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D D ocumentos de Identidade ocumentos de Identidade uma introdução às teorias do uma introdução às teorias do currículo currículo Autor: SILVA, Tomaz Tadeu da Autor: SILVA, Tomaz Tadeu da Editora: Autêntica Editora: Autêntica 3ª edição, 2009 3ª edição, 2009

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DDocumentos de Identidade – ocumentos de Identidade – uma introdução às teorias do uma introdução às teorias do

currículocurrículo

Autor: SILVA, Tomaz Tadeu daAutor: SILVA, Tomaz Tadeu daEditora: AutênticaEditora: Autêntica3ª edição, 20093ª edição, 2009

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Pontos importantes do

livro,por

Joilton Lopes de Brito Lemos

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I.

Introdução

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Teorias do currículo: o que é isto?

Teorias do currículo= descobrir o real. (p.11)

1918- EUA – Currículo é estudado como um produto final. Ele visa um resultado. (p.12)

Toda teoria é uma noção particular, que pode ser aceita por algumas pessoas e outras não. (p.13)

A definição do currículo dependerá de como ele é concebido pela teoria. (p.14)

Uma definição não revela o que é realmente o currículo. (p.14)

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A questão central do currículo é saber qual conhecimento deve ser ensinado. (p.14)

O currículo é o resultado de uma seleção de conhecimento. Ele precisa justificar essa escolha. (p.15)

O currículo nasce de duas perguntas principais:

1º = O que os alunos devem se tornar? ( o currículo visa modificar as pessoas).

2º = O quê? ( o currículo escolhe o que será ensinado ). (p.15)

“Currículo” vem do latim “curriculum”, que significa “pista de corrida”. No curso desta corrida nos tornamos o que somos. O currículo forma nossa identidade e subjetividade. (p.15)

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As teorias lutam para ser hegemônicas. (p.16)

O currículo envolve SABER, IDENTIDADE e PODER. (p.16)

Existem três teorias do currículo: tradicional, crítica e pós-crítica. (p.16-17)

A teoria tradicional se diz neutra, mas as teorias crítica e pós-críticas diz que não existe teoria neutra. (p.16)

A teoria tradicional é dominada pelo Status quo, por isso só se preocupa em como transmitir o conteúdo. (p.16)

A teoria crítica e pós-crítica se preocupa não com a pergunta “o quê?”, mas com “por quê?”. Elas querem saber por que este conhecimento e não o outro deve ser incluído. (p.16)

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Conceitos das teorias do currículo (p.17):

TEORIA TRADICIONAL

Ensino, aprendizagem, avaliação,

metodologia,didática,organização,planejamento,

eficiência,objetivos.

TEORIA CRÍTICA

Ideologia, reprodução cultural e social, poder, classe

social, capitalismo, relações sociais de reprodução,

conscientização, emancipação e libertação, currículo

oculto, resistência.

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TEORIA PÓS-CRÍTICA

Identidade – alteridade - diferença , subjetividade , significação

e discurso , saber – poder, representação, cultura, gênero –

raça – etnia, sexualidade, multiculturalismo.

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II.

Das teorias

tradicionais às

teorias críticas

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Nascem os “estudos sobre

currículo”: as teorias tradicionais

O currículo existia antes mesmo de sua

denominação, pois os professores de todas as

épocas pensaram no o quê e como ensinar.

(p.21)

O currículo com o sentido que usamos hoje, só

passou a ser utilizado nos países europeus

sob influência da literatura educacional

americana. (p.21)

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Em 1918, Bobbitt escreveu nos E.U.A. o livro “

The Curriculum”, que é considerado mo marco

do currículo como um campo especializado de

estudo. (p.22)

Quando Bobbitt escreveu seu livro sobre o

currículo, a educação americana estava sendo

atacada por diferentes visões de como se

educar. Diferentes concepções de educação

estava sendo estabelecidas. (p.22)

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O livro de Bobbitt era conservador. Ele via a escola

como uma fábrica. (p.22-23)

A escola para Bobbitt deveria formar trabalhadores

aptos para o serviço. Ele queria transmitir para a

escola o modelo de organização proposto por

Frederick Taylor. (p.23)

Antes do livro de Bobbitt, john Dewey (1902)

escreveu o livro “The child and the curriculum”.

Este era mais progressista. Dewey queria uma

educação para a democracia, que respeitasse o

interesse e a experiência do aluno. (p.23)

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A visão de Bobbitt foi mais aceita do que a de

Dewey porque a visão adulta requer um

emprego para a sobrevivência. E para Bobbitt

a escola tinha que se preocupar com o

mercado, formando bons operários. (p.23)

Através da concepção de Bobbitt surgiu o

especialista em currículo. Este tinha que

organizar as habilidades para cada área e

desenvolver métodos para atingí-las. (p.24)

Em 1949, Ralph Tyler publica um livro sobre

currículo consolidando o modelo de Bobbitt.

