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Seções Planas do Cone Circular Seções Planas do Cone Circular RetoReto
Professor AmorimInformática Educativa II –
Especialização em Novas Tecnologias no Ensino da Matemática
» Um Pouco de História
Estudos sobre o tema que veremos aqui aparecem na história da humanidade antes mesmo de Euclides ( 325 – 265a.C.). Um nome que merece destaque é Apolonio de Perga (262 – 190a.C.), pois produziu uma série de oito livro sobre o assunto, “Seções Cônicas”, apesar do oitavo volume ter se perdido. Esta coleção veio a influenciar muito outros expoentes das ciências como Ptolomeu, Kepler, Galileu, Isaac Newton e outros.
» Lugar Geométrico
Denomina-se lugar geométrico a um conjunto de pontos que satisfazem a uma determinada propriedade e reciprocamente.
Em geral, os lugares geométricos que se destacam em algum estudo são aqueles cuja representação dos pontos num sistema de coordenadas geram um curva. Veja alguns exemplos de lugares geométricos:
» Secção Plana de um Cone Circular Reto
Imaginemos um cone circular reto ilimitado. Seja um plano que seccione todas as geratrizes do cone uma única vez. No interior desse cone e tangenciando o cone e o plano , vamos construir esferas conforme o exemplo a seguir:
Você pode visualizar e manipular a figura ao lado com o programa “CtrlView” e abrindo, com ele a figura ‘cone1’ em:
http://www.4shared.com/file/174995108/2fccb8d7/cone1.html
Brinque também com as outras formas que estão lá:http://www.4shared.com/file/175078272/4e3c4597/cone3.htmlhttp://www.4shared.com/file/175078290/3eb10935/cone2.html
Perceba que a interseção das esferas com o cone, formam círculos.
Circunferências de contato.
Vamos nos concentrar na esfera menor:
i) m é um ponto qualquer seção plana de com o cone;
ii) mT = mF;
iii) Construa os triângulos mTN e mNX, ambos retângulos em N.
N é a projeção ortogonal de m no plano do círculo de contato e X é a projeção ortogonal de m na interseção do plano com o plano da circunferência de contato.
Os triângulos citados estão destacados abaixo.
É possível perceber que:
)a é o ângulo de ‘abertura do cone’, é o ângulo que qualquer geratriz desse cone forma com o plano da circunferência de contato.
)b é o ângulo do plano , ou seja, o ângulo que forma com o plano da circunferência de contato.
Considerando, inicialmente, esses ângulos fixos, ou seja, sem variarmos as inclinações, teremos:
NmI ) senmT
Nm mF senII ) sen e cons tantemX mX sen
III ) mT mF já sabíamos
Essa constante ‘e’ recebe o nome de excentricidade.
Considerando fixo apenas o ângulo de abertura do cone e variando o ângulo de interseção do plano , observamos o que está sintetizado abaixo:
0 1e : O plano secciona todas as geratrizes numa única folha do cone. Chamaremos a figura assim obtida de elipse.
1e : O plano secciona uma única folha do cone,mqs não todas as geratrizes. Chamaremos a figura assim obtida de parábola.
1e : O plano secciona as duas folhas do cone, mas não todas as geratrizes. Chamaremos a figura assim obtida de hipérbole.
Estas figuras recebem o nome de cônicas. Ao longo da história da humanidade, o homem tem encontrado diversas aplicações úteis com base nas propriedades dessas figuras. Veja:
- Estudo das órbitas dos planetas em torno do Sol e trajetória de cometas:
- Construção de antenas mais eficientes, as antenas parabólicas. Construção de faróis que aproveitam o máximo das lâmpadas.
- Refletores odontológicos e aparelhos de radioterapia.
- Construção de lunetas e telescópios mais potentes e precisos.
- Na arquitetura: Acústica e na engenharia.
Catedral de
São Paulo.
Colisseu
Golden Gate
Para conhecer mais sobre as cônicas, suas propriedades e aplicações, veja alguns links:
Faculdade de Ciências de Lisboa: http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm27/
UFRJ: http://www.im.ufrj.br/dmm/projeto/diversos/conicas.html
Jocelino Sato – Universidade Federal de Uberlândia 2004: http://www.4shared.com/file/175024073/b88991a7/Conicas_JocelinoSato.html
Síntese dos livros de Apolônio: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/apolonio/conicas.htm
Referências Bibliográficas:
» Boyer, C. B. História da Matemática. Editora Edgar Blücher Ltda. São Paulo: 1974.
» Lehmann, C. H. Geometria Analítica. Editora Globo. São Paulo: 1998.
» Revista do Professor de Matemática, IMPA-SBM, Rio de Janeiro.