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GUIA PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA APRESENTAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO VÁRZEA GRANDE, 2011 Direito

Guia trabalho acadêmico

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GUIA PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS

ACADÊMICOS

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA APRESENTAÇÃO

DE ARTIGO CIENTÍFICO

VÁRZEA GRANDE, 2011

Direito

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1. APRESENTAÇÃO

No curso de Direito do UNIVAG Centro Universitário de Várzea Grande os

estudantes são obrigados a preparar artigos científicos durante e ao final do curso. Muitos não

sabem como resolver esse problema e pedem instruções.

Os docentes do curso conhecem a dificuldade dos estudantes, sabem que o

bacharelado em Direito não visa apenas preparar o aluno para a atividade profissional estrita,

e reconhecem que as atividades acadêmicas oferecem ferramentas imprescindíveis para o

desenvolvimento cultural e profissional dos estudantes. De tal modo, em breve tempo é

possível que sejam executadas ações pontuais para a organização dos grupos de iniciação

científica, além das orientações realizadas por docentes para assegurar bons resultados da

produção do curso.

Neste primeiro momento, como resposta à solicitação dos alunos e à imperativa

garantia da qualidade das produções do curso de Direito, foi preparado este guia de

orientações metodológicas para apresentação de artigo científico, adotando-se as normas

produzidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

A ABNT (2003a) define o Artigo Científico como “parte de uma publicação com

autoria declarada, que apresenta e discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas

diversas áreas do conhecimento”. Obviamente que a produção acadêmica inicial, exatamente

por ser inicial, está longe de ter as características de um trabalho original de pesquisa,

resultado da maturidade dos estudos e que faz avançar a disciplina estudada e o campo do

Direito.

Este guia traz informações elementares sobre metodologia científica e tem o escopo de

auxiliar os graduandos em Direito a compor um documento com critérios gráficos ou layout

de páginas e estrutura organizacional dos conteúdos textuais, considerando apenas os

elementos obrigatórios.

Prof. Dr. Aristides Januario da Costa Neto

Setembro de 2011

Page 3: Guia trabalho acadêmico

2. O LAYOUT DAS PÁGINAS

Na preparação imediata da elaboração escrita do artigo a primeira coisa a fazer é

organizar as páginas de apresentação desse documento.

Utilizando ferramentas computacionais disponíveis, o documento começa a ser

preparado em formato digital, com utilização de programa do Microsoft Office ou

equivalente; extensão Word (doc., docx. Etc.); fonte: Time New Roman ou Arial.

Tamanho do papel: - A4 (21 x 29,7 cm)

Margens Medidas em cm

Superior 2,5

Inferior 2,0

Esquerda 3,0

Direita 2,0

Folha Guia

Superior 2,5 cm

Esquerda 3,0 cm

Direita 2,0 cm

Inferior 2,0 cm

Page 4: Guia trabalho acadêmico

3. SOBRE A ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DO ARTIGO

CIENTÍFICO

Para o artigo científico é possível indicar os seguintes elementos estruturais: pré-

textuais, textuais e pós-textuais.

3.1. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

Elementos pré-textuais de artigos são: o título e o subtítulo (se houver), nome do autor,

o resumo e as palavras-chave. Cada um desses elementos é obrigatório e disposto de modo

diverso.

O Título e o Subtítulo devem aparecer na página de abertura do artigo, diferenciado

tipograficamente e na língua do texto. A fonte: tamanho 14, estilo negrito, efeito maiúscula; o

parágrafo: com alinhamento centralizado.

Autor (a) é a pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do conteúdo intelectual

ou artístico de um documento. O nome do autor é apresentada abaixo do título. Fonte:

tamanho 12, estilo normal; o parágrafo: com alinhamento à direita. O nome é seguido de

asterisco, que é o sinal em forma de estrela (*), com parêntese. O asterisco indica uma nota no

pé da página. Nessa nota: breve currículo que qualifica o autor na área de conhecimento do

artigo com informações sobre: formação, vínculo institucional, endereço postal e eletrônico, e,

se for o caso, órgão financiador da pesquisa.

