43
Projecto de Investigação: Violência Doméstica/Familiar e Escola Identificação, Sinalização e Intervenção Questionário de Percepções sobre Violência Doméstica/Familiar para Profissionais em Contexto Escolar Resultados Finais João REDONDO, Tiago FARIA-MORAIS, Cristina BAPTISTA & Grupo Violência Escola Coimbra, 2 de Abril de 2011

Investigação" Percepção violência-escola"

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Investigação" Percepção violência-escola"

Projecto de Investigação:

Violência Doméstica/Familiar e Escola Identificação, Sinalização e Intervenção

Questionário de Percepções sobre Violência

Doméstica/Familiar para Profissionais em Contexto Escolar

Resultados Finais

João REDONDO, Tiago FARIA-MORAIS, Cristina

BAPTISTA & Grupo Violência Escola

Coimbra, 2 de Abril de 2011

Page 2: Investigação" Percepção violência-escola"

Nota Introdutória (fundamentação)

• A violência doméstica/familiar (VD):

– Atinge crianças, adolescentes, mulheres e idosos;

– Constitui uma violação e limitação dos direitos humanos;

– Acontece em todos os estratos e sectores da sociedade;

– Produz considerável sofrimento e consequências negativas para a saúde ao nível do bem-estar geral, psicológico, físico ou social, bem como do desenvolvimento individual.

• Problema complexo, muitas vezes envolto no silêncio (não há respostas fáceis mas que urge combater em tempo útil);

• As consequências poderão emergir, entre outros, no contexto escolar — e visando contribuir para a implementação de respostas mais rápidas e adequadas, a par de uma identificação/sinalização mais precoce das situações — surge o presente projecto de investigação.

Page 3: Investigação" Percepção violência-escola"

Objectivos

Page 4: Investigação" Percepção violência-escola"

Objectivos Gerais

• Envolver e dotar os vários agentes (a nível da Escola) dos modelos e estratégias/instrumentos;

• Reforçar a importância de uma perspectiva multidisciplinar, multisectorial e em rede (família, redes primárias e secundárias), na leitura, compreensão e intervenção de cada situação;

• Estimular/motivar as famílias a pedir ajuda mais precocemente e a cumprir com as intervenções propostas.

Page 5: Investigação" Percepção violência-escola"

Objectivos específicos

• Construir o questionário;

• Obter informação sobre as perspectivas dos profissionais;

• Compreender como identificam, actuam e sinalizam as situações, ou como (eventualmente) solicitam ajuda especializada para as combater;

• Identificar as principais necessidades e dificuldades na identificação, sinalização e intervenção em situações de violência doméstica/familiar.

Page 6: Investigação" Percepção violência-escola"

Metodologia

Page 7: Investigação" Percepção violência-escola"

1. Revisão de instrumentos e da literatura científica da área;

2. Identificação das variáveis e dimensões a incluir no questionário;

3. Construção do “Questionário de percepções sobre Violência Doméstica/Familiar para profissionais em Contexto Escolar”;

4. Validação semântica do questionário numa amostra de profissionais da comunidade escolar de Coimbra;

5. Administração do questionário em várias escolas de Coimbra junto de profissionais da comunidade escolar;

6. Análise dos dados obtidos;

7. Apresentação e discussão dos resultados.

Page 8: Investigação" Percepção violência-escola"

Resultados

Page 9: Investigação" Percepção violência-escola"

Caracterização da amostra - Validação semântica

N=26 Percentagem (%)

Género Masculino 19,2

Feminino 80,8

Profissão Assistente Operacional 73,1

Professor/a 26,9

Escola Jaime Cortesão 42,3

Agrupamento Ceira 57,7

Idade Média Máximo Mínimo

44,88 59 29

Page 10: Investigação" Percepção violência-escola"

Validação semântica

Muito adequado

Adequado

Pouco adequado

Nada adequado

53.8

46.2

--

--

Muito bem

Bem

Mal

Não se compreendem

53.8

46.2

--

--

Adequação

Compreensibilidade

Page 11: Investigação" Percepção violência-escola"

Validação semântica

Muito importantes

Importantes

Pouco importantes

Nada importantes

46.2

46.2

7.7

--

Sim

Não

11.5

88.5

Sim

Não

--

100

Alguma questão que não quisesse responder

Alguma alteração que gostasse de fazer

Importância

Page 12: Investigação" Percepção violência-escola"

Caracterização da amostra (N=182)

Escola Percent

(%) Frequência

Jaime Cortesão 9,9 18

Martim de Freitas 23,1 42

Quinta das Flores 14,3 26

D. Dinis 13,2 24

D. Duarte 16,5 30

Taveiro 7,1 13

Avelar Brotero 7,1 14

Ceira 8,2 15

Profissão Percent

(%) Frequência

Assistente Operacional

34,6 63

Professor/a 65,4 119

Page 13: Investigação" Percepção violência-escola"

Percent (%)

21-30 10,2

31-40 11,4

41-50 28,4

51-60 48,9

61-70 1,1

Percent (%)

Frequência

Masculino 14,8 27

Feminino 85,2 155

Caracterização da amostra (N=182)

Faixa-etária

Género

Page 14: Investigação" Percepção violência-escola"

Definição de Violência – Geral

Page 15: Investigação" Percepção violência-escola"

Definição Violência – Masculino

Page 16: Investigação" Percepção violência-escola"

Definição Violência – Feminino

Page 17: Investigação" Percepção violência-escola"

Definição Violência – Assistente Operacional

Page 18: Investigação" Percepção violência-escola"

Definição Violência – Professor/a

Page 19: Investigação" Percepção violência-escola"

Identificou situação de Violência Familiar?

