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3. ISBN 978-85-02-21911-3 Sabbag, Eduardo Manual de direito
tributrio / Eduardo Sabbag 6. ed. So Paulo: Saraiva, 2014.
Bibliografia. 1. Direito tributrio 2. Direito tributrio Brasil I.
Ttulo CDU 34:336.2 (81) ndices para catlogo sistemtico: 1. Direito
tributrio 34:336.2 (81) Diretor editorial Luiz Roberto Curia
Gerente editorial Thais de Camargo Rodrigues Assistente editorial
Sirlene Miranda de Sales Produtora editorial Clarissa Boraschi
Maria Produtor multimdia William Paiva Arte e diagramao Know how
Editorial Reviso Equipe Eduardo Sabbag Servios editoriais Camila
Artioli Loureiro, Elaine Cristina da Silva, Surane Vellenich e
Tatiana dos Santos Romo Capa IDE arte e comunicao Produo eletrnica
Know-how Editorial Data de fechamento da edio: 26-11-2013 Dvidas?
Acesse www.editorasaraiva.com.br/direito Nenhuma parte desta
publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a
prvia autorizao da Editora Saraiva. A violao dos direitos autorais
crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do
Cdigo Penal.
4. Dedico esta obra Dina, esposa e companheira, que compartilha
comigo os tantos momentos de felicidade de nossa vida em comum.
Dedico, tambm, Jamile e Rania, frutos do nosso amor, que tornam
nossas vidas mais cheias de sentido.
5. AGRADECIMENTOS Muitos apoiaram a feitura desta obra; outros
tantos incentivaram-na; vrios compartilharam as horas de trabalho;
todos torceram pelo sucesso. Deixo registrados meus sinceros
agradecimentos aos que, de perto ou no, deram sua real contribuio
para que o Manual acontecesse. De mais a mais, registro o meu muito
obrigado, em especial: aos dedicados pesquisadores e monitores da
Equipe, pelas incontveis horas de dedicao: Camila, Christian,
Gustavo, Juliana, Michel, Michele, Rina, Samir e Tiago; s minhas
secretrias, Junia e Patrcia, pela competncia e amizade; minha
assistente, Paula, pelo valioso auxlio e comprometimento; s exmias
produtoras editoriais Roseli e Juliana, pelo profissionalismo, e a
toda a equipe Know-how; aos caros amigos, Jnatas e Lgia, pela
competncia e apoio irrestritos; ao estimado Luiz Roberto (Saraiva),
pela amizade e, sobretudo, pela idealizao do projeto, desde seu
nascedouro, e pela confiana nele, at o seu encerramento; aos meus
queridos pais e irmos, pelo apoio incondicional; e, acima de tudo,
a Deus, que me d sade e coragem para escrever. So Paulo, novembro
de 2013. Eduardo de Moraes Sabbag
6. NOTA DO AUTOR SEXTA EDIO com imensa alegria que chegamos, em
2014, a esta sexta edio do Manual de direito tributrio. A obra vem
se destacando por superar, ano a ano, o sucesso da edio precedente,
com o aumento do seu alcance entre os concursandos, estudantes de
graduao e ps-graduao e operadores do Direito em geral.
Impressionou-nos, mais uma vez, o fato de a obra continuar mantendo
a sua liderana no segmento editorial, afeto ao Direito Tributrio,
permanecendo entre os livros de Direito mais vendidos do Pas. Tal
fato nos enche de orgulho e faz com que o nosso empenho na melhoria
do material seja cada vez maior. Nesta edio, procedemos correo de
pequenas e naturais falhas da edio anterior e mantivemos as
caractersticas tcnicas, didticas e de contedo que qualificam o
livro. Como destaque, inserimos o captulo dedicado Imunidade
musical, luz da novel EC 75/2013. Ademais, atualizamos
detalhadamente a obra com a jurisprudncia (e smulas) do STF e STJ,
at a data de finalizao dos trabalhos desta edio (nov. 2013),
permitindo ao nobre leitor uma afinada sintonia entre a doutrina e
a produo mais recente dos Tribunais Superiores. A ttulo de exemplo,
tratamos, nesta 6 edio, dos seguintes temas atuais e retumbantes:
Progressividade do ITCMD (STF, fev. 2013); ICMS e o fornecimento de
gua encanada (STF, abr. 2013); Imunidade tributria e o imvel vago,
sem edificao (STF, mar. 2013); Imunidade recproca e a Casa da Moeda
do Brasil (STF, jun. 2013); Imunidade recproca e a Companhia de
Saneamento de Alagoas (CASAL) (STF, out. 2013); entre vrios outros.
Alm disso, trouxemos temas que complementaram a obra, tais como:
Imunidade de imprensa e o princpio da no cumulatividade no insumo
(papel); Contribuio de melhoria e a desapropriao; No incidncia do
ICMS no caso da mera consignao de veculos por agncia de automveis;
taxa de calamento; entre outros. Desse modo, a presente edio
ratifica o nosso propsito de ensinar a doutrina e a jurisprudncia
de maneira didtica, sem renunciar ao aprofundamento terico,
ofertando, ainda, uma quantidade bastante significativa de testes
de concursos pblicos (cerca de 2.300 itens de concursos, realizados
por mais de 80 bancas examinadoras).
7. Estamos muito confiantes nesta sexta edio do Manual de
direito tributrio. Certamente, o seu denso contedo, balizado no
infalvel trip doutrina-jurisprudncia- testes, ser bastante til a
todos. Boa sorte e bons estudos! So os meus sinceros votos e de
minha Equipe! So Paulo, dezembro de 2013. Eduardo de Moraes Sabbag
www.professorsabbag.com.br www.facebook.com/professorsabbag
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8. NOTA DO AUTOR PRIMEIRA EDIO A obra Manual de direito
tributrio produto de enriquecedores anos de magistrio na preparao
de candidatos s provas de concursos pblicos que exigem a disciplina
jurdica. Desde 1997, tenho me dedicado ao ensino do Direito
Tributrio em cursos preparatrios, em cursos de especializao e em
palestras por todo o Brasil, com o propsito de difundir a
disciplina, de uma forma suave e prazerosa, o que tem sido
considerado nossa marca registrada no modo de lecionar. Diante
dessa enriquecedora experincia docente, pude haurir a idealizao de
um compndio que conseguisse reproduzir, com clareza e dinamismo,
sem embargo da profundidade dogmtica, a mensagem verbal transmitida
dia a dia em sala de aula. Coube-me, assim, idealizar este Manual
mais abrangente e profundo , depois do sucesso alcanado, em pouco
mais de 4 anos, nas 11 edies de minha obra inaugural Elementos de
direito tributrio. O Manual de direito tributrio desenvolve-se na
trilha de um desafiador propsito: explicar o Direito Tributrio a
partir da viso doutrinria, sem descurar da anlise jurisprudencial,
de ontem e de hoje, permitindo que o estudioso entenda, de fato, o
Direito em sua linha de produo, por meio de uma linguagem sinttica
e democraticamente endereada a todos os leitores. Alm disso, o
propsito-desafio se estende forma de explanao dos temas, com
pontuais referncias a testes de concursos pblicos, a fim de que o
leitor possa se sentir confiante acerca daquilo que tem sido
solicitado nos exames, quer da rea jurdica (Magistratura,
Procuradoria, Defensoria etc.), quer da rea fiscal (Receita Federal
do Brasil, Tribunal de Contas, Secretaria da Fazenda etc.). A
propsito, os testes escolhidos foram exaustivamente pesquisados em
cadernos de provas, realizadas pelas principais Bancas Examinadoras
(Cespe, Esaf, FCC, Vunesp, FGV, UFRJ, entre outras), nos ltimos dez
anos (ou mais), permitindo que o leitor se inteire,
verdadeiramente, do nvel de exigncia nos mais variados certames.
Fugindo ao convencional, importa destacar que, para a apresentao
dos testes, adotei um modelo prprio e propositadamente adaptado ,
para bem situ-los na matria versada. Em outras palavras, o leitor
ser a eles atrado pela via da curiosidade
9. ou sobre o seu contedo, ou acerca da original esttica da
apresentao. Quanto ao contedo, o leitor notar que a reproduo do
teste vem em formato peculiar, sendo reduzido ao esquema de item,
aprecivel como correto ou incorreto. Nessa medida, todos os testes
pesquisados foram adaptados seguinte estrutura frasal: [Note o item
considerado (in)correto, em prova realizada pelo (Instituio), para
o cargo de (cargo), em (data)]. Quanto ao plano esttico da
apresentao dos itens, ver o leitor que o acesso a eles ser feito de
forma visualmente convidativa, por meio de links laterais ao texto,
com precisas inseres no contexto apresentado. Resumidamente, em uma
pgina, ter o leitor acesso a trs nveis de leitura: a doutrinria, a
jurisprudencial e aquela pragmtica, necessria ao concursando. Alis,
este poder, se o quiser, ler o texto sem os exerccios ou, ainda,
confrontando estes com aquele , ou, qui, somente proceder feitura
dos exerccios, a ttulo de reviso para provas, uma vez que a
disposio favorece os nveis de leitura e propsitos do leitor. Ainda
com relao apresentao das pginas, ressalto que os rodaps se ocupam
apenas das citaes bibliogrficas centenas, por sinal, procurando-se
homenagear os estudiosos de Direito Tributrio , o que evita o
estudo por meio de remisso. Procurei remeter todas as observaes que
ali poderiam estar inseridas ao corpo do texto, tornando o estudo
mais gil e objetivo. No que tange distribuio dos captulos, a obra
se inicia com a anlise do Direito Tributrio na Constituio Federal,
prosseguindo com o estudo do Direito Tributrio no Cdigo Tributrio
Nacional. Ademais, o trabalho rene dispositivos da Constituio
Federal e do Cdigo Tributrio Nacional, evitando que o leitor tenha
de buscar os comandos normativos em obras distintas, o que lhe
confere organizao no ato sublime de estudar. Ainda, para fins
didticos, ter o leitor, no Apndice desta obra, contato com Linha do
Tempo, quadro resumo concebido com o intuito de sistematizar a
assimilao da relao jurdico-tributria. H, tambm, trs captulos
intitulados Impostos em Espcie, que trazem uma viso resumida dos
impostos e destinam-se tanto aos candidatos a concursos que exijam
o conhecimento de tais gravames como queles leitores que deles
possam prescindir, servindo-lhes como leitura complementar. Alm
disso, por ter sido elaborada conforme os programas bsicos
institudos nas faculdades de Direito, a presente obra apresenta-se
compatvel com as exigncias dos estudantes e profissionais
militantes na rea do Direito Tributrio e perfeitamente adaptvel s
exigncias didticas dos cursos de graduao, ps-graduao e outros. A
obra, a par de sua proposta original, tem a pretenso de habilitar o
leitor ao enfrentamento dos concursos mais intrincados do Pas, que
requeiram o texto de lei, nas mincias, e a interpretao dele, na
viso crtica, da qual, alis, no me furto quando procuro emitir
opinio sobre vrios temas oscilantes. Por derradeiro, escuso-me
pelas imperfeies naturais deste trabalho motivador, esperando haver
oferecido o conhecimento das premissas elementares da seara
tributria, bem como uma viso sobre os concursos pblicos, capazes de
conferir ao estudioso o xito pretendido no seu propsito.
10. Encerro esta nota agradecendo quaisquer observaes e correes
que aprouverem ao leitor colaborador e amigo, a fim de que
aprimoremos os apontamentos aqui expendidos. So Paulo, fevereiro de
2009. Eduardo de Moraes Sabbag
11. ABREVIATURAS ADIn = Ao Direta de Inconstitucionalidade Art.
= Artigo CC = Cdigo Civil CDA = Certido de Dvida Ativa Cespe =
Centro de Seleo e de Promoo de Eventos CF = Constituio Federal Cit.
