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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ELVIS ALVES DA SILVA ICTIOFAUNA LOCAL: UM ESTUDO PRÁTICO COM OS PRINCIPAIS PEIXES DE IMPORTÂNCIA COMERCIAL DO MUNICÍPIO DE IGUATU – CE IGUATU-CEARÁ 2012

Ictiofauna local um estudo prático com os principais peixes de importância comercial do município de iguatu ce - elvis alves da silva

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ELVIS ALVES DA SILVA

ICTIOFAUNA LOCAL: UM ESTUDO PRÁTICO COM OS PRINCIPAIS PEIXES DE

IMPORTÂNCIA COMERCIAL DO MUNICÍPIO DE IGUATU – CE

IGUATU-CEARÁ 2012

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ELVIS ALVES DA SILVA

ICTIOFAUNA LOCAL: UM ESTUDO PRÁTICO COM OS PRINCIPAIS PEIXES DE

IMPORTÂNCIA COMERCIAL DO MUNICÍPIO DE IGUATU – CE.

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, da Universidade Estadual do Ceará, como requisito para obtenção do título de licenciado em Ciências Biológicas. Orientador: Prof. Me. Ricardo Rodrigues da Silva

IGUATU-CEARÁ

2012

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“É peixe quando pula e descortina a clara possibilidade de mudar de opinião... É peixe quando sem ligar a seta muda o rumo inverte a coisa, embola o pensamento e então... É peixe quando anda contra o vento, desafia o sofrimento e carrega o mundo com a mão... É peixe quando anda no oceano de quarenta correntezas sem nenhuma embarcação...”.

Oswaldo Montenegro

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Dedico a mainha e painho, por me acompanhar em todos os momentos da vida e de minha trajetória acadêmica e por sempre acreditarem em mim; À minha mana Priscila por estar comigo lado a lado sempre que preciso; Ao meu avô Luis Guedes (in memorian), que sempre foi um exemplo de caráter a ser seguido; E a Sdena Nunes, que sempre me ajudou quando eu buscava auxílio.

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AGRADECIMENTOS

À Deus, que sempre me dá forças para nunca desistir dos meus sonhos;

Ao Prof. Me. Ricardo Rodrigues da Silva, por ter me orientado para a conclusão

desse trabalho, estando em disponibilidade em todos os momentos que o procurei

dispensando horas preciosas do seu tempo.

Aos meus pais Francisco Alves e Lusidéria Silva, que estão comigo em todos os

momentos, corrigindo meus erros e sempre me apoiando nas minhas decisões;

Às minhas irmãs Priscila Alves e Silvana Alves, que sempre acreditam que eu posso

ir mais longe;

À minha familia: avós, tios (as), primos (as), por confiarem e acreditarem em mim

sempre;

À Tia Verônica, por apoiar e investir em mim sempre que pode, desde quando eu

era criança;

À Sdena Nunes por me mostrar que devemos correr atrás do que queremos sem

importar aonde tenhamos que ir, por tornar-se uma amiga a quem posso contar

quando precisar, por acreditar em mim investindo no meu “saber” e por ser um

exemplo a quem quero seguir e dar a volta ao mundo.

À Profa. Alana Cecília que vem me incentivando e me acompanhando em minha

carreira acadêmica e que esteve disponível para me ajudar sempre que precisei;

À Profa. Ana Cristina que me auxiliou muito nessa pesquisa, mesmo não atuando

mais como professora da disciplina;

À todos os outros professores, Irismaura Alves, Ana Kelen, Fernando Roberto,

Môngolla Keyla, Mayle Bezerra, Carmem Rogélia, Claita, os quais tive a honra de

ser aluno, por ter me tornado amigo, por todo o conhecimento que me foi passado,

que muito mais que aulas, foram exemplos de profissional que quero seguir;

À minha amiga Jamile Dantas, por está comigo lado a lado nessa caminhada,

compartilhando alegrias, e aguentando minhas “marimbas”, porque sem ela eu não

teria chegado até aqui;

Aos amigos Flavia Assunção, Lidanete Ribeiro, Djane Assunção, Jonas Silva, pela

grande amizade incondicional desde a infância, e que sempre pude contar em

qualquer tempo;

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Às queridas Ilca Maciel, Julia Alzira e Juliana Maia, que me confortaram em

momentos difíceis que passei, sejam me aconselhando ou vivenciando uma grande

amizade;

Às minhas amigas Taciana Guedes, Jordânia Melo e Patricia Márcia, pela amizade

verdadeira, a qual compartilharam comigo muitos momentos divertidos e aventuras

por aí afora;

Aos outros colegas de turma Maiara Alves, Lucilane Tavares, Nikaelly Oliveira, Aila

Bernardo, Denis Andrade, Thamires Alves, Livia Guedes, João Vitor, Kemili Castro,

Bruna Mikaelly, Marília Alves os quais vivenciamos juntos momentos de alegria,

tensão, parceria, esperança e sem dúvida muitos sonhos;

À Theonila Cavalcante, que considero como uma mãe na Fecli, pois sempre me

tratou com carinho e atendeu meus pedidos sempre que possível;

À Magdalena, por esclarecer minhas dúvidas sempre que a procurei;

Ao Clube do Mar do Ceará, por contribuir amplamente na minha decisão sobre a

carreira que desejo seguir futuramente;

Ao CVT/Iguatu por ter cedido espaço do Laboratório de Biologia para a conclusão

desse trabalho;

E a todas as pessoas que contribuíram para a realização deste trabalho.

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RESUMO

Os peixes constituem o grupo mais antigo e numeroso dentre os vertebrados. Com importância econômica, constituem uma importante fonte alimentar e são subsídio para geração de emprego e renda. Trabalhar o assunto “peixes” em sala de aula torna-se cansativo para o aluno, principalmente de forma tradicional. Assim, a utilização de metodologias alternativas apresenta-se como um fator favorável para o processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, os objetivos desse trabalho foram realizar um estudo sobre os peixes mais comercializados no município de Iguatu/CE e transmitir esse conhecimento para os alunos do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE. Foi feito o levantamento das espécies comerciais em Iguatu/CE e logo após foi elaborado um guia ilustrado com as principais espécies encontradas. Em outra etapa foi realizado um minicurso, no qual os alunos foram submetidos a: um questionário inicial para verificação de conhecimento prévio, exposição de aula teórica, atividade prática, utilização de atividades lúdicas e um questionário de avaliação do minicurso. Foi verificado que as cinco espécies de peixes mais comercializadas em Iguatu/CE foram a tilápia, a pescada, o tucunaré, a curimatã e a traíra. O guia ilustrado foi produzido contendo informações e imagens a respeito desses peixes. Através do questionário prévio foi observado um baixo índice de respostas corretas. No entanto, através do questionário avaliativo ao final do minicurso observou-se que todos assimilaram o conteúdo transmitido. Os alunos participantes consideraram o trajeto metodológico aplicado satisfatório e o conteúdo abordado de fácil percepção e compreensão, em uma carga horária adequada ao repasse do conteúdo programático. Pode-se concluir que a comercialização de peixes é uma atividade que contribui para a economia local. A produção do guia ilustrado despontou como uma forma de mostrar de maneira simples, os resultados encontrados em uma pesquisa mais ampla. O conhecimento prévio dos alunos participantes da pesquisa sobre os peixes pode ser considerado como insatisfatório, devendo-se ao resultado de vários fatores, sobretudo das dificuldades no ensino das Ciências. O professor deve procurar os métodos e técnicas adequadas para as suas aulas. Com a participação dos alunos no minicurso foi possível verificar que, através de metodologias diversificadas, é possível atrair o aluno e despertar o seu interesse.

Palavras-chave: Peixes comerciais; Guia ilustrado; Metodologias educacionais.

 

 

 

 

 

 

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ABSTRACT

Fish are the group most ancient and numerous among vertebrates. With economic importance, constitute an important alimentary source, and are subsidies to employment generation and income. Study the subject “fish” in the classroom it becomes tiresome to students, mostly in a traditional manner. This way, the use of alternative methodologies, shows up as a favorable factor to process of education and apprenticeship. In that sense, the objectives of this study, were execute a study about most commercialized fish at Iguatu/CE and transmit this knowledge to Biological Sciences students from Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE. Was carried a survey of the commercial species in Iguatu/CE, and soon after was designed an illustrated guide with the main species occurring. In another stage was conducted a minicourse, in which students were subjected to: a first questionnaire to check previous knowledge, exposure of lecture, practical activities and a questionnaire evaluating the minicourse. It was found that the most five fish commercialized species in Iguatu/CE were tilápia, pescada, tucunaré, curimatã and traíra. The illustrated guide was produced containing informations and pictures about these fish. Through the previously questionnaire was observed a low index of correct answers. However, through the evaluation questionnaire at the end of minicourse, it was observed that all the content transmitted had assimilated. They considered satisfactory the path methodology applied, and understand, in a hour load appropriate to transfer the programmatic content. It can be concluded that the fish commercialization is an activity that contributes for the local economy. The production of illustrated guide appeared as a way to show in a simple manner, the results found in a broader research. The previous knowledge of the students participating in the research on fish can be considered as unsatisfactory, must be to the result of many factors, above all the difficulties in Science education. The teacher should seek suitable methods and techniques to his class. With the participation of students in minicourse it was verified that, through methodology diversified, is possible to attract student and arouse their interest. Key-words: Commercial fish; Illustrated guide; Educational methodologies.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11 2 OBJETIVOS .................................................................................................... 13

2.1 Objetivo Geral ...................................................................................... 13

2.2 Objetivos Específicos ........................................................................... 13

3 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................. 14

3.1 Os Peixes ............................................................................................. 14

3.1.1 Chondrichthyes ou Peixes Cartilaginosos ........................... 15

3.1.2 Osteichthyes ou Peixes Ósseos .......................................... 16

3.2 Breve histórico do estudo dos peixes .................................................. 20

3.3 Ictiofauna da caatinga .......................................................................... 22

3.4 O estudo de peixes e aplicação para o ensino .................................... 23

3.4.1 Algumas estratégias de facilitação do ensino ...................... 25

3.4.1.1 Aulas Práticas .................................................... 25

3.4.1.2 Guia Ilustrado ..................................................... 26

3.4.1.3 Atividades Lúdicas ............................................. 26

4 METODOLOGIA ............................................................................................. 28

4.1 Tipo da Pesquisa ................................................................................. 28

4.2 Caracterização da Área de Estudo ...................................................... 29

4.3 Das Atividades Práticas ....................................................................... 29

4.3.1 Do Levantamento Ictiofaunístico .......................................... 29

4.3.2 Da Elaboração e Produção do Guia Ilustrado ..................... 30

4.3.3 Da Realização do Minicurso ................................................ 30

4.4 Do Tratamento Estatístico ................................................................... 32

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................... 33 5.1 Do levantamento de espécies de peixes mais utilizadas para o

consumo humano no município de Iguatu/CE, com elaboração de um guia

ilustrado enfatizando as 05 mais comuns da região .................................. 33

5.2 Do conhecimento prévio dos alunos sobre anatomia e morfologia de

peixes, e das principais espécies comerciais que eles conhecem ............ 36

5.3 Da realização do minicurso com a utilização de atividades lúdicas .... 41

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5.4 Da avaliação do rendimento de aprendizagem dos participantes do

minicurso .................................................................................................... 43

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 46 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 47 APÊNDICES ....................................................................................................... 54

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1 INTRODUÇÃO

A Ictiologia é um ramo da Zoologia que se ocupa em estudar os peixes,

suas relações, seu comportamento e sua classificação. Constitui-se uma área de

grande importância, pois pesquisa para manutenção da atividade econômica

pesqueira e para a conservação de ecossistemas aquáticos.

