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Justos entre as Nações: Aristides de Sousa Mendes André Portelinha, Inês Ganhão e Joana Cavalheiro 10ºC Professora Paula Rodrigues Fevereiro de 2014

Justos entre as Nações - Aristides de Sousa Mendes

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Trabalho de grupo de filosofia sobre Aristides de Sousa Mendes, o justo português. André Portelinha, Inês Ganhão e Joana Cavalheiro 10ºC Professora Paula Rodrigues

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Justos entre as Nações:Aristides de Sousa Mendes

André Portelinha, Inês Ganhão e Joana Cavalheiro10ºC

Professora Paula RodriguesFevereiro de 2014

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Introdução

• Aristides de Sousa Mendes foi um diplomataportuguês.

• Durante a Segunda Guerra Mundial salvou 30mil vidas.

• O holocausto foi a perseguição e extermíniosistemático de cerca de 6 milhões de judeus.

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Aristides de Sousa Mendes

• Nasceu a 19 de Julho de 1885, emCabanas de Viriato (Carregado do Sal).

• Filho de José Mendes e Maria Abranches.• Tinha um irmão gémeo, César e outro

mais novo, José.• Tirou Direito e mais tarde ingressou na

Carreira Diplomática.• Exerceu funções como Cônsul de Carreira

na Guiana Britânica, em Zanzibar, noBrasil, nos Estados Unidos, em Espanha,no Luxemburgo, na Bélgica, e finalmente,em França (Bordéus).

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Holocausto• Do grego holos, “todo” e kaustos, “queimado”.

• Foi o assassinato em massa de cerca de 6milhões de judeus durante a Segunda GuerraMundial.

• Extermínio étnico imposto pelo Nazismo,liderado por Hitler e a decorrer nos territóriosocupados pelos alemães durante a guerra.

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Socialização

• Visto que o holocausto era “feito” de ideiaspouco humanas, a questão é: porque nuncaninguém se opôs a isto?

• A sociedade faz-nos assimilar e interiorizarnormas e padrões culturais, que nos sãoimpostos.

• A este processo é chamado de socialização.

• Apela à obediência e não ao espírito crítico.

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Interculturalismo

• Não existia interculturalismo nunca época emque todos os que não obedeciam a padrõesque não a “raça pura” eram exterminados.

• A aculturação por destruição mostra-nos oque o holocausto foi, a tentativa de destruiçãofísica e cultural de um povo.

• Não existia o diálogo intercultural, atolerância pelos outros, a interacção, acomunicação e aproximação entre culturas.

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• Não existia qualquer tipo de tolerância, oetnocentrismo (feito de preconceito) reinava.

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Uma situação marcada pelo determinismo

• Não existia livre-arbítrio, a possibilidade deescolha e de autodeterminação eram nulas.

• O determinismo radical defende que o Universo éconcebido como um vasto sistema que obedece aleis causais invariáveis.

• Os nazis viam a exclusividade da “raça pura”como a causa para acabarem com todas as outrasculturas.

• O ser humano só é livre se obedecer à suaprópria consciência, e por isso, Sousa Mendes, fezo que esta o mandava fazer, seguir o dever ético.

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Sousa Mendes – A Única Escolha Certa

• Aristides era Cônsul de Bordéus e isso dava-lhe odireito de passar vistos.

• Este reflectiu sobre o que era melhor para osjudeus, seriam as diferenças sociais e culturaisrazões para serem assassinados?

• Houve um processo de deliberação, em quereflectiu sobre as alternativas, e posteriormente,a decisão, o momento em que soube o que tinhaa fazer, pois era o que estava certo.

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Sousa Mendes – a escolha certa

• A ética socrática defende que o mal é o fruto daignorância, pois quem conhece o bem é incapazde praticar o mal, devido à ligação coerente eracional entre a teoria e a prática.

• A acção humana reflecte-se nisto, na escolha deAristides, de modo consciente e voluntário. Elesabia o que estava a fazer e fê-lo de livre vontade.

• Tinha como objectivo a salvação de vida,motivado pelo bem, ultrapassando todos osobstáculos.

• A acção humana é motivada pela consciência.

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Ética e Moral

• A moral indica-nos o que devemos fazer, pré-existe ao sujeito, é exterior e causa estabilidadesocial.

• Para Aristides passar vistos somente a quemtinha ordem para passar não chegava.

• A ética, o produto da reflexão e da consciência,fê-lo ver que se uns tinham direito a manter-sevivos, então todos teriam.

• A ética é realizada por actos, mas deriva deintenções correctamente orientadas.

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Heteronomia e Autonomia da Consciência

• As pessoas aceitavam a heteronomia daconsciência, as leis morais convencionais, poisnão havia espaço para a reflexão, apenas para a aobediência, devido ao medo da punição e à faltade liberdade de expressão e de pensamento.

• Sousa Mendes foi mais além, devido à suaautonomia da consciência. A responsabilidadepelos actos é proporcional à intenção, e não seavalia apenas pelas suas consequências. Então,ele salvou vidas, metendo as consequências delado.

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Justos entre as Nações

• O título foi criado pelo Estado de Israel em 1953.

• Criado para honrar a memória de não judeus queajudaram judeus ameaçados de morte durante aSegunda Guerra Mundial.

• Para receber este título, a pessoa tem:– De se envolver na salvação de um/vários judeus que se

encontrassem em perigo;

– Colocar-se em si próprio em perigo;

– De ser motivada pela pura intenção de ajudar os judeus;

– De existirem testemunhos daqueles que foram ajudados ou documentação inequívoca que prove o acontecimento.

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Justos entre as Nações

• As pessoas reconhecidas como Justos recebem da Yad Vashem uma medalha e um certificado de honra. Os seus nomes são escritos no muro dos Justos.

“Quem salva uma vida, salva o universo inteiro.”Frase extraída do Talmud

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TestemunhoEste testemunho relata o seu caso e como Sousa Mendes passou vistos a quem conseguiu, sem que as consequên-cias o impedissem.

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Conclusão• Aristides foi sem dúvida um exemplo de acção

humana, um verdadeiro “Eu” em sentido ético.• O holocausto foi um acontecimento, e para que

não se volte a repetir é preciso que cada um denós lute por isso, estamos em pleno século XXI eainda há preconceito e divergências por etnias,culturas, tons de pele, classes económicas,ideologias políticas e muitas outras razões.

• Não é qualquer um que mete o seu bem-estar emcausa para salvar vidas, por isso, temos de terbastante consideração e respeito por quem o fazsem pedir alguma coisa em troca: Sãoverdadeiros heróis.