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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO TEXTUAL IPT- I SEMESTRE: 1º PROF:Ms Florcema F.Bacellar

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Apostila de IPT 1ºsemestre

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO TEXTUALIPT- I

SEMESTRE: 1º

PROF:Ms Florcema F.Bacellar

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2013

CRONOGRAMA DE INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTO1ae 2a. Aulas - A leitura como fonte de conhecimento e participação na sociedade;FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. 16ª ed. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2003. (Lição 3 e 4)

3a. e 4a. Aulas - as diferentes linguagens: verbal, não verbal; formal e informal;FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. 16ª ed. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2003. (Lição 40)

5a. Aula - noções de texto: unidade de sentido;FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. 16ª ed. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2003. (Lição 1)

6a. Aula - textos orais e escritos;Textos com temas variados para interpretação e produção;

7a. e 8a. Aulas - estilos e gêneros discursivos: jornalístico, científico, técnico, literário, publicitário entre outros;FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. 16ª ed. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2003. (Lição 34, 38, 44)

9a. e 10a. Aula - Qualidades do texto: coerência, coesão, clareza, concisão e correção gramatical;FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. 16ª ed. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2003. (Lição 29, 30 e 31)

11a. e 12a. Aula - complemento gramatical;FARACO, Carlos Alberto e TEZZA, Cristovão. 11ª ed. Prática de texto para estudantes universitários. Petrópolis: Vozes, 2003. ( os itens indicados em Tópicos da Língua Padrão, distribuídos ao longo do livro)

BIBLIOGRAFIABibliografia Básica

FARACO, Carlos Alberto e TEZZA, Cristovão. Prática de texto para estudantes universitários. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 2003.FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2004. Bibliografia Complementar

BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. 21.ed.São Paulo: Ática, 2005.EMEDIATO, Wander. A fórmula do texto: redação, argumentação e leitura. São Paulo: Geração Editorial, 2004.FERRARA, Lucrécia. Leitura sem palavras. São Paulo: Ática, 1997. GRION, Laurinda. Dicas para uma boa redação: como obter mais objetividade e clareza em seus textos. São Paulo: Edicta, 2004.LUFT, Celso Pedro. Moderna gramática brasileira. Rio de Janeiro: Globo, 1997.NUNES, Marina Martinez. Redação eficaz: como produzir textos objetivos. São Paulo: Sagra Luzzatto, 2000.PERISSÉ, Gabriel. Ler, pensar e escrever. São Paulo: Arte e Ciência, 2004.TRAVAGLIA, Luiz e KOCH, Ingedore. A coerência textual. São Paulo: Contexto, Dicionários diversos, jornais e revistas.

PLANO DE ENSINO2013– 1º SEMESTRE

CURSO: ADM-ENG-PSIC-DISCIPLINA: INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO TEXTUAL (IPT)CARGA HORÁRIA: 2 HORAS/SEMANAL

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PROFESSORES: Florcema F. BacellarFUNCIONAL: 460796

Nº de Aulas

Dias LetivosDia/Mes

Conteúdo Tipo de Aula: expositiva, seminário, discussão de texto, aula extraclasse,

palestra, visita técnica, etc1 1º sem Apresentação do

conteúdo. Critério de avaliação e explicação do

planejamento.Sondagem gramatical

Expositiva e prática.

2 2º sem Texto: A leitura como conhecimento. Níveis de leitura de um texto. Exercícios.

Discussão de texto.

3 3º sem As diferentes linguagens: verbal, não-verbal, formal, informal. Níveis de linguagem. Texto: Este texto tem mil palavras.

Expositiva e discussão de textos.

4 4ºsem Noções de texto: unidade de sentido; diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos. Exercícios: “Inácio da Catingueira e Romano”; “Os desastres de Sofia”.

Expositiva e discussão de textos.

5 5ºsem Tópicos gramaticais: acentuação e o uso do sinal da crase. Música: Construção de Chico Buarque.

Aplicação prática do conteúdo com orientação do professor.

6 6ºsem Avaliação do livro “O Monge e o Executivo”

Revisão para prova Esclarecimentos de dúvidas7 7º sem NP1 ( A CONFIRMAR)

VALOR 10,0Prova elaborada com questões objetivas e dissertativas sobre o conteúdo do 1º bimestre.

8 8º sem Vista de provas, correção e explicação. Estilos e gêneros discursivos: jornalístico, científico, técnico, literário, publicitário entre outros.

Esclarecimento de dúvidas. Aplicação prática do conteúdo com orientação do professor.

9 9ºsem Qualidades do texto: coerência, coesão, clareza, concisão e

correção gramatical.

Aplicação prática do conteúdo com orientação do professor.

10 10ºsem Continuação: - Qualidades do texto: coerência, coesão, clareza, concisão e correção gramatical. Exercícios.

Aplicação prática do conteúdo com orientação do professor.

11 11º sem Complemento gramatical o Aplicação prática do conteúdo com orientação

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uso do porquê. Exercícios variados sobre tópicos gramaticais.

do professor.

12 12º sem Texto e interpretação: coerência, coesão, clareza, concisão.

Aplicação prática do conteúdo com orientação do professor.

13 13º sem Complemento gramatical. Emprego dos verbos.

Aplicação prática do conteúdo com orientação do professor.

14 14º sem Revisão para prova Esclarecimentos de dúvidas

15 15º sem NP2 ( a confirmar) Provas elaboradas com questões objetivas e dissertativas sobre o conteúdo do 2º bimestre.

16 16º sem Semana de provas .

17 17º sem Substitutivas e revisão de provas

18 18º sem Exame ( valor 10,0)

.

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Curiosidades ortográficas:

A fim ou afim?

Escrevemos afim, quando queremos dizer semelhante. (O gosto dela era afim ao da turma.)

Escrevemos a fim (de), quando queremos indicar finalidade. (Veio a fim de conhecer os parentes. /

Pensemos bastante, a fim de que respondamos certo. / Ela não está a fim do rapaz.)

A par ou ao par?

A expressão ao par significa sem ágio no câmbio. Portanto, se quisermos utilizar esse tipo de expressão,

significando ciente, deveremos escrever a par.

Fiquei a par dos fatos. / A moça não está a par do assunto.

A cerca de, acerca de ou há cerca de?

A cerca de significa a uma distância. (Teresópolis fica a cerca de uma hora de carro do Rio.)

Acerca de - significa sobre. (Conversamos acerca de política.)

Há cerca de - significa que faz ou existe(m) aproximadamente. (Mudei-me para este apartamento há cerca

de oito anos. / Há cerca de doze mil candidatos, concorrendo às vagas.)

Ao encontro de ou de encontro a?

Ao encontro de - quer dizer favorável a, para junto de. (Vamos ao encontro dos nossos amigos. / Isso vem

ao encontro dos anseios da turma.)

De encontro a - quer dizer contra. (Um automóvel foi de encontro a outro. / Este ato desagradou aos

funcionários, porque veio de encontro às suas aspirações.)

Há ou a?

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Quando nos referimos a um determinado espaço de tempo, podemos escrever há ou a, nas seguintes

situações:

Há - quando o espaço de tempo já tiver decorrido. (Ela saiu há dez minutos.)

A - quando o espaço de tempo ainda não transcorreu. (Ela voltará daqui a dez minutos.)

Haver ou ter?

Embora usado largamente na fala diária, a gramática não aceita a substituição do verbo haver pelo ter.

Deve-se dizer, portanto, não havia mais leite na padaria.

Se não ou senão?

Emprega-se o primeiro, quando o se pode ser substituído por caso ou na hipótese de que.

Se não chover, viajarei amanhã (= caso não chova - ou na hipótese de que não chova, viajarei amanhã).

Se não se tratar dessa alternativa, a expressão sempre se escreverá com uma só palavra: senão.

Vá de uma vez, senão você vai se atrasar. (senão = caso contrário).

Nada mais havia a fazer senão conformar-se com a situação (senão = a não ser).

"As pedras achadas pelo bandeirante não eram esmeraldas, senão turmalinas, puras turmalinas"

(senão = mas).

Não havia um senão naquele rapaz. (senão = defeito).

Haja vista ou haja visto?

Apenas a primeira opção é correta, porque a palavra "vista", nessa expressão, é invariável.

Haja vista o trágico acontecimento... (hajam vista os acontecimentos...)

Em vez de ou ao invés de?

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A expressão em vez de significa em lugar de. (Hoje, Pedro foi em vez de Paulo. / Em vez de você, vou eu

para Petrópolis.)

A expressão ao invés de significa ao contrário de. (Ao invés de proteger, resolveu não assumir. / Ao invés

de melhorar, sua atitude piorou a situação).

afim de. Trata-se de um uso mais freqüente na linguagem atual.

A forma porquê representa um substantivo. Significa causa, razão, motivo e normalmente surge acompanha

de uma palavra determinando, um artigo, por exemplo.

Creio que os verdadeiros porquês mais uma vez não vieram à luz.

O MESMO

Está havendo, hoje em dia, um certo abuso no tocante à palavra "mesmo", que tem sido usada no lugar de nomes

e pronomes de modo indevido e inconveniente. "Mesmo" pertence a diversas categorias gramaticais e seu emprego

é correto nas seguintes situações:

– como adjetivo/pronome (portanto variável), com o sentido de "exato, idêntico, tal qual, próprio, em

pessoa":

1. Foi pelo mesmo caminho.

2. Sou sempre a mesma pessoa.

3. Eles mesmos redigiram o discurso.

– como advérbio (portanto invariável), com o significado de "justamente, até, ainda, realmente":

4. É lá mesmo que vendem o produto.

5. Estes remédios são mesmo eficazes.

6. Há mesmo necessidade disso?

– como substantivo (expressão invariável, no masculino), significando "a mesma coisa":

7. Disse a ela o mesmo que disse a mim

O problema está em usar "mesmo" no lugar dos pronomes pessoais, sejam do caso reto (principalmente a terceira

pessoa: ele/ela) ou do caso oblíquo (o/a, lhe etc.). Isso indica pobreza de linguagem, falta de familiaridade com os

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pronomes pessoais, desconhecimento da língua, enfim. Algumas vezes, a pessoa tem insegurança no trato com os

pronomes mas ao mesmo tempo sabe que deve evitar a repetição de um determinado substantivo, então usa um

"mesmo" (ou "mesma", se for feminino) no seu lugar. Observe que nos exemplos 1 e 2 "mesmo" acompanha um

substantivo – não o substitui. No exemplo 3 acompanha um pronome. Em 4, acompanha um advérbio. Em 5 e 6, um

adjetivo. Em nenhum caso de boa redação a palavra "mesmo" toma a vez do substantivo.

É mais uma questão de estilo do que de gramaticalidade. Digamos, então, que fica ruim, ou não convém, escrever

da forma abaixo:

Insatisfeito, foi à diretora e pediu que a mesma lhe concedesse o abono.

Ontem vi meu ex-chefe e convidei o mesmo para um cafezinho.

Já que o secretário executivo esteve nos visitando, entregamos ao mesmo a documentação.

Não importa quem seja o pai do Plano Real, mas quem manteve o mesmo a despeito de toda decisão desastrada do

Sr. Itamar.

Busque as fichas no almoxarifado e verifique se as mesmas estão carimbadas.

Desejando rever o conteúdo jurídico do projeto, solicito seja o mesmo retirado de pauta.

Excelente a entrevista. A mesma mostrou que Lula é um homem simples e corajoso.

Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se neste andar.

Em bom português você diria assim:

Insatisfeito, foi à diretora e pediu que ela lhe concedesse o abono.

Ontem vi meu ex-chefe e o convidei para um cafezinho.

Já que o secretário executivo esteve nos visitando, entregamos a ele (ou entregamos-lhe) a documentação.

Não importa quem seja o pai do Plano Real, mas quem o manteve a despeito de toda decisão desastrada do Sr.

Itamar.

Busque as fichas no almoxarifado e verifique se elas estão carimbadas.

Desejando rever o projeto, solicitou seja ele retirado de pauta.

Excelente a entrevista. Ela mostrou que Lula é um homem simples e corajoso.

Às vezes não é nem mesmo preciso usar o pronome reto explicitamente – ele/ela, eles/elas podem ficar

subentendidos, como nos três últimos exemplos:

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Busque as fichas no almoxarifado e verifique se estão carimbadas.

Desejando rever o projeto, solicitou seja retirado de pauta.

Excelente a entrevista. Mostrou que Lula é um homem simples e corajoso.

Antes de entrar no elevador, verifique se ele se encontra neste andar.

EMPREGO DO PORQUÊ

POR QUE- interrogativa com preposição (por) e um pronome interrogativo (que):

“― Por que devemos nos preocupar com o meio ambiente?”“Não é fácil saber por que a situação persiste em não melhorar”.

- preposição (por) e pronome relativo (que), equivalendo a pelo qual. “O túnel por que deveríamos passar desabou ontem”.

- expressão equivalente a por qual razão ou por qual motivo: “Os motivos por que não veio são desconhecidos”.“Não sei por que você se comportou daquela maneira”.

POR QUÊ- final de frase:

― Você ainda tem coragem de perguntar por quê?― Não sei por quê!

PORQUE- conjunção indicando explicação ou causa, equivalendo a: pois, já que, uma vez que, como: “Volte durante o dia, porque a estrada é muito ruim”. “A situação agravou-se porque ninguém reclamou”. “Porque, sempre que a gente olha, o céu está em cima... “

- conjunção indicando finalidade, equivalendo a para que, a fim de: “― Não julgues porque não te julguem.”

PORQUÊ- substantivo, sendo acompanhado de palavra determinante:

“Não é fácil encontrar o porquê de toda essa confusão”.“― Dê-me ao menos um porquê para sua atitude”.

1. Complete com por que (interrogativa direta ou indireta, equivale a pelo qual, indica razão motivo) ou por quê (final de frase).

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a) — _________________ devemos falar a verdade?b) Não é fácil saber _________________ ele persiste em mentir.c) A estrada _________________ deveríamos passar está interditada.d) Os motivos _________________ não vieram são desconhecidos.e) Não interessa _________________ você se comportou daquela maneira.f) — Você ainda tem coragem de perguntar _________________ ?

2. Complete com porque (explicação ou causa, equivalendo a pois, já que, como) ou porquê (substantivo).a) Faça silêncio, ___________________ você está em um hospital.b) A situação agravou-se ___________________ ninguém reclamou.c) Resta ainda descobrir o ___________________ dessas declarações.

Todos desconhecem o __________________ de sua revolta.

II- EMPREGO DA CRASE

Crase é a fusão (ou contração) de duas vogais idênticas numa só. Em linguagem escrita, a crase é representada pelo acento grave. Exemplo:

Vamos à cidade logo depois do almoço.a|

prep.

+ a |

art.

Observe que o verbo ir requer a preposição a e o substantivo cidade pede o artigo a.Ocorrência da crase

1. Preposição a + artigos a, as: Fui à feira ontem. Paulo dedica-se às artes marciais.

OBSERVAÇÕESa) Quando o nome não admitir artigo, não poderá haver crase: Vou a Campinas amanhã. Estamos viajando em direção a Roma.

No entanto, se houver um modificador do nome, haverá crase: Vou à Campinas das andorinhas. Estamos viajando em direção à Roma das Sete Colinas.

b) Ocorre a crase somente se os nomes femininos puderem ser substituídos por nomes masculinos, que admitam ao antes deles: Vou à praia. Vou ao campo.Portanto, não haverá crase em:

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Ela escreveu a redação a tinta. (Ela escreveu a redação a lápis.)

Compramos a TV a vista. (Compramos a TV a prazo.)

