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1 REFLEXÕES NO LIVRO DE NEEMIAS Pr. Eli da Rocha Silva 2015

Livro de Neemias cap. 1 a 13

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Page 1: Livro de Neemias cap. 1 a 13

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REFLEXÕES

NO

LIVRO DE NEEMIAS

Pr. Eli da Rocha Silva

2015

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Neemias (em hebraico , hebraico tiberiano Nəḥemyāh, /ˌniəˈmaɪə/, "conforto de (ou "confortado

por") Deus (YHWH)") é um personagem bíblico, figura importante na história pós-exilo dos judeus, tal

como registrada na Bíblia, e que, acredita-se, teria sido o autor primordial do Livro de Neemias. Era filho

de Hacalias (Ne, 2:3), e provavelmente pertencia à Tribo de Judá; seus ancestrais residiam

em Jerusalém antes de seu serviço na Pérsia (Ne, 2:3).

Fez erigir os muros de Jerusalém e realizou importantes reformas religiosas exercendo papel

fundamental na fixação da lei mosaica. O livro bíblico que traz seu nome, Livro de Neemias, redigido

pouco antes dos 300 anos, juntamente com o livro de Crônicas e o livro de Esdras, relata a obra de

restauração de Neemias.1 2

Neemias viveu durante o período em que Judá era uma província do Império Aquemênida,3 e havia sido

designado copeiro real no palácio de Susa; o rei, Artaxerxes I(Artaxerxes Longimanus), parece ter tido

um bom relacionamento com seu funcionário, como evidencia a longa licença que lhe foi concedida

durante a restauração deJerusalém.4

Através de seu irmão Hanani (Ne, 1:2; 2:3), Neemias ouviu sobre a condição lamentável de Jerusalém,

e encheu-se de tristeza; por muitos dias ficou em jejum, em luto, orando pelo local do sepulcro de seus

pais. Finalmente, o rei percebeu a tristeza em sua expressão, e perguntou-lhe o seu motivo; Neemias

explicou-o ao rei, que lhe concedeu permissão de ir à cidade e agir lá como um tirshatha,

ou governador, da Judeia.5

Neemias chegou a Jerusalém no 20.º ano do reinado de Artaxerxes I (445/444 a.C.)5 com um forte

séquito que lhe fora fornecido pelo próprio rei, e com cartas para todos ospaxás das províncias pelas

quais passaria, assim como para Asaf, o mantenedor das florestas reais, ordenando-os a ajudá-lo.

Embora nem todos os acadêmicos concordem a respeito do tema, existem evidências, incusive textuais,

de que Neemias teria sido um eunuco. Ele certamente parece ter sido visto como tal nos textos

posteriores do judaísmo - a Septuaginta, tradução grega da Bíblia hebraica, o descreve como

um eunochos ("eunuco"), e não como um oinochoos("copeiro"). Além disso, ele servia tanto na

presença do rei como da rainha, o que aumenta a possibilidade de ter sido castrado. De acordo com a

lei judaica, nenhum cujostestículos tenham sido esmagados ou seu pênis decepado será admitido à

Assembleia do Senhor; desta maneira, Neemias não podia entrar em certas partes do Templo, o que

seu inimigo, Semaías, tentou enganá-lo para que fizesse, inadvertidamente.

Sem filhos que o lembrassem em sua posteridade, Neemias orava repetidamente: "Para o meu bem se

lembre, ó meu Deus, de tudo o que fiz por este povo". As tradições posteriores judaicas relaxaram as

proibições deuteronômicas, e legaram a posteridade aos eunucos na memória divina. O serviço de

Neemias à seu povo e à sua nação - apesar dos preconceitos e de sua condição de inferioridade social

e religiosa - fez de fato uma diferença à acomodação - ainda que não à afirmação - de uma minoria

sexual hostilizada.

Quando de sua chegada em Jerusalém, Neemias estudou secretamente a cidade à noite, formando um

plano para a sua restauração; o plano foi executado com tamanha habilidade e ímpeto que todas as

suas muralhas teriam sido finalizadas num período assombroso de cinquenta e dois dias (Wikipedia)

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CAPÍTULO 1

O QUE FAZER QUANDO AS COISAS VÃO MAL?

NEEMIAS 1.1-4

I – COMO PRIMEIRO IMPULSO: CHORAR

1. A situação desoladora, na qual muitas pessoas se encontram as tornam tristes,

desanimadas e sem disposição de reagir. Isso é mais que comum entre as

pessoas.

2. Com Neemias não foi diferente; ele chorou quando soube o estado de miséria

que vivia o seu povo. A miséria do povo é motivo para chorarmos já ao

amanhecer do dia.

3. Assim como Hanani apresentou um relatório pior impossível (v.2,3), o rádio e a

televisão nos informam como está o mundo. Algumas vezes o infortúnio pega

também as nossas famílias.

4. O relatório sobre Jerusalém fez desabar Neemias: “Assentei-me e chorei” (v.4).

É provável que ele tenha comparado a sua situação confortável com a miséria

do seu povo em Jerusalém.

5. Quando soubermos que os nossos irmãos estão padecendo necessidades é bom

que aprendamos a minorar as suas dores. Isso é cristão, isso é bíblico (Tg 2.15-

17).

6. Quando não podemos ajudar, a solidariedade, um tempo para chorarmos juntos

poderá dar um novo ânimo ao necessitado (Rm 12.15). Juntos, podemos

visualizar uma saída.

7. Quanto tempo deve durar o choro, a tristeza? Para Neemias durou alguns dias.

Para o salmista apenas entre o entardecer e o amanhecer (Sl 30.5).

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II – BASTA DE CHORAR; É PRECISO ORAR (OU, ENQUANTO CHORA,

ORA)

1. Neemias chorou e lamentou alguns dias. Não adiantaria nada entrar em

depressão por conta das dificuldades de seus irmãos. Ele trocou o lamento pela

oração (v.4).

2. Neemias mesclou choro, jejum e oração, durante uns quatro meses. A sua

oração foi de exaltação: “Deus grande e temível!” (v.5).

3. A sua oração foi de reconhecimento: “Tu guardas a aliança e a misericórdia”

(v.5); foi perseverante: “Faço à tua presença, dia e noite”.

4. A sua oração foi de petição: “Estejam atentos os teus ouvidos e os teus olhos

para este teu servo” (v.6); foi de intercessão: “Pelos filhos de Israel”; e de

confissão: “Pois eu e a casa de meu pai temos pecado” (v.6).

5. Neemias queria ver mudada a história do seu povo, e sabia que apenas Deus

poderia mudá-la (v.10,11).

III – HÁ TEMPO DE CHORAR, TEMPO DE ORAR E TEMPO DE AGIR.

1. Neemias foi um escritor do exílio, talvez conhecesse os escritos de Salomão. Se

não, pelo menos praticou aquilo que nunca tinha ouvido falar, que há tempo

para todas as coisas.

2. Como há tempo para todas as coisas Neemias quis reedificar. É preciso que

gastemos tempo na reedificação, seja material ou mesmo espiritualmente.

3. Ele foi prático, foi direto: “Peço-te que me envies a Judá, à cidade dos

sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique” (2.5). Neemias recorreu ao

rei como se recorre a um amigo; as necessidades do seu povo superavam

qualquer temor que ele pudesse ter diante do rei.

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4. Neemias pediu muito mais ao rei, pois sabia que Deus estava à frente do

negócio (2.7-9). As coisas tomam novos rumos quando colocamos Deus à frente

em nossas decisões.

CONCLUSÃO

O que devemos fazer quando as coisas vão mal? Podemos aprender com Neemias.

