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O fim da Primeira República e a Revolução de 1930 Prof.ª Janayna Lira

Historiando sob diversos olhares

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O fim da Primeira República e a

Revolução de 1930

Prof.ª Janayna Lira

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O período compreendido entre 1919 e 1930 se caracteriza pela crise da política

oligárquica. Na década de 1920, mudanças significativas abriram espaço para o fortalecimento de novos grupos sociais, que reivindicavam participação

no poder. O resultado foi a Revolução de 1930, movimento armado que colocou fim na hegemonia das oligarquias, mas

não nas estruturas oligárquicas de poder. E tampouco conseguiu efetivar a

democratização política do país.

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O Brasil na década de O Brasil na década de 19201920

Contexto e reivindicações sociaisPolítica café-com-leite

Política de valorização do caféGrave crise financeira

Nascente burguesia industrial descontenteGrupos sociais diversos exigem maior

participação político-econômica

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A República Oligárquica em criseA República Oligárquica em crise

A insatisfação com o governo

A conjuntura de transformações sociais e econômicas caracterizou-se pelo

desenvolvimento de indústrias , pela urbanização e pela imigração de europeus.

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A República Oligárquica em criseA República Oligárquica em crise

O desenvolvimento de indústrias se deveu ao capital gerado pelo café e as iniciativas dos imigrantes. Necessidade de ferrovias para escoar a

produção cafeeira, Diversificação de investimentos estimulada

pela crise do café. Com a Primeira Guerra Mundial, as

indústrias européias concentraram-se na produção bélica, o que diminuiu a concorrência em outros ramos e estimulou a produção nacional.

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O declínio da República OligárquicaO declínio da República Oligárquica

Devido a imigração e ao desenvolvimento de indústrias, dos transportes e dos

meios de comunicação (rádio, telégrafo, jornal)as

cidades cresceram e ganharam maior

relevância

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Grupos sociais da República VelhaGrupos sociais da República Velha

A Burguesia industrial: proprietários dos cafezais (barões do café que aplicavam seu lucro em indústrias visando diversificar os investimentos) e imigrantes enriquecidos (antigos importadores).

Os operários: Não existiam leis trabalhistas e as condições de trabalho eram péssimas: salários baixos e longas jornadas.

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Grupos sociais da República VelhaGrupos sociais da República Velha

A classe média: grupo urbano que se opunha ao regime das oligarquias, tanto pela valorização excessiva do café, quanto pelas fraudes eleitorais, que vedavam a participação desta classe na política.

Os latifundiários: política de proteção ao café duramente criticada pelos grupos econômicos não ligados à cafeicultura.

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O TenentismoO Tenentismo

Série de levantes militares que eclodiram na década de 1920. Originou-se da insatisfação de jovens oficiais do Exército (Tenentes) com a política das oligarquias, que não valorizara o Exército.

Os tenentes exigiam o voto secreto, o fim da corrupção oligárquica e a centralização política.

Também reivindicavam melhores salários e mudanças na estrutura da carreira que dificultava a ascensão aos postos mais altos.

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Principais levantes tenentistasPrincipais levantes tenentistas

Revolta do Forte de Copacabana (1922) Revolução Paulista (1924) A Coluna Prestes (1925-1927)

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Aliança dos tenentes gaúchos

e paulistas que decidiram

percorrer o interior do Brasil para

divulgar os ideais tenentistas e a

insatisfação contra as oligarquias. Deslocou-se evitando o

confronto com as tropas do governo por 24 mil Km até 1927, quando seus integrantes ( cerca

de 1500) se dispersaram.

A Coluna Prestes

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Mapa: Coluna PrestesMapa: Coluna Prestes

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Fatores:

Externo: A Grande Depressão

Interno: A quebra da política do café-com-leite

“Façamos a revolução antes que o povo a faça!”

Antonio Carlos de Andrada(presidente de Minas gerais)

A Revolução de 1930A Revolução de 1930

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A Revolução de 1930A Revolução de 1930

Crise sucessória: formação da Aliança Liberal

Washington Luis apoiou o governador de SP, Júlio Prestes, desrespeitando o acordo do café com leite, que previa um candidato indicado por MG.

Oligarquias mineiras uniram-se as oligarquias do Rio Grande do Sul e da Paraíba formando a Aliança Liberal.

Apoio dos remanescentes tenentistas.

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Propagandas eleitorais Propagandas eleitorais 19301930

Júlio Prestes Aliança Liberal

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A Revolução de 1930A Revolução de 1930

Crise sucessória: formação da Aliança Liberal

A Aliança Liberal lançou como candidato a presidência, o governador do Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas. Para vice, o escolhido foi o governador da Paraíba João Pessoa.

A fraudulenta máquina eleitoral das oligarquias deu a vitória ao paulista Júlio Prestes.

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A Revolução de 1930A Revolução de 1930

Alguns setores da Aliança Liberal não aceitaram o resultado das eleições e começaram a cogitar uma revolução.

Assassinato de João Pessoa: estopim para o Golpe.O movimento golpista eclodiu em MG e no RGS e

se espalhou pelo país.

Em 24/10/1930 os rebeldes cercaram o Palácio da Guanabara e depuseram Washington Luís.

Getúlio Vargas assume o Governo Provisório.

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Oligarquias dissidentes: queriam participar do governo, sem que houvesse mudanças políticas e sociais profundas.

Burguesia industrial: queria ampliar a industrialização, mantendo os operários sob controle.

Classes médias e tenentes: defendiam o fim da corrupção, modernização política e econômica que gerasse empregos e economia interna menos dependente da externa

Operários: queriam mudanças sociais, melhorias nas suas condições de vida e trabalho, bem como participar da vida política brasileira.

Setores envolvidos:Setores envolvidos:

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Inicia-se a Era

Vargas (1930 – 1945)

Getúlio Vargas

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1930: golpe ou revolução?1930: golpe ou revolução?

Revolução ruptura total da ordem e das estruturas

(políticas, econômicas e sociais) vigentes.Golpe de Estado

tomada do poder de maneira inconstitucional, geralmente pela força.

Golpe de 1930Getúlio e a Aliança Liberal não chegaram ao

poder através de eleições, mas com o auxílio militar. Entretanto, não houve alterações significativas nas estruturas de classe do país e nem a substituição dos grupos no poder.