Essa importância da Ictiologia como área de conhecimento, está explicita

no fato de que os peixes compõem o mais antigo e numeroso grupo dentre os

vertebrados existentes, representados por formas extremamente diversificadas e

adaptadas às mais diferentes condições ambientais (SOUZA et al., 1999). Possuem

importância ecológica e ambiental, uma vez que estão presentes na maioria das

cadeias tróficas aquáticas e mantém um equilíbrio natural no meio. Cabe ressaltar

ainda a grande relevância econômica dos peixes como importantes fontes de

alimento para os seres humanos e como subsídio à geração de emprego e renda

para a economia por causa da piscicultura.

O Brasil é considerado um dos países mais ricos em termos de

biodiversidade ictiológica, possuindo aproximadamente 2.587 espécies de água

doce (BUCKUP; MENEZES; GHAZZI, 2007) e 1.298 espécies marinhas (MENEZES

et al., 2003). O bioma Caatinga apresenta uma ictiofauna constituída por cerca de

240 espécies, distribuídas em sete ordens. Desse total, 136 são consideradas

endêmicas (ROSA, 2003).

Para muitos, trabalhar o conteúdo “peixes”, assim como outros seres

vivos, em sala de aula, de forma tradicional, muitas vezes torna-se cansativo para o

aluno. Os Parâmetros Curriculares Nacionais, PCN´s, indicam que o processo de

ensino-aprendizagem está relacionado com o incentivo às atitudes de curiosidade, à

persistência na busca das informações de preservação do ambiente, sua apreciação

e respeito à individualidade e à coletividade (BRASIL, 1998). Nesse sentido, a

utilização de metodologias alternativas torna-se um fator favorável para a

assimilação de conhecimentos pelos discentes. As aulas práticas tem se

comprovado como eficiente na busca pela aprendizagem, pois leva o aluno a manter

um contato direto com o objeto de estudo, o que incentiva seu envolvimento e sua

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participação, quando existe uma relação com o seu contexto de vida (RONQUI;

SOUZA; FREITAS, 2011).

Os guias ilustrados também representam uma ferramenta que interferem

no processo de aprendizagem, nas percepções e representações da construção do

conhecimento. Torna-se um instrumento que auxilia na construção da prática

pedagógica e promove a contextualização do cotidiano vivenciado pelos alunos, com

o conteúdo que se trabalha em sala de aula. É a produção de recursos didático-

lúdicos que promove a criatividade e desenvolve novas aptidões aos alunos,

tornando o processo de ensino-aprendizagem mais dinâmico e eficaz.

Educar e formar bons profissionais resulta de um processo que exige

novos saberes, novas metodologias e novas técnicas que visem à aprendizagem

significativa. Este trabalho pretende promover motivação, procurando contextualizar

o cotidiano, buscando ampliar o conhecimento e o senso de curiosidade sobre o

ambiente que os cerca, reconhecer os principais aspectos anatômicos, fisiológicos,

morfológicos de peixes, bem como identificar os que possuem importância

comercial, principalmente os encontrados no município de Iguatu/Ceará e

circunvizinhança. O trabalho mostra-se relevante para os estudantes de cursos

superiores de Ciências Biológicas, uma vez que atuarão como futuros profissionais

que repassarão os conhecimentos adquiridos para as próximas gerações. A

pesquisa procurou ainda despertar para o conhecimento de espécies, pretendendo

inserir a produção de um guia ilustrado, que poderia ser um elemento didático de

suma importância no processo de ensino-aprendizagem.

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2  OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral:

Realizar um estudo sobre as espécies de peixes mais comercializados no

município de Iguatu/CE e transmitir esse conhecimento para alunos do curso de

Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu –

FECLI/UECE.

2.2 Objetivos Específicos:

• Fazer um levantamento de espécies de peixes mais utilizadas para o

consumo humano no município de Iguatu/CE, elaborarando um guia ilustrado

enfatizando as 05 espécies de peixes mais comuns da região;

• Verificar o conhecimento prévio de alunos do Curso de Ciências Biológicas

da Faculdade de Educação, Ciências e Letras e Iguatu – FECLI/UECE sobre

anatomia e morfologia de peixes, assim como as principais espécies comerciais que

eles conhecem;

• Proporcionar à alunos do Curso de Ciências Biológicas da FECLI/UECE um

estudo investigativo sobre as diferenças morfológicas, fisiológicas e anatômicas das

05 espécies de peixes mais comercializado no município de Iguatu/CE, promovendo

a utilização de atividades lúdicas;

• Avaliar o rendimento da aprendizagem dos participantes em um minicurso

sobre anatomia, morfologia e fisiologia dos peixes.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Os Peixes

Os Peixes são atualmente reconhecidos como vertebrados aquáticos com

respiração branquial, membros na forma de nadadeiras, e normalmente com

escamas de origem dérmica. São considerados os organismos mais antigos e

diversificados do subfilo Vertebrata, incluído no filo Chordatha (HICKMAN;

ROBERTS; LARSON, 2004). Para Janvier (1996) os peixes não representam um

grupo monofilético, ou seja, com o mesmo ancestral comum, sendo na realidade

uma “escada” filogenética, contituída dos peixes mais primitivos como os peixes-

bruxa (Myxini), as lampreias (Petromyzontoidea), os tubarões, quimeras e raias

(Chondrichthyes), aos mais atuais, os peixes com nadadeiras raiadas (Actinoptrygii),

os celacantos (Actinistia) e os peixes pulmonados (Dipnoi), além dos grupos

extintos.

De acordo com Nelson (2006), os peixes constituem-se em um pouco

mais do que a metade do número total de aproximadamente 54.711 espécies de

vertebrados viventes reconhecidos. Há descrições de que são estimadas 27.977

espécies válidas de peixes, em comparação com 26,734 tetrápodes. Muitos grupos

de peixes estão se expandindo com a descrição de espécies identificadas

recentemente, enquanto alguns estão decrescendo, porque as espécies estão

sendo sinonimizada mais rapidamente do que os novas sendo descritas. No entanto,

o número de novas espécies de peixes descritas anualmente excede o de novos

tetrápodes.

Os agnatos são os peixes mais primitivos, também chamados de

ciclostomados, devido a sua boca ter formato circular e sem mandíbulas. São

representantes desse grupo as lampréias e as feiticeiras. Segundo Vaniel e

Bemvenuti (2006):

O corpo é fino e redondo, com ausência de dentes verdadeiros, escamas e nadadeiras pares. As brânquias encontram-se dentro de bolsas branquiais onde são realizadas as trocas gasosas. Estas bolsas têm poros para o exterior em número variado, conforme o grupo. Feiticeiras são

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exclusivamente marinhas, possuem o corpo alongado, sem escamas, vivem entocadas no fundo a grandes profundidades. Lampréias são geralmente parasitas, têm parte de sua vida entre o oceano e o rio, algumas são encontradas somente na água doce (p.6-7).

3.1.1 Chondrichthyes ou Peixes Cartilaginosos

Para Pough, Janis e Heiser (2008), os peixes cartilaginosos apareceram

pela primeira vez em um registro fóssil, no final do siluriano. As formas viventes são

divididas em dois grupos: O grupo Holocephali é representado pelos organismos que

apresentam apenas uma abertura branquial em cada lado da cabeça, são chamados

de quimeras. O grupo Elasmobranchii contém os organismos que apresentam

múltiplas aberturas brânquiais de cada lado, são os tubarões e as raias.

Quimeras são considerados fósseis vivos e alguns de seus aspectos

ainda são desconhecidos. Escamas estão ausentes e a câmara branquial é coberta

por um opérculo. Habitam águas frias em profundidades de até 1000m

(OCEANÁRIO DE LISBOA, 2012).

Os tubarões possuem escamas placóides, com uma única cúspide e uma

cavidade da polpa. Seu sistema sensorial é bem refinado, podem detectar presas

através de sensores mecânicos em sua linha lateral, e pela ampola de Lorenzini,

sensível à campos elétricos. Em baixa intensidade luminosa sua visão é bem

desenvolvida. No entanto, o primeiro dos sentidos a entrar em alerta, é geralmente,

o olfato, capaz de detectar cheiros a longa distâncias (POUGH; JANIS; HEISER,

2008). Hickman; Roberts e Larson (2004) consideram que, com exceção das

baleias, os tubarões incluem os maiores vertebrados atuais, podendo chegar a 12 m

de comprimento. Quanto à alimentação, pode se basear muitas vezes em presas 50

vezes maiores ou 1000 vezes menores que seu tamanho (ZOOMARINE, 2012).

As raias, ou arraias, têm o corpo achatado dorsoventralmente, devido a

essa característica, as fendas brânquiais estão localizadas por baixo da cabeça. As

barbatanas peitorais são expandidas, ligando-se à cabeça, gerando um formato

triangular. Algumas espécies possuem ferrões, onde se localizam glândulas de

veneno e há outras que possuem órgãos elétricos, podendo chegar a descargas de

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240 volts. O tamanho de algumas raias pode variar de alguns centímetros até cerca

de 8 m de envergadura (ANIMAIS MARINHOS - MARINE ANIMALS, 2012).

Segundo Paes e Monteiro-Neto (2009), quanto a reprodução de

elasmobrânquios (tubarões e raias):

[...] possuem fertilização interna e baixa fecundidade, produzindo um pequeno número de ovos relativamente grandes. A maioria dos tubarões e raias dão à luz a pequenos juvenis. No caso das raias [...] são envoltos por uma cutícula orgânica protetora – ovo – que possui uma série de apêndices para adesão a um substrato. Após algumas semanas ou meses, depois de consumir o vitelo, os embriões rompem a casca protetora (p.256).

