22
Orientações gerais que caracterizam o impressionista: rompe completamente com o passado; inicia pesquisas sobre a óptica e os efeitos (ilusões) ópticos;na natureza as cores estão em constrante transformação; é contra a cultura tradicional; pertence a um grupo individualizado ,vida interior, falam de arte, sociedade, etc: não concordam com as mesmas coisas porém discordam do mesmo; vão pintar para o exterior, algo bastante mais fácil com a evolução da indústria, nomeadamente, telas com mais formatos, tubos com as tintas, entre outras coisas,impressões perante os efeitos de um determinado monento,sensação da paisagen; prosopopeia, pontilhismo; a linha não existe na natureza;na literatura importa mais o efeito do que a estrutura; Valorização do estado da alma , registro da emoções e sentimentos.

Manifesto do futurismo

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Manifesto do futurismo

Orientações gerais que caracterizam o impressionista:

rompe completamente com o passado;

inicia pesquisas sobre a óptica e os efeitos (ilusões) ópticos;na

natureza as cores estão em constrante transformação;

é contra a cultura tradicional;

pertence a um grupo individualizado ,vida interior,

falam de arte, sociedade, etc: não concordam com as mesmas

coisas porém discordam do mesmo;

vão pintar para o exterior, algo bastante mais fácil com a

evolução da indústria, nomeadamente, telas com mais formatos,

tubos com as tintas, entre outras coisas,impressões perante os

efeitos de um determinado monento,sensação da paisagen;

prosopopeia, pontilhismo;

a linha não existe na natureza;na literatura importa mais o efeito

do que a estrutura;

Valorização do estado da alma , registro da emoções e

sentimentos.

Page 2: Manifesto do futurismo

Se aquela que amo mais que a luz do

dia,

Me aniquilasse os males taciturnos,

O brilho dos meus olhos venceria

O clarão dos relâmpagos nocturnos.

Se ela quisesse amar, no azul do

espaço,

Casando as suas penas com as

minhas,

Eu desfaria o Sol como desfaço

As bolas de sabão das criancinhas.

Se aquela por quem já não tenho risos

Me concedesse apenas dois abraços,

Eu subiria aos róseos paraísos

E a Lua afogaria nos meus braços.

Cesário Verde

Page 3: Manifesto do futurismo

• 1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, ohábito da energia e da temeridade.

• 2. A coragem, a audácia, a rebelião serãoelementos essenciais de nossa poesia.

• 3. A literatura exaltou até hoje aimobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nósqueremos exaltar o movimento agressivo, ainsônia febril, o passo de corrida, o saltomortal, o bofetão e o soco.

• 4. Nós afirmamos que a magnificência domundo enriqueceu-se de uma beleza nova:a beleza da velocidade. Um automóvel decorrida com seu cofre enfeitado com tubosgrossos, semelhantes a serpentes de hálitoexplosivo... um automóvel rugidor, quecorrer sobre a metralha, é mais bonito quea Vitória de Samotrácia.

• 5. Nós queremos entoar hinos ao homemque segura o volante, cuja haste idealatravessa a Terra, lançada também numacorrida sobre o circuito da sua órbita.

6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, fausto e munificiência, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.

• 7. Não há mais beleza, a não ser na luta.

Nenhuma obra que não tenha um caráter

agressivo pode ser uma obra-prima. A

poesia deve ser concebida como um

violento assalto contra as forças

desconhecidas, para obrigá-las a prostar-

se diante do homem.

• 8. Nós estamos no promontório extremo

dos séculos!... Por que haveríamos de

olhar para trás, se queremos arrombar as

misteriosas portas do Impossível? O

Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós

já estamos vivendo no absoluto, pois já

criamos a eterna velocidade onipresente.

• 9. Nós queremos glorificar a guerra -

única higiene do mundo - o militarismo, o

patriotismo, o gesto destruidor dos

libertários, as belas idéias pelas quais se

morre e o desprezo pela mulher.

• 10. Nós queremos destruir os museus, as

bibliotecas, as academia de toda

natureza, e combater o moralismo, o

feminismo e toda vileza oportunista e

utilitária.

Page 4: Manifesto do futurismo

• 11. Nós cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as marés multicores e polifônicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor noturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas elétricas;

as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as oficinas penduradas às nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta.

• 12. É da Itália, que nós lançamos pelo mundo este nosso manifesto de violência arrebatadora e incendiária, com o qual fundamos hoje o "Futurismo", porque queremos libertar este país de sua fétida gangrena de professores, de arqueólogos, de cicerones e de antiquários.

• 13. Já é tempo de a Itália deixar de ser um mercado de belchiores. Nós queremos libertá-la dos inúmeros museus que a cobrem toda de inúmeros cemitérios.

• 14. Museus: cemitérios!... Idênticos, na verdade, pela sinistra promiscuidade de tantos corpos que não se conhecem. Museus: dormitórios públicos em que se descansa para sempre junto a seres odiados ou desconhecidos! Museus: absurdos matadouros de pintores e escultores, que se vão trucidando ferozmente a golpes de cores e linhas, ao longo das paredes disputadas!