Neemias não se deteve em prantos e nem se perdeu em orações sem rumo: ele

resolveu, depois de tudo, partir para a ação.

Quando tudo parece que vai de mal a pior, que já não há mais nenhuma chance, o

cristão sabe que a oração é o melhor remédio e que a ação é a força que muda. Orar

também é uma forma de agir.

ESPIRITUALIDADE E AÇÃO

NEEMIAS 1.1-11

Atitudes diante das más notícias.

I – TOMANDO CIÊNCIA

1. O interesse pelos compatriotas. É possível que Neemias não conhecesse

Jerusalém. Havia liberdade de trânsito naqueles dias. O cativeiro estava

chegando ao seu fim.

2. As informações sobre Judá vêm de seu irmão (?) Hanani (7.2).

3. As notícias não foram nada animadoras: miséria e desprezo (vergonha) (v.3).

II – O IMPACTO DAS MÁS NOTÍCIAS

1. Diante do quadro, Neemias reserva-se alguns dias em lamentação (v.4). A

lamentação não foi murmuração.

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2. Mas a sua lamentação foi acompanhada de práticas espirituais: oração e jejum.

Orou e jejuou durante quatro meses (1.1 e 2.1)? Vários períodos de jejuns e

orações.

III – A SUA ORAÇÃO

1. Neemias se dirige a Deus, declarando os seus atributos naturais (v.5).

2. Senhor (YHWH), o Eterno; Elohim Shameh (Deus que controla as hostes celestes,

o universo); “Deus (El) grande e temível”. Uma possível alusão à Majestade de

Deus, a quem tudo e todos deviam prestar reverência.

3. Para Neemias, a situação exigia a completa atenção e resposta do Soberano (v.6).

Parece-nos até ousada a maneira como o servo se dirige ao Senhor. A oração era

também de confissão nacional.

4. A vida religiosa era das piores; os Israelitas não cumpriram o seu dever (v.7). Será

que nós crentes não devíamos fazer esta oração? Tendo em foco as obrigações do

Novo Testamento, pois Neemias falava a respeito da Lei.

5. Duas lembranças: 1) O fato consumado (v.8); 2) O que Neemias entendia já ser a

hora (v.9).

6. A despeito de toda rebeldia estes ainda são teus servos (v.10). Muitas vezes nos

comportamos com rebeldia diante de Deus.

7. Neemias já sabia o que devia fazer em favor do seu povo (v.11). O tempo de

lamento cessou. A sua oração é objetiva: “Concede que seja bem sucedido hoje o

teu servo e dá-lhe mercê perante este homem”.

CONCLUSÃO

Neemias não se perdeu em sua espiritualidade, ou seja, não ficou o resto da vida

em oração e jejum.

As suas atitudes nos ensinam que oração e ação devem andar juntas.

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CAPÍTULO 2

Neemias 2.1-10_ORAÇÃO E CORAGEM

I – A ORAÇÃO QUE É COLOCADA EM PRÁTICA

1. Após ter orado: “Concede que seja bem sucedido hoje o teu servo e dá-lhe

mercê perante este homem” (1.11), Neemias continua com o seu espírito ligado

à situação em Jerusalém.

2. Ele continuou em suas atividades corriqueiras no palácio: era copeiro do rei

(2.1).

3. Neemias não era mais o mesmo; ele mesmo diz: “Eu nunca estivera triste

diante dele” (v.1). A tristeza é um sentimento natural em todas as pessoas.

Algumas conseguem administrar melhor certas situações que outras. O

problema é que os serviçais deviam estar sempre bem dispostos diante dos reis.

4. O rei percebe que algo não vai bem; ele não gostaria que o seu copeiro entrasse

em depressão, e dá o diagnóstico: “Tem de ser tristeza do coração” (2.2). O

modo não usual de Artaxerxes nos mostra como Neemias era bem considerado

pelo rei.

II – TEMOR E CORAGEM ANDANDO JUNTOS

1. Vários motivos podiam estar atemorizando Neemias: o fato de deixar-se

perceber triste; e também, as coisas que ele propusera dizer ao rei.

2. Não tinha como não estar triste (v.3). As coisas estavam ruins e poucas eram as

possibilidades naturais.

3. O rei antecipa a Neemias: “Que me pedes agora?” (v.4). Talvez o rei já tenha

atendido outros pedidos de Neemias.

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4. Mas Neemias também não esquece que orara ao Senhor (1.11). Então, ele faz

uma oração breve, silenciosa e cheia de fé (v.4). O assunto que incomodava

Neemias, já havia incomodado o rei (Esdras 4.6-22).

5. Mas Neemias age com muito tato; ele usa algumas expressões que apelam à

sensibilidade real: “Se é do agrado do rei, e se o teu servo acha mercê em tua

presença” (v.4). Neemias orou, pois sabia que Deus é quem dirige a história,

mas nem por isso deixou de usar de sabedoria e sutileza diante do rei. Ele soube

colocar as coisas em seus devidos lugares. Todas as decisões partiram do rei.

III – ORAÇÃO, DISPOSIÇÃO E PLANEJAMENTO

1. Neemias não só estava orando pela resolução do problema, mas estava disposto

a fazer parte da solução.

2. Quanto tempo ficar fora do palácio? Sei lá meu rei, uns doze anos! (v.6) Ver

ainda 5.14 e 13.6.

3. Como Neemias queria achar mercê diante do rei, nada como fazê-lo senhor da

situação; ele inclui outros pedidos (v.7,8).

4. Como já dissemos, Neemias soube colocar as coisas em seus devidos lugares;

ele conhecia o soberano (Artaxerxes) e dependia do Soberano Deus: “E o rei

mas deu, porque a boa mão do meu Deus era comigo” (v.8c).

5. O rei manda Neemias escoltado para fazer as tratativas com os governadores

dalém do Eufrates (v.9). Neemias era recebido com as credenciais da realeza, e

ninguém seria maluco de desobedecer ao rei.

6. Houve insatisfação naqueles que não queriam o bem dos filhos de Israel (v.10).

CONCLUSÃO

Neemias coloca a sua oração em ação; se coloca diante do rei, e de modo

transparente (estava na sua cara!) conta o que o está incomodando.

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Temor e coragem marcaram a vida de Neemias. O temor não fez com que

Neemias se omitisse diante das necessidades da sua gente; com coragem ele apela

àquele que pode ajudar, e ora Àquele que move os corações.

Neemias não fica só na oração palaciana ou no conforto da sua função; ele

arregaça as mangas e se coloca na linha de frente.

Que possamos aprender com Neemias como se faz.

Amém.

RECUPERANDO O ÂNIMO

Neemias 2.11-20

I – AGUARDAR É PRECISO

1. Neemias preferiu aguardar por três dias (v.11)

2. Três dias foram suficientes para oração, leitura e conhecimento prévio de

alguma coisa.

3. Não é preciso afobamento para a realização da obra de Deus. Precisamos

mesmo é entender que há tempo para tudo.

4. O que Deus não aceita nos líderes e nos liderados: omissão.

II – TOMANDO ‘PÉ’ DA SITUAÇÃO

1. Neemias se faz acompanhar de algumas pessoas. Ainda não era momento de

colocar os planos sobre a mesa.

2. Já havia oposição, então, nada como sair à noite, em segredo; mas o que deveria

ser feito, era mais secreto ainda; ele não diz nada sobre o que Deus havia posto

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em seu coração para fazer em Jerusalém; a obra de reconstrução tinha as

indicações de Deus para serem realizadas.

3. É possível que os três dias do verso 11 estejam aqui divididos (v.12-15).