REPENSANDO A RELAÇÃO ENTRE ESTADO, DIREITO E

DESENVOLVIMENTO: OS LIMITES DO PARADIGMA RULE OF LAW

E A RELEVÂNCIA DAS ALTERNATIVAS INSTITUCIONAIS

Mário Gomes Schapiro (*)

______________ (*) Professor doutor em tempo integral da Direito GV. Mestre e doutor em direito econômico pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP)

Título e subtítulo do artigo

Nome do(s) autor(es)

Rodapé

Espaçamento entre linhas de 12 pontos após título.

Page 5: Guia trabalho acadêmico

O Resumo é elemento obrigatório, uma seqüência de frases concisas com o verbo na

voz ativa e terceira pessoa do singular, relativa aos objetivos, metodologia e resultados

alcançados na pesquisa. O total de palavras pode variar entre 100 e 250, sem citações.

Espaçamento entre linhas: Simples; fonte: tamanho 12, normal; parágrafo: alinhamento

justificado e sem recuos, conforme norma NBR 6028 (ABNT, 2003b).

Logo abaixo do resumo devem constar as palavras-chave ou descritores, termos ou

expressões substantivas, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto, escritas

na língua do texto antecedidas da expressão Palavras-chave. As palavras-chave são palavras

ou termos retirados do texto para representar o seu conteúdo. Podem também ser escolhidas

em listas de vocabulário controlado, conforme a NBR 6028 (ABNT, 2003b).

REPENSANDO A RELAÇÃO ENTRE ESTADO, DIREITO E DESENVOLVIMENTO: OS

LIMITES DO PARADIGMA RULE OF LAW E A RELEVÂNCIA DAS ALTERNATIVAS

INSTITUCIONAIS

Mário Gomes Schapiro (*)

RESUMO

Assumindo a primazia da abordagem institucionalista na agenda contemporânea do desenvolvimento, este artigo

procurará discutir alguns de seus limites, descritivos e normativos, no que tange, em especial, ao sistema financeiro.

Particularmente, procura-se sugerir que os programas de difusão do rule of law tem se constituído em um paradigma

estreito do papel exercido pelo direito, segundo a qual cabe ao ambiente jurídico cumprir, apenas e tão somente, a função

de garantidor dos interesses de investidores privados, entendidos como atores centrais de um modelo de financiamento

baseado em transações de mercado. O texto sugere que o paradigma rule of law, como estratégia de promoção do

desenvolvimento, tem dificuldade em lidar com a existência de alternativas institucionais de organização econômica e

financeira, para além de um modelo de mercado baseado em atores atomizados e carentes de segurança jurídica. Um

exemplo disso, que escapa do instrumental tradicional, é o modelo brasileiro de financiamento, que, apesar de ter

vivenciado inúmeras reformas institucionais, dedicadas a elevar o nível de proteção de investidores, ainda concentra em

um banco de desenvolvimento – o BNDES – grande parte do financiamento de longo prazo do País. O artigo assume,

portanto, que, sim, o direito e as instituições, de fato, importam para o desenvolvimento, mas há uma variedade de

possibilidades e funções a serem exercidas pelos arranjos institucionais e ferramentas jurídicas – muito além do que

supõem os programas de rule of law. Uma bem sucedida organização institucional baseada em um banco de

desenvolvimento é um exemplo disso.

Palavras-chave: Direito e desenvolvimento. Rule of law. Alternativas institucionais. Banco de desenvolvimento.

Financiamento do desenvolvimento.

______________ (*) Professor doutor em tempo integral da Direito GV. Mestre e doutor em direito econômico pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP)

Resumo

Palavras-chave

Modelo de resumo e Palavras-chave baseado na NBR 6028 (ABNT, 2003b)

Espaçamento entre linhas de

12 pontos após o nome

do autor.

