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Inovação Jim Naturesa

Inovação Tecnológica

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Aula: Introdução à Inovação. Por: Jim Naturesa. Para: Anhanguera Educacional.

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Inovação

Jim Naturesa

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Definições

Fonte: Escher,2005.

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www.slideshare.net/jimnaturesa

E-mail: [email protected]

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• “Sempre dizemos a nós mesmos: temos que inovar. Precisamos ser os primeiros a nos superar” – Bill Gates, fundador da Microsoft.

• “A inovação é o divisor de águas entre um líder e um seguidor” – Steve Jobs, fundador da Apple.

Definições

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Definições

• “Só os paranóicos sobrevivem” – Andy Groves, um dos fundadores da Intel.

• “A inovação é o motor da economia moderna, transformando idéias e conhecimento em produtos e serviços” –Escritório de Ciência e Tecnologia do Reino Unido.

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Definições• Bessant & Tidd (2009) afirmam:

• “Cada um desses exemplos de inventores foi um inovador, traduzindo invenções técnicas originais em novos produtos; mas cada um deles foi também um empreendedor, na medida em que criaram e desenvolveram negócios bem-sucedidos, baseados em invenções e inovações”.

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Definições

• Pai da Inovação: Schumpeter.

• “A Destruição Criativa”.

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• Segundo a Lei n°11.196/2005, em seu artigo17:

• “Considera-se inovação tecnológica a concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo, que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado”.

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• Segundo Tigre (2006) há quatro tipos de Inovação:

• Incremental: Melhoramentos e modificações cotidianas.

• Radicais: Saltos descontínuos na tecnologia de produtos e processos.

• Novo sistema tecnológico: Mudanças abrangentes que afetam mais de um setor e dão origem a novas atividades econômicas.

• Novo paradigma tecnoeconômico: Mudanças que afetam toda a economia envolvendo mudanças técnicas e organizacionais – alterando produtos e processos.

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11Fonte: Tigre, 2006.

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• Exemplos.

• Incrementais: melhorias no design de produtos, novos arranjos logísticos etc.

• Radicais: fruto de atividades de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento).

• Novo sistema tecnológico: novo campo tecnológico. São exemplos: plásticos, internet etc.

• Novo paradigma tecnoeconômico: máquina a vapor, eletricidade e a microeletrônica.

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• Segundo Bessant & Tidd apudFransman (1986), a geração de inovações tende a ser induzida pela oferta de novos conhecimentos, enquanto a difusão dessas tecnologias é, em larga medida, determinada pela demanda.

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Definições - Inovações

Fonte: Berkun, 2007.

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Definições - Modelo de difusão tecnológica.

• A forma como uma tecnologia evolui éassociada ao conceito de ciclo de vida.

• Envolve quatro estágios: introdução, crescimento, maturação e declínio.

• Exemplo: máquina de fax.

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Modelo de difusão tecnológica

Fonte: Tigre, 2006.

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Modelo de difusão tecnológica

Fatores que regem o processo de difusão tecnológica:

1) Disponibilidade de financiamento;

2) Clima favorável (economia) ao investimento no país;

3) Acordos internacionais de comércio e investimento;

4) Sistema de propriedade intelectual;

5) Existência de capital humano.

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• Segundo Tigre (2006):

• “No momento em que uma empresa está introduzindo novos produtos, modernizando seus processos e alterando suas rotinas organizacionais, ela está inovando”.

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Fonte: Harris, 2006.

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Closed Innovation

Fonte: Chesbrough, 2006.

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Open Innovation

Fonte: Chesbrough, 2006.

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Open Innovation

Fonte: Chesbrough, 2006.

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• Dados

• A China tem quase quatro vezes mais engenheiros que os Estados Unidos.

• A Suécia, Finlândia, o Japão e a Coréia do Sul investem mais em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) como parte do PIB (Produto Interno Bruto) do que os EUA.

• Quatorze das 25 empresas de tecnologia de informação (TI) mais competitivas estão na Ásia.

• Fonte: Hitt et al., 2008.

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Inovação e criatividade

• Segundo Bessant & Tidd (2009): • “Identificar, avaliar e refinar uma idéia, transformando-a em

um conceito de negócio, é a maior parte do problema”.

• A prática e o estudo da inovação podem ser abordados por três perspectivas:

• Pessoal – com destaque para a criatividade;• Coletiva ou social – enfatiza a contribuição de equipes e

grupos;• Contextual – focaliza as estruturas, o ambiente, os

processos e as ferramentas.

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• A criatividade, segundo o Houaiss, pode ser definida como inventividade, inteligência e talento, natos ou adquiridos, para criar, inventar, inovar, quer no campo artístico, quer no científico, esportivo etc.

• A criatividade está relacionada com:• Personalidade;• Processo de pensamento criativo;• Fatores ambientais que facilitam ou inibem o

desempenho criativo.

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• Quais são as habilidades necessárias à criatividade e àinovação?

