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1 LIBERTAÇÃO EM “POÉTICA”, DE MANUEL BANDEIRA Ana Carolina Polo da Cruz Felício 1 Camila Cristina Pereira da Silva Dea Dilma Correa de Souza Patrícia Carreira de Carvalho Thabata Paganotti da Costa RESUMO Este artigo tem como objetivo apresentar a análise do poema “Poética” de Manuel Bandeira, através de uma perspectiva social diante do contexto histórico em que estava inserido. Também busca discorrer sobre a crítica de Manuel Bandeira ao excesso de erudição dos poetas do seu tempo, sobre o Modernismo e a grande ruptura que a Semana de Arte Moderna de 1922 proporcionou para as artes brasileiras. Palavras-chave: crítica, social, arte, literatura, modernismo INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objetivo analisar o poema “Poética”, de Manuel Bandeira (1886-1968), numa perspectiva social e apresentar o autor como peça importante da primeira fase modernista e participante da Semana de Arte Moderna de 1922, que marcou o rompimento com o estruturalismo parnasiano. A análise mostrará que o poema “Poética” é uma crítica clara a autores da literatura parnasiana e romântica. Em alguns trechos do poema iremos verificar o rompimento das regras que representavam o “academicismo” e a introdução do novo estilo literário, com versos livres e liberdade para criação poética, sem estar preso a regras e formatos clássicos, como prega a proclamação do “lirismo libertador”. O estudo apresenta o poema com características críticas em relação aos movimentos literários que antecederam o Modernismo. E que a partir desta fase, a literatura brasileira assumiu a direção dos seus padrões e começou a se expressar livremente. A análise descreveu também a contextualização histórica e a biografia do autor. A presente pesquisa baseou- 1 Estudantes dos 4º e 5º Semestres do Curso de Letras Língua Portuguesa/Inglês na Universidade Paulista - UNIP

Libertação em "Poética", de Manuel Bandeira

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LIBERTAÇÃO EM “POÉTICA”, DE MANUEL BANDEIRA

Ana Carolina Polo da Cruz Felício1

Camila Cristina Pereira da SilvaDea Dilma Correa de Souza

Patrícia Carreira de CarvalhoThabata Paganotti da Costa

RESUMO

Este artigo tem como objetivo apresentar a análise do poema “Poética” de Manuel Bandeira, através de uma perspectiva social diante do contexto histórico em que estava inserido. Também busca discorrer sobre a crítica de Manuel Bandeira ao excesso de erudição dos poetas do seu tempo, sobre o Modernismo e a grande ruptura que a Semana de Arte Moderna de 1922 proporcionou para as artes brasileiras.

Palavras-chave: crítica, social, arte, literatura, modernismo

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo analisar o poema “Poética”, de Manuel Bandeira (1886-1968), numa perspectiva social e apresentar o autor como peça importante da primeira fase modernista e participante da Semana de Arte Moderna de 1922, que marcou o rompimento com o estruturalismo parnasiano. A análise mostrará que o poema “Poética” é uma crítica clara a autores da literatura parnasiana e romântica.

Em alguns trechos do poema iremos verificar o rompimento das regras que representavam o “academicismo” e a introdução do novo estilo literário, com versos livres e liberdade para criação poética, sem estar preso a regras e formatos clássicos, como prega a proclamação do “lirismo libertador”.

O estudo apresenta o poema com características críticas em relação aos movimentos literários que antecederam o Modernismo. E que a partir desta fase, a literatura brasileira assumiu a direção dos seus padrões e começou a se expressar livremente. A análise descreveu também a contextualização histórica e a biografia do autor. A presente pesquisa baseou-se em autores como José Nicola e Alfredo Bosi. Ambos abordam a literatura numa perspectiva crítica e social.

CONTEXTO HISTÓRICO

O Modernismo Brasileiro teve início no século XX com a preocupação de autores e artistas em romper com valores antigos que se mostravam distantes das sensações vividas por muitos na época. Sua primeira fase (1922-1930) ficou conhecida como Fase Heroica, devido ao empenho dos artistas, inspirados nas vanguardas europeias e no trabalho da renovação estética no Brasil. A segunda fase, foi conhecida também como Fase de Consolidação, por espalhar e normalizar os esforços da primeira fase. Esse momento é caracterizado pelo predomínio da prosa e da ficção. A terceira fase dá sequência à prosa produzida na fase anterior, mas com certa renovação formal. É neste período que surge o grupo denominado “geração de 45”.