• 15. Que se vá lá em peregrinação, uma vez por ano, como se vai ao Cemitério no dia de finados... Passe. Que uma vez por ano se deponha uma homenagem de flores diante da Gioconda, concedo...

• 16. Mas não admito que se levem passear, diariamente pelos museus, nossas tristezas, nossa frágil coragem, nossa inquietude doentia, mórbida. Para que se envenenar? Para que apodrecer?

• 17. E o que mais se pode ver, num velho quadro, senão a fatigante contorção do artista que se esforçou para infrigir as insuperáveis barreiras opostas ao desejo de exprimir inteiramente seu sonho?... Admirar um quadro antigo equivale a despejar nossa sensibilidade numa urna funerária, no lugar de projetá-la longe, em violentos jatos de criação e de ação.

• 18. Vocês querem, pois, desperdiçar todas as suas melhores forças nesta eterna e inútil admiração do passado, da qual vocês só podem sair fatalmente exaustos, diminuídos e pisados?

Page 5: Manifesto do futurismo

19. Em verdade eu lhes declaro que a frequência diária aos museus, às bibliotecas e às

academias (cemitérios de esforços vãos, calvários de sonhos crucificados, registro de

arremessos truncados!...) é para os artistas tão prejudicial, quanto a tutela prolongada dos pais

para certos jovens ébrios de engenho e de vontade ambiciosa. Para os moribundos, para os

enfermos, para os prisioneiros, vá lá:- o admirável passado é, quiçá, um bálsamo para seus

males, visto que para eles o porvir está trancado... Mas nós não queremos nada com o

passado, nós, jovens e fortes futuristas!

20. E venham, pois, os alegres incendiários de dedos carbonizados! Ei-los! Ei-los!... Vamos!

Ateiem fogo às estantes das bibliotecas!... Desviem o curso dos canais, para inundar os

museus!... Oh! a alegria de ver boiar à deriva, laceradas e desbotadas sobre aquelas águas,

as velhas telas gloriosas!... Empunhem as picaretas, os machados, os martelos e destruam

sem piedade as cidades veneradas!

Page 7: Manifesto do futurismo

Ode triunfal

Álvaro de Campos

"À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica

Tenho febre e escrevo.

Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,

Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.

Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!

Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!

Em fúria fora e dentro de mim,

Por todos os meus nervos dissecados fora,

Por todas as papilas fora de tudo com que eu [sinto!

Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos [modernos,

De vos ouvir demasiadamente de perto,

E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso

De expressão de todas as minhas sensações,

Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas! "

Page 8: Manifesto do futurismo

Principais características

Geometrização das formas e volumes;

Renúncia à perspectiva;

O claro-escuro perde sua função;

Representação do volume colorido sobre

superfícies planas;

Sensação de pintura escultórica;

Cores austeras, do branco ao negro passando

pelo cinza, por um ocre apagado ou um

castanho suave.

Cores fechadas.

Page 9: Manifesto do futurismo

A literatura no Cubismo também retratou a fragmentação e a

geometrização da realidade por meio da linguagem: as palavras são

soltas e são dispostas no papel a fim de conceber uma imagem.

O Cubismo surgiu nos meios literários com o manifesto-síntese de

Guillaume Apollinaire, em 1913. Apollinaire apoiava a destruição da

sintaxe, assim como a vanguarda anterior (Futurismo) era a favor da

invenção de palavras e de seu uso sem preocupações com normas, do

verso livre e da abolição do lirismo (estrofe, rima).

No Brasil, o Cubismo exerceu influência na década de 20 com

Oswald de Andrade e na década de 60 com o Concretismo.

Page 10: Manifesto do futurismo
Page 11: Manifesto do futurismo

o Origem Alemanha no início do século XX, principal objetivo

expressar, de modo chocante, sentimentos e ideias pela distorção

da realidade visível;

o Refletir um estado de insatisfação, nostalgia e melancolia;

o Sentir mais o sofrimento humano do que o triufo;

o Influenciados pela I Guerra mundial;

o Deformação grotesca do mundo, visão dolorosa e apocalíptica da

realidade;

o Liberdade na expressão para o mundo interior;

o A arte não é imitação , mas uma criação subjetiva, livre;

o Realidade que circunda o artista é horrível e, por isso, ele a

deforma ou a elimina ;

o Linguagem fragmentada , constituída de frases

nominais(substantivos e adjetivos);

o Forma despreocupada quanto as estrofes e rimas ou á

musicalidade;

o Combate á fome , á inércia e aos valores do mundo burguês.