4. As lideranças política, religiosa e judicial de Israel não foram informadas dos

planos de Neemias (v.16), sem que ele fizesse um levantamento de tudo que

seria preciso fazer.

III – A OBRA NÃO É DE UM OU DE OUTRO, MAS DE TODOS.

1. Nem sempre entendemos que a obra é de todas as pessoas. Quando alguém

pensa em isolar-se para fazer tudo sozinho, o que ele ganha são desgaste e

descontentamento; desgaste de si mesmo e descontentamento dos demais, pois o

que foi feito, com mais pessoas ajudando, ficaria melhor.

2. Neemias não veio para fazer tudo sozinho, e ele deixa isso bem claro para a

liderança em Israel.

3. Ele abre a visão dos que ali estavam, e talvez estivessem acomodados: “Estais

vendo a miséria em que estamos?” (v.17). A visão deve ser ampliada. Líder e

liderados devem enxergar as mesmas coisas.

4. Além da visão a ação: “Vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém”.

5. “Deixemos de ser opróbrio”. O que pensa a comunidade a respeito de nós,

quando passa e não vê a placa da igreja? Será que eles comentam que não

estamos regularizados? Deixaremos de ser motivo de zombaria porque a boa

mão de Deus está conosco.

6. Todos responderam positivamente ao desafio de Neemias: “Disponhamo-nos e

edifiquemos”. Isso não foi apenas um momento de emoção; algo que termina

depois de sete dias (Os congressos que às vezes participamos; de onde saímos

animados, mas logo caímos na rotina); somos informados que eles fortaleceram

as mãos para a obra (v.18).

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CONCLUSÃO

E quando vêm as oposições, a zombaria e o desprezo (v.19), qual deve ser a atitude do

líder? Estando ele convicto da visão e da missão deve responder como Neemias: “O

Deus dos céus é quem nos dará êxito” (v.20).

Mas aos servos está reservada uma parte no projeto de Deus (Somos cooperadores de

Deus, disse Paulo 1ª Cor 3.9): “Nós, seus servos, nos disporemos e reedificaremos”.

Detalhe: os que não têm parte nem direito nos negócios de Deus ficarão fora do

projeto. Com certeza, Deus não está disposto a continuar insistindo com um bando de

gente que não está a fim de nada. O Reino de Deus não tem espaço para quem gosta de

viver desocupado. Parece rude, mas as coisas têm que ser colocadas desta maneira!

Que nenhum de nós seja excluído do projeto de reedificação.

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CAPÍTULO 3

LÍDERES E LIDERADOS COM O CORAÇÃO NA OBRA

Neemias 3.1-32

I – LÍDERES, AVANTE!

1. Eliasibe, sumo sacerdote, comandou os demais sacerdotes na reedificação do

muro. Eliasibe entendeu que o trabalho pesado deveria ser feito também pelos

que cuidavam da religião.

2. Acabaram fazendo o serviço completo: reedificação e consagração. Cada

pedaço terminado era dedicado ao Senhor. Quanta alegria em edificar algo para

Deus! Essa mesma alegria deve inundar a nossa alma quando tivermos que

edificar as nossas casas de oração (Templos).

II – TOMANDO ‘PÉ’ DA SITUAÇÃO

5. Neemias se faz acompanhar de algumas pessoas. Ainda não era momento de

colocar os planos sobre a mesa.

6. Já havia oposição, então, nada como sair à noite, em segredo; mas o que deveria

ser feito, era mais secreto ainda; ele não diz nada sobre o que Deus havia posto

em seu coração para fazer em Jerusalém; a obra de reconstrução tinha as

indicações de Deus para serem realizadas.

7. É possível que os três dias do verso 11 estejam aqui divididos (v.12-15).

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8. As lideranças política, religiosa e judicial de Israel não foram informadas dos

planos de Neemias (v.16), sem que ele fizesse um levantamento de tudo que

seria preciso fazer.

III – A OBRA NÃO É DE UM OU DE OUTRO, MAS DE TODOS.

7. Nem sempre entendemos que a obra é de todas as pessoas. Quando alguém

pensa em isolar-se para fazer tudo sozinho, o que ele ganha são desgaste e

descontentamento; desgaste de si mesmo e descontentamento dos demais, pois o

que foi feito, com mais pessoas ajudando, ficaria melhor.

8. Neemias não veio para fazer tudo sozinho, e ele deixa isso bem claro para a

liderança em Israel.

9. Ele abre a visão dos que ali estavam, e talvez estivessem acomodados: “Estais

vendo a miséria em que estamos?” (v.17). A visão deve ser ampliada. Líder e

liderados devem enxergar as mesmas coisas.

10. Além da visão a ação: “Vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém”.

11. “Deixemos de ser opróbrio”. O que pensa a comunidade a respeito de nós,

quando passa e não vê a placa da igreja? Será que eles comentam que não

estamos regularizados? Deixaremos de ser motivo de zombaria porque a boa

mão de Deus está conosco.

12. Todos responderam positivamente ao desafio de Neemias: “Disponhamo-nos e

edifiquemos”. Isso não foi apenas um momento de emoção; algo que termina

depois de sete dias (Os congressos que às vezes participamos; de onde saímos

animados, mas logo caímos na rotina); somos informados que eles fortaleceram

as mãos para a obra (v.18).

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CONCLUSÃO

E quando vêm as oposições, a zombaria e o desprezo (v.19), qual deve ser a atitude do

líder? Estando ele convicto da visão e da missão deve responder como Neemias: “O

Deus dos céus é quem nos dará êxito” (v.20).

Mas aos servos está reservada uma parte no projeto de Deus (Somos cooperadores de

Deus, disse Paulo 1ª Cor 3.9): “Nós, seus servos, nos disporemos e reedificaremos”.

Detalhe: os que não têm parte nem direito nos negócios de Deus, ficarão fora do

projeto. Com certeza, Deus não está disposto a continuar insistindo com um bando de

gente que não está a fim de nada. O Reino de Deus não tem espaço para quem gosta de

viver desocupado. Parece rude, mas as coisas têm que ser colocadas desta maneira!

Que nenhum de nós seja excluído do projeto de reedificação.

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CAPÍTULO 4

OPOSIÇÃO, CRISE ENTRE OS LIDERADOS E A FÉ EM QUEM LIDERA

I – TEM GENTE QUE SE EMPENHA PELA DESGRAÇA DO OUTRO

1. O capítulo quatro começa descrevendo o humor de Sambalá que, ouvindo que o

muro estava sendo edificado ardeu em ira (“ficou furioso” - A Mensagem e

NBV). Não é difícil encontrarmos pessoas que ficam doentes com o sucesso

dos outros. Ainda bem que entre irmãos crentes não existe esse sentimento de

inveja. Será que mesmo?

2. De Sambalá e de qualquer outro ímpio não estranhamos que isso aconteça. Davi

em seus salmos nos dá muitas informações a respeito de seus inimigos.

3. Sambalá não só ficou indignado como expôs a outros a sua indignação diante de

seus irmãos e do exercito de Samaria. Talvez, não de forma direta, o que ele

esperava é alguém se habilitasse para impedir o sucesso de Neemias e dos

judeus na reconstrução.

4. Sambalá e Tobias menosprezam os judeus e a obra que estava sendo edificada

(v.2,3). O propósito deles era desanimar pela intimidação o povo e a sua

liderança.

II – QUANDO A ‘COISA ESTÁ FEIA’, É MELHOR ORAR

1. Estando à frente de povo Neemias não podia se deixar vencer pela intriga da

oposição; assim, ele prefere orar.