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3.2. ELEMENTOS TEXTUAIS

São considerados elementos textuais: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.

3.2.1. Introdução

A introdução é a primeira parte do corpo do artigo e na qual estão expostas

informações fundamentais: a problemática estudada e sua contextualização, a justificativa

pela escolha do tema (assunto), os trabalhos anteriores sobre assunto e problemática, o

objetivo pretendido, o método utilizado e a razão de sua escolha, e principais resultados.

A elaboração da introdução costuma ser feita ao final do trabalho, por causa da

necessidade de desenvolver a visão geral e sintética do tema abordado.

3.2.2. Desenvolvimento

É a parte mais longa e que contém a exposição ordenada e pormenorizada de

argumentos sobre o assunto tratado, com mobilização de saberes teóricos e empíricos. Divide-

se em seções e subseções que variam em função da abordagem do tema e do método (ABNT,

2003c).

a) Numeração progressiva de seções e alíneas

Seções primárias. A introdução, considerações finais, notas e referências bibliográficas

devem ser dispostas no lado esquerdo, em letras maiúsculas, fonte tamanho 12 e estilo

negrito. A numeração e o título do capítulo devem ser dispostos no lado esquerdo, em letras

maiúsculas, fonte tamanho 12 e estilo negrito.

Seções secundárias: A numeração e o título da seção secundária devem ser dispostos

no lado esquerdo da folha em letras maiúsculas, fonte tamanho 12 e estilo normal.

Seções terciárias: A numeração e o título da seção terciária devem ser dispostos no

lado esquerdo da folha em letras minúsculas, fonte tamanho 12 e estilo negrito.

Alíneas: As alíneas são escritas em letras iniciais maiúsculas, fonte tamanho 12 e

estilo normal. Observe-se que as subdivisões de capítulos podem ou não ter recuo maior

b) Sobre o discurso e sua fundamentação

No desenvolvimento do trabalho ocorre a fundamentação do estudo mediante

argumentação que deve ser feita a partir da seleção de bibliografia adequada, de livros,

periódicos, legislação, documentos de gêneros diversos etc., com discurso que visa fixar bem

o tema, explicitar as terminologias e a problemática relativa ao assunto.

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Não há um modelo para esta seção, pois todo o discurso depende de como o autor

pretende elaborá-lo. É necessário, porém, que sua estrutura argumentativa seja organizada de

modo que o todo estabeleça relações com as partes e vice-versa.

As ideias obtidas por meio da leitura, copiadas ou parafraseadas no texto, devem ser

apresentadas em forma de citações diretas, indiretas ou citação de citação, de autores e obras.

Na subseção 3.8 das NBR 6022, citação é a “menção de uma informação extraída de outra

fonte” (ABNT, 2003a), que será apresentada abaixo.

Já a referência a ser indicada no corpo do texto, em sua forma curta, deve ser

apresentada no final do trabalho sob forma mais completa (ABNT, 2002b).

INTRODUÇÃO

o tema do desenvolvimento, após um período de ostracismo acadêmico e político, voltou recentemente a

despertar o interesse de pesquisadores e formuladores de política pública. o retorno desta agenda tem como

particularidade o relevo atribuído ao ambiente jurídico-institucional, no âmbito tanto das agências multilaterais de

fomento, como dos governos nacionais. desde meados da década de 1990, sob (...).

(...).

1. O PARADIGMA RULE OF LAW NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: TRANSAÇÕES

PRIVADAS, GARANTIA JURÍDICA E RETRAÇÃO DO ESTADO

A partir da década de 1990, a produção intelectual e a intervenção dos governos nacionais e das agências

multilaterais passaram a ter no ambiente institucional um objeto de particular interesse. De um lado, (...)

2. O RULE OF LAW NO CAMPO FINANCEIRO: PROTEÇÃO DOS INVESTIDORES E PROMOÇÃO

DOS MERCADOS

No campo da organização dos sistemas financeiros, (...)