Page 12: Manifesto do futurismo

O Fim do MundoO chapéu do burguês está voando de sua aguda cabeça,Em todos os ares está ecoando a gritaria.Os telhados estão caindo e despedaçando-se,e no litoral – lê-se – está subindo a preamar:A tempestade aí está, os mares selvagens saltamPara a terra, para destroçar os grossos diques. [...]Hoddis, Jakob

Page 13: Manifesto do futurismo
Page 14: Manifesto do futurismo

Surge na Suíça( 1916), durante a I Guerra Mundial, neutra no conflito recebe artista e

intelectuais com diversas formações;

Resposta a nítida decadência da civilização;

Irreverência, o deboche, a agressividade ;

Ridicularizar a arte, agredi-la, destruí-la;

Improviso;

Desordem , rejeição a todo tipo de racionalização e equilíbrio;

Escrita automática, livre associação das palavras;

Invenção de palavras.

Page 15: Manifesto do futurismo
Page 16: Manifesto do futurismo

"Para fazer uma poesia dadaísta:Pegue um jornal.Pegue uma tesoura.Escolha no jornal um artigo que tenha o comprimento que você deseja dar à sua poesia.Recorte o artigo.Corte de novo com cuidado, cada palavra que forma este artigo e coloque todas as palavras num saquinho.Agite delicadamente.Tire uma palavra depois da outra colocando-as na ordem em que você as tirou.Copie-as conscienciosamente.A poesia se parecerá com você.Ei-lo transformado em escritor infinitamente original e dotado de encantadora sensibilidade..."(Manifesto Dadá de 1918 - Tristan Tzara).

Page 17: Manifesto do futurismo

• 1º - Manifesto (1924)

• “A atitude realista é fruto da mediocridade, do ódio, e da presunção rasteira. É dela que nascem os livros que insultam a inteligência.”

• “A mania incurável de reduzir o desconhecido ao conhecido, ao classificável, só serve para entorpecer cérebros.”

• “Hoje em dia, os métodos da Lógica só servem para resolver problemas secundários”.

• “A extrema diferença de importância, que, aos olhos do observador ordinário, tem os acontecimentos de vigília e os do sono sempre me encheu de espanto. (...) Talvez o meu sonho da noite passada tenha dado prosseguimento ao da noite anterior e continue na próxima noite com rigor meritório.”

• “Digamo-lo claramente de uma vez por todas: o maravilhoso é sempre belo; qualquer tipo de maravilhoso é belo, só o maravilhoso é belo. (...) Desde cedo as crianças são apartadas do maravilhoso, de modo que, quando crescem, já não possuem uma virgindade de espírito que lhes permita sentir extremo prazer na leitura de um conto infantil.”

• “Oxalá chegue o dia em que a poesia decrete o fim do dinheiro e rompa sozinha o pão do céu na terra.”

• “Em homenagem a Gullaume Apollinaire, Soulpault e eu demos o nome de SURREALISMO ao novo modo de expressão que tínhamos à nossa disposição e que estávamos ansiosos por pôr ao alcance de nossos amigos”

• “O surrealismo não permite aos que a ele se consagram, abandona-lo quando lhes apetece faze-lo. Ele atua sobre a mente como os entorpecentes e muitos outros de epocas relacionadas

• “A mente que mergulha no surrealismo revive, com exaltação, a melhor parte de sua infância.”

• "Imaginação querida, o que sobretudo amo em ti é não perdoares."

• "Só o que me exalta ainda é a única palavra: liberdade. Eu a considero apropriada para manter, indefinidamente, o velho fanatismo humano."

Page 18: Manifesto do futurismo

Última das vanguardas europeias;

União entre a arte e a psicanálise, buscava o conhecimento total

do homem;

Negação a lógica e da racionalidade.

Explorar o limite do real,a interioridade;

Expressão dos desejos mais profundos do artista;

Criação de imagens incongruentes, provocantes e passionais;

Automatismo psíquico, escrever ou pintar de maneira espontânea,

obedecendo ao fluxo do inconsciente;

Atuação onírica, busca a transposição do universo dos sonhos

para o plano artístico;

Valorização do devaneio, o sonho, a loucura, a hipnose, o humor

negro, as imagens surpreendentes, o inusitado;

Rejeição ao mundo burguês, racional, mercantil e moralista,;

Ligações com o comunismo;

Page 19: Manifesto do futurismo
Page 20: Manifesto do futurismo
Page 21: Manifesto do futurismo

Murilo Mendes

Ninguém sonha duas vezes o mesmo sonho

Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio

Nem ama duas vezes a mesma mulher.

Deus de onde tudo deriva

E a circulação e o movimento infinito.

Ainda não estamos habituados com o mundo

Nascer é muito comprido.Amor louco

«Para todo o sempre, como sobre a areia

branca do tempo, e graças a este instrumento

que se destina a medi-lo, mas que por ora

apenas vos fascina e esfomeia, para todo o

sempre, reduzido a um infinito fio de leite a

escorrer de um seio de vidro. Perante e contra

tudo, manterei que o sempre é a grande chave.

Tudo o quanto amei – quer o tenha ou não

conservado comigo -, sempre haverei de amá-

lo.»

André Breton. O Amor Louco. Trad. de Luiza Neto Jorge

Page 22: Manifesto do futurismo