2. Preposição a + pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: Maria referiu-se àquele cavalheiro de terno cinza. Depois nos dirigimos àquelas mulheres da Associação. Nunca me reportei àquilo que você disse.

3. Na indicação de horas: João se levanta às sete horas. Devemos atrasar o relógio à zero hora. Eles chegaram à meia-noite.

4. Antes de nomes que apresentam a palavra moda (ou maneira) implícita: Adoro bife à milanesa. Eles querem vitela à parmegiana. Ele vestiu-se à Fidel Castro. Ele cortou o cabelo à Nero.

5. Em locuções adverbiais constituídas de substantivo feminino plural: Pedrinho costuma ir ao cinema às escondidas. Às vezes preferimos viajar de carro. Eles partiram às pressas e não deixaram o novo endereço.

6. Em locuções prepositivas e conjuntivas constituídas de substantivo feminino: Eles vivem à custa do Estado. Estamos todos à mercê dos bandidos. Fica sempre mais frio à proporção que nos aproximamos do Sul. Sentimos medo à medida que crescia o movimento de soldados na praça.

Principais casos em que não ocorre a crase

1. diante de substantivo masculino: Compramos a TV a prazo. Ele leva tudo a ferro e fogo. Por favor, façam o exercício a lápis.

2. diante de verbo no infinitivo: A pobre criança ficou a chorar o dia todo. Quando os convidados começaram a chegar, tudo já estava pronto.

3. diante de nome de cidade: Vou a Curitiba visitar uma amiga. Eles chegaram a Londres ontem.

4. diante de pronome que não admite artigo (pessoal, de tratamento, demonstrativo, indefinido e relativo): Ele se dirigiu a ela com rudeza.

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Direi a Vossa Majestade quais são os nossos planos. Onde você pensa que vai a esta hora da noite? Devolva o livro a qualquer pessoa da biblioteca. Todos os dias agradeço a Deus, a quem tudo devo.

5. diante do artigo indefinido uma: O policial dirigiu-se a uma senhora vestida de vermelho. O garoto entregou o envelope a uma funcionária da recepção.

6. em expressões que apresentam substantivos repetidos: Ela ficou cara a cara com o assassino. Eles examinaram tudo de ponta a ponta.

7. diante de palavras no plural, precedidas apenas de preposição: Nunca me junto a pessoas que falam demais. Eles costumam ir a reuniões do Partido Verde.

8. diante de numerais cardinais: Após as enchentes, o número de vítimas chega a trezentos. Daqui a duas semanas estarei em férias

9. diante de nomes célebres e nomes de santos: O artigo reporta-se a Carlota Joaquina de maneira bastante desrespeitosa. Ela fez uma promessa a Santa Cecília.

10. diante da palavra casa, quando esta não apresenta adjunto adnominal: Estava frio. Fernando havia voltado a casa para apanhar um agasalho. Antes de chegar a casa, o malandro limpou a mancha de batom do rosto.

NOTAQuando a palavra casa apresentar modificador, haverá crase: Vou à casa de Pedro.

11. diante da palavra Dona: O mensageiro entregou a encomenda a Dona Sebastiana. Foi só um susto. O macaco nada fez a Dona Maria Helena.

12. diante da palavra terra, como sinônimo de terra firme: O capitão informou que estamos quase chegando a terra. Depois de dois meses de mar aberto, regressamos finalmente a terra.

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Ocorrência facultativa da crase

1. antes de nome próprio feminino: Entreguei o cheque à Paula. OU Entreguei o cheque a Paula. Paulo dedicou uma canção à Teresinha. OU Paulo dedicou uma canção a Teresinha.

NOTAA crase não ocorre quando o falante não usa artigo antes do nome próprio feminino.

2. antes do pronome possessivo feminino: Ele fez uma crítica séria à sua mãe. OU Ele fez uma crítica séria a sua mãe. Convidei-o a vir à minha casa. OU Convidei-o a vir a minha casa.

NOTAA crase não ocorre quando o falante não usa artigo antes do pronome possessivo.

3. Depois da preposição até: Vou caminhar até à praia. OU Vou caminhar até a praia. Eles trabalharam até às três horas. OU Eles trabalharam até as três horas. Eu vou acompanhá-la até à porta do elevador. OU Eu vou acompanhá-la até a porta do elevador.

NOTAA preposição até pode vir ou não seguida da preposição a. Quando o autor dispensar a preposição a, não haverá crase.

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES-CRASE

1.” ... é uma instituição necessária à ordem e à vida da cidade.”; frase em que o emprego do acento grave indicativo da crase está no mesmo caso sintático da frase acima é:

a) As greves são prejudiciais à ordem pública.b) A polícia dirigiu-se às vítimas assaltadas.c) Foram à Bélgica para o congresso de pedagogos.d) Indicaram os assaltantes à polícia.e) Entregaram os prêmios às atrizes escolhidas

2.Dos itens abaixo, o que apresenta erro no emprego do acento grave indicativo da crase é:

a) Trata-se de um relatório referente à dívidas antigas da União.b) Essas medidas obedecem às normas da ABNT.c) Apesar de a norma à qual V. Sª se refere ser facultativa, todos os técnicos de que temos notícias a

seguem.d) A platéia assistia entusiasmada à conferência do filósofo.e) Informou-se indevidamente à empresa credora que o valor em questão estaria disponível antes do

final do ano.

3.Considerando os dois trechos abaixo, a opção que preenche corretamente os quatro espaços em branco é, respectivamente:

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1. O fim desta é informar V.S.ª de que _____ remuneração paga ao digitador supracitado serão acrescidos os adicionais previstos em lei. Quanto _____ revisão dos cálculos da indenização do referido funcionário, já estão sendo tomadas as providências.

2. Os jornais divulgarão daqui _____ uma semana os resultados do concurso: _____ dez anos, no entanto, o processo era mais lento.

a) a, à, à, háb) à, à, a, hác) há, à, a, àd) a, à, há, ae) a, há, há, à.

4. Quanto ao emprego do acento grave indicativo da crase, a frase correta é:

a) Servimo-nos da presente para informar à V.Sª que seu relatório será avaliado até o final do mês de abril.

b) Em atendimento as instruções dos senhores membros da Comissão, informamos que a receita não chegou a gerar superávit.

c) O presidente submeteu à deliberação do colegiado os assuntos previstos na pauta da reunião.d) São estas as medidas à serem tomadas.e) Fomos autorizados à proceder a emissão de uma cota extra no valor de R$ 65,00 (sessenta e cinco

reais) para a cobertura do referido saldo devedor.

5. A opção que preenche corretamente as quatro lacunas do trecho a seguir é, respectivamente:“O fim desta é pedir, mais uma vez, providências no sentido da solução do problema _____ que se

refere nossa carta de 13/01/1998, _____ qual Vossas Senhorias não deram ainda qualquer resposta. Essa pendência já se arrasta _____ mais de um mês e, como de hoje _____ três semanas terá início o congresso de que trata aquela carta, findo esse prazo, nosso reivindicação deixará de fazer sentido.”

a) à, à, há, ab) a, à, há, ac) à, a, há, ad) a, à, a, háe) a, à, há, há

6. A opção que preenche corretamente as cinco lacunas da frase a seguir é:“Qualquer demora, seja _____ que pretexto for, pode ter graves conseqüências políticas e

institucionais. Tudo que vier _____ suceder recairá sobre _____ representação política. Aliás, _____ muito tempo que nos referimos _____ questão aqui colocada.” (Jornal do Brasil, 01/08/1997, p. 8. Adaptado.)

a) à, a, a, há, àb) a, à, a, há, àc) a, a, à, a, àd) a, a, à, há, àe) a, a, a, há, à

7.” ... no que se refere a instalações e à quantidade e qualidade dos professores.” Nas duas ocorrências do vocábulo a, só a segunda vem com acento grave indicativo da crase, o

que se deve ao fato de que:

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a) só a segunda precede um nome feminino.b) só a segunda segue a regência do verbo referir-se.c) só no segundo caso ocorre a junção de preposição + artigo.d) no primeiro caso, o nome feminino está no plural.e) no primeiro caso, só há a ocorrência de artigo definido feminino singular.

8. “Isso levaria o problema para a esfera federal. O Rio, com seus morros e favelas que são cidadelas à margem do tecido urbano, com seus dramáticos desníveis sociais, oferece ...”

Que regra a seguir justifica o emprego do acento grave indicativo da crase no fragmento destacado?

a) o termo antecedente exige, por sua regência, a preposição e o termo conseqüente admite o artigo a.b) nas locuções adverbiais formadas com palavras femininas.c) nas locuções prepositivas formadas com palavras femininas.d) nas locuções conjuntivas formadas com palavras femininas.e) nas combinações da preposição com o pronome demonstrativo.

9.O poeta aspirava _____ felicidade, mas sem _____ volta da amada ele não _____ obteria.A alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima é:

a) à, à, ab) à, a, ac) a, à, ad) à, a, àe) à, à, a

10. A alternativa em que não se justifica o emprego de crase é:

a) Referia-se a isto, não à você.b) Todos correm às cegas, quando há briga.c) Ele fazia uma citação à Machado de Assis.d) Às vezes, ele me parece enlevado com isso.

11.1. Nesse dia os homens chegaram _____ margem direita do rio.2. Refiro-me _____ esta senhora e não àquela.3. Ele não irá mais _____ Brasília.

As lacunas das frases acima são preenchidas CORRETAMENTE pelas palavras da alternativa:a) à, à, ab) à, a, ac) a, a, a d) à, a, àe) a, a, à

12.1. Sairei do escritório _____ cinco horas.2. Não iremos _____ esta festa.3. O presidente não compareceu _____ recepção.

a) às, a, àquela

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b) às, à, àquelac) as, a, àquelad) às, a, aquelae) as, a, aquela

13.“Como se já não bastassem ataques explícitos à dignidade do menor, ...”A propósito da crase na passagem acima, ela é também obrigatória na seguinte frase:

a) Dadas as circunstâncias do caso, adiamos a sessão.b) O crime é sério, haja vista as condições da vítima.c) O réu fazia jus a pena menor que a aplicada pelo juiz.d) A eleição do Presidente da Junta implicará a do Vice-Presidente.e) Esta sentença é semelhante a em que houve unanimidade dos jurados.

14.

1. Através dessa jovem dou o meu grito de horror _____ vida.2. Quanto _____ ela, até mesmo de vez em quando comprava uma rosa.3. A moça _____ vezes comia num botequim um ovo duro.

A alternativa em que as lacunas das frases acima são completadas CORRETAMENTE (sem mudança da ordem) é:

a) à, a, asb) à, a, àsc) à, à, àsd) a, à, àse) a, a, as

.15.“Hoje deve haver menos gente por lá, conjeturou; ótimo, porque assim trabalho à vontade.”Assinale o item em que, igualmente, o acento grave é indispensável.

a) O prato de hoje é bacalhau a la moda.b) Malgrado as reclamações, nada fizeram.c) O réu fazia jus a pena menor que a aplicada.d) Isto se deve a toda deficiente moral de hora.e) Retiraram-se todos em meio a tremenda decepção.

16. A frase em que há erro no que se refere ao emprego do acento grave, indicador de crase, é:

a) Já chegamos à Bahia.b) O professor falara àquela aluna.c) Comi bacalhau à Gomes de Sá.d) É importante obedecer às regras do jogo.e) Dirijo-me à Vossa Eminência para pedir-lhe desculpas.

17. A alternativa que apresenta erro no emprego do acento grave, indicativo de crase, é:

a) Preciso ir à Copacabana. b) Ele chegou à uma e meia.c) Seja rápido na sua ida à França.

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d) O professor falará àquele aluno.e) Não houve comentário àquela pergunta.

18.O emprego do acento grave ( ` ) indicativo de crase sobre o a é optativo em:

a) A lei fixará normas para o cumprimento dos requisitos relativos à sua função social.(art. 185, Parágrafo único)

b) A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva.( art. 185, Parágrafo único)c) O decreto [ ...] autoriza a União a propor a ação de desapropriação. (artigo 184, Parágrafo 2º)d) Compete à União desapropriar por interesse social [ ... ] o imóvel rural que não esteja cumprindo sua

função social. (art. 184)e) Títulos resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão. (art. 184)

19.A insistência das secretarias estaduais de Fazenda em cobrar 25% de ICMS dos provedores de

acesso _____ Internet deve acabar na Justiça. _____ paz atual entre os dois lados é apenas para celebrar o fim do ano. Os provedores argumentam que não têm de pagar o imposto porque não são, por lei, considerados empresas de telecomunicação, mas apenas prestadores de serviço. Com o caixa quebrado, os Estados permanecem irredutíveis. O Ministério da Ciência e Tecnologia alertou formalmente ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, que _____ imposição da cobrança será repassada para o consumidor e pode prejudicar o avanço da Internet no Brasil. Hoje, pagam-se em média 40 reais por mês para se ligar _____ rede. (Veja, 08/01/97, p.17.)

Assinale a alternativa que, correta e respectivamente, preenche as lacunas do texto.

a) a, A, a, àb) à, A, a, àc) a, À, à, ad) à, A, à, àe) à, À, a, à

20. Só uma das alternativas completa, corretamente, o período abaixo. Assinale-a:

“Anuiu _____ reivindicação feita, porque preferiu conservar o emprego _____ entregá-lo _____ que _____ postulavam.”

a) a, a, aqueles, lheb) à, do que, àqueles, oc) à, a, àqueles, od) a, à, àqueles, lhe

REVISÃO

1.Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase a seguir:

O progresso chegou inesperadamente ........... subúrbio. Daqui ....... alguns anos, nenhum dos seus moradores se lembrará mais das casinhas que, ..... tão pouco tempo, marcavam a paisagem familiar.

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a) aquele / a / ab) àquele / a / há c) aquele / à / àd) àquele / há / háe) àquele / à / há

1. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas da frase a seguir. (0,5)

Não sei de onde ............ estes entulhos, nem onde............ os que já estão aqui, por isso .............. uma ordem nisso.

a) provêm / pôr / deemb) proveem / pôr / dêmc) provêm / por / deemd) provém / pôr / deeme) proveem / por / dem

2. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das frases. (0,5)

Não sei por que trazer ....... baila essas velhas desavenças.Esse caso não se aplica ...... qualquer pessoa idosa.Vêm-me..... imaginação sonhos dementes.Não me refiro ....... Vossa Senhoria.

a) à – a – à – à b) a – a – à – a c) à – a – à – a d) à – à – à – a e) a – à – a – à

4. Assinale a alternativa em que não apresenta um pleonasmo ou palavra redundante.

a) ( ) Compre dois xampus e ganhe grátis o terceiro.b) ( ) O lutador encarou de frente o adversário.c) ( ) Nesta casa, ninguém tem responsabilidade.d) ( ) O homem foi internado porque estava com hemorragia de sangue.e) ( ) Certos países do mundo vivem em constante conflito.

5. Dentre as seguintes frases, assinale aquela que não contém ambigüidade :

a) ( ) Esta palavra deve ter mais de um sentido.b) ( ) Peguei o ônibus correndo.c) ( ) Deputado fala de reunião no Canal 2.d) ( ) O menino viu o incêndio do prédio.

e) ( ) Pedro encontrou Paulo e sua irmã também.

6. Complete a frase:“ Os ________________ do diretor tiraram todos os _______________ dos antigos funcionários.”a) assessores – previlégios b) acessores – privilégios

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c) assessores – privilégios d) ascessores – previlégiose) acessores – privilégios

7. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas, respectivamente.I. Não sei ________________ me ocorrem pensamentos assim.

II. Ele é interiorano, mas tem o sotaque carregado dos cariocas, sabe-se lá _______________ É preciso perguntar a todos os que vivem ________________ fazem tudo o que fazem.

