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Panzi» - o homem que se deita para disparar- significando que ele tinha cuidado ao apontar ou pensava antes de agir . Em seguida fez serviço em Malta e simultaneamente foi nomeado Oficial de Infor- mações para o Mediterrâneo. Isto deu-lhe mais aventuras como espião e ensinou-lhe ainda mais de exploração. Em 1893 foi escolhido para uma missão especial contra os Ashanti. O rei nativo estava a pertur- bar a ordem e foi enviada uma expedição para a restabelecer. Isto obrigou-o a uma marcha de cerca de 150 milhas através de densos bosques e florestas e a atravessar numerosos rios. Nesta expedição o trabalho de B.P. era a exploração e o pioneirismo; assim aprendeu a maneira prá- tica e útil de construir pontes. Foi quando estava no Oeste Africano que ouviu o ditado: «devagar devagarinho se apanha anos, era Capitão e Ajudante uma canção e tomar parte num do Regimento. Era perito em concerto ou numa ópera, como exploração e espionagem; tanto de pintar um cenário ou desenhar assim que foi autoridade os populares, reconhecida nestes assuntos. O regimento deixou a índia Como desportista notabilizou- em 1884 e no regresso a via- -se na montaria ao javali - gem foi interrompida no Natal desporto arriscadíssimo mas (território da África do Sul) muito apreciado pela equitação porque se receava um conflito e pela perspicácia que exige no com os Boers. Foi durante esta seguimento das pistas. Muitas primeira visita àquela região que vezes vagueava sozinho pelas BP entrou em contacto com os regiões mais silvestres, obser- Zulus- Começou então a colher vando os animais e aprendendo- informações secretas, disfarçado -lhes os costumes. em jornalista. Como passatempo, estava sempre desejoso, tanto de cantar Em 1887 foi de novo para a África como Ajudante de campo de seu tio, que era Governador da Província do Cabo. B.P. satisfez o seu primeiro desejo de serviço activo numa campanha contra os Zulus. Foi então que ouviu o coro «Ingoniama» cantado por uma coluna de Zulus em marcha. Os nativos deram-lhe o nome «M'hlaha

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Panzi» - o homem que se deita para disparar- significando que ele tinha cuidado ao apontar ou pensava antes de agir .

Em seguida fez serviço em Malta e simultaneamente foi nomeado Oficial de Infor-mações para o Mediterrâneo. Isto deu-lhe mais aventuras como espião e ensinou-lhe ainda mais de exploração.

Em 1893 foi escolhido para uma missão especial contra os Ashanti.

O rei nativo estava a pertur-bar a ordem e foi enviada uma expedição para a restabelecer.

Isto obrigou-o a uma marcha de cerca de 150 milhas através de densos bosques e florestas e a atravessar numerosos rios. Nesta expedição o trabalho de B.P. era a exploração e o pioneirismo; assim aprendeu a maneira prá-tica e útil de construir pontes. Foi quando estava no Oeste Africano que ouviu o ditado: «devagar devagarinho se apanha

anos, era Capitão e Ajudante uma canção e tomar parte num

do Regimento. Era perito em concerto ou numa ópera, como

exploração e espionagem; tanto de pintar um cenário ou desenharassim que foi autoridade os populares, reconhecida nestes assuntos. O regimento deixou a índia

Como desportista notabilizou- em 1884 e no regresso a via-

-se na montaria ao javali - gem foi interrompida no Natal desporto arriscadíssimo mas (território da África do Sul)

muito apreciado pela equitação porque se receava um conflito

e pela perspicácia que exige no com os Boers. Foi durante esta

seguimento das pistas. Muitas primeira visita àquela região que

vezes vagueava sozinho pelas BP entrou em contacto com os regiões mais silvestres, obser- Zulus- Começou então a colher vando os animais e aprendendo- informações secretas, disfarçado -lhes os costumes. em jornalista.

Como passatempo, estava sempre desejoso, tanto de cantar

Em 1887 foi de novo para a África como Ajudante de campo de seu tio, que era Governador da Província do Cabo. B.P. satisfez o seu primeiro desejo de serviço activo numa campanha contra os Zulus. Foi então que ouviu o coro «Ingoniama» cantado por uma coluna de Zulus em marcha. Os nativos deram-lhe o nome «M'hlaha

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o macaco» que veio a ser o seu ditado preferido.

Pôs um chapéu de «cowboy» pela primeira vez na operação dos Ashanti e os nativos cha-maram-lhe, por isso, «Kan-tankye » ou « chapéu grande». Terminada a expedição, foi promovido a Coronel e pouco depois punha-se a caminho do que ele dizia ser «a melhor aventura da minha vida...» a guerra dos Matabeles.

A terra de Matabeles é ago-ra conhecida por Zimbabwe (antiga Rodésia). Estava então ainda pouco explorada, por aí haver poucos colonos brancos. Os nativos tinham-se sublevado e massacraram alguns colonos brancos e fugiram depois para as montanhas. Ali havia lugares difíceis de atingir, pois as suas grandes rochas ofereciam mui-tos e bons abrigos. B.P. foi

encarregado da exploração. A sua tarefa não era nada fácil pois tinha de descobrir o paradeiro do inimigo e o que era mais difícil, como atingir as suas fortalezas. Perdeu muitas noites nas expedições de exploração mas era tão bem sucedido que quase sempre guiava os soldados para o lugar ideal para o ataque. Desenhou mapas absolutamente correctos, de grande valor. Foi durante esta campanha que ele se tornou conhecido como um grande explorador. Os Mata-beles chamaram-lhe «Impisa» que quer dizer «o lobo que não dorme». Sabia que gritavam com ódio o seu nome e o amea-

cavam com toda a espécie de Procurou que os seus soldados torturas, se lhes viesse a cair nas encontrassem a felicidade mes- mãos. mo nas dificuldades e procurou Muitas das suas experiências conquistar-lhe rapidamente a de observação e dedução, bem confiança, como muitos dos episódios que Mas a sua realização mais viveu foram por ele mais tarde importante foi nos métodos de aproveitados na educação dos treino. Porque a achava im- jovens Escuteiros. portante, procurou que a ex- A missão que em seguida lhe ploração se tornasse popular. foi confiada foi o comando do Os homens eram divididos em Regimento de Dragões 5, então pequenas unidades de meia dúzia em serviço na índia. Foi com -o que nós depois no Escutismo pena que deixou o seu velho chamaríamos de Patrulhas-sob regimento; mas lançou-se no o comando de um deles-o nosso novo trabalho com todo o seu Guia de Patrulha. Aqueles que habitual entusiasmo e eficiência, melhor desempenhassem os seus

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deveres tinham o privilégio de usar uma insígnia especial - Flor de Lis - que na bússola indica o rumo Norte.

Em 1899 B.P. regressou a casa, mas logo se lançou noutro empreendimento. Trouxera con-sigo da índia o manuscrito de um pequeno livro chamado «Aids to Scouting» (Auxiliar do Explorador) que continha as palestras que fizera aos soldados, com muitos exemplos de observação e dedução.

Ainda antes que o livro fosse publicado já ele estava de novo a caminho da Africa do Sul, onde se preparava uma guerra com os Boers. A sua missão era orga-

nizar uma frente militar pronta para qualquer emergência.

Quando a guerra estalou estava ele em Mafeking com parte das suas forças. Quase ao mesmo tempo, um exército Bóer de 9000 homens pôs cerco à pequena cidade. Não se pode contar aqui, em tão pouco espaço, a história do famoso cerco; contudo é justo salientar que foi nele que o nome de B.P. galgou as fronteiras de todos os países, tornando-se conhecido em todo mundo, pois defendeu a cidade durante 217 dias das poderosas forças inimigas e foi graças à sua alegria e à sua desenvoltura (ao seu «desenrascamento») que a cidade não foi tomada. Para os Escuteiros "Mafeking" tem uma grande importância. Os rapazes da cidade foram organizados num corpo, de mensageiros e B.P. impressionou-se pela maneira como eles levavam a cabo as

suas missões. Viu que, se lhes fosse confiada qualquer res-ponsabilidade, eles se sairiam bem em qualquer ocasião.

