51
Pr. Andre Luiz

Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

Pr. Andre Luiz

Page 2: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 3: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 4: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 5: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 7: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 8: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 10: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

Sabemos que as culturas antigas acreditavam no poderespiritual dos nomes. Saber qual o nome de uma divindade, ou de umdemônio, supostamente dava à pessoa certo poder sobre essa divindadeou demônio, em momentos de necessidade. No caso dos demônios, oconhecimento dos nomes deles poderia ser um meio de expeli-los. Essesfatos demonstram o respeito que algumas pessoas tinham pelos nomes,e talvez esse fosse um dos motivos pelo extremo respeito que os judeustinham pelo nome divino. No judaísmo posterior, encontramos o usoespiritual de nomes; mas não temos evidências a esse respeito quanto àprimitiva cultura judaica, embora isso deva ter existido em algum grau ede alguma maneira”. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por

versículo. Editora Hagnos. pag. 4131

Page 11: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 13: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

A Enciclopédia da Bíblia (Cultura Cristã) comenta o seguinte: “Écaracterístico do sistema hebraico-cristão o uso dos nomes para a deidadecomo instrumentos para a revelação divina. Os vários nomes, simples ecompostos, empregados tanto no AT quanto no NT, não são meras construçõesou designações humanas. Antes, são instrumentos reveladores, aparecendocomo pontos centrais na carreira do povo israelita, e refletindo a auto-revelação de Deus. A simpatia de Israel por nomes refletia a atitude geral paracom a nomenclatura que era comum aos povos antigos. Com eles o nome deuma pessoa não era apenas uma designação de uma relação familiar — nãouma simples posse — mas algo distintivamente pessoal. Embora não hajanenhuma evidência de que no uso israelita dos nomes estes eram considerados(como em algumas culturas) por conter poderes espirituais, todavia os nomeseram vistos com muito respeito. Isto era verdadeiro acerca dos nomes pessoais;e a mesma seriedade é aparente no emprego das designações para a divindadeentre os povos do AT. Na cultura semita, os nomes eram frequentementeusados para designar uma característica da pessoa nomeada. O sentimentoparece ter sido o de nominar sua personalidade. Um exemplo deste tipo de usoé encontrado no caso do nome de Jacó, que significa“suplantador”, cujo sujeitoera de fato uma pessoa astuta e egocêntrica. MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora

Cultura Cristã. Vol. 1. pag.123

Page 14: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 15: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

O Comentarista da lição, Pr Esequias Soares, escreve no livro que servede apoio à revista deste trimestre: “O nome ELOHIM apresenta os primeirosvislumbres da Trindade. A declaração de Gênesis 1.1; traz o verbo no singular,"criou", e o sujeito no plural ELOHIM, "Deus", o que revela a unidade de Deus naTrindade. Construção similar aparece em várias partes do Antigo Testamento: "Edisse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança"(Gn 1.26); "Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós"(Gn 3.22); "Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua" (Gn 11.7). A Trindadeé vista em ELOHIM à luz do contexto bíblico. O Novo Testamento explicitou o queantes estava implícito no Antigo Testamento. Quando ELOHIM refere-se àsdivindades falsas traz no plural o verbo, o pronome ou o adjetivo, representandoa multiplicidade. Quando, porém, aplicado ao Deus de Israel, o verbo e o seuscomplementos vêm geralmente no singular. Os rabinos reconheceram apluralidade neste nome, mas, como o judaísmo é uma religião que defende omonoteísmo absoluto, e não admite Jesus Cristo como o Messias de Israel, ficadifícil para eles entenderem essa pluralidade. Para explicá-la, argumentam serum plural de majestade, mas isso é uma determinação rabínica posterior. Adefinição de plural de majestade ou de excelência, como disse, foi dada pelorabinato posterior. Disse Shlomo ibn Yitschaki, conhecido pela sigla RASHI,grande rabino e erudito judeu (nascido em 1040): "O plural de majestade nãosignifica haver mais de uma pessoa na divindade". Essa declaração serviu para

