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Invasões francesas

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Page 1: Invasões francesas

Invasões Francesas

Page 2: Invasões francesas

Na iminência da invasão, o príncipe regente, D. João,

fizera já saber a Napoleão que iria cumprir as disposições

do Bloqueio Continental e, em 30 de Outubro, declarara

mesmo guerra à Inglaterra, mandando prender em

Novembro os ingleses residentes em Portugal. A

Convenção secreta entre Portugal e a Inglaterra, assinada

no dia 22 de Outubro, estabelecia com segurança a

manobra luso-britânica de pôr a salvo a Família Real e o

governo português no Brasil.

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Sob o comando do General Jean-Andoche Junot, as

tropas francesas entraram na Espanha em 18 de Outubro

de 1807, cruzando o seu território em marcha acelerada

em pleno inverno, e alcançando a fronteira portuguesa em

20 de Novembro. Sem encontrar resistência militar, uma

coluna de tropas invasoras atingiu Abrantes em 24 de

Novembro.

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Faminto e desgastado pela marcha e pelo rigor da

estação, o exército francês teve dificuldade para

ultrapassar o rio Zêzere, entrando em Santarém em 28, de

onde partiu no mesmo dia, rumo a Lisboa, onde entrou em

30, à frente de dois regimentos em muito mau estado.

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Um dia antes, a Família Real e a corte portuguesa haviam

saído para o Brasil a bordo de uma larga esquadra

naval, protegida por naus britânicas, e levando consigo

cerca de 15 mil pessoas, deixando o governo do território

europeu de Portugal nas mãos de uma regência, com

instruções para não "resistir" aos invasores. Ficava vazio

de conteúdo o decreto de Napoleão publicado pelo jornal

francês Le Moniteur de 30 de Outubro, dando como banida

a Casa de Bragança do trono de Portugal.

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Ao chegar a Lisboa, Junot tomou medidas para a

instalação das tropas que o precediam. No dia 2 de

Dezembro, entrou na cidade o general Laborde, com os

efectivos reduzidos e extenuados, com muitos homens

montados em burros, mal podendo estar de pé. Três

semanas depois de chegar a Lisboa, Junot tinha ainda

apenas um efectivo de 10 mil dos 28 mil soldados

franceses que tinham invadido Portugal, distribuindo-os ao

redor de Lisboa.

Page 7: Invasões francesas

A divisão espanhola de Solano, saindo de Badajoz, tomara

entretanto Elvas e Campo Maior, indo estabelecer o seu

quartel-general em Setúbal, ocupando também Alcácer do

Sal e, no Algarve, Tavira e Lagos. A divisão de

Tarranco, com cerca de 6 mil homens, entrou por Valença

e foi garantir a tomada da cidade do Porto, onde já estava

o general Juan Carrafa com 4 mil homens, vindos por

Tomar e Coimbra. Iniciava-se o período do domínio

francês de "El-Rei Junot".

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Entretanto, Napoleão envia mais tropas para o norte de

Espanha que, sob o pretexto apoiar as tropas de ocupação

em Portugal, tomam as cidades de

Pamplona, Barcelona, Figueras (Catalunha) e San

Sebastian. O marechal Joaquim Murat, cunhado de

Napoleão, atravessa então Bidassoa e marcha com 100

mil soldados sobre Madrid. Antes de Murat chegar a

Madrid, uma rebelião em Aranjuez, em 19 de Março de

1808, depõe o rei Carlos IV, afasta Manuel Godoy, e

coloca no trono espanhol o príncipe das Asturias, com o

nome de Fernando VII.

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O rei Fernando VII recebe o marechal Murat como

aliado, confiando ainda que Napoleão cumprirá o Tratado

de Fontainebleau. Em Abril, o rei Fernando VII de Espanha

é forçado a abdicar em Baiona e a reconhecer José

Bonaparte como rei de Espanha. Além do rei Fernando VII

de Espanha, são colocados sob prisão Carlos IV, a

rainha, e Manuel de Godoy.

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Perante a anulação da Casa Real Espanhola, ocorre o

levantamento de 2 de maio da população de Madrid contra

os franceses, levando Murat a ordenar o fuzilamento de

milhares de espanhóis, que Francisco Goya, em

1814, veio a homenagear no quadro "Os fuzilamentos de 3

de Maio". Durante o mês de Maio e Junho, eclodem

insurreições populares contra as tropas francesas de

ocupação por toda a Espanha e Portugal .