(p.24)

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Para Tyler a escola tinha que escolher os

objetivos, realizar ações para atingí-los e

avaliar os alunos para ver se os objetivos

foram atingidos. (p.25)

O currículo clássico humanista tinha como

objetivo ensinar as obras clássicas gregas

e latinas, incluindo o domínio dessas

línguas. (p.26)

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Tanto o currículo tecnocrático, quanto o

progressista ataca o currículo clássico

humanista. O tecnocrático diz que o

conhecimento clássico não serve para o

trabalho moderno, e o progressista

argumenta que o currículo clássico

humanista não respeita o interesse da

criança, querendo transformá-la num

adulto o mais rápido possível. (p.26-27)

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Onde a crítica começa: ideologia,

reprodução, resistência

A década de 60 do século XX, foi marcada por

agitações no mundo inteiro. No campo da

educação a concepção tradicional foi posta

em xeque. (p.29)

As teorias tradicionais se preocupavam em

como fazer o currículo, já as teorias críticas

em compreender a função do currículo.

(p.30)

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Louis Althusser em seu livro “A ideologia e os

aparelhos ideológicos de estudo” (1970),

diz que a escola é um dos principais

aparelhos ideológicos. (p.31)

Althusser mostra em seu livro (1970), como a

análise marxista da educação busca saber

em que a escola contribui para que a

sociedade continue capitalista. (p.32)

Bourdieu e Passeron em seu livro “ A

reprodução” (1970), trabalham com o

conceito de Capital Cultural. Esse termo é

usado, quando a cultura passa a dar

vantagens para quem a possui. (p.34)

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Segundo Bourdieu e Passeron (1970), a escola

não faz com que os dominados tenham a

cultura dos dominantes. Pelo contrário, ela

usa a cultura dominante para excluir os

dominados. (p.35)

A escola precisa propiciar aos alunos das

classes dominadas as condições que as

crianças das classes dominantes encontra

em sua família. (p.36)

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Contra as concepções técnicas: os

reconceptualistas

No final da década de 60, a teoria tradicional

perdia sua hegemonia. (p.37)

Em países como França e Inglaterra, a teoria

educacional crítica recebeu influências da

sociologia crítica ( Bourdieu, por exemplo) e

da filosofia marxista ( Althusser, por

exemplo). (p.37)

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O movimento de reconceptualização exprimia

uma insatisfação crescente de pessoas do

campo do currículo com os parâmetros

tecnocráticos estabelecidos pelos modelos

de Bobbitt e Tyler. (p.37)

Do ponto de vista marxista, a educação

voltada para o emprego faz com que ela

esteja a serviço do capitalismo. O currículo,

neste caso, estaria servindo para a

reprodução das desigualdades de classe.

(p.38)

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É como atividade que o currículo deve ser

compreendido – uma atividade que não se

limita à nossa vida escolar, educacional,

mas a nossa vida inteira.

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A crítica neomarxista de Michael Aplle

• A Crítica neomarxista está ligada ao pensamento de Apple. p.45

• A organização da economia na sociedade capitalista afeta todas as outras esferas sociais, como a educação e a cultura. p.45

• A classe dominante vive num esforço permanente de convencimento ideológico para manter sua dominação. p.46

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• O currículo está relacionado as estruturas econômicas e sociais. p.46

• A seleção de conhecimento para o currículo reflete os interesses das classes dominantes. p.46

• Apple discute o porque da escolha de um conhecimento e não outro. p.47

• Apple critica a escola que só transmite conhecimento, para ele a escola , também, tem que produzir conhecimento. p.48

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• A entrada na universidade exige o domínio do conhecimento técnico, por isso a escola não se importa com o conhecimento artístico. p.48

• Apple trabalha em sua crítica a conexão entre

currículo e poder. p.48

• A reprodução social não é um processo tranquilo e

garantido. p.49

• O campo social e cultural não é feito só de

dominação, mas de resistência e oposição. p.49

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O currículo como política cultural: Henry Giroux

• Giroux vem trabalhando com a problemática da cultura popular. p.51

• Suas análises se tornaram mais culturais do que

educacionais. p.51

• Na análise de Giroux, diz que as perspectivas

dominantes deixam de levar em consideração o

caráter histórico, ético e político das ações humanas

e sociais e do conhecimento. p.51

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• As teorias tradicionais e o próprio currículo contribuem para a reprodução das desigualdades sociais. p.52

• Giroux se inclinou a uma posição marxista, mas

tentando evitar a rigidez econômica de alguns

enfoques.p.52

• Giroux critica as teorias pessimistas de Althusser,

Bourdieu e Passeron, Bowles e Gintis. p.52

• Giroux desenvolveu uma teoria crítica baseado no

conceito de resistência sobra a pedagogia e o currículo.

p.53

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• Em sua teoria sugere que existem mediações e ações contra a reprodução social. p.53

• Giroux compreende o currículo como um meio de

emancipação e libertação. Ele acredita na

resistência à classe dominante por parte de alunos

e professores. p.54

• Giroux acredita que as pessoas conseguem se

emancipar através da conscientização do papel

exercido pelas instituições e pelas classes sociais.