Page 16: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

o judaísmo prosseguir sua marcha mantendo o monoteísmo absoluto sem Jesuse sem o Espírito Santo. No relato da criação e em muitas outras passagens doAntigo Testamento, ELOHIM é nome próprio usado como forma alternativa deJavé. Segundo Umberto Cassuto, esse nome é usado para se referir à ideiaobscura e mais abstrata da deidade, de um Deus universal e Criador do mundo,indicando a transcendência da natureza de Deus; ao passo que Javé aparecequando as características estão claras e concretas e sugere um Deus pessoal quese relaciona diretamente com o povo. No capítulo um de Gênesis, Deus aparececomo o Criador do universo físico e como o Senhor do mundo, exercendodomínio sobre todas as coisas. Tudo quanto existe veio à existência por causaexclusiva de Seu fiat (poder criador), sem qualquer contato direto entre Ele e anatureza. Portanto, aplicando-se aquelas regras, aqui cabe o uso do nomeELOHIM (CASSUTO, 1961, p. 32). ELOHIM é um dos nomes próprios de Deus, masaparece como apelativo no Antigo Testamento quando se refere a divindadesfalsas, por exemplo os deuses do Egito (Êx 12.2) e de outras nações (Dt 13.7,8; Jz6.10). A palavra é usada com relação às imagens dos cultos pagãos (Êx 20.23).As Escrituras fazem uso irregular de ELOHIM em referência a seres sobrenaturais(1 Sm 28.13) e juízes (SI 82.6). Aparece também, cerca de 20 vezes, com relaçãoàs divindades pagãs individuais”. Esequias Soares. Os Dez Mandamentos.Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag.51-53.]

Page 17: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

No Antigo Testamento, o nome de uma pessoa tinha a função de mostrar o

caráter ou a índole de um indivíduo.

Page 18: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

O Dicionário Bíblico Wycliffe (CPAD), sobre a aplicação dos nomespróprios, traz o seguinte: “EL ELYON, EL SHADDAI, YAHWEH. A reviravoltanotável na teologia bíblica é a de que o Deus vivo é progressivamente conhecidopor meio dos acontecimentos históricos reais, nos quais Ele revela tanto a simesmo quanto os seus objetivos. Com isso, os termos genéricos para divindadeganham um conteúdo mais específico, tornam-se nomes próprios e,sucessivamente, abrem caminho para designações posteriores que refletemmais plenamente a natureza de Deus, que é progressivamente revelada. Apalavra El, termo mais comum para divindade, nas línguas semitas (mas quenão é a palavra usual no Antigo Testamento), vem frequentemente associada aum substantivo ou a um adjetivo (cf. 'el 'elyon, "Deus Altíssimo", ou 'el shaddai,"Deus Todo-Poderoso"). Como consequência, tornou-se um nome próprio deDeus. El Shaddai tornou-se o nome patriarcal característico para Divindade,como consequência do concerto divino com Abraão. Enquanto Elohim representaDeus especialmente na função do Criador, Formador e Preservador do homem edo mundo, El Shaddai se concentra nos limites divinos dos processos naturaispara os propósitos da sua graça. O nascimento de Isaque, o filho prometido, naausência de qualquer possibilidade natural, mostra Deus como materializandode forma onipotente o seu objetivo de graça em uma criação finita e pecadora,decaída. Na LXX e no Novo Testamento, El Shaddai é traduzido comopantokrator, "O Todo-Poderoso", "O Onipotente" (cf. 2 Co 6.18; Ap 1.8; 4.8). Com

Page 19: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

a evolução da história religiosa hebraica, os primeiros nomes de Deus passarampara um plano secundário em vista da auto-revelação de Deus que ocorria.Mesmo assim, o nome El Shaddai não substitui completamente Elohim, uma vezque os hebreus conservam todas as designações de Divindade, algumas vezesintercambiando-as, conforme as circunstâncias possam sugerir um ou outro. Ouso literário de nomes divinos, portanto, não fornece uma indicação inequívocado desenvolvimento literário e da autoria dos escritos sagrados. O nome porexcelência para o Deus de Israel é Jeová (YAHWEH), encontrado 6.823 vezes noAntigo Testamento. Por meio da libertação de Israel da escravidão no Egito, desua adoção como uma nação, e de sua condução até a Terra Prometida, o DEUSRedentor é especialmente conhecido por esse nome. O DEUS auto-revelado serevela de maneira redentora de uma forma especial (EU SOU O QUE SOU, Êx3.14). Veja Eu Sou. O Deus vivo, que havia anteriormente se manifestado aospatriarcas como El Shaddai (Êx 6.2ss.), não era totalmente desconhecido delescomo Jeová, sendo esse nome encontrado frequentemente em Genesis epronunciado pelo próprio Senhor Deus, e mesmo na bênção de Jacó (quenenhum redator teria alterado!). A partir de Abraão, o nome de Jeová apareceperiodicamente nos registros sagrados. Mas com o resgate de Israel e com oestabelecimento da teocracia, Jeová torna-se o nome inconfundível no AntigoTestamento para o Deus vivo, que não apenas adapta a natureza pecadora àgraça, mas também molda um novo tipo de graça em meio a este curso natural

