inteligência interpessoal e intrapessoal.

Aplicação e material - O material do teste consiste em ma­nual, folha do TEPEM, caneta ou lápis e borracha, chave de apura­ção e cronômetro. A aplicação pode ser individual ou coletiva, sendo que no caso de coletiva, no máximo, devem ter 30 sujeitos na sala. O tempo máximo de execução é de 20 minutos.

Amostra - Fizeram parte do estudo 1.000 sujeitos, candidatos à Carteira Nacional de Habilitação e motoristas que estavam reno­vando o exame ou mudando de categoria de São José dos Campos/ SP, em 1997. Os testes foram aplicados por psicólogos credenciados pelo Detran nas suas respectivas salas. A idade dos sujeitos variou de 18 a mais de 50 anos, sendo que 68,7% eram do sexo masculino e

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194 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

31,3% do sexo feminino. A escolaridade dos sujeitos variou de 1 a

série ao superior completo, embora quase metade da amostra fosse composta por sujeitos com ensino fundamental incompleto.

Parâmetros Psicométricos - Não há informações no manual sobre precisão e validade.

TESTE NÃo-VERBAL DE

INTELIGÊNCIA - G·-36

Origem do teste - O G-36 surgiu da necessidade prática do autor que trabalhava com recrutamento e seleção no contexto organizacional. Apesar de reconhecer os bons resultados do teste usado na época, Matrizes Progressivas de Raven, o autor interessou­se por construir novo instrumento para avaliar inteligência geral. O teste foi construído tendo como base as "Matrizes Progressivas" e a eleição múltipla como tipo de resposta.

Dados de identificação - O instrumento é produto nacional, de autoria de Efraim Rojas Boccalandro. É editado pela Vetor Edito­ra Psico-Pedagógica Ltda., sua data original é 1966 e está na sua 4a edição (2002). No manual da 4" edição, há um agradecimento à Profa. Dra. Iraí Cristina Boccato Alves por ter colaborado com a introdu­ção do manual. Indicação: teste de inteligência não-verbal.

Aplicação e material - De acordo com o manual, o teste pode ser aplicado sem restrições em adultos de qualquer grau de instrução e, embora não tenha sido testado em crianças, há informações de que pode ser aplicável em crianças normais a partir de 1 O anos (por ana­logia com o teste Dominós).

O material é constituído por manual, caderno de teste, crivo de correção e folha de respostas. A aplicação pode ser individual ou coletiva e, embora o teste seja aplicado sem limite de tempo, em geral, as pessoas terminam em 45 minutos, no máximo.

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196 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Amostra- O manual apresenta diversos estudos, que, na ver­dade, são atualizações do instrumento. A mais recente data é a de 2001 e contou com 24 7 sujeitos, sendo 194 do sexo masculino e 53 do sexo masculino, que participaram de processos seletivos na Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., na cidade de São Paulo. As idades variaram de 18 a 66 anos, com uma média de 28,65 anos, desvio­padrão de 8,94 e os sujeitos tinham o ensino médio completo ou in­completo e superior completo ou incompleto.

Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Foram analisados os itens a partir da apli­

cação do teste em 500 sujeitos, candidatos a emprego em indústria e o poder discriminante de cada item, por meio da correlação ponto­bisserial, assim como a facilidade de acertar os itens. Os resultados do estudo permitiram rejeitar quatro itens.

Fidedignidade - A homogeneidade do fator medido pelo teste foi verificada pelo sistema de correlação entre itens pares e ímpares, que forneceu um resultado de 0,82 (correlação linear de Pearson). Quando corrigido pela fórmula de Spearman-Brown o coeficiente encontrado foi de 0,90. Após a elaboração do formato final do instru­mento com 36 itens, foi desenvolvido novo estudo, por meio do siste­ma de Kuder-Richardson, confirmando o coeficiente de 0,90 encon­trado anteriormente (erro padrão de medida 2,40).

Validade- Aplicou-se a Teste Dominós e o G-36 (ainda com 40 itens) para o estudo de validade em 45 funcionários, eleitos por sorteio, por meio da tabela de números equiprováveis. A correlação linear de Pearson foi de 0,84.

TESTE NÃo-VERBAL

DE INTELIGÊNCIA - G-38

Origem do teste - O G-38 surgiu da necessidade de se ter outro instrumento para o reteste de sujeitos que tivessem se submeti­do ao G-36, de forma que os psicólogos tivessem outras possibilida­des quando da necessidade de avaliar inteligência. O G-38 é baseado nos mesmos princípios do G-36, ou seja, caracteriza-se como um tes­te de inteligência não verbal (fator g).