2. Neemias expõe diante de Deus as faltas dos inimigos: “Estamos sendo

desprezados” (v.4). Pelo tom de Neemias em todo o capítulo, o que temos que

considerar é que a oposição era contra o próprio Deus, que conduzira o líder até

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Judá para a reconstrução. Desde as primeiras informações contidas em 1.2,

Deus estava à frente da obra.

3. Neemias em sua oração, um tanto pesada, podemos assim dizer, lança sobre

Deus o alvo de toda provocação: “Pois te provocaram à ira na presença dos

que edificavam” (v.4,5).

4. Cyril J. Barber, em seu livro Neemias e a dinâmica da liderança eficaz, diz: “Se

tomássemos tempo para dizer ao Senhor as coisas que nos perturbam, não

seríamos tentados a mexericar com os outros a respeito dessas coisas”. E ainda,

“A reconstrução do muro é projeto de Deus. O reconhecimento disso tira todo o

fardo da responsabilidade dos ombros de Neemias”.

5. Quando entendemos a quem pertence a obra na qual estamos envolvidos,

trabalhamos tranqüilos, pois toda oposição terá que se haver com Aquele que

nos comissionou. Assim entendia Neemias.

III – LIDERAR COM CONFIANÇA DIANTE DAS DIFICULDADES

1. Havia muita gente que queria atrapalhar a obra de reconstrução do muro. Os

opositores subestimaram os edificadores (v.2), por isso ficaram furiosos quando

ouviram que a reparação dos muros de Jerusalém ia avante e que já se

começavam a fechar-lhe as brechas (v.7).

2. Já que pouco se conseguiu com a zombaria, decidiram atrapalhar, atacando

Jerusalém e fazendo confusão (v.8). Mais uma vez queremos dizer: Tem gente

que faz de tudo para que o outro não tenha sucesso. A inveja é realmente uma

doença!

3. Neemias não se deixou levar pelo medo e pelo desânimo; como um líder de

visão e que sabia o que queria, levou o povo a orar. Mas não só isso, ele aliou a

oração com a ação: “Oramos...pusemos guarda” (v.9). Nós quando saímos de

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casa oramos para que Deus guarde o nosso lar, mas a previdência manda que

fechemos a porta, e deixemos o pitbull solto no quintal.

4. O comentário Moody diz o seguinte: “Naquelas circunstâncias, oração e

vigilância foram uma excelente combinação, ligando fé e responsabilidade”

(Volume 2, Neemias, pg. 292).

5. Por um momento os judeus esmoreceram (v.10,12), pois os inimigos estavam

dispostos a acabar com a obra e com os edificadores (v.11).

6. Neemias não entra no desânimo e medo do povo e toma atitudes, criando

estratégias (v.13, 14, 16-18).

7. O líder Neemias motiva os seus liderados com palavras de ânimo: “Não os

temais; lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai...” (v.14). Quantas

vezes o medo e o desânimo podem subtrair a nossa vitória; se não tivermos

alguém do nosso lado para nos animar, fatalmente seremos vencidos.

8. Por um instante podemos ser tomados pelo medo, mas o favor de Deus através

da nossa oração de confiança (v.4, 9), faz com que o quadro de desalento e

pessimismo de alguns, seja transformado em coragem e disposição para o

trabalho (v.15).

CONCLUSÃO

Queremos destacar as últimas expressões de Neemias no capítulo quatro: “Grande e

extensa é a obra...o nosso Deus pelejará por nós”(v.19,20).

O envolvimento ‘de corpo e alma’ com a obra, fez com que os edificadores deixassem

a comodidade de estar em suas casas (v.23).

Que possamos ter essa mesma disposição quando abraçamos as tarefas do Reino.

Amém.

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CAPÍTULO 5

OS OBSTÁCULOS À RESTAURAÇÃO

NEEMIAS 5 (DIVISÃO PONTOS SALIENTES 2010)

I – O DEDO DO MALIGNO EM MEIO AO POVO DE DEUS (5.1-6)

1. Não bastasse a oposição dos de fora, começa a surgir no meu povo reclamação

dos judeus contra os judeus: “Contra judeus, seus irmãos”.

2. Estava havendo uma convulsão social por conta das necessidades e miséria do

povo. Havia entre eles, judeus que aproveitavam a situação para tirar até o que

os outros não tinham.

3. Parece que era uma reclamação contra as classes mais nobres entre o povo. A

nota na MacArthur está: “Havia reclamações contra a terrível exploração e

extorsão feita pelos judeus ricos que não estavam ajudando, mas forçavam as

pessoas a vender suas casas e seus filhos, sem que tivessem qualquer

expectativa de resgatá-los no futuro” (Lv 25).

4. A reclamação dos oprimidos era justa diante de opressores. Havia reclamações

de todos os tipos (v.2, 3, 4).

5. Neemias, sensível aos reclamos do povo, ficou muito aborrecido (“muito se

enfadou” – ARC; “muito me indignei” - ACF) quando tomou ciência do que

acontecia entre o povo. A palavra com seus sinônimos: Angry (KJV)= zangado,

irritado, bravo, irado. Foi uma mistura de sentimentos. Neemias tinha que

administrar também essa situação.

II – A NECESSIDADE DE UMA AÇÃO (v.7-14)

1. Mesmo irado com toda aquela situação, Neemias não saiu para resolver

dominado pela paixão: “Considerei comigo mesmo”. Ele deixou a cabeça

esfriar para não falar o que não devia.

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2. Depois de ponderar Neemias falou firme com os nobres e os magistrados (v.7):

“Sois usurários”. Cobravam juros de cartão de crédito (ou muito mais) dos seus

irmãos; a dívida se avolumava, não tinham como pagar, então empenhavam

seus bens e seus filhos.

3. É convocado um grande ajuntamento, uma assembleia para discutir diante de

todos o que estava acontecendo.

4. Neemias calou a todos com a força dos seus argumentos: v.8, 9 ; evocou o

temor que deviam ter de Deus (v.9b). Neemias serviu de exemplo (v.10). Exigiu

a reparação do erro (v.11). Os opressores consentiram em restituir o que tinham

espoliado de seus irmãos (v.12a). Neemias quis assegura-se do cumprimento da

promessa mediante juramento (v.12b).

5. Neemias fez um ritual de imprecação (v.13) e ali o louvou ao Senhor. O povo

também cumpriu o que falaram sob juramento.

6. Neemias pode falar firme com os nobres e os magistrados porque ele dava

exemplo de boa conduta.

III – UMA ORAÇÃO EM CAUSA PRÓPRIA (15-19).

1. Neemias faz comparação entre o seu procedimento e o dos governadores antes

deles: “Não comemos o pão devido ao governador” (v.14). Ele abriu mão do

seu direito.

2. Mas não foram assim os outros governadores que “oprimiram o povo e lhe

tomaram pão e vinho, além de quarenta siclos de prata”. Os assessores do

governador também tiravam uma casquinha do povo (v.15).

3. Neemias fala como procedeu diante do povo e porquê: “Porém eu assim não fiz,

por causa do temor de Deus” (v.15).

4. Neemias cumpriu o que dissera ao rei: “Também na obra deste muro fiz

reparação” (v.16). Também não aproveitou a ocasião para enriquecer: “Terra

nenhuma compramos”.

Page 20: Livro de Neemias cap. 1 a 13

20

5. Neemias disse que atendeu muita gente que comia às suas custas (v.17-18); ele

não quis por mais nenhum peso sobre o povo “porque a servidão deste povo era

grande”.

6. Por fim, Neemias apela à bondade de Deus (Elohim) em seu favor (v.19). Ele

não precisava de nada que se comparasse a riquezas ou bom emprego. Também

não esperava nenhuma recompensa do povo a quem viera servir.