3.1.2 Osteichthyes ou Peixes Ósseos

Os Osteichthyes, ou peixes ósseos, representam o maior grupo de

vertebrados, tanto em número de espécies como em número de indivíduos.

Desenvolveram uma enorme variação de formas e estruturas, se adaptando aos

ambientes de águas doces ou salgadas, sejam em águas rasas ou profundas. As

características mais marcantes dos peixes ósseos são escamas dermais, opérculo

cobrindo a câmara branquial em cada lado, esqueleto ósseo, boca terminal, vesícula

gasosa, nadadeira caudal homocerca e dois pares de nadadeiras medianas

(PORTELLA, 2011). Os peixes ósseos em seu período evolutivo se divergiram em

dois grupos principais: Sarcopterygii, peixes com nadadeiras carnosas, lobadas e

Actinopterygii, peixes com nadadeiras raiadas (INFOESCOLA, 2007).

O sistema esquelético dos peixes ósseos, de acordo com Moreira et al.

(2001), é constituído da notocorda e tecidos ósseos e divide-se em dois: o

exoesqueleto, constituído pelas escamas, as quais as mais comuns são ciclóides e

ctenóides, e apêndices de locomoção, as nadadeiras, que são em número de sete

ou oito, sendo elas peitorais, pélvicas, dorsais, anal, caudal e adiposa, quando

presente. O outro é o endoesqueleto, que se subdivide em axial, apendicular e

visceral. [...] O esqueleto axial é composto por estruturas que formam a linha longitudinal do corpo: crânio e coluna vertebral. O esqueleto apendicular são as estruturas acessórias: cinturas escapular e pélvica, membros pares e esterno, e o esqueleto visceral são os elementos de sustentação relacionados às brânquias e posteriormente as maxila e mandíbula - arcos branquiais (AVES MARINHAS, 2004. p.13).

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Em relação à pele dos peixes, Urbina e Fuentes (2002) afirmam que:

[...] se compõe de duas camadas principais: a epiderme, a mais superficial, e a derme, mais profunda. A pele protege o corpo contra os efeitos do meio externo e assegura ao mesmo tempo as funções respiratórias, excretora e osmorreguladora. As secreções das numerosas glândulas mucosas conferem ao corpo, sua característica escorregadia, cuja função consiste em reduzir o atrito e de proteção (p.10).

Para Rotta (2003) o aparelho digestório dos peixes, se subdivide em:

cavidade bucal, intestino anterior (esôfago, estômago), intestino médio (intestino) e

intestino posterior (reto). A cavidade bucal tem como função selecionar, apreender e

conduzir o alimento ao esôfago. Este por sua vez, degusta o alimento e o transporta

ao estômago, além disso, se comunica com a vesícula gasosa, auxiliando na

osmorregulação e na respiração. O estômago atua no armazenamento temporário

do alimento e funciona como mecanismo na trituração e início da digestão do

alimento. O intestino possui glândulas digestivas, onde se completa a digestão

iniciada no estômago e pode auxiliar também na osmorregulação. No reto é onde

ocorre à absorção de água e se localizam a abertura anal e a terminação dos ductos

urinários e reprodutivos. Apresentam também alguns órgãos acessórios como o

pâncreas, a vesícula biliar e o fígado. Algumas variações podem ser encontradas no

trato gastrointestinal dos peixes, geralmente isso ocorre devido ao tipo de alimento

que consome e o ambiente em que vive.

O sistema circulatório é do tipo simples e completo e consiste em um

coração com duas câmaras, um átrio e um ventrículo, e uma câmara maior, o seio

venoso. O coração bombeia e recebe sangue pobre em oxigênio. O sangue

atravessa os capilares das brânquias, onde absorbe o oxigênio e se dirige para os

tecidos. O sangue é ajudado pelo movimento dos peixes. No caso dos peixes

pulmonados, o sangue é oxigenado nos pulmões (SANTO, 2007).

Há espécies de peixes que respiram por brânquias e outras por pulmões

(dipnóicos). As brânquias são protegidas por um opérculo, que durante a respiração

se fecha, fazendo com que entre água na boca. É nas brânquias que ocorrem as

trocas gasosas, e o fluxo sanguíneo é unidirecional e oposto ao fluxo da água

(INFOESCOLA, 2007). Já os peixes pulmonado, de acordo com Vaniel e Bemvenuti

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(2006), utilizam os pulmões juntamente com as brânquias. Os peixes possuem uma

estrutura denominada bexiga natatória, que atua no armazenamento de gases,

ajustando o seu peso específico e facilitando sua flutuação (VASCONCELLOS,

2007).

O sistema excretor é responsável por regular o conteúdo de água no

corpo, regulando o estresse salino, e eliminando resíduos nitrogenados, geralmente

amônia (NH3), resultante do metabolismo protéico. Possuem um rim do tipo

mesonéfrico, com uma série de túbulos renais, que se dirigem para um único ducto

coletor comum, o ducto arquinéfrico, que se comunica com o exterior pela cloaca

(POUGH; JANIS; HEISER, 2008).

Os peixes têm um sistema nervoso bem desenvolvido e dividido em dois:

o sistema nervoso central, que é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal e

o sistema nervoso periférico, constituído pelos nervos e gânglios nervosos. Os

nervos conduzem impulsos nervosos entre o sistema nervoso central e as diferentes

partes do corpo. Os gânglios nervosos atuam como retransmissores de impulsos

nervosos. O encéfalo é onde são processadas as informações captadas pelos

órgãos dos sentidos (CIENUNB, 2011).

A visão é considerada o sentido mais ineficiente do peixe, pois é limitada

pela sua retina fraca que faz com que a distinção de objetos e outros peixes fiquem

dificultados. Em contra partida, a audição é bem aguçada, são capazes de ouvir a

longas distâncias. O olfato age conjuntamente com o paladar, portanto a percepção

de cheiro está ligada diretamente com o gosto. Além disso, apresentam uma linha

lateral, que consiste em uma série de estruturas sensoriais que detectam variações

na pressão de água ao redor, localizadas ao longo das laterais do corpo (CIENUNB,

2011).

Quanto ao padrão de reprodução e ciclo reprodutivo, o aparelho

reprodutor conta com glândulas e normalmente um par de gônadas – ovário ou

testículos. Os ovários localizam-se longidutinalmente no corpo, e desemboca por um

oviduto, e os testículos apresentam-se como estruturas alongadas, um canal

deferente sai diretamente de cada testículo e vai para a terminação da cloaca. São

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dióicos e muitas vezes apresentam dimorfismo sexual. A reprodução é sexuada e

em geral com fecundação externa. Quando a fecundação é interna a nadadeira

caudal é modificada como órgão de cópula. Há espécies ovíparas e vivíparas.

Muitos peixes de água doce realizam o fenômeno da piracema, isto é, sobem os

rios na época da reprodução (PEREIRA, 2008).

Os peixes são importantes no aspecto ecológico, por exibirem uma

notável relevância relacionada à estruturação e funcionamento de ecossistemas [...],

ocorrendo em diversos níveis tróficos, desde detritívoros e consumidores primários

até predadores de topo (MACHADO; DRUMMOND; PAGLIA, 2010). Podem afetar a

abundância, a composição em espécies e a distribuição de comunidades de algas,

zooplâncton e invertebrados (HELFMAN et al. 1997).

A principal diferença entre peixes marinhos e de água doce refere-se ao

equilíbrio osmótico. Os de água doce possuem o conteúdo salino maior que o do

ambiente (hipertônico), ocorrendo o inverso, com as formas marinhas (hipotônico).

Segundo Araújo (2012):

A água entra nos peixes de água doce, pelas membranas semipermeáveis das brânquias e da boca, ao passo que tende a deixar o corpo nas formas marinhas. Nas formas de água doce, o excesso de água é excretado pelos rins e os sais são mantidos nas concentrações apropriadas pela absorção por células especiais das brânquias. Nas espécies marinhas, a deficiência é evitada pela deglutição e absorção de água do mar, juntamente com os sais, pelo intestino. O excesso de sais é eliminado por células secretoras das brânquias. Os rins dos peixes de água doce têm glomérulos bem desenvolvidos, para filtrar grandes quantidades de água, mas nas formas marinhas os glomérulos são reduzidos e pouca água é eliminada sob a forma de urina (p.2).

Sobre os peixes de água doce, de acordo com Britski (1994):

Podem ser divididos em dois grupos: fluviais e lacustres. Os fluviais têm o corpo adaptado à natação em águas correntes e velozes, são musculosos [...], alguns saltam grandes desníveis [...]. Os lacustres têm preferência por lagoas e açudes, ou até mesmo remansos naturais ou artificiais, têm hábitos tranquilos, são péssimos nadadores [...], alguns sobrevivem, na época das secas, enterrados no lodo (p.45).

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3.2 Breve histórico do estudo dos Peixes

A Ictiologia é o estudo científico dos peixes. Este estudo pode incluir a

classificação de espécies, anatomia, percurso de vida, comportamento, fisiologia,

ecologia, manutenção de aquários, criação de peixes e sua conservação.

A Ictiologia tem uma história milenar, que remonta à antiguidade pré-

clássica e clássica, nomeadamente às civilizações egípcia e grega (INSTITUTO

CAMÕES, 2003). Para Barton (2007), os primeiros ictiologistas foram caçadores e

coletores que aprenderam como obter o mais útil da pesca, como consegui-la em

abundância e em que época poderia estar disponível.

A história da Ictiologia começa provavelmente entre os anos de 384 e 332

a.C. Nesse período, o filósofo grego Aristóteles descreveu aproximadamente 115

espécies de peixes existentes no mar Egeu (SILVA; TEIXEIRA, 2010).

Os primeiros estudos sistemáticos de observação de peixes datam do

século XVI, quando foram classificadas espécies do Mar Mediterrâneo. No século

XVII foram feitos alguns trabalhos de classificação de peixes a partir das suas

características estruturais. No entanto, foi no século XVIII que o sueco Peter Artedi

(1705-1735), considerado por muitos o pai da Ictiologia, realizou estudos

sistemáticos sobre o relacionamento das espécies e a sua classificação em grupos.

Lineu (1707-1778) tornou-se amigo de Artedi, cujo trabalho de classificação

denominada Ichthyologia, veio a publicar em 1738. Ao longo dos séculos XIX e XX a

classificação de espécies e a sua ordenação em grupos hierarquicamente

organizados foi sendo aperfeiçoada e alargada por vários cientistas (INSTITUTO

CAMÕES, 2003).

