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HANSENÍASE HANSENÍASE Acadêmicos: Acadêmicos: Elias Junior Elias Junior Flavio Gomes Flavio Gomes Jose Silvério Jose Silvério Saulo Bento Saulo Bento Tiago Kratka Tiago Kratka Gilberto Castro Gilberto Castro

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HANSENÍASEHANSENÍASEAcadêmicos:Acadêmicos:

Elias JuniorElias JuniorFlavio GomesFlavio GomesJose SilvérioJose SilvérioSaulo BentoSaulo BentoTiago KratkaTiago Kratka

Gilberto CastroGilberto Castro

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HistóricoHistórico

A hanseníase parece ser uma das mais antigas A hanseníase parece ser uma das mais antigas doenças que acomete o homem.doenças que acomete o homem.

Referências mais remotas datam de 4266 a.C. Referências mais remotas datam de 4266 a.C. no Egito, 500 a 2000 a.C. nos Livros Sagrados no Egito, 500 a 2000 a.C. nos Livros Sagrados da Índia e 1100 a.C. na China.da Índia e 1100 a.C. na China.

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HistóricoHistórico

Doença crônica granulomatosa, proveniente de Doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo infecção causada pelo Mycobacterium leprae, Mycobacterium leprae, descrito em 1873 pelo cientista norueguês descrito em 1873 pelo cientista norueguês Gerhard Henry Armauer Hansen. Gerhard Henry Armauer Hansen.

Mundialmente conhecida como lepra.Mundialmente conhecida como lepra. Outros nomes: morféia, mal de pele e doença Outros nomes: morféia, mal de pele e doença

lasarina.lasarina.

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HistóricoHistórico

No Brasil, - lei nº 9010 de 29/03/1995 - “mal de No Brasil, - lei nº 9010 de 29/03/1995 - “mal de Hansen ou hanseníase” conforme nomenclatura Hansen ou hanseníase” conforme nomenclatura proposta por Rothberg.proposta por Rothberg.

Inicio do tratamento com sulfonoterapia em Inicio do tratamento com sulfonoterapia em 1948 por Souza Lima.1948 por Souza Lima.

Recomendação de poliquimioterapia (PQT) em Recomendação de poliquimioterapia (PQT) em 1982 pela OMS.1982 pela OMS.

Prevalência de 4,57/10.000 habitantes, Prevalência de 4,57/10.000 habitantes, distribuídos irregularmente (segundo país em distribuídos irregularmente (segundo país em numero absoluto de casos). numero absoluto de casos).

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Agente etiológicoAgente etiológico O O Mycobacterium leprae Mycobacterium leprae apresenta-se sob a forma de apresenta-se sob a forma de

bastonete reto ou ligeiramente curvo com 1,5 a 8,0 µm de bastonete reto ou ligeiramente curvo com 1,5 a 8,0 µm de comprimento por 0,2 a 0,5 µm de largura.comprimento por 0,2 a 0,5 µm de largura.

Corando-se em vermelho pela fuccina e não se descora Corando-se em vermelho pela fuccina e não se descora pelo álcool. pelo álcool.

Apresenta-se isolado ou aglomerado paralelamente, Apresenta-se isolado ou aglomerado paralelamente, formando globias e unidos pela substância gelatinosa formando globias e unidos pela substância gelatinosa denominada gléia.denominada gléia.

É um bacilo intracelular do macrófago, obrigatório e com É um bacilo intracelular do macrófago, obrigatório e com predileção pelas células cutâneas e células dos nervos predileção pelas células cutâneas e células dos nervos periféricos – células de Schwann.periféricos – células de Schwann.

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Agente etiológicoAgente etiológico

Mycobacterium leprae

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Agente etiológicoAgente etiológico

Este bacilo tem a capacidade de infectar grande Este bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos (número de indivíduos (alta infectividadealta infectividade), no ), no entanto poucos adoecem (entanto poucos adoecem (baixa baixa patogenicidadepatogenicidade).).

O O alto potencial incapacitantealto potencial incapacitante da hanseníase da hanseníase está diretamente relacionado ao poder está diretamente relacionado ao poder imunogênico do imunogênico do Mycobacterium lepraeMycobacterium leprae. .

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Modo de transmissãoModo de transmissão

O homem bacilífero não tratado é reconhecido O homem bacilífero não tratado é reconhecido como a fonte de infecção.como a fonte de infecção.(animais naturalmente infectados como o tatu, o (animais naturalmente infectados como o tatu, o

macaco mangabei e o chimpanzé.macaco mangabei e o chimpanzé.

A principal via de eliminação dos bacilos é a A principal via de eliminação dos bacilos é a aérea superior, sendo que o trato respiratório é aérea superior, sendo que o trato respiratório é a mais provável via de entrada do a mais provável via de entrada do Mycobacterium leprae Mycobacterium leprae no corpo. no corpo.

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Modo de transmissãoModo de transmissão

Os doentes Os doentes multibacilaresmultibacilares sem tratamento sem tratamento (virchowiana e dimorfa) são capazes de eliminar (virchowiana e dimorfa) são capazes de eliminar grande quantidade de bacilos para o meio grande quantidade de bacilos para o meio exterior (carga bacilar de cerca de 10 milhões de exterior (carga bacilar de cerca de 10 milhões de bacilos presentes na mucosa nasal).bacilos presentes na mucosa nasal).

Também são contaminantes os hansenomas ou Também são contaminantes os hansenomas ou qualquer lesão erosada da pele de pacientes qualquer lesão erosada da pele de pacientes bacilíferos.bacilíferos.

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Modo de transmissãoModo de transmissão

O domicílio é apontado como importante espaço O domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença, embora ainda de transmissão da doença, embora ainda existam lacunas de conhecimento quanto aos existam lacunas de conhecimento quanto aos prováveis fatores de risco implicados, prováveis fatores de risco implicados, especialmente aqueles relacionados ao especialmente aqueles relacionados ao ambiente social. ambiente social.

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SuscetibilidadeSuscetibilidade

As características genéticas tem importância As características genéticas tem importância relevante na destruição ou multiplicação do relevante na destruição ou multiplicação do bacilo no sistema macrofágico do hospedeiro.bacilo no sistema macrofágico do hospedeiro.

Indivíduos suscetíveis (forma paucibacilar)Indivíduos suscetíveis (forma paucibacilar) Indivíduos resistentes (forma multibacilarIndivíduos resistentes (forma multibacilar

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SuscetibilidadeSuscetibilidade

A resposta imune parece ser regulada pela A resposta imune parece ser regulada pela subpopulação celular com subpopulação celular com padrão Th1 padrão Th1 que que libera as citoquinas IL2, IL12, IL15, IL18 e IFNlibera as citoquinas IL2, IL12, IL15, IL18 e IFNαα, , que promovem ativação dos macrófagos, que promovem ativação dos macrófagos, resultando em uma resposta vigorosa contra os resultando em uma resposta vigorosa contra os bacilos e desencadeia a forma paucibacilar. bacilos e desencadeia a forma paucibacilar.

O doente multibacilar apresenta o O doente multibacilar apresenta o padrão Th2 padrão Th2 que promove a liberação de IL4, IL10 e IL13, que promove a liberação de IL4, IL10 e IL13, responsáveis pela desativação dos macrófagos, responsáveis pela desativação dos macrófagos, aumentando a proliferação bacilar. aumentando a proliferação bacilar.

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Susceptibilidade e imunidade Susceptibilidade e imunidade

Embora acometa ambos os sexos, observa-se Embora acometa ambos os sexos, observa-se predominância do sexo masculino, em uma predominância do sexo masculino, em uma relação de dois para um.relação de dois para um.

Devido ao longo período de incubação, é menos Devido ao longo período de incubação, é menos freqüente na infância.freqüente na infância.

Em áreas mais endêmicas, a exposição Em áreas mais endêmicas, a exposição precoce, em focos domiciliares, aumenta a precoce, em focos domiciliares, aumenta a incidência de casos na faixa etária infantil. incidência de casos na faixa etária infantil.

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Período de incubação Período de incubação

A hanseníase apresenta longo período de A hanseníase apresenta longo período de incubação; em média, de dois a sete anos. Há incubação; em média, de dois a sete anos. Há referência a períodos mais curtos, de sete referência a períodos mais curtos, de sete meses, como também de mais de dez anos.meses, como também de mais de dez anos.

Após a penetração do bacilo no organismo, Após a penetração do bacilo no organismo, ocorre uma infecção subclínica, com cura ocorre uma infecção subclínica, com cura espontânea, na grande maioria dos casos.espontânea, na grande maioria dos casos.

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Aspectos clínicos e Aspectos clínicos e laboratoriaislaboratoriais

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ClassificaçãoClassificação

Classificação de Madri, – Rabello, 1953Classificação de Madri, – Rabello, 1953(quadro clínico, baciloscopia, intradermoreação de (quadro clínico, baciloscopia, intradermoreação de

Mitsuda e histologia)Mitsuda e histologia)

Pólos estáveis e opostos:Pólos estáveis e opostos: Pólo imune-positivo, hanseníase tuberculóide (HT)Pólo imune-positivo, hanseníase tuberculóide (HT) Pólo imune-negativo, hanseníase virchowiana (HV)Pólo imune-negativo, hanseníase virchowiana (HV)

Pólos instáveis:Pólos instáveis: hanseníase indeterminada (HI)hanseníase indeterminada (HI) hanseníase dimorfa (HD)hanseníase dimorfa (HD)

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ClassificaçãoClassificação

Ridley e Jopling (com base no índice baciloscópico, Ridley e Jopling (com base no índice baciloscópico, histopatologia do granuloma e no espectro histopatologia do granuloma e no espectro imunológico do hospedeiro)imunológico do hospedeiro) hanseníase indeterminada (HI) – forma inicialhanseníase indeterminada (HI) – forma inicial hanseníase tuberculóide-tuberculóide (TT) - altamente hanseníase tuberculóide-tuberculóide (TT) - altamente

resistenteresistente hanseníase virchowiana-virchowiana (VV) - altamente hanseníase virchowiana-virchowiana (VV) - altamente

suscetívelsuscetível hanseníase dimorfa-tuberculóide (DT)hanseníase dimorfa-tuberculóide (DT) hanseníase dimorfa-dimorfa (DD)hanseníase dimorfa-dimorfa (DD) hanseníase dimorfa-virchowiana (DV)hanseníase dimorfa-virchowiana (DV)

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ClassificaçãoClassificação

Classificação OMS (fundamentado no quadro Classificação OMS (fundamentado no quadro clínico, levando-se em consideração o numero clínico, levando-se em consideração o numero de lesões cutâneas e o acometimento neural)de lesões cutâneas e o acometimento neural)

Paucibacilar (PB): menos de cinco lesões cutâneas e Paucibacilar (PB): menos de cinco lesões cutâneas e um troco nervoso acometido (tuberculóide e um troco nervoso acometido (tuberculóide e indeterminada)indeterminada)

Multibacilar (MB): mais de cinco lesões cutâneas e/ou Multibacilar (MB): mais de cinco lesões cutâneas e/ou mais de um troco nervoso comprometido mais de um troco nervoso comprometido (virchowiana e dimorfa)(virchowiana e dimorfa)

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Diagnóstico clínico - Diagnóstico clínico -

Os aspectos morfológicos das lesões cutâneas Os aspectos morfológicos das lesões cutâneas e classificação nas quatro formas clínicas e classificação nas quatro formas clínicas podem ser utilizados nas áreas com podem ser utilizados nas áreas com profissionais especializados e em investigação profissionais especializados e em investigação científica. científica.

Classificação operacional (OMS), baseada no Classificação operacional (OMS), baseada no número de lesões - ampliação da cobertura de número de lesões - ampliação da cobertura de diagnóstico e tratamento.diagnóstico e tratamento.

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Diagnóstico clínico - Diagnóstico clínico - Indeterminada (HI)Indeterminada (HI)

Espectro imunológico: Espectro imunológico: Pólo instável - Pólo instável - paucibacilarpaucibacilar

Forma inicial.Forma inicial. Manchas hipocrômicas ou levemente eritematosas, Manchas hipocrômicas ou levemente eritematosas,

com borda irregular e comprometimento neural com borda irregular e comprometimento neural discreto, que se traduz pela hipo ou anestesia.discreto, que se traduz pela hipo ou anestesia.

Sem diminuição da sudorese e rarefação de pêlos.Sem diminuição da sudorese e rarefação de pêlos. Geralmente é lesão única e quando múltiplas são Geralmente é lesão única e quando múltiplas são

assimétricas. assimétricas.

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Diagnóstico clínico -Diagnóstico clínico -Tuberculóide Tuberculóide (HT)(HT)

Espectro imunológico: Espectro imunológico: Pólo estável - imune-Pólo estável - imune-positivo - positivo - alta resistência – paucibacilaralta resistência – paucibacilar

Lesões bem delimitadas, em número reduzido, Lesões bem delimitadas, em número reduzido, hipo ou anestésicas e com distribuição assimétrica. hipo ou anestésicas e com distribuição assimétrica.

Podem surgir placas eritematosas, eritemato-Podem surgir placas eritematosas, eritemato-hipocrômicas, numulares ou anulares, com bordas hipocrômicas, numulares ou anulares, com bordas infiltradas ou descamativas, de crescimento infiltradas ou descamativas, de crescimento centrífugo e leve atrofia central; centrífugo e leve atrofia central;

Lesões papulosas tricofitóides hipo ou anestésicas, Lesões papulosas tricofitóides hipo ou anestésicas, anidróticas e com ausências de pelos. anidróticas e com ausências de pelos.

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Hanseníase Hanseníase Tuberculóide (HT)Tuberculóide (HT)

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Diagnóstico clínico - Diagnóstico clínico - Tuberculóide Tuberculóide (HT)(HT)

Variedade infantil: hanseníase nodular de Souza Variedade infantil: hanseníase nodular de Souza RamosRamos Contato prolongado com portador bacilíferoContato prolongado com portador bacilífero Lesão única, papulosa, mais freqüente na face, com Lesão única, papulosa, mais freqüente na face, com

regressão espontânea. regressão espontânea.

Forma neural pura: Forma neural pura: Sem lesão cutânea, que provoca um espessamento Sem lesão cutânea, que provoca um espessamento

do tronco nervoso com dano neural precoce e grave, do tronco nervoso com dano neural precoce e grave, em especial quando atinge nervos sensitivos-motores em especial quando atinge nervos sensitivos-motores levando às incapacidades físicas.levando às incapacidades físicas.

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Diagnóstico clínico -Virchowiana Diagnóstico clínico -Virchowiana (HV)(HV)

Espectro imunológico: Espectro imunológico: Pólo estável - imune-Pólo estável - imune-negativo - altamente suscetível negativo - altamente suscetível - multibacilar- multibacilar

Infiltração difusa e progressiva da pele, Infiltração difusa e progressiva da pele, mucosas das vias aéreas superiores e nervos, mucosas das vias aéreas superiores e nervos, sempre de forma simétrica.sempre de forma simétrica.

Pode acometer outros órgãos como olhos, Pode acometer outros órgãos como olhos, linfonodos, testículos, fígado e baço.linfonodos, testículos, fígado e baço.

Pele com coloração eritematoferruginosa, com Pele com coloração eritematoferruginosa, com aspecto luzidio devido à intensa infiltração e aspecto luzidio devido à intensa infiltração e sem limites definidos. sem limites definidos.

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Diagnóstico clínico -Virchowiana Diagnóstico clínico -Virchowiana (HV)(HV)

Podem surgir lesões papulotuberosas e nodulares Podem surgir lesões papulotuberosas e nodulares em todo tegumento. A infiltração difusa da face, da em todo tegumento. A infiltração difusa da face, da região frontal e dos pavilhões auriculares, com região frontal e dos pavilhões auriculares, com madarose (queda dos pêlos da parte externa dos madarose (queda dos pêlos da parte externa dos supercílios) sem acometer os cabelos, confere aos supercílios) sem acometer os cabelos, confere aos pacientes o aspecto de face leonina. Pode ocorrer pacientes o aspecto de face leonina. Pode ocorrer rarefação dos pelos de outras regiões. rarefação dos pelos de outras regiões.

O comprometimento da mucosa nasal, levando a O comprometimento da mucosa nasal, levando a obstrução nasal e a rinorréia seropurulenta, mais o obstrução nasal e a rinorréia seropurulenta, mais o edema frio dos membros inferiores são sinais edema frio dos membros inferiores são sinais precoces de HV. precoces de HV.

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Hanseníase Virchowiana (HV)Hanseníase Virchowiana (HV)

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Diagnóstico clínico -Dimorfa (HD)Diagnóstico clínico -Dimorfa (HD)

Espectro imunológico: Espectro imunológico: Pólo instável – Pólo instável – multibacilarmultibacilar

Lesões cutâneas apresentam aspecto de HV ou HTLesões cutâneas apresentam aspecto de HV ou HT Lesões cutâneas surgem como placas ou manchas Lesões cutâneas surgem como placas ou manchas

eritematosas ou hipocrômicas, com bordas infiltradas eritematosas ou hipocrômicas, com bordas infiltradas ferruginosas, vinhosas ou acastanhadas, com limite ferruginosas, vinhosas ou acastanhadas, com limite interno nítido e externo esmaecido, dando aspecto interno nítido e externo esmaecido, dando aspecto “foveolar” e, quando numerosas, desenham aspecto de “foveolar” e, quando numerosas, desenham aspecto de “renda” ou de “queijo suíço”. “renda” ou de “queijo suíço”.

A infiltração difusa, o acometimento neural precoce e a A infiltração difusa, o acometimento neural precoce e a assimetria sugerem o quadro de dimorfa.assimetria sugerem o quadro de dimorfa.

Podem comprometer grandes segmentos cutâneosPodem comprometer grandes segmentos cutâneos

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Hanseníase Dimorfa (HD)Hanseníase Dimorfa (HD)

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Hanseníase Dimorfa (HD)Hanseníase Dimorfa (HD)

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Diagnóstico - LaboratorialDiagnóstico - Laboratorial

Exame baciloscópico - Exame baciloscópico - pode ser utilizado pode ser utilizado como exame complementar para a como exame complementar para a classificação dos casos em classificação dos casos em MBMB e e PBPB. .

Baciloscopia positiva indica Baciloscopia positiva indica hanseníase multibacilarhanseníase multibacilar, , independentemente do número de lesões. independentemente do número de lesões.

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Diagnóstico - LaboratorialDiagnóstico - Laboratorial

Exame histopatológicoExame histopatológico - indicado como - indicado como suporte para diagnóstico e em pesquisas. suporte para diagnóstico e em pesquisas.

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TratamentoTratamento O tratamento é ambulatorial. O tratamento é ambulatorial. PoliquimioterapiaPoliquimioterapia: : rifampicina, dapsona e rifampicina, dapsona e

clofazimina. clofazimina. Evita a resistência medicamentosa do bacilo.Evita a resistência medicamentosa do bacilo. Ação bactericida, tornando-o inviável e evitando a Ação bactericida, tornando-o inviável e evitando a

evolução da doença, prevenindo as evolução da doença, prevenindo as incapacidades e deformidades por ela causadas, incapacidades e deformidades por ela causadas, levando à cura.levando à cura.

A regularidade do tratamento é fundamental para A regularidade do tratamento é fundamental para a cura do paciente.a cura do paciente.

Rompe a cadeia epidemiológica da doença.Rompe a cadeia epidemiológica da doença.

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TratamentoTratamento

A A prevenção de incapacidadeprevenção de incapacidades é s é atividade primordial durante o tratamento atividade primordial durante o tratamento e, em alguns casos, até mesmo após a e, em alguns casos, até mesmo após a alta, sendo parte integrante do tratamento alta, sendo parte integrante do tratamento do paciente com hanseníase. do paciente com hanseníase.

Para o paciente, o aprendizado do auto-Para o paciente, o aprendizado do auto-cuidado é arma valiosa para evitar cuidado é arma valiosa para evitar seqüelas.seqüelas.

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TratamentoTratamento

Na tomada mensal de medicamentos é Na tomada mensal de medicamentos é feita uma avaliação do paciente, para feita uma avaliação do paciente, para acompanhar a evolução de suas lesões acompanhar a evolução de suas lesões de pele e comprometimento neural, de pele e comprometimento neural, verificando-se se há presença de neurites verificando-se se há presença de neurites ou estados reacionais. ou estados reacionais.

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TratamentoTratamento

Quando necessárias, são orientadas Quando necessárias, são orientadas técnicas de prevenção de incapacidades e técnicas de prevenção de incapacidades e deformidades, bem como os auto-deformidades, bem como os auto-cuidados que devem diariamente ser cuidados que devem diariamente ser realizados, para evitar as complicações da realizados, para evitar as complicações da doença, sendo verificada sua correta doença, sendo verificada sua correta realização.realização.

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Tratamento quimioterápicoTratamento quimioterápico

É administrada através de esquema-É administrada através de esquema-padrão, de acordo com a padrão, de acordo com a classificação classificação operacional do doente em paucibacilar operacional do doente em paucibacilar e multibacilar.e multibacilar.

A informação sobre a classificação do A informação sobre a classificação do doente é fundamental para se selecionar o doente é fundamental para se selecionar o esquema de tratamento adequado ao seu esquema de tratamento adequado ao seu caso. caso.

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Tratamento quimioterápicoTratamento quimioterápico

Para crianças com hanseníase, a dose Para crianças com hanseníase, a dose dos medicamentos do esquema-padrão é dos medicamentos do esquema-padrão é ajustada de acordo com a idade. Já no ajustada de acordo com a idade. Já no caso de pessoas com intolerância a um caso de pessoas com intolerância a um dos medicamentos do esquema-padrão, dos medicamentos do esquema-padrão, são indicados esquemas alternativos. são indicados esquemas alternativos.

A alta por cura é dada, após a A alta por cura é dada, após a administração do número de doses administração do número de doses preconizado, pelo esquema terapêutico.preconizado, pelo esquema terapêutico.

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Esquema paucibacilar (PB) Esquema paucibacilar (PB) Pacientes com até 5 lesões de pelePacientes com até 5 lesões de pele Rifampicina:Rifampicina: uma dose mensal supervisionada de 600mg (2 uma dose mensal supervisionada de 600mg (2

cápsulas de 300mg); cápsulas de 300mg); Dapsona:Dapsona: uma dose mensal supervisionada de 100mg;uma dose mensal supervisionada de 100mg; uma dose diária auto administrada;uma dose diária auto administrada; Duração do tratamento: Duração do tratamento: 6 doses mensais supervisionadas de 6 doses mensais supervisionadas de

rifampicina; rifampicina; Critério de alta:Critério de alta: 6 doses supervisionadas em até 9 meses.6 doses supervisionadas em até 9 meses.

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Esquema multibacilar (MB)Esquema multibacilar (MB)Pacientes com mais de 5 lesões de Pacientes com mais de 5 lesões de

pelepele RifampicinaRifampicina: : uma dose mensal supervisionada de 600mg (2 cápsulas de uma dose mensal supervisionada de 600mg (2 cápsulas de

300mg);300mg); DapsonaDapsona:: uma dose mensal supervisionada de 100mg;uma dose mensal supervisionada de 100mg; uma dose diária auto administrada;uma dose diária auto administrada; ClofaziminaClofazimina:: uma dose mensal supervisionada de 300mg (3 cápsulas de uma dose mensal supervisionada de 300mg (3 cápsulas de

100mg);100mg); uma dose diária de 50mg auto administrada.uma dose diária de 50mg auto administrada. Duração do tratamento:Duração do tratamento: 12 doses mensais supervisionadas de rifampicina;12 doses mensais supervisionadas de rifampicina; Critério de alta: Critério de alta: 12 doses supervisionadas em até 18 meses.12 doses supervisionadas em até 18 meses.

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Esquema de tratamento para Esquema de tratamento para criançascrianças

Para crianças com hanseníase, as doses Para crianças com hanseníase, as doses de medicamentos dos esquemas de medicamentos dos esquemas paucibacilar e multibacilar são ajustadas paucibacilar e multibacilar são ajustadas de acordo com os seguintes quadros:de acordo com os seguintes quadros:

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Esquema alternativoEsquema alternativo

Esquema conhecido como ROM (rifampicina, ofloxacina e minociclina) e deve ser usadoexclusivamente para tratar pacientes PB com lesão única, sem envolvimento de troncos nervosos.É recomendado somente para uso em centros de referência.

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RecidivaRecidiva

Desenvolve novos sinais e sintomas da Desenvolve novos sinais e sintomas da doença após completar o tratamento doença após completar o tratamento PQT/OMS.PQT/OMS.

CausaCausa

TratamentoTratamento

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Episódios reacionais ou estados Episódios reacionais ou estados reacionais ou reações hansênicasreacionais ou reações hansênicas

São São reações do sistema imunológico reações do sistema imunológico

Episódios inflamatórios Episódios inflamatórios

Os principais fatores desencadeantes:Os principais fatores desencadeantes:

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Episódios reacionais ou estados Episódios reacionais ou estados reacionais ou reações hansênicasreacionais ou reações hansênicas

Principalmente, Principalmente, durante os primeiros meses durante os primeiros meses do tratamento do tratamento quimioterápico da hanseníase.quimioterápico da hanseníase.

Podem ocorrer antes ou depois do mesmoPodem ocorrer antes ou depois do mesmo

Principal causa de lesões dos nervos e de Principal causa de lesões dos nervos e de incapacidadesincapacidades

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Episódios reacionais ou estados Episódios reacionais ou estados reacionais ou reações hansênicasreacionais ou reações hansênicas

O diagnóstico O diagnóstico

A identificação da doençaA identificação da doença

Se os estados reacionais aparecerem durante o Se os estados reacionais aparecerem durante o tratamentotratamento

Se forem observados após o tratamentoSe forem observados após o tratamento

Estados reacionais pós-altaEstados reacionais pós-alta

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Episódios reacionaisEpisódios reacionais

Podem ser de dois tipos: Podem ser de dois tipos: reação tipo 1 reação tipo 1

reação tipo 2 reação tipo 2

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BibliografiaBibliografia

Araújo, Marcelo Grossi. Hanseníase no Brasil. Araújo, Marcelo Grossi. Hanseníase no Brasil. Ver Soc Bras Med Trop; 36(3):373-382,maio-Ver Soc Bras Med Trop; 36(3):373-382,maio-jun.2003jun.2003

Gomes, Rogério de Oliveira;Formiga, Livia Gomes, Rogério de Oliveira;Formiga, Livia Barboza;Macambira,Rômulo Barboza;Macambira,Rômulo Pereira.Hanseníase. J. bras. Med; Pereira.Hanseníase. J. bras. Med; 66(3)mar.1994.66(3)mar.1994.

Mendonça, Vanessa Amaral et al. Imunologia da Mendonça, Vanessa Amaral et al. Imunologia da hanseníase. Na. Bras. Dermatol. , Rio de hanseníase. Na. Bras. Dermatol. , Rio de Janeiro, v 83, n. 4, 2008.Janeiro, v 83, n. 4, 2008.