Imperialismo (1870-1914)

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Imperialismo (1870-1914)

Da srie de quadrinhos francesa As aventuras de Tintin no Congo

As justificativas: evolucionismo e darwinismo social

NegraAmarelaBranca

IntelectoDbilMedocreVigoroso

Propenses animaisMuito fortesModeradasFortes

Manifestaes moraisParcialmente latentesComparativamente desenvolvidasAltamente cultivadas

O esquema racial de Gobineau:

frica

Levar produtos europeus frica e importar matrias-primas que o solo africano produzia era, mais que uma operao mercantil, uma iniciativa em prol do progresso de povos parados na pr-histria, imersos no canibalismo e no trfico de escravos. O comrcio levava para l a religio, a moral, a lei, os valores da Europa Moderna, culta, livre e democrtica, num progresso que acabaria por transformar os desventurados das tribos em homens e mulheres do nosso tempo.

Vo chegar missionrios para tir-los do paganismo e ensinar a eles que um cristo no deve comer o prximo. Mdicos para vacin-los contra as epidemias e cur-los melhor do que os feiticeiros. Companhias que lhes daro trabalho. Escolas onde vo aprender os idiomas civilizados. Onde lhes ensinaro a se vestir, a rezar para o verdadeiro Deus, a falar em idioma cristo e no nesses dialetos de macacos que eles falam. Pouco a pouco vo substituir os seus costumes brbaros por outros de seres modernos e instrudos. Se soubessem o que ns fazemos por eles, beijariam nossos ps. Mas seu nvel mental mais prximo do crocodilo e do hipoptamo que de voc ou de mim. por isso que ns decidimos o que mais conveniente para eles e fazemos esses contratos. Os seus filhos e netos vo nos agradecer. E no seria nada estranho que, dentro de um tempo, comeassem a adorar Leopoldo II [rei da Blgica] como adoram hoje seus fetiches e espantalhos.

(Trechos do romance O sonho do celta, de Mario Vargas Llosa)

A Conferncia de Berlim (1884-85)

Antes da conferncia de Berlim, as potncias europeias j tinham suas esferas de influncia na frica por vrias formas: mediante a instalao de colnias, a explorao, a criao de entrepostos comerciais, de estabelecimentos missionrios, a ocupao de zonas estratgicas e os tratados com dirigentes africanos. Aps a conferncia, os tratados tornaram-se os instrumentos essenciais da partilha da frica no papel. Eram de dois tipos esses tratados: os celebrados entre africanos e europeus, e os bilaterais, celebrados entre os prprios europeus.

Resistncia dos povos africanos

Sei que os brancos querem me matar para tomar o meu pas e, ainda assim, voc insiste que eles me ajudaro a organiz-lo. Por mim, acho que meu pas est muito bem como est. No preciso deles. Sei o que me falta e o que desejo: tenho meus prprios mercadores; considere-se feliz por no mandar cortar-lhe a cabea. Para agora mesmo e, principalmente, no volte nunca mais.(Resposta de Wogobo, rei dos Mossi, na regio da atual Burkina Faso, a um oficial francs)Os inimigos vm agora se apoderar de nosso pas e mudar nossa religio [...]. Nossos inimigos comearam a avanar abrindo caminho na terra como toupeiras. Com a ajuda de Deus, no lhes entregarei meu pas [...]. Hoje, que os fortes me emprestem sua fora e os fracos me ajudem com suas oraes. ( Menelik, imperador da Etipia)

ndia: a joia do Imprio Britnico

Cia. Das ndias Orientais (sc. XVII) companhia de comrcio inglesa

Reforo da ocupao militar em fins do sculo XVIII (avano de Napoleo)

1813 fim do monoplio da Cia das ndias aumento do nmero de negociantes britnicos

Derrota dos livres Estados da ndia Central

Missionrios religiosos + obrigatoriedade do ensino de ingls + doutrina da prescrio (todo Estado cujo soberano britnico morresse sem sucessor seria anexado s possesses britnicas)

1857: revolta dos Sipaios (soldados indianos treinados por mtodos ingleses) represso extrema

ndia torna-se Vice-Reino da Gr-Bretanha

Explorao de ch, trigo, pio, carvo, ferro

Emprstimos a investidores locais para a construo de ferrovias e para financiar compra de mercadorias inglesas a juros altos (dependncia econmica)

Egito

Construo do Canal de Suez com recursos europeus e egpcios tornam o pas uma das mais importantes rotas navegveis do mundo

Interesse no algodo egpcio

Construo de ferrovias, pontes, canais, implantao do telgrafo com capital britnico dependncia econmica de um Egito endividado

Crise econmica e ciclos de fome no Egito Interveno militar britnica (alegando hostilidade do governo contra sditos ingleses no local)

Ocupao temporria dura at meados do XX

frica do Sul

Cia. Holandesa das ndias Orientais no Cabo da Boa Esperana desde 1652

Calvinistas holandeses migram, fugindo das perseguies religiosas origem dos beres

Interesse ingls na regio: conflitos com beres e nativos ingleses conquistam sul e beres migram para norte e leste.

Descoberta das minas de ouro mais ricas do mundo na regio Guerra dos Beres (1899-1902) vitria inglesa

China

Cia. Das ndias Orientais inglesa monoplio do ch chins e venda de pio (proibido pelo governo chins)

Guerras do pio: sucessivas derrotas do governo chins. Perdas:

Ilha de Hong Kong para os ingleses

Abertura dos portos para os ingleses

Legalizao do pio

Pagamento de indenizaes ao governo ingls

Guerra dos Boxers: populao chinesa contra os europeus derrota chinesa

Japo

Guerra Sino-JaponesaJapo tinha interesse nas minas de ferro e carvo chinesas

Vitria japonesa: posse de Formosa (Taiwan), Coreia e postos comerciais

Era Meiji: projeto governamental de ocidentalizao formao de profissionais no Ocidente; escolas ocidentais; industrializao; reforma agrria; ascenso do poder do Imperador e declnio do xogunato

Japo se torna potncia industrial concorrente com pases ocidentais

Imperialismo nas Amricas

Os EUA sobre Cuba:Domnio econmico

Emenda Platt (1901): adicionada Constituio Cubana, dava aos EUA o direito de intervir militarmente no pas sempre que sentisse seus interesses ameaados