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(/) Uma história milenar: do interior das cavernas à inter-net.
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LIVROS
uma história milenar
Podemos escrever que os livros vêm de uma longaseqüência de experimentação e aprendizado que
já dura milhares de anos, desde quando o homemcomeçou a pintar ou a desenhar em paredes de cavernas,e ainda a esculpir gravando as suas mensagens ou sinais
em pedras e até em carapaças de tartarugas.
Ao lado disso podemos escrever também que os livrosse desenvolveram junto às tabuinhas de argila e
passaram ao papiro, ao pergaminho, ao papel detrapos e, enfim, ao papel de polpa de madeira.
“Os livros eram feitos à mão e, já na segunda metadedo primeiro milênio da nossa era, transformaram-se
em obras de arte: exemplares únicos pelos quaisreis e nobres ou esnobes pagavam fortunas.”
E de fato eram livros que valiam fortunas, como o famosoEvangelho de Otto III (um dos imperadores otonidas do
Sacro Império Romano-Germânico) com a sua capafolheada a ouro e coberta por dezenas de jóias...
Este tipo de livro manuscrito de naturezaricamente singular recebeu a designação de códex.Termo solene criado para indicar e destacar o valor
da existência material daquela obra em si,a despeito de seu valor literário.
Um códex que pela semântica e até pela semelhançavocabular me lembra do termo córtex: casca das árvores /
camada superficial do cérebro..., o que, então, relacionado ao extremo valor da capa, dá a impressão de que a casca
ou a camada superficial é mais importante do queo miolo.
Já no fim da Idade Média,depois de muitos (longos e dolorosos) séculos de
obscurantismo, com a montagem das engrenagensda “imprensa” — ou a partir da invenção da “prensa” porJohann G. Gutenberg com os seus caracteres metálicos
móveis —, os livros receberam o imenso poder dapublicação em série e divulgação em massa.
E assim eles se incumbiram de promover a fulguraçãorenascentista: explosão de modernidade que chegou
até aos dias de hoje e continua tentandonos empurrar ao futuro...
“Tentando”, porque há uma indefinição e, de fato,dois problemas básicos persistem em relação aos livros.
O primeiro se refere ao alto custo de suas edições,“o que privilegia autores ricos ou com influência
junto aos editores”.
Este problema hoje se resolve com a INTERNET,junto a este novo conceito: a mensagem é mais importante
do que a capa (ou a casca), porque o fundamentalestá no miolo.
O segundo problema é bem mais complexoe assim mais persistente, merecedor de reflexão
em quadro separado:
Sempre desconfiamos do vínculoentre as nossas palavras e a realidade.
Por isso ainda hoje preferimosconhecer livros de autores consagrados,
infalíveis quanto aos êxitos de suas obras.
Mas o fato é quenem entre nossos deuses
encontramos um sequer quese declare o autor deste mundo
dando-nos garantia de infalibilidadequanto ao êxito desta sua obra.
Não há garantia.
O que podemos fazer, então,é observar o que a realidade
escreve por ela mesma:
...enquanto estátuas de deuses imortaiscaem em ruínas, o homem e a mulher
sobrevivem.
Os livros sempre nos servirampara os registros das nossas histórias
e transmissão dos nossos conhecimentos,mas nem sempre nos serviram como
instrumentos de evolução real.Por isso perdemos tempo
e nos avolumamos neste mundoem torno de uma realidade desfavorável.
Precisamos agora lutar efetivamentepelas nossas vidas e pela Terra,
antes que a história humanasó consiga se imortalizar
em velhos livros querelatam as proezas
de uma criaturaextinta.
Os livros sempre nos servirampara os registros das nossas histórias
e transmissão dos nossos conhecimentos,mas nem sempre nos serviram como
instrumentos de evolução real.Por isso perdemos tempo
e nos avolumamos neste mundoem torno de uma realidade desfavorável.
Precisamos agora lutar efetivamentepelas nossas vidas e pela Terra,
antes que a história humanasó consiga se imortalizar
em velhos livros querelatam as proezas
de uma criaturaextinta.
Precisamos agora lutar efetivamentepelas nossas vidas e pela Terra,
antes que a história humanasó consiga se imortalizar
em velhos livros querelatam as proezas
de uma criaturaextinta.
Precisamos agora lutar efetivamentepelas nossas vidas e pela Terra,
Precisamos agora lutarefetivamente
pelas nossas vidase pela Terra.