Dados de identificação - O instrumento é produto nacional, de autoria de Efraim Rojas Boccalandro. É editado pela Vetor Edito­ra Psico-Pedagógica Ltda. e sua data original é 1979. Em relação à edição, o mesmo manual oferece dois números relativos à edição- 2" e 3" (uma na capa e outra nos dados catalográficos), não garantindo qual é a correta. No manual (2002), há um agradecimento à Profa. Dra. Iraí Cristina Boccato Alves por ter colaborado com a introdu­ção do manual. Indicações: teste de inteligência não-verbal.

Aplicação e material - De acordo com o manual, o teste pode ser aplicado sem restrições em adultos de qualquer grau de instru­ção. O material é constituído por manual, caderno de teste, crivo de correção e folha de respostas. A aplicação pode ser individual ou coletiva e, embora o teste seja aplicado sem limite de tempo, há uma consideração em relação ao tempo mínimo (sete minutos) e máximo (45 minutos, sendo medianamente realizado em 16 minutos e 31 se­gundos). O tipo de resposta envolvida é a fechada, baseada na elei­ção múltipla.

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198 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Amostra -O manual apresenta um estudo realizado pelo autor

na primeira edição do instrumento e uma pesquisa desenvolvida em

2001, na cidade de São Paulo, que contou com 247 sujeitos, sendo

194 do sexo masculino e 53 do sexo masculino, que participaram de

processos seletivos na Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. As ida­

des variaram de 18 a 66 anos, com uma média de 28,65 anos e des­

vio-padrão de 8,94 e os sujeitos tinham ensino médio completo ou

incompleto e superior completo ou incompleto.

Parâmetros Psicométricos

Análise de itens -A forma inicial do instrumento contava com

40 problemas que foram aplicados em uma amostra de 500 sujeitos,

candidatos a emprego na cidade de São Paulo. Foi avaliado o poder

discriminativo de cada item, por meio do coeficiente de correlação

bisserial. A facilidade de acerto também foi analisada e os resultados

apareceram expressos em um tabela. Considerando a análise dos

itens, dois foram excluídos por terem sido considerados inválidos.

Fidedignidade - A homogeneidade do instrumento foi me­

dida pela fórmula Kuder-Richardson (0,845) e o erro padrão de medida é 2,27.

Validade - A validade por se tratar de uma forma paralela foi

testada apenas com o G-36. Foram aplicados os dois instrumentos

em 105 candidatos a emprego na cidade de São Paulo. O coeficiente

de correlação de Pearson entre G-36 e G-38 foi 0,78.

TESTE NÃo-VERBAL DE

INTELIGÊNCIA - R-1

Origem do teste - O R-1 foi criado inicialmente para avaliar

inteligência de candidatos a motoristas. Caracteriza-se como uma

medida de inteligência não-verbal, construída para ser usada, princi­

palmente, com pessoas de baixo nível de escolaridade, analfabetos e

estrangeiros. A construção baseou-se no Matrizes Progressivas de

Raven, sendo que o tipo de resposta exigida é eleição múltipla.

Dados de identificação - O Teste R-1 é produto nacional, foi

criado em 1973 com o objetivo de avaliar a inteligência de adultos,

tanto de candidatos a motoristas, como em outras aplicações. O au­

tor original é Rynaldo de Oliveira e a presente edição (2002, 2" edição

revisada e ampliada) conta com a participação de Iraí Cristina Boccato

Alves. Participaram das pesquisas vários psicólogos de diferentes

Estados brasileiros, cujos nomes aparecem relacionados no manual.

O material foi publicado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda.

Aplicação e material - O teste destina-se a adultos. Há uma

ressalva no novo manual em relação aos sujeitos analfabetos: "como

as novas tabelas de normas apresentadas neste manual não incluem

sujeitos analfabetos, recomenda-se que o teste seja aplicado apenas a

pessoas alfabetizadas" (p. 9).

O material constitui-se de manual, caderno de teste, folha de

resposta, lápis preto, bcrracha, chave de apuração e cronômetro. A

aplicação pode ser individual ou coletiva, sendo que no caso de apli­

cação coletiva, o número máximo de sujeitos na sala deve ser 30.