3. ESCAPANDO DO MODELO: A PREVALÊNCIA DO BNDES NO AMBIENTE FINANCEIRO

NACIONAL

3.1 AS REFORMAS FINANCEIRAS DA DÉCADA DE 1960

Na década de 1960, notadamente a partir de 1964, o diagnóstico dos formuladores

de política pública era o de que o país carecia de um sistema financeiro capaz (...).

3.2 AS REFORMAS FINANCEIRAS DA DÉCADA DE 1990

Na década de 1990, foram implementadas políticas de reforma institucional com viés

semelhante ao das iniciativas de diversificação financeira, ocorridas entre 1964 e

1967. nesse segundo (...).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

NOTAS

REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Seções primárias

Seções secundárias

Numerações progressivas de seções e alíneas cf. NBR 6024 (ABNT, 2003c)

Page 8: Guia trabalho acadêmico

3.2.3. Considerações Finais ou Conclusão

A apresentação de conclusões ou considerações finais é o momento em que se deve

fazer a retomada sintética das idéias fundamentais desenvolvidas ao longo do

desenvolvimento do trabalho com o intuito de:

a) expor como os objetivos ou resultados almejados e apresentados na introdução foram

alcançados ou não;

b) apontar as dificuldades encontradas na elaboração do trabalho e fazer recomendações

e sugestões para trabalhos futuros sobre o tema e problema;

c) identificar novos problemas que merecem estudos específicos;

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Passados quase vinte anos do apogeu do propalado consenso de Washington, a literatura de direito e desenvolvimento tem sido incrementada por um bom número de produções de caráter heterodoxo. Em relação aos estudos do início da década passada, as pesquisas recentes têm procurado sugerir que as réguas e métricas que embalaram os primeiros desenhos das reformas institucionais são bastante estreitas, quando não divorciadas do funcionamento real dos ambientes nacionais. Em razão disso, concepções como as do law and finance, que tomam o direito como uma dotação de fatores, isto é, como uma pré-condição rígida do desenvolvimento, têm enfrentado uma paulatina resistência, teórica e também de formuladores de política pública. Talvez por esta razão, (...).

Exemplo de Considerações Finais

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3.3. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

Os elementos pós-textuais obrigatórios para um artigo científico são as notas

explicativas, as referências e os textos em língua estrangeira: Títuto, Subtítulo, Resumo e

Palavras-Chave.

3.3.1. Textos em língua estrangeira

Sobre o assunto, reproduzo as normas da NBR 6022 (ABNT, 2003a).

33..33..11..11.. Título e subtítulo

O título, e subtítulo (se houver) em língua estrangeira, diferenciados tipograficamente

ou separados por dois pontos (:), precedem o resumo em língua estrangeira

33..33..11..22.. Resumo:

Elemento obrigatório, versão do resumo na língua do texto, para idioma de divulgação

internacional, com as mesmas características (em inglês Abstract, em espanhol Resumen, em

francês Résumé, por exemplo).

33..33..11..33.. Palavras-chave

Elemento obrigatório, versão das palavras-chave na língua do texto para a mesma

língua do resumo em língua estrangeira (em inglês Keywords, em espanhol Palabras clave,

em francês Mots-clés, por exemplo).

3.3.2. Notas Explicativas

Trata-se de notas usadas para comentários, esclarecimentos ou explanações, que não

possam ser incluídos no texto, conforme as NBR 10520 (ABNT, 2002b).

A numeração das notas explicativas é feita em algarismos arábicos, devendo ser única

e consecutiva para cada artigo. Não se inicia a numeração a cada página (ABNT, 2003a).

Observe-se que a nota explicativa deve ser indicada no texto por algarismo arábico

correspondente ao número da nota transcrita após as considerações finais. Essa sequência

numérica pode ser gerada automaticamente. Por exemplo: na versão 2007 do Word (docx.)

escolha Referências e depois Inserir Nota de Fim. Tome cuidado para fazer essa escolha com

o cursor situado logo após a palavra onde a numeração deverá ser inserida.