Page 20: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

das coisas. Consequentemente, o nome Jeová (uma reconstrução artificial emportuguês para a palavra hebraica YHWH, originalmente pronunciada Yahwehou Yahveh) enfatiza, em particular, a atividade redentora de Deus. Devido àssuperstições, os hebreus chegaram a evitar pronunciar a palavra de quatroletras YHWH, substituindo-a por Adonai. Nos séculos mais recentes, Jeová temservido como o equivalente a Yahweh na literatura, nos hinos e nas traduções daBíblia em português. A Bíblia de Jerusalém adotou o nome Yahweh. Sobrepondouma estrutura de desenvolvimento naturalista sobre a Bíblia, a crítica elevadadiz que os múltiplos nomes de Deus, particularmente Elohim e Yahweh, refletemfontes literárias divergentes. Esta suposição foi, durante muito tempo, umalicerce da hipótese JEDP, agora desacreditada, que reduz o Pentateuco (q.v) afontes originais conflitantes. A tentativa de explicar o nome composto Yahweh-Elohim por meio da combinação de documentos provou ser insustentável, e ahipótese JEDP é cada vez mais reconhecida como um grupo de fontesartificialmente projetadas (em um contexto preciso, sobre o qual os próprioscríticos não entraram em acordo)”. PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag.

540-541

Page 21: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 22: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 24: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

Como escreve Russell Norman Champlin, O tetragrama sagrado YHWH(Yahweh) não deveria ser pronunciado. Com o passar dos anos, perdeu-se apronúncia correta do tetragrama. Estudiosos adicionaram as vogais de Adonai(meu Senhor) combinando-as com as consoantes YHWH, e o resultado foi aforma Jeová. Não se trata, realmente, de um nome de Deus, mas de umacorruptela do nome, a fim de que pudesse ser proferido, sem nenhum temorpelos judeus. Mas nunca aparece, com essa forma, no original hebraico daBíblia. Tal forma só começou a aparecer no século XII D.C. Antes disso, —cadavez que aparecia YHWH, os judeus pronunciavam «Adonai». Parafraseando CHAMPLIN,

Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 4131. Sobre isto,ainda, transcrevo o que diz a Enciclopédia Histórico-Teológica Da Igreja Cristã.Vol 1. (Editora Vida Nova): “Os esforços para se determinar o significado dotetragrama (YHWH) mediante a investigação histórica têm sido dificultados pelaescassez de dados relacionados com as várias formas do nome ya nas fonteshistóricas fora do AT. Por esta razão, a investigação geralmente tem seguidolinhas filosóficas. G. R. Driver sugeriu que a forma ya era originalmente um gritode exclamação "emitido em momentos de empolgação ou êxtase, umprecedente de ya(h)wá(h), ya(h)wá(h)y ou coisa semelhante". Sugeriu, aindamais, que o nome Javé surgiu da consonância de uma extensão deya com o"tempo imperfeito de um verbo defectivo". Deste modo, ele viu a origem donome numa etimologia popular e asseverou que a sua forma original foi