III. Sem saber o ________________ de tanta gentileza, entrou assim mesmo, sentou-se e esperou. IV. Tive vontade de sair de meu lugar, ir até ela e cumprimentá-la, nem sei ________________.

a) por que, por quê, por que, porquê, por quêb) por que, porquê, por que, por quê, porquêc) porque, por que, porque, porquê, por qued) porque, por quê, porque, porquê, por quêe) por que, por que, porque, porquê, por quê

8. Assinale a alternativa em que todas as palavras são proparoxítonas. Preste atenção, pois os acentos foram omitidos.

a) dolar – decada – negocios - mareb) periodo – trajetoria – epoca- paisesc) ultimo – notavel – economico – oleod) credito – arabes – indice –Atlanticoe) viuva – chapeu – levedo - biquinis

9. Assinale a opção cujos vocábulos são acentuados em virtude da mesma regra de acentuação gráfica.

a) paraíso – miúdo – flexívelb) irresistível – mágico – afrodisíacac) delírio – persistência – mistériod) só – cipó – demônioe) açúcar – artérias – idéia

10. Marque a alternativa em que nenhuma palavra tem acento gráfico.

a) orgão – revolver – prejuizo – campainhab) item – nuvem – polens – hifens c) juri – balaustre – garoa - rubricad) cafezinho – tatu – hifen - interime) jovem – album – vezes – cadaver

11. Dadas as palavras:

I) rubrica II) interim III) nuvem

Quanto às regras de acentuação gráfica, constatamos que está(estão) correta(s)

a) apenas a I.b) apenas a II.c) apenas a III.d) todas as palavras.

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e) apenas as I e III.

12. Assinale a alternativa que completa corretamente as frases seguintes:

I. Cada qual faz como melhor lhe ____________.II. O que _________ estes frascos?

III. Neste momento, os teóricos __________ os conceitos.IV. Eles _________ a casa do necessário.

a) convém / contém / revêem / proveemb) convém / contém / revêem / provémc) convém / contém / revêm / provémd) convêm / contém / revêem / provêeme) convém / contêm / reveem / proveem

EXERCÍCIOS DE GRAMÁTICA I:

1. Complete com cessão, sessão e seção:

a) A _______________ de terras aos imigrantes foi aprovada.b) Fui à _______________ de cinema das 20h.c) Procure o gerente na _______________ de compras.

2. Complete com onde ou aonde: a) __________ você está? / __________ você vai ficar nas próximas férias? b) Discrimine os locais __________ os aviões permaneceram estacionados. c) __________ você vai? / __________ você quer chegar com essa rebeldia?d) Ninguém sabe __________ se dirigir para comprar as entradas.

3. Complete com a cerca de (aproximadamente), acerca de (= sobre) ou há cerca de (= período aproximado de tempo).a) Os primeiros colonizadores surgiram ________ ___________ quinhentos anos. b) Havia uma palestra ____________________ violência na cidade de São Paulo. c) Nada sei ______________ as manifestações que ocorreram no país ________de dois anos.d) A torcida ficava __________________ 10 metros dos jogadores.

4. Complete com mau ou mal:a) Ele não é __________ aluno.b) Escolheu um __________ momento para mostrar que tinha um coração __________ .c) Era previsível que ele se comportaria __________ . d) Falou __________ de você embora não estivesse __________ -intencionado.e) __________ cheguei, vi que ela estava triste. f) Isto é um __________ necessário.

5. Complete com a ou há:– a (tempo futuro, distância, pronome oblíquo e artigo)– há (tempo passado, com sentido de existir)

a) Sairemos daqui ___________ 20 dias, pois estamos ____________ poucos dias da eleição.b) Eu o observo ______________ distância.

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c) Não ______________ encontrei no local combinado.d) _______ distância entre _______ amizade e o amor pode ser _______distância de um beijo. e) Este trabalho foi planejado ______________ tanto tempo!f) Ainda ______________ dúvidas quanto à sua atuação.g) Nesta sala, ______________ muitos ares-condicionados.h) ______________ horas esperava por você! ______________ tempos desejava encontrá-lo!i) Confirmaram que não ______________ possibilidade de contratá-lo!

6. Complete com afim (semelhante) ou a fim de (finalidade).a) Tiveram comportamentos ___________________ durante as reuniões da diretoria. b) Tentou mostrar-se capaz de inúmeras tarefas ___________________ nos enganar.

7. Complete com a princípio (inicialmente) ou em princípio (em tese).a) ___________________ todos devem ser considerados inocentes.b) ___________________ gostaria de alegar a inocência do acusado.

8. Complete com ao invés de ( = ao contrário de) ou em vez de (= no lugar de).a) ___________________ fazermos uma festa de casamento, preferimos fazer um cruzeiro. b) ___________________ de importar, exportou a produção.c) ___________________ jogar futebol, preferimos ir ao cinema.d) ___________________de baixar, o preço subiu.

9. Complete com por ora (por enquanto) ou por hora (a cada sessenta minutos).a) Não se cogita __________________ em resolver os conflitos agrários.b) Fui multado porque corria a 120 km ________________ .

10. Complete com tampouco (advérbio = também não) ou tão pouco (advérbio de intensidade tão + pron. indefinido pouco):a) Ele mostrou _____________________ entusiasmo pela música, que desistimos de gravá-la.b) Não comeu a feijoada, _____________________ a sobremesa.

11. Complete com ao encontro de (estar a favor de) ou de encontro a ( ir contra alguma coisa/ ir em direção oposta)a) Apóio sua decisão, pois ela vem __________________________ minha.b) Ele é do contra, seu argumento sempre vem __________________________ meu. Acho que

pertencemos a mundos diferentes.c) O caminhão foi __________________________ muro, derrubando-o.

12. Complete com o par ( estar bem informado ) ou de ao par ( equivalência cambial ) a) As moedas fortes mantêm o câmbio praticamente __________________b) Mantenha-me __________________de tudo o que está acontecendo.

13. Complete com à medida que (= à proporção que) ou na medida em que (= porque, já que).a) A situação de Paulo mudou .......................... algumas pessoas passaram a ajudá-lo. b) As suas dívidas aumentaram ................................ o final do mês ia chegando.

14. Complete com à toa (locução adv. de modo = a esmo, sem razão) ou à-toa (adjetivo= impensado, inútil).a) Andava ........... pelas ruas.b) Ninguém lhe dava valor: era uma pessoa ...............

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15. Complete com dia a dia (expressão adverbial = todos os dias quotidianamente) ou dia-a-dia (substantivo composto = cotidiano.).a) ..................... a nossa alegria aumentava.b) O ........................... dos homens do campo é feito de muito suor e pouco lucro.

EXERCÍCIOS DE GRAMÁTICA - II- VERBOS

1. As frases “Móveis usados são vendidos” e “Alugou-se o apartamento” correspondem a:a. Vendem-se móveis usados. – O apartamento era alugado.b. Vende-se móveis usados. – O apartamento foi alugado.c. Vendem-se móveis usados. – O apartamento foi alugado.d. Vende-se móveis usados. – O apartamento estava sendo alugado.

2. A frase “O diretor havia criticado algumas opiniões do gerente” tem, na voz passiva, a seguinte estrutura verbal:

a. haviam criticado.b. teriam sido criticadas.c. serão criticadas.d. haviam sido criticadas.e. estavam sendo criticadas.

3. Complete as frases abaixo com a forma adequada do presente do subjuntivo do verbo indicado entre parênteses.

a. É interessante que todos _________________ os problemas nacionais. (discutir)b. É pouco provável que estas caixas ______________ dentro do porta-malas. (caber)c. Nós estamos sugerindo que o árbitro _______________ a partida. (invalidar)d. É conveniente que nós _________________ as críticas que temos feito a ele. (atenuar)

4. Reescreva as frases abaixo, conforme modelo:• Ele vem hoje, por isso fico feliz.

Caso ele venha hoje, ficarei feliz.• Ele assume o comando, por isso fico aqui.

Caso ele ___________________________________.• Eles desmentem a notícia, por isso creio neles.

Caso eles ___________________________________.• Tu interferes no assunto, por isso tomo providências.

Caso tu ____________________________________.• Ele diverge das decisões, por isso propomos um acordo.

Caso ele ___________________________________.• O supervisor influi no meu trabalho, por isso revejo minha situação na empresa.

Caso o supervisor _________________________________________________.

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5. Complete as lacunas das frases de acordo com o modelo:Eu não tive medo.Se eu não tiver medo, eles terão.

a. Eu não detive o ataque.Se eu não ____________ o ataque, eles ______________.

b. Nós não mantivemos a palavra. Se nós não ______________ a palavra, eles ______________.c. O guarda não deteve a moça.

Se o guarda não ______________ a moça, eles ______________.d. O fiscal não reteve a prova.

Se o fiscal não ______________ a prova, eles _______________.

6. Faça como no exercício anterior, usando o seguinte modelo:Eu vi o erro.Quando eu vir o erro, eles também verão.

a. Eu previ a falha.Quando eu ________________ a falha, eles também _________________.

7. Flexione alguns derivados do verbo pôr, seguindo o modelo:Eu ponho, se você puser.

a. Eu reponho, se você ____________________.b. Eu suponho, se você ___________________.c. Eu proponho, se você ___________________.d. Eu componho, se você ___________________.

8. Siga o modelo:Eu teria tempo, se eles tivessem.

a. Eu manteria a palavra, se eles ___________________.b. Eu reteria a carta, se vocês ___________________.c. Esta carta conteria informações, se as outras ___________________.

9. Nas frases abaixo, complete as lacunas com a forma verbal conveniente:a. Ninguém ______________ o dinheiro aplicado naquele banco. (reaveu – reouve)b. Se a polícia ______________ na passeata, poderá haver confusão. (intervier – intervir)c. O aluno ______________ um atestado. (requis – requereu)d. Quando você ______________ a ilha, avise-nos. (ver – vir)e. Quando você______________ à ilha, avise-nos. (vir – vier)f. Quando você ______________ ajuda, seria atendido. (requisesse – requeresse)g. Se ele ______________ um acordo, aceitaremos. (propor – propuser)

10. Observando a correta correlação entre as formas verbais, complete as lacunas das frases abaixo de acordo com o modelo:

Se ele fizesse o trabalho, seria premiado.Se ele fizer o trabalho, será premiado.

a. Se ele refizesse a conta, encontraria o erro.Se ele ______________ a conta, ______________ o erro.

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b. Se vocês retivessem o pagamento, haveria confusão.Se vocês ______________ o pagamento, ______________ confusão.

c. Se eu reouvesse o dinheiro, pagaria a conta.Se eu ______________ o dinheiro, ______________ a conta.

d. Se ele impusesse sua vontade, tudo se resolveria.Se ele ______________ sua vontade, tudo se ______________.

e. Se nos conviesse a proposta, faríamos o negócio.Se nos ______________ a proposta, ______________ o negócio.

11. Assinale a alternativa que completa as frases abaixo:“Ele ...... na negociação para que você ...... tudo que perdeu.”

a. Interviu – reavesseb. Interviu – reouvesse c. Interveio – reouvesse d. Interveio – reavesse

“O acordo não ...... as reivindicações, a não ser que ...... os nossos direitos e ...... da luta”a. Substitui – abdicamos – desistimosb. Substitue – abdicamos – desistimosc. Substitui – abdiquemos – desistamosd. Substitui – abdiquemos – desistimose. Substitue – abdiquemos – desistamos

“ A Peça ...... ontem. Se vocês ..... vê-la, é melhor reservar os ingressos.”a. Estreiou – veemb. Estreiou – vêmc. Estreou – vem d. Estreou – vême. Estreou – veem

TEXTO

Saber ler, escrever, analisar e interpretar um texto é direito de todos. Cada homem e mulher necessitam,

por natureza, expor suas ideias, seus pensamentos, súplicas, inquietações. É através do professor e,

ordinariamente, da prática da leitura que tais ferramentas – escrita, leitura, análise e interpretação –

podem ser estendidas às mãos e mentes escurecidas.

Platão, filósofo grego de contexto social longínquo, já nos dera exemplo sobre a leitura, escrita e seus

benefícios para o homem por meio de sua bem conhecida caverna escura de ignorância. De acordo com

este pensador, o ser que não possui as ferramentas precípuas para a elevação intelectual do homem

encontra-se aprisionado, trancafiado num tipo de caverna escura que ele mesmo deixou se desenvolver,

cabendo a ele o passo inicial para escapar da mesma.

Sua libertação só poderá ser integral se o esforço empregado aos braços, pernas e, sobretudo, ao cérebro

partir dele próprio, o que nos remete que a elevação mental/intelectual é um exercício de via pessoal e

muito particular de cada ser.

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Page 25: Ipt 1 semestre

Verifica-se que a leitura pode, mediante o apoio do professor e esforço de cada indivíduo, propiciar a

libertação das garras do senso comum – muito latente em nosso tempo -, delegando a esse homem

obstinado por liberdade autonomia pessoal e intelectual. O resultado final deste esforço compreende um

ser preparado a enxergar de maneira analítica e crítica o mundo/contexto no qual está inserido.

Manifestações de interesse à arte da escrita e leitura podem ser compreendidas, também, em períodos

pretéritos cuja datação marca 5000 a.C. aproximadamente, na era antiga oriental, em específico na

Mesopotâmia, onde os sumérios, instigados pela necessidade de numerar, registrar, relatar, produzir anais

desenvolveram a escrita e, por conseguinte, a prática da leitura, mediante especialistas deste campo de

estudo histórico.

Outras civilizações que podem ser citadas por razão de seu constante interesse à articulação com a arte

da escrita e leitura são a egípcia, grega, eblaíta, e muitas outras. Portanto, é perceptível já nesta era

remota que leitura e escrita se configuravam como ferramentas de trabalho – no caso dos escribas

egípcios e filósofos gregos, o primeiro exercendo a produção relatorial e o segundo a abordagem filosófica

– imprescindíveis para a manutenção e, posteriormente, consolidação da maior parte da cultura e

pensamento da época, se alongando até a atualidade.

Eis, pois, acima, em sintética explanação, razões que propõem a nos instigar à não projeção indiferente

para com o apoio aos muitos cidadãos e aspirantes universitários que se encontram até certo momento

“desprovidos” desta prática que em outras palavras, ditas pessoais, devem por direito humano fazer parte

de qualquer vivente pensante.

A LEITURA COMO CONHECIMENTO

VARGAS, Suzana. Leitura: uma aprendizagem de prazer. 3ª ed. Rio de Janeiro, José Olympio

Ler, para mim, sempre foi um ato de conhecimento e, conseqüentemente, de prazer.

Mas apenas me tornei consciente desse processo quando precisei ensinar a ler, não a juntar sílabas, mas a somar idéias. Descobri nesse momento que, se não conscientizasse o aluno dessa possibilidade (prazer + conhecimento), jamais poderia aproximá-lo do texto.

Fruir o texto significa descobrir a vida enredada em suas malhas. Significa perceber a realidade de forma mais palpável através da impalpável trama da linguagem. E palavras, signos, formas, todos juntos passam a significar mais corretamente, inclusive, que a abstrata matemática dos números.

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Se antes dos textos lemos a realidade com os sentidos, com os textos acrescemos mais ainda esta possibilidade da percepção porque o ler significa apoderar-me também daquilo que está distante dos sentidos. Quando leio sobre Paris, por exemplo, de alguma forma me apodero desta cidade, desta cultura sem, entretanto, precisar viajar até lá. Posso dizer que conheço Paris sem necessariamente ver Paris. Imediatamente reconheço meu país, minha cidade, pelo contraste que se estabelece entre a realidade européia e a minha, entre a história da Europa e a latino-americana, entre a política dali e a de cá. E me descubro como indivíduo em relação a Paris.