De acordo com Santos (2007) a Ictiologia brasileira é comumente dividida

em três períodos: o primeiro, iniciado em meados do século XVII é caracterizado

pelas descrições dos grandes peixes. O segundo durou até final do século XIX, é

caracterizado pelo aumento vertiginoso das descrições sobre peixes de diversos

grupos. O terceiro período, iniciado em meados do século XX e que dura até os dias

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21  

 

atuais, é caracterizado menos por descobertas e mais pelo refinamento dos métodos

e técnicas descritivas.

O registro ictiológico brasileiro mais antigo é o do naturalista alemão

Georg Marcgraff (1610-1644), que conseguiu catalogar algumas dezenas de

espécies no nordeste do país. Nos séculos seguintes, outras expedições europeias

vieram em busca de novos conhecimentos e diversos autores publicaram

informações sobre peixes marinhos brasileiros.

Johan von Spix e Karl von Martius, em sua expedição pelo Brasil, coletaram espécimes zoológicos durante os anos de 1818 e 1819 em diversas localidades do bioma Caatinga, nos estados da Bahia, Pernambuco, Ceará, Piauí e Maranhão[...] E foram trabalhados posteriormente na Selecta genera et species piscium Brassiliensium, entre 1829 e 1831 (PAIVA; CAMPOS, 1995. p.150).

Entre 1859 e 1861 o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, coletou

espécies de peixes de água doce no Ceará. No início do século XX, Steindachner,

em percurso pelos rios São Francisco e Paraíba, coletou outras diversas espécies

de peixes (ROSA, 2003). Foi durante esse período também que surgiram as

primeiras publicações ictiológicas de autoria de um brasileiro. O zoólogo Alípio de

Miranda Ribeiro (1874-1939) publicou um catálogo em cinco volumes, denominado

Fauna Brasiliense, registrando mais de 370 espécies de peixes marinhos do Brasil.

Atualmente pesquisadores da área de ictiologia trabalham ligados a museus ou

Universidades que mantêm coleções científicas (GUIMARÃES et al., 2001).

Os trabalhos mais recentes incluem, contribuições sobre peixes anuais da

família Rivulidae, descrição de novas espécies e revisões sistemáticas. No entanto,

a maioria dos trabalhos realizados sobre a ictiofauna de água doce no nordeste, vem

se esbarrando em problemas taxonômicos ou em procedência do material (ROSA,

2003).

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22  

 

3.3 Ictiofauna da Caatinga

Segundo Uieda e Castro (1999), a América do Sul apresenta,

[...] a fauna de peixes de água doce mais rica do mundo, com uma grande diversidade morfológica e adaptativa. No Brasil, cerca de 85% das espécies são de peixes de água doce, e o restante são peixes de grupos marinhos que invadiram a água doce (p.12).

No semiárido brasileiro, as espécies de peixes que ocorrem resultam de

processos evolutivos nas condições ambientais como fatores climáticos e regime

hidrológico da região. No entanto, a influência humana através de alterações

ambientais e introdução de espécies alóctones, levaram possivelmente a uma

modificação na estrutura da fauna original (ZANATA; SANTOS, 2006).

O conhecimento da ictiofauna do semiárido, está sendo ampliando no que

se refere a coleta e descrições de espécies, revisões sistemáticas, citações ou

compilações de espécies de peixes para a região. Aproximadamente 240 espécies

ocorrem na Caatinga, das quais 136 são consideradas endêmicas e 9 foram

introduzidas. Em um período de cinco anos, de 2001 a 2006, o número de espécies

de peixes reconhecidas na Caatinga aumentou em quase um terço. No ano 2000,

por exemplo, conhecia-se apenas 185 tipos. Contudo, a riqueza ictiofaunística da

Caatinga, quando comparada com outros biomas, possui um número reduzido de

espécies. Dos peixes da Caatinga, 8 encontram-se na Lista Nacional das Espécies

Peixes Ameaçadas de Extinção, publicada em 2004 pelo Ministério do Meio

Ambiente (LEITE, 2006).

Até 1935, considerava-se que as espécies de peixes no semiárido com

importância comercial, eram apenas 10. Com isso, durante as décadas seguintes, ocorreram estudos com o objetivo de transplantar espécies oriundas de outras

bacias hidrográficas. Foram trazidas espécies como pescada cacunda (Plagioscion

surinamensis), pescada do Piauí (P. squamosissimus), piau verdadeiro (Leporinus

elongatus), apaiari (Astronotus ocellatus), pirarucu (Arapaima gigas), tucunaré

comum (Cichla ocellaris), tilápia do Congo (Tilápia rendalli), tilápia do Nilo

(Oreochromis niloticus), tambaqui (Colossoma macropomum), carpa comum

(Cyprinus carpio vr hungaricus), entre outras (SAMPAIO, 2008).

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23  

 

O bioma Caatinga possui algumas bacias hidrográficas, entre elas

encontra-se a do Rio Jaguaribe, que é considerado o maior curso de água em

território cearense, com 610 km de extensão e com uma bacia hidrográfica de

80.000 km². No entanto, ainda são escassos os trabalhos voltados para o

conhecimento ictiofaunístico desse curso de água. Em um estudo realizado no

estuário do Rio Jaguaribe, que apresenta ampla variação de salinidade, demonstrou

que num total de 85 espécies encontradas, 20 são típicas de água doce (ALVES;

SOARES FILHO, 1996).

O conhecimento sobre a diversidade ictiofaunística de água doce no

bioma Caatinga de modo geral, ainda é incipiente e apesar de inventários já terem

sido realizados, ainda são escassos (PAIVA; CAMPOS, 1995).

3.4 O estudo de peixes e aplicação para o ensino

À Ictiologia, cabe estudar os peixes e suas características biológicas,

etológicas e ecológicas. Como os peixes são valorizados pelo homem em vários

aspectos, a Ictiologia torna-se uma área de conhecimento de grande importância. O

conteúdo “peixes” pode ser trabalhado em várias disciplinas, em diversos cursos

superiores, entre eles Oceanografia, Engenharia de Pesca e Biologia. Geralmente

esse assunto ainda permanece restrito às aulas tradicionais, o que na maioria das

vezes, de certa forma deixa o aluno exaustivo e desmotivado, principalmente

quando, por parte do docente, falta uma motivação ou não há um empenho em

contextualizar com o cotidiano do discente.

Relacionar os conteúdos aprendidos em sala de aula com a vivência do

seu cotidiano, realmente é um dos maiores desafios encontrados pelos alunos,

(DIAS et al, 2010). Piaget (1977) afirma que o meio pode vir a funcionar como

estímulo à aprendizagem. Nesse sentido os professores de Biologia devem

apresentar os conteúdos de uma forma em que o aluno possa associá-lo a sua

realidade (BRASIL, 1998).

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24  

 

Segundo Borges e Lima (2007) o Ensino de Biologia que se encontra

atualmente privilegia o estudo de conceitos, linguagens e metodologias desse

campo do conhecimento, isso pode tornar o processo de aprendizagem pouco

eficiente, para o aluno conseguir interpretar e intervir na sua realidade. Esse mesmo

autor afirma que para atender as demandas atuais exige-se:

[...] uma reflexão profunda sobre os conteúdos abordados e sobre os encaminhamentos metodológicos propostos nas situações de ensino. [...] As atuais necessidades formativas em termos de qualificação humana, pressionadas pela reconfiguração dos modos de produção e explicitadas nos PCNs, exigem a reorganização dos conteúdos trabalhados e das metodologias empregadas, delineando a organização de novas estratégias para a condução da aprendizagem de Biologia (p.166 e 168).

O atual processo de ensino-aprendizagem requer que o conhecimento do

aluno esteja contextualizado e inserido em seu ambiente (BRASIL, 1998). Para

Krasilchik (2004), a Biologia pode ser uma das disciplinas mais relevantes e

merecedoras da atenção dos alunos, ou uma das disciplinas mais insignificantes e

pouco atraentes, dependendo do que for ensinado e de como isso for feito. Banet e

Ayuso (2000) afirmam que as estratégias de ensino tradicionais têm pouco efeito na

aquisição conceitual dos estudantes e sugere que se modifiquem as práticas

pedagógicas por meio de novas estratégias de ensino. Entretanto, para alcançar os

objetivos dos PCN’s, as aulas teóricas são de fundamental importância, pois são

nelas que se garante o domínio de conteúdo e de técnica, para alcançar a

alfabetização científica, além de representar a comunicação na sua forma mais

fundamental (BARBOSA, 2011).

No sentido de facilitar o processo de aprendizagem do aluno,

principalmente no desenvolvimento dos conteúdos de Biologia, os PCN’s propõem

diversas metodologias, enfatizando o professor como o mediador. As Orientações

Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006) apontam como propostas,

atividades como: a experimentação, projetos, jogos, seminários, debates,

simulações e cita que:

A adoção dessas estratégias e propostas de atividades depende, na verdade, da capacidade do professor de perceber que o centro da aprendizagem é o aluno, que deixa de ser um mero receptor passivo das informações e passa a ser o elemento ativo de sua aprendizagem (p.30).

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25  

 

3.4.1 Algumas estratégias de facilitação do ensino 3.4.1.1 Aulas Práticas

A vivência com aulas do tipo prática vem sendo considerada cada vez

mais importante, uma vez que o Ensino de Ciências deve ter como sentido principal

a compreensão da natureza.

De acordo com Monteiro e Montenegro (2008) as atividades práticas

permitem aos alunos uma observação e compreensão mais clara dos assuntos que

são abordados em aula. Dessa forma, o aluno é capaz de aprender de uma forma

crítica e reflexiva. Ronqui; Souza e Freitas (2011) consideram como principais

funções das aulas práticas:

Estimular a curiosidade científica, [...] desenvolver a capacidade de resolver problemas, [...] e as habilidades de modo a permitir que os alunos tenham contato direto com fenômenos, manipulando os materiais e equipamentos e observando organismos. Além disso, é nas aulas práticas que os alunos enfrentam resultados não previstos, cuja interpretação desafia sua imaginação e raciocínio (p.1).

De forma prática, o processo de aprendizagem não se dá apenas pelo

fato do aluno ouvir o professor ou apenas folhear o caderno ou o livro didático, mas

deve estabelecer uma relação teórico-prática, objetivando não uma comparação,

mas provocando o interesse nos alunos, gerando discussões e assim garantindo um

maior rendimento nas aulas (POSSOBOM; OKADA; DINIZ, 2002). As Orientações

Curriculares para o Ensino Médio (2006) deixam claro que:

[...] a proposta de práticas que apenas confirmem a aula teórica é rotina comum nas aulas de Biologia, mas deve ser evitada tanto quanto possível pelo professor. As aulas práticas, longe de constituírem mera confirmação dos fenômenos ensinados na teoria, devem desafiar o aluno a relacionar informações (p.31).