• Aquisição e disseminação de informação - exige atenção e percepção;

• Inteligência, habilidade e capacidade de interpretar, processar e manipular informações;

• Praticidade e aplicabilidade;

• Implementação e improvisação.

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• Logo uma pessoa criativa possui as seguintes características:

• Abertura a novas experiências;

• Tolerância com a ambigüidade;

• Curiosidade;

• Capacidade de assumir riscos.

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• A criatividade pode ser construída?

• A criatividade é influenciada pelo tempo, por outras pessoas, lugares, cenários, conhecimentos de áreas específicas.

• Como?

• Exposição ao ambiente criativo: novos projetos, novos desafios.

• A criatividade pode ser aumentada e estimulada.

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Inovação, criatividade e geração de novas idéias

• O processo pode ser dividido em duas partes: geração e focalização.

• Geração: a pessoa ou grupo produz muitas opções (pensamento espontâneo), opções novas ou incomuns (pensamento original).

• Exemplo: brainstorming.

• Algumas técnicas: remover um objetivo, reverter métodos, exagerar o problema, criar insumos aleatórios, utilizar uma metáfora ou personagem.

• Focalização: exame, revisão e seleção de opções promissoras.

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Barreiras à inovação

• O desenvolvimento de um clima em prol da inovação não é facilmente obtido, assim como a cultura empresarial.

• Quais são os fatores climáticos que influenciam a inovação?

• Confiança e fraqueza;• Desafio e desenvolvimento;• Apoio e espaço para idéias;• Conflito e debate;• Decisões de risco;• Liberdade.

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• Confiança e fraqueza – identificar pontos fracos e fortes.

• Desafio e desenvolvimento – comprometimento em operações diárias, objetivos de longo prazo e visões de futuro (motivação).

• Apoio e espaço para idéias – quantidade de tempo que as pessoas podem usar para desenvolver suas idéias.

• Conflito e debate – refere-se à presença de tensões pessoais, interpessoais ou emocionais.

• Decisões de risco.

• Liberdade.

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Bessant & Tidd apud Rogers (2009) identificaram cinco pontos fundamentais para o sucesso de uma nova idéia ou inovação:

1) Vantagem relativa.• Como esse plano é melhor do que o que estava sendo feito

antes?• Quem ganhará com implementação do plano?• Como serei recompensado?

2) Compatibilidade.• Ele oferece melhores maneiras de atingir nossos objetivos

comuns?

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3) Complexidade• O plano é facilmente entendido pelos outros?

4) Capacidade de teste• O plano pode ser testado ou experimentado?

5) Visibilidade• Os outros podem perceber os efeitos do plano?

6) Outras perguntas• Que outros recursos serão necessários? Como posso

obtê-los?

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• Exemplos: Embraer.

• Segundo Miranda (2007), a empresa destaca-se pela sua estratégia corporativa – jatos regionais, e pela competência –design de aviações.

• “Para colocar seus produtos no mercado, a Embraer depende profundamente do apoio do Estado, principal financiador de suas exportações ao longo dos últimos anos”.

• “Logo, é na soma entre a capacitação tecnológica, os acordos de parcerias e o suporte do Estado que se encontra a chave do sucesso da Embraer no mercado da aviação e, por essa via, da própria indústria aeronáutica brasileira”.

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• Parceiros de risco da Embraer.• ERJ 145.• Empresa; Produto; País de origem.• C&D; Interiores; EUA.• Enaer; Fuselagem traseira; Chile.• Gamesa; Asas; Espanha.• Sonaca; Fuselagem e peças; Bélgica.

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O sucesso da empresa está baseado em três pontos:

1) Capacitação tecnológica – produtos diferenciados no mercado;

2) Capacitação para dirigir uma rede mundial de fornecedores;

3) Apoio do governo.

Miranda (2007), conclui:

“A presença da Embraer na economia brasileira sintetiza os mesmos elementos que estão no cerne das políticas atuais: conhecimento, tecnologia, inovação e empregos qualificados”.

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Indústria Automobilística

• As empresas fazem estudos de mercado com o objetivo de diminuir os riscos no seu lançamento.

• O lançamento de um novo produto deve significar para a empresa um acréscimo na sua parcela de mercado ou a manutenção de sua posição atual.

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38Fonte: Harris,

2006.

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O processo de desenvolvimento e seleção de novos produtos écomposto, basicamente, por cinco fases (Castro, 1979) (Rachid, 1994):

1) Idéias: variam de acordo com a área de atuação da empresa;

2) Análise: as idéias são comparadas com os objetivos da empresa;

3) Pesquisa de mercado: estudos realizados junto ao futuro mercado consumidor;

4) Desenvolvimento de produto: estudos de demanda, competição, análise do consumidor, custos, preço, canais de distribuição e desenvolvimento de protótipos;

5) Comercialização: estudos sobre a introdução e manutenção do produto no mercado, por exemplo, a criação da campanha promocional.