Ajudar a perceber o conteúdo informativo do texto (e a informação acontece sempre em variados graus e direções dependendo de quem lê) é fundamental para que se desenvolva o gosto pela leitura. Mais adiante, o processo se sofistica um pouco quando o leitor passa a reconhecer o texto como construção, como estrutura.

Distinguir ledores de leitores é sempre fundamental quando se trata de educação. A estrutura educacional brasileira tem formado até agora mais ledores que leitores. Qual a diferença entre uns e outros se os dois são decodificadores de discurso? A diferença está na qualidade da decodificação, no modo de sentir e de perceber o que está escrito. O leitor, diferentemente do ledor, compreende o texto na sua relação dialética com o contexto, na sua relação de interação com a forma. O leitor adquire através da observação mais detida, da compreensão mais eficaz, uma percepção mais crítica do que é lido, isto é, chega à política do texto. A compreensão social da leitura dá-se na medida dessa percepção. Pois bem, na medida em que ajudo meu leitor, meu aluno, a perceber que a leitura é fonte de conhecimento e de domínio do real, ajudo-o a perceber o prazer que existe na decodificação aprofundada do texto.

Os processos cognitivos que envolvem o ato de ler são muitos e diversificados, a conseqüência direta da decodificação aprofundada é uma leitura mais ampla e conseqüente da realidade que pode ser compreendida em maior ou menor grau, dependendo do ponto de vista de quem lê e do que lê.

O QUE É LER?

Toda leitura é sempre uma leitura do mundo, ou seja, um ato de compreensão do que se vê ou se sente. A criança inicia seu aprendizado a partir de sentidos anteriores aos da visão: aprende a respirar e, aos poucos, troca um modo de viver por outro, percebendo novas realidades através do tato, olfato, paladar etc. Adapta seus instintos às condições que o meio lhe oferece, estabelecendo desse modo relações de sentido para acompanhar o sigiloso mover-se da vida.

Acrescenta, mais tarde, a essa vida quase apenas sensitiva o mundo da linguagem oral e depois o da escrita que a primeira lida inaugura. E ler significará para sempre o ato de compreender, estabelecer relações inicialmente individuais com cada objeto ou ser que nomeia, ampliando-as mais tarde. Ao fazê-lo, descobre a função desse objeto no contexto onde está inserido. E quanto maior o número de relações estabelecidas, mais importância adquire, maior riqueza lhe oferecerá o objeto da leitura, o livro, ou similar – e a realidade que lhe deu origem.

Aprofundando mais essa breve reflexão sobre o ato de ler posso, com Paulo Freire, entender o processo de leitura como o estabelecimento de uma relação dinâmica que vincula a linguagem à realidade. Essa vinculação me faz perceber melhor a mim mesma, o universo das palavras e o contexto a que se referem.

A palavra ler vem do latim legere, significando ler e colher. Ler, portanto, significa colher conhecimentos e o conhecimento é sempre um ato criador, pois me obriga a redimensionar o que já está estabelecido, introduzindo meu mundo em novas séries de relações e em um novo modo de perceber o que me cerca.

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Nasce, desses jogos da percepção, um olhar mais crítico para o contexto, inaugurado pela reinterpretação. Quando leio sou criadora, transformadora da ordem, sempre. E não existe revolução maior do que aquela que se opera em todo ato de fala ou de leitura. Quando leio, reescrevo, recrio a cada palavra o que já está aí. O que o mundo me oferece só através da leitura (ou seja, minha ligação efetiva com o que me cerca) adquire sentido, existência e valor.

Bibliografia complementar:FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. Pata entender o texto: leitura e redação. 16ª ed. São Paulo: Ática, 2003. (Lições 3 e 4).

Atividade:1. Leia o texto acima mais de uma vez.2. Retire de cada parágrafo a idéia central.3. Esquematize as idéias e numere-as.4. Reescreva o texto, usando apenas o esquema do item 3.

UNIDADE 1: A IMPORTÂNCIA DA LEITURA.

TEXTO PARA ANÁLISE:

1. Que informações você consegue tirar dos seguintes textos?

Texto 1:

Индивидуальные программы - наиболее интенсивный и гибкий вид

занятий языком. Школа "Привет!" установила весьма низкие цены на индивидуальные

курсы, позиционируя себя как специалиста по индивидуальным курсам. Это связано с

сильной стороной школы - ориентацией на сервис и удовлетворение персональных нужд

студента.

Среди преимуществ индивидуального курса:

• Вы сами выбираете количество учебных часов в неделю (мы рекомендуем от 20 до 40 часов, в зависимости от желаемой степени интенсивности).

• Вы также обладаете полной свободой в выборе продолжительности курса - от одной недели до многих месяцев.

• Вы можете начать свой курс и закончить его в абсолютно любой день. • Программа курса будет скорректирована так, чтобы учесть личные предпочтения и задачи

студента. • Занятия могут проходить у Вас дома (в гостевой семье или на квартире). • Вы принимаете участие в абсолютно всех мероприятиях и экскурсиях школы. • Академический час составляет 45 минут. Стоимость одного академического часа - 9.50€.

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Page 28: Ipt 1 semestre

Texto 2:

Los programas individuales son el metodo mas intensivo y practico para el

estudio de un idioma. La escuela "Privet!" ha puesto una tarifa especialemnte reducida para este

tipo de cursos. Esto esta relacionado con el punto fuerte de la escuela - orientado a satisfacer y dar

servicio para las necesidades personales de cada estudiante.

Entre las ventajas del curso individualse encuentra:

• Usted mismo elige las horas de clase a la semana (nosotros recomendamos de 20 a 40 horas, dependiendo de la intensidad deseada);

• Usted tambien cuanta con toda la libertad para elegir la duracion del curso de una semana a muchos meses;

• Usted puede empezar el curso y acabarlo el dia que quiera; • El programa del curso sera corregido de tal manera que se tengan en cuenta las necesidades y

deseos del estudiante; • Las clases pueden realizarse en su casa (en la casa del afamilia que le acoge o en el

apartamento); • Usted toma parte en absolutamente todas las actividades y excurasiones de la Escuela; • El curso individual representa un metodo ideal de aprendizaje de un idioma, es intensivo y a la vez

perfectamnte adaptable. • Precio - 9.50 Euros/hora lectiva.

Texto 3:

Texto 4:

A Guerra Civil Espanhola (1936-1939) serviu para os fascistas, representados pelas Falanges de Francisco Franco (1892-1975), como uma preliminar da II Guerra Mundial. Às 16:40 horas do dia 26 de

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abril de 1937, os bombardeiros alemães Heinkel e Junker, da Legião Condor, foram testados durante três horas na destruição da cidade basca de Guernica, ao norte da Espanha. Cerca de 2500 pessoas foram mortas nesse que foi o primeiro ataque aéreo da história feito a uma localidade desmilitarizada. Ao todo, 600 mil pessoas morreram durante os três anos dessa guerra civil que contou com a ingerência estrangeira de 40 mil voluntários das Brigadas Internacionais, em apoio aos republicanos, e outros 60 mil que lutaram ao lado dos nacionalistas de Franco. O painel de Pablo Picasso havia sido encomendado pelo governo da República Espanhola em janeiro de 1937, mas os primeiros croquis de Guernica só começaram a ser feitos a primeiro de maio, em seu ateliê de Paris, sendo apresentado na Exposição Mundial de Paris, em junho. Muitos consideraram o quadro excessivamente abstrato e de difícil compreensão, mas o tom de denúncia era claro e só comparado com a fase negra de outro espanhol, Francisco Goya.

SOBRE OS TEXTOS:

1. Esses textos têm importantes informações. Quem é capaz de fazer uma leitura de todos os textos?

2. Em que línguas estão os textos?3. Se você pudesse classificar-se com relação à leitura que fez dos textos em analfabeto, semi-

analfabeto, alfabético ou letrado, como ficaria sua classificação?

UNIDADE 2: OS DIFERENTES NÍVEIS DE LEITURA

Os diferentes níveis de leitura

(Andréa Machado/ Edson Teixeira)

Ler é uma atividade muito mais complexa do que a simples interpretação dos símbolos gráficos,

de códigos, requer que o indivíduo seja capaz de interpretar o material lido, comparando-o e

incorporando-o à sua bagagem pessoal, ou seja, requer que o indivíduo mantenha um

comportamento ativo diante da leitura. Para que isso aconteça, é necessário que haja maturidade

para a compreensão do material lido, senão tudo cairá no esquecimento ou ficará armazenado em

nossa memória sem uso, até que tenhamos condições cognitivas para utilizar.

De uma forma geral, passamos por diferentes níveis ou etapas até termos condições de

aproveitar totalmente o assunto lido. Essas etapas ou níveis são cumulativos e vão sendo

adquiridas pela vida, estando presente em praticamente toda a nossa leitura.

O PRIMEIRO NÍVEL é elementar e diz respeito ao período de alfabetização. Ler é uma capacidade

cerebral muito sofisticada e requer experiência: não basta apenas conhecermos os códigos, a

gramática, a semântica - é preciso que tenhamos um bom domínio da língua.

O SEGUNDO NÍVEL é a pré-leitura ou leitura inspecional. Tem duas funções específicas:

primeiro, prevenir para que a leitura posterior não nos surpreenda e, sendo, para que tenhamos

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chance de escolher qual material leremos, efetivamente. Trata-se, na verdade, de nossa primeira

impressão sobre o livro. É a leitura que comumente desenvolvemos "nas livrarias" .

Nela, por meio do salteio de partes, respondem basicamente às seguintes perguntas:

Por que ler este livro?

Será uma leitura útil?

Dentro de que contexto ele poderá se enquadrar?

Estas perguntas devem ser revistas durante as etapas que se seguem, procurando usar de

imparcialidade quanto ao ponto de vista do autor, e o assunto, evitando preconceitos.

Se você se propuser a ler um livro sem interesse, com olhar crítico, rejeitando-o antes de

conhecê-lo, provavelmente o aproveitamento será muito baixo.

LER é:

Armazenar informações

Desenvolver

Ampliar horizontes

Compreender o mundo

Comunicar-se melhor

Escrever melhor

Relacionar-se melhor com o outro abordado no livro e muitas vezes também tecendo

comentários sobre o autor.

O segundo passo é fazer uma leitura superficial. Pode neste caso aplicar as técnicas da leitura

dinâmica.

O TERCEIRO NÍVEL é conhecido como analítico. Depois de vasculharmos bem o livro na pré-

leitura, analisamos o livro. Para isso, é imprescindível que saibamos em qual gênero o livro se

enquadra: trata-se de um romance, um tratado, um livro de pesquisa e, neste caso, existe apenas

teoria ou são inseridas práticas e exemplos. No caso de ser um livro teórico, que requeira

memorização, procure criar imagens mentais sobre o assunto, ou seja, VEJA, realmente, o que está

lendo, dando vida e muita criatividade ao assunto. Note bem: a leitura efetiva vai acontecer nesta

fase, e a primeira coisa a fazer é ser capaz de resumir o assunto do livro em duas frases. Já temos

algum conteúdo para isso, pois o encadeamento das idéias já é de nosso conhecimento. Procure,

agora, ler bem o livro, do início ao fim. Esta é a leitura efetiva, aproveite bem este momento!

Fique atento!

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Aproveite todas as informações que a pré-leitura ofereceu.

Não pare a leitura para buscar significados de palavras em dicionários ou sublinhar textos - isto

será feito em outro momento!

O QUARTO NÍVEL de leitura é o denominado de controle. Trata-se de uma leitura com a qual

vamos efetivamente acabar com qualquer dúvida que ainda persista. Normalmente, os termos

desconhecidos de um texto são explicitados neste próprio texto, à medida que vamos adiantando a

leitura. Um mecanismo psicológico fará com que fiquemos com aquela dúvida incomodando-nos

até que tenhamos a resposta. Caso não haja explicação no texto, será na etapa do controle que

lançaremos mão do dicionário.

Veja bem: a esta altura já conhecemos bem o livro e o ato de interromper a leitura não vai

fragmentar a compreensão do assunto como um todo. Será, também, nessa etapa que

sublinharemos os tópicos importantes, se necessário.

Para ressaltar trechos importantes opte por um sinal discreto próximo a eles, visando

principalmente a marcar o local do texto em que se encontra, obrigando-o a fixar a cronologia e a

seqüência deste fato importante, situando-o no livro.

Aproveite bem esta etapa de leitura!

Para auxiliar no estudo, é interessante que, ao final da leitura de cada capítulo, você faça um

breve resumo com suas próprias palavras de tudo o que foi lido.

Um QUINTO NÍVEL pode ser opcional: a etapa da repetição aplicada. Quando lemos,

assimilamos o conteúdo do texto, mas aprendizagem efetiva vai requerer que tenhamos prática, ou

seja, que tenhamos experiência do que foi lido na vida. Você só pode compreender conceitos que

tenha visto em seu cotidiano. Nada como unir a teoria à prática. Na leitura, quando não passamos

pela etapa da repetição aplicada, ficamos muitas vezes sujeitos àqueles brancos quando queremos

evocar o assunto. Para evitar isso, faça resumos! Observe agora os trechos sublinhados do livro e

os resumos de cada capítulo, trace um diagrama sobre o livro, esforce-se para traduzi-lo com suas

próprias palavras. Procure associar o assunto lido com alguma experiência já vivida ou tente

exemplificá-lo com algo concreto, como se fosse um professor e o estivesse ensinando para uma

turma de alunos interessados. É importante lembrar que esquecemos mais nas próximas 8 horas

do que nos 30 dias posteriores. Isto quer dizer que devemos fazer pausas durante a leitura e ao

retornarmos ao livro, consultamos os resumos. Não pense que é um exercício monótono! Nós

somos capazes de realizar diariamente exercícios físicos com o propósito de melhorar a aparência

e a saúde. Pois bem, embora não tenhamos condições de ver com o que se apresenta nossa

mente, somos capazes de senti-la quando melhoramos nossas aptidões como o raciocínio, a

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prontidão de informações e, obviamente, nossos conhecimentos intelectuais. Vale a pena se

esforçar no início e criar um método de leitura eficiente e rápido

Os passos da pré-leitura

O primeiro passo é memorizar o nome do autor e a edição do livro, fazer um folheio sistemático:

ler o prefácio e o índice (ou sumário), analisar um pouco da história que deu origem ao livro, ver o

número da edição e o ano de publicação. Se falarmos em ler um Machado de Assis, um Júlio Verne,

um Jorge Amado, já estaremos sabendo muito sobre o livro, não é? É muito importante verificar

estes dados para enquadrarmos o livro na cronologia dos fatos e na atualidade das informações

que ele contém. Verifique detalhes que possam contribuir para a coleta do maior número de

informações possível. Tudo isso vai ser útil quando formos arquivar os dados lidos no nosso

arquivo mental!

A propósito, você sabe o que seja um prólogo, um prefácio e uma introdução? Muita gente

pensa que os três são a mesma coisa, mas não:

PRÓLOGO: é um comentário feito pelo autor a respeito do tema e de sua experiência pessoal.

PREFÁCIO: é escrito por terceiros ou pelo próprio autor, referindo-se ao tema

. INTRODUÇÃO: escrita também pelo autor, referindo-se ao livro e não ao tema.

