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Aula - Sociologia - 2º Ano - EM
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Prof.: Rodrigo
2º EMSociologia
CAP 11 - O poder e o Estado
2º EMSociologia
CAP 11 - O poder e o Estado
A idéia de separação entre sociedade e Estado dominou por muito tempo e prejudicou a compreensão de que o Estado é uma organização encarregada de determinadas funções.
Vamos verificar como os grandes autores da Sociologia abordaram essa questão.
Marx, Durkheim e Weber, os três autores clássicos da Sociologia, tiveram, cada um a seu modo,uma vida política intensa e fizeram reflexões importantes sobre o Estado e a democracia de seut empo.
Marx-Tendo escrito sobre as questões que envolvem
o Estado num período em que o capitalismo ainda estava em formação;
- definindo o Estado como uma entidade abstrata, em contradição com
a sociedade;
- uma comunidade ilusória, que procuraria conciliar os interesses de todos, mas
principalmente daqueles que dominavam economicamente a sociedade (a burguesia).
Durkheim- o Estado é fundamental numa sociedade que fica cada dia maior e mais complexa, devendo
estar acima das organizações comunitárias;
- deveria realizar e organizar o ideário do indivíduo e assegurar-lhe pleno
desenvolvimento;
- isso se faria por meio da educação pública voltada para uma formação moral sem fins
conceituais ou religiosos;
- Estado é uma organização com um conteúdo inerente, ou seja, os interesses coletivos.
Max Weber - Para Weber há três formas de dominação legítima: a tradicional, a carismática e a legal.
-A dominação tradicional é legitimada pelos costumes, normas e valores tradicionais e pela"orientação habitual para o conformismo". É exercida pelo patriarca ou pelos príncipes patrimoniais.
- A dominação carismática está fundada na autoridade do carisma pessoal (o "dom da graça"), da confiança na revelação, do heroísmo ou de qualquer qualidade de liderança individual. É exercida pelos profetas das religiões, líderes militares, heróis revolucionários e líderes de um partido.
-A dominação legal é legitimada pela legalidade que decorre de um estatuto, da competência funcional e de regras racionalmente criadas. Está presente no comportamento dos “servidores do Estado”.
Democracia, representação e partidos políticos
-As diversas formas que o Estado assumiu na sociedade capitalista estiveram ligadas à concepção de soberania popular, que é a base da democracia;- Tal soberania só se torna efetiva com a representação pelo voto;- A representação durante muito tempo foi bastante restrita.
- Votavam e eram votados, na prática, apenas os que possuíam propriedades e riqueza, ou seja, aqueles que podiam viver para a política, já que não precisavam se preocupar com seu sustento
- Somente quando outros setores da sociedade começaram a lutar por participação na vida política
institucional, principalmente os trabalhadores organizados, os partidos políticos começaram a aparecer e a defender interesses
diferentes: de um lado, o daqueles que queriam mudar a situação e, de outro, o daqueles que queriam mantê-la (a burguesia).
O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos afirma que a democracia no mundo contemporâneo apresenta duas imagens contrastantes.
1ª) a democracia representativa é considerada internacionalmente o único regime político legítimo.
2ª) há sinais de que os regimes democráticos, nos últimos vinte anos, traíram as expectativas da maioria da população, principalmente das classes populares.
Pinheirinho: Condições Sociais somam-se às instituições como critérios de democracia. As desigualdades – e a violência e insegurança por elas geradas – criam condições negativas de participação democrática.
As revelações mais frequentes de
corrupção permitem concluir que os
governantes legitimamente eleitos usam o mandato para
enriquecer à custa do povo e dos
contribuintes. Há também o
desrespeito dos partidos por seus
programas eleitorais logo após as eleições.
Tudo isso faz que os cidadãos sentirem-se
pessimamente representados e
acreditarem cada vez menos na democracia
representativa
A sociedade disciplinar e a sociedade do controle
Se na sociedade disciplinar há sempre um indivíduo vigiando os outros, na sociedade de controle todos olham para o mesmo lugar. A televisão é um bom exemplo disso, pois milhares de pessoas estão sempre diante do aparelho.
O marketing é o instrumento de controle social por excelência: somos todos consumidores. Se tudo pode ser comprado e vendido, por que não as consciências e outras coisas mais?