Como reconhecimento do seu empreendimento em Mafeking, B.P. foi promovido a Major--General sendo o mais novo do Exército, e herói do Reino Unido.

Foi-lhe então confiada a importante tarefa de organizar a Policia Montada Sul Africana. Era um corpo de homens va-lentes, fundado para ajudar na reconstrução do Sul africano

depois da guerra; e prestaram excelentes serviços, graças ao treino que B.P. lhes deu em disciplina e responsabilidade.

Bem organizada a P.M.S.A., voltou à Inglaterra para outra importante tarefa: tinha sido nomeado Inspector Geral de Cavalaria. De novo encetou mais esta carreira com a dedicação e prespicácia habitual para elevar o nível da Arma de Cavalaria do seu país.

Outro facto, entretanto, lhe tinha chamado a atenção: vira que o seu pequeno livro «Aids to Scouting» tinha sido adopta-do como compêndio na edu-cação da juventude. O fundador da Brigada dos Rapazes, «Sir» William Smith, pediu-lhe que adaptasse os métodos de ex-ploração à formação dos jovens. B.P. estudou um plano e em 1907 fez um acampamento experimental na ilha de Brown-

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sea, com duas dezenas de rapa-zes de todas as classes. Este acampamento foi tão bem su-cedido que resolveu escrever tudo o que tinha ensinado à volta do «Fogo de Conselho». Assim nasceu o «Escutismo para Ra-pazes». Foi primeiro publicado em fascículos quinzenais, nos primeiros meses de 1908. Os rapazes buscavam-no por toda a parte e rapidamente formaram Patrulhas com os seus amigos.

O número cresceu depressa -pelos fins de 1908 havia uns 60.000 Escuteiros - e B.P. teve que se esforçar muito para con-seguir insígnias, uniformes, cartões de alistamento, etc.

E impossível, por falta de es-paço, fazer aqui uma discrição pormenorizada da expansão do Escutismo no mundo, assim como do admirável trabalho de B.P. pela juventude, nas suas viagens pelo globo.

Todavia será útil dizer uma palavra acerca de B.P. Afinal que tipo de homem era ele?

Todos os que lerem estas fichas nunca o viram, nem ouviram a sua possante voz

quando falava nos Jamborees. Algumas das suas declarações felizmente foram gravadas e poderá ser que o teu Chefe consiga ainda arranjar uma dessas gravações.

B.P. era uma figura magra, franzina, mas se o visses certa-mente te admirarias da sua bela cabeça e dos seus olhos bastante expressivos. Era um homem so-ciável e muitos Escutas se lembram ainda com saudades das conversas tidas com ele nos Jamborees. Em Gilwell Park,

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1907-Acampamento na ilha Brownsea - o 1.° Acampamento - Os nomes das Patrulhas eram: Cor-vos, Touros, Maçaricos e Lobos

1908-Publicação do «Escutismo para Rapazes»

1909-Primeira concentração de 11.000 Escutas em Crystal Palace-Londres

1910-A instância do Rei Eduardo VII, B.P. deixa o exército para se de-dicar inteiramente ao Escutismo.

1911-Dão-se os primeiros passos do Escutismo em Portugal.

1912- Funda-se em Lisboa a Associação dos Escoteiros de Portugal (A.E.P.).

1916-Início oficial do Lobitismo. Apa-rece o livro «Manual do Lobito».

1918-Início oficial do Caminheirismo. 1919-Abertura do Campo Escola Inter-

nacional de Dirigentes, em Gilwell Park.

1920-Primeiro Jamboree Mundial, em Olímpia, Londres. -B.P. é aclamado Chefe Mundial. -Fundação do Secretariado Mun-dial.

1923 - (27 de Maio) - Fundação em Bra-ga, do C.N.E. pelo Arcebispo de Braga, D. Manuel Vieira de Matos.

por exemplo, passeava com os seus cães pelo acampamento. E os Escutas depressa viam com profunda amizade a sua presença. Era um homem simples no seu modo de viver. Dormia numa varanda durante quase todo o ano,levantava-se muito cedo, praticava exercícios de ginástica e depois dava um passeio com os seus cães antes do almoço. Poucos homens terão trabalhado tanto como ele. Mantinha uma assídua correspondência, mas nunca se esquecia dos velhos amigos quando procurava adquirir outros.A pesca era o seu desporto favorito.

Ocupou-lhe muito tempo e deu-lhe oportunidade de admi¬rar a natureza - um dos maiores prazeres da sua vida. Possuía um grande conhecimento da vida da natureza, sobretudo da vida dos animais,e nos últimos anos, quando já tinha poucas forças e por isso não podia ir visitar os seus Escutas, dedicava-se ao estudo dosanimais selvagens e pintava quadros que focavam aspectos da vida desses animais.Os últimos anos passou-os no Quénia onde veio a falecer no dia 8 de Janeiro de 1941,aPós uma vida de inteira dedicação aos jovens.

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1925- Sai o primeiro número da revista «FLOR DE LIS». 1929 -B.P. recebe a honra do baronato, com o nome de Lord Baden-Powell ofGilwell. -B.P. visita Portugal. -Jamboree de Arrowe Park. 1934 -B.P. visita Portugal pela segunda

vez. 1941 -(8 de Janeiro) - Morre B. P. no Quénia, África. 1957 -Ano Jubilar - Centenário do nascimento de B.P. -Cinquentenário do Movimento

Escutista no Mundo. -9.° Jamboree Mundial.

1973 -50.° Aniversário do C.N.E. -14.° Acampamento Nacional em Leiria. 1982 -Ano Mundial do Escuteiro.

1983 -60.° Aniversário do C.N.E., em que é declarado de Utilidade Pública.

1985 -Há mais de 26 milhões de Escu-teiros e Guias em todo o mundo.

1993-Comemorações dos 70 Anos do C.N.E.

Registamos aqui alguns fac- SCOUTS CATÓLICOS POR- tos no decorrer dos 70 anos de TUGUESES, em Braga, vida do C.N.E. - Aprovação dos Estatutos do

- 27 de Maio de 1923 - C.S.C.P. pelo Governo Civil de Fundação do CORPO DE Braga.

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- 26 de Novembro de 1923 - A portaria 3824 aprova os Estatutos do C.S.C.P.

- 26 de Maio de 1924 -Publicação do Decreto n.° 9729 que confirma a aprovação já dada em Portaria, dos Estatutos referidos e alarga a todo o território nacional o âmbito da associação.

- Fevereiro de 1925 - Sai o primeiro número da revista «FLOR DE LIS».

- 25 de Fevereiro de 1925 -O Decreto n.° 10589 aprova os Estatutos do Corpo de Scouts Católicos Portugueses.

- 15 de Março de 1925 - É aprovada a nova redacção do Regulamento Geral do C.N.E.

-4 de Abril de 1929-Prin-cipia em Coimbra o 1.° Con-gresso Nacional de Dirigentes.

- 2 de Maio de 1929 - Admissão do C.N.E. no Bureau Mundial de Escutismo.

- 29 de Junho de 1932-0 De-creto n.° 21434 regulariza a Orga-nização Escutista de Portugal.

- 13 de Agosto de 1936 - A Organização Escutista de Portugal é extinta pela Portaria n.° 8488.

- 9 de Maio de 1950 -Apro-vação de novos Estatutos do Corpo Nacional de Escutas e Publicação de novo Regulamento Geral.

-24 de Setembro de 1950 - O C.N.E. é condecorado com a «MEDALHA DE OURO DO TIRADENTES» da União de Escoteiros do Brasil.

-5 de Novembro de 1950 -A Sede Central do C.N.E. é trans-ferida de Braga para Lisboa.

- 19 a 25 de Setembro de 1961 - Conferência Internacional do Escutismo, no Seminário dos Olivais, em Lisboa.

-21 de Junho de 1963-Inau-guração oficial do Campo Escola Nacional Calouste Gulbenkian, em Fraião - Braga.

-15 de Agosto de 1966-1.° Encontro Nacional de Diri-gentes, em Fátima.

- 9 de Março de 1975 - Aprovação de novos Estatutos do C.N.E., no Conselho Na cional, em Fátima.

-16 de Dezembro de 1982 -O C.N.E. é condecorado pelo Ministro de Qualidade de Vida com a «MEDALHA DE BONS SERVIÇOS DESPORTIVOS».

- 3 de Agosto de 1983 - O C.N.E. é declarado de UTI LIDADE PÚBLICA, conforme despacho do Primeiro-Ministro, publicado no Diário da Re pública, II série, n.° 177 (Des pacho de 20 de Julho de 1983)

-l de Março de l984- Entra em vigor o novo Re-gulamento Geral do C.N.E.

- 31 de Janeiro de 1985 - Lavrada a Escritura dos Esta-tutos do C.N.E, no 11.° Cartório Notarial de Lisboa

-12 a 18 de Abril de 1986-Conferência Europeia do Es-cutismo e do Guidismo, em Ofir.

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- 29 de Novembro a 1 de Dezembro de 1986 - 1.° Con-gresso do Escutismo Católico Português «Que Escutismo para o ano 2000?».

- 7 de Maio de 1988 - Inau-guração do Centro de Formação de São Jacinto -Aveiro.

- 28 de Maio de 1989 -Inauguração da Sede Nacional do C.N.E, na Rua D. Luís I, 34 -Lisboa.

- Concessão ao C.N.E da "MEDALHA DE HONRA DA CIDADE DE LISBOA".

- 26 de Maio de 1990 -Inauguração do novo espaço do D.M.F.

-4 a 11 de Agosto de 1992-XVIII ACANAC no Palheirão, com cerca de lO.OOOparticipantes, sob o tema geral: "A Fronteira do Homem".

- 17 de Julho de 1992 -

Publicação do Alvará da condeco-

ração da "ORDEM DO MÉRI-TO", é publicado no Diário da Re-pública n.°257-IIsériede 6-11-92. -28,29 e 30 de Maio de 1993 -70 anos do C.N.E., na feiradas regiões em Vila Nova de Famalicão.

O C.N.E tem uma insígnia própria que o distingue, é a Flor de Lis. Esta era usada anti-gamente nas cartas de marear para indicar o norte, que a nós indica o caminho de bem, para o alto, para Deus.

A Flor deLis é de côr ama-relo-ouro, cujas três pétalas nos relembram os Princípios do Escutismo e a nossa Promessa.

Sobrepõe-se à Flor de Lis uma Cruz de Cristo, que nos recorda a dimensão cristã e o ideal de Jesus. Tem por baixo um listei, também amarelo-ouro com a palavra ALERTA debruada a preto, com a forma de um sor-riso, lembrando-nos que o «Escuta tem sempre boa dis-posição de espírito.»

Alerta é a divisa do Escuteiro, que deve estar sempre alerta tanto física como mentalmente, isto é, sempre alerta para servir e ajudar o próximo.

Tal como S. Jorge, pronto a combater o dragão do mal.

AS BANDEIRAS DO C.N.E.

1 - A Bandeira Nacional do C.N.E. é constituída por um campo verde dividido ao alto e a toda a extensão da largura pela Cruz da Fundação em azul, com

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bandeira, sendo a largura correspondente à de um canto do campo verde, ou seja, 0,30 m ou um terço da altura total da bandeira, com a cruz azul sobreposta, com uma largura de 17cm.

d) Flor de Lis (da insígnia asso-ciativa) : 0,57 m x 0,36 m.

e) Cruz de Cristo (da insígnia associativa) 0,22m x 0,22m, sendo a largura das hastes igual a um terço do total.

f) Listei amarelo da divisa «ALERTA»(dainsígnia asso-ciativa): 38 cm x 57 cm, ten-do as letras da divisa 5 cm.

g) Inscrição «CORPO NA-CIONAL DE ESCUTAS» a toda a extenção do canto superior esquerdo, tomando a mediana horizontal deste canto com base das letras e medindo estas 8 cm de altura.

O Agrupamento é a estrutura - Cada Agrupamento exerce básica do C.N.E., tendo por a sua acção, em princípio, na função enquadrar e realizar o área de uma Paróquia. Escutismo a nível local. - Cada Agrupamento desi-

abertura de uma cruz a branco, sobre a qual assenta a insígnia associativa; no canto superior esquerdo do campo verde, junto à tralha, encontra-se a inscrição «CORPO NACIONAL DE ESCUTAS», em branco, de-bruado a preto.

2 - A Bandeira Nacional do C.N.E. tem as seguintes medidas:

a) Medidatotal: U0mx0,90m b) Cada canto do campo ver-

de: 0,30 m x 0,50 m. c) Cruz da Fundação: assente

em fundo branco a toda a altura e comprimento da

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gna-se por um número de ordem de filiação, dado pela Junta Central, e pelo nome do respec-tivo Patrono (Santo da Igreja, Benemérito da Humanidade ou Herói Nacional).

- Os números de ordem do Agrupamento constituem uma série única nacional.

- Os Agrupamentos extintos, quando reactivados, mantêm o mesmo número de ordem.

-A fundação de Agrupa-mento é da iniciativa da Junta Regional a quem compete no-mear os respectivos Dirigentes e emitir os regulamentos e instruções necessárias.

- A fundação de Agrupa-mentos carece do parecer fa-vorável da competente autori-dade eclesiástica.

- O período de formação de Agrupamentos é de 1 a 3 anos.

- O Agrupamento é composto por uma ou mais das seguintes

Unidades: a) Alcateia b) Grupo Explorador c) Grupo Pioneiro d) Clã

- Um Agrupamento não pode ter mais de duas Unidades em cada Secção.

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- As Unidades têm uma lumeração de base regional.

-As Unidades extintas, quando eactivadas, mantêm o mesmo íúmero de ordem.

-A orientação pedagógica da Jnidade está a cargo da Equipa ie Animação, constituída pelo 2hefe da Unidade, Adjunto e os instrutores em serviço na mesma.

- O Chefe da Unidade é iesignado pelo Chefe do Agru-jamento e responsável perante i Direcção do Agrupamento.

- Os Instrutores constituem im quadro único a todo o Agru-

Os Dirigentes do teu Agru- identificam o seu cargo no

pamento, usam um distintivo de Agrupamento, função, constituído por um Este distintivo é colocado na

losango cuja côr e composição manga esquerda da camisa, a

pamento, desempenhando as funções técnico-pedagógicas que o Chefe do Agrupamento lhes cometer.

- Os Caminheiros (com insí-gnia de ligação) e aspirantes a Dirigentes em serviço na Unidade participam, com voto consultivo, nas reuniões da Equipa de Ani-mação.

- A assistência religiosa e os serviços administrativos e finan-ceiros da Unidade competem ao Assistente, ao Secretário e ao Te-soureiro de Agrupamento, res-pectivamente.

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um terço da distância entre a costura do ombro e o cotovelo, medida a partir da primeira.

Os distintivos são: - Flor de Lis e Cruz de Cristo

sobre fundo vermelho, para Chefe de Agrupamento.

No entanto outros distintivos farão parte do teu uniforme e que são comuns a todos os Escuteiros:

Distintivo Mundial - "Beret"

Distintivo Regional - Lenço. Distintivo de Agrupamento -

manga direita. Finalmente tens os distintivos

que só os Pioneiros podem usar: Insígnia de Promessa (bolso

esquerdo)

Distintivo de Equipa (manga esquerda)

Noites de Campo (por cima do bolso direito)

Estrelas de Serviço (por cima do bolso esquerdo) - uso facultativo

Distintivo de Função (bolso esquerdo)

Etapas de Progresso (manga esquerda) - 2 cm abaixo do distintivo de equipa

Insígnias de Competência (manga direita) abaixo do distin-tivo do Agrupamento.

Quanto ao uniforme, poderás ver a maneira correcta de o usar no Regulamento Geral do C.N.E.

No entanto, deverás saber as razões de se usarem certas peças e também o seu simbolismo.

- Flor de Lis e Cruz de Cristosobre fundo verde, para Chefesde Unidade.

- Flor de Lis e Cruz de Jerusalém sobre fundo verme lho, para Secretário e/ou Te soureiro de Agrupamento.

- Flor de Lis e Cruz Flor deLisada sobre fundo vermelho,para Assistente de Agrupamento.

Os Chefes Adjuntos, usam um distintivo igual ao do Chefe de Agrupamento, Secção ou ao Assistente e os Instrutores usam apenas o lenço verde, sem qual-quer distintivo de função.

Estes são os distintivos de cargo dos teus Dirigentes.

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EXEMPLOS: Um Pioneiro bem unifor-

mizado usa calças compridas, saias ou calções. No entanto, em actividades deverás usar calção, porque durante uma chuvada, as calças começam a prender os movimentos, tornando-se mais pesadas e colando-se ao corpo.

Deves usar meias até aos joelhos, porque além destas te aquecerem ajudando a circula-ção sanguínea, protegem-te dos arbustos.

O lenço, além de proteger o pescoço dos raios solares, poderá ser usado como banda triangular em socorrismo, disfarces, ban-deira improvisada, etc.

A camisa, melhor que um abrigo dá liberdade à garganta e braços, e é fresca. Os Escuteiros usam as mangas da sua camisa arregaçadas, acima dos coto-velos, para uma maior liberda-

de e porque exemplifica que estão Sempre Alerta para qual-quer trabalho que surja. É pois, um símbolo exterior de dis-ponibilidade. A camisa pode ainda ser utilizada como mo-chila e com duas varas é fácil improvisar uma maca.

Preocupa-te em teres sempre o teu uniforme com os distin-tivos nos sítios correctos, para que todos os Escuteiros saibam qual o Agrupamento e Região a que pertences, bem como a tua Equipa, a tua função e o teu grau de evolução.

Subiu um dia, Moisés ao Monte casa da servidão. Não terás outro

do Sinai e Deus disse-lhe:« Eu Deus senão a mim ». sou o Senhor teu Deus, que te E ditou-lhe os Dez Manda-

libertou da terra do Egipto, da mentos. Depois deu-lhe os escritos

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1.° -Adorar a Deus e amá-lo sobre todas as coisas.

2.° -Não invocar o santo nome de Deus em vão.

3.°-Santificar os Domingos e Festas de Guarda.

4.° - Honrar pai e mãe (e os ou-tros legítimos superiores).

5.°-Não matar (nem causar outro dano, no corpo ou na alma, a si mesmo ou ao próximo).

6. - Guardar castidade nas pa-lavras e nas obras.

7.° -Não furtar (nem injusta-mente reter ou danificar os bens do próximo).

8.° -Não levantar falsos teste-munhos (nem de qualquer outromodo faltara verdade ou difamar o próximo).

9.°-Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos. 10.°- Não cobiçar as coisas alheias.

em duas tábuas de pedra para que as mostrasse a todo o povo. E todo o povo prometeu cumprir tudo o que mandava o Senhor.

Estes Dez Mandamentos encerram-se em dois que são: Amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a nós mesmos.

l.° - Existe um só Deus que criou todas as coisas. O primeiro dever do Homem consiste em dar-lhe glória, em reconhecê-lo como seu Deus e prestar-lhe o culto devido.

2.°-Manda-nos honrar o Seu santo nome. Quando rezamos o

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"Pai Nosso" pedimos que o nome de Deus seja bendito e louvado. Antes de fazermos um voto, devemos pensar bem e pedir conselho.

3.° - Neste Mandamento pres-creve-se quando devemos tributar a Deus o culto público. Diz a Bí-blia "Deus repousou no sétimo dia do trabalho realizado abençoou-o e santificou-o". Génesis 2,1-3.

4.° - Jesus ensinou-nos com o seu exemplo como devemos Honrar, Amar e Obedecer aos nossos pais. Devemos honrar os nossos pais porque, depois de Deus, devemos-lhe a vida e representam Deus.

Conta-nos Lucas que "Jesus desceu com eles (José e Maria) e foi aNazaré, e era-lhes submisso".

5.°-Apenas Deus é o Senhor da vida humana: compete aos homens respeitá-la. Não pode-mos atentar nem contra a nossa

vida nem contra a do próximo, ou pô-la em perigo. Lembra-te da ira de Deus perante o crime de Cain que matou o seu irmão Abel. 6.° - Deus deu aos nosso, primeiros pais o seguinte Man-damento: "Crescei e multiplicai--vos" e para que o pudessem cumprir dotou-os das qualidades do Corpo e da Alma. Estabele-ceu que a procriação dos filhos

se faria na união do homem e mu-lher - no matrimónio - instituído por Deus já no paraíso terrestre.

7.° - Deus destinou a terra e tudo o que ela contém para uso de todos os homens e de todos os povos, de sorte que os bens

criados devem chegar com igualdade às mãos de todos, segundo a regra da justiça, inseparável da caridade.

A justiça deve acompanhar sempre o Amor. E o Amor não deve destruir a Justiça.

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8.° - S. Paulo escreveu aos Gaiatas, dizendo: «Se vós, porém, vos mordeis e vos devorais uns aos outros, vede não vos consumais uns aos outros».

Neste Mandamento proibe--se a mentira e manda-se respeitar o bom nome do próximo.

9.° Tal como a Lei do Escuta que nos diz: «O Escuta é puro nos pensamentos, palavras e acções», assim, este Manda-mento nos manda controlar os maus pensamentos, evitar os palavrões e as asneiras, bem como os desejos pecaminosos que mancham a alma do Escuteiro.

10.° - O Décimo Mandamen-to manda-nos viver desprendi-dos dos bens materiais, ao

mesmo tempo que trabalhamos com diligência para melhorar a nossa situação actual, com o coração aberto às necessidades dos outros.

Para poder viver em socie-dade, em plena harmonia com todos, desde cedo o homem sentiu necessidade de criar

regras, leis e princípios que lhe permitissem viver em convívio salutar com os outros.

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Do mesmo modo, os Escu-teiros têm também as suas leis e princípios, pelos quais regem a sua vida, visto formarem um grupo dentro da sociedade moderna que, pelas suas carac-terísticas muito próprias, têm de ter também regras que os definam como membros de um mesmo grupo.

Assim deves saber os nossos códigos, perceber o que eles te pedem e viveres a tua vida

segundo essa mesma Lei e

1.°- A honra do Escuta inspira confiança; 2.°- O Escuta é leal;

Significa ainda comprometer-se, responsabilizar-se, cumprir com seriedade o seu dever.

Ser digno de confiança quer dizer ser Homem de uma só palavra, não fazer promessas que não possa cumprir e uma vez feitas, não as esquecer.

Significa ser pontual às reu-niões e a todo e qualquer en-contro combinado. Ser honesto, recto, sincero e franco.

2.° - O ESCUTA É LEAL : - Lealdade é fidelidade.

Serás fiel ao cumprimento da Lei, fiel aos deveres, leal aos pais, amigos, Chefes, etc. To-dos poderão confiar em ti, pois sabem que o Escuta cumpre a sua palavra.

3.° - O ESCUTA É ÚTIL E PRATICA DIARIAMENTE UMA BOA ACÇÃO : - "Chovia torrencialmente. Um jovem ca-minhava nos arredores de um

porto. De repente um grito ele-vou-se das águas escuras: uma mulher afogava-se. O jovem localizou a infeliz, atirou-se à água escura e fria, nadou, lu-tou, até conduzi-la ao cais. Os transeuntes acorreram e agru-param-se em redor da vítima do acidente. Esta recuperou os sentidos e procurou em vão o seu salvador. Tinha desapa-recido. Preferiu ficar no ano-nimato."

3.°- O Escuta é útil e pratica diariamente uma Boa Acção;

4.°- O Escuta é amigo de todos e irmão de todos o° , outros Escutas;

5.°- O Escuta é delicado e respeitador;

6.°- O Escuta protege as plan-tas e os animais;

7.°- O Escuta é obediente; 8.°- O Escuta tem sempre boa

disposição de espírito; 9.°- O Escuta é sóbrio, eco-

nómico e respeitador do bem alheio;

10.°- O Escuta é puro nos pen-samentos, nas palavras e nas acções.

l.°-A HONRA DO ESCUTA INSPIRA CONFIANÇA: - "Dar a palavra de honra" consiste em não mentir, não fa-zer nem pensar nada às escon-didas, agir sempre, quando sós, como se estivermos em público.

Princípios.

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O herói desta história foi um jovem Caminheiro que, cheio de coragem arriscou a vida tentando salvar um ser humano. Uma extraordinária Boa Acção. Mas nunca poderá haver gran-des Boas Acções se não nos prepararmos diariamente com uma pequena Boa Acção. Cada uma dessas pequeninas Boas Acções diárias é um degrau na escada da caridade.

Não se pedem coisas extraor-dinárias, mas pequenos actos que ajudem os outros e te deixem mais feliz contigo próprio. A melhor maneira de sermos felizes é fazermos felizes os outros.

As actividades Escutistas têm por finalidade preparar o Escuta para torná-lo útil ao próximo em qualquer circunstância da vida e isto sem pensar em recompensas, nem aceitá-las. Manter o ano-

nimato, como o jovem herói da história.

4.°-O ESCUTA É AMIGO DE TODOS E IRMÃO DT

TODOS OS OUTROS ESCUTAS : - A grande força internacional do Escutismo é que todos somos irmãos, sem dis-tinção de raça, cor, naciona-lidade e classe social. Todos pertencem à Grande Família Es-cutista. Sempre que encontres,

algum Escuta, mesmo que não o conheças saúda-o e prontifica--te a ajudá-lo.

Com as outras pessoas, deves ser amigo, não ofender ninguém e saber perdoar as ofensas. Há tanta guerra no mundo, sejamos os mensageiros da Paz e o mun-do tornar-se-à melhor.

5.° - O ESCUTA É DELI-CADO E RESPEITADOR: -

BADEN-POWELL diz-nos: "O Escuta é delicado para com todos, especialmente para com as mulheres, crianças, pessoas idosas, inválidas e doentes. Não receberá qualquer recompensa pelos serviços prestados".

Este artigo sugere-nos que tenhamos um carácter equili-brado, nunca brusco, nem violento. Amabilidade e deli-cadeza, simplicidade de coração e atitudes, ser compreensivo, saber colocar-se na situação dos outros e procurar o interesse, o bem e a felicidade deles.

6.° - O ESCUTA PRO-TEGE AS PLANTAS E OS

ANIMAIS: - Deus criou todas as coisas deste mundo para que o homem as governasse, admi-nistrasse, usasse, sempre que

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delas precisasse, para a sua sobrevivência, dando por meio delas Glória ao Senhor do Uni-verso. Mas o homem não sabe usufruir, abusa delas e delas dispõe como tirano e dono abso-luto, destruindo e matando, por prazer, ou maldade, prevertendo os planos de Deus.

Lembremo-nos que todos nós temos de dar contas a Deus pelo

uso das suas criaturas, por um animal que maltratamos, por uma planta que ferimos sem motivo válido.

7.° - O ESCUTA É OBE-DIENTE : - Obedece pron-tamente... sem protestar... sem insistir... sem murmurar, nem sequer mentalmente... essa é a obedência perfeita, a obediência

do Escuta. Obedecer é fazer as coisas com ordem e perfeição, é não fazer nada a meias: nem o trabalho diário, nem as Boas Acções, nem as actividades Escutistas em geral.

8.°-0 ESCUTATEM SEMPRE BOA DISPOSIÇÃO DE ESPÍRITO: - Ser sempre dono de si mesmos, ser alegre e feliz e por toda a parte encher a vida dos outros dum perfume de felicidade.

Saber dominar os senti-mentos da cólera e do aborre-cimento é uma obrigação do Escuta.

9.° - O ESCUTA É SÓ-BRIO, ECONÓMICO E RESPEITADOR DO BEM ALHEIO : - Não devo ter receio de fazer eu próprio aquilo que posso comprar, nem devo deitar fora nada que ainda se possa concertar ou utilizar. Cada objecto, por pequeno que seja, representa um valor - um prego, um alfinete, um lápis, - tudo possui uma utilidade, um valor, não só monetário, mas sobretudo o valor do trabalho de quem o fabricou- esse tra-balho devemos respeitá-lo.

Devemos ter cuidado com o que é dos outros como se fosse nosso.

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10.° - O ESCUTA É PURO NOS PENSAMENTOS, NAS PALAVRAS E NAS ACÇÕES: - O nosso corpo é o Templo da nossa Alma e como tal, deve ser respeitado - a nossa Alma é a imagem de Deus, devemos ve-nerá-la.

Ser puro é comprender os dons de Deus e render-lhe homenagem utilizando-os para o fim para que Ele nos deu.

PRINCÍPIOS DO ESCUTA

1.°- O Escuta orgulha-se da sua Fé e por ela orienta toda a sua vida.

2.°- O Escuta é filho de Portu-gal e bom cidadão.

3.°- O dever do Escuta come-ça em casa.

1.° - O ESCUTA ORGU-LHA-SE DA SUA FÉ E POR ELA ORIENTA TODA A SUA

VIDA : - Ter fé é conhecer a Deus, saber que nos podemos dirigir a Ele, com confiança e amizade, como a um Pai bondoso.

Ter Fé, não quer dizer papaguear muitas orações, mas sim estarmos convencidos de que Deus existe, que nos vê , sempre, que nos quer ajudar, que é nosso verdadeiro amigo. Por isso, devemos orientar a

nossa vida de maneira a sermos também amigos d'Ele, cum-prindo a sua vontade.

2.° - O ESCUTA É FILHO DE PORTUGAL E BOM CI-DADÃO: - Portugal tem uma lon-ga e ilustre história. Foi dos mais importantes países do mundo. Mas um país só é grande quando os seus filhos também o são.

Hoje Portugal não é dos maiores, mas sê-lo-á quando todos nos esforçamos por o valorizar, por o tornar grande. E o Escuta é dos primeiros a levantar Portugal! É dos pri-meiros na obediência aos go-vernantes e dos primeiros a valorizar-se para assim valorizar Portugal.

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3.° - O DEVER DO ESCU-TA COMEÇA EM CASA : -

Parece-te que possa ser bom Escuta aquele que desobedece aos pais, trata mal os irmãos, não estuda nem trabalha?

Pouco vale sermos bons para os outros, se somos maus para com os nossos. O nosso dever começa com aqueles que nos rodeiam.

NÓ DIREITO

- É o nó que serve para ligar duas cordas da mesma bitola (grossura). É também o melhor

nó para atacar os sapatos. Se o fizeres bem feito, os ataca-dores nunca andarão desata-cados.

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- É o nó com que os bar-queiros atam uma corda a um mastro ou os agricultores a per-na do porco quando o levam para a feira ou para o matadouro.

Serve para amarrar uma corda a um tronco e é muito útil num acampamento. Consiste, todo ele, em dar duas voltas ao tron-co de modo que a ponta fique trilhada. E quanto mais se puxa mais aperta. Como podes vir a

saber há duas maneiras de o fazer. A primeira para usar num tronco de árvore; a segunda para enfiar numa estaca.

- É, como o nome indica, o nó usado pelos tecelões e usa-se para ligar duas cordas de gros-sura diferente. É também usado para fazer rede para pesca ou para o «voley». É fácil de fazer. Dobras a ponta da corda mais grossa que seguras com a mão esquerda. Pegando com a direi-

ta na ponta mais fina enfias na argola formada com a corda grossa, pelo lado de baixo, circulas a corda grossa e vens trilhar a ponta menor, como podes ver no desenho. Repara

que a corda não mexe. Só a mais fina faz o nó.

NÓ DE PEDREIRO

- Usado para segurar a ex-tremidade de uma corda a uma estaca ou árvore e também para começo do botão em cruz. Quanto mais se puxa mais firme se torna o nó (mas fica sempre fácil de se desfazer). Tudo

consiste em voltar a extremi-dade para trás e enrolá-la á volta

da corda principal. Vê o dese-nho. Este nó é muito útil para rebocar ou içar troncos.

NÓ DE CORRER

- É um nó que aperta cada vez mais, à medida que se puxa. É bom, por exemplo para aper-tar um feixe de lenha miúda ou um molho de palha.

Faz-se uma alça numa das pontas por onde depois se vai enfiar a outra ponta.

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Denomina-se Grupo Pioneiro a Unidade formada pelas Equipas dePioneiros e Equipa de Animação.

- Os Pioneiros organizam-se em Equipas de 5 a 8 elementos.

- Cada Grupo de Pioneiros tem de duas a cinco Equipas.

- As Equipas podem ser mistas, caso estejam reunidas condições para tal.

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- Cada Equipa é efectiva-mente dirigida por um Guia de Equipa, escolhido pelos seus membros, com a aprovação do Chefe de Grupo, que deve pro-movera sua nomeação em Ordem de Serviço de Agrupamento.

- Para o coadjuvar e substi-tuir no seu impedimento, o Guia de Equipa designa um Sub-Guia de Equipa.

-Quando conveniente, pode o Chefe de Grupo designar, de entre os Guias de Equipa, um Guia de Grupo Pioneiro, que acumula as duas funções.

- Cada Equipa designa-se pelo nome de um animal ou pessoa célebre, cuja silhueta, figura na insígnia respectiva e cujas cores distinguem os seus membros.

- Cada Equipa adopta um grito e uma divisa.

- O grito da Equipa só pode ser usado pelos seus membros e serve como sinal de reunião ou acla-mação.

- O Conselho de Guias é composto pela Equipa de Ani mação: Chefe, Adjunto, Ins trutores e pelos Guias e Sub- -Guias das Equipas.

- Os Guias têm voto deli-berativo; os Sub-Guias, voto consultivo, salvo quando subs-tituam os respectivos Guias.

- O Chefe de Grupo tem direito de veto, mas só o deve utilizar em caso de estrita necessidade motivada por gra-

ves razões de ordem moral ou pedagógica.

- O Conselho de Guias de-libera sobre todos os interesses de caracter geral para o Grupo, como: Gestão; Disciplina; For-mação; Projectos; Programa-ção; Etc.

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-As deliberações do Con-selho de Guias são registadas em livro próprio e mantidas secretas.

- Os cargos da Equipa são: Guia, Sub-Guia, Repórter/Se-cretário, Guia da Região, Res-ponsável do material, Chefe de

cozinha, Relações públicas, Animador, Socorrista.

- O Patrono da Secção é S. João de Brito.

- A Sede dos Pioneiros è chamada de Abrigo.

- As Actividades da Secção designam-se por: Empreendi-mentos.

O Pioneiro é, por definição, alguém que aceita a insegurança como condição de vida, o risco como desafio, a busca de novos rumos como pista a percorrer, o

desbravar de áreas ignoradas como objecto do seu empenhamento.

Eis toda uma dimensão de ideal capaz de alimentar o imaginário das actividades da III Secção.

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à partida, as mais variadas, o apelo é constante por um apro-fundamento e rectificação cada vez maior do porquê deste es-forço, o que resultará em per-sonalidades fortes, capazes de enfrentar toda a sorte de pro-blemas.

São seu timbre:

- Segurança pessoal - Cooperação - Solidariedade - Justiça

- Espírito comunitário -Capacidade de organização - Realização consequente

IDENTIFICAÇÃO DO PIONEIRO

Na procura:

O Pioneiro, ao deixar a sua terra, procura uma nova forma de vida.

No Escutismo, o Pioneiro, tendo deixado de ser criança, procura ser diferente, novo.

Quer um mundo novo, uma sociedade nova.

Na descoberta:

À medida que vai superando dúvidas, incertezas e perigos, o Pioneiro vai também descobrindo novas situações e novas verdades.

No Escutismo, o Pioneiro é incentivado à descoberta de si próprio.

Se a descoberta é, por vezes, fruto do acaso, ela é, na maior parte das vezes, o resultado de um sério esforço, misto de

ousadia e aventura, norteada pela vontade de aprender e de vencer.

O Pioneiro descobre que pensa, que raciocina, que tem capacidade de querer e de decidir.

O Pioneiro descobre e experimenta a liberdade res-ponsável. Descobre que é pessoa.

Na acção:

Os pioneiros desempenha-ram um papel fundamental na

Se as motivações podem ser,

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criação e desenvolvimento de novos espaços, na construção de um novo mundo, para uma vida melhor.

No Escutismo, os Pioneiros são elementos activos na evo-lução/transformação da sua pró-pria personalidade, elemento indispensável na construção duma sociedade renovada, no respeito das características, complexas mas específicas, desta idade como: arrojados, apaixonados, dedicados e ávi-dos de perfeição.

Simbologia:

- Rosa dos ventos - Gota de água - Machada

Por tudo o que ficou dito a sim-bologia dos Pioneiros, assenta em três imagens relevantes:

1,° - A Rosa dos ventos -

Significa a busca, o percorrer novos rumos, a procura do ca-minho para ser feliz.

2.° - A Gota de água -

Simboliza a pureza e a sen-sibilidade. A água ajudou a descoberta do mundo aos Pioneiros.

3.°-A Machada - É o gosto de construir e transformar, deixar obra feita. É a construção do mundo novo e simultanea-mente da sua própria persona-lidade.

Dos distintivos próprios da tua nova Secção, somente existem três que são exclusivos:

DISTINTIVO DE EQUIPA

Este distintivo tem a forma

triangular com 4 cm de lado, os cantos arredondados, tendo a silhueta do animal-totem/pessoa ao centro e as cores convencio-nais dispostas em duas faixas horizontais. É usado na manga

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esquerda da camisa, junto à costura do ombro.

DISTINTIVOS DE PROGRESSO

São circulares possuindo a côr base da Secção, azul, possuindo também um anel de côr bronze, prata ou ouro, consuante o grau de progressão.

1." Etapa de Progresso -

Bronze/Autonomia

2." Etapa de Progresso -

Prata/Responsabilidade

3." Etapa de Progresso -

Ouro/Animação

São usados dois centímetros abaixo do distintivo de Equipa.

INSÍGNIAS DE COMPETÊNCIA

São usadas na manga da camis do lado direito abaixo da insígnia do Agrupamento. Estas estão di-vididas em sete áreas (cores do arco-íris), tendo como objectivo final alcançar uma de cada côr que dará lugar à conquista da insígnia de "MÉRITO".

Já deves ter notado que a vivência da Equipa em que estás integrado, tem muito a ver com o totem escolhido da mesma.

Nela todos os elementos têm um cargo específico, pois só assim é possível que todas as tarefas sejam realizadas, sem que haja atropelos.

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Propõe assim a definição de um cargo para ti, de modo a que sejas útil ao conjunto, e desem-penha-o o melhor que souberes. Se tiveres dificuldade não tenhas vergonha de solicitar ajuda, pois só assim poderás "crescer".

Procura pois impregnar-te do espírito reinante da Equipa, para que não sejas mais um elemen-to, mas sim um DELES.

Deseja-se que durante este espaço de tempo, possas par-ticipar com a tua Equipa, num Empreendimento do Grupo. Assim estarás presente em todas as suas fases, começando por

criarem um projecto, proceder à escolha do melhor no Conselho do Grupo e depois toda a sua preparação, onde decerto terás um papel importante a de-sempenhar.

Depois do Empreendimento, terás também uma palavra na sua avaliação: o que gostaste mais, o que não gostaste, o que foi interessante...

Por fim, com todo o teu Gru-po estarás na festa, primeiro com Jesus para agradecer aqueles momentos e depois em comu-nhão com os outros Pioneiros que partilharam com alegria nas aventuras que ocorreram.

Todos os Pioneiros devem praticar uma Boa Acção diária.

Já a nossa "Lei" assim o determina.

Para além da Boa Acção individual, é necessário que a Equipa ou o Grupo, desen-volvam um trabalho de AJUDA

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AOS OUTROS, pois só somos verdadeiramente felizes quando todos os que nos rodeiam são também felizes.

Neste princípio, deverás co-laborar no levantamento de necessidades dos mais des-favorecidos da tua zona ou região, para que depois possais responder efectivamente ao pretendido.

Não é necessário que arran-jes ou disponibilizes grandes quantias em dinheiro.

É por vezes mais importante uma mão amiga e um bom ouvinte do que "rios de notas".

Poderás participar numa pintura de uma casa, no arranjo de um terreno ou em tantas ou-tras coisas.

O que interessa é que con-tribuas de alguma forma para que alguém possa ter mais al-guns momentos de felicidade.

Deixamos aqui umas palavras do nosso Fundador sobre isso:

«Não se contentem com tentar lutar contra os maus hábitos. E preciso que sejam úteis e bon? Quando lhes digo para serem bons, entendo por isso prestar pequenos serviços uns aos outros, sejam estes conhecidos ou não. Não custa nada, e o melhor meio é decidirem-se a fazer, pelo menos, uma Boa Acção em cada dia. Habituar-se-ão deste modo a prestar sempre Bons Serviços».

B.P.

Concluindo podemos afirmar que a ideia da Boa Acção existe e existiu semprenosjovens, porqu' são sempre cheios de energia, ge-nerosidade, espírito de iniciativa e de amizade, cheios de alegria para com os seus semelhantes, qualidades que, passando da for-ça de acção, se tornam Boas Acções, quando se apresenta a ocasião.

Não te vamos aqui dar exemplos de actividades típicas da tua Secção, já que conforme o local em que está situado o teu Agrupamento, o tipicismo das

actividades pode variar. Vamos sim dar-te a estrutura

padrão que deverão ter as acti-vidades que irás realizar.

Vamos a isso.

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PLANO:

Nenhuma actividade deve aparecer por acaso. Ela deverá fazer parte do Plano Geral da tua Unidade, para que assim possa haver um desenvolvi-mento harmonioso do Grupo Pioneiro.

EMPREENDIMENTO : (meio de revelação eficaz das capacidades)

Empreender é AVENTURA, ARROJO, CAPACIDADE DE CRIAR, PROJECTAR, ESTU-DAR, EXECUTAR, logo incita à CRIATIVIDADE, IMAGINA-ÇÃO, DESCOBERTA, EXPE-RIÊNCIA.

Para a sua realização, sobres-saem AJUDA e COMPRE-ENSÃO, SOLIDARIEDADE e PARTILHA, TESTEMUNHO, PROGRESSO e VIVÊNCIA DA LEI.

FASES DO EMPREENDI-MENTO :

1." fase-ESCOLHA

- Concepção em EQUIPA - Apresentação - EscolhaemCONSELHO

DE GRUPO

Concepção :

As diversas Equipas reú-nem-se em separado e decidem sobre que ante-projecto irão apresentar ao Grupo.

Para este, deverão ter em conta:

- A sua realização por quem vai ser feita (todo o Gru-po ou as Equipas em se-parado).

-A atraência do mesmo, de modo a entusiasmar quem o vai escolher.

-Argumentação necessária à sua defesa.

-Elaboração de um organi-grama, onde esteja defe-nido:

• Que Empreendimento ? • Quando ? • Onde ? • Como vai ser realizado ?

-Estabelecimento da dura-ção das diferentes fases. -Recursos necessários.

Depois vem a sua apre-sentação ao Grupo, que poderá

ser feito através de cartaz, dia-porama ou de outra forma qual-quer. O que tem é de ser bem apresentado, para que todos percebam qual a ideia.

Após a eleição, o Empreendi-mento escolhido é o único para todo o Grupo.

2.ª fase - PREPARAÇÃO

Esta é uma fase importante, pois é nela que o Empre-endimento vai ser enriquecido e

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se vão escolher todos os recur-sos necessários, para o seu desenvolvimento. Tarefas, Co-missões, Atelieres,... tudo vai acontecer.

3/ fase - REALIZAÇÃO

Aqui e agora é hora da aventura, do divertimento, da acção, sendo necessário que antes tenham sido verificados todos os materiais necessários, para que nada falte e possa impedir o bom desenrolar das actividades.

Antes da partida para o Empreendimento, a actividade já começou em cada elemento participante, pelo que o em-penhamento de todos, mas mesmo de todos, é necessário.

4.a fase - AVALIAÇÃO/ CELEBRAÇÃO

Depois de todo o esforço empregue na realização da. diversas actividades, e como o seu desenvolvimento foi o desejado, vamos festejar e pôr em comum as experiências vividas, os conhecimentos adquiridos, tudo aquilo que acharmos de interesse para os outros.

Mais tarde, calmamente vamos fazer a avaliação da actividade, tanto a nível indi-vidual, como de Equipa como do Grupo, pois que sem est? não se poderão detectar pe-quenas falhas que houveram, de maneira a que os próximos EMPREENDIMENTOS, pos-sam ser melhores.

Findo este, novo vai come-çar... é sempre assim.

S. João de Brito era natural de Lisboa, onde nasceu a 1 de Março de 1647, filho de Sal-vador Pereira de Brito e D.

Brites Pereira. Muito menino ainda, perdeu o pai, que alguns anos depois da restauração de 1640 fora mandado por

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D. João IV governar o Brasil, onde faleceu.

D. Brites Pereira, consa-grou-se totalmente aos três fi-lhos que o marido lhe deixara. João, o mais novo, foi educado na corte entre pagens do Infante D. Pedro. Já desde essa tenra idade começou a cultivar dese-jos de vida mais perfeita, abri-gando aspirações de completo sacrifício e imolação a Deus.

Assaltou-o nessa ocasião uma gravíssima doença. Chegaram os médicos a perder a esperança de lhe salvar a vida; menos a sua piedosa mãe. D. Brites fez promessa a S. Francisco Xavier que, se o filho recuperasse saúde, traria vestido durante um ano inteiro a roupeta da Com-panhia. Tendo ficado curado e trajando a humilde batina negra, acompanhava o Infante D. Pedro. Começou a ser conhecido pelo

nome de Apostolinho, alusão ao nome glorioso de Apóstolos, com que em Portugal eram conhecidos os membros da Companhia de Jesus.

Aos 14 anos, apresentou-se na casa professa de S. Roque a solicitar ser admitido entre os noviços.

A 17 de Dezembro de 1662 transpunha finalmente João de Brito os umbrais da casa do noviciado de Lisboa. Dis-tinguiu-se muito pela piedade e observância religiosa.

Uma ideia o dominava e absorvia, conquistar almas para Jesus Cristo e sacrificar-se -exemplo de S. Francisco Xavier na envagelização da índia.

Em Março de 1673, João de Brito, ordenado sacerdote pou-co tempo antes, podia enfim sair de Lisboa, em companhia de missionários.