= citada CP = Cdigo Penal CPC = Cdigo de Processo Civil CPP = Cdigo
de Processo Penal CR = Constituio da Repblica CT = Crdito Tributrio
CTN = Cdigo Tributrio Nacional DA = Dvida Ativa DF = Distrito
Federal DJU = Dirio da Justia da Unio DO = Dirio Oficial e. g. =
exempli gratia (expresso latina que significa por exemplo) EC =
Emenda Constitucional EF = Execuo Fiscal Esaf = Escola Superior de
Administrao Fazendria FCC = Fundao Carlos Chagas FG = Fato Gerador
HI = Hiptese de Incidncia i. e. = id est (expresso latina que
significa isto ) INSS = Instituto Nacional do Seguro Nacional j. =
julgado LC = Lei Complementar
12. LEF = Lei de Execuo Fiscal LINDB = Lei de Introduo s Normas
do Direito Brasileiro Min. = Ministro MP = Medida Provisria MS =
Mandado de Segurana n. = nmero(s) OT = Obrigao Tributria p. = pgina
PEC = Proposta de Emenda Constitucional pp. = pginas p. ex. = por
exemplo Rel. = Relator STF = Supremo Tribunal Federal STJ =
Superior Tribunal de Justia TRF = Tribunal Regional Federal V. =
vide v. g. = verbi gratia (expresso latina que significa por
exemplo) Vunesp = Organizadora de Concursos Pblicos e Vestibulares
da Unesp (Universidade Estadual de So Paulo)
13. SUMRIO Agradecimentos Nota do autor sexta edio Nota do
autor primeira edio Abreviaturas 1 INTRODUO 1 Consideraes iniciais
1.1 O Direito Tributrio e seu conceito 1.2 O Direito Tributrio e as
receitas pblicas 1.3 O Direito Tributrio e sua natureza: direito
pblico, obrigacional e comum 1.4 O Direito Tributrio e sua
autonomia I. O Direito Tributrio e o Direito Constitucional II. O
Direito Tributrio e o Direito Financeiro III. O Direito Tributrio e
o Direito Administrativo IV. O Direito Tributrio e o Direito Penal
V. O Direito Tributrio e o Direito Processual VI. O Direito
Tributrio e o Direito Internacional Pblico VII. O Direito Tributrio
e o Direito Civil VIII. O Direito Tributrio e outros ramos
cientficos
14. 2 O DIREITO TRIBUTRIO E OS LIMITES AO PODER DE TRIBUTAR 2.1
Introduo 2.2 Limitaes constitucionais ao poder de tributar 2
PRINCPIO DA LEGALIDADE TRIBUTRIA 1 Consideraes iniciais 2 O tributo
e as leis ordinria e complementar 3 A legalidade estrita 3.1 A
estipulao de obrigaes acessrias (art. 113, 2, CTN) 3.2 A atualizao
monetria do tributo (art. 97, 1 e 2, CTN) 4 A mitigao do Princpio
da Legalidade Tributria 5 O princpio da legalidade tributria e a
Emenda Constitucional n. 33/2001 6 Os reflexos da ec n. 32/2001 no
princpio da legalidade tributria 6.1 A relevncia e a urgncia da
medida provisria 6.2 A medida provisria e os tributos 6.2.1 A
medida provisria e a incompatibilidade com a lei complementar (I)
Quanto s matrias discriminadas no art. 146 da CF (II) Quanto ao
ICMS (III) Quanto ao ITCMD (IV) Quanto ao ISS (V) Quanto Contribuio
Social 3 PRINCPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTRIA 1 Introduo 2 O
princpio da anterioridade e o direito fundamental do contribuinte:
uma clusula ptrea 3 O princpio da anualidade
15. 4 O princpio da anterioridade e sua previso na Constituio
Federal de 1988 4.1 O princpio da anterioridade anual art. 150,
III, b, CF 4.1.1 O princpio da anterioridade anual e o art. 104 do
CTN 4.2 O princpio da anterioridade nonagesimal art. 150, III, c,
CF 4.3 A regra geral da anterioridade e a aplicao cumulativa dos
prazos art. 150, III, c, parte final, CF 4.4 As excees ao princpio
da anterioridade anual 4.4.1 As excees ao princpio da anterioridade
anual e a Emenda Constitucional n. 33/2001 4.5 As excees ao
princpio da anterioridade nonagesimal e a Emenda Constitucional n.
42/2003 4.6 O Princpio da Anterioridade Especial para as
Contribuies Social- previdencirias 5 O princpio da anterioridade e
os institutos jurdicos da vigncia e eficcia da norma tributria 5.1
A eficcia da norma tributria 5.2 A vigncia da norma tributria 6 O
princpio da anterioridade tributria e a Emenda Constitucional n.
32/2001 7 O princpio da anterioridade nonagesimal das contribuies
social- previdencirias e a medida provisria 4 PRINCPIO DA ISONOMIA
TRIBUTRIA 1 A igualdade: consideraes iniciais 2 A isonomia
tributria 2.1 A isonomia tributria e a clusula pecunia non olet
2.1.1 A clusula pecunia non olet e a intributabilidade dos atos
ilcitos 2.1.2 A clusula pecunia non olet e a plena capacidade
tributria passiva (art. 126, CTN) 2.1.3 A interpretao econmica
2.1.4 A clusula pecunia non olet e nossa linha conclusiva
16. 3 A capacidade contributiva: a equidade e a tributao justa
3.1 A capacidade contributiva e o mnimo vital 3.2 A capacidade
contributiva e a extrafiscalidade 3.3 A capacidade contributiva e
seu plano histrico 3.4 A capacidade contributiva na Carta Magna de
1988 3.4.1 A capacidade contributiva e a exclusiva associao a
impostos 3.4.2 A capacidade contributiva e a expresso sempre que
possvel 3.4.3 A capacidade contributiva e a progressividade 3.4.3.1
A progressividade no ITR 3.4.3.2 A progressividade no IR 3.4.3.3 A
progressividade no IPTU I. Quanto progressividade no tempo para o
IPTU: II. Quanto progressividade fiscal do IPTU e a variao de
alquotas em razo do valor do imvel: III. Quanto progressividade
fiscal do IPTU e o estabelecimento de alquotas diferentes em razo
da localizao e uso do imvel: 3.4.3.4 A progressividade no ITCMD
3.4.4 A capacidade contributiva e a proporcionalidade 3.4.4.1 A
proporcionalidade e a regressividade no sistema tributrio
brasileiro 3.4.5 A capacidade contributiva e a seletividade 5
PRINCPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTRIA 1 Noes introdutrias 1.1 A
irretroatividade tributria e a segurana jurdica 2 Os princpios da
irretroatividade e anterioridade tributrias 3 O princpio da
irretroatividade tributria e a existncia de leis produtoras de
efeitos jurdicos sobre atos pretritos (art. 106, I e II, CTN) 3.1 A
lei interpretativa como produtora de efeito jurdico sobre atos
17. pretritos 3.1.1 A Lei Complementar n. 118/2005: a
pretendida interpretao retroativa de lei interpretativa 3.2 A lei
benigna como produtora de efeito jurdico sobre atos pretritos 3.2.1
Ato no definitivamente julgado: a condio aplicao dos efeitos
pretritos lei mais benigna 3.2.2 Observaes complementares quanto
retroao da lei mais branda 4 Anlise do princpio da irretroatividade
tributria, luz do art. 144, 1 e 2, do CTN 4.1 Anlise do art. 144,
1, CTN 4.1.1 O princpio da irretroatividade tributria e a Lei n.
10.174/2001 4.2 Anlise do art. 144, 2, CTN 5 O fato gerador
pendente e a Smula n. 584 do STF, perante o princpio da
irretroatividade tributria 5.1 A Smula n. 584 perante o STF e o STJ
5.1.1 A defesa da Smula n. 584 no STF 5.1.1.1 A crtica Smula n. 584
no prprio STF 5.1.2 O ataque Smula n. 584 no STJ 6 PRINCPIO DA
VEDAO AO CONFISCO 1 Introduo 2 Breve relato histrico 3 O confisco
na tradio jurdica brasileira 4 O confisco tributrio: conceito 4.1 O
confisco tributrio e o princpio da capacidade contributiva 4.2 O
confisco tributrio e o direito de propriedade 5 O princpio da vedao
ao confisco no texto constitucional 5.1 O princpio da vedao ao
confisco: o destinatrio do postulado
18. 5.2 O princpio da vedao ao confisco: o efeito de confisco
no tributo 5.3 O princpio da vedao ao confisco: a carga tributria
total 6 O princpio da vedao ao confisco perante as espcies
tributrias 6.1 O princpio da vedao ao confisco e os impostos 6.2 O
princpio da vedao ao confisco e as taxas 6.3 O princpio da vedao ao
confisco e as contribuies de melhoria 6.4 O princpio da vedao ao
confisco e os emprstimos compulsrios 6.5 O princpio da vedao ao
confisco e as contribuies 7 O princpio da vedao ao confisco e as
multas 8 A razoabilidade e a proporcionalidade: limites ao confisco
tributrio 9 O princpio da vedao ao confisco e o projeto de Lei
Complementar (PLC) n. 168/89 10 Entendimento conclusivo 7 PRINCPIO
DA NO LIMITAO AO TRFEGO DE PESSOAS E BENS E A RESSALVA DO PEDGIO 1
Consideraes iniciais 2 Anlise dos pedgios 2.1 O pedgio na tradio
jurdica brasileira 2.2 A anlise do pressuposto ftico do pedgio: o
uso da via conservada pelo Poder Pblico 2.3 A anlise da feio
tributria do pedgio 2.3.1 A base de clculo do pedgio-taxa 2.3.2 A
utilizao potencial do servio pblico perante o pedgio-taxa 2.3.3 O
selo-pedgio: um exemplo de pedgio-taxa 2.4 A anlise da suposta feio
no tributria do pedgio 2.5 O pedgio: requisitos para a taxao ou
tarifao 2.6 O pedgio e a leso ao direito locomoo diante da
inexistncia de via alternativa
19. 8 OUTROS PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTRIOS 1 O princpio