A princípio, o ponto de unidade ideológica entre esses artistas era apenas a necessidade de mudança, mas não se tinha algo sólido para substituir os valores antigos. A

1 Estudantes dos 4º e 5º Semestres do Curso de Letras Língua Portuguesa/Inglês na Universidade Paulista - UNIP

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partir dessa perspectiva, o Modernismo Brasileiro nasce com a Semana de Arte Moderna de 1922, que ocorreu entre os dias 11 e 18 de fevereiro, no Teatro Municipal de São Paulo. Não há um consenso sobre quem possa ter sugerido a criação da Semana dentre os artistas envolvidos.

O objetivo era estabilizar uma nova forma de consciência criadora brasileira, atualizar a inteligência artística do país e conquistar o direito à pesquisa estética, que teve como principal propósito renovar, transformar o contexto artístico e cultural urbano, tanto na literatura, quanto nas artes plásticas, na arquitetura e na música. Para tal feito, eles se propuseram a implantar o uso do verso livre como forma de denunciar o desapego às formas antes cultuadas pelos autores parnasianos, como também apostaram no uso de um linguajar voltado para o coloquialismo, justamente em repúdio ao predomínio da sintaxe exagerada e da erudição, presente nas escolas literárias anteriores.

O movimento modernista eclodiu em um contexto repleto de agitações políticas, sociais, econômicas e culturais. Em meio a este redemoinho histórico surgiram as vanguardas artísticas e linguagens liberadas de regras e de disciplinas. A Semana, como toda inovação, não foi bem acolhida pelos tradicionais paulistas, e a crítica não poupou esforços para destruir suas ideias, em plena vigência da República Velha, encabeçada por oligarcas do café e da política conservadora que então dominava o cenário brasileiro. A elite, habituada aos modelos estéticos europeus mais arcaicos, sentiu-se violentada em sua sensibilidade e afrontada em suas preferências artísticas.

Os movimentos futuristas europeus influenciaram muitos artistas, como Anita Malfatti. Além de Anita, muitos nomes participaram desse primeiro momento do Modernismo representando as artes, a música, a literatura e a arquitetura, como Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Villa-Lobos, entre outros.

A Semana não foi bem recebida pela sociedade arcaica da época, elite influenciada pelos padrões tradicionais. O que acontecera entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922 marcou o rompimento das estruturas antigas. O principal legado da Semana de Arte Moderna foi libertar a arte brasileira da reprodução nada criativa de padrões europeus, e dar início à construção de uma cultura essencialmente nacional.

ANÁLISE DE “POÉTICA”, DE MANUEL BANDEIRA, ATRAVÉS DE UMA PERSPECTIVA SOCIAL

Manuel Bandeira, autor de “Poética”, integrou junto com Mário de Andrade e Oswald de Andrade, a tríade dos escritores mais importantes da primeira fase modernista (1922 – 1930), conhecida como o período mais radical do Modernismo, visto que este foi o momento em que os escritores e artistas de modo geral, viam a necessidade de romper todas as estruturas do passado, investindo em novas formas de expressar o lirismo em suas obras poéticas, bem como mudanças na área da música e da pintura.

A literatura feita no século XIX ainda era essencialmente marcada pelo estruturalismo, sendo o Parnasianismo o principal movimento do qual os poetas modernistas tinham aversão, devido ao apego dos parnasianos pela valorização da forma, dos clássicos, da linguagem rebuscada, da métrica e da busca pela perfeição na poesia. Um exemplo disso, era a preocupação dos poetas parnasianos em criar rimas ricas, que são aquelas feitas com palavras de classes gramaticais diferentes, exemplificadas a seguir:

“Mais que esse vulto extraordinário,Que assombra a vista,

Seduz-me um leve relicárioDe fino artista.”

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Neste excerto de “Profissão de Fé”, de Olavo Bilac, podemos verificar o uso de rimas ricas através da rima entre “extraordinário”, um adjetivo e “relicário”, um substantivo. Partindo deste contexto, é possível compreender melhor o sentimento de revolução que os modernistas tinham ao criar e apresentar ao mundo durante a Semana de Arte Moderna de 1922, novos estilos literários, com versos livres – muitas vezes sem rima e sem métrica. Os poetas modernistas queriam a liberdade para criar os seus versos de acordo com as suas intenções e não de acordo com as regras regidas pelo “academicismo literário”; eles buscavam a liberdade de expressão e é partindo desta premissa, que Manuel Bandeira escreve “Poética”, uma crítica clara ao estruturalismo vigente na literatura parnasiana, bem como a romântica, como veremos no decorrer deste texto.