Pré - questionamento:

3. O que é mais importante: comunicar-se ou não cometer erros lingüísticos?

TEXTO PARA ANÁLISE:

Lula e a língua do povo

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Josué Machado

O português falado pelo presidente do Brasil levanta debate sobre a influência da oralidade no

idioma culto e no ensino de gramática nas escolas

Na última campanha eleitoral, parece que nenhum candidato criticou outro pela indigência formal do discurso ou por supostos erros gramaticais, embora tivesse havido abundantes escorregões nas falas de improviso de todos eles. Escorregões em relação à língua culta, claro. Nas gravações dos programas eleitorais, no entanto, havia equipes filtrando bobagens agudas. Mas nos debates brotaram "enganos" freqüentes. Não houve quem não escorregasse de vez em quando.

A maioria dos olhares e ouvidos, no entanto, estava voltada para Lula. Ele até que se saiu bem, embora às vezes devorasse o "s" de um ou outro plural ou escorregasse na concordância de algum verbo que aparecia antes do sujeito. Ou pluralizasse verbos indevidamente ("Haviam problemas sérios."). Todos os outros candidatos, aliás (como todos nós), cometeram as mesmas distrações.

NÍVEIS DE LEITURA DE UM TEXTO: – FIORIN & PLATÃO

Existem três níveis de leitura, dependendo do grau de abstração: o primeiro nível depreende os significados mais complexos e mais concretos; o terceiro nível depreende os significados mais simples e abstratos.

Desse modo, pode-se imaginar que o texto admite três planos distintos na sua estrutura:1) uma estrutura superficial, onde afloram os significados mais concretos e diversificados. È nesse

nível que se instalam no texto o narrador, os personagens, os cenários, o tempo e as ações concretas;

2) uma estrutura intermediária, onde se definem basicamente os valores com que os diferentes sujeitos entram em acordo ou desacordo;

3) uma estrutura profunda, onde ocorrem os significados mais abstratos e mais simples. É nesse nível que se podem postular dois significados abstratos que se opões entre si e garantem a unidade do texto inteiro.

LEIA O TEXTO E IDENTIFIQUE OS TRÊS NÍVEIS POSSÍVEIS DE LEITURA:

O galo que logrou a raposa

Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo: “Deixe estar, seu malandro, que já te curo!...” E em voz alta:_ Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos, como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor._ Muito bem! – exclama o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vêm vindo três cachorros, acho bom espera-los, para que também eles tomem parte na confraternização.Ao ouvir falar em cachorro, Dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se ao fresco, dizendo:_ Infelizmente, amigo Co-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo.E raspou-se.

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Contra esperteza, esperteza e meia.(LOBATO, Monteiro. Fábulas. 19 ed. São Paulo. Brasiliense)

Primeiro nível de leitura - significados concretos:

Segundo nível – dados concretos do primeiro nível organizados num plano mais abstrato:

Terceiro nível – uma leitura mais abstrata que resume o texto todo:

LEIA O TEXTO ABAIXO E DEPOIS RESPONDA AS QUESTÕES:

Inácio da Catingueira e Romano

Li, há dias, numa revista a cantoria ou "martelo" que, há perto de setenta anos, Inácio da Catingueira teve com Romano, em Patos, na Paraíba. Inácio da Catingueira, um negro, era apenas Inácio; Romano, pessoa de família, possuía um nome mais comprido ─ era Francisco Romano do Teixeira, irmão de Veríssimo Romano, cangaceiro e poeta, pai de Josué Romano, também cantador, enfim, um Romano bem classificado, cheio de suficiência, até com alguns discípulos.

Nessa antiga pendência, de que se espalharam pelo Nordeste muitas versões, Inácio tratava o outro por "meu branco", declarava-se inferior a ele. Com imensa bazófia (presunção), Romano concordava, achava que era assim mesmo, e de quando em quando introduzia no “mar telo" uma palavra difícil com o intuito evidente de atrapalhar o adversário. O preto defendia-se a seu modo, torcia o corpo, inclinava-se modesto: Seu Romano, eu só garanto é que ciência eu não tenho".

Essa ironia, essa deliciosa malícia negra, não fez mossa (pertubação) na casca de Francisco Romano, que recebeu as alfinetadas como se elas fossem elogios e no fim da cantiga esmagou o inimigo com uma razoável quantidade de burrices, tudo sem nexo, à-toa: "Latona, Cibele, Ísis, Vulcano, Netuno..." Jogou o disparate em cima do outro e pediu a resposta, que não podia vir, naturalmente, porque Inácio era analfabeto, nunca ouvira falar em semelhantes horrores e fez o que devia fazer – amunhecou (acovardou-se), entregou os pontos, assim: "Seu Romano, desse jeito eu não posso acompanhá-lo. Se desse um nó em 'martelo', viria eu desatá-lo. Mas como foi em ciência, cante só, que eu já me calo".

Com o entusiasmo dos ouvintes, Romano, vencedor, ofereceu umas palavras de consolação ao pobre do negro, palavras idiotas que serviram para enterrá-lo. Isto aconteceu há setenta anos. E desde então, o herói de Patos se multiplicou em descendentes que nos têm impingido (constrangido) com abundância variantes de Cibele, Ísis, Latona, Vulcano, etc.

Muita gente aceita isso. Nauseada, mas aceita, para mostrar sabedoria, quando todos deviam gritar honestamente que, tratando-se de "martelo", Netuno e Minerva não têm cabimento.

Inácio da Catingueira, que homem! Foi uma das figuras mais interessantes da literatura brasileira, apesar de não saber ler. Como os seus olhos brindados de negro viam as coisas! É certo que temos outros sabidos demais. Mas há uma sabedoria alambicada (pretensiosa) que nos torna ridículos.

RAMOS, Graciliano. Viventes das Alagoas

1 - O produtor do texto construiu uma narrativa onde aparecem, dois personagens com características diferentes.Situe os dois personagens e discrimine as diferenças básicas que, segundo o produtor do texto, distinguem um do outro.2 - Num nível mais abstrato de leitura, pode-se afirmar que Inácio e Romano cultivam valores diferentes.Basicamente, quais são os valores que caracterizam a cultura de um e de outro?

RAMos, Graciliano. Viventes das Alagoas; quadros e costumes do Nordeste. 4. ed. São Paulo, Martins,

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3 - Cite uma passagem do texto que sirva para ilustrar que Romano é mais reconhecido socialmente do que Inácio.4 - O texto coloca em confronto dois tipos distintos de cultura, cada um valorizado de modo diferente segundo o ponto de vista de quem analisa.a) Segundo o ponto de vista da sociedade em que vivem Inácio e Romano, qual das duas formas de cultura é mais valorizada?b) Segundo o ponto de vista do narrador, que cultura tem mais valor?5 - O texto em questão sobre uma oposição básica: superioridade versus inferioridade.Segundo o narrador, esses conceitos são relativos ou absolutos? Explique sua resposta.

AS DIFERENTES LINGUAGENS: VERBAL, NÃO-VERBAL; FORMAL E INFORMAL.PLATÃO E FIORIN. Para entender o texto: leitura e redação. 16 ed. São Paulo: Ática, 2003. (lição 40)

Meios de comunicação: linguagem verbal (falada ou escrita) Linguagem não-verbal (gestos, imagens, sons, artes, o sinal do computador) Gestos: convencionais ou codificados, como o alfabeto dos surdos-mudos; sinais de trânsito (placas indicativas, apitos, semáforos; sons (o código Morse, o “tambor falante” das tribos do Congo; imagens (cartazes, televisão, cinema).

Outros fatores estão sendo estudados como formas de linguagem não-verbal: a maneira de se vestir, de andar, sentar, falar ou calar, a postura, o comportamento social, a linguagem corporal, o código dos levantadores (na área de esportes), algumas placas de trânsito, principalmente em aeroportos, estradas, estações rodoviárias e ferroviárias, assim como em lugares públicos e de atração turística. Esses símbolos convencionais, considerados linguagem universal, são mais facilmente identificados e decodificados, pois não exigem o conhecimento de nenhuma língua escrita.

Em todos os tipos de linguagem, os signos são combinados entre si, de acordo com certas leis, obedecendo a mecanismos de organização.

SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS:

A linguagem verbal é linear, isto é, seus signos e os sons não se superpõem, mas se sucedem um depois do outro no tempo da fala ou no espaço da linha escrita. Cada som e cada signo são usados num momento distinto do outro.Na linguagem não-verbal, ao contrário, vários signos podem ocorrer simultaneamente. Na pintura, várias figuras ocorrem simultaneamente.

Os textos verbais podem ser narrativos, descritivos, dissertativos. Os não- verbais, a princípio, são considerados dominantemente descritivos, pois representam uma realidade singular e concreta, num ponto estático do tempo. Mas, uma fotografia pode desencadear um processo narrativo (organização de seqüência de fotos)

Os textos verbais e os não-verbais podem ser figurativos (aqueles que reproduzem elementos concretos) e não-figurativos (exploram temas abstratos).

LINGUAGEM VERBAL: explora recursos fônicos, como aliterações, rima, ritmo.LINGUAGEM NÃO-VERBAL: oposições de cores, formas (linhas retas x linhas curvas; horizontais x verticais), luz x sombra etc.

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NÍVEIS DE LINGUAGEM

LÍNGUA - É uniforme e visa padronizar a linguagem.

LINGUAGEM - é individual flexível / varia de acordo com idade, sexo, cultura, posição social.

LÍNGUA - ESCRITA - não reproduz na íntegra o timbre de voz, expressões e gestos = segue normasLÍNGUA - FALADA - é descontraída, espontânea, por isso foge às regras.

LINGUAGEM CULTA/PADRÃO: é utilizada pelas classes intelectuais da sociedade como nós, ensinada nas escolas e usada para transmitir informações filosóficas e científicas. Reflete - prestígio social e cultural. É mais artificial (rádio, tv, jornais, revistas)• A dissertação apresenta uma coesão de assunto.

LINGUAGEM COLOQUIAL: É utilizada pelas pessoas que fazem uso de um nível menos formal, mais cotidiano, mais espontâneo, usando criatividade e intimidade. Apresenta mais liberdade de expressão. É a comunicação de massa em geral. Muitas vezes foge às regras gramaticais.• Me diga a verdade.• Senta aí, tá!• Cuidado pra não falar besteira.• Me faça um favor.

LINGUAGEM POPULAR: é utilizada pelas pessoas de baixa escolaridade. De menor cultura. Não há preocupação com as regras gramaticais. Apresenta vícios de linguagem:- ERROS:• Mãi, não vou aumoçá em casa, pruque meu amigo mi convidô prá aumoçá com ele.• Hoje eu vou sai ca minha namorada.• Eu vi ela.• Olha eu aqui.

CULTA: Eu estou preocupadaCOLOQUIAL: Tô preocupadaPOPULAR: Tô grilada

GÍRIA: linguagem informal. É colorida - usada mais pelos adolescentes. Forma exagerada da linguagem familiar.• Se liga meu. Valeu. Só – nem. Dá um tempo.• Rango• Amarelou = ficar com medo• Skatistas: zica=azar / tomar uma vaca=cair / prego= menino que anda mal de skate, to• Novos hippies: tô sussu=estou tranqüilo / viajar=soltar a imaginação / ler um texto= fumar maconha• Lutadores: cheio de marra=metido / casca grossa=lutador muito bom / tomar toco= levar o fora.• Patricinhas: pular o muro=beijar o garoto em uma festa / labiuda=menina que tira nota alta.• Metaleiros: breja=cerveja / pão molhado= polícia / trincar a vela= ficar bêbado.

VULGAR: incultos - sem cultura -

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• Quero casa. Nóis vai. Eu vou i. Ocê tá bom. Aí né. Daí. Então. Percebe. Sabe.• Vamu pára com isso. Nóis fumo• Tauba, estauta, pobrema, estrupo, menas, amontar, esmagrecer, meia nervosa

REGIONAL: falar nordestino, gaúcho, carioca, caipira• O sinhô, voismecê• Quar quê• Pra mode• Deveras importante• Bestaiado• Oh! chente bichinho, ocê não sabe isso.• Ele buliu ca moça-PÓ PÔ PÓ?-PÓ PÔ.

UMA FRASE SÓ DE VOGAIS;-OU, OU . Ó O AUÊ AÍ Ó!

Nível informal (Coloquial) Nível formal (Culto)Isso é pra você Isso é para você.Ocê contou o fato pra ela Você contou o fato para ela / Você lhe contou o fato.Ela ligou pro namorado Ela ligou para o namoradoA gente quebrou o vidro Nós quebramos o vidroDomingo, nós devia ter ido lá. Domingo, nós devíamos ter ido lá. Eu tô aqui/ Tá pensando o quê? Eu estou aqui/O que você está pensando?Se agasalha, que tá frio Agasalhe-se, que está frioMe empresta o seu caderno Empreste-me o seu caderno/ Empresta-me o teu caderno.Me deixa sair/ Deixa eu sair Deixe-me sair.

- AMBIGUIDADE• Você tem dado?• Ele comeu um doce, e sua namorada também.• Mataram o porco do meu tio. / Morreu a galinha da minha vizinha.• A besta do meu marido sumiu. /Coitado! O burro do meu primo morreu.• Ele surpreendeu o ladrão em sua casa.• Tomei o ônibus correndo.• Presidente e governador desentenderam-se por causa de sua má administração.• Eu vi o desmoronamento do barracão.• Vi enfeites de natal andando na rua.• Visitei a casa da minha avó cujos fundos dela dá para o mar.• Pedro visitou seu amigo, depois saiu com sua namorada.• Vi uma foto sua no metrô.• Pedro encontrou seu amigo que perdeu seu relógio.

- CACOFONIA• Nunca ganho - Eu nunca ganho em jogos • Boca dela - As palavras saíram da boca dela • Mande-me já isso - Não vou falar mais, mande-me já isso • Por cada- Isso será feito por cada um

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• Ela tinha - Ela tinha muito jeito • Ti gela - Meu coração por ti gela • Cinco cada - Quanto cada um recebeu? Cinco cada um (cocada). • Vou-me então - • Vou-me já - • Por radiação -

- PLEONASMO• Vamos conviver juntos. Criar novos. Elo de ligação. Encarar de frente. Entrar para dentro• Sair para fora. Descer para baixo, descer lá embaixo. Subir para cima, subir lá em cima• Ganhar grátis. Monopólio exclusivo. Planos para o futuro. Repetir de novo.• Começar pelo começo. Sorriso nos lábios. Sua própria autobiografia. Plebiscito popular.• Vi com os meus próprios olhos. A brisa matinal da manhã. Rolou pela escada abaixo.• Pomar de frutas. Colaborar juntos. Moça virgem. Hemorragia de sangue.• Hepatite no fígado. Ele vive uma vida difícil. Sonhei um sonho. Protagonista principal

EXERCÍCIO – EMPRÉSTIMOS E ESTRANGEIRISMOS

Samba do approach(Zeca Balero)

Venha provar o meu brunchSaiba que eu tenho approach Na hora do lunchEu ando de ferryboatEu tenho savoir-faire meu temperamento é lightMinha casa é hi-tech toda hora rola um insightJá fui fã do Jethro Tull hoje me amarro no SlashMinha vida agora é o cool meu passado é que foi trashVenha provar o meu brunchSaiba que eu tenho approach Na hora do lunchEu ando de ferryboatFica ligada no link que eu vou confessar my loveDepois do décimo drink só um bom e velho engovEu tirei o meu green card e fui pra Miami BeachPosso não ser pop star mas já sou um noveau richeVenha provar o meu brunchSaiba que eu tenho approach Na hora do lunchEu ando de ferryboatEu tenho sex-appeal saca só meu backgroundVeloz como Damon Hill tenaz como FittipaldiNão dispenso um happy end quero jogar no dream teamDe dia um macho man e de noite drag queen

1. Destaque os empréstimos e os estrangeirismos na letra da música. Indique de que idioma eles se originaram.

2. Procure o significado de cada uma delas.

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3. Reescreva o texto usando as novas palavras pesquisadas.