É necessário destacar ainda que, segundo Barbosa (2011), para que uma

aula prática se sobressaia de uma forma proveitosa e atrativa, deve haver uma

preparação seguindo determinados passos, como por exemplo, “a escolha de

técnicas adequadas, a adequação do tempo da aula à sua execução, o domínio do

conteúdo e da técnica”.

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26  

 

3.4.1.2 Guia Ilustrado

Trata-se de uma ferramenta visual que promove uma apresentação

progressiva de determinado assunto. Por possuir de certa forma, interdependência

entre suas páginas, possibilita uma melhor organização do que se está expondo e

proporciona o rumo que deve ser tomado, procurando evitar dispersão ou confusão.

É capaz ainda de promover uma síntese do assunto, facilitando a aquisição de

conhecimentos principais (CAIRES, 2007).

Compõe-se, basicamente, de ilustração e texto, podendo apresentar fotografias, mapas, gráficos, cartazes, letreiros ou qualquer outra informação útil à exposição de um tema. As ilustrações devem ser bem simples, atraentes, visíveis que espelhem a realidade e podem ser retiradas de livros, revistas ou ser desenhadas (FREITAS, 2007. p. 42).

Os guias ilustrados podem ser considerados como uma estratégia

pedagógica de suma importância para o processo de aprendizagem, pois sugere

que o aluno busque as percepções e representações para construção do seu

conhecimento. Além do mais, promove a contextualização do cotidiano do aluno,

com o conteúdo de sala de aula. Tornando-o um instrumento de auxílio na

construção da prática pedagógica.

3.4.1.3 Atividades Lúdicas

Segundo Ferreira (1995) o lúdico refere-se a, aquilo que tenha caráter de

jogos, brinquedos, divertimento. Atualmente as experiências realizadas através de

atividades lúdicas têm se demonstrado bastante positivas. A inclusão da ludicidade

no processo de ensino-aprendizagem, para Santana e Wartha (2006), é uma

estratégia que busca o desenvolvimento pessoal e procura estimular o aspecto

cooperativo do aluno, aprendendo de uma forma prazerosa. Há várias formas de

atividades lúdicas que podem estar presentes no contexto educacional, entre elas os

jogos, as histórias, as dramatizações, as músicas, as danças e as canções, além de

outras manifestações (DOHME, 2003).

Rieder; Zanelatto e Brancher (2005), considerando o jogo como uma

ferramenta didática, pensam que o jogo atua como um meio educacional e deixam

de lado a questão do jogo por si só, e quando há um planejamento adequado, torna-

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se um recurso hábil para a aquisição de aprendizagem. As atividades lúdicas

promovem o raciocínio, a criatividade e o aprendizado, e dessa forma, estimulam o

interesse do aluno, e também do professor, no sentido de ampliar sua aptidão em

resolver problemas.

Na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade, mas sim o que dela resulta, a própria ação, o momento vivido. Com o jogo ela aprende a aceitar regras, esperar sua vez, aceitar o resultado, lidar com frustrações e elevar o nível de motivação (MOURA et al, [s.d.]. p. 2).

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28  

 

4 METODOLOGIA 4.1 Tipo da Pesquisa

Trata-se pesquisa com caráter quali-quantitativa com uma abordagem

exploratória.

Segundo Marconi e Lakatos (2006), os estudos exploratórios são

investigações de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de

um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar familiaridade

do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma

pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos. Para Gil (2002) a

pesquisa com caráter exploratório tem como objetivo proporcionar uma maior

familiaridade com o problema, com o propósito de torná-lo mais explícito. No caso

da pesquisa tratada neste trabalho, envolve levantamento bibliográfico e entrevistas

com pessoas que conhecem o tema abordado, isto é, aqueles que comercializam os

peixes de procedência regional, que serão utilizadas como base para a produção do

guia ilustrado.

A pesquisa quantitativa trata-se de um método que se apropria da análise

estatística para o tratamento dos dados. Deve ser aplicado nas seguintes situações:

quando é exigido um estudo exploratório para um conhecimento mais profundo do

problema ou objeto de pesquisa e quando é necessário o diagnóstico inicial da

situação (FIGUEIREDO, 2007). Esta pesquisa apresentará também um perfil

quantitativo, uma vez que, deverão ser analisados os números obtidos através dos

dois questionários realizados com os alunos e nos quais se encontrarão as

conclusões mediantes as respostas.

A pesquisa qualitativa possui características básicas como a interpretação

dos fenômenos e a atribuição de significados. Não se utiliza de métodos e técnicas

estatísticas. A coleta de dados tem como fonte direta o ambiente natural e os dados

são analisados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais

de abordagem (MORESI, 2003).

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4.2 Caracterização da Área de Estudo

O município de Iguatu está localizado na região Centro-Sul do estado do

Ceará (06°21'32" S 39°17'56” O), apresentando uma área de aproximadamente 1

029,002 km² e a população conta atualmente com 96.495 habitantes (BRASIL,

2010). O nome Iguatu tem origem indígena que significa "água boa" ou "rio bom”

(IGUATU, 2012). Está inserido na Bacia Hidrográfica do Alto Jaguaribe com outros

24 municípios, correspondendo a 16,56% do território cearense. O maior

reservatório em acumulação de água desta bacia é o Açude Orós localizado na

cidade do mesmo nome (CEARÁ, 2012).

Suas principais fontes de água são Rio Jaguaribe, Rio Trussu e diversas

lagoas destacando-se a do Iguatu (a de maior acumulação d’água natural do

estado), e como principal açude, o Trussu. Além destes, podem ser citado outros

corpos de água, nos quais há a criação de peixes, com os açudes do Retiro, do

Riacho Vermelho, do Governo, e as lagoas do Barro Alto, do Baú e do Saco. Para os

moradores das localidades onde estão inseridos esses corpos hídricos, essa

atividade é uma fonte bastante rentável (BARBOSA, 2011). Outros açudes

importante para a piscicultura na região são o Açude de Orós (Orós), do Muquén

(Cariús) e do Ubaldinho (Cedro).

4.3 Atividades Práticas 4.3.1 Levantamento Ictiofaunístico

Foi realizado um levantamento das espécies de peixes comercializadas

para consumo humano no município de Iguatu. Com o propósito de obter

informações foram visitados estabelecimentos que comercializam variedades de

pescados na sede do município. Essa visita foi realizada no mês de setembro de

2012, em um período de três dias, com aplicação de questionário semi-estruturado

aos comerciantes (apêndice A), obtendo-se oito questionários respondidos em oito

estabelecimentos distintos, nos quais três peixarias, um açougue, um supermercado,

uma mercearia e duas bancas em feira livre.

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30  

 

Após o levantamento dos dados, referente ao questionário realizado com

os comerciantes, deu-se início a produção de um guia ilustrado com as espécies

citadas no questionário, e foram escolhidas as cinco espécies mais comercializadas,

a fim de transmitir um estudo com um grupo de alunos do Curso de Ciências

Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE.

4.3.2 Elaboração e Produção do Guia Ilustrado

A elaboração do guia ilustrado deu-se início após a verificação dos dados

apresentados no questionário realizado com os comerciantes de peixes,

identificando-se as espécies encontradas e quais são as características da região.

Como uma ferramenta didática, o guia ilustrado foi trabalhado

posteriormente, na realização do minicurso e servirá de acervo didático para a

Coordenação de Ciências Biológicas da FECLI/UECE. O guia ilustrado foi produzido

e custeado pelo aluno pesquisador do projeto.

4.3.3 Realização do Minicurso

Com o objetivo de despertar em alunos do Curso de Ciências Biológicas

da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE um

interesse maior sobre o tema abordado, possibilitando uma aprendizagem mais

significativa, sobretudo relacionada aos peixes de importância regional, foi realizado

dois minicursos, cada um com carga horária de quatro horas, no mês de outubro de

2012.

A realização dos minicursos deu-se em dois turnos, um no turno da

manhã e outro no turno da noite, a fim de facilitar a participação de alunos no contra-

turno de seu horário de aula. Houve divulgação através de exposição de cartazes no

mural da faculdade, que continha informações sobre inscrições, número de vagas e

horários. O intuito era atingir o maior número de participantes possíveis dentro do

número de vagas.

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31  

 

O minicurso estruturou-se nas seguintes etapas:

a. Avaliação de conhecimento prévio dos alunos sobre anatomia e morfologia de peixes

Antes de ensinar um novo conteúdo aos alunos, deve-se averiguar se

eles apresentam subsunçores específicos, se são suficientes para o assunto

objetivado ou se estes devem ser criados pelo professor (MOREIRA; MANSINI,

2011). Com o propósito de verificar o conhecimento prévio dos alunos do Curso de

Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras e Iguatu –

FECLI/UECE sobre o assunto em estudo houve a aplicação de um questionário, no

início de cada minicurso. O questionário continha três (03) perguntas subjetivas,

conforme apêndice B.

b. Exposição de aula teórica com utilização do guia ilustrado já produzido;

Nessa fase, inicialmente foi feita uma pesquisa bibliográfica, a fim de

buscar subsídios para adquirir uma quantidade maior de informações relacionadas

ao tema “peixes”, que foram repassadas aos alunos.

Ainda nessa etapa, foi utilizado o guia ilustrado já produzido, afim de obter

um estudo mais detalhado das espécies encontradas regionalmente.

c. Atividade prática com dissecação das espécies em estudo;

Essa fase do minicurso consistiu na realização de atividade prática,

através da dissecação de uma entre as cinco espécies de peixes mais

comercializadas no município de Iguatu/CE, e teve o objetivo de promover uma

investigação experimental aliando o conhecimento prático ao teórico.

d. Utilização de atividades lúdicas relacionadas ao tema

O propósito dessa etapa do minicurso foi de estimular a motivação dos

alunos a elaborarem e produzirem material para atividades lúdicas. Os recursos

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didático-lúdicos são instrumentos de motivação de aprendizagem, que visam o

desenvolvimento pessoal estimulando o processo de construção do conhecimento.

Os alunos foram instruídos a participar de algumas atividades dinâmico-

educacionais, como quebra-cabeça e jogo da memória.

e. Avaliação do minicurso.

Após o término da carga horária determinada para a realização do

minicurso, os alunos participantes responderam a um questionário (Apêndice C)

contendo oito(08) perguntas, abordando aspectos referentes à avaliação do

minicurso de uma forma geral, como aquisição de conhecimento, aproveitamento,

carga horária, repasse de conteúdos, metodologia empregada.

4.4 Tratamento Estatístico

Todo procedimento estatístico foi realizado, predominantemente, através

da análise descritiva dos dados.

