26
PROF. ÍTALO COLARES LÓGICA

Lógica filosófica

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Lógica filosófica

PROF. ÍTALO COLARES

LÓGICA

Page 2: Lógica filosófica

Na charge abaixo há duas formas de poder: o poder da força e o poder das ideias...

Page 3: Lógica filosófica

I. O QUE É LÓGICA?

• Lógica vem do grego “palavra”, “expressão”, “pensamento”, “conceito”, “discurso”, “razão”.• ARISTÓTELES, é o filósofo que ampliou o

estudo sobre a lógica.• A obra de Aristóteles dedicada à lógica

chama-se ÓRGANON, que significa “instrumento”, e no caso, INSTRUMENTO PARA SE PROCEDER CORRETAMENTO NO PENSAR.

Page 4: Lógica filosófica

• O estudo dos métodos e princípios da argumentação.• A investigação das condições em que a

conclusão de um argumento se segue necessariamente de enunciados iniciais, chamados premissas;• o estudo que estabelece as regras da forma

correta das operações do pensamento e identifica as argumentações não válidas.

Vejamos o que significa a LÓGICA, como instrumento do pensar...

Page 5: Lógica filosófica

Segundo Aristóteles a LÓGICA se divide em:

• FORMAL OU SIMBÓLICA: que estabelece a forma correta das operações do pensamento.

•MATERIAL: trata-se da aplicação das operações do pensando segundo a matéria ou a natureza dos objetos a conhecer.

Page 6: Lógica filosófica

II. TERMOS, PROPOSIÇÃO E ARGUMENTOS.

• ARGUMENTO – em psicologia é chamada de raciocínio, é uma sequência de proposições. Em que existe uma relação entre as PREMISSAS e a CONCLUSÃO.• INFERÊNCIAS – É a passagem das premissas para a conclusão.• PROPOSIÇÃO – É um enunciado no qual afirmamos ou negamos um TERMO de outro. Ou seja, é aquilo que é proposto ou declarado, podendo ser verdadeira ou falsa.

Page 7: Lógica filosófica

• Quanto à qualidade, são afirmativas ou negativas.

• Quanto à quantidade são gerais – universais ou totais - ou particulares. Estas últimas podem ser singulares caso se refiram a um só indivíduo:

As proposições podem ser distinguidas pela QUALIDADE e pela QUANTIDADE:

Page 8: Lógica filosófica

Exemplificando...

• “Todo cão é mamífero”.• Proposição universal afirmativa.• “Nenhum animal é mineral”.• Universal negativa.• “Algum metal não é sólido”.• Particular negativa.• “Sócrates é mortal”.• Singular afirmativa.

Page 9: Lógica filosófica

QUADRADO LÓGICO.

Page 10: Lógica filosófica

Cada proposição tem dois TERMOS.

• É preciso também observar a EXTENSÃO dos termos. • A extensão é a amplitude de um termo, isto é, a coleção de todos os seres que o termo designa no contexto da proposição. É fácil identificar a extensão do sujeito, mas a do predicado exige maior atenção. • Observe os seguintes exemplos:

Page 11: Lógica filosófica

• É preciso também observar a EXTENSÃO dos termos. • A extensão é a amplitude de um termo, isto é, a coleção de todos os seres que o termo designa no contexto da proposição. É fácil identificar a extensão do sujeito, mas a do predicado exige maior atenção. • Observe os seguintes exemplos:

Page 12: Lógica filosófica

• TODO BRASILEIRO É SUL-AMERICANO

• TODO PAULISTA É BRASILEIRO

• LOGO, TODO PAULISTA É SUL-AMERICANO*****

• NENHUM BRASILEIRO É ARGENTINO.

• ALGUM BRASILEIRO É SUL-AMERICANO.

• LOGO, ALGUM SUL-AMERICANO NÃO É ARGENTINO.

Page 13: Lógica filosófica

• O termo BRASILEIRO é total na primeira premissa (todo brasileiro). E particular na segunda premissa, porque é como se estivéssemos dizendo: TODO PAULISTA É (algum) BRASILEIRO.

• Já no segundo exemplo (NENHUM BRASILEIRO É ARGENTINO), tanto o termo BRASILEIRO como o termo ARGENTINO são totais, porque o conjunto de todos os BRASILEIROS é excluído do conjunto de todos os ARGENTINOS.

Page 14: Lógica filosófica

O SILOGISMO, por sua vez, compõem-se de três termos...

• TODO BRASILEIRO É SUL-AMERICANO

• TODO PAULISTA É BRASILEIRO

• LOGO, TODO PAULISTA É SUL-AMERICANO.

TERMO MÉDIO

TERMO MÉDIO

TERMO MAIOR

TERMO MENOR

Page 15: Lógica filosófica

III. VERDADE E VALIDADE

• É PRECISO MUITA ATENÇÃO NO USO DE VERDADEIRO/FALSO, VÁLIDO/INVÁLIDO.