O tempo máximo de aplicação é de 30 minutos, variando, porém, em

função dos objetivos da aplicação, ou seja, "em situações de uso clínico ou

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200 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

situações especiais, em que for necessário obter mais dados sobre o exa­

minando, pode-se aplicar o teste sem limite de tempo" (p. 50).

Amostra - Para o estabelecimento de normas, o instrumento

foi aplicado em várias amostras, a saber: São Paulo - 1.318 sujeitos

candidatos à carteira nacional de habilitação na região de São José

dos Campos; 423 sujeitos que participaram de processos seletivos na

Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., na cidade de São Paulo; Paraná

- 2.102 sujeitos que realizaram o teste para obtenção da carteira de

habilitação; Rio de Janeiro- 363 sujeitos para obtenção da carteira

de habilitação; Espírito Santo- 495 sujeitos (o manual não especifi­

cou o objetivo das testagens); Rio Grande do Norte- 253 sujeitos,

também sem especificação das condições de aplicação; Recife -

1.000 sujeitos, candidatos a motoristas.

Parâmetros Psicométricos Análise de itens - A análise de itens foi realizada a partir da

correlação ponto-bisserial, cujos resultados são apresentados em uma

tabela no manual. A porcentagem de acerto de cada item foi verificada

e os resultados são apresentados em figuras e tabelas.

Fidedignidade - A precisão do instrumento foi obtida a partir

da aplicação do teste-reteste e das metades, empregando a fórmula

de Spearman-Brown. A amostra de verificação da precisão por meio

do teste-reteste, contou com 64 sujeitos, com idade variando de 18 a 48 anos e escolaridade variando entre 5• série dos ensinos fundamen­

tal médio completo. Não houve um mesmo intervalo de tempo para

as replicações do teste nos sujeitos. O coeficiente de correlação en­

tre teste e reteste foi 0,677. A precisão das metades entre itens pares e ímpares foi calcula­

da na amostra do Paraná, ou seja, contou com 2.102 sujeitos. A cor­

relação foi de 0,80, e quando corrigida pela fórmula de Spearman­

Brown, 0,89. Há ainda no manual outro estudo relacionado à preci­são desenvolvido por Alves, Colosio e Ruivo (1992). O Erro Padrão

de Medida encontrado foi 1 ,996.

Teste Não-verbal de Inteligência- R-1 201

Validade - O estudo da validade de critério foi realizado por

meio da correlação com o Teste de Matrizes Progressivas de Raven

-escala geral. Participaram 50 sujeitos com idade de 18 a 42 anos e

a escolaridade do ensino fundamental a superior. O coeficiente de correlação de Pearson foi de 0,762.

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TESTE NÃo-VERBAL DE INTELIGÊNCIA

PARA CRIANÇAS - R-2

Origem do teste- O R-2 é um teste novo, criado para suprir uma área extremamente carente no que se refere à avaliação in­fantil, sobretudo por ser adaptado à nossa cultura. O R-2 é derivado do R-1, criado pelo mesmo autor e possui, inclusive, alguns itens do R -1. O objetivo do teste é avaliar o fator g da inteligência. A tarefa a ser realizada pela criança é semelhante a do Teste de Matrizes Progressivas Coloridas de Raven, sendo que o tipo de resposta é a eleição múltipla.

Dados de identificação - O teste foi lançado em 2000, na sua primeira edição, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. O mate­rial original foi proposto por Rynaldo de Oliveira, mas o presente manual é fruto do trabalho de dissertação de Helena Rinaldi Rosa, quando orientada pela Profa. Irai Cristina Boccato Alves.

Aplicação e material - O Teste R-2 é composto por 30 pran­chas ou cartões com figuras coloridas. Compõem o material, além dos cartões, o crivo de correção, folha de resposta, lápis e manual. A aplicação é exclusivamente individual e, embora não haja limite de tempo, o tempo médio é de oito minutos. O teste destina-se às crian­ças com faixa etária entre 5 e 11 anos.

Amostra - A pesquisa de padronização foi desenvolvida com uma amostra da cidade de São Paulo, com crianças da rede pública (estadual e municipal) e da rede particular. A amostra final contou com 1.554 sujeitos, com idade entre 5 e 11 anos. A padronização foi precedida por uma pesquisa piloto, na qual foi determinada a forma

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204 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

final das instruções, a adequação das faixas etárias e a análise de itens para estabelecer o grau de dificuldade dos itens.

Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Para determinar a validade de itens, fo­

ram calculados os coeficientes de correlação ponto-bis serial de cada item para cada faixa etária e para a amostra global. Também foram verificados os índices de discriminação dos itens, obtidos pela com­paração entre o grupo de resultados superiores e inferiores do tes­te, compostos pelos sujeitos que tiveram respectivamente os 27% dos resultados mais altos e mais baixos no teste. Para melhor ilus­

trar a dificuldade, de cada item, construiu-se curvas características dos itens, sendo estas apresentadas por meio de figuras.

Precisão - A precisão foi obtida por meio dos métodos das metades e do teste-reteste. A precisão verificada pelo teste-reteste contou com uma amostra de 64 sujeitos, divididos em duas faixas

etárias (6 e 9 anos). O intervalo do reteste foi de 8 a 15 dias e o coeficiente encontrado para a idade de 6 anos foi 0,753; para 9 anos, 0,783 e 0,852 para o total.

No método das metades, os coeficientes de precisão varia­ram de 0,75 a 0,86 (calculados para a amostra total), corrigidos pela fórmula Spearman-Brown. O Erro Padrão de Medida foi cal­

culado para cada idade e variou de 2,0 a 2,3.

Validade- A validade do R-2 foi determinada por meio de três procedimentos: diferenciação por idade, correlação com outro teste e análise da consistência interna. Em relação à diferenciação por ida­de, os resultados mostram o aumento no total de pontos de acordo com a progressão da idade. A correlação com outro teste foi basea­da na aplicação do Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (1987) para as idades 6 e 9 anos. Os coeficientes de correlação indicaram 0,306 para 6 anos, portanto, estatisticamente não significante, 0,553 para 9 anos e 0,605 para o total. Os resultados referentes à consis­tência interna foram apresentados na análise de itens.

TESTE RAVEN DE OPERAÇÕES

LóGICAS - RTLO

Origem do teste - O instrumento foi criado a partir da análise de algumas obras de Piaget e Inhelder, no que se refere às operações lógicas. Raven acreditava que existe relação entre operações lógicas e aprendizagem escolar e que o crescente interesse pelas operações lógicas tem sido responsável pela aplicação do trabalho de Piaget no planejamento escolar, além de gerar outros estudos e pesquisas.

Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Ronald J. Raven, cujo título original é The Raven Test of Logical Operations, tendo sido publicado pela The Research Fundation of State University of New York, USA. Foi traduzido para o português por Íris Barbosa Goulart e publicado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA, em 1975. O instrumento destina-se à avaliação das seguintes opera­ções lógicas: classificação, seriação, multiplicação lógica, compensa­ção, razão-proporção, probabilidade e correlação.

Amostra- A amostra que serviu de base para a determinação das normas brasileiras foi pequena, portanto, foram consideradas como provisórias. Participaram do estudo 400 alunos (220 meninas e 180 meninos) do ensino fundamental de Minas Gerais. A idade média do grupo era 13,6 anos e o nível socioeconômico foi controlado por meio da ocupação dos pais.

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206 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Parâmetros Psicométricos Construção do instrumento - Os itens foram elaborados e,

depois, foram aplicados num grupo de cinco crianças, a fim de verifi­cara qualidade, de acordo com o manual. A aplicação originou modi­ficações no instrumento original. Vale ressaltar que não são aponta­dos outros estudos referentes à análise de itens.

Validade- Em 1975, foram desenvolvidos estudos com 90 alu­nos de Minas Gerais, cujos resultados levantaram indícios sobre a validade do instrumento. No que se refere à validade de conteúdo, houve a apreciação do teste por quatro juízes, sendo três professores de Psicologia do Desenvolvimento e um pedagogo especialista em Piaget. Houve um acordo de 100% entre os juízes em relação ao que o teste pretendia avaliar.

Em relação à validade de construto, os resultados do teste fo­ram comparados com o Teste Matrizes Progressivas de Raven. O coeficiente de correlação foi de 0,56, corrigido pela fórmula de Pearson.

Os resultados da aplicação do Teste Raven de Operações Lógi­cas foram comparados com critérios externos (notas de uma prova destinada a avaliar os conhecimentos adquiridos durante o curso de Ciências Físicas e Biológicas). A correlação indicou um coeficiente de0,93.