7. A recompensa, Neemias “a esperava da parte do Senhor, e não por méritos

próprios, mas pela graça divina e pela Sua boa vontade, apelando para que Deus

não se esquecesse dele e o recompensasse pelo que estava fazendo em Seu

nome” (Champlin cita John Gill).

Page 21: Livro de Neemias cap. 1 a 13

21

CAPÍTULO 6

A RESTAURAÇÃO MATERIAL SE EFETIVA (PONTOS SALIENTES)

O TRABALHO ATACADO (BÍBLIA ANOTADA)

NEEMIAS 6.1-19

I – A INSISTÊNCIA DOS INIMIGOS (VV.1-4)

1. (v.1) - A notícia do sucesso na restauração do muro chegou aos inimigos de

Neemias (v.1 –“Tendo ouvido...”). A notícia do sucesso de Neemias era morte

para os seus opositores. A igreja também sofre dos mesmos problemas em

relação ao inimigo da nossa fé; o Diabo continua nos atacando e tentando nos

desestabilizar para nos afastarmos dos alvos do nosso chamado.

2. Neemias tinha plena consciência que ainda havia coisas para serem terminadas:

“Ainda não tinha posto as portas nos portais”. As portas também fazem parte da

segurança contra os inimigos. Conforme os capítulos 3 e 8, foram contadas 12

portas (Incluindo a porta do cárcere de 3.25).

3. (v.2) – O convite dos inimigos. É preciso ter muita coragem ou falta de juízo

para aceitar um convite desses. Eles queriam afastar Neemias da obra entre 30 e

40 km de distância. Por acaso queriam congratular-se com Neemias pelo êxito

nos reparos do muro? Neemias nos responde: “Porém intentavam fazer-me

mal”.

4. (v.3) – Os corajosos mensageiros levam a resposta de Neemias: “Estou fazendo

grande obra”. Não era possível parar a obra para conversar com pessoas que não

buscam os mesmos interesses de Neemias. Vale para nós também, para que não

nos misturemos a interesses que nos afastem do Reino.

5. A resposta de Neemias pode ter acirrado o descontentamento e a ira dos

inimigos dele e de Israel: “Não vejo motivo para suspender o trabalho e ir

Page 22: Livro de Neemias cap. 1 a 13

22

conversar com vocês” (NBV). Mas Neemias não estava nem aí se eles iriam

gostar ou não da sua resposta.

6. (v.4) – Neemias informa que o trio era insistente (v.1). Mas para cada convite a

mesma resposta. Neemias não deu ouvidos aos pecadores que tão

insistentemente o assediavam (Hb 12.1).

II – A CALÚNIA E DIFAMAÇÃO DOS INIMIGOS DA OBRA (VV 5.9)

1. (v. 5) - O trio era diabólico mesmo. Pela quinta vez envia emissário a Neemias,

e agora com uma “carta aberta” para intimidá-lo. Se antes eles conversavam

com Neemias no âmbito da privacidade de seus interesses, eles agora tornam

público as suas reais intenções: desmoralizar Neemias.

2. (v.6) – A intenção deles era colocar Neemias contra o rei da Pérsia, o mesmo

que havia autorizado a sua vinda a Jerusalém. E fizeram ameaças: “Ora, o rei

ouvirá isso, segundo essas palavras” (v.7). Eles reforçaram o convite feito

anteriormente: “Vem, consultemos juntamente” “como abafar esse rumor”

(Matthew Henry).

3. (v.8) – Neemias se dá conta da mente diabólica de Sambalá: “Tu, do teu

coração, é que o inventas”. O mesmo que dizer: “Isso é coisa da sua cabeça”.

4. (v.9) – Para Sambalá e seus e seus amigos, o povo não suportaria a pressão por

muito tempo e, atemorizados, “as suas mãos largarão a obra e não se efetuará”.

É dessa forma que os inimigos do bem agem tentando afastar os amigos do bem

dos bons projetos e de uma vida correta e produtiva.

5. Diante de tanta pressão psicológica, Neemias que não era de ferro, recorre a

Deus para que lhe dê forças: “Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos”.

Na hora crítica e de provações de todos os lados somos instados a orar.

Page 23: Livro de Neemias cap. 1 a 13

23

III – O ARDIL DE SEMAÍAS E A CAUTELA DE NEEMIAS (VV. 10-14).

1. (v.10) - Neemias faz uma visita a Semaías em sua casa, sendo que este era

profeta. Talvez o assunto fosse os interesses e o bem de Jerusalém. Semaías

estava “encerrado”, fechado em sua casa por causa de meditação ou outra razão

que não sabemos (Champlin).

2. Ele faz um convite a Neemias para que fossem ao templo, porque ele corria

perigo de morte: “Aliás, de noite virão matar-te”.

3. (v.11) - Neemias não aceitou o convite de Semaías por algumas razões: 1. Era

um homem de coragem e não se daria ao fracasso pela covardia; o povo

precisava dele, e por isso tinha vindo a Jerusalém; 2). Não era permitido entrar

no lugar santo alguém que não fosse sacerdote, e Neemias não era.

4. (v.12) – As atitudes de Semaías o denunciaram: “Então percebi que não era

Deus que o enviara”. Na verdade Semaías se vendeu pela profecia. O ouro falou

mal alto que o chamado para servir.

5. (v.13) – Neemias percebeu que a intenção deles era atemorizá-lo, para que

tremesse de medo e se acovardasse ficando escondido no templo. Caso ele

cometesse o pecado de entrar aonde não devia, aí sim ele estaria moralmente

morto diante do povo (“Aí eles poderiam acabar com o meu bom nome e me

humilhar” NTLH).

6. (v.14) – Neemias não aliviou para ninguém: “Lembra e castiga-os” (NTLH).

Parece esquisito orar assim, mas o que nunca se converterão vão ser tratados por

Deus de acordo com suas ações. E bem pior será para os que sabiam das coisas

de Deus e agiram como se não soubessem.

IV – A VITÓRIA E ALEGRIA DO POVO PELA OBRA TERMINADA (VV. 15-19)

1. Quando Deus está na obra a oposição é vencida e a vitória alcançada. O que

aconteceu com o povo e Neemias, vale como incentivo e alerta para nós hoje.

Page 24: Livro de Neemias cap. 1 a 13

24

2. (v.15) – “Acabou-se, pois, o muro (...) em cinquenta e dois dias”. Para os que

gostam de numerologia, de números mágicos (coisa que muitos grupos

evangélicos usam hoje em dia), não há nada de especial para nós neles. Verdade

seja dita, há apenas o exemplo de determinação em terminar rapidamente, e com

qualidade, o que se começou.

3. (v.16) – Enquanto havia alegria e regozijo de um lado, havia temor e

desmoralização do outro. Por mais que tenham tentado fazer fracassar a obra de

restauração dos muros não tiveram êxito. Eles mesmos chegaram à seguinte

conclusão: “Reconheceram que por intervenção de Deus é que fizemos esta

obra”.

4. (v.17, 18) – Tobias era amonita (2.19), “casado com uma mulher de família

judaica de respeito” (3.29), mas mesmo assim, ele não via os interesses de

Israel. Havia uma mistura geral de interesses dada a mistura geral de tipos de fé.

5. (v.19) – Os nobres judeus tentavam levantar a fama de Tobias diante de

Neemias falando das suas boas ações. Talvez tenham sido comprados por

diversos benefícios. Por mais que Neemias falasse para os nobres de Jerusalém

quem era Tobias, eles sempre ficariam do outro lado.