Page 25: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

esquecida (ZAW46.24). Mowinckel propôs a teoria de que o tetragrama deve serentendido como palavra composta do elemento de exclamação e o pronome daterceira pessoa, hü’, com o significado de "Ó Ele!" Outra abordagem doproblema é ver no tetragrama uma forma de paronomásia. Este conceito levaem conta a representação geral do nome ya nas culturas extrabíblicas dosegundo milênio a. C. O nome Javé é entendido, portanto, como uma formaquadrilateral, e o relacionamento entre o nome hãyâ ("ser"), em Ex 3.14-15, nãodeve ser de etimologia mas, sim, de paronomásia. O ponto de vista mais comumé de que 0 nome é uma forma de um verbo trilateral, hwy. É geralmenteconsiderado um imperfeito da raiz Qal, na terceira pessoa, ou um verbo tambémna terceira pessoa do imperfeito de uma raiz causativa. Outra sugestão é de quese trata de um particípio causativo com um y pré-formante que deve sertraduzido "Sustentador, Mantenedor, Estabelecedor". Com relação ao ponto devista de que o tetragrama é urna forma alongada de um grito de exclamação,pode ser indicado que os nomes próprios semíticos tendem a abreviar-se;normalmente não são prolongados. A teoria de que o nome é paronomástico éatraente, mas quando se apela às ocorrências das formas de ya ou yw ñasculturas antigas, surgem vários problemas. E difícil explicar como a formaoriginal poderia se ter prolongado até chegar à estrutura familiar quadrilateral.A sugestão de Mowinckel é atraente, porém especulativa. Além disso, é difícilcompreender como o nome Javé poderia ter conotações de unicidade tão forte

Page 26: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

no AT se é urna forma de um nome divino representada em várias culturas nosegundo milênio a. C. A derivação do tetragrama de uma raiz verbal tambémestá comprometida com certas dificuldades. A raiz hwy, sobre a qual otetragrama seria baseado segundo este ponto de vista, não é atestada naslínguas semíticas ocidentais antes dos tempos de Moisés. e a forma do nomenão está de acordo com as regras que regem a formação de ver- bos lamed he’,conforme nós os conhecemos. Fica evidente que o problema é difícil. É melhorconcluir que o uso da etimologia para determinar o conteúdo teológico do nomeJavé é tênue. Para se compreender o significado teológico do nome divino, énecessário que se determine o contexto teológico de que o nome era revestidona religião hebraica. Jah, Yah. Esta forma mais curta de Javé ocorre duas vezesem Êxodo (15.2 e 17.15). A primeira destas passagens é refletida em Is 12.2 e SI118.14. Ocorre também numerosas vezes na fórmula haPIõyâ ("louvai a yah").Seu emprego nas passagens poéticas antigas e mais recentes e sua função defórmula nos Salmos Halel sugerem que esta forma de Javé é um dispositivo doestilo poético. A forma composta de yah com Javé, em Is 12.2 [yah YHWH),indica uma função separada para a forma yah e, ao mesmo tempo, suaidentificação com Javé”. Walter A. Elwell. Enciclopédia Histórico-Teológica Da Igreja Cristã. Vol 1. Editora

Vida Nova. pag. 445-446.

Page 28: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

Yahweh era o nome pessoal do Deus de Israel. Que a forma Yahweh éa forma correta, pode-se provar mediante transcrições para o grego. Quando,pela primeira vez, foram inseridos sinais representando fonemas vogais, naBíblia hebraica, já no século VII D.C., as letras vogais da palavra hebraicaADONAY, «Senhor», foram escritas intercaladas com as consoantes YHWH,produzindo assim o nome artificial Jeová. Esse não era, realmente, um nomedivino; mas muitos, temendo pronunciar Yahweh, como apelativo por demaissagrado, passaram a usar Jeová como um substituto aceitável. Portanto, Jeováé um híbrido sem base bíblica nenhuma, que começou a ser usado de modogeral, como um dos nomes de Deus, no século XIV D.C. Isso ocorreu porque oseruditos cristãos da época não reconheceram a natureza híbrida da formaJeová. Esse nome hebraico de Deus também aparece com as formas abreviadasde Yah (Êxo. 15:2, etc; em português, «Já») e Yahu ou Yeho. Estas duas últimasformas aparecem em inscrições hebraicas e assírias, e também nos papirosescritos em aramaico. Mas o nome abreviado original parece ter sido Yaw, quetem sido identificado com um dos nomes divinos pagãos encontrados nosdocumentos de Eras Shamra (vide), provenientes do norte da Fenícia, do séculoXV A.C. Alguns especialistas supõem que o nome Yahweh não foi cunhado porMoisés, e nem por qualquer dos demais autores bíblicos; antes, seria um nomepré-mosaico, como um antigo nome de Deus que Moisés usou, tal como amoderna palavra portuguesa «Deus» é apenas o aportuguesamento do termo

