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Sintese dos principais aspectos da legislação brasileira sobre a EaD.
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Legislação da EaDno Brasil
Disciplina: Fundamentos da Tecnologia Educacional e Educação a Distância
Aluno: Vinicius Lemos
Professora: Susane Garrido
Na década de 60 surgiram as primeiras normas
sobre EaD:
Código Brasileiro de Comunicações (Decreto-lei
nº 236/67)
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(Lei 5.692/71)
*Focavam somente nos cursos supletivos
A nova LDB (lei 9.394/96) passou a admitir a EaD
em todos os níveis.
Artigo nº 80: “ O Poder Público incentivará o
desenvolvimento e a veiculação de programas de
ensino a distância, em todos os níveis e
modalidades de ensino, e de educação
continuada.”
Outro marco na legislação veio com o Decreto
5.622/2005.
Ele é dividido em seis capítulos e contém 37
artigos.
O Decreto 5.622 veio carregado de inovação
porque passou a permitir o desenvolvimento de
uma política nacional de educação a distância e
que diretrizes norteadores pudessem ser
fixadas.
A legislação, porém, vale somente para
instituições credenciadas e exclui universidades
coorporativas e cursos livres.
No caso de instituições credenciadas, estas
somente podem iniciar suas atividades após edição
de ato específico expedido pelo Poder Público.
Os atos valem por 5 anos e podem ser
renovados.
Após receber a permissão, a instituição tem até 1
ano de prazo para iniciar o curso a distância.
Um dos pontos mais polêmicos e contraditórios
deste Decreto é o que estabelece a necessidade
de haver momentos presenciais nos programas
de EaD, indo de encontro à natureza da
modalidade de ensino e aprendizagem a
distância.
• Artigo 1º, em seu Parágrafo primeiro diz que devem
haver encontros presenciais para:
Avaliação dos alunos
Estágios obrigatórios (quando previstos)
Defesa de trabalhos
Conclusão do curso
Atividades de laboratório (quando previstas)
Ao longo dos anos, vieram vários outros
documentos oficiais que regulam, especificam
critérios, e tratam de assuntos importantes, como
avaliação, credenciamento, supervisão de cursos e
instituições, etc.
Todos têm como base a Constituição Federal de
1988 e a LDB de 1996.
Alguns marcos regulatórios referentes à EaD
que surgiram ao longos destes anos:
Portaria Ministerial nº 4.059, de 10 de dezembro de 2004
Trata da regulamentação de aulas semi-
presenciais nos cursos reconhecidos das
instituições de educação superior
Decreto nº 6.303, de 12 de dezembro de 2007
Alterou decretos anteriores e estabeleceu que
as instituições devem ter polos de apoio
presencial.
Portaria nº1, de 10 de janeiro de 2007
Tratou da regulamentação do ciclo avaliativo
do SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior) para a educação
presencial e a distância.
Decreto nº 7.480, de 16 de maiode 2011
Redefiniu responsabilidades pelas atividades
de avaliação, regulação e supervisão da EaD
que haviam sido anteriormente definidas pelo
Decreto nº 6.320, de 20 de dezembro de 2007.
Instrução Normativa nº 1, de 14 de janeiro de 2013
Tratou dos processos de regulação de
reconhecimento e renovação de
reconhecimento de cursos na modalidade
EaD.
Instrução Normativa nº 1, de 14 de janeiro de 2013
Alguns pontos de destaque:
Os polos presenciais devem ser avaliados para
fins de regulação.
a avaliação da sede da instituição é obrigatória.
As avaliações tem validade de 3 anos após a data
se sua realização.
Portaria nº 92, de 31 de janeiro de 2014
Aprova os indicadores do Instrumento de
Avaliação Institucional Externa para atos de
credenciamento, recredenciamento e
transformação de organização acadêmica,
modalidade presencial, do Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior (SINAES)
Portaria nº 92, de 31 de janeiro de 2014
Alguns pontos de destaque:
O Instrumento de Avaliação Institucional Externa será
utilizado para acompanhamento da qualidade da
oferta
Será aplicado pelas comissões de avaliação in loco
O instrumento de avaliação estará disponível no site
do INEP/MEC
Portaria SERES Nº 244, de 31 de maio de 2013
Reconhece os cursos superiores na modalidade
EaD e indica as vagas totais anuais
estabelecidas para cada instituição.
Portaria SERES Nº 244, de 31 de maio de 2013
Alguns pontos em destaque:
A utilização de polos presenciais não credenciados
representa irregularidade e a instituição será alvo de
medidas administrativas e penais previstas
A instituição tem o prazo de 60 dias para embargar
informações de quantidade de vagas, denominação e
grau do curso.
Estudiosos da legislação da EaD no Brasil
acreditam que ainda há muitos marcos
regulatórios que necessitam ser revistos e
melhorados.
• Alves (apud Silva, 2013) diz que “em sua
essência, a principal lei que rege a educação
brasileira não reconhece a EaD como
modalidade (…)”
A lei deixa clara a necessidade de se fomentar
programas de EaD, mas em nenhum momento a
define como sendo uma modalidade.
Segundo Litto (apud Silva, 2013) “ a legislação
brasileira ainda é um grande obstáculo não só por
separar a EaD das demais questões educacionais,
mas também por fazer com ela seja estruturada
com base nas práticas já estabelecidas na
educação presencial, não atendendo assim aos
aspectos didático-pedagógicos que lhes são
peculiares.”
Referências
• GONZALEZ, M. Fundamentos da Tutoria em Educação a Distância. São Paulo:
Avercamp, 2009.
• SILVA, R. Gestão de EaD- Educação a Distância na Era Digital. São Paulo:
Novatec, 2013.
• http://portal.inep.gov.br/superior-avaliacao_institucional-legislacao
• Os reflexos da nova regulamentacão da educação a distância nas escolas de
educação básica e superior e nas instituições de pesquisa científica e tecnológica
(Estudo técnico sobre os Decretos nºs 5.622 de 19 de dezembro de 2005 e 6.303,
de 12 de dezembro de 2007. Disponível: http://www.ipae.com.br/et/14.pdf