6. Tobias continuou fazendo terrorismo psicológico contra Neemias.

Page 25: Livro de Neemias cap. 1 a 13

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CAPÍTULO 7

A RESTAURAÇÃO MATERIAL SE EFETIVA (PONTOS SALIENTES)

I - PONDO ORDEM NA CASA (7.1-7)

1. (v.1) - Cada coisa em seu lugar. Cada um tem que cuidar do seu ministério. Os

levitas, diferente do que muitos pensam, não eram responsáveis diretos apenas

por música no templo, mas também por outras funções: ““porque havia sempre,

naquele ofício, quatro porteiros principais, que eram levitas, e tinham a seu

cargo as câmaras e os tesouros da Casa de Deus.” (1Cr 9. 26); “Quenanias,

chefe dos levitas músicos, tinha o encargo de dirigir o canto, porque era perito

nisso.” (1Cr 15. 22)”

2. (v.2) – Neemias se cercou de homens de sua confiança, mas acima de tudo, de

homens fiéis e tementes a Deus.

3. (v.3) – A vigilância deveria ser total pelos moradores, do por do sol até pela

manhã (“até que o sol aqueça”). Israel ainda não estava livre dos opositores,

portanto era preciso precaução. Os moradores deviam fazer segurança “em seu

posto diante de sua casa”.

4. (v.4) – Uma nota de Neemias em relação às dimensões da cidade e da

população. Significa que havia muito trabalho a ser feito porque “as casas não

estavam edificadas ainda”.

II – GENEALOGIA PARA MARCAR

1. (v.5) – “Então o meu Deus me pôs no coração...”. Diferente de muitos líderes,

Neemias tomou uma atitude baseada na orientação divina.

2. (v.61) – Havia os que não puderam comprovar a nacionalidade Israelita.

Page 26: Livro de Neemias cap. 1 a 13

26

5. (v.63, 64) – No sacerdócio havia os que não puderam comprovar que

pertenciam à linhagem sacerdotal. Embora todos participassem igualmente da

reconstrução, ficou comprovado que para o sacerdócio não estavam habilitados

(“Um sacerdócio puro é essencial se o povo deseja manter um relacionamento

correto com o Senhor”) (Cyril J. Barber – Neemias)

6. (v.65) – A atitude do governador: afastou todos até que se apresentasse um

sacerdote com Urim e Tumim (Dois objetos utilizados para se conhecer a

vontade de Deus Êxodo 20.30). Urim, maldições e Tumim, perfeições. Atos

1.26?

7. (v.66-73). Terminada a restauração material, Neemias começou também a

espiritual, com a exclusão do sacerdócio todos que não eram da linhagem

sacerdotal.

8. A partir do exemplo de Neemias muitos colaboraram com a obra com os seus

bens.

9. (v.73) - No final capítulo menciona-se que o povo estava instalado em suas

cidades.

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27

CAPITULO 8

ESDRAS LÊ A LEI DIANTE DO POVO

Neemias 8.1-18

I – ESDRAS LÊ A LEI DIANTE DO POVO

1. Em Neemias, podemos observar a importância do ensino da Lei, quando

notamos a que ‘todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça’.

2. É interessante que houve real interesse pelo Livro da Lei, pois nos diz o texto

que: “Eles pediram a Esdras, o escriba, que trouxesse o Livro da Lei de

Moisés, que o Senhor dera a Israel” (v.1).

3. A Palavra de Deus para trazer resultados à vida é preciso que as pessoas se

reúnam em torno dela; que as pessoas tenham quem lhes possa ensinar e que se

queira ouvir.

4. A Palavra é para todos, pois seus ensinos são para homens mulheres e para

todos que a possam entender (aqui, possivelmente, trata-se de crianças) (v.2).

Deve-se dar grande importância a expressão ‘entender’, pois é isso o que faz

alguém mudar.

5. Qual o melhor lugar para se ensinar as Escrituras? No caso de Esdras, na praça

em frente a portas das Águas (v.3); de Filipe, na carruagem do servo etíope; em

nosso caso, podemos ensiná-la na empresa, nas esquinas ou nas dependências

da igreja; todo lugar é lugar.

6. Quem pode ensinar e qual o tempo adequado? Esdras era escriba, logo sabia o

que estava falando. Havia com Esdras outros que tinham capacidade e

conhecimento para ensinar, pois eram levitas (v.8,9). Quanto ao tempo de

estudo, eles foram instruídos da alva ao meio-dia (v.3), isto é, das seis às doze

horas.

Page 28: Livro de Neemias cap. 1 a 13

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7. A postura dos que receberam os ensinos da Palavra de Deus naquele dia:

“E todo o povo ouvia com atenção a leitura do Livro da Lei” (v.3) – O povo

não estava disperso em seus pensamentos; “E o povo estava no seu lugar” (v.7)

- O povo não ficou ansioso por deixar o ambiente de ensino da Palavra.

“E, levantando as mãos; inclinaram-se e adoraram o Senhor, com o rosto em

terra” (v.6) - Todo o povo foi tomado por um sentimento de contrição,

humilhação e adoração:

8. A leitura do Livro da Lei trouxe comoção geral: “Todo povo estava chorando

enquanto ouvia as palavras da Lei” (v.9). O povo pode perceber o quanto havia

errado contra Deus.

9. Aquele era um dia diferente dos demais, disse Neemias: “Este é dia consagrado

ao Senhor, vosso Deus” (v.9)

10. Aquele era dia de alegria e não de choro; era dia de congratular-se, de oferecer

alimento a quem não tinha nada; era dia de se contar que ‘a alegria do Senhor é

a vossa força’ (v.10).

11. Houve grande regozijo entre o povo porque tinham entendido as palavras que

lhe foram explicadas’ (v.12).

II - A FESTA DOS TABERNÁCULOS (V.13-18)

1. O povo voltou à prática de coisas há muito esquecidas, pois durante o cativeiro

babilônico não tinham ânimo para alegra-se em terra estranha (Salmo 137.1-4).

2. Após a leitura para todo o povo, reuniu-se no dia seguinte, uma espécie de

Conselho para assuntos religiosos para atentarem nas palavras da Lei (v.13).

3. Todo o povo estava com o coração aberto para as instruções da Lei (v.16,17).

Quando nos dispomos à instrução da Palavra de Deus, é natural que queiramos

participar.

Page 29: Livro de Neemias cap. 1 a 13

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CAPÍTULO 9

ARREPENDIMENTO E CONFISSÃO

A RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL TEM INÍCIO

I – CONFISSÃO DE PECADOS (DAKE) (V.1-3)

1. (v.2) Apartaram-se dos estranhos e fizeram confissão. Deixar as más

companhias e fazer novos propósitos após confissão de pecados seus e dos

antepassados.

2. (v.3) Durante seis horas (3+3) fizeram a leitura do livro da lei do Senhor,

fizeram confissão e adoraram a Deus.

II – OS LEVITAS EXORTAM O POVO A LEVANTAR-SE E LOUVAR A DEUS

(DAKE)(V.4-5)

1. (v.4) “Puseram-se em pé no lugar alto dos levitas” (estrado com púlpito).

“Clamaram em alta voz o seu Deus”.

2. (v.5) “Os levitas” convocaram o povo à adoração: “Levantai-vos, bendizei ao

Senhor...”.

III – OS LEVITAS CONFESSSAM A COMO CRIADOR E SOBERANO SOBRE

TUDO (V.6)

(v.6) – “Tu só és Senhor”

IV – OS LEVITAS RECONHECEM A FIDELIDADE DE DEUS A ABRAÃO E A

ISRAEL NOS 430 ANOS DE PEREGRINAÇÃO (V.7-10) (DAKE)

NESTA SESSÃO, PONTOS SALIENTES DO VERSO 7 AO 11

(v.7) O Senhor foi quem elegeu a Abraão para ser pai desta nação.