Page 10: Guia trabalho acadêmico

3.3.3. Referências

É o nome da lista ordenada dos documentos efetivamente citados no texto do artigo ou

outra produção científica, que forma um conjunto padronizado de elementos descritivos, que

permite a identificação individual de cada um deles.

Os elementos a serem incluídos nas referências bem como sua ordem de apresentação

e transcrição da informação originada do documento são estabelecidos pela NBR 6023

(ABNT, 2002a). Em livros de metodologia científica posterior a essa data também há

informações adequadas.

A seguir, reproduzo as regras gerais para apresentação das referências:

(a) Os elementos essenciais e complementares da referência devem ser

apresentados em seqüência padronizada.

(b) As referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto e de forma a

se identificar individualmente cada documento, em espaço simples e separadas

entre si por espaço duplo. Quando aparecerem em notas de rodapé, serão

alinhadas, a partir da segunda linha da mesma referência, abaixo da primeira

Os resultados das regressões sugerem que os países de common law apresentam uma maior incidência

das ferramentas de proteção definidas como parâmetros de análise, ao passo que os países herdeiros de uma

tradição de civil law de origem francesa apresentariam os piores índices de salvaguarda.10

NOTAS

1. Uma primeira versão deste trabalho foi discutida no workshop de pesquisa da DIREITO GV, tendo sido encaminhada para futura publicação no

livro Estado de Direito e Desenvolvimento, coordenado por Oscar Vilhena Vieira. Pelas observações e críticas feitas naquela ocasião, agradeço

aos colegas presentes, notadamente a José Rodrigo Rodriguez e Bruno meyerhof salama. A Silas Cardoso de Souza, agradeço pela primeira

revisão; a Helena Cavalcanti, agradeço pela cuidadosa leitura e pela revisão final; e a Mariana Giorgetti Valente, pela ajuda na elaboração dos

gráficos. As pessoas citadas não têm qualquer responsabilidade por este trabalho.

2. Esta comparação feita por Danino é apresentada por Brian Tamanaha em The Primacy of Society and the failures of law and Development.

(...)

10. Nos países de common law, por exemplo, 39% dos ordenamentos nacionais admitem o voto pelo correio, ao passo que apenas 5% dos

sistemas jurídicos de civil law de origem francesa franqueiam esta possibilidade aos acionistas – um direito entendido pelos autores como um

facilitador da representação corporativa de acionistas minoritários (LA PORTA et al., 1998).

Notas explicativas

NOTA EXPLICATIVA

Page 11: Guia trabalho acadêmico

letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente e sem espaço entre

elas.

3.3.3.1. Publicação periódica

Inclui a coleção como um todo, fascículo ou número de revista, número de jornal,

caderno etc. na íntegra, e a materiais existente em um número, volume ou fascículo de

periódico (artigos científicos de revistas, editoriais, matérias jornalísticas, seções, reportagens

etc.).

Os elementos essenciais são: título, local de publicação, editor, datas de início e de

encerramento da publicação, se houver.

Exemplo:

REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939-

3.3.3.2. Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc.

Inclui partes de publicações periódicas (volumes, fascículos, números especiais e

suplementos, com título próprio), comunicações, editorial, entrevistas, recensões, reportagens,

resenhas e outros.

Os elementos essenciais são: autor(es), título da parte, artigo ou matéria, título da

publicação, local de publicação, numeração correspondente ao volume e/ou ano, fascículo ou

número, paginação inicial e final, quando se tratar de artigo ou matéria, data ou intervalo de

publicação e particularidades que identificam a parte (se houver).

Exemplos:

AS 500 maiores empresas do Brasil. Conjuntura Econômica, Rio de Janeiro, v. 38, n. 9, set.

1984. Edição especial.

MÃO-DE-OBRA e previdência. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Rio de

Janeiro; v. 7, 1983. Suplemento.

COSTA, V. R. À margem da lei. Em Pauta, Rio de Janeiro, n. 12, p. 131-148, 1998.