TESTE DE RoRSCHACH

Origem do teste - O uso de borrões de tinta como meio de expressão da criatividade e da imaginação, não se constitui desco­berta de Rorschach. O teste foi construído a partir de observações dos resultados dos trabalhos de outros autores, cujas manchas eram pretas. Cunha (2000) relata que a utilização de manchas de tinta, como teste psicológico, teve início nos trabalhos de Binet e Henri como proposta de estudo da imaginação visual, nos trabalhos de Kemer de 1857 e na experiência de Leonardo da Vinci, ainda no século XVI.

Rorschach, em 1911, como médico residente em psiquiatria, teve como idéia utilizar um jogo de adivinhação com manchas (Blotto ), como uma atividade junto aos pacientes, e observou que as respostas de pa­cientes com demência orgânica e esquizofrênica neste jogo eram dis­tintas. Em 1917, decidiu usar com maior freqüência as manchas de tinta na verificação das respostas de pacientes. Para ser mais objetivo nas avaliações, elaborou e desenvolveu um conjunto de classificações das respostas em termos de localização das respostas nas manchas, dos determinantes (forma, cor e movimento) e do conteúdo apresenta­do nas respostas. Após a sua morte, seu trabalho foi desenvolvido por colegas e adquiriu respeito e valiosas contribuições e foi seguido pelo mundo todo, sendo atualmente um dos instrumentos de avaliação da personalidade com maior número de trabalhos publicados.

Dados de identificação - O instrumento é de produção inter­nacional, de autoria de Hermann Rorschach (1921). O material do teste é atualmente impresso na Suíça (Hans Huber, Medicai Publisher) e nos Estados Unidos. No Brasil, as editoras CEPA e Casa do Psicó­logo comercializam e fornecem as folhas para localização e descri­ção dos dados. O teste é indicado para avaliação da personalidade.

Aplicação e material - O teste pode ser aplicado em crianças,

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208 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

adolescentes e adultos. É composto por dez cartões (lânlinas) com manchas de tinta, medindo 18,5 por 25 em, sendo que cinco cartões são sem cor (acromáticos) e cinco cartões coloridos (cromáticos, dois em vermelho e preto e três policromáticos). A administração é individual, não havendo um tempo limite de aplicação, muito embora diversas tomadas de tempo são realizadas durante a aplicação.

Amostra - Selecionou-se 850 protocolos de Rorschach aleato­riamente de sujeitos normais, nos quais 345 eram do sexo masculino e 505 do fenlinino. Foram testados os sujeitos de diferentes institui­ções, tais como bancárias, escolares, públicas e privadas e de presta­ção de serviços. Os sujeitos tinham o ensino médio completo e cerca de 40% possuíam ou estavam fazendo curso superior. A faixa etária variou entre 18 a 40 anos.

z - TESTE ZULLIGER

Origem do teste - O Z-teste surgiu do profundo conhecimen­to do autor no método de Rorschach e sobre ele propôs uma nova abordagem metodológica a fim de caracterizar o instrumento para avaliação coletiva.

Dados de identificação- O instrumento é produção internaci­onal, de autoria de Hans Zulliger, cuja editora Hans Hubber repre­senta os direitos internacionais. No Brasil, Vaz apresenta as últimas revisões sobre o material e novas normas quanto a classificação. É distribuído por várias editoras, sendo que em 1998 a Casa de Psicólo­go, Livraria e Editora Ltda, apresentou o novo livro de Vaz.

Sua indicação é a de avaliação da personalidade.

Aplicação e material - Constitui-se condição mínima de ava­liação coletiva que o examinando saiba escrever e/ou que pelo menos tenha o ensino fundamental.

Forma pode ser em slides ou em cartões (lâminas) para aplica­ções coletivas e individuais, respectivamente. O material é constituí­do de três lâminas (ou slides), três cartões, folhas de localização e folha de síntese. A aplicação é coletiva e dividida em quatro fases, apresentação, Fase clara, Fase escura e Inquérito.

Parâmetros Psicométricos Amostra- Vaz realizou uma pesquisa com 1.341, sendo 740

sujeitos (55,2%) do sexo masculino e 601(44,8%) do sexo feminino. As idades variaram entre 16 a 66 anos, com grau de escolaridade de ensino fundamental incompleto ao superior incompleto.

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21 O Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil

Fidedignidade- Na classificação das respostas da pesquisa

descrita acima, foi utilizada a modalidade de um segundo e terceiro

juiz, tendo em vista uma melhor fidedignidade de critérios em cada

variável do Z-teste. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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