(v.8) O Senhor foi quem lhe deu a promessa da terra de Canaã por herança.

(v.9) O Senhor viu a aflição do seu povo na terra do Egito.

(v.10,11) O Senhor fez maravilhas para que o deixássemos a servidão.

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30

V – OS LEVITAS RECORDAM-SE DAS REBELIÕES DE ISRAEL E DA

MISERICÓRDIA E MILAGRES DE DEUS NO ÊXODO E NAS JORNADAS PELO

DESERTO (DAKE) (V.11-21)

NESTA SESSÃO, PONTOS SALIENTES DO VERSO 12 AO 21

(v.12) O Senhor guiou o nosso povo pelo deserto.

(v.13, 14) O Senhor nos deu sua lei para seguirmos.

(v.15, 20) O Senhor nos deu pão e água quando faltaram no deserto. Ensino e

condução na palavra pelo Espírito (v.20).

(v.16-19) O Senhor continuou ao nosso lado mesmo quando pecamos.

(v.21) Sim, por 40 anos, tu nos assististes.

VI – OS LEVITAS RECONHECEM A AJUDA DE DEUS PARA CONQUISTAR

CANAÃ (DAKE) (V.22-25).

NESTA SESSÃO, PONTOS SALIENTES DO VERSO 22 AO 25

(v.22) O Senhor nos deu poder e domínio sobre os povos de Canaã.

(v.23- 25) O Senhor multiplicou os nossos filhos ampliando a nação.

VII – OS LEVITAS RECAPITULAM AS REBELIÕES DE ISRAEL E A DIREÇÃO

DE DEUS POR MEIO DOS JUÍZES (DAKE) (V.26-28)

NESTA SESSÃO, PONTOS SALIENTES DO VERSO 26 AO 29

(v.26) O Senhor, contristado, viu-nos quando deixamos o seu domínio.

(v.27) O Senhor permitiu, então, que adversários se unissem contra nós.

(v.27) O Senhor levantava, então, libertadores para nos libertar do jugo.

(v.28) O Senhor percebia, então, que mesmo assim nós nos desviávamos.

(v.29) O Senhor viu a dureza do coração deles (Eli)

VIII – OS LEVITAS DECLARARAM AS CONTÍNUAS REBELIÕES DE ISRAEL

SOB A LIDERANÇA DOS REIS E AS RAZÕES DO CATIVEIRO (DAKE) (V.30-

35)

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31

NESTA SESSÃO, PONTOS SALIENTES DO VERSO 30 AO 35

(v.30) O Senhor sempre nos “aturou”, enviando-nos os seus profetas (Cativeiros;

Assírio-reino do norte).

(v.31) O Senhor, em sua misericórdia, não nos destruiu por completo.

(v.32) O Senhor, em sua clemência, ouve novamente a nossa oração (Nosso pedido,

hoje).

(v.33) O Senhor é bom mas justo, nós é somos maus e pecadores.

(v.34,35) O Senhor nos deu tudo, nós é que nos afastamos dele (Liderança apóstata).

IX – OS LEVITAS RECONHECEM A PRESENTE SERVIDÃO AOS REIS

PAGÃOS E FAZEM UMA NOVA ALIANÇA (DAKE) (V.36-38).

(v.36, 37) O povo reconhece a escravidão em que vive em sua própria terra,

subjugados por reis pagãos (estrangeiros).

(v.38) O povo decide renovar a aliança com Deus e os líderes que é assinada pela

liderança real e religiosa.

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CAPÍTULO 10

UM COMPROMISSO ASSUMIDO

I – A RATIFICAÇÃO DA ALIANÇA (1-27)

1. A nação decidiu ratificar, confirmar a aliança de acordo com o que se leu na Lei

de Deus (8.18).

2. O pacto foi firmado, como já vimos anteriormente em 9.38.

3. A lista é grande daqueles que assinaram: 22 sacerdotes, 17 levitas e 44 chefes

do povo. Cerca de 84 famílias que se comprometeram a seguir o pacto que a

nação assumia diante de Deus (Pontos Salientes 2010).

II – AS RESPONSABILIDADES DA ALIANÇA (VV. 28-31)

1. O grupo que havia se misturado com as mulheres das nações pagãs, e entre eles

muitos que serviam no templo: sacerdotes, levitas, porteiros, cantores e

servidores do templo (v.28), “firmemente aderiram a seus irmãos”. Isto é,

àqueles que assinaram o pacto.

2. “Seus nobres convieram, numa imprecação e num juramento” (v.29).

“Convieram num anátema” (ARC). “O povo com um anátema e um juramento,

solenemente buscando mostrar a Deus a sua sinceridade, e imprecando sua justa

vingança caso agissem dolosamente” (Matthew Henry). Imprecar: expressar o

desejo que recaiam sobre alguém males. No caso deles, maldição por quebra de

juramento.

3. O que decidiram: “Andariam na Lei de Deus”, “Guardariam e cumpririam todos

os mandamentos do Senhor” (v.29).

Page 33: Livro de Neemias cap. 1 a 13

33

4. “Que não dariam suas filhas aos povos da terra, e não tomariam as filhas deles

para seus filhos” (v.30). Não haveria mistura dos crentes com os incrédulos da

terra.

5. Não violariam o sábado e no sétimo ano abririam mão da colheita e de qualquer

cobrança (v.31) (Ano sabático: Lv 25.1-7).

III – DESEJO DE CONTRIBUIR

1. Eles se comprometeram a contribuir com a casa de Deus (v.32-33)

2. Eles se comprometeram com a adoração (v.34).

3. Eles se comprometeram em entregar as primícias (v.35-37a).

4. Eles se comprometeram em entregar os dízimos, provendo o sustento dos

servidores do templo: sacerdote e levitas (v.37b-39).

“A oferta espontânea e alegre que o crente oferece à igreja torna-se mais preciosa

aos olhos do Senhor do que aquela que advenha apenas do cumprimento da lei”

(Pontos Salientes 2010).

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CAPÍTULO 11

A REFORMA DA NAÇÃO

NEEMIAS 11 (DIVISÃO PONTOS SALIENTES 2010)

I – DANDO CONTINUIDADE AO COMPROMISSO (VV.1-9)

1. (VV.1,2) - Jerusalém era o centro político e governamental da nação

restabelecida. Mas os habitantes eram poucos (7.73).

2. Houve um desejo nacional em restabelecer a nação.

II – UM COMPROMISSO DIÁRIO (VV. 10-24).

1. A missão era restaurar a nação espiritualmente, pois a parte material já havia sido

concluída.

2. Os grupos eram divididos por capacitações; cada um em sua área de serviço.

Temos:

a) Sacerdotes (v.10,11);

b) Operários que “faziam o serviço do templo” (v.12);

c) “homens valentes”, possivelmente, soldados (v.14);

d) Levitas, que faziam várias tarefas (v.15,16);

e) Os que conduziam as orações (v.17);

f) Os porteiros (v.19);

g) Representantes do povo (v.24).

3. “Dever de cada dia” (v.23) – Os cantores cumpriam as suas obrigações diárias com

zelo; não podiam faltar nem falhar (Bem diferente de nós hoje, onde muitos não

ligam mais a mínima com suas obrigações na casa de Deus).

Page 35: Livro de Neemias cap. 1 a 13

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CAPÍTULO 12

A RECONSTRUÇÃO CONCLUÍDA (MATERIAL E ESPIRITUAL)

O livro de Neemias no cap. 12.1-26 tem como preocupação apresentar a lista daqueles

que vieram com Zorobabel em 536 a.C da Babilônia (Esdras 2.3-19). A lista

pormenorizada aparece em Esdras cap. 2, com a divisão dos ministros que ficaram a

serviço do Templo.