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33  

 

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 5.1 Levantamento de espécies de peixes mais utilizadas para o consumo humano no município de Iguatu/CE, com elaboração de um guia ilustrado enfatizando as 05 mais comuns da região.

A piscicultura é considerada o maior agronegócio do mundo. No Brasil, o

Ceará é o maior produtor de tilápia, produzindo anualmente em média 22 a 24 mil

toneladas. A região Centro Sul cearense mostra um grande potencial por possuir

açudes de médio e grande porte. O SEBRAE e a EMATERCE apoiam encontros

regionais que promovem a avaliação de projetos de produção de pescados em

cativeiro, nos açudes de Orós, Trussu, Muquém, entre outros (SEBRAE, 2009).

As espécies comercializadas referidas nos questionamentos foram na sua

maioria de água doce capturadas nos açudes regionais: Açude de Orós, localizado

na cidade de mesmo nome; Açude Roberto Costa (Trussu) no município de Iguatu;

Açude de Feiticeiro, situado em Feiticeiro, Jaguaribe; e Açude Castanhão, localizado

em Nova Jaguaribara.

Para esses açudes as espécies registradas foram: Tilápia (Sarotherodon

niloticus), Pescada (Plagioscion squamosissimus), Curimatã (Prochilodus lineatus),

Traíra (Hoplias malabaricus), Tucunaré (Cichla ocellaris), Carpa (Cyprinus carpio),

Piau (Leporinus friederici), Tambaqui (Colossoma macropomum) e Carí

(Hypostomus affinis). No entanto, foram citadas nos questionários algumas espécies

oriundas de água salgada, sendo transportadas da capital Fortaleza, foram elas:

Cavala (Scomberomorus cavalla), Merluza (Merluccius hubbsi) e Pargo (Pagrus

pagrus).

As cinco espécies mais comercializadas em Iguatu citadas no

questionário e sua distribuição em relação ao açude de origem podem ser

observadas no gráfico 1.

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34  

 

0

1

2

3

4

5

Açude Orós Açude Trussu Açude Feiticeiro Açude Castanhão

Qua

ntid

ade

de c

itaçõ

es d

as e

spéc

ies

Açude de origem

Tilápia

Curimatã

Pescada

Tucunaré

Traíra

Gráfico 1. Distribuição das cinco espécies mais comercializadas por açude de origem.

É possível identificar no gráfico que no Açude de Orós houve frequência

total das 5 espécies mais citadas. Segundo Kubitza (2011), só para a espécie

Tilápia, o açude de Orós reúne aproximadamente 6.200 tanques-rede, estimando

uma produção média mensal de 15 toneladas. O açude Trussu apresentou um maior

número de citações para as espécies Tilápia e Tucunaré, apesar de ter ocorrido uma

queda de cerca de 90% na quantidade de captura do Tucunaré nos açudes públicos

da região (BARBOSA, 2011). Cabe ressaltar que a comercialização dos peixes

citados depende da disponibilidade e da época de captura ao longo do ano.

Para Campeche (2011), tendo a Caatinga de um modo geral como local

de pesquisa, foram consideradas como as principais espécies de importância social

e econômica: o surubim (Pseudoplatystoma corruscans), o pacamã (Lophiosilurus

alexandri), o curimatã (Prochilodus sp.), o piau (Leporinus sp.) e o dourado (Salmius

franciscanus). A importância social dessas espécies está relacionada ao hábito

alimentar das populações ribeirinhas dos rios existentes nesta região. A econômica,

por sua vez, está vinculada à comercialização dessas espécies nos mercados locais

da região, porém o manejo destas espécies nos rios da Caatinga ainda é em

pequena escala. BENTO; BEMVENUTI (2008), realizaram um estudo em sua região,

Pelotas-RS, no qual identificou que as cinco espécies mais pescadas estudadas por

Page 36: Ictiofauna local um estudo prático com os principais peixes de importância comercial do município de iguatu ce - elvis alves da silva

35  

 

ele, também são aquelas que contribuem diretamente na subsistência da

comunidade de pescadores.

Após a observação dos dados obtidos nos questionários com os

comerciantes de peixes foi produzido o guia ilustrado com um total de 15 páginas. O

guia ilustrado apresenta uma breve introdução sobre o histórico da cidade de

Iguatu/Ceará, local de desenvolvimento da pesquisa, e uma sequência de páginas

abordando informações de 07 espécies, das 09 citadas nos questionários, de peixes

de água doce. As espécies foram selecionadas de acordo com a sua frequência de

ocorrência na coleta. O guia ilustrado pode ser observado no apêndice E.

O guia ilustrado foi elaborado na forma de álbum, recortado em formato

de um peixe, contendo textos e imagens para cada espécie selecionada, as quais

para Sartori e Roesler (2005), é uma forma excelente de atrair o leitor, desde que

estejam diretamente relacionadas ao objeto de estudo. Os textos apresentaram

informações explicativas a respeito de anatomia, fisiologia, morfologia, além de

dados sobre habitats e alimentação, das espécies de peixes mais frequentes de

origem regional. Esses dados foram obtidos através de pesquisa bibliográfica ou

fornecidos pelos próprios comerciantes. Ao final, o guia ilustrado apresenta imagens

de alguns açudes, onde os peixes citados são encontrados com frequência.

Foram produzidos 04 exemplares do guia ilustrado, dois foram utilizados

posteriormente durante o minicurso, um no turno manhã e outro no turno noturno,

havendo um sorteio do guia ilustrado entre os participantes ao final de cada

minicurso. Os outros exemplares servirão como acervo didático para a Biblioteca da

FECLI/UECE.

De acordo com Sales (2005), a utilização de material impresso em formas

alternativas, como o guia ilustrado ou álbum seriado, é capaz de facilitar o processo

de ensino-aprendizagem, se utilizado de maneira correta pelo educador, como por

exemplo, de acordo com a forma que foi trabalhada durante o minicurso, utilizando

um único exemplar um grupo de pessoas, isso permite de certa forma que a

atividade ganhe mais dinamismo e produtividade.

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36  

 

5.2 Conhecimento prévio dos alunos sobre anatomia e morfologia de peixes, assim como as principais espécies comerciais que eles conhecem.

O questionário apresentava 03 questões sobre peixes: a 1ª relacionada à

anatomia externa, a 2ª sobre a anatomia interna, com o intuito de identificar o que

alunos do Curso de Ciências Biológicas da FECLI/UECE sabiam sobre aspectos

anatômicos e morfológicos de peixes, e a 3ª pergunta questionava os participante

sobre as espécies de peixes de importância comercial, a fim de verificar quais as

espécies eles conheciam.

ü Quando avaliados sobre a anatomia e morfologia externa e interna dos

peixes

Na primeira questão havia 8 campos para o participante identificar a

estrutura indicada por uma letra de A a H. Do total de participantes (10), 4

responderam todas as alternativas e 6 não responderam pelo menos um dos

campos sem preenchimento. Sendo que desse total, 30% preencheram

corretamente todas as 8 letras, 40% responderam corretamente 5 estruturas, 20%

identificaram 4 e 10% não conseguiu identificar nenhuma estrutura (Gráfico 2). Vale

salientar que as respostas deixadas pelos participantes, consideradas como

sinônimo foram aceitas também como corretas.

As estruturas correspondentes às letras deveriam ser identificadas da

seguinte forma: A – olho; B – boca; C – nadadeira peitoral; D – nadadeira anal; E –

nadadeira caudal; F – linha lateral; G – Nadadeira dorsal; H – opérculo.

A análise do questionário permitiu constatar uma maior falta de

conhecimento sobre as estruturas F e G, uma vez que a letra F tratou-se da linha

lateral, estrutura que não foi lembrada pela maioria. Já a letra G referiu-se a um tipo

de nadadeira. Ainda nessa questão, os alunos apresentaram um conhecimento um

pouco mais amplo em relação às estruturas A, B e E, uma vez que, trataram-se

respectivamente de olho, boca e nadadeira caudal.

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37  

 

A B

C

D

E

F G

H

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100Po

rcen

tage

m d

e id

entif

icaç

ãope

los

parti

cipa

ntes

Estruturas anatômicas externas do peixe de água doce

Olho

Boca

Nadadeira Peitoral

Nadadeira Anal

Nadadeira Caudal

Linha lateral

Nadadeira Dorsal

Opérculo

 Gráfico 2. Percentual dos participantes que identificaram corretamente as estruturas externas.  

Para a segunda questão foram propostos 17 campos, nos quais os

participante deveriam identificar cada estrutura correspondente as letras de A a Q.,

A maior quantidade de opções preenchidas corretamente, foram 12, perfazendo um

total de 20% dos participantes, a porcentagem de participante que respondeu 11, 10,

2 e 0 campos de preenchimento foram 10% cada, e 40% conseguiram identificar 3

estruturas (Gráfico 3).

As estruturas correspondentes às letras deveriam ser identificadas da

seguinte forma: A – ureter; B – artéria dorsal; C – rim; D – estômago; E – medula

espinhal; F – ceco pilórico; G – cérebro; H – faringe; I – brânquias; J – coração; K –

fígado; L – baço; M – pâncreas; N – intestino; O – ovário; P – bexiga natatória e Q –

bexiga urinária.

Verificou-se através do questionário que a identificação de estruturas

internas, teve uma pior avaliação do que se tratando de anatomia externa. Apenas

três estruturas tiveram citações consideradas favoráveis, levando em consideração

que foram citadas por mais da metade dos participantes, que foram as estruturas D,

G e J, respectivamente estômago, cérebro e coração, órgãos esses que são

facilmente reconhecíveis talvez por sua coloração ou localização no plano estrutural

Page 39: Ictiofauna local um estudo prático com os principais peixes de importância comercial do município de iguatu ce - elvis alves da silva

38  

 

no corpo do peixe. O pior resultado mostrou-se nas estruturas C – rim, e Q – bexiga

urinária, as quais não foram citadas em nenhum questionário realizado.

A B

C

D

E

F

G

H

I

J

K

L

M N O P

Q0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Porc

enta

gem

de

iden

tific

ação

pel

os p

artic

ipan

te

Estruturas anatômicas internas dos peixes de água doce

Ureter

Artéria Dorsal

Rim

Estômago

Medula Espinhal

Ceco Pilórico

Cérebro

Faringe

Brânquias

Coração

Fígado

Baço

Pâncreas

Intestino

Ovário

Bexiga Natatória

Bexiga Urinária

Gráfico 3. Percentual dos participantes que identificaram corretamente as estruturas internas.  