4. Que efeito o autor quis causar usando palavras que não pertencem à Língua Portuguesa?

5. Com a tradução, o efeito permaneceu? Explique.

DIRETRIZES PARA A LEITURA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

O texto não é um aglomerado de frases. Não se pode isolar frase alguma do texto e tentar conferir-lhe o significado que se deseja. Uma mesma frase pode ter significados distintos dependendo do contexto dentro do qual está inserida. Para se fazer uma boa leitura, deve-se sempre levar em conta o contexto. Entende-se por contexto uma unidade lingüística maior onde se encaixa uma unidade lingüística menor. Assim, a frase encaixa-se no contexto do parágrafo, o parágrafo no contexto do capítulo e este no contexto da obra toda. ESQUEMA: a leitura analítica é um método de estudo que tem como objetivos:

- favorecer a compreensão global do significado do texto;- treinar para a compreensão e interpretação crítica dos textos;- auxiliar no desenvolvimento do raciocínio lógico;- fornecer instrumentos para o trabalho intelectual desenvolvido nos seminários, no estudo dirigido, no estudo pessoal e em grupos, na confecção de resumos, resenhas, relatórios.

Seus processos básicos são:

- ANÁLISE TEXTUAL: preparação do texto - trabalhar sobre unidades delimitadas (um capítulo, uma seção, uma parte etc., sempre um trecho com um pensamento completo); fazer uma leitura rápida e atenta da unidade para se adquirir uma visão de conjunto da mesma; levantar esclarecimentos relativos ao autor, ao vocabulário específico, aos fatos, doutrinas e autores citados, que sejam importantes para a compreensão da mensagem; esquematizar o texto, evidenciando sua estrutura redacional.

- ANÁLISE TEMÁTICA: compreensão do texto – determinar o tema-problema, a idéia central e as idéias secundárias da unidade; refazer a linha de raciocínio do autor, ou seja, reconstruir o processo lógico do pensamento do autor; evidenciar a estrutura lógica do texto, esquematizando a seqüência das idéias; problematização do tema (qual dificuldade deve ser resolvida? Qual o problema a ser solucionado?); como o autor responde aos problemas? Que posição assume, que idéia defende? Surge, então , a tese ou idéia mestra que deve ser sempre uma oração, um juízo completo e nunca apenas uma expressão, como ocorre no tema. Através do raciocínio e da argumentação é que o autor expõe seu pensamento e transmite sua mensagem, demonstra sua posição ou tese. É a análise temática que serve de base para o resumo ou síntese de um texto (o resumo é a síntese das idéias do raciocínio e não a mera redução de parágrafos).

- ANÁLISE INTERPRETATIVA: interpretação do texto - situar o texto no contexto da vida e da obra do autor, assim como no contexto da cultura de sua especialidade, tanto do ponto de vista histórico como do ponto de vista teórico; explicitar os pressupostos filosóficos do autor que justifiquem suas posturas teóricas; aproximar e associar idéias do autor expressas na unidade com outras idéias relacionadas à mesma temática; exercer uma atitude crítica diante das posições do autor em termos de: a) coerência interna da argumentação;b) validade dos argumentos empregados;

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c) originalidade do tratamento dado ao problema;d) profundidade de análise ao tema;e) alcance de suas conclusões e conseqüências;f) apreciação e juízo pessoal das idéias defendidas.

- PROBLEMATIZAÇÃO: discussão do texto – levantar e debater questões explícitas ou implícitas no texto; debater questões afins sugeridas ao leitor.

- SÍNTESE PESSOAL; reelaboração pessoal da mensagem – desenvolver a mensagem mediante retomada pessoal do texto e raciocínio personalizado; elaborar um novo texto, com redação própria, com discussão e reflexão pessoais.

ATENÇÃO: Os textos científicos e os filosóficos apresentam obstáculos específicos em relação aos literários. No caso de textos de pesquisa, acompanha-se o raciocínio mais rigoroso seguindo a apresentação dos dados objetivos sobre os quais tais textos estão fundados. O raciocínio nos textos científicos e filosóficos é quase sempre dedutivo, a imaginação e a experiência objetiva não são de muita valia. Conta-se com as possibilidades da razão reflexiva, o que exige muita disciplina intelectual para que a mensagem possa ser compreendida com o devido proveito.

RESUMO DE TEXTOS: é um trabalho de extração de idéias, de exercício de leitura e não um trabalho de elaboração, mas de grande utilidade didática e significativo interesse científico. O resumo do texto é, na realidade, uma síntese das idéias e não das palavras do texto. Resumir um texto com as próprias palavras é manter-se fiel ás idéias do autor sintetizado.

RESENHA: é uma síntese ou um comentário dos livros publicados. Através das resenhas toma-se conhecimento prévio do conteúdo e do valor de um livro que acaba de ser publicado, fundando-se nesta informação a decisão de se ler ou não o livro, seja para estudo ou para trabalho acadêmico. Uma resenha pode ser: informativa, quando apenas expõe o conteúdo do texto; e crítica quando se manifesta sobre o valor e o alcance do texto analisado; é crítico-informativa quando expõe o conteúdo e tece comentários sobre o texto analisado.

BIBLIOGRAFIA

- SEVERINO, Antônio J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo, Cortez, 2002.

- FIORIN, José L. & SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o Texto: leitura e redação. São Paulo, Ática, 2003. Lição 1.

TEXTO: OS DESASTRES DE SOFIA

Qualquer que tivesse sido o seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele.O professor era gordo, grande e silencioso, de ombros contraídos. Em vez de nó na garganta, tinha ombros contraídos. Usava paletó curto demais, óculos sem aro, com um fio de ouro encimando o nariz grosso e romano. E eu era atraída por ele. Não amor, mas atraída pelo seu silêncio e pela controlada impaciência que ele tinha em nos ensinar e que, ofendida, eu adivinhara. Passei a me comportar mal na sala. Falava muito alto, mexia com os colegas, interrompia a lição com piadinhas, até que ele dizia, vermelho:

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_ Cale-se ou expulso a senhora da sala.Ferida, triunfante, eu respondia em desafio: pode me mandar!Ele não mandava, senão estaria me obedecendo. Mas eu o exasperava tanto que se tornara doloroso para mim ser o objeto do ódio daquele homem que de certo modo eu amava. Não o amava como a mulher que eu seria um dia, amava-o como uma criança que tenta desastradamente proteger um adulto, com a cólera de quem ainda não foi covarde e vê um homem forte de ombros tão curvos. (...)

LISPECTOR, Clarice. A legião estrangeira. São Paulo. Ática, 1977. p. 11.Questões:

1. No segundo parágrafo, o narrador afirma que o professor tinha “ombros contraídos”. Essa característica fora do contexto em que está inserida, pode sugerir várias interpretações. Enumere-as. Mas, levando em conta o contexto, apenas uma dessas possibilidades contém uma interpretação adequada. Indique qual é essa possibilidade e, com outras passagens do texto, justifique a sua escolha.

2. Há várias passagens do texto em que o narrador dá a entender que o professor era uma pessoa que tomava atitudes contrárias à sua vontade ou tinha características que não combinavam entre si. Cite ao menos duas passagens do texto que comprovem essa afirmação.

3. Segundo o texto, os sentimentos da aluna pelo professor eram ambíguos, isto é, eram sentimentos que se contrariavam.

a) Cite algumas passagens em que se manifesta essa contradição.b) Qual o motivo dessa ambigüidade?4. O professor diz: “Cale-se ou expulso a senhora da sala”. Perante essa explosão, a aluna tem

dupla reação. Procure explicar: a) por que se sentiu ferida? b) por que se sentiu triunfante? 5. A menina diz que amava o professor “com a cólera de quem ainda não foi covarde”. Tente explicar

o significado de ainda nesse contexto.6. Segundo o texto, em que consistia a covardia do professor?7. Como se sabe, todo texto revela a visão de mundo de quem o produziu. No caso desse texto,

pode-se dizer que ele foi produzido para mostrar que:a) todo aluno nutre pelo professor um grande afeto e se irrita quando não é correspondido.b) todo professor se dedica à tarefa de ensinar com extremo cuidado e prazer.c) o professor não tinha mais condições físicas para executar seu trabalho.d) a relação professor-aluno é sempre tensa e contraditória.e) as contradições da vida prática e a necessidade de seguir regras e normas podem levar o homem

a reprimir suas emoções.8. Escolha uma das alternativas acima, troque idéias com seu grupo e, a seguir, faça uma produção textual a respeito do assunto.

GÊNEROS DO DISCURSO

GÊNEROS LITERÁRIOS

GÊNERO NARRATIVO

1. Gênero Épico ou Narrativo: Neste gênero há um enredo encadeado em fatos organizados de acordo com a vontade do escritor.

- em prosa: -romance

-novela

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-conto

-crônica

- em verso: -narrativas de assuntos diversos

- Epopéia: poema narrativo que trata de fatos notáveis de um povo. Ex: Os Lusíadas.

Novela: na literatura em língua portuguesa, a principal distinção entre novela e romance é quantitativa: vale a extensão ou o número de páginas. Entretanto, podemos perceber características qualitativas: na novela, temos a valorização de um evento, um corte mais limitado da vida, a passagem do tempo é mais rápida, e o que é mais importante, na novela o narrador assume uma maior importância como contador de um fato passado.

Conto: é a mais breve e simples narrativa centrada em um episódio da vida. O crítico Alfredo Bosi, em seu livro O conto brasileiro contemporâneo, afirma que o caráter múltiplo do conto "já desnorteou mais de um teórico da literatura ansioso por encaixar a forma conto no interior de um quadro fixo de gêneros. Na verdade, se comparada à novela e ao romance, a narrativa curta condensa e potencia no seu espaço todas as possibilidades da ficção".

Fábula: narrativa inverossímil, com fundo didático, que tem como objetivo transmitir uma lição moral. Normalmente a fábula trabalha com animais como personagens. Quando os personagens são seres inanimados, objetos, a fábula recebe a denominação de apólogo. A fábula é das mais antigas narrativas, coincidindo seu aparecimento, segundo alguns estudiosos, com o da própria linguagem. No mundo ocidental, o primeiro grande nome da fábula foi Esopo, um escravo grego que teria vivido no século VI a.C. Modernamente, muitas das fábulas de Esopo foram retomadas por La Fontaine, poeta francês que viveu de 1621 a 1695. O grande mérito de La Fontaine reside no apurado trabalho realizado com a linguagem, ao recriar os temas tradicionais da fábula. No Brasil, Monteiro Lobato realizou tarefa semelhante, acrescentando, às fábulas tradicionais, curiosos e certeiros comentários dos personagens que viviam no Sítio do Picapau Amarelo.

.

GÊNERO LÍRICO

2. Gênero Lírico: quando um "eu" nos passa uma emoção, um estado; centra-se no mundo interior do Poeta apresentando forte carga subjetiva. A subjetividade surge, assim, como característica marcante do lírico.

- em verso: o poema- em prosa: prosa poética

GÊNERO DRAMÁTICO

3. Gênero Dramático: quando os "atores, num espaço especial, apresentam, por meio de palavras e gestos, um acontecimento". Retrata, fundamentalmente, os conflitos humanos.

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- Tragédia

- Comédia

- Tragicomédia

- Auto

- Farsa

Drama, em grego, significa "ação". Ao gênero dramático pertencem os textos, em poesia ou prosa, feitos para serem representados. Isso significa que entre autor e público desempenha papel fundamental o elenco (incluindo diretor, cenógrafo e atores) que representará o texto.O gênero dramático compreende as seguintes modalidades:

Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror".

Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil, em geral criticando os costumes. Sua origem grega está ligada às festas populares, celebrando a fecundidade da natureza.

Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário.

Farsa: pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que critica a sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino Ridendo castigat mores (Rindo, castigam-se os costumes).

Auto: São peças teatrais de assunto predominantemente religiosos, tratado de modo sério ou cômico. Visam divertir, moralizar ou difundir a fé cristã.

Publicidade

Pré-questionamento:

1) Qual é a intenção de quem produziu esse texto?2) Que elementos nos ajudam a entender essa idéia?

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3) Esse texto tem a intenção de construir um conceito ou apenas vender o produto?

4) Você chamaria esse texto de propaganda ou publicidade?

GÊNERO PUBLICITÁRIO (PUBLICIDADE COMERCIAL) Divulga produtos e serviços com o objetivo de fazer o consumidor adquirí-los, experimentá-los, usá-los, e continuar a fazê-lo.

GÊNERO PROPAGANDÍSTICO (PROPAGANDA) Divulga idéias, ideologias, crenças, doutrinas, conceitos institucionais. Ex: · Propaganda Institucional: o conceito da instituição (pública ou privada). · Propaganda Social: uma idéia de interesse social. Pode ser patrocinada por uma instituição (pública ou privada) que agrega e/ou reforça o aspecto positivo da ação social. · Propaganda Política: ideologias, idéias e propostas. · Propaganda Religiosa: crenças. Tanto o gênero publicitário quando o gênero propagandístico, utilizam basicamente os formatos spot e jingle. O conteúdo é que varia de acordo com o objetivo de comunicação.

Características da linguagem da propaganda

A mensagem publicitária para ser eficiente tem a necessidade de difundir determinada marca criando-lhe uma imagem clara e duradoura. Para Citelli (1985), essa mensagem precisa ser correta para persuadir o consumidor a preferir uma marca em detrimento de outra, motivando-o a comprar o produto. Portanto, despertar a atenção, o interesse, o desejo de compra, levando o receptor a comprar o produto é o objetivo principal do emissor. Para isso, a propaganda para produzir resultados positivos, deve cumprir corretamente a sua função de comunicar e informar. Isso significa que se deve levar em conta os seguintes aspectos: se causou impacto e despertou o interesse (difundiu); se despertou o desejo de possuir o produto ou serviço (persuadiu) ;se incutiu credibilidade e levou à compra (motivou). Na comunicação oral, compõe-se de palavras, música e sons; na comunicação visual, essencialmente do texto lingüístico e da imagem (ilustração e cor); e na comunicação áudio-visual é constituída pelas duas primeiras mais o movimento. Em se tratando de texto publicitário científico, o aspecto mais relevante a ser abordado é que as afirmações gerais devem ser evitadas. Quanto mais específica e definida for a mensagem maior e melhor será a força dos argumentos empregados. Portanto, a mensagem nunca deve mentir, principalmente porque terá um público receptor informado e eficiente. Além dessa característica, segundo Sandmann (1997), podem-se registrar aspectos especialmente criativos, com destaque aos chamados desvios gramaticais. São eles:

b) variação lingüística – adaptação da fala ou da escrita ao contexto ou situação. Mais formal, menos formal, coloquial, científica, gíria, etc. Por exemplo: “Pense mais em você, sua bobona.” (Desfile, março de 1991)

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c) empréstimo lingüístico – uso de termos ou expressões estrangeiras no lugar de termos da língua materna. Por exemplo: “ No Big shopping center, você encontra várias griffes”. ( Encarte promocional , dezembro de 2000)

c) aspectos ortográficos – jogos com a grafia em que se pretende causar efeitos expressionais, com a função de valorizar as letras ou chocar com as palavras. Por exemplo: “Paralização dos servidores técnico-administrativos da UFSM”. ( Cartaz, julho de 2001)

d) aspectos fonológicos – brincadeiras com a rima, o ritmo, a aliteração e a paronomásia, procurando salientar o aspecto poético do som das palavras. Por exemplo: “Pick up FORD, raça FORTE” ( Comercial de TV, 2001).

e) aspectos morfológicos – emprego de cruzamentos vocabulares, prefixações, sufixações, abreviações, etc., para compor uma nova palavra ou para realçar a intensidade ou aumento do sentido. Por exemplo: “Passe na Pampeiro e compre seu zerinho.”(Comercial de TV, 2001)

f) aspectos sintáticos – uso de combinações típicas da linguagem da propaganda, tais como, recursos estilísticos ou expressivos com simplicidade estrutural. Por exemplo: “Pensou cerveja, pediu Brahma” ( Comercial de TV), ou “Um fica o tempo todo na água. O outro não sai ”. (Loção protetora solar NIVEA , Cláudia, janeiro de 2001)

g) aspectos semânticos – emprego da polissemia ou ambigüidade. Jogos com as palavras para entreter o destinatário, desafiá-lo a entender a mensagem e prender sua atenção. Por exemplo: “Relógio que atrasa, não adianta. Classifolha. Pontualmente toda quinta, sábado e domingo”. (Folha, setembro de 1991), ou “Isso é da sua conta. Tudo que você precisa saber sobre o seu banco”. (Folheto Bamerindus)

h) aspectos contextuais – composição do texto publicitário: título, texto e assinatura. São as informações sobre quem produz o texto e o assunto a ser tratado. Por exemplo: “Não deixe a natureza ir embora” (título). “Pássaros, plantas e animais que sempre habitaram nossas florestas estão sendo extintos ou isolados em pequenas manchas verdes....” (texto). Instituto Ambiental Vidágua e Fundação S.O.S. Mata Atlântica (assinatura). (Superinteressante, maio de 2001).