GURGEL, C. Reforma do Estado e segurança pública. Política e Administração, Rio de

Janeiro, v. 3, n. 2, p. 15-21, set. 1997.

3.3.3.3. Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc. em meio eletrônico

As referências devem obedecer aos padrões indicados para artigo e/ou matéria de

revista, boletim etc. acrescidas das informações relativas à descrição física do meio eletrônico

(disquetes, CD-ROM, online etc.). Quando se tratar de obras consultadas online, proceder-se-

á como segue.

Page 12: Guia trabalho acadêmico

Exemplos:

VIEIRA, Cássio Leite; LOPES, Marcelo. A queda do cometa. Neo Interativa, Rio de Janeiro,

n. 2, inverno 1994. 1 CD-ROM.

SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. .Net, Rio de Janeiro, nov. 1998. Seção Ponto de

Vista. Disponível em: <http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.htm>. Acesso em:

28 nov. 1998.

RIBEIRO, P. S. G. Adoção à brasileira: uma análise sociojurídica. Dataveni@, São Paulo,

ano 3, n. 18, ago. 1998. Disponível em:<http://www.datavenia.inf.br/frame.artig.html>.

Acesso em: 10 set.1998.

3.3.3.4. Documento jurídico

Inclui legislação, jurisprudência (decisões judiciais) e doutrina (interpretação dos

textos legais).

3.3.3.4.1. Legislação

Compreende a Constituição, as emendas constitucionais e os textos legais

infraconstitucionais (lei complementar e ordinária, medida provisória, decreto em todas as

suas formas, resolução do Senado Federal) e normas emanadas das entidades públicas e

privadas (ato normativo, portaria, resolução, ordem de serviço, instrução normativa,

comunicado, aviso, circular, decisão administrativa, entre outros).

Os elementos essenciais são: jurisdição (ou cabeçalho da entidade, no caso de se tratar

de normas), título, numeração, data e dados da publicação. No caso de Constituições e suas

emendas, entre o nome da jurisdição e o título, acrescenta-se a palavra Constituição, seguida

do ano de promulgação, entre parênteses.

Exemplos:

SÃO PAULO (Estado). Decreto no 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea de

legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998.

BRASIL. Medida provisória no 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Diário Oficial [da]

República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez. 1997. Seção 1, p.

29514.

BRASIL. Decreto-lei no 5.452, de 1 de maio de 1943. Lex: coletânea de legislação: edição

federal, São Paulo, v. 7, 1943. Suplemento.

BRASIL. Código civil. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

BRASIL. Congresso. Senado. Resolução no 17, de 1991. Coleção de Leis da República

Federativa do Brasil, Brasília, DF, v. 183, p. 1156-1157, maio/jun. 1991.

BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional no 9, de 9 de novembro de 1995. Lex:

legislação federal e marginália, São Paulo, v. 59, p. 1966, out./dez. 1995.

Page 13: Guia trabalho acadêmico

3.3.3.4.2. Jurisprudência (decisões judiciais)

Compreende súmulas, enunciados, acórdãos, sentenças e demais decisões judiciais.

Os elementos essenciais são: jurisdição e órgão judiciário competente, título (natureza

da decisão ou ementa) e número, partes envolvidas (se houver), relator, local, data e dados da

publicação.

Exemplos:

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula no 14. In: ______. Súmulas. São Paulo:

Associação dos Advogados do Brasil, 1994. p. 16.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas-corpus no 181.636-1, da 6a Câmara Cível do

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Brasília, DF, 6 de dezembro de 1994. Lex:

jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais, São Paulo, v. 10, n. 103, p. 236-240,

mar. 1998.

BRASIL. Tribunal Regional Federal (5. Região). Apelação cível no 42.441-PE (94.05.01629-

6). Apelante: Edilemos Mamede dos Santos e outros. Apelada: Escola Técnica Federal de

Pernambuco. Relator: Juiz Nereu Santos. Recife, 4 de março de 1997. Lex: jurisprudência do

STJ e Tribunais Regionais Federais, São Paulo, v. 10, n. 103, p. 558-562, mar. 1998.