• As proposições podem ser verdadeiras ou falsas: uma proposição é verdadeira quando corresponde ao fato que expressa.

• Os argumentos são válidos ou inválidos (e não verdadeiros ou falsos): um argumento é válido quando sua conclusão é consequência lógica de suas premissas.

Page 16: Lógica filosófica

Para entendermos isso melhor, precisamos das REGRAS DO SILOGISMO.• 1) Todo silogismo contém somente três

termos: maior, médio e menor;• 2) Os termos da conclusão não podem ter

extensão maior que os termos das premissas;• 3) O termo médio não pode entrar na

conclusão;• 4) O termo médio deve ser universal ao

menos uma vez;• 5) De duas premissas negativas, nada se

conclui;• 6) De duas premissas afirmativas não pode

haver conclusão negativa;• 7) A conclusão segue sempre a premissa mais

fraca;• 8) De duas premissas particulares, nada se

conclui.

Page 17: Lógica filosófica

III.TIPOS DE ARGUMENTAÇÃO

• Tradicionalmente dividimos os argumentos em dois tipos, os DEDUTIVOS e os INDUTIVOS, sendo que a ANALOGIA constitui um tipo de indução.

Page 18: Lógica filosófica

DEDUÇÃO

• Em um argumento dedutivo correto, a conclusão é inferida necessariamente das premissas. Ou seja, o que está dito na conclusão é extraído das premissas, pois na verdade está implícito nelas. Como já vimos, na dedução lógica o enunciado da conclusão não excede o conteúdo das premissas, isto é, não se diz mais na conclusão do que já tinha sido dito nas premissas.

Page 19: Lógica filosófica

INDUÇÃO

• Enquanto na dedução as premissas constituem razão suficiente para se derivar a conclusão, na indução, ao contrário, chega-se à conclusão a partir de evidências parciais.• A indução por enumeração é uma

argumentação pela qual, a partir de diversos dados singulares constatados, chegamos a proposições universais. Nesse tipo de argumento ocorre uma generalização indutiva.

Page 20: Lógica filosófica

ANALOGIA

• É uma indução parcial ou imperfeita, na qual passamos de um ou de alguns fatos singulares não a uma conclusão universal, mas a uma outra enunciação singular ou particular.

• Da comparação entre objetos ou fenômenos diferentes, inferimos pontos de semelhança.

Page 21: Lógica filosófica

IV. FALÁCIAS

• É um tipo de raciocínio incorreto, apesar de ter a aparência de correção. É conhecida também como sofisma, embora alguns estudiosos façam urna distinção, pela qual o sofisma teria a intenção de enganar o interlocutor, diferentemente da falácia, que seria um engano involuntário.

• São inúmeros os tipos de falácia, e por isso vamos nos restringir a alguns poucos.

Page 22: Lógica filosófica

• As falácias formais ocorrem quando as regras do raciocínio correto são contrariadas ou não se atende às regras da inferência válida.• Exemplo:

FALÁCIAS FORMAIS

• TODOS OS HOMENS SÃO CALVOS.• ORA, EU SOU HOMEM• LOGO, EU SOU CALVO.

Page 23: Lógica filosófica

• São diversos os tipos de falácias não formais: muitas decorrem da irrelevância das premissas, que não estabelecem a conclusão; outras são generalizações apressadas, que partem de falsas causas ou se baseiam em preconceitos; e assim por diante. Geralmente exercem a função psicológica de convencer, ao mobilizar emoções como entusiasmo, medo, hostilidade ou reverência.

• Vejamos algumas delas.

FALÁCIAS NÃO FORMAIS

Page 24: Lógica filosófica

• ARGUMENTO DE AUTORIDADE;• ARGUMENTO CONTRA O HOMEM;• FALÁCIA DE ACIDENTE OU GENERALIZAÇÃO

APRESSADA;• FALÁCIA DE CONCLUSÃO IRRELEVANTE;• FALÁCIA DE PETIÇÃO DE PRINCÍPIO, OU

CÍRCULO VICIOSO;• FALÁCIA DE AMBIGUIDADE;• FALÁCIA DE FALSA CAUSA;

Page 25: Lógica filosófica

V. PRINCÍPIOS DA LÓGICA

• Para compreender as relações que se estabelecem entre as proposições, foram definidos os primeiros princípios da lógica, assim chamados por serem anteriores a qualquer raciocínio e servirem de base a todos os argumentos. Por serem princípios, são de conhecimento imediato e, portanto, indemonstráveis.

Page 26: Lógica filosófica

•O princípio de identidade, se um enunciado é verdadeiro, então ele é verdadeiro.•O princípio de não contradição, afirma que não é o caso de um enunciado e de sua negação.•O princípio do terceiro excluído, afirma que nenhum enunciado é verdadeiro nem falso