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EDUCAÇÃO INDÍGENA EDUCAÇÃO INDÍGENA HISTÓRIA HISTÓRIA Profª Maria Aparecida Bergamaschi Faculdade de Educação

História da Educação Indígena

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Apresentação em Power Point sobre a História da Educação Indígena de autoria da Prof. Maria Aparecida Bergamaschi. FACED - UFRGS.

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EDUCAÇÃO INDÍGENA EDUCAÇÃO INDÍGENA HISTÓRIAHISTÓRIA

Profª Maria Aparecida BergamaschiFaculdade de Educação

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Povos indígenas e a educaçãoPovos indígenas e a educação

• Na comunidade educativa indígena, três aspectos principais conformam uma unidade:

a economia (reciprocidade);

a casa (espaço educativo doméstico, a família e a rede parentesco);

a religião (concentração simbólica de todo sistema – rituais, mitos...).

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“A alfabetização dos índios se fará na língua dos grupos a que pertençam e em português,

salvaguardando o uso da primeira;A educação do índio será orientada para a integração na comunhão nacional mediante

processo de gradativa compreensão dos problemas gerais e valores da sociedade

nacional, bem como do aproveitamento de suas aptidões individuais” (Ministério do Interior,

lei N.º 6.001, artigos 49 e 50, 19/12/73).

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História e movimento - rumo à História e movimento - rumo à autonomiaautonomia

• Período colonial: escola para os índios –missões religiosas (integracionista).

• SPI e FUNAI: escola para os índios – estado e missões religiosas (integracionista de transição).

• Escola indígena em construção (anos 60 e 70 séc. XX).

• Autonomia e protagonismo – escola dos povos indígena (específica, diferenciada, intercultural, bilíngüe e de qualidade).

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Apropriação traduz o movimento de tornar algo próprio, adequado às

necessidades de quem se apropria, mesmo que na origem esse bem não lhe pertença. Compreendo que, através dos sentidos próprios que conferem à escola na aldeia, os Guarani se apropriam dela, tornando-a também sua. Certeau (1994)

diz que apropriação é o fato de um determinado setor da sociedade tomar

para si uma prática social tida como das elites e recriá-la.

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Fundamentação jurídicaFundamentação jurídica

• Constituição de 1988 (art. 210): respeito aos processos de ensino e aprendizagem

• LDBEN – 1996 (art. 19 e 78)• Plano Nacional de Educação (capítulo

específico)• Pareceres e Resoluções do CNE: garantem

legalmente a existência das escolas indígenas específicas e diferenciadas

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EscolasEscolas 2.3242.324

EstudantesEstudantes 164 mil164 mil

ProfessoresProfessores 9.1009.100

Professores indígenasProfessores indígenas 7.3007.300

 

Fonte: Censo Escolar 2005 – INEP / MEC

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Predomina entre os Guarani duas Predomina entre os Guarani duas formas de aprender: uma está ligada formas de aprender: uma está ligada

ao esforço pessoal de busca e a ao esforço pessoal de busca e a outra é a revelação.outra é a revelação.

Conhecimento = AranduConhecimento = AranduAra = tempo, dia; ñendu = sentir, Ara = tempo, dia; ñendu = sentir,

experimentar.experimentar.Arandu significa sentir o tempo, Arandu significa sentir o tempo,

fazer o tempo agir na pessoa.fazer o tempo agir na pessoa.

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• Curiosidade: “para aprender tem que perguntar”. • Observação: a pessoa é uma observadora da

natureza e das outras pessoas. • Imitação: constroem seus comportamentos

particulares, inspirando-se naquilo que a rodeia. • Autonomia: expressa a individualidade da pessoa

e o reconhecimento de cada um no coletivo. • Oralidade: presente não apenas na fala, mas na

escuta respeitosa e atenta à palavra.• O aprender: “Aprendi por mim, pela minha

cabeça”. • Respeito: não apenas às pessoas mais velhas,

mas a cada pessoa.• Silêncio: como forma de comunicação.

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A escola nas aldeias GuaraniA escola nas aldeias Guarani

• Escola para aprender a ler, escrever, falar português – “para aprender o sistema do Juruá”.

• Espaços e tempos escolares fluidos e descontínuos.

• Encantamento: envolvimento com as atividades escolares advindas da vontade de cada pessoa.

• Espaço de convivência para adultos e crianças de diferentes idades.

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O jeito Mura de educar na vida e na O jeito Mura de educar na vida e na escolaescola

• Bacia do Madeira, Amazônia, região do rio Autaz; quase de 6 mil pessoas, sendo que mais de mil freqüentam escolas Mura no município de Autazes, todas com professores indígenas.

• Jeito Mura de educar: não segmentação; abordagem integrada, holísitca; articulação escola – comunidade; escola como expressão da própria vida.

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Escola Mura...Escola Mura...

• Trabalha de forma integrada, articulando vários conteúdos.

• Profunda ligação do conteúdo escolar com a realidade vivenciada.

• Objetivos que vão além da busca de conhecimento – dinâmica, em movimento, articulada com as lutas do povo Mura.

• Decorrente das lutas diante da discriminação e tentativas de integração.

• Articula valores Mura – escola também como lugar de conversa, aconselhamento e reflexão.

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Os processos vivenciados em cada escola representam pequenas grandes mudanças

construídas cotidianamente. É preciso estarmos atentos e sensíveis para enxergá-las e interpretá-las com toda sua força e significação já que “as

inovações culturais são, por uma parte, mais freqüentes do que comumente se pensa: há

muito novo em baixo do sol. Sobretudo, se não se pensa somente nas grandes invenções

capazes de marcar por si mesmas um momento da história, se não se repara também, e

sobretudo, nas mudanças cotidianas aparentemente insignificantes” (BATALHA, 1989, p.21).