3.3.3.4.3. Doutrina

Inclui toda e qualquer discussão técnica sobre questões legais (monografias, artigos de

periódicos, papers etc.), referenciada conforme o tipo de publicação.

Exemplo:

BARROS, Raimundo Gomes de. Ministério Público: sua legitimação frente ao Código do

Consumidor. Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados, São Paulo, v. 19, n. 139,

p. 53-72, ago.1995.

3.3.3.4.4. Documento Jurídico em meio eletrônico

As referências devem obedecer aos padrões indicados para documento jurídico acrescidas das

informações relativas à descrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.).

Quando se tratar de obras consultadas online, proceder-se-á conforme orientação específica.

Exemplos:

LEGISLAÇÃO brasileira: normas jurídicas federais, bibliografia brasileira de Direito. 7. ed.

Brasília, DF: Senado Federal, 1999. 1 CDROM. Inclui resumos padronizados das normas

jurídicas editadas entre janeiro de 1946 e agosto de 1999, assim como textos integrais de

diversas normas.

BRASIL. Regulamento dos benefícios da previdência social. In: SISLEX: Sistema de

Legislação, Jurisprudência e Pareceres da Previdência e Assistência Social. [S.l.]:

DATAPREV, 1999. 1 CD-ROM.

Page 14: Guia trabalho acadêmico

BRASIL. Lei no 9.887, de 7 de dezembro de 1999. Altera a legislação tributária federal.

Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez. 1999. Disponível

em: <http://www.in.gov.br/ mp_leis/leis_texto.asp?ld=LEI%209887>. Acesso em: 22 dez.

1999.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula no 14. Não é admissível, por ato

administrativo, restringir, em razão de idade, inscrição em concurso para cargo público.

Disponível em: <http://www. truenetm.com.br/jurisnet/sumusSTF.html>. Acesso em: 29 nov.

1998.

4. SOBRE A REDAÇÃO: CITAÇÃO

A redação de trabalho de tipo científico pressupõe pesquisa, e a pesquisa no campo do

direito acontece predominantemente com acessibilidade às fontes bibliográficas, o que

pressupõe o desenvolvimento de um plano de trabalho e estudo, o domínio de técnicas de

leitura e composição de protocolos que darão suporte a redação científica.

O artigo científico a ser produzido por graduandos do curso de Direito, dados os

diversos fatores intervenientes, alguns semelhantes aos apontados por Umberto Eco (2008, p.

1-6) sobre os estudantes europeus, tende a ser uma compilação e não um documento que visa

apresentar tema, abordagem e resultados originais de pesquisa. No entanto, a compilação que

se espera é o primeiro passo para a realização de uma boa pesquisa, pois a iniciação científica

deve exigir do estudante o desenvolvimento de uma postura condizente com a do(a)

pesquisador(a) experiente (Master).

Pode se chamar essa compilação de Artigo de Revisão (ABNT, 2003a) porque se trata

de um resumo, analise e discussão de informações já publicadas. Mas é preciso estar atento,

pois no artigo de revisão de boa qualidade não é tão simples de ser elaborado. No

cumprimento dessa tarefa, o estudante deve expor de modo claro o assunto estudado,

buscando confrontar e harmonizar os diversos pontos de vista após exame cuidadoso do

pensamento de diversos autores, da leitura e reflexão sobre a literatura existente (isto é, das

publicações).

Na redação, toda vez que é feita a menção a informações extraída de outra fonte

acontece uma citação. Umberto Eco (2008) estabelece regras preciosas para evitar excessos

no aporte de textos de outros autores, e explica que existe citações de dois tipos: “(a) cita-se

um texto a ser depois interpretado e (b) cita-se um texto em apoio a nossa interpretação”

(ECO, 2008, p. 123).