 Através da análise dos gráficos pode-se obervar um baixo índice de

respostas corretas. Isso se deve ao fato de que, possivelmente houve dificuldade em

conseguir identificar e reconhecer determinadas estruturas. Como por exemplo, no

caso de estar diante de vários tipos de nadadeiras pode ocasionar confusão no

participante. Já as estruturas que foram citadas satisfatoriamente são aquelas

comumente mais simples de identificar.

O conhecimento a ser transmitido deve seguir uma linha contínua, e se

faltar embasamento, o sucessor tornar-se-á comprometido. É explicita a

necessidade de que o estudante tenha uma noção exata daquilo que está

estudando. Há fatores que contribuem para o déficit de aprendizagem por parte dos

alunos, principalmente no ensino de Ciências.

Page 40: Ictiofauna local um estudo prático com os principais peixes de importância comercial do município de iguatu ce - elvis alves da silva

39  

 

Para Lima (2008), primeiramente há uma dificuldade operacional entre

professores, alunos e administração escolar. Pelo fato de que muitas escolas

utilizam um método obsoleto, no qual o professor fala e o aluno copia. Outro fator

relevante é o caso em que o estudante não possui capacidade de compreensão de

certos fenômenos, principalmente em relacioná-los a aspectos do cotidiano. Outras

vezes, é o professor que encontra dificuldades em compreender determinados

conceitos ou esclarecê-los ao aluno, não discutindo o assunto de forma satisfatória.

De acordo com Melo e Alves (2011), as dificuldades encontradas referem-

se a complexidade da matéria, afinidade pela matéria, quantidade de conteúdo e

quando não há abertura entre professor e aluno para possíveis questionamentos.

Outra dificuldade apontada por Krasilchik (1996) é quando o professor utiliza

excessivamente terminologias científicas durante as aulas, fazendo com que o aluno

não consiga acompanhar as aulas, não entendendo ou atribuindo outros

significados.

Pode-se observar através da análise dos dados, que o baixo desempenho

na maioria das questões apresentadas no questionário, deve-se a algumas dessas

dificuldades. Para essas dificuldades é que o professor deve observar e buscar

novas experimentações em educação, não podendo se consistir em barreiras que

impeçam o desenvolvimento do ensino de Ciências. Devendo ser uma prática

constante, envolvendo alternativas e metodologias de qualidade, procurando

despertar nos alunos uma capacidade crítica.

A aprendizagem significativa só acontece satisfatoriamente se houver

uma aproximação do conteúdo com o cotidiano dos alunos. Dessa forma os

professores devem valorizar o conhecimento prévio dos estudantes e passar a

construir saberes mais elaborados (LOPES, 1999).

Page 41: Ictiofauna local um estudo prático com os principais peixes de importância comercial do município de iguatu ce - elvis alves da silva

40  

 

ü Quando investigados sobre as principais espécies comerciais de peixes que eles conhecem:

Na última questão do referido questionário os participantes deveriam citar

as espécies de peixes comerciais que conheciam em uma quantidade indeterminada

de espécies.

Visualizando a tabela 1 verificou-se que entre os cinco com maior número

de citações, com exceção da sardinha que é um peixe de água salgada, os quatro

primeiros, tilápia, curimatã, tucunaré e traíra, estão entre os cinco peixes mais

comercializados na região de Iguatu/CE, corroborando com os dados encontrados

no levantamento ictiofaunístico realizado com os comerciantes de peixes em

Iguatu/CE em fase anterior desta pesquisa. Verificou-se ainda que há a

comercialização dos peixes corró e piau, citados nos questionário, porém menos

intensificada.

Tabela 1. Quantidade por espécie dos peixes comerciais citados. Peixe/Espécie Quantidade de citações Tilápia 9

Curimatã 9

Traíra 7

Tucunaré 6

Sardinha 6

Corró 3

Piau 2

É possível verificar através da tabela 1 que os participantes da pesquisa

possuem um bom conhecimento acerca da ictiofauna comercial da região de

Iguatu/CE, tendo em vista que os participantes atuam como consumidores no

mercado de peixes regional, e entre eles há descendentes de pescadores.

Gomes et al. (2011), encontraram em seus resultados que a maior parte

do mercado comercializado na sua área de pesquisa (Tangará/RN) é composto por

peixes de água doce, e que a espécie mais citada pelos comerciantes foi a tilápia.

PINTO et al. (2011), também pesquisaram quais eram os peixes comerciais de sua

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41  

 

região (Itapetinga, BA), nas quais também por sua maioria de água doce, entre eles,

Curimatã, Traíra, Piau e Tilápia. Já Chung et al. (2010 apud GOMES et al., 2011), foi

observaram em suas análises que a maioria dos peixes comercializados (Natal, RN),

são de água salgada. Isso leva a crer que o comércio de peixes é variável de região

para região.

5.3 Realização do minicurso com a utilização de atividades lúdicas.

O público alvo definido para participar dos minicursos foram alunos

regularmente matriculados do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de

Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE. Foram ofertadas 15 vagas

para cada turno, diurno e noturno. No entanto, apenas 10 alunos participaram,

sendo 06 no turno da manhã composto por alunos do 9º semestre, que já estudaram

determinadas disciplinas que tratam do tema peixes com maior profundidade, e 04

no contra-turno formado por alunos do 3º semestre que ainda não estudaram essas

disciplinas. O minicurso foi realizado no Centro Vocacional Tecnológico – CVT,

Iguatu/CE.

No início do minicurso os participantes foram submetidos à resolução de

um questionário para verificação de conhecimento prévio sobre o assunto a ser

abordado. Logo após essa etapa, foi apresentado através de aula expositiva o

conhecimento teórico a respeito das características gerais dos peixes, aspectos

evolutivos, ecológicos, anatomia, morfologia e fisiologia dos sistemas que compõem

os corpos dos peixes de água doce e salgada, além de curiosidades sobre diversas

espécies. A aula expositiva é a modalidade didática mais utilizada pelos professores

pelo fato de não exigir grande quantidade de materiais e espaço físico apropriado,

podendo ser realizadas em sala de aula com grande número de alunos (ABOU

SAAB e GODOY, 2007). No decorrer da exposição da aula, os alunos fizeram

questionamentos, comentários promovendo uma adição de conhecimentos extras.

Ainda nessa etapa, utilizando o guia ilustrado já produzido, foi dado maior ênfase as

cinco espécies de peixes mais comercializadas em Iguatu/CE.

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42  

 

A fase seguinte do minicurso consistiu na promoção de uma aula prática

com dissecação da espécie Tilápia (Sarotherodon niloticus), a de maior ocorrência

de acordo com o levantamento realizado. Durante a realização dessa atividade

foram analisadas as estruturas anatômicas e morfofisiológicas que foram abordadas

durante a atividade teórica. Na atividade de dissecação foram utilizadas tesoura,

luvas e uma bandeja. O peixe foi seccionado de forma em que fosse possível

visualizar as estruturas internas.

A aplicação da atividade prática foi de fundamental importância para a

efetiva interatividade dos participantes do minicurso com a atividade realizada,

demonstrando curiosidade e uma busca em descobrir o novo. De acordo com Leite

et al. (2005), as aulas práticas funcionam como uma ótima ferramenta para

despertar o interesse dos alunos em aprender, tornando possível o ampliamento de

horizontes e infiltração no mundo científico, diferente da rotina a qual estão

acostumados os alunos. As aulas práticas podem ser uma ótima estratégia para

melhorar o ensino de Biologia, pois estimulam os sentidos, a curiosidade, e a

criatividade, desde que esteja aliada a teoria (ABOU SAAB e GODOY, 2007).

Na ultima parte prática do minicurso os alunos participaram de um

momento dinâmico com a utilização de jogos didáticos relacionados ao tema peixes.

As turmas foram divididas em grupos, a competição foi iniciada pelo jogo do quebra-

cabeça, o objetivo era competir, para quem conseguisse montar em menos tempo.

Havia dois quebra-cabeças distintos, o peixe tucunaré e o peixe pescada. Logo

após a conclusão desse jogo, iniciaram com o jogo da memória, nesse jogo os

participantes deviam encontrar o par, que consistia em um nome numa carta e na

outra sua imagem, ganharia o jogo quem primeiro encontrasse todos os pares

corretos.

Através de conversa informal os participantes comentaram ao longo da

aplicação dos jogos, que tratava-se de uma metodologia que tornariam as aulas

menos cansativas e mais dinâmicas. De acordo com uma pesquisa realizada por

Campos, Bortoloto e Felícia (2002), a função educativa do jogo pode ser observada

durante a sua utilização, verificando entre outros aspectos o favorecimento da

aquisição e retenção de conhecimentos de forma dinâmica e divertida. Dessa forma,

Page 44: Ictiofauna local um estudo prático com os principais peixes de importância comercial do município de iguatu ce - elvis alves da silva

43  

 

aliando o lúdico ao cognitivo, o jogo didático torna-se uma estratégia de facilitação

do processo de ensino-aprendizagem. SANTOS (1999) ressalta que quanto mais o

adulto vivencia sua ludicidade, será maior a probabilidade desse profissional

trabalhar de forma prazerosa, possibilitando o educador conhecer-se como pessoa,

saber de suas possibilidades e resistências.

Na conclusão do minicurso os alunos foram submetidos a outro

questionário, no qual consistia em uma avaliação do minicurso em diversos

aspectos.

5.4 Avaliação do rendimento de aprendizagem dos participantes do minicurso.

O questionário de avaliação do rendimento do minicurso conteve 8

questões que abordaram aspectos referentes a aquisição de conhecimentos, carga

horária, repasse de conteúdos e metodologia empregada. As questões deveriam ser

respondidas através de opção de escolha entre as alternativas sim ou não.

a. Quando investigados sobre o aspecto metodológico do minicurso

Após a verificação dos dados do questionário foi observado que 100%

dos participantes consideraram todo o trajeto metodológico aplicado durante o

minicurso satisfatório. Atuando como uma oportunidade de reflexão, na qual os

participantes pudessem trocar experiências, opiniões e habilidades, além de poder

tirar dúvidas que viessem a ter a respeito do assunto. Os participantes consideraram

que o conteúdo abordado durante o minicurso foi de fácil percepção e compreensão,

indicando que a forma de abordagem do conteúdo foi repassada de forma clara e

precisa. Silva et al. (2011), evidenciou em sua pesquisa avaliada como satisfatória

que quando se propõe uma atividade pedagógica que oportuniza ao aluno

descrever, discutir e se posicionar à uma problematização, torna o processo de

aprendizagem mais prazeroso.