Rosa de Hiroshima

Vinícius de Moraes

Pensem nas crianças

Mudas telepáticas,

Pensem nas meninas

Cegas inexatas,

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Pensem nas mulheres

Rotas alteradas,

Pensem nas feridas

Como rosas cálidas.

Mas, oh, não se esqueçam

Da rosa, da rosa!

Da rosa de Hiroshima,

A rosa hereditária,

A rosa radioativa

Estúpida e inválida,

A rosa com cirrose,

A anti-rosa atômica.

Sem cor, sem perfume,

Sem rosa, sem nada.

Texto F:

A Bomba de Hiroshima Em 30 de abril de 1945, em meio à tomada de Berlim pelas tropas soviéticas, Adolf Hitler cometia suicídio, e o almirante Doenitz formava novo governo, pedindo o fim das hostilidades. A capital alemã é ocupada em 2 de maio. Alguns dias depois, no dia 7, a Alemanha rendia-se incondicionalmente, em Reims. A Segunda Guerra estava praticamente terminada. Os conflitos restantes aconteciam no Pacífico. E foi no Japão, mais precisamente em Hiroshima e Nagasaki, que a humanidade conheceu a mais terrível criação da tecnologia. Em 06 de agosto de 1945, era lançada a primeira bomba atômica em alvo humano. A Guerra estava no fim, e Hiroshima permanecia intacta. O governo incentivava todos a manter as atividade cotidianas. Nesse momento, os japoneses ouviram o alarme indicando a aproximação de um avião inimigo. Era um B-29, batizado de "Enola Gay", pilotado por Paul Warfield Tibbets Jr. Do avião, foi lançada a primeira bomba atômica sobre um alvo humano, batizada "Little Boy". Instantaneamente, os prédios desapareceram junto com a vegetação, transformando Hiroshima num campo deserto. Num raio de 2 quilômetros, do hipocentro da explosão, tudo ficou destruído. Uma onda de calor intenso, emitia raios térmicos, como a radiação ultravioleta. Os sobreviventes vagavam sem saber o que havia atingido a cidade. Quem estava a um quilômetro do hipocentro da explosão, morreu na hora. Alguns tiveram seus corpos desintegrados. O que aumentou o desespero dos que nunca vieram a confirmar a morte de seus familiares.

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Quem sobreviveu, foi obrigado a conviver com males terríveis. O calor intenso levou a roupa e a pele de quase todas as vítimas.

Vários incêndios foram causados pelos intensos raios de calor emitidos pela explosão. Vidros e metais derreteram como lavas. Uma chuva preta, oleosa e pesada, caiu ao longo do dia. Essa chuva continha grande quantidade de poeira radioativa, contaminando áreas mais distantes do hipocentro. Peixes morreram em lagoas e rios, e pessoas que beberam da água contaminada tiveram sérios problemas durante vários meses. O cenário da morte era assustador. As queimaduras eram tratadas com mercúrio cromo pela falta de medicamento adequado. Não havia comida e a água era suspeita. A desinformação era tanta que muitos japoneses saíram de suas províncias para tentar encontrar seus familiares em Hiroshima. Corriam o maior risco pós-bomba: a exposição à radiação. Não se sabe exatamente porque Hiroshima foi escolhida como alvo inaugural da bomba atômica. Uma explicação considerada plausível, é pelo fato de a cidade estar centrada em um vale. As montanhas fariam uma barreira natural, o que ampliaria o poder de impacto da bomba. Conseqüentemente, conheceriam a capacidade de destruíção nuclear com mais precisão. Outra explicação é baseada no fato de Hiroshima ainda não ter sido atingida por nenhum ataque. Isso, aliado à proteção das montanhas, daria a medida exata da destruição da bomba nunca antes testada. De concreto, sobraram os horrores de uma arma nuclear, com potência eqüivalente a 20 mil toneladas de dinamite. Ainda hoje, passados 58 anos da explosão da primeira bomba atômica, o número de vítimas continua sendo contabilizado, já ultrapassando 250 mil mortos.

(Folha de São Paulo, 2000)

Pré-questionamento:

1) De que temas tratam os dois textos?2) Qual a diferença estrutural entre eles?3) Qual deles é mais capaz de sensibilizar o leitor?4) Qual deles se aproxima mais de uma recriação da realidade e qual é um relato da própria

realidade?

GÊNERO JORNALÍSTICO

O artigo, como a crônica e o editorial, aprofundam aspectos relativos a fatos de maior repercussão no

momento. No jornalismo diário, a opinião refere-se a um fato do dia. O artigo contém comentários ou

teses fundados em visão pessoal. Assim, há uma diferença entre o editorial e o artigo e a crônica: os dois

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últimos “escapam aos limites restritos do editor, dos princípios gerais e das teses orgânicas da empresa,

dos compromissos e diretrizes que esta mantém e busca traçar para o comportamento público”.

OS AUTORES

O artigo e a crônica são produzidos por colaboradores do jornal ou revista, que “são pensadores,

escritores e especialistas em diversos campos, e cujos pontos de vista interessam ao conhecimento e

divulgação do editor e seu público típico”. Portanto, na maioria dos casos, o ponto de vista dos articulistas

coincide com a linha editorial do veículo, embora este sempre traga estampada a ressalva típica: “Os

artigos publicados com assinatura dos autores não traduzem necessariamente a opinião do jornal”.

(Idem, p.65)

OBJETO/FONTE

Os fatos jornalísticos se caracterizam pela sua plasticidade, por se nutrir do efêmero, do circunstancial, do

acidental, fatos que se desdobram, que variam. Portanto, a base do artigo deve ser a “irracionalidade dos

fatos”; o perturbador e constante cambiar da atualidade.” (Idem, p.54)

OBJETIVOS

Os jornais têm como propósito, na veiculação de tais mensagens: orientar o leitor; “estimular o debate dos

problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.”

(Folha de São Paulo, Apud BELTRÃO L. op. cit., p.65)

ESTRUTURA

A estrutura do artigo é idêntica à do editorial. Compõe-se dos seguintes elementos:

1 TÍTULO: poucas palavras, incisivo, expressando a linha ideológica adotada.

2 INTRODUÇÃO: formulação da notícia ou idéia que deu origem à notícia.

3. CORPO: formado por blocos feitos de retângulos, cada um deles autônomo, isto é, contendo lead,

desenvolvimento e conclusão.

O corpo é o local em que se dá a discussão ou argumentação: interpretação, análise, debate dos

diferentes aspectos do tema. Consiste em:

- expressar as implicações, confrontar o tema com outros semelhantes, manipulá-lo, desintegrá-lo;

- pensar não só como o editor, mas também como pensariam seus opositores;

- antecipar-se às críticas e destruir previamente as objeções que se fariam à opinião expressa.

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ESTILÍSTICA

Para compor o artigo, seu autor dispõe de tempo suficiente para trabalhar bem o texto. Portanto, do autor

exigem-se alguns dotes, como o “talento crítico e expositivo..., que não incorra nos vícios estilísticos,

notadamente no lugar-comum ou na redundância...”. O texto deve ter estilo com as seguintes

características:

TOPICALIDADE : Debater um único tema. Exprimir não só a opinião sedimentada, quanto àquela que

está em formação.

CONDENSABILIDADE : Tratar uma idéia única central. O texto é curto. A linguagem, simples, direta,

incisiva, cortante, enérgica e convincente. A marca dessa característica acha-se no espaço destinado ao

texto, na fonte empregada, e na redação. Em relação a esta última: a) maior ênfase nas afirmações do

que nas demonstrações; b) repetição regulada de idéias e conceitos, ou seja, a redundância deve ser

relativa e subordinada sempre à existência de fatos novos. (BELTRÃO, L. 1980, p.54)

HÁ OUTRAS CARACTERÍSTICAS – BÁSICAS –, FUNDAMENTAIS, portanto, a qualquer texto:

- Pontuação correta: é fundamental para aumentar o nível de compreensibilidade.

- Circunstâncias: uso de conjunções, preposições, advérbios, de modo adequado. Isso significa o uso de

linguagem que bem caracteriza os enfoques, as circunstâncias: de causa-efeito, contraste, tempo-espaço,

explicitação, enumeração, condição, etc. O emprego desses elementos sintáticos, porém, não deve ser

excessivo. Uma regra básica para evitar o excesso é o emprego equilibrado entre a coordenação e a

subordinação.

Janio de Freitas parte do pressuposto de que “nunca se escreve para todos os leitores, senão para um

público pré-determinado, cujo nível já se conhece antecipadamente”.

RECEITA PARA A ESTRUTURA E O ESTILO DO ARTIGO:

a) ROTEIRO: Conter um roteiro de pensamento segundo a cabeça do leitor e não de acordo com o

raciocínio do redator, de modo a conduzir o leitor à compreensão progressiva e entrosada das idéias.

b) CLAREZA: Significa não conter “palavras e frases muito empoladas, muito pretensiosas”, retiradas do

“sociologuês” e do “economês”, que são “termos e expressões inalcançáveis pelo leitor”. Isto não significa,

porém, vocabulário pobre;

c) CONCISÃO: Consiste na limpeza do texto: expor mais idéias com menos palavras, com parágrafos

curtos e textos pequenos. Não reduzir em demasia, porém, os parágrafos. A concisão relaciona-se tanto

com a clareza e a objetividade quanto com a estética: quando o leitor vê texto muito longo, evita-o.

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TEXTO E INTERPRETAÇÃO

A VELHA CONTRABANDISTA

Stanislaw Ponte Preta

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:

- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:

- É areia!

Aí quem riu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com moamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

- Olha vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

- Mas no saco s ó tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:

- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

- O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha.

- Juro - respondeu o fiscal.

- É lambreta.

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(Originalmente no livro "O Primo Altarmiro e Elas","O Melhor de Stanislaw Ponte Preta", José Olympio Editora RJ/RJ, 1997, pág 54)

INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTO:

A) EXPRESSÃO ORAL

1) O que intrigava o pessoal da alfândega?2) De que se utiliza a velhinha para disfarçar sua atividade?3) Você considera engraçada a crônica? Por quê?4) É possível que, na realidade, tal fato aconteça?

B) COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO:

1) No começo do texto, o autor usa: “Diz que...” e, na linha 26, ele volta a usar: “diz que...”. Qual o sentido de usar essa forma?

2) Em vez de dizer apenas “velha”, o autor usa a forma “velhinha” várias vezes. Por quê?3) Compare as seguintes passagens:

“A velhinha sorriu...” e “Aí quem sorriu foi o fiscal”

Agora, responda:

a) Por que a velhinha sorriu?b) Por que o fiscal sorriu?

4) Que frase mais indica o humor do texto. Justifique.

a) O fato de uma velha andar de lambreta.b) O contrabando ser de lambreta.c) O caso de só haver areia no saco.d) O fiscal não ter descoberto o contrabando.

5) Por que o autor diz “maldito” com relação ao saco?6) Que características da velhinha o autor quis transmitir com os textos abaixo?

a) “diz...lambreta”.b) “A velhinha..odontólogo”.c) “...ela...uai!”

7) Por que o fiscal fica emcabulado?

C) PRODUÇÃO:

1) Substitua por sinônimos o que estiver destacado nas passagens abaixo:

a) “... sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo.

b) “... e dentro só tinha areia”c) “Muito encabulado, ordenou a velhinha que fosse em frente”.

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d) “No dia seguinte, ... ela parar outra vez.”e) “Manjo essa coisa de contrabando pra burro”.

2) No texto aparece a palavra “bruto”. Como essa palavra pode representar várias realidades , dê o sentido dela nas frases abaixo.

a) “Todo dia ela passava com um bruta saco atrás da lambreta.”b) Até os brutos confirmam a presença de Deus.c) No Brasil, ainda são encontrados muitos minerais brutos.d) Ele tem umas atitudes muito brutas.e) Ele praticou um crime bruto.f) Eu o considero uma pessoa bruta.g) O peso bruto dessa caixa é 12 quilos.

3) Vários sentidos também possui a palavra “diabo”. Faça o mesmo da questão anterior.

a) “Que diabo a Senhora leva no saco?”b) Aconteceu o diabo lá na casa do Pedro.c) O diabo é que vai chover e atrapalhar tudo.d) O diabo mora nas profundezas do inferno.

4) Reescreva as passagens abaixo, substituindo o que está grifado por um só verbo:

a) “... ordenou à velhinha que fosse em frente.”b) “Ela montou na lambreta e foi embora.”c) “Não dou parte, não apreendo...”d) “... não apreendo, não conto nada a ninguém.”

5) “...sabia andar de lambreta”. Se, no lugar de lambreta tivéssemos cavalo e barco, como ficariam as palavras sublinhadas?

6) Montar é um verbo específico para animais, mas pode ser usado outros meios de transporte. Por quê?

7) Qual a diferença entre “malandro velho” e “velho malandro”?8) “...o fiscal mandou ela parar”. Como ficaria a frase se escrita dentro das normas gramaticais?9) O odontólogo é um termo erudito para dentista. A que atividades correspondemos termos cultos a

seguir: nefrólogo, oncólogo, psicólogo, oftalmólogo, dermatólogo?

D) PRETEXTO

1) Dê motivos para a existência de contrabandos na ponte da Amizade entre o Brasil e o Paraguai. Pode-se estabelecer uma ironia entre o fato e o nome da ponte?

2) Que tipo de contrabando pode trazer prejuízos ao país?3) Existe algum tipo que não traz prejuízos?

COESÃO TEXTUAL

A produção de um texto consiste não apenas num agrupamento aleatório de idéias, mas principalmente em ligações que resultem numa unidade textual. A coesão é obtida quando se promove a devida conexão entre palavras, orações, períodos e parágrafos.

Existem diversos recursos lingüísticos que podem servir para conectar as partes do texto: são os conectivos (conjunções, preposições, pronomes e até mesmo advérbios). É imprescindível conhecer a função de cada um desses elementos de ligação, a fim de garantir uma seqüência lógica ao texto.