Nas costas da Guiné houve grande número de enfemérides e apesar de muito abatido, João de Brito prodigalizou aos en-fermos socorros espirituais e temporais.

Em Goa terminou os estudos de teologia. Em Abril de 1674 partia para o colégio de Amba-lacate, para se preparar no Sul de índia com o estudo das lín-guas nativas.

Destinaram-no os superiores para a missão do Madure, que oferecia especiais dificuldades de envagelização, tanto por cau-sa do clima ardente, das viagens através de areais, de pântanos, de bosques e de serras aspér-rimas, como principalmente pela condição dos hindus e pelas suas ideias a respeito dos europeus.

A caridade de Cristo ensinou, porém, aos missionários a ma-neira de vencer estas difi-

culdades. Conservando em tu-do a pureza da doutrina cristã, procurou moldar-se ao carácter dos hindus, adoptando os trajes, os costumes e o modo de viver dos brâmanes saniássis, espécie de religiosos letrados.

Nesta carreira o seu alimento era arroz, legumes, algumas ervas e leite, sem jamais tocar em carne ou peixe. Dormia so-

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bre a terra nua ou, quando muito, sobre uma pele de tigre esten-dida no chão. O calçado redu-zia-se a uma espécie de sola de madeira, presa ao pé com um botão. Os vestidos eram muito pobres. Tal foi o modo de vida, constantemente observado du-rante treze anos consecutivos.

Quando se dirigia para as províncias do Norte, em com-panhia de alguns catequistas, encontrou-se com o comandante das tropas do Maravá. Preso, juntamente com os catequistas, fê-los o comandante açoitar, cruelmente querendo obrigá-los a invocar um Deus dizendo Xivá, Xivá.

Depois levaram-nos a uma fortaleza, e aí quiseram outra vez obrigá-los a dizer Xivá, Xivá; em caso contrário, con-dená-los-iam à morte, o que de facto aconteceu.

Mais tarde conduziram João de Brito a um lugar onde havia uma grande pedra com muitas pontas agudas, e sobre a qual dardejava o sol o dia inteire Nela o deitaram e sobre ela o arrastaram, até que, por fim cansados, o abandonaram com o corpo em chaga viva.

No fim de 18 dias foi inti-mada ao Padre a sentença em que o rei o condenava; a ser morto e espetado, depois de lhe cortarem os pés e as mãos.

No entanto e sem dar ouvidos às queixas do general e dos brâmanes o príncipe, pediu que J. Brito lhe expusesse a dou trina que explicava aos discí-pulos. Ficou tão espantado com o que ouviu, que não pôde dei-xar de confessar que a lei dos cristãos era justa e santa e mandou restituir à liberdade o missionário e os cristãos.

Pouco tempo depois, uma carta do Pe. Provincial Manuel Rodrigues chamava-o à costa da Pescaria onde recebeu ordem de voltar à Europa, afim de em Lisboa e Roma tratar negócios para o bem das cristandades. A 8 de Setembro de 1688 entrava em Lisboa.

Algum tempo depois regressa de novo à índia e encontra-se de novo envangelizado entre os povos do Maravá onde baptizava grande número de pessoas.

Foi esta conversão a causa da morte do nosso S. João de Brito. Antes de receber o sa-grado baptismo, o neófito que-brou generosamente os laços da poligamia. Entre as mulheres repudiadas contava-se uma so-brinha do rei do Maravá. Sob o pretexto de vingar sua sobrinha e não se atrevendo a descarregar ira sobre o esforçado príncipe,

voltou-se contra o Saniássis europeu. Mandou, pois, sa-quear as igrejas dos cristãos e trazer à sua presença o missionário. Correm os mi-nistros à povoação de Muni e sai-lhes ao encontro o Padre João de Brito.

Poucos dias depois dava entrada nos cárceres do Maravá em companhia de alguns cristãos. Pouco depois, assistindo o Padre ao in-terrogatório de dois dos cristãos presos advertiu ao bárbaro que, se era crime aqueles jovens serem cristãos, ele era o culpado desse crime e ali mesmo teve para ser morto a tiros de arcabuz. Temendo algum motim do povo, apartou o missionário da companhia dos outros cristãos e mandou-o a um seu irmão para que o degolasse.

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Foi a sentença executada a 4 de Fevereiro de 1693, perto de Urgur, sobre um outeiro.

Chegado ao lugar do martí-rio, ajoelhou-se o missionário para se encomendar pela última vez a Deus, no meio do silêncio da multidão atónita. Vacila o ver-dugo ao aproximar-se. Nesse momento os circunstantes viram assombrados o Santo Mártir, levantar-se e, abraçando-se ao algoz, dizer-lhe: «Amigo, da minha parte cumpri o meu dever; tu, cumpre a ordem que te foi dada». De joelhos em terra es-pera o golpe. Aparta-lhe o bár-baro os vestidos, mas, ao notar o relicário que lhe pendia ao peito, invade-o o terror, julgando ver algum encantamento ou sorti-légio. Retrocendo um pouco, corta dum golpe o cordão, abrindo larga ferida no ombro e peito do Mártir; com segundo e

terceiro golpe lhe desprende inteiramente a cabeça do tronco. Decepadas em seguida também as mãos e os pés, o tronco juntamente com a cabeça fo ram atados a um poste, levan-tado no mesmo sítio em que o Mártir estivera em oração.

Na noite de 4 para 5 de Fevereiro e nos dias seguintes, pairou sobre o poste uma luz misteriosa, tendo uma grande parte do seu corpo sido tragado pelas feras.

Algumas relíquias, que a piedade dos cristãos pôde ainda salvar, foram depois conduzi-das para Goa e honorificamente guardadas no Colégio de S. Paulo.

Pio IX inscreveu João de Bri-to no catálogo dos Bem-aven-turados a 17 de Fevereiro de 1852, e Pio XII canonizou-o a 22 de Junho de 1947.

COMPROMISSO

Exemplo de um possível compromisso de um noviço:

Chefe - Eis que chegais ao início duma nova Pista.

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Até aqui éreis uma esperança. A partir de agora sois quase uma certeza. A côr que ides usar simboliza a imensidão dos céus e dos oceanos. Isso significa que o vosso Escutismo deverá ser de nível mais elevado, de horizontes mais amplos, verdadeiro estilo de vida em cada dia que passa.

Não será difícil, se respei-tardes a LEI DO ESCUTA em todas as circunstâncias, vivendo com lealdade, com alegria, com espírito de obediência, amando e respeitando os OUTROS. Se estiverdes atentos muito podereis aprender- sobretudo que a vida é um dom que Deus nos entregou para o utilizarmos na construção de um mundo melhor.

Neste sentido, gostaria que me dissésseis:

- Estais dispostos a dar testemunho de Amizade dentro do nosso Grupo de Pioneiros?

Chefe:

- Estais disposto a dar testemunho de alegria, para que o mundo saiba que ser Cristão é ser alegre, generoso e bom ?

Noviço:

- Sim, Chefe.

Chefe: (dirigindo-se ao Grupo) - Aceitais no nosso Grupo

estes novos companheiros ?

Todos: - Sim, aceitamos !

Chefe: - Com estas disposições vai

ser-vos concedida uma (nova) insígnia e aceite, ou renovada a vossa Promessa.

FÓRMULA DA PROMESSA

Cada candidato faz a meia--saudação e estende o braço esquerdo dizendo, em seguida,

a fórmula da Promessa do Escuta.

Prometo pela minha honra e com a graça de Deus, fazer todo o possível por:

Cumprir os meus deveres para com Deus, a Igreja e a Pátria;

Auxiliar os meus semelhantes em todas as circunstâncias;

Obedecer à Lei do Escuta.

Noviço:

- Sim, Chefe.

Chefe:

- Estais dispostos a dartestemunho de Amizade paracom os OUTROS, mesmo forado nosso Grupo, vivendointensamente o ideal de ajudafraterna ?

Noviço:

- Sim, Chefe.

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