I – A RESPONSABILIDADE ESPIRITUAL

1. O cuidado agora era com a reconstrução espiritual com cânticos e responsórios

(“coro contra coro”) (v.24).

2. Com leitura e explicação da Lei (“Esdras, o sacerdote e escriba”) (v.26).

II - A PURIFICAÇÃO NECESSÁRIA E A BÊNÇÃO CELEBRADA (VV.27-43)

1. Neemias 12.27 nos traz o momento da dedicação dos muros. Foi um momento sem

igual na vida da Nação. Foram convocados os levitas de todos os seus lugares. A

função dos levitas naquele ajuntamento: fazer a dedicação com alegria, louvores,

canto, címbalos, alaúdes e harpas.

2. Aquele seria um dia de muita festa de louvor. Muitos foram os obstáculos para o

povo durante os 90 anos que já contavam do retorno da Babilônia.

3. Houve também um momento de preparo para a festa (12.30). Esse ato nos faz

lembrar o que diz o sábio: “Guarda o teu pé quando entrares na casa de Deus”

(Ec 5.1), ou o salmista: “Adorai ao Senhor vestidos de trajes (hadarah) santos

Page 36: Livro de Neemias cap. 1 a 13

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(kodesh)” (Sl 96.9); “Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei

presentes, e vinde perante ele; adorai ao Senhor vestidos de trajes (hadarah) santos

(kodesh) (1 Cr 16.29). (As nossas traduções trazem: na beleza da sua santidade).

4. Neemias formou dois grandes coros para que celebrassem a reedificação, cantando

em procissão em volta do muro (v.31, 38, 40).

5. Aquele foi dia de alegria para todo o povo, “pois Deus os alegrara com grande

alegria” (v.43).

III – VOLTANDO AOS TEMPOS ANTIGOS

1. Foi também um dia de deliberação: foram nomeados os tesoureiros que cuidariam

do sustento dos ministros. Judá estava alegre porque os ministros estavam atuando:

os sacerdotes e levitas (v.44-47).

2. Podemos voltar às práticas antigas, pelo menos no que se refere ao nosso temor e

reverência diante de Deus.

Page 37: Livro de Neemias cap. 1 a 13

37

CAPÍTULO 13

COMO SE FOSSE UM RESUMO

A forma como o texto é escrito parece ser um quadro de lembranças, de memórias.

Expressões como “Naquele dia” (v.1), “Antes disto” (v.4), “Também soube” (v.10),

“Naqueles dias” (v.15), “Vi também, naqueles dias” (v.23) reforçam a ideia que

Neemias (ou o escritor) rememorava tudo o que acontecera para terminar com

“Lembra-te de mim, Deus meu, para o meu bem”.

RETROSPECTIVA (OLHANDO NO RETROVISOR)

I – OS ESTRANGEIROS SEPARADOS DE ISRAEL

1. v.1,2 – “Naquele dia”, talvez se refira aos acontecimentos de 8.3 e 9.3.

2. “amonitas e moabitas”, os descendentes de Ló. O texto é o que está em Dt 23.3,4

(O texto referente a Balaão está em Números 22-24).

3. v.3 – O povo decidiu dar ouvidos à Lei apartando-se dos estrangeiros ligados por

casamento misto (9.2, 10.20).

II – TOBIAS EXPULSO DO TEMPLO

1. v. 4 – 9 - Eliasibe era sumo sacerdote (3.1), mas estava ligado por parentesco a

Tobias, amonita, ferindo o que estava em Dt 23.3,4.

2. Eliasibe fez um mimo para o seu parente, preparando uma câmara (aposentos) para

Tobias, “nos pátios da casa de Deus” (v.7).

3. Nesse período de das atitudes reprováveis de Eliasibe, Neemias não estava em

Jerusalém (v.6). Alguns fazem uma conta de 9 anos dessa ausência de Neemias

(433 a.C – 424 a.C).

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4. Quando Neemias retornou e ficou sabendo dos fatos ficou tão indignado que atirou

“todos os móveis de Tobias fora da câmara” (v.8) e fez uma purificação geral do

local (v.9); ele também restituiu o local às suas reais finalidades.

III – RESTAURADA A MANUTENÇÃO DOS LEVITAS (v.10-14)

1. Este texto parece fazer uma ratificação do que aconteceu em 10.37-39.

2. v. 14 – Neemias suplica a Deus o que já havia pedido antes em 5.19 e repete em

13.22 e 13.31.

IV – RESTABELECIMENTO DA OBSERVÂNCIA DO SÁBADO (v.15-22).

1. v.15-18 - “Naqueles dias”, talvez uma referência a 10.31. Mas o que vemos é

Neemias reiterando a necessidade de se guardar o sábado.

2. v.18 - O povo também foi lembrado que a desobediência é a causa do mal que lhes

sobreveio.

3. v.19-22 – Neemias teve que obrigá-los a agir conforme os preceitos por meio de

ameaças (“lançarei mãos de vós” v.21); também escalou levitas para que

guardassem as portas (v.22a).

4. Neemias suplica a Deus o que já havia pedido antes em 5.19 e 13.14.

V – CONDENAÇÃO DO CASAMENTO MISTO (v.23-28)

1. “Vi também naqueles dias” (v.23). O que reforça a ideia de que o capítulo 13 serve

como um resumo dos fatos passados por Neemias.

2. Os judeus, mesmo conhecedores da Lei do Senhor, agiram como se de nada

soubessem: “haviam casado com mulheres asdoditas, amonitas e oabitas” (Embora

Rute fosse moabita, o que a diferiu das demais é que ela adotou para si o Deus de

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Noemi – Rt 1.16,17). Como resultado desse parentesco, os filhos dos judeus

perderam até a língua pátria (v.24).

3. Nota de “O Novo Comentário Bíblico” – Ivo Ignácio: “Sem o conhecimento do

hebraico, essas crianças não podiam aprender a Lei em casa, nem adorar o

Senhor no santo templo. Os judeus estavam criando descendentes que não

conheciam o Deus vivo nem o adoravam” (Ed. Cental Gospel pg 765).

4. v.25-27 – Neemias perdeu a cabeça, ficou furioso, agiu com firmeza e até de modo

meio brutal. Vejam só: “Contendi com eles, e os maldiçoei, e espanquei alguns

deles, e lhes arranquei os cabelos, e os conjurei diante de Deus (dizendo:) (v.25).

5. O sumo sacerdote Eliasibe estava ‘mal na fita’ e perante Deus e Neemias; ele era

aparentado com Tobias (v.4), e o seu neto era aparentado de Sambalá (v.28). A

família de Eliasibe dormia com o inimigo.

6. No verso 29, Neemias apela para que Deus não deixe ‘barata’ a ofensa que fizeram

contra o sacerdócio e a aliança sacerdotal e levítica (v.29).

VI – AS REFORMAS DE NEEMIAS (vv.30,31)

1. Neemias fez uma limpeza, obrigando que se despachassem as mulheres

estrangeiras com seus filhos (9.2 e 10.28).

2. O livro de Neemias termina com a sua oração a Deus: “Lembra-te de mim, Deus

meu, para o meu bem” (v.31).

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OBRAS CONSULTADAS:

Bíblia Anotada

Bíblia de Estudo John MacArthur

Bíblia de Estudo Dake

Comentário Champlin AT

O Novo Comentário Bíblico (Editora Central Gospel)

Pontos Salientes 2010

Neemias – a dinâmica da liderança eficaz – Cyril J. Barber