Abaixo, temos a transcrição completa da poesia e em seguida, a análise dos trechos da obra:

Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportadoDo lirismo funcionário público com livro de ponto expedienteprotocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionárioo cunho vernáculo de um vocábulo.Abaixo os puristasTodas as palavras sobretudo os barbarismos universaisTodas as construções sobretudo as sintaxes de exceçãoTodos os ritmos sobretudo os inumeráveisEstou farto do lirismo namoradorPolíticoRaquíticoSifilíticoDe todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmoDe resto não é lirismoSerá contabilidade tabela de co-senos secretário do amanteexemplar com cem modelos de cartas e as diferentesmaneiras de agradar às mulheres, etcQuero antes o lirismo dos loucosO lirismo dos bêbedosO lirismo difícil e pungente dos bêbedosO lirismo dos clowns de Shakespeare- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

O poema pode ser dividido em duas partes. A primeira com o lirismo comedido como ele mesmo se refere, que faz uma referência ao estilo seguido pelos parnasianos:

Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportadoDo lirismo funcionário público com livro de ponto expedienteprotocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionárioo cunho vernáculo de um vocábulo.Abaixo os puristasTodas as palavras sobretudo os barbarismos universais

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Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceçãoTodos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Tais poetas, por serem tão preocupados com a forma, recorriam ao dicionário constantemente, a fim de encontrar as palavras que julgavam perfeitas – aquelas que se “encaixariam” no poema, tanto pela estrutura quanto pelo significado contido. Nota-se também a repetição de “Estou farto...”, o que evidencia a negação a tudo que não seja o lirismo livre, a liberdade poética.

É interessante ressaltar que no poema analisado, não há uma ordem sintaticamente correta na pontuação – o autor se utiliza de pontos finais em alguns versos e mesmo na sequência direta de palavras, não foram utilizadas vírgulas. Tais características são comuns na poesia modernista, uma vez que os escritores buscavam a valorização do verso livre. Observe a questão da pontuação a seguir:

“Estou farto do lirismo namoradorPolíticoRaquíticoSifilítico”

Podemos verificar neste verso uma possível relação entre os termos apresentados pelo autor e os temas centrais da poesia romântica. O “lirismo namorador” pode ser uma referência à representação idealizada do Amor, bem como o “lirismo político”, à poesia de caráter social da terceira fase e por fim, o “lirismo raquítico e sifilítico”, aos poetas ultrarromânticos da segunda fase, também conhecida como Mal do Século, justamente por serem abordados assuntos como a morte e a solidão.

Nesta segunda parte do poema o autor se refere a outro lirismo: o lirismo do dia a dia, o lirismo que está dentro de si, que torna as coisas mais simples da vida em poesia. Manuel Bandeira queria a poesia de libertação, sem regras a serem seguidas.

“De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmoDe resto não é lirismoSerá contabilidade tabela de co-senos secretário do amanteexemplar com cem modelos de cartas e as diferentesmaneiras de agradar às mulheres, etcQuero antes o lirismo dos loucosO lirismo dos bêbadosO lirismo difícil e pungente dos bêbadosO lirismo dos clowns de Shakespeare”

Neste trecho, representação do ideal modernista, há o claro desejo e a pretensão de buscar uma identidade nacional, que atendesse a necessidade latente de criar uma forma nova para as artes de um modo geral, que incluísse todas as partes deste todo denominado cultura brasileira, tão irreverente que subvertesse a forma antiga e que num primeiro momento causou estranheza pela forma de expressão tão espontânea e natural.

O ideal modernista buscou o espirito primitivo da cultura brasileira, utilizando imagens e formas do nosso cotidiano, do sertão, da caatinga, das formas que retratassem a vida, a realidade desse povo até então, quase desconhecida no mundo. Fazem parte deste novo evento cultural a paródia, o pastiche, a desconstrução da sintaxe, a falta de lógica aparente, o “antidiscursivismo”, a simplicidade e a valorização da linguagem coloquial e oral.

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Poética é um verdadeiro manifesto literário a favor dos ideais modernistas, pois apresentou uma crítica aos antigos padrões clássicos e seletivos e sintetizou os princípios recém-nascidos modernistas, com certa influência das vanguardas europeias, para todas as áreas das artes brasileira. O movimento apresentou à sociedade uma estética literalmente tupiniquim, proposta nova para a arte brasileira, uma vez que partindo deles, a literatura redimensionou seus “padrões” e muitos escritores se sentiram à vontade para se expressarem livremente, a fim de colocar em sua obra o que mais lhes convinha – é o lirismo da libertação e o olhar voltado para os detalhes do mundo.