da uniformidade geogrfica 2 Princpio da isonmica tributao da renda
nos ttulos da dvida pblica e nos vencimentos dos funcionrios
pblicos 3 Princpio da proibio das isenes heternomas 4 Princpio da
no discriminao baseada em procedncia ou destino 9 IMUNIDADES GERAIS
E RECPROCA 1 Introduo 2 A imunidade e a iseno 3 A imunidade e a
exonerao das espcies tributrias 4 Anlise das alneas do inciso VI do
art. 150 da CF 4.1 Imunidade das entidades polticas 4.1.1
Consideraes iniciais 4.1.2 Imunidade das entidades autrquicas e
fundacionais 4.1.3 A imunidade recproca e os impostos indiretos
4.1.3.1 A aquisio de bens por entidades imunes e os impostos
indiretos 4.1.4 Anlise do art. 150, 3, da Carta Magna 4.1.5
Imunidade tributria de cartrios 10 IMUNIDADE DOS TEMPLOS RELIGIOSOS
1 Consideraes iniciais 2 O laicismo no Brasil 3 A imunidade
religiosa e os impostos 4 A imunidade religiosa e os conceitos de
culto e templo 5 A imunidade religiosa e o art. 150, 4, CF 5.1 O
art. 150, 4, parte inicial, da CF: a desonerao para impostos
20. sobre o patrimnio, a renda e os servios 5.2 O art. 150, 4,
parte final, da CF: a relao com as finalidades essenciais da
entidade imune 6 A imunidade religiosa: temas relevantes 6.1 A
imunidade religiosa e os tributos indiretos 6.2 A imunidade
religiosa e os cemitrios 6.3 A imunidade religiosa e as lojas
manicas 7 A imunidade religiosa: uma anlise crtica 11 IMUNIDADES NO
AUTOAPLICVEIS 1 Consideraes iniciais 2 Estudo das imunidades
constantes da alnea c 2.1 Imunidade dos partidos polticos 2.2
Imunidade dos sindicatos de empregados 2.3 Imunidade das instituies
de educao 2.4 Imunidade das entidades de assistncia social 2.4.1 A
assistncia social e as entidades fechadas de previdncia social
privada 2.4.2 A assistncia social e as entidades promotoras da
integrao no mercado de trabalho 3 Estudo complementar da alnea c
3.1 Confronto entre o art. 150, VI, c, parte final, da CF e o art.
14 do CTN 12 IMUNIDADE DE IMPRENSA 1 Consideraes iniciais 1.1
Anlise do livro um veculo de pensamento 1.1.1 A imunidade de
imprensa e a publicao eletrnica 1.2 Anlise do jornal um veculo de
pensamento
21. 1.3 Anlise do peridico um veculo de pensamento 1.4 Anlise
do papel destinado a impresso um insumo 1.4.1 O papel destinado a
impresso e a no cumulatividade do art.155, 2, II, da CF 13
IMUNIDADE MUSICAL 14 SISTEMA TRIBUTRIO NACIONAL 1 Definio de
tributo 1.1 A prestao pecuniria 1.2 A prestao compulsria 1.3 A
prestao diversa de sano 1.4 A prestao instituda por lei 1.5 A
prestao cobrada por lanamento 2 Competncia tributria 2.1 Competncia
tributria e capacidade tributria ativa 2.2 Detalhando a classificao
da competncia tributria 2.2.1 Competncia privativa 2.2.2 Competncia
comum 2.2.3 Competncia cumulativa 2.2.4 Competncia especial 2.2.5
Competncia residual 2.2.6 Competncia extraordinria 15 ESPCIES DE
TRIBUTOS E IMPOSTOS 1 Consideraes iniciais 1.1 Impostos 1.1.1 O
princpio da no afetao e os impostos 1.1.2 Os impostos e a
privatividade das competncias
22. 1.1.3 Classificao dos impostos a) Impostos Diretos e
Indiretos b) Impostos Pessoais e Reais c) Impostos Fiscais e
Extrafiscais d) Impostos divididos segundo a classificao imposta
pelo CTN e) Impostos Progressivos, Proporcionais e Seletivos 16
TAXA 1 O fato gerador 1.1 Anlise da taxa de polcia 1.2 Anlise da
taxa de servio 2 Informaes complementares sobre taxas 2.1 A base de
clculo nas taxas 2.2 O confronto taxa versus tarifa 17 CONTRIBUIO
DE MELHORIA 1 Evoluo histrica 2 Consideraes iniciais 3 O fato
gerador 4 O sujeito passivo 5 A base de clculo do tributo 5.1 A
base de clculo e os dois modelos de cobrana o americano e o alemo
5.2 A base de clculo e os limites de cobrana a) Limite total (ou
global) b) Limite individual c) Anlise conjunta dos limites 6
Requisitos mnimos para a instituio
23. 7 A contribuio de melhoria e a desapropriao 18 EMPRSTIMO
COMPULSRIO 1 Evoluo histrica 2 As teorias explicativas sobre a
natureza jurdica do emprstimo compulsrio: contrato ou tributo 2.1 A
autonomia do emprstimo compulsrio 3 O tributo e a lei complementar
4 Tributo e a competncia para sua instituio 5 Tributo e os
conceitos necessrios compreenso de seus pressupostos fticos 6
Emprstimo compulsrio e o princpio da anterioridade tributria 6.1 O
emprstimo compulsrio e os demais princpios constitucionais
tributrios 7 O fato gerador 7.1 Anlise do art. 15 do CTN 8 Anlise
do pargrafo nico do art. 148 da CF 9 A devoluo do valor
compulsoriamente mutuado 19 CONTRIBUIES 1 A feio tributria 2 As
contribuies e os princpios tributrios 3 O conceito de contribuies
parafiscais ou especiais 4 Estudo das contribuies de interesse das
categorias profissionais ou econmicas 4.1 Contribuio-anuidade 4.2
Contribuio sindical 4.3 Questes relevantes sobre as contribuies
profissionais ou corporativas
24. a) H uma bitributao no confronto contribuio-anuidade versus
contribuio sindical? b) O que a chamada contribuio assistencial?
Confunde-se com a contribuio confederativa? c) As contribuies para
os servios sociais autnomos (sistema S) so contribuies
corporativas? d) As anuidades cobradas pela OAB so contribuies
corporativas? 5 Estudo das contribuies de interveno no domnio
econmico 5.1 Cide-Combustveis 5.2 CIDE-Royalties 5.3 Outras
contribuies de interveno no domnio econmico (CIDEs) 6 Estudo das
contribuies sociais 6.1 As contribuies sociais gerais 6.2 As
contribuies de seguridade social a) 1 fonte de custeio da
seguridade social: o importador b) 2 fonte de custeio: a receita de
loterias c) 3 fonte de custeio: o trabalhador d) 4 fonte de
custeio: o empregador e a empresa d.1) Contribuio Social Patronal
sobre a Folha de Pagamentos d.2) Contribuio ao PIS/PASEP d.3)
Contribuio sobre o Lucro Lquido (CSLL) d.4) Contribuio para
Financiamento da Seguridade Social (COFINS) 6.3 As outras
contribuies sociais 6.4 Estudo complementar das contribuies a)
Breve anlise da Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira
(CPMF) b) Anlise da Contribuio para o Servio de Iluminao Pblica
(COSIP) c) Anlise da contribuio para o Fundo de Garantia do Tempo
de Servio
25. (FGTS) e sua natureza no tributria 7 O Simples Federal e o
Simples Nacional 8 Repartio tributria das receitas 8.1
Transferncias diretas feitas da Unio para os Estados e Distrito
Federal 8.2 Transferncias diretas feitas da Unio para os Municpios
8.3 Transferncias diretas feitas dos Estados-Membros para os
Municpios 8.4 Anlise final da repartio das receitas tributrias 8.5
Transferncias indiretas estudo dos Fundos Especiais 20 FONTES DO
DIREITO TRIBUTRIO 1 Consideraes iniciais 2 Fontes formais do
Direito Tributrio 2.1 Fontes formais principais 2.1.1 Constituio
Federal 2.1.2 Emenda Constituio Federal 2.1.3 Lei Ordinria 2.1.4
Decreto 2.1.5 Lei Delegada 2.1.6 Medida Provisria 2.1.7 Decreto
Legislativo 2.1.8 Resoluo 2.1.9 Tratados e Convenes Internacionais
2.1.9.1 A nova concepo dos tratados conforme posio do STF 2.1.10
Lei Complementar 3 Fontes formais secundrias do Direito Tributrio
ou normas complementares 3.1 Inciso I: Atos normativos expedidos
pelas autoridades administrativas
26. 3.2 Inciso II: Decises com eficcia normativa 3.3 Inciso
III: Prticas reiteradas das autoridades administrativas 3.4 Inciso
IV: Convnios celebrados pelas entidades impositoras 3.4.1 Convnios
do ICMS 3.5 Pargrafo nico do art. 100 do CTN 21 VIGNCIA, APLICAO,
INTERPRETAO E INTEGRAO DA LEGISLAO TRIBUTRIA 1 Vigncia da legislao
tributria 1.1 A vigncia da legislao tributria no tempo 1.2 A
vigncia e o princpio da anterioridade tributria 1.3 A vigncia da
legislao tributria no espao 2 Aplicao da legislao tributria 2.1 A
aplicao da nova lei tributria aos fatos pendentes 2.2 A
retroatividade da lei tributria 3 Interpretao da legislao tributria
3.1 Interpretao e suas classificaes 3.2 Utilizao de princpios
gerais do Direito Privado 3.3 Interpretao econmica 3.4 Interpretao
literal 3.5 Interpretao benigna 4 Integrao da legislao tributria
4.1 Analogia 4.1.1 Analogia e o princpio da legalidade 4.2
Princpios gerais de Direito Tributrio 4.3 Princpios gerais de
Direito Pblico 4.4 Equidade 22 RELAO JURDICO-TRIBUTRIA
27. 1 A hiptese de incidncia 2 O fato gerador 3 Obrigao
tributria 3.1 Sujeito ativo 3.2 Sujeito passivo 3.3 Objeto da
obrigao tributria 3.4 Causa 4 Domiclio tributrio 23
RESPONSABILIDADE TRIBUTRIA 1 Conceitos introdutrios 1.1 Conceito:
contribuinte versus responsvel 1.2 Conceito: responsabilidade
pessoal versus responsabilidade subsidiria 1.3 Conceito:
responsabilidade por substituio versus responsabilidade por
transferncia 2 Responsabilidade de devedores solidrios 3
Responsabilidade de devedores sucessores 3.1 1 hiptese: art. 130 do
CTN 3.2 2 hiptese: art. 131, I, II e III, do CTN 3.3 3 hiptese:
art. 132 do CTN 3.4 4 hiptese: art. 133 do CTN 4 Responsabilidade
de terceiros devedores 4.1 Art. 134 do CTN: responsabilidade de
terceiro com atuao regular 4.2 Art. 135 do CTN: responsabilidade de
terceiro com atuao irregular 5 RESPONSABILIDADE POR INFRAES a)
Responsabilidade objetiva: conceito b) Responsabilidade pessoal do
agente b.1) Inciso I: infraes tributrias como crimes ou
contravenes
28. b.2) Inciso II: infraes tributrias com o dolo especfico
(elementar) b.3) Inciso III: infraes que decorram de dolo especfico
6 Denncia espontnea 24 CRDITO TRIBUTRIO 1 Consideraes iniciais 2 O
lanamento 2.1 O conceito de lanamento 2.2 Questes pontuais sobre
lanamento 2.3 Reviso de lanamento a) O lanamento revisvel a.1)
Detalhamento do art. 149 do CTN 1. Anlise dos incisos II a IV (art.
149) 2. Anlise do inciso VI (art. 149) 3. Anlise dos incisos I, V,
VII, VIII e IX (art. 149) 3.1. Anlise do inciso I (art. 149) 3.2.
Anlise do inciso V (art. 149) 3.3. Anlise do inciso VII (art. 149)
3.4. Anlise do inciso VIII (art. 149) 3.5. Anlise do inciso IX
(art. 149) b) O lanamento revisvel: anlise do art. 146 do CTN 2.4
Modalidades de lanamento 2.5 Anlise da tcnica do arbitramento 3
Crdito tributrio e decadncia 3.1 Consideraes iniciais 3.2 A
decadncia no CTN: viso geral 3.3 A decadncia no CTN: anlise do art.
173, I 3.4 A decadncia no CTN: anlise do art. 150, 4
29. 3.5 A decadncia na viso do STJ: a cumulao de prazos 3.6 A
decadncia no CTN e a anulao do lanamento anterior 3.7 A decadncia
no CTN e a medida preparatria de lanamento 3.8 A decadncia e a lei
complementar 3.9 A decadncia e o prazo decenal das contribuies
sociais 4 Crdito tributrio e prescrio 4.1 Consideraes iniciais 4.2
O termo a quo da contagem da prescrio 4.3 A prescrio e a dvida
ativa 4.4 A prescrio e os lanamentos por homologao 4.5 A prescrio e
as causas de interrupo 4.6 A prescrio e outros temas 25 SUSPENSO DO
CRDITO TRIBUTRIO 1 Consideraes iniciais 2 Moratria 3 Depsito do
montante integral 4 Reclamaes e recursos administrativos 4.1 O
depsito recursal na rbita administrativa 5 Concesso de liminar em
mandado de segurana e de tutela antecipada em outras aes 6
Parcelamento 26 EXTINO DO CRDITO TRIBUTRIO 1 Consideraes iniciais 2
Pagamento 2.1 Consulta tributria 2.2 A restituio de pagamento
indevido ou a maior e o prazo prescricional
30. 3 Compensao 4 Transao 5 Remisso 6 Decadncia e prescrio 7
Converso do depsito em renda 8 Pagamento antecipado e a homologao
do lanamento 9 Consignao em pagamento julgada procedente 10 Deciso
administrativa irreformvel 11 Deciso judicial passada em julgado 12
Dao em pagamento 27 EXCLUSO DO CRDITO TRIBUTRIO 1 Consideraes
iniciais 2 Estudo da iseno 2.1 Iseno: a incidncia ou a no incidncia
da norma 2.2 A revogao da lei isentiva 2.2.1 A revogao da lei
isentiva e o princpio da anterioridade tributria 2.3 A iseno e o
princpio da legalidade tributria 2.4 A iseno e os tributos
bilaterais 3 Estudo da anistia 4 Sntese conclusiva 28 ADMINISTRAO
TRIBUTRIA E DISPOSIES FINAIS DO CTN 1 Consideraes iniciais 2
Fiscalizao 3 Dvida ativa a) O nome do devedor
31. b) O montante exequvel c) A origem e o fundamento legal d)
A data da inscrio e) A meno ao processo administrativo f) A indicao
do livro e da folha da inscrio 4 Certido negativa 5 Disposies
finais e transitrias do CTN 29 GARANTIAS E PRIVILGIOS DO CRDITO
TRIBUTRIO 1 Consideraes iniciais 2 Natureza da garantia do crdito
tributrio 3 Ponto de desequilbrio na relao jurdico-tributria 4 Os
bens inalcanveis pela execuo do crdito tributrio 5 Momento de
caracterizao da fraude execuo fiscal 5.1 A reserva de bens ou
rendas para pagamento da dvida 6 Preferncias ou privilgios do
crdito tributrio 7 Da quitao de tributos 30 IMPOSTOS MUNICIPAIS 1
Estudo do IPTU 1.1 Competncia e sujeito ativo 1.2 Sujeito passivo
1.3 Fato gerador 1.3.1 Conceitos importantes sobre o fato gerador
do IPTU 1.3.1.1 Conceito de bem imvel por natureza e bem imvel por
acesso fsica 1.3.1.2 Conceito de propriedade, domnio til e posse
1.3.1.3 Conceito de zona urbana
32. 1.3.2 Onde e quando se d o fato gerador do IPTU? 1.4 Base
de clculo 1.5 Alquotas 2 Estudo do ISS 2.1 Competncia tributria e
sujeito ativo 2.2 Sujeito passivo 2.3 Fato gerador 2.3.1 Conceito
de produtos industrializados 2.3.2 Conceito de operaes relativas
circulao de mercadorias 2.3.3 Conceito de servios, para fins de
incidncia do ISS 2.4 Base de clculo 2.5 Alquota 2.6 Casos
relevantes de incidncia do ISS 2.6.1 O ISS e o software 2.6.2 O ISS
e a locao de servios 2.6.3 O ISS e o arrendamento mercantil
(leasing) 2.6.4 O ISS e as atividades bancrias 2.6.5 O ISS e os
trabalhos grficos 2.6.6 O ISS e a incorporao imobiliria 2.6.7 O ISS
e as franquias (franchising) 2.6.8 O ISS e o factoring 3 Estudo do
ITBI 3.1 Competncia e sujeito ativo 3.2 Sujeito passivo 3.3 Fato
gerador 3.3.1 O plano semntico da materialidade do fato gerador do
ITBI 3.3.2 Os planos espacial e temporal do fato gerador do ITBI
3.4 Base de clculo
33. 3.5 Alquotas 3.5.1 A progressividade das alquotas do ITBI
3.6 ITBI e Imunidades 31 IMPOSTOS ESTADUAIS 1 Estudo do icms 1.1
Competncia e sujeito ativo 1.2 Sujeito passivo 1.3 Fato gerador
1.3.1 Circulao de mercadoria 1.3.2 Servios de transporte
interestadual e intermunicipal 1.3.3 Servios de comunicao 1.4 Base
de clculo 1.5 Alquotas 1.6 Notas gerais 2 Estudo do IPVA 2.1
Competncia e sujeito ativo 2.2 Sujeito passivo 2.3 Fato gerador
2.3.1 Veculo automotor 2.3.2 Aeronaves versus IPVA 2.4 Elemento
temporal do fato gerador 2.5 Base de clculo 2.6 Alquota 2.7 Notas
gerais 3 Estudo do ITCMD 3.1 Competncia tributria e sujeito ativo
3.2 Sujeito passivo
34. 3.3 Fato gerador 3.4 Elementos espacial e temporal do fato
gerador 3.5 Base de clculo 3.6 Alquotas 3.7 Notas gerais 32
IMPOSTOS FEDERAIS 1 Estudo do ITR 1.1 Competncia e sujeito ativo
1.2 Sujeito passivo 1.3 Fato gerador 1.3.1 Conceito de bem imvel
1.3.2 Conceito de zona rural 1.3.3 reas de expanso urbana 1.3.4
Elementos temporal e espacial do fato gerador 1.4 Base de clculo
1.5 Alquotas 1.6 Notas gerais 2 Estudo do IOF 2.1 Competncia e
sujeito ativo 2.2 Sujeito passivo 2.3 Fato gerador 2.4 Base de
clculo 2.5 Alquotas 2.6 Princpio da legalidade e extrafiscalidade
2.7 Notas gerais 3 Estudo do II 3.1 Competncia e sujeito ativo
35. 3.2 Sujeito passivo 3.3 Fato gerador 3.4 Base de clculo 3.5
Alquotas 3.6 Notas gerais 4 Estudo do IE 4.1 Competncia e sujeito
ativo 4.2 Sujeito passivo 4.3 Fato gerador 4.4 Base de clculo 4.5
Alquotas 4.6 Notas gerais 5 Estudo do IPI 5.1 Competncia e sujeito
ativo 5.2 Sujeito passivo 5.3 Fato gerador 5.3.1 Conceito de
industrializao 5.4 Base de clculo 5.5 Alquotas 5.6 Notas gerais 6
Estudo do IR 6.1 Competncia e sujeito ativo 6.2 Sujeito passivo 6.3
Fato gerador 6.3.1 Definio de renda e proventos de qualquer
natureza 6.4 Base de clculo 6.4.1 Conceito de patrimnio 6.5
Alquotas
36. 6.6 Notas gerais REFERNCIAS APNDICE Linha do tempo
37. 1 1 INTRODUO 1 CONSIDERAES INICIAIS 1.1 O Direito Tributrio
e seu conceito O Estado necessita, em sua atividade financeira,
captar recursos materiais para manter sua estrutura,
disponibilizando ao cidado-contribuinte os servios que lhe compete,
como autntico provedor das necessidades coletivas. A cobrana de
tributos se mostra como a principal fonte das receitas pblicas,
voltadas ao atingimento dos objetivos fundamentais, insertos no
art. 3 da Constituio Federal, tais como a construo de uma sociedade
livre, justa e solidria, a garantia do desenvolvimento nacional, a
erradicao da pobreza e da marginalizao, tendente reduo das
desigualdades sociais e regionais, bem como a promoo do bem-estar
da coletividade[1]. Da haver a necessidade de uma positivao de
regras que possam certificar o to relevante desiderato de percepo
de recursos o que se d por meio da cincia jurdica intitulada
Direito Tributrio, tambm denominado Direito Fiscal. A expresso
Direito Fiscal, chegando a ns por influncias francesa (Droit
Fiscal) e inglesa (Fiscal Law), foi substituda, com o tempo, pelas
denominaes domsticas Direito Financeiro e, mais especificamente,
Direito Tributrio[2] esta consagrada na Emenda Constitucional n.
18/65 e, aps, no prprio Cdigo Tributrio Nacional. A bem da verdade,
na trilha de Hugo de Brito Machado[3], parece-nos que o
qualificativo Fiscal demarca algo amplo, abrangendo toda a
problemtica afeta ao Errio, e no apenas as questes adstritas ao
tributo em si, o que faz pender sua traduo mais para Direito
Financeiro do que para Direito Tributrio. Ademais, a expresso
atrela-se to somente a um dos sujeitos da relao o Fisco , o que
denota o seu carter reducionista. Se Tributrio o Direito que nos
orienta, em primeiro lugar, neste Manual, urge trazermos a lume,
desde j, um conceito de Direito, para, em seguida, dimensionarmos a
extenso semntica do qualificativo Tributrio. O renomado jurista
Hely Lopes Meirelles[4] lana mo de coerente definio: O Direito,
objetivamente considerado, o conjunto de regras de conduta
coativamente impostas pelo Estado. Na clssica conceituao de
Ihering, o complexo das condies existenciais da sociedade,
asseguradas pelo Poder
38. Pblico. Em ltima anlise, o Direito se traduz em princpios
de conduta social, tendentes a realizar Justia. Com relao ao
qualificativo Tributrio, nota-se que a doutrina tem se dedicado com
afinco obteno do conceito ideal para o Direito Tributrio. Entre
inmeras tentativas definitrias disponveis na seara dogmtica,
muda-se algum aspecto ali, outro acol, porm mantm-se presentes os
elementos estruturais da definio nessa ramificao do Direito. Tal
linearidade conceitual pode ser ratificada nas escorreitas
definies, adiante reproduzidas, que primam pelo preciso
delineamento do objeto do Direito Tributrio e de suas
caractersticas principais: Para Rubens Gomes de Sousa[5], o Direito
Tributrio (...) o ramo do direito pblico que rege as relaes
jurdicas entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade
financeira do Estado no que se refere obteno de receitas que
correspondam ao conceito de tributos. Nos dizeres de Paulo de
Barros Carvalho[6], o Direito Tributrio o ramo didaticamente
autnomo do Direito, integrado pelo conjunto de proposies
jurdico-normativas, que correspondam, direta ou indiretamente,
instituio, arrecadao e fiscalizao de tributos. O conceito foi
solicitado em item considerado CORRETO, em prova realizada pelo
CEJUR/PGE- GO, para o cargo de Procurador do Estado de Gois (8
Concurso), em 02-04-2000. Segundo o entendimento de Hugo de Brito
Machado[7], o Direito Tributrio o ramo do direito que se ocupa das
relaes entre fisco e as pessoas sujeitas a imposies tributrias de
qualquer espcie, limitando o poder de tributar e protegendo o
cidado contra os abusos desse poder. luz do que preleciona Luciano
Amaro[8], o Direito Tributrio a disciplina jurdica dos tributos,
com o que se abrange todo o conjunto de princpios e normas
reguladores da criao, fiscalizao e arrecadao das prestaes de
natureza tributria. Diante de to pontuais definies, entendemos que
possvel extrair desse plano conceitual que o Direito Tributrio
ramificao autnoma da Cincia Jurdica, atrelada ao direito pblico,
concentrando o plexo de relaes jurdicas que imantam o elo Estado
versus contribuinte, na atividade financeira do Estado, quanto
instituio, fiscalizao e arrecadao de tributos. Vale dizer que o
Direito Tributrio o conjunto de normas que regula o comportamento
das pessoas de levar dinheiro aos cofres pblicos. O conceito foi
solicitado em item considerado CORRETO, em prova realizada pela
FCC, para o cargo de Procurador do Estado de 2 Classe de Sergipe,
em maio de 2005. Com efeito, o Direito Tributrio a representao
positivada da cincia jurdica que abarca o conjunto de normas e
princpios jurdicos, reguladores das relaes intersubjetivas na
obrigao tributria, cujos elementos so as partes, a prestao e o
vnculo jurdico. As partes destacam-se como o ente pblico estatal,
de um lado, e o contribuinte (ou responsvel), de outro. O objeto a
obrigao em si, que pode consistir numa obrigao
39. de dar, de cunho patrimonial (levar a pecnia aos cofres
pblicos), ou numa obrigao de fazer ou no fazer, de cunho
instrumental (emitir notas fiscais, entregar Declaraes etc.). Por
fim, o vnculo jurdico (ou causa) a norma jurdica que magnetiza o
liame obrigacional. Todos esses elementos fundantes sero esmiuados
em momento ulterior, nesta obra, em captulo prprio, quando se
estudar a obrigao tributria. Por ora, urge destacar que tal relao
jurdica polarizada, sobressaindo: (I) no polo ativo (credor), os
entes tributantes ou pessoas jurdicas de direito pblico interno,
tambm conhecidos por Fiscos a Unio, os Estados-membros, os
Municpios e o Distrito Federal. Curiosamente, o fisco, no Imprio
Romano, era um cesto de junco, utilizado pelos soldados romanos
para a arrecadao de tributos; (II) no polo passivo (devedor), o
contribuinte (ou o responsvel), representado pelas pessoas fsicas
ou jurdicas. Desse modo, cria-se o cenrio afeto invaso patrimonial,
caracterizadora do mister tributacional, em que o Estado avana em
direo ao patrimnio do sdito[9], de maneira compulsria, a fim de que
logre retirar uma quantia, em dinheiro, que se intitula tributo,
carreando-o para os seus cofres. Tal invaso inexorvel, no havendo
como dela se furtar, exceto se o tributo apresentar-se ilegtimo,
i.e., fora dos parmetros impostos pela norma tributria,
mostrando-se inconstitucional, o que poder ensejar a provocao do
Poder Judicirio, no intuito de que se proceda correo da situao
antijurdica. oportuno mencionar, ad argumentandum, que o Direito
Tributrio visa projetar o contribuinte e o Fisco em uma mesma
plataforma de igualdade, qual se aplica, isonomicamente, a lei,
trazendo a segurana que imantar o elo jurdico. Da se ouvir falar
que uma dada norma teria sido emitida pr-fisco ou, inversamente,
pr- contribuinte, uma vez propensa a desestabilizar para um lado,
em detrimento do outro, o equilbrio da relao. A esse propsito, Ruy
Barbosa Nogueira assevera: O Direito Tributrio continua ordenando
segundo os princpios do Estado de Direito e ento, em contrapeso
exigncia e coao unilateral do Fisco, posto disposio do obrigado um
processo definitivo, por meio de vrios remdios jurisdicionais
disciplinados pelo prprio Estado, que outorgam ao obrigado uma
tutela jurdica adequada para poder opor-se exigncia que considere
injustificada[10]. Posto isso, uma vez assimilado o conceito de
Direito Tributrio, bem como o cenrio no qual se desdobra a relao
jurdico-tributria, urge conhecermos a relao do Direito Tributrio
com as receitas pblicas. 1.2 O Direito Tributrio e as receitas
pblicas Todo e qualquer dinheiro que ingressa nos cofres pblicos, a
qualquer ttulo, ser denominado entrada ou ingresso. Por outro lado,
nem todo ingresso (ou receita) ser uma receita pblica. De fato,
enquanto o ingresso marcado pela noo de provisoriedade, a receita
pblica atrela-se ao contexto de definitividade. Vale dizer, como
regra, que os valores, a ttulo de ingresso, entram nos cofres
pblicos com destinao predeterminada de sada, no configurando
receita nova, o que no acontece com a receita pblica.
40. So exemplos de entradas ou ingressos provisrios: a) a cauo
ou a fiana (garantias de adimplemento da obrigao principal): como
exemplo, cite-se a garantia ofertada pelo vencedor em dada licitao
pblica. Tal garantia ingressar nos cofres do Estado com previso de
sada, podendo, todavia, transformar-se em receita pblica, se houver
descumprimento contratual; b) o depsito prvio: como exemplo,
cite-se o depsito recursal, como condio protocolizao do recurso na
rbita administrativa federal; tal requisito veio a ser considerado
inconstitucional em decises recentes no STF (RE 388.359-PE, RE
389.383-SP, RE 390.513-SP); c) o emprstimo compulsrio: conquanto se
revista de natureza tributria, o emprstimo compulsrio gravame
restituvel, devendo sua lei instituidora prever o prazo e as
condies de sua restituio aos contribuintes. Tornar-se-, todavia,
uma receita pblica, caso no ocorra a restituio; d) o emprstimo
pblico: tendo natureza contratual, entrada provisria para o Estado
que, tomando uma quantia como emprstimo, dever prever sua sada, a
ttulo de pagamento ao mutuante. Desse modo, na trilha conceitual de
Aliomar Baleeiro[11], a receita pblica a entrada que, integrando-se
no patrimnio pblico sem quaisquer reservas, condies ou
correspondncia no passivo, vem acrescer o seu vulto, como elemento
novo e positivo. Em outras palavras, a receita pblica traduz-se no
ingresso definitivo de bens e valores aos cofres pblicos, ou seja,
sem condio pr-estabelecida de sada. Quanto ao objeto da invaso
patrimonial, a que se fez meno, calha trazer baila o plano
classificatrio das receitas pblicas, que podem ser: a) Receitas
extraordinrias: com entrada ocorrida em hiptese de anormalidade ou
excepcionalidade, a receita extraordinria, longe de ser um ingresso
permanente nos cofres estatais, possui carter temporrio, irregular
e contingente. Assim, traduz-se em uma receita aprovada e
arrecadada no curso do exerccio do oramento. Exemplos: a arrecadao
de um imposto extraordinrio de guerra (art. 154, II, CF) ou, mesmo,
de um emprstimo compulsrio para calamidade pblica ou para guerra
externa (art. 148, I, CF); b) Receitas ordinrias: com entrada
ocorrida com regularidade e periodicidade, a receita ordinria
haurida dentro do contexto de previsibilidade oramentria e no
desenvolvimento normal da atividade estatal. As receitas ordinrias
podem ser subdivididas, essencialmente, em receitas derivadas e
receitas originrias. Note o item considerado CORRETO, em prova
realizada pelo Cespe/UnB, para o cargo de Analista de Controle
Externo (rea: Apoio Tcnico e Administrativo Especialidade: Direito)
do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE/TO), em
08-02-2008: As receitas pblicas originrias so auferidas pelo Estado
em decorrncia da explorao do prprio patrimnio. Quanto s receitas
derivadas, o Estado, de modo vinculado (art. 5, II, CF), e
valendo-se do seu poder de imprio, na execuo de atividades que lhe
so tpicas, far
41. derivar para seus cofres uma parcela do patrimnio das
pessoas sujeitas sua jurisdio. Tais entradas intitulam-se receitas
derivadas ou de economia pblica, indicativas de receitas ordinrias
obtidas luz de imposio coativa e de manifestao soberana do Estado,
no uso tpico de sua autoridade ou de seu constrangimento,
direcionados invaso patrimonial dos particulares. Note o item
considerado CORRETO, em prova realizada pelo Cespe/UnB, para o
cargo de Procurador do Estado de Alagoas (1 Classe), em 24-01-2009:
Receita pblica proveniente de normal arrecadao tributria da unidade
da Federao, no exerccio da sua competncia tributria, denomina-se
receita derivada, sob a tica da origem da receita. A esse propsito,
Ruy Barbosa Nogueira[12] assevera que o direito de tributar do
Estado decorre do seu poder de imprio pelo qual pode fazer derivar
para seus cofres uma parcela do patrimnio das pessoas sujeitas sua
jurisdio e que so chamadas receitas derivadas ou tributos. As
receitas derivadas agrupam, pois, os rendimentos do setor pblico
que procedem do setor privado da economia, por meio de prestaes
pecunirias compulsrias quase sempre, na forma de tributos , devidas
por pessoas fsicas ou jurdicas de direito privado que desenvolvam
atividades econmicas. Com efeito, nessa direo seguiu o art. 9 da
Lei n. 4.320, de 1964, que, estatuindo normas gerais de Direito
Financeiro para elaborao e controle dos oramentos e balanos das
entidades impositoras, trouxe uma definio legal de tributo. O
conceito de tributo, com base na Lei n. 4.320/64, foi solicitado em
prova realizada pela Cesgranrio, para o cargo de Contador Jnior
(Auditoria Interna) da Transpetro, em maro de 2006. Observe-a:
Tributo a receita derivada, instituda pelas entidades de direito
pblico, compreendendo os impostos, as taxas e contribuies, nos
termos da Constituio e das leis vigentes em matria financeira,
destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou
especficas exercidas por essas entidades. Note o item (adaptado)
considerado CORRETO (adaptado), em prova realizada pela Esaf, para
o cargo de Analista de Compras da Prefeitura de Recife, em
07-06-2008: Segundo a Lei n. 4.320, de 17 de maro de 1964, a
receita tributria classificada como derivada, e no originria. Note
o item considerado INCORRETO, em prova realizada pela Vunesp, para
o cargo de Procurador do Municpio de So Jos do Rio Preto/SP, em
25-05-2008: A Lei n. 4.320/64 determina o tributo como receita
originria. imperioso frisar que, pouco tempo depois, a contar da
publicao da Lei n. 4.320/64, em outubro de 1966, editou-se o Cdigo
Tributrio Nacional, em cujo art. 3 lapidou-se o conceito de tributo
desejado pelo legislador ordinrio naquele estatuto: Art. 3. Tributo
toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em
lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada. Por fim, destaque-se que, nas receitas derivadas, a
fonte a lei, e tais entradas referem-se a prestaes tributrias ou no
tributrias. Note o item considerado INCORRETO, em prova realizada
pelo NCE/UFRJ, para o cargo de
42. Analista do Tesouro Estadual (Sefaz/AM), em 18-09-2005:
Segundo a classificao alem das receitas pblicas, podemos afirmar
que apenas tributos so receitas derivadas. Note o item considerado
INCORRETO, em prova realizada pela UFMT, para o cargo de Gestor
Municipal da Prefeitura de Cuiab/MT, em 2007: Tributo receita
originria, instituda pelas entidades de direito pblico,
compreendendo os impostos, as taxas e as contribuies. Exemplos de
receitas derivadas: I. os tributos (impostos, taxas, contribuies de
melhoria, emprstimos compulsrios e as contribuies): No que tange ao
confronto das receitas derivadas e os tributos, pode-se afirmar,
segundo o entendimento das Bancas de concursos: a) quanto aos
impostos, o ingresso de recursos oriundos de impostos se
caracteriza como uma receita derivada e compulsriaa. b) quanto s
contribuies, as receitas de contribuies sociais enquadram-se
igualmente como receita derivadab. c) quanto s demais contribuies
(v.g., a CIDE-Combustvelc), no destoam do conceito de receita
derivada. a. A assertiva foi solicitada em item considerado CORRETO
(adaptado), em prova realizada pela Esaf, para o cargo de Analista
de Finanas e Controle (CGU), em 23-03-2008. b. A assertiva foi
solicitada em item considerado CORRETO, (adaptado), em prova
realizada pela FCC, para o cargo de Tcnico do MPU, em fevereiro de
2007. c. O exemplo foi solicitado em prova realizada pela FCC, para
o cargo de Procurador do Tribunal de Contas do Estado do Piau, em
maro de 2005. II. as multas pecunirias (administrativas e penais):
No estudo das receitas pblicas, as multas, conquanto dessemelhantes
dos tributos, aproximam-se destes quando se mostram como ntidas
receitas derivadas. O exemplo foi solicitado em prova realizada
pelo NCE/UFRJ, para o cargo de Analista do Tesouro Estadual
(Sefaz/AM), em 18-09-2005. III. as reparaes de guerra: As reparaes
de guerra, ainda que reservadas ao plano terico, em nosso pacfico
Estado, devem ser consideradas receitas derivadas. O exemplo foi
solicitado em prova realizada pelo CEJUR/PGE-GO, para o cargo de
Procurador do Estado de Gois (9 Concurso), em 18-11-2001. Passemos,
agora, ao estudo das receitas originrias. Urge evidenciar, de
pronto, que as receitas derivadas no se confundem com as receitas
originrias outro tipo de receita ordinria, que no decorre da coero
e soberania estatais, mas de um contrato
43. ou de uma manifestao bilateral de vontade. A receita
originria , em regra, proveniente da explorao estatal de seus bens
e empresas comerciais ou industriais, semelhana de particulares,
nas atividades de locao, administrao ou alienao. Frise-se que a
denominao receita originria equvoca, pois a atuao no mercado e na
economia no nem pode ser uma atividade originria do Estado. A bem
da verdade, ad argumentandum, se a percepo do tributo a principal
forma de financiamento do Estado, receita tributria que se deveria
atribuir o rtulo de receita originria, afastando-lhe o timbre de
receita derivada, e no o contrrio, como se est a demonstrar.
Aliomar Baleeiro[13] define as receitas originrias como as rendas
provenientes dos bens e empresas comerciais ou industriais do
Estado, que os explora semelhana de particulares, sem exercer os
seus poderes de autoridade, nem imprimir coercitividade exigncia de
pagamentos ou utilizao dos servios que o justificam, embora, no
raro, os institua em monoplios. A definio em epgrafe oferta claro
horizonte por meio do qual se pode vislumbrar que, nas receitas
originrias, a fonte o contrato, e tais entradas referem-se, com
exclusividade, a prestaes no tributrias. Nessa toada, no
despiciendo enfatizar que aquelas matrias intrinsecamente ligadas a
tributos v.g., repartio de receitas tributrias no se ligaro s
receitas originrias, mas s receitas derivadas. Vale dizer que se
reparte o produto das receitas derivadas, no o fazendo com relao ao
montante pecunirio oriundo das receitas originrias. O tema foi
solicitado em prova realizada pelo Ministrio Pblico Federal, para o
cargo de Procurador da Repblica (18 Concurso), em 2001. Vamos,
agora, conhecer alguns bons exemplos de receitas originrias: I. as
receitas de aluguis pela locao de bens pblicos: Os alugueres
oriundos de atividade locatcia realizada pelo Estado compem
receitas originrias. Nessa medida, as receitas de aluguis de imveis
de propriedade do ente pblico e as receitas de atividades
industriais promovidas igualmente pelo ente pblico no se enquadram
como receita derivada. A assertiva foi solicitada em item
considerado CORRETO, (adaptado), em prova realizada pela FCC, para
o cargo de Tcnico do MPU, em fevereiro de 2007. II. os preos
pblicos obtidos pela venda de produtos ou servios produzidos ou
prestados por empresas pblicas e sociedade de economia mista: O s
preos pblicos, hauridos de operaes de venda de produtos ou servios
produzidos ou prestados por empresas pblicas e sociedade de
economia mista so induvidosas receitas originrias. Note o item,
considerado INCORRETO, em prova realizada pelo Cespe/UnB, para o
cargo de Juiz de Direito (TJ/PA), em 24-02-2002: Os preos pblicos
constituem a receita derivada das
44. entidades pblicas, na medida em que so compulsrios,
cobrados em virtude da prestao de servios relacionados com a
explorao de atividades econmicas diretamente pelo Estado, ou
indiretamente por concessionrios e permissionrios de servios
pblicos. Note o item considerado CORRETO, em prova realizada pela
FCC, para o cargo de Auditor do Tribunal de Contas do Estado de
Alagoas (TCE/AL), em maro de 2008: A doutrina considera receitas
pblicas originrias a tarifa e o preo pblico. Observao: item
semelhante foi solicitado em prova realizada pela FCC, para o cargo
de Procurador Judicial da Prefeitura do Recife/PE, em junho de
2008. III. as tarifas exigidas pelas entidades prestacionistas: As
tarifas, como exemplos de preos pblicos, so os clssicos exemplos de
receitas originrias, colocando-se em lado diametralmente oposto ao
dos tributos ntidas receitas derivadas. Com efeito, trata-se de
receita derivada e de receita originria, respectivamente, o tributo
e a tarifa. A assertiva foi solicitada em item considerado CORRETO,
em prova realizada pela FCC, para o cargo de Procurador do Tribunal
de Contas/AL, em maro de 2008. IV. as multas contratuais. V. as
doaes recebidas e dividendos oriundos de uma empresa estatal
lucrativa. As doaes e dividendos percebidos, como receitas
resultantes de liberalidades graciosas, so bons exemplos de
receitas originrias, no se enquadrando como receitas derivadas. O
exemplo foi solicitado em prova realizada pela FCC, para o cargo de
Tcnico do MPU, em fevereiro de 2007. Diante do exposto, possvel
afirmar que, levando-se em considerao a classificao das receitas
pblicas, a doutrina afirma que so receitas derivadas e originrias,
respectivamente, as taxas e os preos pblicos. A assertiva foi
solicitada em item considerado CORRETO, em prova realizada pela
FCC, para o cargo de Procurador de Contas do Tribunal de Contas do
Estado de Roraima (TCE/RR), em abril de 2008. Observao: item
semelhante foi solicitado em prova realizada pela FGV Projetos,
para o cargo de Juiz Substituto de Carreira do Par (TJ/PA), em
2009. Da se falar que, enquanto as receitas originrias so as
produzidas pelos bens e empresas de propriedade pblica, a receita
tributria, tambm chamada de receita derivada, decorre do poder de
imprio estatal. A assertiva foi solicitada em item considerado
CORRETO, em prova realizada pela FCC, para o cargo de Advogado da
Cia. Paraibana de Gs (PBGS), em novembro de 2007. A assertiva foi
solicitada em item considerado CORRETO, em prova realizada pela
Universidade
45. Federal Fluminense (UFF/Coseac), para o cargo de Auditor da
UFF, em 2008. Por fim, como um importante exemplo de receita
originria, destacam-se os preos quase privados. Estes decorrem de
comrcio de bens, mercadorias e/ou servios fornecidos pelo Poder
Pblico, mas em regime de livre concorrncia com empresas privadas.
Exemplo: o valor cobrado por uma instituio financeira, mantida pelo
governo (e.g., um banco constitudo como sociedade de economia
mista), para a manuteno de uma conta corrente. Para Alberto
Deodato[14], preo quase privado o que, como se fora um particular,
o Estado cobra do indivduo por um servio ou uma coisa dada. Esse
servio ou essa coisa lhe poderiam ser fornecidos pelo particular ou
pela empresa privada, mas o Estado toma a si esse encargo para
finalidades remotas de utilidade para a comunidade. O interesse do
Estado no o lucro que o servio ou a coisa lhe vo dar, mas, muitas
vezes, um interesse remoto para comunidade. Passemos, agora,
classificao do Direito Tributrio, como um direito pblico,
obrigacional e comum. 1.3 O Direito Tributrio e sua natureza:
direito pblico, obrigacional e comum Quanto sua natureza, imperioso
destacar que o Direito Tributrio ramo que deriva do Direito
Financeiro, sendo deste a parte mais destacada e desenvolvida,
porque abrange todas as relaes jurdicas entre a Fazenda Pblica e o
contribuinte, a que esto vinculados interesses essenciais do Estado
e dos cidados[15]. Enquanto o Direito Financeiro regula, em todos
os momentos, a chamada atividade financeira do Estado, aquele o
Direito Tributrio trata da relao jurdica existente entre o Fisco e
o contribuinte ou das relaes ftico-econmicas indicativas de
capacidade contributiva[16], no concernente ao conjunto das leis
reguladoras da arrecadao dos tributos, bem como de sua fiscalizao.
Ademais, o Direito Tributrio pode ser classificado como ramo
jurdico pertencente ao direito pblico, com a figura do Estado
sempre presente em um dos polos da relao jurdica e sempre em situao
de superioridade jurdica perante o particular , haja vista o
interesse tutelado ser socialmente coletivo (o interesse pblico), o
que dota suas normas jurdicas de compulsoriedade. Luciano Amaro[17]
aduz que a preponderncia do interesse coletivo no direito dos
tributos evidente, da derivando o carter cogente de suas normas,
inderrogveis pela vontade dos sujeitos da relao jurdico-tributria.
Evidencia-se, pois, a noo de verticalidade, prpria da desigualdade
jurdica, que marca as relaes de direito pblico, em contraponto
horizontalidade, adstrita igualdade jurdica, que ocorre entre as
partes que compem a relao jurdica de direito privado. Desse modo,
fcil perceber que o interesse pblico deve prevalecer sobre o
interesse particular, na seara da tributao, desde que se respeitem
os direitos e garantias individuais. Conforme assevera o insigne
Jos Eduardo Soares de Melo[18], o Direito constitui um sistema
integrado por diversificadas normas que se encontram vinculadas, de
modo
46. horizontal e vertical, observando coerncia e harmonia, em
razo do que as classificaes, ou divises operadas pelos
legisladores, ou intrpretes, tm como objetivo bsico oferecer apenas
um carter utilitrio. A bem da verdade, a classificao do Direito
Tributrio como ramo do direito pblico, conquanto antiga e didtica,
meramente utilitria, nem sempre oferecendo um parmetro certeiro de
discriminao, no cotejo entre aquilo que pblico e o que , de fato,
privado. Alis, tem-se evidenciado hodiernamente a necessidade de
relativizao da mencionada distino, haja vista a notria publicizao
do direito privado. O binmio classificatrio direito pblico-direito
privado vale, em verdade, para indicar que a norma tributria, sendo
pblica, possui certas caractersticas que sobressaem luz de dados
critrios. Portanto, se a norma tributria pblica: (I) implica que o
Estado parte da relao jurdica (critrio subjetivo); (II) traz em seu
bojo a coatividade, ou seja, a imperatividade prpria das normas
cogentes (critrio do contedo tutelado pela norma jurdica); (III)
sinaliza que o interesse tutelado h de ser o interesse pblico
(critrio do interesse amparado pela norma jurdica). Ainda quanto
natureza, pode-se asseverar que o Direito Tributrio revela-se como
um ordenamento obrigacional e comum. Com efeito, o Direito
Tributrio um direito obrigacional, pois vincula o Estado ao
contribuinte, em uma relao de ndole obrigacional, ou seja, em um
liame estabelecido a partir da presena de partes (sujeito ativo e
sujeito passivo), de prestao (objeto) e de vnculo jurdico (causa),
como elementos estruturais da obrigao tributria. Por sua vez, o
Direito Tributrio um direito comum, haja vista a fixao de regras de
carter geral, visando atingir uma generalidade de pessoas e
situaes. Note o item considerado CORRETO, em prova realizada pelo
Ministrio Pblico de Minas Gerais (43 Concurso), para o cargo de
Promotor de Justia, em 2003: So caractersticas do Direito
Tributrio: o ordenamento de direito pblico; ordenamento de direito
comum e ordenamento de direito obrigacional. 1.4 O Direito
Tributrio e sua autonomia O Direito Tributrio desfruta de autonomia
perante os demais ramos jurdicos. Apresenta-se, pois, como um
direito autnomo, em face da homogeneidade de sua estrutura
normativa e de seus preceitos elementares. No apenas um ramo
didaticamente autnomo dos demais; frui, sem sombra de dvida, uma
autonomia dogmtica ou cientfica (corpo de regras prprias orientadas
por princpios jurdicos prprios, no aplicveis aos demais ramos da
cincia jurdica[19]) e uma autonomia estrutural (institutos
dessemelhantes dos demais ramos do Direito). Ruy Barbosa
Nogueira[20] assevera que foi especialmente depois da I Guerra
Mundial que o Direito Tributrio veio alcanar a situao de ramo
jurdico autnomo, pelo contedo e pela forma, que hoje
incontestavelmente possui. Paulo de Barros Carvalho[21], com
mestria, assevera:
47. (...) o direito tributrio positivo o ramo didaticamente
autnomo do direito, integrado pelo conjunto das proposies
jurdico-normativas que correspondam, direta ou indiretamente,
instituio, arrecadao e fiscalizao de tributos. Curiosamente, no
faltam autores que defendem apenas a autonomia didtica[22], com
exclusivismo. Independentemente da existncia de uma forma ou outra
de autonomia, fato que sobejam os institutos genuinamente
tributrios, que ratificam a condio do Direito Tributrio como um
ramo cientfica e metodologicamente autnomo: o lanamento, a
consulta, a substituio tributria, a relao jurdico-tributria, o
arbitramento etc. Note o item considerado CORRETO, em prova
realizada pela Esaf, para o cargo de Auditor Fiscal do Tesouro
Nacional, em 1991: considerado autnomo apenas do ponto de vista
didtico, relacionando-se com todos os demais ramos dado a unicidade
do direito. Observao: no se mencionou a autonomia cientfica, por ns
entendida como correta, mas nos pareceu que o item pretendia
veicular a ideia central da dependncia, o que o torna correto.
Nesse compasso, o legislador constituinte, em 1988, ao ratificar a
noo de autonomia, houve por bem quando disciplinou no art. 24, I:
Art. 24. Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre: I direito tributrio, financeiro (...).
cedio que o Direito, em si, uno e indivisvel, entretanto, na busca
da unidade do Direito, percebe-se que o Direito Tributrio, cindvel
que , longe est de ser totalmente independente em relao aos demais
ramos da cincia jurdica e at mesmo de outras cincias. A esse
propsito, Luciano Amaro[23] assevera: evidente que no se pode falar
em autonomia deste ou daquele ramo do direito querendo significar
que ele tenha vida prpria e independente dos setores da cincia
jurdica. Frise-se que a dependncia que marca o seu convvio com
outras cincias no vai de encontro sua autonomia cientfica e
estrutural perante os demais ramos do Direito, mas apenas sinaliza
que patente a existncia de um grau de entrelaamento, um vis de
harmonizao ou uma rea aberta interseco. Afirmar-se que o Direito
Tributrio absolutamente autnomo (ou totalmente autnomo ou, ainda,
inteiramente independente) apostar em anlise precipitada e errnea.
O que h, em verdade, uma relativizao da autonomia, em face da
coexistncia no Direito Tributrio de realidades e institutos
tipicamente particulares e de conceitos utilizados em outros ramos
do Direito. Note o item considerado INCORRETO, em prova realizada
pela Esaf, para o cargo de Auditor Fiscal do Tesouro Nacional, em
1991: Em relao ao Direito como um todo, o Direito Tributrio,
totalmente independente dos demais ramos, possuindo metodologia
prpria de interpretao e estruturao. Luciano Amaro[24], com argcia,
prossegue no raciocnio: O ordenamento jurdico um todo uno, no se
pode reconhecer vida prpria e independente a nenhum de seus
setores. Cada qual dos ramos do direito se relaciona com os demais,
embora possa ser tratado de maneira especializada e assumir ares de
relativa autonomia.
48. Na mesma direo, segue Jos Eduardo Soares de Melo[25], que
assevera: O estudo, a compreenso e a aplicao do Direito Tributrio
no podem ser realizados de forma unilateral e isolada das inmeras
regras integrantes de demais segmentos jurdicos, uma vez que as
normas tributrias incidem e recaem sobre uma infinidade de
preceitos e institutos do universo jurdico, de natureza civil,
comercial, trabalhista, previdenciria etc.. Nesse diapaso,
evidencia-se que o Direito Tributrio estabelece conexo com o
Direito Constitucional, o Direito Financeiro, o Direito
Administrativo, o Direito Penal, o Direito Processual, o Direito
Internacional Pblico, o Direito Civil e com outras cincias. Note o
item considerado INCORRETO, em prova realizada pela Esaf, para o
cargo de Auditor Fiscal do Tesouro Nacional, em 1991: Em relao ao
Direito como um todo, o Direito Tributrio, vincula-se apenas ao
Direito Administrativo e ao Direito Constitucional, no se
relacionando com os demais ramos. Da se afirmar, com boa dose de
segurana, que o conhecimento do Direito Tributrio est longe de
prescindir do estudo das demais regras do ordenamento jurdico,
afetas s outras cincias jurdicas, pois o direito tributrio est
visceralmente ligado a todo o universo das regras jurdicas em
vigor, no podendo dispensar, nas suas construes, qualquer delas,
por mais distante que possa parecer[26]. Mostram-se claudicantes
quaisquer tentativas de legislar ou de se teorizar sobre o Direito
Tributrio, bem como de o lecionar, se no se avocarem os elementos
dogmtico-fundantes de outras searas da cincia jurdica. Vamos
analisar, sucintamente, esses laos de convivncia com as demais
cincias: I. O Direito Tributrio e o Direito Constitucional H entre
esses dois ramos do Direito uma ntima ligao, da qual despontam
vrios pontos de interseco, v.g., os limites ao poder de tributar
(princpios e imunidades), o estabelecimento dos preceitos
especficos de certos impostos, as discriminaes das rendas
tributrias e das competncias impositivas, as espcies de tributos,
entre outras generalidades constitucionais da tributao. Para
Kiyoshi Harada[27], o direito tributrio tem relao direta com o
Direito Constitucional por representar este o tronco da rvore
Jurdica donde se originam todos os ramos jurdicos. Nessa toada,
segue Luciano Amaro[28], para quem a Constituio contm as bases do
ordenamento jurdico, nela que se encontra o prprio fundamento de
validade do tributo. E, ainda, prossegue o autor[29], asseverando
que o conjunto de normas sobre tributos, contido na Constituio,
compe o que se poderia chamar de direito tributrio constitucional.
II. O Direito Tributrio e o Direito Financeiro H patente interligao
entre esses dois ramos vizinhos do Direito, mantendo-se, entre
eles, uma relao estreita[30]. O Direito Tributrio no se confunde
com o Direito Financeiro, que sob certo aspecto pode ser tido como
abrangente daquele ramo jurdico[31].
49. Enquanto o Direito Financeiro ncleo de derivao do Direito
Tributrio uma cincia jurdica que registra normativamente toda a
atividade financeira do Estado, na busca de uma aplicao prtica, o
Direito Tributrio, por sua vez, a cincia jurdica que, disciplinando
o convvio entre o tesouro pblico e o contribuinte[32], dedica-se
receita tributria, isto , parte mais desenvolvida daqueloutra
disciplina. Ademais, o Direito Financeiro e o Direito Tributrio se
comunicam quando tratam, v.g., de receitas pblicas, entre outros
temas. Note o item considerado CORRETO, em prova realizada pelo
Cespe/UnB, para o cargo de Procurador do Estado de Alagoas (1
Classe), em 24-01-2009: O direito financeiro cuida do oramento, do
crdito, da receita e da despesa no mbito da administrao pblica.
Vale dizer que o Direito Tributrio captulo desgarrado do Direito
Financeiro, entretanto, semelhana da mxima segundo a qual o filho
bom a casa torna, o Direito Tributrio mantm ntimo elo com o Direito
Financeiro, pelo fato de terem princpios gerais comuns e, afinal,
um e outro disciplinarem setores da mesma atividade: a atividade
financeira[33]. Para Luciano Amaro[34], possvel falar-se no direito
tributrio, como ramo autnomo da cincia jurdica, segregado do
direito financeiro. E prossegue o autor[35], referindo-se ao cotejo
desses dois ramos do Direito: O direito tributrio apenas um setor
do direito financeiro que, atingindo relativo grau de complexidade,
passou a ser legislado em diploma normativo especfico (...). Urge
mencionar, ademais, que o Direito Tributrio ramo jurdico que se
liga, na perspectiva da instituio, arrecadao e fiscalizao dos
gravames, a certos episdios da cronologia tributria: ao nascimento,
vida e morte do tributo. Aquilo que se distanciar de tais
atividades no habitar o campo do Direito Tributrio, ingressando no
espectro de abrangncia do Direito Financeiro. Note o item
considerado CORRETO, em prova realizada pelo Instituto
Pr-Municpio/CE, para o cargo de Fiscal Municipal de Tributos da
Prefeitura de Pacatuba/CE, em 2009: O Direito Tributrio o ramo do
Direito que regula o sistema tributrio e disciplina o lanamento, a
arrecadao, fiscalizao e aplicao dos tributos. De fato, a destinao
elemento irrelevante para classificar juridicamente os tributos,
dando-lhes esta ou aquela roupagem tributria, conforme o art. 4,
II, do CTN, segundo o qual: Note o item considerado INCORRETO, em
prova realizada pelo TJ/DFT, para o cargo de Juiz de Direito
Substituto do Distrito Federal e Territrios, em 04-112007: A
destinao legal do produto da arrecadao do tributo essencial para a
determinao de sua natureza jurdica. Note o item considerado
INCORRETO, em prova realizada pelo Cespe/UnB, para o cargo de
Analista do Serpro (Especializao: Advocacia), em 07-12-2008: A
definio de tributo depende da destinao legal do produto de sua
arrecadao. Art. 4: A natureza jurdica especfica do tributo
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigao, sendo
irrelevantes para qualific-la: (...) II a destinao legal do produto
da sua arrecadao. (Grifos nossos) Sendo assim, o destino do importe
arrecadado, a ttulo de tributo, h de ser cuidado
50. por diverso ordenamento jurdico, e no pelo Direito
Tributrio. Este s se ocupa dos momentos que se antepem extino do
liame fiscal, no se atendo poltica do gasto estatal. Note o item
considerado INCORRETO, em prova realizada pela FCC, para o cargo de
Procurador do Estado de 2 Classe de Sergipe, em maio de 2005:
Direito Tributrio o conjunto de normas que regula o destino dos
valores arrecadados a ttulo de tributo dentro da mquina do Estado.
A esse propsito, Sacha Calmon[36] discorre com clareza: O que o
Soberano, o Prncipe, o Estado, enfim, faz ou deixa de fazer com o
dinheiro arrecadado dos particulares , para o Direito Tributrio,
res inter allios e, realmente, no interessa. O destino do tributo,
sua aplicao mera providncia de tesouraria, como diria o inesquecvel
justributarista baiano Amlcar de Arajo Falco. Importante o momento
da imposio; o motivo jurdico da percepo do gravame pelo Estado.
Tributo prestao pecuniria imposta aos particulares, e isso srio,
serssimo. III. O Direito Tributrio e o Direito Administrativo H um
forte elo entre essas disciplinas jurdicas, no que toca ao
funcionamento dos rgos da administrao pblica. At mesmo o setor
exclusivamente especfico, prprio da disciplina do funcionamento dos
rgos da atividade pblica, mantm relaes com o Direito Tributrio[37].
De fato, o contexto ftico que envolve o rgo tributrio as reparties
e servidores , nas atividades impositivas de arrecadao e fiscalizao
dos tributos, em razo do fato de serem tarefas administrativas,
sujeitam-se s normas disciplinares do Direito Administrativo. Sendo
assim, o Direito Tributrio, dando embasamento para os diversos
procedimentos impositivo-tributrios[38], trata especialmente da
organizao administrativa tributria, do lanamento e do controle
administrativo ou fiscalizao, dispondo tambm sobre as relaes entre
funcionrios fiscais e contribuintes[39]. Por derradeiro, frise-se
que, no obstante a forte ligao entre as duas mencionadas
disciplinas jurdicas, no se pode afirmar que o Direito Tributrio
Positivo ramo didaticamente dependente do Direito Administrativo,
uma vez que regula obrigatoriamente a ao do Estado para a cobrana
do Tributo. A assertiva foi considerada INCORRETA, em prova
realizada pelo CEJUR/PGE-GO, para o cargo de Procurador do Estado
de Gois (8 Concurso), em 02-04-2000. IV. O Direito Tributrio e o
Direito Penal H clara intimidade entre o Direito Tributrio e o
Direito Penal, na medida em que o primeiro, marcado pela
compulsoriedade na tributao, d margem aplicao de sanes, em caso de
inadimplemento obrigacional ou de infrao tributria, v.g., a priso,
a multa, o regime especial de fiscalizao, a interdio, o perdimento
de bens, a apreenso de coisas etc. No h dvida de que subsiste
vigoroso elo entre o Direito Penal e o Direito Tributrio,
principalmente quanto interpretao dos chamados crimes tributrios,
como tambm interpretao e aplicao das infraes fiscais que capitulam
penas
51. pecunirias[40]. Esse forte nexo leva o estudioso do Direito
Tributrio a bem trafegar em terreno do Direito Penal, ao lidar com
os conceitos e institutos que lhe so genunos, v.g., contrabando,
descaminho, apropriao indbita, entre outros, sem contar aqueles
delitos de ordem precipuamente tributria, ali tratados, por
exemplo, o excesso de exao[41]. Note o item considerado CORRETO, em
prova realizada pela Universidade do Estado de Mato Grosso
(Unemat), para o Cargo de Agente de Tributos Esta-duais/MT, em
1-06-2008: Se o funcionrio exige tributo ou contribuio social que
sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na
cobrana meio vexatrio ou gravoso, que a lei no autoriza,
desviando-o, em proveito prprio ou de outrem, pratica o delito de
excesso de exao. Observao: item semelhante foi solicitado em (I)
prova realizada pela Vunesp, para a Outorga de Delegaes de Notas e
de Registros do Estado de So Paulo (6 Concurso TJ/SP), em 30-08-
2009, e em (II) prova realizada pelo Cespe/UnB, para o cargo de
Agente Fiscal de Tributos Municipais da Prefeitura de Teresina/PI,
em 18-05-2008. Evidencia-se, assim, que em muitos pontos no se v o
Direito Tributrio, sem enxergar o Direito Penal, sendo este o
necessrio pano de fundo daquele, em inmeras questes jurdicas que
avocam a interdisciplinaridade. Paradoxalmente, o estudo de um tem
provocado repulsa anlise do outro, por parte dos operadores do
Direito. Parafraseando o estimado professor Hugo de Brito
Machado[42], os penalistas geralmente pouco conhecem do Direito
Tributrio, e os tributaristas quase nada sabem do Direito Penal. V.
O Direito Tributrio e o Direito Processual Torna-se fcil perceber a
conexo dogmtica entre o Direito Tributrio e o Direito Processual,
na medida em que a tributao, naturalmente, abre-se para a
resistncia, e esta, para a composio de litgios, no palco do
contraditrio e da ampla defesa. Para Ruy Barbosa Nogueira[43], na
tela judiciria, as aes fiscais so regidas pelo CPC. Na tela
administrativa, existe uma regulamentao dos procedimentos,
regulamentao essa que inspirada e se harmoniza mesmo com muitos
institutos do Direito Processual, (...). Ao Direito Processual
incumbe a estipulao de regramentos que nortearo o iter
procedimental da lide tributria, quer na seara do processo
administrativo fiscal, quer na rbita judicial neste caso, em si, no
curso das aes judiciais, e.g., em mandado de segurana, em ao
declaratria, em ao anulatria, em ao repetitria, em ao consignatria,
em embargos execuo fiscal, entre outras. VI. O Direito Tributrio e
o Direito Internacional Pblico H forte lao comunicante entre as
searas jurdicas em destaque, uma vez imprescindvel o devido
tratamento a ser dado aos tratados e convenes internacionais, com o
fito de inibir a bitributao internacional, ao lado da inafastvel
necessidade de sistematizao dos impostos aduaneiros, perante suas
implicaes no plano econmico interno. VII. O Direito Tributrio e o
Direito Civil
52. H ntima articulao entre essas esferas jurdicas,
principalmente, no aspecto material do fato gerador, ligado aos
conceitos de propriedade e transmisso de bens mveis e imveis, de
compra e venda de imveis[44], de prestao de servios, entre outros.
Para Kiyoshi Harada[45], o direito tributrio tem conexes com o
Direito Civil, no qual foi buscar vrias de suas categorias
jurdicas, muitas vezes, vinculando a estrutura privada desses
conceitos estrutura do direito pblico. VIII. O Direito Tributrio e
outros ramos cientficos O Direito Tributrio no se mostra,
igualmente, infenso a implicaes oriundas de outras searas
cientficas. Abaixo, citamos apenas trs ramos cientficos Cincia das
Finanas, Merceologia e Economia , entre vrios existentes (Poltica,
Histria, Sociologia, Contabilidade, Estatstica etc.), a fim de que
o leitor perceba o vis de entrelaamento com o Direito Tributrio:
(I) Cincia das Finanas: na Cincia das Finanas, o Direito Tributrio
vai buscar muitos princpios econmico-financeiros para base da
elaborao de seus institutos[46]. A propsito, a Cincia das Finanas
se dedica atividade financeira do Estado, em uma perspectiva
meramente especulativa, prpria da cincia pura, por meio da qual se
informa o legislador, diante da evoluo do Direito, sobre a
convenincia fiscal de dado objeto investigvel[47]. (II)
Merceologia: na Merceologia, o Direito Tributrio vai buscar o
esclarecimento dos elementos de fato adstritos incidncia do IPI, do
ICMS e dos impostos aduaneiros (de exportao e importao), uma vez
que tal cincia se dedica classificao, nomenclatura ou especificao
das mercadorias[48]. (III) Economia: na Economia, buscar-se- com o
Direito Tributrio a troca de informaes, ligadas aos fatores de
riqueza, produo, circulao, distribuio e consumo, uma vez que
patente a atuao do tributo como forma de interveno no campo
econmico. Ademais, as duas disciplinas, unidas em saudvel
interdisciplinaridade, permitiro que se alcancem formas de obteno
de melhores resultados econmicos, com maior aproveitamento da
elevada carga tributria do nosso pas. 2 O DIREITO TRIBUTRIO E OS
LIMITES AO PODER DE TRIBUTAR 2.1 Introduo A Constituio Federal impe
limites ao poder de tributar, ou seja, limites invaso patrimonial
tendente percepo estatal do tributo. Essas limitaes advm,
basicamente, dos princpios e das imunidades constitucionais
tributrias e esto inseridas nos arts. 150, 151 e 152 da Carta
Magna. Nos captulos seguintes, iremos nos dedicar, com
profundidade, ao estudo dos princpios tributrios, conforme a ordem
abaixo sugerida: a) Legalidade Tributria (art. 150, I); b)
Anterioridade Tributria (art. 150, III, b e c); c) Isonomia
Tributria (art. 150, II);
53. d) Irretroatividade Tributria (art. 150, III, a); e) Vedao
ao Confisco (art. 150, IV); f) No limitao ao Trfego de Pessoas e
Bens e a Ressalva do Pedgio (art. 150, V); g) Uniformidade
Geogrfica (art. 151, I); h) Proibio da tributao federal
diferenciada da renda da dvida pblica e da remunerao dos agentes,
em mbito no federal (art. 151, II); i) Proibio das Isenes
Heternomas (art. 151, III). 2.2 Limitaes constitucionais ao poder
de tributar Os princpios constitucionais tributrios, que regulam a
tributao, so considerados limitaes constitucionais ao poder de
tributar. Para a exata compreenso dessa expresso, convm
enfrentarmos, de incio, alguns conceitos elementares. Destaco dois
deles: o conceito de Estado e o conceito de Poder. Note o item
considerado CORRETO, em prova realizada pela Universidade Regional
do Cariri (URCA/CE), para o cargo de Auditor Fiscal da Prefeitura
Municipal de Juazeiro do Norte/CE, em 16-08-2009: Os princpios
tributrios so limitaes constitucionais ao poder de tributar.
Seguindo a trilha definitria de Georg Jellinek[49], citado por
Dalmo de Abreu Dallari, o Estado a corporao territorial dotada de
um poder de mando originrio. Assim, enquanto o territrio delimita a
atuao de soberania estatal, esta sinaliza a posio de independncia e
supremacia deste Estado em relao ao povo. Alis, para a formao do
Estado, faz-se necessria a existncia de trs elementos fundantes e
condicionais: um territrio, o povo e o governo soberano. Uma
pergunta exsurge: como o ente poltico, intitulado Estado, exige dos
indivduos uma parcela do seu patrimnio particular? A resposta
simples: tudo se d no exerccio da soberania estatal. De fato,
dentre as vrias facetas da soberania do Estado, destaca-se uma, o
poder de tributar[50], como relevante fragmento dessa soberania.
Antes de nos debruarmos sobre o conceito de poder de tributar, urge
definirmos o conceito de poder, com o fito de apreendermos, com
xito, a ideia de que os princpios tributrios aos quais chegaremos
nos prximos tpicos desta obra so, inafastavelmente, limitaes
constitucionais ao poder de tributar. Partindo-se da reflexo de
Norberto Bobbio[51], o poder uma relao entre dois sujeitos onde um
impe ao outro sua vontade e lhe determina, mesmo contra vontade, o
comportamento. Desse trao conceitual, deduz-se que o poder,
imanente s organizaes sociais, desdobrar-se- na interao de
vontades, com a prevalncia de uma sobre outra. Em outras palavras,
o exercente do poder impe sua vontade a outrem o subordinado ao
poder , exigindo-lhe dado comportamento. imperioso destacar,
todavia, que a noo de poder (poltico) no se confunde com a ideia de
fora, e vice-versa. A esse propsito, Norberto Bobbio[52] nos ensina
que o fato de a possibilidade de recorrer fora ser o elemento que
distingue o poder poltico
54. das outras formas de poder no quer dizer que o poder
poltico se resolva atravs do uso da fora. O uso da fora uma condio
necessria, mas no suficiente para a existncia do poder poltico
(...). Da se assegurar que a relao de tributao no relao de
poder-fora, mas, sim, uma relao de poder-direito. Sob essa
diretriz, desponta a relao de tributao, assumindo um formato de
relao jurdica, e no de relao de fora. Desse ponto, j conseguimos
migrar para a anlise da expresso poder de tributar. Conquanto a
expresso poder de tributar parea indicar fora de comando ou poder
de mando, no essa a melhor exegese que se deve fazer da fatia da
soberania financeira, intitulada por alguns de soberania fiscal. O
poder de tributar , em verdade, um poder de direito, lastreado no
consentimento dos cidados, destinatrios da invaso patrimonial,
tendente percepo do tributo. Se h em seu emprego uma parcela de
fora, ela se mostra institucionalizada, dotada de juridicidade. No
estudo da soberania estatal, diz-se que, tendo o Estado surgido com
a funo precpua de prover necessidades coletivas, h de estar ele
munido do poder de exigir dos governados uma participao nos
encargos pblicos. Note o item considerado CORRETO, em prova
realizada pela Esaf, para o cargo de Analista de Planejamento e
Oramento (APO), em 07-06-2008: Receita tributria uma receita
derivada que o Estado arrecada, mediante o emprego de sua
soberania, sem contraprestao diretamente equivalente e cujo produto
se destina ao custeio das atividades gerais ou especficas que lhe
so prprias. Observao: o mesmo item foi considerado CORRETO, em
prova realizada pela Cesgranrio, para o cargo de Analista
Previdencirio/INSS Cincias Contbeis, em janeiro de 2005. Por essa
razo, Ruy Barbosa Nogueira[53] assevera que o poder de tributar ,
portanto, uma decorrncia inevitvel da soberania que o Estado exerce
sobre as pessoas de seu territrio, ao qual corresponde, por parte
dos indivduos, um dever de prestao. Nessa esteira, com a argcia que
lhe peculiar, segue Ricardo Lobo Torres [54], para quem a soberania
financeira, que do povo, transfere-se limitadamente ao Estado pelo
contrato constitucional, permitindo-lhe tributar e gastar. Sendo
assim, como o poder envolve uma relao de pessoas, integrantes de um
liame, em um plano de sujeio de um com relao ao outro, cabe
indagarmos, na seara da tributao, como se d esta relao entre o
contribuinte, de um lado, e o Estado, de outro. cedio que o Estado
necessita, em sua atividade financeira, captar recursos materiais
para manter sua estrutura, disponibilizando ao cidado-contribuinte
os servios que lhe compete, como autntico provedor das necessidades
coletivas. A cobrana de tributos se mostra como uma inexorvel forma
de gerao de receitas, permitindo que o Estado suporte as despesas
necessrias consecuo de seus objetivos. Da se afirmar, com a
segurana doutrinria que nos oferta o eminente Hugo de Brito
Machado[55], que o tributo tem por finalidade algo que no se
confunde, em si, com a disciplina jurdica que dele cuida, i.e., o
Direito Tributrio. Enquanto o tributo visa suprir os cofres pblicos
de recursos bastantes ao custeio das atividades estatais, no plano
da
55. arrecadao, o Direito Tributrio almeja efetivar o controle
do poder de tributar, perpetrado pelo Estado que tributa. Aliomar
Baleeiro[56], com preciso, j nos fazia relembrar: o tributo vetusta
e fiel sombra do poder poltico h mais de 20 sculos. Onde se ergue
um governante, ela se projeta sobre o solo de sua dominao. Inmeros
testemunhos, desde a Antiguidade at hoje, excluem qualquer dvida.
Hoje, na esteira de Hugo de Brito Machado[57], sentimo-nos
autorizados a defender que o Direito Tributrio existe para
delimitar o poder de tributar, transformando a relao tributria, que
antigamente foi uma relao simplesmente de poder, em relao jurdica.
A sujeio do contribuinte ao poder do Estado se d quando aquele, de
um lado, atende norma jurdica que o leva assuno do nus tributrio ,
e este, de outra banda, instado igualmente a cumpri-la, na comum
plataforma jurdico-tributria, expressa o poder de coao tendente
percepo do tributo. Por essa razo, entendemos que a relao de poder
na seara tributria, apresentando-se pela via da compulsoriedade,
atrela-se inafastvel figura da legalidade, o que transforma a relao
tributria em uma ntida relao jurdica, e no de poder. Valendo-se de
analogia, para melhor explicar o fenmeno, poder-