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Escola Secundária de São João da Talha Sociologia Leonor Neves Alves Ano letivo 2015/2016 Trabalho realizado por: Inês Santos nº5 e Ricardo Cardoso nº 15 Intera ção Social e Grupos Sociai s

Interação social

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Escola Secundária de São João da Talha Sociologia

Leonor Neves AlvesAno letivo 2015/2016

Trabalho realizado por: Inês Santos nº5 e Ricardo Cardoso nº 15

Interação

Social e

Grupos

Sociais

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Interação Social

Interações sociais são conjuntos de relações reciprocas entre, pelo menos, dois indivíduos e resultam de um jogo de expectativas mútuas em relação ao comportamento dos seus interlocutores

A Sociologia estuda a ação social, sendo este o comportamento social decorrente da vida que os indivíduos organizam em conjunto. Como por exemplo um simples cruzar de dois indivíduos na rua, demonstrando apenas reconhecimento um do outro através de um olhar fortuito ou até mesmo relações organizadas, como uma família, uma empresa ou uma cidade, onde encontramos múltiplas formas dos indivíduos se relacionarem. Todas estas situações que resultam da vida em conjunto são interações sociais.

A forma mais simples de interação social é a que se desenvolve entre duas pessoas, mas não muito simples pois resulta de uma complicada situação em que os dois intervenientes estruturam o seu comportamento em função daquilo que esperam um do outro, ou seja, sendo que um sujeito age tendo em conta aquilo que espera do outro e vice-versa.

O conhecimento que cada um tem ou não do outro levará a dois tipos diferentes de interação :

Situação não forma de interação social: quando os indivíduos não se conhecem e interagem pela primeira vez

Situação formal ou sistema de interações estruturadas: quando existe um «estado de relação», ou seja, quando existe uma relação formal de relacionamento. Neste caso existe uma espécie de jogo em que cada um estrutura a sua ação de acordo com um conjunto de «pressões» a que amos obedecem. Existe uma certa forma de constrangimento que os obriga a transformarem se em atores sociais representando papeis, neste caso papeis sociais esperados, pois agem em função das espectativas que têm um do outro.

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A Sociologia estuda então as interações resultantes das relações intersubjetivas ou reciprocas. Estas relações são as que estabelecem entre os indivíduos, apresentam um carater duradouro e resultam da prática ou desempenho de determinadas funções sociais. Exemplo dessas relações são a de pai/filho, marido/mulher, operário/patrão, governante/governado e traduzem – se em comportamentos próprios das funções que cada elemento desempenha na coletividade considerada. Assim, as relações intersubjetivas são sempre comportamentos conhecidos por quem os desempenha e esperados por aqueles para quem esses se dirigem. O papel desempenhado pelo pai traduz.se na execução de determinados comportamentos que o pai conhece e o filho espera, a mesma situação na relação professor/aluno, este espera determinado comportamento do aluno e vice-versa.

A relatividade da ação social No dia-a-dia de uma sociedade existem várias formas de interações sociais e o seu estudo pode revelar-nos muito dessa sociedade da sua cultura, sendo importante a sua análise. Estudar interações sociais implica considera-las no tempo e no espaço em que ocorrem. Por isso as interações relativas, devendo ser contextualizadas para que os conhecimentos obtidos façam sentido. Estudar o casamento ou namoro próprios de uma sociedade ocidental não é o mesmo que estudar numa sociedade islâmica, ou até mesmo em épocas diferentes.

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Grupos Sociais

Grupo é um conjunto de interações formais, estruturadas, contínuas entre agentes sociais que desempenham papéis recíprocos, segundo determinadas normas, interesses e valores sociais para a consecução de objetivos.

Quando esperamos pela chegada de qualquer transporte público, quando presenciamos um desafio desportivo, ou, simplesmente, quando nos reunimos com a nossa família para as refeições, estamos, naturalmente, a viver situações diferentes que correspondem a determinadas formas de agrupamento. No entanto, nem todos os agrupamentos de que fazemos têm as mesmas caraterísticas ou sevem para os mesmos fins. Agrupamentos como o clube de futebol, a empresa ou a família caraterizam-se por terem sido criados com finalidades bem definidas. Mas que os seus objetivos sejam alcançados pelos seus membros, cada coletividade explicitará um conjunto de ações a desenvolver, dando origem a papéis sociais. Em consequência, definir-se-ão posições próprias ou estatutos de cada individuo nos agrupamentos ou coletividades.

Um grupo será, pois, uma coletividade estruturada, sendo exemplo de grupos a família, a escola, o governo, etc. Quando não é possível encontrar a referida ordenação ou estrutura, teremos apenas coletividade não estruturadas. O conjunto de pessoas que, na rua, se reúne à volta de um acidente de trânsito ou as pessoas que esperam o autocarro são exemplos nisso. Nestas situações, apesar da relação física entre os indivíduos não existem entre eles qualquer tipo de relação estruturada.

Classificação dos agrupam

entos

Estruturados ou grupos

Quanto à presença do individuo

Grupos de pertença/grupos de referência

Quanto à função social

Família/ empresa/ igreja, etc.

Quanto ao tipo de relacionamento

Grupo primário/ grupo secundário

NãoEstruturados

Agregados sociaisCategorias sociais

Outros

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Caraterísticas dos grupos sociais:

Pluralidade de indivíduos - grupo dá ideia de coletivo Interação social - para que haja grupo como vimos, é preciso que os indivíduos interajam

uns com os outros; Organização  – é necessário certa ordem interna para que o grupo se mantenha estável; Objetividade e exterioridade - os grupos sociais são superiores e exteriores ao individuo,

isto é, quando uma pessoa entra no grupo, ele já existe; quando sai, ele continua a existir; Conteúdo internacional ou objetivo comum - os membros de um grupo unem-se em

torno de certos princípios ou valores para atingir um objetivo comum; Consciência grupal – são as maneiras de pensar, sentir e agir próprias do grupo;

compartilhamento de uma série de ideias, valores e modos de agir; Continuidade - as interações passageiras não chegam a formar grupos sociais estáveis;

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Tipos de grupos

Grupo primário, é aquele que mais próximo está de nós, em termos cronológicos e afetivos. Por isso, o tipo de relacionamento entre os seus elementos é informal, intimo, total. É o caso da família

Grupo secundário, é aquele em que o relacionamento é mais formal sendo, geralmente formado por um maior número de elementos e com finalidades de carater utilitarista. É o caso da empresa, do grupo politico, etc.

Grupos de pertença e grupo de referência

Grupo de pertença, é aquele a que o individuo se encontra ligado. É a família, a escola que frequenta a empresa, etc. Já o grupo de referência, é aquele a que o individuo, de um modo geral não pertence, mas gostaria de pertencer, por constituírem referências por si valorizadas. Estes grupos exercem ascendência sobre os indivíduos, incentivando o seu desejo de identificação e pertença. É o caso do jet set que representa um “grupo” ao qual certo tipo de indivíduos gostaria de pertencer, levando-os mesmo a imitar certos tipos de comportamentos.

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