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Exemplos – Primeiro modelo da Ford

Fonte: Berkun, 2007.

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• Exemplos:

• Airbags (sistemas de proteção);

• Freios ABS;

• Controle inteligente de tração;

• Motores Flex Fuel.

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42Fonte: Aislin,

2004.

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“O drama é esse. A crise financeira e econômica coloca em questão a lógica industrial, que diz o seguinte: tenho que investir em novas tecnologias, ambientalmente mais legais, mais eficientes e de matrizes diferentes da do petróleo, que são poluentes.

A incerteza e a insegurança da pesquisa joga contra aquilo que seria a única salvação dessas empresas. É um dilema gigantesco”, Glauco Arbix.

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Toyota Prius

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GM Hummer

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Carro Elétrico Itaipu Fiat

Fonte: http://www2.itaipu.gov.br/ve/

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Exemplo – Primeira linha de montagem da Ford

Fonte: Berkun, 2007.

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Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria

• Em abril de 2007 foi realizado o segundo Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria (CNI, 2007).

• As principais conclusões do evento foram:

• O Brasil precisa dobrar seus investimentos em P&D nos próximos anos.

• O Sistema de Inovação Brasileiro precisa ser aprimorado, as instituições e instrumentos de política de inovação devem ser objetos de constantes avaliações.

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Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP)

• No começo de maio de 2008 o governo lançou uma nova política industrial denominada de Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP).

• Essa política tem como objetivo estimular exportação, investimento e inovação.

• Os principais objetivos do programa são:

• Aumentar o investimento fixo: elevar o investimento direto na economia para 21% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010.

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• Aumentar a inovação do setor privado: estimular a inovação no setor industrial. O objetivo é alcançar 0,65% do PIB em 2010.

• Expandir as exportações: ampliação da participação brasileira nas exportações mundiais para 1,5% do comércio mundial em 2010.

• Elevar exportações de pequenas e médias empresas: aumentar em 10% o número de micro e pequenas empresas exportadoras brasileiras.

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• A PDP está dividida em três categorias:

• Programas mobilizadores em áreas estratégicas: saúde, tecnologias de informação e comunicação, energia nuclear, a nanotecnologia e a biotecnologia.

• Programas para fortalecer a competitividade: construção civil, indústria naval, agroindústria, biodiesel, plásticos, têxtil e móveis.

• Programas para consolidar e expandir a liderança:petróleo e gás e petroquímica, mineração, siderurgia, celulose e carnes.

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Protec – Pró Inovação Tecnológica

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Conhecimento e Inovação

Fonte: Harris, 2006.

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Referências

A Crise veio atualizar a tragédia americana – Entrevista com Glauco Arbix. Valor Econômico. Caderno Eu&Fim de Semana. 3, 4 e 5 de abril de 2009.

Aislin. Oh, Oh! ... And other recent cartoons by Aislin. McArthur & Company. 2004.

Arbix, G. Inovar ou inovar – a indústria brasileira entre o passado e o futuro. Editora Papagaio. 2007.

Berkun, S. The Myths of Innovation. O’Reilly. 2007.

Bessant, J. & Tidd, J. Inovação e Empreendedorismo. Editora Bookman. 2009.

Castro, M. H. L. O Processo de Inovação na Indústria Automobilística Brasileira. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Minas Gerais. 1979.

Chesbrough, H. Open Innovation – The New Imperative for Creating and Profiting from

Technology. Harvard Business School Press. 2006.

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CNI – Confederação Nacional da Indústria. Inovar para Crescer: Propostas para Acelerar o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Brasileira. Segundo Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria. 2007. http://www.cni.org.br/inovação.

Escher. Obras. Editora Taschen. 2005.

Harris. A Ciência Ri. O melhor de Sidney Harris. Editora da Unesp. 2006.

Hitt, M.; Ireland, R. e Hoskisson, R. Administração Estratégica. Editora Thomson. 2008.

Mariotoni, C. A. & Naturesa, J. S. “Inovação Tecnológica, Eficiência Energética e os Investimentos na Indústria Brasileira”. Congresso Brasileiro de Eficiência Energética. 2007.

Miranda, Z. O vôo da Embraer – a competitividade brasileira na indústria de alta tecnologia. Editora Papagaio. 2007.

Referências

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Mowery, D. C. & Rosenberg, N. Trajetórias da inovação – A mudança tecnológica nos Estados Unidos da América no século XX. Editora da Unicamp. 2005.

PINTEC - Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica. 2003. Disponível em http://www.ibge.gov.br

POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO. http://www.desenvolvimento.gov.br/pdp/

Rachid, A. O Brasil imita o Japão? A qualidade em empresas de autopeças. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas. 1994.

Rosenberg, N. Por dentro da caixa-preta – Tecnologia e Economia. Editora da Unicamp. 2006.

Tereza, I. “Bens de capital e inovação terão destaque”. O Estado de S. Paulo, 11 de maio de 2008.

Referências