p.54

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• A concepção emancipadora e libertadora de Giroux é centrada em três conceitos: 1º- Esfera Pública = escola como espaço democrático. 2º- Intelectual Transformador = om professor deve ser visto como agente a serviço da emancipação e da libertação. 3º- Voz = os alunos precisam falar e ser ouvidos no âmbito escolar. p.54,55

• Há uma reconhecido influência de Paulo Freire na

obra de Giroux. p.55

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• Giroux vê a pedagogia e o currículo através da noção de “política cultural”. O currículo não é transmissão de conhecimento, mas, também, construção de significados e valores culturais. p.55

• Para Giroux não há muita diferença entre

pedagogia, currículo e cultura, pois o que está em

jogo nesses três campos é uma política cultural.

p.56

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Pedagogia do Oprimido versus Pedagogia dos Conteúdos

• Paulo Freire nunca escreveu propriamente sobre currículo, mas suas teorias pedagógicas trata de questões fundamentais do currículo. p.57

• Freire em Pedagogia do Oprimido fala da relação dominador/dominado. p.58

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• Freire se preocupava com a educação de adultos e critica a falta de criticidade das frases usadas na alfabetização, como: “Ada deu o dedo ao urubu” p.58

• Paulo Freire é diferente de outros acadêmicos. Ele

fale de termos humanistas como: amor, fé,

esperança, humildade. p.58

• Freire não analisa apenas a educação existente,

elabora, também, teorias de como ela deve se. p.58

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• Freire critica o currículo existente através do conceito de “Educação Bancária”. p.58

• Freire ataca o caráter verbalista do currículo, onde professores falam e alunos escutam. p.59

• Freire dá uma alternativa à “educação bancária”, no lugar desta é preciso uma “educação problematizadora”. O objeto só pode ser conhecido intencionalmente. Portanto, o aluno não pode ficar passivo. Professor e aluno precisam dialogar para conhecer. p.59

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• O conteúdo a ser ensinado deve partir de uma pesquisa feita sobre a vida dos alunos. As experiências que os alunos têm geram temas para ser ensinados. p.60

• Quando o professor ensina estes temas significativos não está doando conhecimento, mas devolvendo-o organizadamente. p.61

• Freire entende a culturea como algo desligado da natureza. A cultura é criação humana, portanto, não podemos classificá-la em erudita e popular. Nesta concepção não podemos falar de cultura, mas de culturas. p.61

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• Só os dominados podem lutar pela libertação dos homens, porque só eles têm o conhecimento da dominação, só eles sabem o que é ser oprimido. p.62

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O currículo como construção social: “nova sociologia da educação”

• A crítica do currículo na Inglaterra dava-se a partir da sociologia. p.65

• A Nova Sociologia da Educação (NSE) foi liderada por Michael Young. p.65

• Nos Estados Unidos a crítica sobre currículo tinha como referência as perspectivas tradicionais. Na Inglaterra a referência era a “Antiga Sociologia da Educação”. p.65

• A Sociologia da Educação seguia uma tradição de pesquisa empírica sobre as desigualdades poduzidas pelo sistema educacional. Preocupava-se, sobretudo, com o fracasso escolar de crianças e jovens da da classe operária. p.65

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• A antiga sociologia da educação era chamadapelos críticos de sociologia aritmética, por causa de sua ênfase empírica e estatística. p.65

• A antiga sociologia da educação não criticava o conhecimento escolar e o papel do currículo na reprodução das classes. p.65

• A “antiga” Sociologia da Educação era criticada porque se concentrava nas variáveis de entrada (classe social, renda, situação familiar) e nas variáveis de saída (resultado dos testes escolares, sucesso ou fracasso escolar), deixando de criticar mo que ocorre entre esses dois pontos. p.65

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• O programa da NSE tomava como ponto de partida o desenvolvimento de uma sociologia do conhecimento. p.66

• No quadro teórico traçado por Young, a sociologia do conhecimento escolar praticamente coincidiria com a sociologia mais geral do conhecimento. p.66

• Young critica a tendência a se tornar como dadas, como naturais, as categorias curriculares, pedagógicas e avaliativas utilizadas pela teoria educacional e pelos educadores. p.66

• A NSE não é nem filosófica, nem psicológica. p.66

• A NSE não faz propostas auternativas para o currículo. Apenas critica os já existentes. p.67

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• A NSE vê o conhecimento escolar e o currículo existentes como invenções sociais. p.67

• A questão básica da NSE era a das conexões entre currículo e poder, entre a organização do conhecimento e a distribuição do poder. p.67

• A NSE estuda as diferentes formas de estruturação e organização do currículo. A mudança no currículo significa mudança de poder. p.68

• O prestígio e a influência da NSE foi grande até o ínicio da década de oitenta, diminuindo bastante a partir daí. p.69

• A teorização da educação que estava concentrada na NSE se dissolveu numa variedade de perspectivas analíticas e teóricas. p.70

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• EM BREVE ESTARÁ DISPONÍVEL O RESTANTE DO RESUMO DO LIVRO!!