Page 20: Investigação" Percepção violência-escola"

• Comparação entre género

Situações detectadas:

• Comparação entre profissão

Page 21: Investigação" Percepção violência-escola"

Como detectou situação – Geral

Page 22: Investigação" Percepção violência-escola"

Como detectou situação – Masculino

Page 23: Investigação" Percepção violência-escola"

Como detectou situação – Feminino

Page 24: Investigação" Percepção violência-escola"

Como detectou situação – Assistente Operacional

Page 25: Investigação" Percepção violência-escola"

Como detectou situação – Professor/a

Page 26: Investigação" Percepção violência-escola"

Como detectaria situação – Geral

Page 27: Investigação" Percepção violência-escola"

Como detectaria situação – Masculino

Page 28: Investigação" Percepção violência-escola"

Como detectaria situação – Feminino

Page 29: Investigação" Percepção violência-escola"

Como detectaria situação – Assistente Operacional

Page 30: Investigação" Percepção violência-escola"

Como detectaria situação – Professor/a

Page 31: Investigação" Percepção violência-escola"

Encaminhamento / Aconselhamento

Page 32: Investigação" Percepção violência-escola"

Entidades mais procuradas

Page 33: Investigação" Percepção violência-escola"

Factores Associados - Geral

Page 34: Investigação" Percepção violência-escola"

Factores Associados - Masculino

Page 35: Investigação" Percepção violência-escola"

Factores Associados - Feminino

Page 36: Investigação" Percepção violência-escola"

Factores Associados – Assistente Operacional

Page 37: Investigação" Percepção violência-escola"

Factores Associados – Professor/a

Page 38: Investigação" Percepção violência-escola"

Impacto da Violência Familiar no aluno:

Page 39: Investigação" Percepção violência-escola"

Formação na área da Violência Familiar

Page 40: Investigação" Percepção violência-escola"

Discussão

Page 41: Investigação" Percepção violência-escola"

Discussão

• Limitações: – Amostra não aleatória; – Contextos de recolha (variabilidade reduzida); – Metodologia (análise de dados).

• Validação semântica – boa impressão geral, compreensibilidade,

adequação e importância do questionário; • Homens mais direccionados e mulheres mais abrangentes; • Elevado número de respondentes não especifica entidades eventual

sinal de desconhecimento sobre a quem devem recorrer; • Número muito reduzido de respondentes com formação; • Grande maioria (69%) nunca detectou qualquer situação; • Identificação massiva de impacto no desempenho escolar e

comportamento;

Page 42: Investigação" Percepção violência-escola"

Discussão

• Situações são detectadas mais pelo recurso ao diálogo (relato do aluno, do encarregado de Educação, ou abordar o tema);

• Quem não detectou espera fazê-lo por questões mais físicas ou psicológicas (marcas, isolamento, tristeza, agressividade);

• Importância do estudo: • Identificação de necessidades específicas e maior compreensibilidade sobre conceitos e

perspectivas acerca de Violência Familiar de profissionais em contexto escolar; • Conhecimento mais aprofundado de contexto privilegiado para

identificação/prevenção/intervenção de situações de Violência Familiar.

• Direcções futuras: – Alargamento dos contextos de recolha da amostra; – Estudos comparativos; – Formação dirigida a necessidades específicas; – Planos de intervenção que correspondam às reais necessidades; – Criação de instrumentos e redes de trabalho adequados; – Estimular a parceria e a cooperação interinstitucional; – Recolha de perfis, dinâmicas e padrões de interacção em famílias com Violência Familiar.

Page 43: Investigação" Percepção violência-escola"

Colaboração

• Ana Maria Abreu (Professora, Agrupamento de Escolas Doutora Mª Alice Gouveia);

• Ana Pato Catroga (Professora, Escola Secundária de José Falcão)

• Ana Paula Santos (Professora, Escola Secundária de D. Duarte)

• Anabela Cardoso (Psicóloga, Escola Secundária Avelar Brotero);

• Alcina Marques (Psicóloga, Agrupamento de Escolas Doutora Mª Alice Gouveia);

• Ana Sampaio (Psicóloga, Agrupamento de Escolas de Ceira);

• Eugénia Lemos (Professora, Secundária Avelar Brotero);

• Fátima Cosme (Psicóloga, Escola Secundária de José Falcão);

• Glória Sá Marques (Professora, Escola Secundária Quinta das Flores);

• Isabel Morais (Psicóloga, Escola Secundária de D. Duarte);

• João Paulo Mendes (Psicólogo, Escola Secundária D. Dinis);

• Laura Diogo (Psicóloga, Agrupamento de Escolas de Taveiro);

• Leonor Negrão (Professora, Agrupamento de Escolas de Taveiro);

• Manuela Lucas (Psicóloga, Escola Secundária Quinta das Flores);

• Maria Clara Fernandes (Professora, Agrupamento de Escolas Doutora Mª Alice Gouveia);

• Maria da Conceição Mendes (Professora, Escola Secundária Jaime Cortesão);

• Maria Irene Carvalho (Representante pessoal não docente, Agrupamento de Escolas de Ceira);

• Paula Brito (Professora, Agrupamento de Escolas de Ceira);

• Rosa Carreira (Psicóloga, Agrupamento de Escolas Martins de Freitas).