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ANDRÉA KOCHHANN ÂNDREA CARLA MORAES MANUAL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE DAVID PAUL AUSUBEL UEG Anápolis - GO 2012

Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

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Manual didático pedagógico elaborado a partir da minha monografia no curso de Pedagogia!

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Page 1: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

ANDRÉA KOCHHANN

ÂNDREA CARLA MORAES

MANUAL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO DA

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

DE DAVID PAUL AUSUBEL

UEG – