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História da Arte: Arte e cultura indígena brasileira

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História da Arte: Arte e cultura indígena brasileira

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Historiadores afirmam que:

• Antes da chegada dos europeus à América havia

aproximadamente 100 milhões de índios no continente.

•Só no Brasil, esse número chegava a 5 milhões de

nativos, aproximadamente.

•Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam

o território brasileiro.

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O primeiro contato entre índios e portugueses em 1500 foi de muita estranheza para ambas as partes. As duas culturas eram muito diferentes e pertenciam a mundos completamente distintos.

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Pero Vaz de Caminha relata a troca de sinais, presentes e informações. Quando os portugueses

começam a explorar o pau-brasil das matas, começam a escravizar muitos indígenas e a utilizar o escambo. Davam espelhos, apitos,

colares e chocalhos para os indígenas em troca de seu trabalho. 

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Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e

da agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca. Esta agricultura era praticada de forma bem rudimentar, pois utilizavam

a técnica da coivara (derrubada de mata e

queimada para limpar o solo para o plantio).

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Entre os indígenas não há classes sociais como a do homem branco.

Todos têm os mesmo direitos e recebem o mesmo tratamento. A

terra, por exemplo, pertence a todos e quando um índio caça,

costuma dividir com os habitantes de sua tribo. Apenas os

instrumentos de trabalho (machado, arcos, flechas, arpões)

são de propriedade individual. O trabalho na tribo é realizado por

todos, porém possui uma divisão por sexo e idade. As mulheres são

responsáveis pela comida, crianças, colheita e plantio. Já os

homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais

pesado: caça, pesca, guerra e derrubada das árvores.

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A educação indígena é bem interessante. Os pequenos índios, conhecidos como curumins, aprender desde

pequenos e de forma prática. Costumam observar o que os adultos fazem e vão treinando desde cedo. Quando o pai vai

caçar, costuma levar o indiozinho junto para que este aprenda. Portanto, a educação indígena é bem prática e vinculada a realidade da vida da tribo indígena. Quando

atinge os 13 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimônia para ingressar na vida adulta.

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As Crianças

Em geral, a vida das crianças indígenas (curumins) é bem diferente das nossas crianças. Elas vivem muito integradas à natureza, participam das tradições de sua tribo. Aprendem muito observando os mais velhos em suas tarefas diárias. Também se divertem muito. Tomar banho de rio é uma das diversões preferidas. Além disso, brincam de peteca, pião, jogos com sementes, dobraduras, bonecas. Na maioria das aldeias, os pequenos índios também vão à escola.

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Há momentos de contação de história, em que os mais velhos contam histórias para os curumins, há festas tradicionais em que as crianças participam e aprendem assim mais da própria cultura. As crianças indígena são muito respeitadas, os adultos sabem e acreditam que elas estão sempre aprendendo. Elas convivem com seus animais de estimação: cachorros, macacos, araras, quatis, papagaios.

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Os índios vivem principalmente da caça e da pesca. As tribos também plantam o milho, a mandioca e o fumo.Quando a caça faltava e a pesca se tornava insuficiente, os índios mudavam-se para outros lugares. Eram, portanto, nômades.Para a caça os índios usam o arco e a flecha. Pequenas setas são destinadas à caça miúda, como pássaros. Também sabem preparar armadilhas e imitam com perfeição as vozes dos animais, meio com que procuram atraí-los.

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Para a pesca os índios utilizam pequenas redes chamadas puçás,

flechas, anzóis e plantas que atiram ao rio, como o timbó, e que atordoam os peixes, tornando-os

presas mais fáceis e não fazem mal ao homem. De alguns grandes

animais, como os tubarões e onças, extraem os dentes para

fabricar pontas de flechas.Para obter o fogo os índios

imprimiam, com a palma das mãos, um movimento de rotação a

um pequeno pedaço de pau, cuja ponta se friccionava em outro, até

formar uma chama que se comunicava a folhas secas.

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Os adornos principais dos índios consistem em pintar o corpo com a tinta vermelha de urucum e azul do jenipapo; alguns furam as orelhas e os lábios, onde colocam pedaços de madeira ou botoques, nome que até serviu para denominar uma tribo, a dos botocudos. Também usam colares de contas, de dentes de animais ou de inimigos e enfeitam-se com penas de pássaros.

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Tacape indígena

Suas armas prediletas são o arco e a flecha, de várias dimensões, lanças e o tacape, feito de madeira pesada. Algumas tribos utilizam a zarabatana, tubo ôco por onde disparam, com o sopro, pequenas setas envenenadas.

Arco e flecha Zarabatana

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Dos instrumentos musicais os índios conhecem o tambor, uma espécie de chocalho que é chamada de maracá, e a flauta de osso,

denominada membi.

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Os índios vivem em aldeias e, muitas vezes, são comandados por chefes, que são chamados de cacique ou morubixaba. A transmissão da chefia pode ser hereditária (de pai para filho) ou não. Os caciques devem conduzir a aldeia nas mudanças, na guerra, devem manter as tradições, determinar as atividades diárias e responsabilizar-se pelo contato com outras aldeias ou com os civilizados. Maior influência, porém, tem o pajé, o feiticeiro da tribo. Acreditam que ele possui poderes extraordinários: adivinhar o futuro, curar todas as doenças, transformar-se em qualquer animal e até tornar-se invisível.

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Alimentação

Cada povo indígena tem sua tradição com relação à alimentação. Eles produzem sua própria comida, seja praticando agricultura para subsistência, em algumas tribos até vendem o excedente da sua plantação, seja por caça e pesca.

O peixe, a banana, a mandioca e o milho são fontes de alimentação na maioria das tribos indígenas.

Há tribos que consomem alimentos industrializados que compram com o dinheiro ganhado através do comércio de produtos típicos confeccionados nas aldeias e vendidos em feiras.

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Ritos e Mitos

No Brasil, muitas tribos praticam ritos de passagem, que marcam a passagem de um grupo ou indivíduo de uma situação para outra. O nascimento de uma criança é comemorado, assim como a iniciação na vida adulta, o casamento, a morte. Celebram os antepassados como a festa Quarup dos Xavantes no Xingu, região central do Brasil. Uma boa colheita também é comemorada com festejos.

Ritual fúnebre

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O Kuarup é uma manifestação cultural dos povos indígenas do Alto Xingu e é a maior festa indígena do

País. Ele acontece anualmente no Parque do Xingu e é a mais alta homenagem que esses índios prestam aos

seus mortos importantes.

Kuarup (Quarup) – ritual do choro

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Ritual do Quarup

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Das nações indígenas a mais importante era a dos Tupis que os jesuítas denominavam índios da língua geral pois a língua tupi era falada em toda a costa brasileira. Essa nação compreendia muitas tribos: Maués e Omáguas no Amazonas; Potiguares, no Rio Grande do Norte; Caetes, da Paraíba ao rio São Francisco; Tupinambás e Tupiniquins na Bahia; Tamoios no Rio de Janeiro e, mais para o sul, os Carijós e os Guaranis.

No Norte do Brasil vivia a nação dos Nuaruaques. Algumas de suas tribos tinham notável adiantamento, como prova a cerâmica marajoara, vasos

de argila feitos com perfeição, encontrados na ilha de Marajó. São Nuaruaques os Manaus e os Aruãs.

Os Caribas ou Caraíbas formam outra nação. Algumas de suas tribos eram tão cruéis que do nome cariba se derivou canibal, que é sinônimo

de antropófago. Também habitavam as Antilhas e eram hábeis canoeiros.

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Outra nação era a dos Jês ou Tapuias. Uma de suas tribos mais primitivas e ferozes, a dos Aimorés, vivia no Espírito Santo. Os Aimorés não faziam casas, dormiam no "chão sobre folhas e tinham o hábito de açoitar os filhos com plantas espinhosas para que se acostumassem a andar pelos matos. Ficavam escondidos, aos grupos, à beira dos caminhos para atacar as pessoas que passavam, matá-las e depois devorá-las. Os atuais Xavantes, de Goiás, pertencem ao grupo ou nação dos Jès.

Das nações menores há a dos Guaicurus, que eram índios cavaleiros de Mato Grosso. Durante a guerra do Brasil com o Paraguai, esses índios muito ajudaram

os brasileiros.

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A pintura corporal

Pintam o corpo para enfeitá-lo e também para defendê-lo contra o sol, os insetos e os espíritos maus. As cores mais usadas pelos índios para pintar seus corpos são o vermelho muito vivo do urucum que representa a casa do homem, o negro esverdeado que representa a floresta, o azul da tintura do suco do jenipapo e o branco da tabatinga. A escolha dessas cores é importante, porque o gosto pela pintura corporal está associado ao esforço de transmitir ao corpo a alegria contida nas cores vivas e intensas.

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São os Kadiwéu que apresentam uma pintura corporal mais elaborada. Os primeiros registros dessa pintura datam de 1560, pois ela impressionou fortemente o colonizados e os viajantes europeus.

Mais tarde foi analisada também por vários estudiosos, entre os quais Lévi Strauss, antropólogo francês que esteve entre os índios brasileiros em 1935. De acordo com Lévi Strauss, “as pinturas do rosto conferem, de início, ao indivíduo, sua dignidade de ser humano; elas operam a passagem da natureza à cultura, do animal estúpido ao homem civilizado.

Em seguida, diferentes quanto ao estilo e à composição segundo as castas, elas exprimem, numa sociedade complexa, a hierarquia dos status. Elas possuem assim uma função sociológica”.

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Os desenhos dos Kadiwéu são geométricos, complexos e revelam um equilíbrio e uma beleza que impressionam o observador. Além do corpo, que é o suporte próprio da pintura Kadiwéu, os seus desenhos aparecem também em couros, esteiras e abanos, o que faz com que seus objetos domésticos sejam inconfundíveis. Cada povo indígena tem a sua maneira de se pintar, por isso é complicado definir de forma totalmente geral a função da pintura corporal e o tipo de desenhos.

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Grafismo dos índios Karajá

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Máscaras

Para os índios, as máscaras têm um caráter duplo: ao mesmo tempo em que é um artefato produzido por um homem comum, são a figura viva do ser sobrenatural que representam. Elas são feitas com troncos de árvores, cabaças e palhas de buriti e são usadas geralmente em danças cerimoniais, como, por exemplo, na dança do Aruanã, entre os Karajá, quando representam heróis que mantêm a ordem do mundo. (Máscara da dança dos macacos.)

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CerâmicaEntre as sociedades indígenas brasileiras, a cerâmica é, geralmente, confeccionada pelas mulheres. Todas aprendem a fazê-la mas, como em qualquer outra atividade, há aquelas com mais habilidade e/ou criatividade. Atualmente, algumas já se utilizam de tintas e instrumentos industrializados para produzir sua cerâmica.

Nem todos os povos indígenas produzem cerâmica e alguns, que tradicionalmente produziam, deixaram de fazê-lo, após o contato com não índios e com o passar do tempo. Entre alguns povos ceramistas, os objetos produzidos são simples. Entre outros, são muito elaborados e valorizados pelos membros da sociedade. Alguns índios que se destacam por sua cerâmica são os: Kadiwéu e Terena, de Mato Grosso do Sul; Karajá, de Tocantins; Marubo, Tukano, Maku e Baniwa, do Amazonas e outros.

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DançaRitual que envolve a arte da pintura e de máscaras. A dança marca o ritual e é feita de passos fortes e bem marcados, feita em círculo, pois o círculo não tem cima nem baixo, ou seja, todos "são iguais" na dança. Cada dança tem um significado e uma intenção, tem dança da chuva, dança pra chamar os bons espíritos e levar os ruins da aldeia, dança dos macacos, dança de homenagem aos seus ancestrais, por exemplo. Essa é uma relação muito importante entre o corpo e o espírito.

Dependendo da tribo, o ritual é feito de forma diferente e a dança também muda, por isso é difícil especificar com detalhes cada dança. A maioria das danças ainda é feita em volta da fogueira, principalmente a que é contra espíritos ruins. A dança também é comemorativa, em festas da tribo a comemoração é a dança e também é uma diversão para todos os indígenas.

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Dança da chuva

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