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acrescentar ideias, argumentos : e, além de, além disso, ademais, ainda, bem como, também , nem, não só...mas também.

complementar e concluir ideias : assim, dessa forma, portanto, desse modo, por fim, enfim concessão, resignação : apesar de, embora, se bem que, ainda que, por mais que, a despeito de,não

obstante. oposição, adversidade : mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, pelo contrário, exceto,

menos comparação e semelhança : assim como, da mesma forma que, como, tal qual, por analogia, de

maneira idêntica constatação : de fato, realmente, é verdade que, evidentemente, obviamente, está claro que explicação, causa e conseqüência : porque, devido a, em virtude de, pois, já que, uma vez que, visto

que, como (=porque), por conseqüência, como resultado, por isso, com efeito ênfase, certeza : antes de mais nada, sobretudo, principalmente, especialmente, indubitavelmente,

decerto, certamente resumo, conclusão : em suma, em síntese, enfim, portanto, logo, por conseguinte, dessa forma, assim. tempo : antes que, enquanto, depois que, quando, no momento em que, então, logo depois,

imediatamente, finalmente, já, nesse ínterim.

Recomendações para garantir a coesão textual:1. Estruture o texto numa seqüência lógica.2. Estabeleça relações entre as frases e entre os parágrafos.3. Faça uma revisão do texto: se houver necessidade, remanipule suas partes para tornar o conjunto inteligível.

- Apresentar a ideia;- Argumentar, explicar, exemplificar;- Concluir.

O texto a seguir apresenta vários problemas de coesão, agravados pelo uso inadequado de determinados elementos coesivos. Reformule as construções que apresentarem falhas de coesão. Porém, evite alterar o conteúdo do texto original —

Evitar para viver

A maconha, onde seu nome científico é Cannabis sativa, é a droga ilícita mais experimentada no Brasil. Alegando seus defensores que é mais inofensiva do que algumas drogas lícitas, como cigarro e álcool.

É engano, ainda, pensar que a maconha faz menos mal que o cigarro. Ambos são nocivos, onde geram distúrbios respiratórios, como bronquite. Provocando câncer de pulmão.

Surgem equívocos, porém, quando são comparados os efeitos da maconha aos do álcool. Acreditando que a mesma é menos perigosa, mas não é bem isso que acontece. Sendo que seu uso comporta os mesmos riscos que a intoxicação alcoólica, como: acidentes, quando ocorrem confusões mentais.

A droga que vem fazendo muitas vítimas é a cocaína. O crack também. Nos últimos anos, inclusive, o crack passou a ser acrescentado aos cigarros de maconha. O que aumenta os perigos para a saúde dos usuários.

Pois o dependente de cocaína e crack tem o interesse sexual diminuído. O que leva a sérios riscos de derrames, convulsões, perda de apetite e alteração da personalidade. Além de comprometer sua capacidade intelectual.

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No entanto, é possível comprovar os males causados pelas drogas. O vício apresenta, como se viu acima, sinais característicos, que as famílias devem ficar atentas. Descobrindo, assim, em cada situação, quando é o melhor meio de lidar com o viciado.

Os urubus e os sabiás

(1) Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... (2) Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza, eles haveriam de se tornar grandes cantores. (3) E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão de mandar nos outros. (4) Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tronar um respeitável urubu titular, a quem todos chamavam por Vossa Excelência. (5) Tudo ia muito bem até que a doce tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. (6) A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas com os sabiás... (7) Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito. (8) “- Onde estão os documentos dos seus concursos?” (9) E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvesse. (10) Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. (11) E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente... (12) – Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem. (13) E os urubus, uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...

(14) MORAL: Em terra de urubus diplomados não se ouve canto de sabiá.

(Rubem Alves. Estórias de Quem Gosta de Ensinar. )

“Um texto não é uma soma de seqüência de frases isoladas.”

Analisando o texto de “Os urubus e os sabiás”:1. “Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam...”

I. Que tudo é esse?II. O que foi que aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam?

2. “E para isto fundaram escolas...”I. Isto o quê? De que se está falando?II. Qual o sujeito dos verbos fundaram, importaram, gargarejaram, mandaram, fizeram? É o

mesmo de teriam?3. Fala-se em quais deles. Deles quem? E quem são os outros?4. Qual o referente de eles em (4)?5. Tem-se novamente a palavra tudo: (5) “Tudo ia muito bem...”

Esta Segunda ocorrência do termo tem o mesmo sentido da primeira?6. A quem se refere o pronome eles (7)?7. E o pronome possessivo seus (8)?8. Quais são as pobres aves de que se fala em (9)? E as tais coisas?9. E elas, em (10), refere-se a pobres aves ou a tais coisas?10. De que passarinho se fala em (13)?

“Se tais perguntas são facilmente respondidas, é porque os termos em questão são elementos da língua que têm por função estabelecer relações textuais: são recursos de coesão textual.” Podemos afirmar que este texto, portanto, é um texto coeso.

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Outro grupo de palavras que tem como função assinalar determinadas relações de sentido entre os enunciados ou partes de enunciados:Mas – oposição ou contrasteMesmo – oposição ou contrastePara – finalidade, metaFoi assim que e E (7) – conseqüênciaAté que – temporalE (11) – adição de argumentos ou idéiasPorque – explicação, justificativa

COERÊNCIA TEXTUAL

Texto (tecido) e coerência (relação harmônica). A coerência justifica a unidade do texto. É preciso que se promova entre as partes do texto uma relação de dependência (as idéias ganham sentido de acordo com as relações que mantêm entre si e o texto). Texto coerente é aquele produzido em linguagem lógica e que as idéias se ajustem e se completem de maneira harmoniosa.

Num esquema de argumentação, apresentam-se certos pressupostos ou dados e deles se fazem inferências ou se tiram conclusões que sejam reais, como base de raciocínio que se quer apresentar.

OBSTÁCULOS À COERÊNCIA (A SEREM EVITADOS)

Presença de contradições entre frases ou entre parágrafos : se você for convidado a discutir, por exemplo, a validade da pena de morte, seria incoerente defendê-la como forma de combater a violência. Do mesmo modo, num texto em que se defendesse a total liberdade de expressão, não caberia apoiar qualquer tipo de censura, o que resultaria em patente contradição. Falta de encadeamento argumentativo : os argumentos precisam estar em harmonia entre si. Para garantir isso, você deverá selecionar adequadamente evidências, exemplos e justificativas a serem integrados em seu texto. Não há sentido, portanto, em confrontar argumentos. Circularidade ou quebra de progressão discursiva : a falta de idéias pode levar à redundância — recurso que consiste em apresentar as mesmas idéias, mudando apenas as palavras. Dessa forma, o texto não progride, não avança. Deve-se, ainda, evitar o “vai-e-vem” (abordar um enfoque, interrompê-lo e voltar a abordá-lo noutro parágrafo). Esgote cada enfoque antes de passar ao seguinte. Conclusão não decorrente do que foi exposto : é importante ordenar logicamente as idéias, encadeá-las coerentemente. Para tanto, não se pode perder de vista a idéia central do texto (em torno da qual todos os argumentos devem girar). Assim, à introdução segue-se o desenvolvimento, que por sua vez conduzirá a uma conclusão que esteja em consonância com o que foi defendido ao longo do texto.

Recomendações para garantir a coerência textual:

1 - Organize suas idéias de forma lógica.2 - Preocupe-se em combinar (relacionar) as partes do texto.3 - Evite repetir palavras e idéias – isso denota falta de reflexão e de domínio sobre o que se está escrevendo.

― Evite generalizações / Verdades evidentes

Todos os homens são mortais. Todos são iguais perante às adversidades. Ninguém é perfeito.

O jovem de hoje será o velho do amanhã.

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― Evite ambigüidade, pleonasmo, cacofonia e frases feitas.

Vendem-se cobertores para casal de lã. “A mim, ensinou-me tudo.” (Fernando Pessoa)Você pode ganhar inteiramente grátis esta revista. Uma herdeira confisca gado em Mato Grosso.

Caixinha de surpresa.

― Evite contradições de idéias.

O homem deve buscar amor e amizade, mas ele não deve confiar em ninguém e que por isso é melhor

viver isolado.

― Evite frases sem carga informativa.

Aproveitando o ensejo. A presente tem a finalidade de. Como foi dito acima. Desejo dizer. Apresentar esta solução não foi uma coisa muito fácil. Do meu ponto de vista.

― Palavras de introdução embromatóriaSe pararmos para pensar, constataremos que as sucessivas agressões ao meio ambiente são tantas e tão diversas que se torna difícil analisá-las e, mais importante, combatê-las.

1- Reescreva, evitando o queísmo:

a) Quando chegaram, pediram-me que devolvesse o livro que me fora emprestado por ocasião dos exames que se realizaram no fim do ano que passou.

b) Camões, que é o autor do maior poema épico que já se escreveu em língua portuguesa, deixou

também uma série de sonetos que são considerados como obras-primas no gênero.

2 – Substitua o termo ou expressão em negrito pela forma mais adequada entre as que aparecem entre parênteses.

a) O pior (ruim, mais grave, menos mau) é que, nas eleições, tem (têm, existe, há) eleitores que vão com a finalidade de apenas cumprir um dever, um monte de pessoas (uma multidão, uma variedade, um grande número) vota sem a mínima consciência: é bem aquela coisa de escolher (ação semelhante a quem escolhe, comportamento característico de quem escolhe, algo relativo a quem escolhe) políticos sem condição de governar o país.

b) A ignorância e o comodismo a muito tempo atrás (há muito tempo atraz, há tempos atrás, há muito tempo) já foram citadas (citados, citada, citado) como traços típicos do brasileiro. Enquanto se observa (observam-se, se observam, observa-se) sucessivas crises econômicas, faltam atitudes enérgicas por parte do povo.

3 - Reconstrua o período - Contribui para o equilíbrio da natureza aquele que se preocupa com a ecologia -, efetuando as alterações necessárias para estabelecer entre as orações nexos lógicos de: a) CAUSA/EFEITO:

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b) OPOSIÇÃO:

c) CONDICIONALIDADE:

4 – Corrija a frase: Embora fosse prolixo, o apresentador ultrapassou o tempo previsto.

Atividades

1. Copie do texto palavras e expressões a que os termos grifados se referem.

Bernardo tem 5 anos e gosta de saber tudo sobre lugares e países. Eu sou um pai coruja!Assim, na primeira oportunidade, comprei-lhe um desse globos terrestres modernos. No entanto, o garoto não lhe deu muita importância, quando apontei nele o Japão, o Brasil e muitos outros países. Limitou-se a fazê-lo girar doidamente. Parece que a novidade não o atraiu. Girou tanto o tal do globo que o desprendeu do suporte de metal. Logo se dispôs a sair jogando futebol com ele, mas não permiti tal coisa. Consegui convencê-lo a ir destruir outro brinquedo: o barulhento secador da mãe! E assim que me vi só, tranquei-me lá, no meu escritório, para apreciar aquela nova e preciosa aquisição!

(Fernando Sabino – Adaptado)

2. Nesta questão ocorrem alguns fragmentos narrativos que apresentam algum tipo de incoerência. Tente identificar e explicar o tipo de incoerência que você vê.

Conheci Sheng no primeiro colegial e aí começou um namoro apaixonado que dura até hoje e talvez para sempre. Mas não gosto de sua família: repressora, preconceituosa, preocupada em manter as milenares tradições chinesas. O pior é que sou brasileira, , detesto comida chinesa e não sei comer com pauzinhos. Em casa, só falam chinês e de chinês eu só sei o nome do Sheng.

No dia do seu aniversário, já fazia dois anos de namoro, ele ganhou coragem e me convidou para jantar em sua casa. Eu não podia recusar e fui. Fiquei conhecendo os velhos, conversei com eles, ouvi muitas histórias da família e da China, comi tantas coisas diferentes que nem sei. Depois fomos ao cinema eu e o Sheng.

3. O uso dos elementos de ligação (elementos de coesão) inadequados nas sentenças abaixo provoca um efeito de incoerência. Reescreva-os, fazendo as alterações necessárias para garantir o estabelecimento das relações se sentido corretas.

a. O livro é muito interessante porque tem 570 páginas.b. Carmem mora no Rio há cinco anos, portanto não conhece ainda o Corcovado.c. Acordei às 7 horas, uma vez que tinha ido deitar às 2 horas, dormi pouco mais de cinco horas.d. O livro que a professora de literatura mandou comprar já está esgotado, já que foi publicado há menos de três

semanas.e. João, o pintor, foi despedido, mesmo que tenha se negado a pintar a casa, apesar de estar chovendo.

4. Faça o que for necessário para evitar a ambigüidade e/ou incoerência dos períodos abaixo.

a. Durante o noivado, Joana pediu que Eduardo se casasse com ela várias vezes.b. Andando pela calçada, o ônibus derrapou e pegou o funcionário quando entrava na livraria.

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5. As frases seguintes devem ser transformadas em um só período. Utilize-se dos mecanismos de coesão adequados para fazê-los.

a. Os alunos dispunham de pouco tempo. Não foi possível concluir a prova de Matemática. O pouco tempo disponível provocou protestos junto à direção da escola.

b. Moramos no mesmo andar. Vemo-nos com freqüência. Mal nos falamos.c. O show estava excelente. Eles saíram antes de terminar. Tinha um aniversário para ir.d. Beatriz mudou de apartamento. Ela fez uma viagem ao exterior. Também comprou um carro novo. Ficou

completamente endividada.

6. Escreva um período, juntando as frases abaixo, utilizando um conectivo de cada vez: embora, apesar de, mesmo, mas. Faça as modificações necessárias.Estava com febre. Não faltava às aulas.

7. Utilizando um conectivo de cada vez: embora, apesar de, mas, escreva um período, juntando as frases abaixo. Faça as modificações (adaptações) necessárias.O mercado de fraldas descartáveis é dominado por empresas de grande porte. Pequenos fabricantes estão começando a disputar o mercado.

8. Empregando conectivos (exceto: mas, porque, por causa de), ligue os enunciados, estabelecendo entre eles, respectivamente, relações de oposição (concessão) e causa.a. Prometi a mim mesmo não ir àquela comemoração. Acabei indo.b. O Brasil tem dificuldades para se alinhar aos países de primeiro mundo. Saúde e educação acabem sendo pouco

valorizadas.

9. Proceda da mesma forma com as frases abaixo. Utilize a gora os conectivos: pelo fato de, porque.Alguns jovens estudaram menos do que era preciso.Esses jovens ficaram fora das boas universidades.

10. Reescreva as orações, unindo-as por meio de pronomes relativos e fazendo as adaptações necessárias.a. A miséria é uma triste realidade.

É preciso lutar contra a miséria.b. Aquele rapaz é boa gente.

O pai daquele rapaz já chegou.

11. Crie apenas um período composto, utilizando todos os conectivos elencados.Já que ... a fim de ... pois ... tão ... que ...

. REFERÊNCIA:

BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37.ed. Rio de Janeiro: Ed. Lucerna, 2001.

EMEDIATO, Wander. A fórmula do texto: redação, argumentação e leitura. São Paulo: Geração Editorial, 2004.

FARACO, Carlos Alberto e TEZZA, Cristovão. 11ª ed. Prática de texto para estudantes universitários. Petrópolis: Vozes, 2003.

FÁVERO, Leonor. 9ª ed. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 2003.

FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. 16ª ed. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2003.

FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2004.

KATO, Mary. No mundo da escrita. 7.ed. São Paulo: Ática, 2003.

KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A Coerência textual. São Paulo: Contexto, 2001.

SEVERINO, Antonio Barbosa. Redação: Escrever é desvendar o mundo. Campinas, SP: Papirus, 2001.

TERRA, Ernani.Linguagem, língua e fala. São Paulo: Scipione, 2001.

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VANOYE, F. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. 7.ed.São Paulo: Martins Fontes, 1987.

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