Todos os participantes da pesquisa responderam que as metodologias

utilizadas durante o minicurso, exposição da aula teórica utilizando slides produzidos

de forma que facilitasse um melhor entendimento do conteúdo, utilização do guia

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44  

 

ilustrado, realização da atividade prática e atividade lúdica através dos jogos

didáticos, foram adequadamente empregadas. Almeida et al. (2005), identificou que

seu minicurso aplicado, avaliado como ótimo, levou em consideração que foi

estruturado com metodologias não tradicionais, o que facilita a atração e o interesse

dos alunos pelo assunto.

Foi realizado um minicurso pela manhã e um pela noite. Os participantes

consideraram a carga horária compatível com as atividades repassadas, percebendo

dessa forma que não houve prejuízo de informações. Os participantes afirmaram

ainda que seus objetivos em participar do minicurso foram alcançados, adquirindo

novos conhecimentos, compartilhando opiniões e comentários, tornando a

participação no minicurso mais enriquecida de informações.

b. Quando avaliados na aquisição de conhecimentos sobre peixes após o minicurso.

As respostas do questionário mostrou que 100% dos participantes seriam

capazes de identificar diversos tipos de grupos de peixes após sua participação nesse minicurso. A parte teórica do minicurso foi fundamental para a essa questão

ser considerada satisfatória, na qual os participantes relembraram ou adquiriram os

conhecimentos necessários para a partir de então poder reconhecer um

determinado grupo de peixe e suas características ou diferenciar peixes marinhos de

água doce. Godoy (2000), diz que a utilização de aula teórico-expositiva é

necessária por ser uma das estratégias mais utilizadas pelo professor universitário,

pela própria estrutura fácil e rápida.

Todos os pesquisado responderam que reconheceriam as espécies de

importância comercial estudadas durante o minicurso, mostrando que realmente

houve uma interação favorável entre os conhecimentos transmitidos e os

conhecimentos adquiridos. Os que não conheciam determinadas espécies passaram

a conhecê-la e os que já conheciam algumas espécies passaram a conhecer outras

que não conseguiriam identificá-las. Através da associação entre aulas teóricas e

práticas foi possível verificar bons resultados com maior aquisição de

conhecimentos. (PEREIRA, 2010).

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45  

 

De acordo com os dados analisados no questionário, todos os

participantes informaram que adquiriram durante a realização do minicurso novos

conhecimentos antes desconhecidos sobre a anatomia, fisiologia e morfologia de

peixes. Durante a parte teórica tiveram a oportunidade de obter novos

conhecimentos, auxiliados com a visualização através de figuras e imagens. Na

parte prática, puderam verificar o que foi estudado através da atividade de

dissecação, contribuindo para a fixação do conhecimento adquirido anteriormente.

Para o desenvolvimento de um minicurso a aula teórica apresenta

diversas vantagens, como transmissão em pouco tempo de grandes quantidades de

informações, apresentação inicial de um tema, baixo custo, entre outros. (GIL,

1997).

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46  

 

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A comercialização de peixes é uma atividade que contribui para a

economia local do município de Iguatu, como fonte de renda para pescadores, com

lucro para comerciantes e como produto para consumidores. É importante destacar

que os peixes comercializados na região são oriundos, entre outros, dos maiores

açudes do estado do Ceará.

Com relação à transmissão das informações aos graduandos, a produção

do guia ilustrado com as espécies comerciais da região despontou como uma forma

de mostrar de maneira simples, os resultados encontrados em uma pesquisa mais

ampla.

O conhecimento prévio dos alunos participantes da pesquisa sobre os

peixes pode ser considerado como insatisfatório. Esse aspecto negativo pode ser

resultado de vários fatores, sobretudo das dificuldades encontradas atualmente no

ensino das Ciências de um modo geral. Para reverter esse quadro, é importante que

os professores, em especial de Ciências, reavaliem seu papel de mediadores entre

aluno e conhecimento, procurando os métodos e técnicas adequadas ao que se

pretende repassar.

Com a participação dos alunos em minicurso foi possível verificar que

através de metodologias diversificadas, é possível atrair a atenção do aluno e

despertar o seu interesse pelo conhecimento científico, estimulando os sentidos,

para que ele possa estar sempre buscando ou renovando seus horizontes perante a

sociedade. Comparando o conhecimento dos alunos sobre peixes antes e depois do

minicurso através de questionário avaliativo, pode-se perceber que houve um

rendimento satisfatório de conhecimento adquirido.

A procura por melhor qualificação profissional se faz presente na vida da

maioria dos professores atuais. Dessa forma, a aplicação de atividades como

palestras, minicursos, formações para professores e licenciandos, representa um

importante momento. Além disso, durante a formação em nível superior, o aluno

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47  

 

deve passar pela aprendizagem teórica e prática para que possa adquirir o saber

necessário à pesquisa ou ao mercado de trabalho.

REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE  FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI.

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO INDIVIDUAL PARA ESTABELECIMENTOS DE COMERCIALIZAÇÃO DE PEIXES NO MUNICÍPIO DE IGUATU/CE.

DATA: ___/___/___

ESTABELECIMENTO VISITADO Nº: ___

TIPO DE ESTABELECIMENTO:

( ) Peixaria ( ) Açougue ( ) Supermercado ( ) Mercearia ( ) Feira livre

v Quais os peixes disponíveis para venda?

____________________ ____________________

____________________ ____________________

____________________ ____________________

____________________ ____________________

____________________ ____________________

v Os cinco peixes mais comercializado:

Nome Popular:_______________Local de Captura:_____________________

Característica marcante: __________________________________________

Nome Popular:_______________Local de Captura:_____________________

Característica marcante: __________________________________________

Nome Popular:_______________Local de Captura:_____________________

Característica marcante: __________________________________________

Nome Popular:_______________Local de Captura:_____________________

Característica marcante: __________________________________________

Nome Popular:_______________Local de Captura:_____________________

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Característica marcante: __________________________________________

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE  FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI.

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO INDIVIDUAL PARA VERIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO PRÈVIO DOS ALUNOS PARTICIPANTES DO MINICURSO, SOBRE A ANATOMIA, FISIOLOGIA, MORFOLOGIA DE PEIXES E AS ESPÉCIES DE IMPORTÂNCIA COMERCIAL QUE CONHECEM. 1. Identifique às estruturas externas correspondentes às letras.

A ____________________________ B ____________________________

C ____________________________ D ____________________________

E ____________________________ F ____________________________

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G ____________________________ H ____________________________

 

2. Identifique às estruturas internas correspondentes às letras.

A ___________________________ B ___________________________

C ___________________________ D ___________________________

E ___________________________ F ___________________________

G ___________________________ H ___________________________

I ____________________________ J ___________________________

K ___________________________ L ___________________________

M ___________________________ N ___________________________

O ___________________________ P ___________________________

Q ___________________________

3. Quais as principais espécies de peixes de importância comercial que você conhece?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

____________________________________________________

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE  FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI.

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO INDIVIDUAL PARA AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DA APRENDIZAGEM DOS PARTICIPANTES DO MINICURSO. Eu, Elvis Alves, aluno do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Ceará- UECE, Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu- FECLI, estou realizando um estudo monográfico que tem como tema: Ictiofauna local: um estudo prático com os principais peixes de importância comercial do município de Iguatu/CE, sob a orientação do Professor Me. Ricardo Rodrigues da Silva. Então, peço a colaboração para participar da pesquisa sobre o minicurso ofertado. Vale salientar que a participação será anônima, voluntária, de fins científicos e não haverá a identificação.  Semestre cursando ________________

1. Em sua opinião o minicurso aplicado teve um aproveitamento considerável? ( ) Sim ( ) Não

2. Agora você é capaz de identificar os grupos de peixes e suas principais características? ( ) Sim ( ) Não

3. Você já consegue reconhecer as principais espécies comercias da região? ( ) Sim ( ) Não

4. Você conseguiu adquirir novos conhecimentos diante dos conteúdos abordados sobre anatomia, fisiologia e morfologia de peixes? ( ) Sim ( ) Não

5. A exposição e a abordagem do conteúdo foram propostas de maneira clara? ( ) Sim ( ) Não

6. A metodologia e os materiais empregados foram adequados? ( ) Sim ( ) Não

7. A carga horária do minicurso foi adequada? ( ) Sim ( ) Não

8. Suas expectativas para a realização do minicurso foram alcançadas? ( ) Sim ( ) Não

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE  FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI.

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

APÊNDICE D – TERMO DE CONSENTIMENTO DOS PARTICIPANTES DA PESQUISA.

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Prezado (a) Sr. (Sra.):

Eu, Elvis Alves da Silva, concludente do Curso de Licenciatura em

Ciências Biológicas pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu –

FECLI/UECE, estou desenvolvendo um estudo que tem como objetivo principal,

realizar um estudo sobre as espécies de peixes mais comercializados no município

de Iguatu/CE, com alunos do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de

Educação, Ciências e Letras de Iguatu/UECE

Assim, solicito sua autorização para participar dessa pesquisa, que tem

como título: ICTIOFAUNA LOCAL: UM ESTUDO PRÁTICO COM OS PRINCIPAIS PEIXES DE IMPORTÂNCIA COMERCIAL DO MUNICÍPIO DE IGUATU – CE. Sua

autorização será muito importante para a elaboração desse estudo, pois se espera

com ele realizar um minicurso sobre anatomia, fisiologia e morfologia das cinco

principais espécies de peixes comercializadas em Iguatu/CE.

Desde já, pode-se garantir que as informações colhidas serão apenas

para a realização do trabalho e, também, assegura-se que a qualquer momento terá

acesso às informações sobre o estudo. Cabe ao Sr. ou Sra. o direito de aceitar ou

não sua participação no estudo ou deixar de participar do mesmo a qualquer

momento, não vindo a sua desistência acarretar qualquer prejuízo no seu direito a

receber assistência nessa instituição.

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Informo ainda que os dados serão apresentados ao Curso de Ciências

Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE,

apenas para tratamento, estatístico podendo ser utilizado também em eventos

científicos, no entanto, em nenhum momento seu nome deverá ser mencionado,

sendo em sigilo a identidade do participante.

_______________________________

Elvis Alves da Silva

Tendo sido satisfatoriamente informado sobre a pesquisa: ICTIOFAUNA LOCAL: UM ESTUDO PRÁTICO COM OS PRINCIPAIS PEIXES DE IMPORTÂNCIA COMERCIAL DO MUNICÍPIO DE IGUATU – CE, realizada sob a

responsabilidade do pesquisador Elvis Alves da Silva, concordo em participar da

mesma. Estou ciente de que o nome não será divulgado e que o pesquisador estará

disponível para responder a quaisquer dúvidas.

Iguatu,_______ de________________2012.

_______________________________

Assinatura do Pesquisado

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE  FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI.

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

APÊNDICE E – GUIA ILUSTRADO DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PEIXES COMERCIAIS DE IGUATU/CE.

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