A NBR 10520 (ABNT, 2002b) trata da localização da citação e diz que as citações

podem aparecer:

a) no texto;

Page 15: Guia trabalho acadêmico

b) em notas.

A seguir, são reproduzidas as regras gerais de apresentação das citações:

Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou

título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas e, quando

estiverem entre parênteses, devem ser em letras maiúsculas.

Exemplos:

A ironia seria assim uma forma implícita de heterogeneidade mostrada, conforme a

classificação proposta por Authier-Reiriz (1982).

“Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é uma psicanálise da

filosofia [...]” (DERRIDA, 1967, p. 293).

5.1 Especificar no texto a(s) página(s), volume(s), tomo(s) ou seção(ões) da fonte

consultada, nas citações diretas. Este(s) deve(m) seguir a data, separado(s) por

vírgula e precedido(s) pelo termo, que o(s) caracteriza, de forma abreviada. Nas

citações indiretas, a indicação da(s) página(s) consultada(s) é opcional.

Exemplos:

A produção de lítio começa em Searles Lake, Califórnia, em 1928 (MUMFORD,

1949, p. 513).

Oliveira e Leonardos (1943, p. 146) dizem que a "[...] relação da série São Roque

com os granitos porfiróides pequenos é muito clara."

Meyer parte de uma passagem da crônica de “14 de maio”, de A Semana: “Houve

sol, e grande sol, naquele domingo de 1888, em que o Senado votou a lei, que a

regente sancionou [...] (ASSIS, 1994, v. 3, p. 583).

5.2 As citações diretas, no texto, de até três linhas, devem estar contidas entre aspas

duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação.

Exemplos:

Barbour (1971, p. 35) descreve: “O estudo da morfologia dos terrenos [...] ativos

[...]” ou “Não se mova, faça de conta que está morta.” (CLARAC; BONNIN, 1985,

p. 72).

Segundo Sá (1995, p. 27): “[...] por meio da mesma „arte de conversação‟ que

abrange tão extensa e significativa parte da nossa existência cotidiana [...]”

5.3 As citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser destacadas com

recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado e sem

as aspas. No caso de documentos datilografados, deve-se observar apenas o recuo.

Exemplo:

A teleconferência permite ao indivíduo participar de um encontro nacional ou regional

sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de teleconferência incluem o uso da televisão, telefone, e computador. Através de áudio-conferência,

utilizando a companhia local de telefone, um sinal de áudio pode ser emitido em um salão

de qualquer dimensão. (NICHOLS, 1993, p. 181).

5.4 Devem ser indicadas as supressões, interpolações, comentários, ênfase ou

destaques, do seguinte modo:

a) supressões: [...]

b) interpolações, acréscimos ou comentários: [ ]

c) ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico.

Page 16: Guia trabalho acadêmico

5. REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e

documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de

Janeiro, 2003a. 5 p.

______________.. NBR 6023: informação e documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro,

2002a. 24 p.

______________.. NBR 6024: Informação e documentação: numeração progressiva das seções de um

documento. Rio de Janeiro, 2003c, 3 p.

______________. NBR 6028: resumos. Rio de Janeiro, 2003b. 2 p.

______________. NBR 10520: informação e documentação: citação em documentos. Rio de Janeiro,

2002b. 7 p.

______________. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio

de Janeiro, 2005. 6 p.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 21. Ed. São Paulo: Perspectiva, 2008.

FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas técnicas para o trabalho científico: explicitação das

normas da ABNT. 15ª ed. Porto Alegre: s.n., 2011

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Normas de apresentação

tabular. 3. ed. Rio de Janeiro, 1993.

MARCONI, Marina de Andrade. e LAKATOS, Eva M. Fundamentos de Metodologia

Científica. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas.

11 ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 123-143, 676-100, 205-6.

UNIVAG - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE. Portaria PRAc. N°. 005. Normas

para submissão de trabalhos ao caderno de publicações. Cuiabá, 2011.