Page 29: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

latino Deus, que como é óbvio, antecede ao uso português por muitos e muitosséculos. Os trechos de Êx 3:13-15 e 6:4 parecem indicar que esse nome começoua ser usado no Antigo Testamento como se tivesse havido uma revelaçãoespecial do nome. Gn 4:26, por sua vez, parece dar a entender uma origem nãohebreia, ou seja, quando esse nome começou a ser usado pelos hebreus, teriasido tomado por empréstimo de alguma fonte extrabíblica. Seja como for, a raizdo nome, sem dúvida, é antiquíssima, sendo provável que aparecesse entre osnomes de divindades mesopotâmicas. Alguns supõem que Moisés chegou aadorar Yahweh, mediante seu casamento com a filha de um queneu, em Midiã(Êx 3:1 ss; 18:12-24). A isso se chama de teoria quenita, o que, como é óbvio, éuma teoria rejeitada por muitos intérpretes conservadores, pois não queremaceitar a ideia de que os nomes de Deus, na Bíblia, possam ter tido origempagã. Seja como for, a forma mais longa, YHWH, é confirmada desde o século IXA.C., como na pedra Moabita. De acordo com uma etimologia popular, essapalavra estaria ligada ao verbo hebraico ser (ver Êx 3:14), pelo que se refeririaao ser eterno de Deus, que é a fonte originária de todos os seres, nãodependendo de qualquer outro ser para a sua vida e continuação em existência.

Page 30: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

A pronúncia do tetragrama, YHWH, o que seria o nome exato de Deus, perdeu-

se no tempo.

Page 31: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

Matthew Henry comentando o texto de Ex 3.14 diz: “Um nome quedenota o que Ele é em si mesmo (v. 14): Eu sou o que sou. Isto explica o seunome Jeová, e significa: (1) Que Deus é autoexistente; Ele tem a sua existênciaem si mesmo, e não depende de ninguém. O maior e melhor homem do mundodeve dizer: “Pela graça de Deus, sou o que sou”. Mas Deus diz de uma formaabsoluta - pois Ele é mais do que qualquer criatura, homem ou anjo, e só Elepode dizer - “Eu sou o que sou”.Sendo autoexistente, só Ele pode serautossuficiente, e, portanto, todo-suficiente, a fonte inesgotável de vida ealegria. (2) Que Deus é eterno e imutável, e sempre o mesmo, ontem, hoje, eeternamente; Ele pode ser aquilo que quiser ser. Ele é, Ele era, e Ele há de vir.Veja Apocalipse 1.8. (3) Que não podemos, investigando, descobri-lo. Este é umnome que censura todas as indagações ousadas e curiosas a respeito de Deus, ena verdade diz: Não pergunte o meu nome, visto que é segredo, Juízes 13.18;Provérbios 30.4. Perguntamos o que Deus é? E suficiente para nós sabermos queEle é o que é, o que Ele sempre foi, e sempre será. Quão pouco é o que temosouvido dele! Jó 26.14. (4) Que Ele é fiel e verdadeiro em todas as suaspromessas, imutável em sua palavra assim como em sua natureza, e não umhomem que mente. Que Israel saiba disso: EU SOU me enviou a vós”. HENRY.

Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 235.]

Page 32: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 34: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

O Catecismo Menor de Martinho Lutero sobre este mandamento diz:“Que significa isto? Devemos temer e amar a Deus e, por isso, em seu nomenão amaldiçoar, jurar, praticar a magia, mentir ou enganar; mas devemospedir a sua ajuda em todas as necessidades, orar, louvar e agradecer”. Omesmo escreve Russell Norman Champlin em obra já citada: “Abusos contra onome de Deus. Vários desses abusos eram e continuam sendo possíveis: 1. Otrivial. Até mesmo crentes exclamam, descuidadamente:“Ó meu Deus!” E atémesmo crentes piedosos falam de modo frívolo acerca do Senhor, como se Elefosse apenas um bichinho de estimação. Combato essa forma ridícula deteísmo de acordo com a qual qualquer pensamento ou ato trivial é lançado naconta do Senhor. Trata-se de uma forma de auto- exaltação. Pois se o grandeDeus está conosco em questões tão pequenas, então quão importantes nóssomos. Em contraste com isso, os israelitas piedosos nem ao menospronunciavam o nome divino Yahweh, mas corrompiam-no de alguma forma,para não se tornarem culpados de estarem tomando o nome de Deus em vão.2. Nas artes mágicas e nos juramentos. Como nas conjurações e nos ritospagãos. Ver Gn 32.27,29. O nome de Yahweh não podia ser usado em taisatividades. 3. O nome de Yahweh não podia ser misturado com os nomes dedivindades pagãs, como se fizesse parte de algum panteão gentílico. 4. Aproibição do uso do nome divino incluía a ideia de empregar o nome de Deuspara invocar os mortos. O nome de Yahweh não podia ser misturado à