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Em 9 de Maio de 1808, o príncipe regente de Portugal, no

Brasil, declarava nulos todos os tratados de Portugal com

a França, declarando guerra aos franceses e amizade ao

seu antigo aliado, a Grã-Bretanha. No Porto, em 6 de

Junho, vai abrir-se um período de revoltas populares

contra a ocupação francesa, em resultado das quais as

populações de Chaves, Miranda, Torre de

Moncorvo, Ruivães, Vila Real, entre outras, responderam

imediatamente à chamada. Sob o comando do tenente-

general Sepúlveda o movimento de Trás-os-Montes voltou

ao Porto, onde foi nomeada a Junta Provisional do

Supremo Governo do Reino (1808), sob o comando do

bispo do Porto, D. António de Castro.

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A notícia do levantamento do povo espanhol levou o

general Solano a retirar com as suas tropas para Espanha.

O general Quesnel, um francês que substituíra Tarrancos

por morte deste, é preso pelas tropas espanholas de

Balestra que, entretanto, recebera também ordem de

regressar a Espanha.

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Em Portugal, as tropas francesas sob o comando de Junot

ficam reduzidas às concentrações numa área em volta de

Lisboa, delimitada pelo Atlântico, o rio Tejo, e por uma

linha que ia de Peniche até Abrantes. No resto do

território, os franceses dispunham de forças em posições

fortificadas em Setúbal, Almeida e Elvas. Fora dessa área

e dessas localidades, os franceses deslocavam-se ainda

com um certo à vontade, provocando baixas às forças

portuguesas e às populações que se lhes opunham.

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A resistência portuguesa crescia porém dia-a-dia. Quando

uma força francesa sob o comando do general

Loison, sediada em Almeida, tentou marchar sobre o

Porto, viu-se cercada por forças de guerrilha de

camponeses rudimentarmente armados, mas muito

aguerridos. Após três dias de combates, Loison é forçado

a retroceder.

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No sul do país, a tão esquecida revolta de Olhão teria

mesmo tomado a dianteira nos combates corpo-a-

corpo, no dia 16 de Junho, tendo sido inclusivamente

considerada pelo próprio príncipe regente, como "o

primeiro sinal para se restaurar a Monarquia" (ver Alvará

Régio de 15 de Novembro de 1808), elevando o então

lugar a Vila de Olhão da Restauração.

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A Junta do Porto, sob o comando do bispo D. António de

Castro, vai manter-se ao lado dos resistentes ao ocupante

francês. No dia 24 de Julho, depois de passar pela

Corunha, desembarca no Porto o general Arthur Wellesley

(mais tarde duque de Wellington), onde recebe algum

apoio, mas sobretudo preciosas informações sobre a

situação militar no conjunto do território português. No dia

seguinte, Wellesley decide navegar até à entrada do Tejo

para consultas com o almirante Charles Cotton,

comandante naval britânico na área. O forte de Peniche

estava ocupado por forças francesas e no Tejo estava por

perto uma esquadra russa. Decidem fazer o desembarque

das tropas britânicas na foz do Mondego.

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No dia 1 de Agosto, as tropas britânicas começaram a

desembarcar perto da Figueira da Foz, marchando no dia

10 em direcção a Leiria onde se juntaram às forças

portuguesas de Bernardino Freire, comandante do exército

português em Montemor-o-Velho. No total seriam cerca de

20 mil homens; 14 mil britânicos e 6 mil portugueses. Do

lado francês, havia inicialmente 30 mil homens, mas

calculou-se que não haveria agora mais de 12 mil homens

nos arredores da capital. Os restantes estariam

distribuídos por Tomar, Abrantes, etc., a que havia que

descontar o número de baixas provocados pelas guerrilhas

populares e pelas deserções. Travaram-se, na

seqüência, a batalha de Roliça e a batalha do

Vimeiro, vencidas pelos aliados Portugal/Reino Unido da

Grã-Bretanha forçando à Convenção de Sintra.

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Trabalho realizado por:

JOÃO SOARES