Para Bandeira, o valor da poesia não estava em sua métrica ou erudição, mas na criatividade do poeta em exteriorizar seus sentimentos e vontades, frequentemente influenciados pelo contexto social vivido. A singularidade das coisas ao seu redor eram motivo para escrever uma poesia. A criação poética de Manuel Bandeira pode ser definida pelas palavras de Mário de Andrade: “quando sinto a impulsão lírica escrevo sem pensar tudo que meu inconsciente me grita. Penso depois (...)”.

BIOGRAFIA – MANUEL BANDEIRA

Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no dia 19 de abril de 1886, em Recife, Pernambuco. Seu pai¸ Manuel Carneiro de Souza Bandeira, era engenheiro civil e sua mãe, Francelina Ribeiro de Bandeira, mudaram com a família para o Rio de Janeiro quando Bandeira tinha 10 anos, onde cursou o secundário no Externato do Ginásio Nacional, bacharelando-se em letras. Em 1892 Bandeira voltou para o Recife e escreveu seus primeiros versos, nesta época ainda não pensava em ser poeta.

Em 1903 vai para São Paulo e matricula-se na Escola Politécnica, no curso de arquitetura, porém abandona o curso por ter contraído tuberculose. Em 1913, Manuel Bandeira vai para o sanatório de Cladavel, na Suíça, onde fica até 1914, neste período convive com o poeta francês Paul Éluard, eles discutem as inovações artísticas que estavam acontecendo na Europa, isso influenciou muito a obra de Manuel Bandeira e seus versos livres.

O poeta volta a morar no Rio de Janeiro no início da Primeira Guerra, em 1914, e em 1917 publica seu primeiro livro "A Cinza das Horas". Este livro ainda tem forte influência Parnasiana e Simbolista. Em 1919, a publicação do seu segundo livro "Carnaval" marca sua entrada no movimento modernista. Em 1922 acontece a Semana da Arte Moderna; Manuel bandeira não participa, mas manda seu poema "Os Sapos", uma sátira ao Parnasianismo, e é lido por Ronald de Carvalho e tumultua o Teatro Municipal.

Manuel Bandeira era professor, poeta, cronista, crítico e historiador literário. Em 1940 foi eleito pela Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de n°24 e em 1943 é nomeado professor de Literatura Hispano-Americana da Faculdade Nacional de Filosofia. Como crítico de literatura e historiador literário consagrou-se pelo estudo sobre as Cartas Chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga e pelo esboço biográfico de Gonçalves Dias. Ele morreu aos 82 anos no Rio de Janeiro em 13 de outubro de 1968.

Obras de Manuel BandeiraA Cinza das Horas, poesia, 1917Carnaval, poesia, 1919Os Sapos, poesia, 1922O Ritmo Dissoluto, poesia, 1924Libertinagem, poesias reunidas, 1930

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Estrela da Manhã, poesia, 1936Crônicas da Província do Brasil, prosa, 1937Guia de Ouro Preto, prosa, 1938Noções de História das Literaturas, prosa, 1940Lira dos Cinquent'Anos, poesia, 1940Belo, Belo, poesia, 1948Mafuá do Malungo, poesia, 1948Literatura Hispano-Americana, prosa, 1949Gonçalves Dias, prosa, 1952Opus 10, poesia, 1952Itinerário de Pasárgada, 1954De Poetas e de Poesias, prosa, 1954Flauta de Papel, prosa, 1957Estrela da Tarde, poesia, 1963Vou-me Embora pra Pasárgada, poesia, 1964Andorinha, Andorinha, prosa, 1966 (textos reunidos por Drummond)Estrela da Vida Inteira, poesias reunidas, 1966Evocação do Recife, poesia, 1966Colóquio Unilateralmente Sentimental, prosa, 1968

Temas comuns nas suas obrasPaixão pela vidaMorteAmorErotismoSolidãoAngústiaCotidianoInfância

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluímos que Manuel Bandeira buscou o lirismo libertador nas coisas simples da vida. Apesar de crítico literário, professor universitário, tradutor de poesia e toda sua bagagem profissional e intelectual, ele soube manter o olhar simples sobre os acontecimentos ao seu redor e perceber a singularidade dos pequenos detalhes que o cercavam. Suas duras críticas aos movimentos anteriores, focados na erudição, comprovaram seu altíssimo nível intelectual e poético. Sua preocupação não estava voltada para a métrica, ou os esquemas estruturais de uma criação poética, mas para o seu valor e para o lirismo libertador. Manuel Bandeira não somente encontrou motivos para a vida em sua poesia, mas também abriu novos horizontes para a literatura basileira em todos os seus aspectos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/OlavoBilac/profissaodefe.htmhttp://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=646&sid=249http://www.infoescola.com/literatura/manuel-bandeira/http://www.e-biografias.net/manuel_bandeira/Consultados em 01/05/2015

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