Page 35: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

bruxaria. 5. O nome de Yahweh não podia ser usado nos juramentos falsos,como se a veracidade de uma pessoa pudesse ser apoiada pelo grande DEUS(Lev. 19.12). 6. Embora 0 texto sagrado não o diga especificamente, temos aquium mandamento contra toda espécie de profanação por meio de palavras,incluindo ou não os nomes divinos. O texto por certo subentende o uso devidoda língua, em questões tanto sagradas quanto seculares. “Maldições ejuramentos devem-se ao desejo de impressionar os outros. A maneira maisfácil de chocar outra pessoa e chamar sua atenção é o uso de alguma coisasagrada ou nome santo. Mas o efeito desgasta-se quase imediatamente, e ablasfêmia passa a ser apenas um hábito inconveniente, expressandoimpotência e fraqueza de caráter” (J. Coert Rylaarsdam, in loc.). Ameaças.Nenhuma punição é imposta aqui aos faltosos, mas fica entendido que ohomem que usasse indevidamente o nome de Yahweh não escaparia do devidocastigo. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.

391

Page 36: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 37: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

A manter uma consideração muito reverente ao santo nome de Deus(v. 12), e não conclamá-lo como testemunha, seja: 1. De uma mentira: “[Não]jurareis falso pelo meu nome”. Já é ruim dizer uma mentira, porém jurar émuito pior. Ou: 2. De uma brincadeira, e impertinências: “Pois profanaríeis onome do vosso Deus” - usando-o com qualquer outro propósito diferentedaquele para o qual deve ser religiosamente usado. HENRY. Matthew. Comentário Matthew

Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 410 Perjúrio O crime de falsotestemunho ou perjúrio está previsto no art. 342 do Código Penal que assimdispõe: Art. 342... em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ouem juízo arbitral: (Alterado pela L-010.268-2001) Pena - reclusão, de 1 (um) a 3(três) anos, e multa. Perjúrio...

Page 38: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

O terceiro mandamento corresponde a usar o nome de Deus de forma

superficial, em conversas triviais, fúteis e insignificantes

Page 39: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

O Comentário Bíblico Beacon, sobre Juramentos (5.33-37): “A leimosaica dizia: Não perjurarás (33; Lv 19.12; Nm 30.2; Dt 23.21), isto é, “jurarfalsamente” - no Novo Testamento, este verbo só é encontrado aqui. Mas Jesusdisse: De maneira nenhuma jureis (34). Ele proibiu especificamente jurar pelocéu, pela terra, por Jerusalém, ou pela nossa própria cabeça (34- 36). Os judeusdefendiam que jurar pelo nome de Deus vinculava aquele que fazia ojuramento, mas jurar pelo céu não trazia nenhum vínculo. Assim, os itens acimaeram substituídos como uma forma de subterfúgio, para não se dizer a verdade.Bengel cita o ditado rabínico: “Como o céu e a terra passarão, assim também ojuramento passará, pois os conclamou como testemunhas”.36 Jesus defendeuque Deus está sempre presente quando os homens falam; por esta razão, todosdevem falar honestamente. O mandamento de Cristo foi: Seja, porém, o vossofalar: Sim, sim; não, não (37) - ou, como Beck apresenta: “Simplesmente diga:‘Sim, sim; não, não’ ’’.Apropria prática de jurar é um triste reflexo do caráterhumano. Jesus exige honestidade o tempo todo, esteja um homem sobjuramento ou não. Não há um padrão duplo para o cristão. Ralph Earle. Comentário

Bíblico Beacon. Mateus. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 60-61.]

Page 40: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 41: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 42: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

O cristão não deve precisar fazer juramento algum em sua vida diária,seu falar deve ser “sim, sim” e “não, não”, como ensina Jesus. Somente asinceridade total, sem um juramento de garantia, assegura a verdadeirafraternidade. Jesus afirma: Vocês sequer devem jurar, ou seja, vocês não devemfazer uso de todos esses juramentos de corroboração e juramentoscompromissivos e não compromissivos. Vocês se enganam se pensam que, comessas artimanhas, podem escapar da maldição divina. Outra vez recorro aRussell Norman Champlin, quando este escreve: “Sim, sim... não, não». Arepetição da palavra é a confirmação ou não da verdade. A garantia dahonestidade do indivíduo deve ser a confiança na sua simples palavra.Provavelmente Jesus insistiria que tal honestidade deve ser inspirada pelaconsciência da presença de Deus e a relação do homem para com o Senhor. Ohomem cônscio da presença de Deus e que sente responsabilidade para comDeus, não mente. Tal honestidade não requer a confirmação de qualquerjuramento. E o juramento feito—pelo homem desonesto—não tem valor. Adesonestidade de nossa natureza se expressa não apenas na tendência em nosdesviarmos da verdade pura, mas também na esperança de que nossossemelhantes façam a mesma coisa. A prática dos juramentos apenas agravaessa situação, porque o próprio juramento é usado para enganar, confirmandode maneira séria uma desonestidade.

Page 43: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 44: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

O abuso que os judeus faziam dos juramentos, levou Jesus a dizer, demodo nenhum jureis. É difícil achar uma brecha nesta diretiva (veja tambémTiago 5:12). Assim, o crente não deveria jurar para autenticar suasdeclarações. Até mesmo o Estado deveria geralmente permitir uma afirmaçãoem lugar do juramento exigido. Pelo céu. Os judeus usavam a suaengenhosidade para classificar os diversos juramentos, e geralmenteperdoavam aqueles que não mencionassem Deus especificamente. Jesusmostrou que tal raciocínio enganosamente sutil era falso, pois Deus continuaimplicado quando os homens invocam os céus, a terra, ou Jerusalém; e atéquando se jura pela própria cabeça está implicado Aquele que tem poder sobrea mesma. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim. Uma solene afirmação ounegação é o suficiente para o crente. O que passa disto. Acrescentandojuramentos às nossas declarações, ou admitimos que não se pode confiar emnossas palavras costumeiras, ou nos rebaixamos ao nível de um mundomentiroso, que vem do maligno.]

Page 45: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

A linguagem do cristão deve ser usada na perspectiva de Jesus: sim, sim ou não, não.

Page 46: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão

Segundo a tradição judaica, os juramentos sob o nome de DEUSeram válidos, tinham força, mas os que excluíssem o nome de Deus nadavaliam. Jesus agora nos ensina que os dois preceitos são enganosos, visto quenecessariamente Deus se envolve em cada transação — o céu é o seu trono, aterra é o estrado de seus pés, a cidade de Jerusalém é a cidade do grande Rei, enós não conseguimos controlar nem mesmo a cor de nossos cabelos. (Barclay,vol. 1, pp. 159-60). Os que os seguidores de Jesus devem fazer é simplesmentedizer sim ou não, e honrar a palavra empenhada. Schweizer escreve: “Quandoa palavra humana se deteriora de tal modo que sob certas circunstâncias simpode significar não, e não sim, a comunidade está destruída” (p. 128). Estarsob o governo de Deus (isto é, em seu reino) é ser digno de confiança absolutae honesto de modo transparente. Afastar-se desse princípio é cair sob ainfluência do maligno. Por toda a história da igreja tem havido crentes queacham que é errado fazer juramentos, sejam eles de que natureza forem.Entretanto, Jesus permitiu ao sumo-sacerdote que o colocasse sob juramento(Mateus 26:62-64), e Paulo invocou a Deus, para que lhe servisse detestemunha (2 Coríntios 1:23; cp. Gaiatas 1:20). O assunto sob consideraçãoem Mateus não é tanto a questão de se fazer um juramento, mas anecessidade de se falar a verdade em todas as ocasiões. E inevitável que Jesuspenetre a fundo na legislação, para chegar aos princípios essenciais que elapretende ensinar. Codificar o ensino de Cristo é o mesmo que destruí-lo.

Page 47: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 48: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 49: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 50: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão
Page 51: Lição 05 - Não tomarás o nome do Senhor em vão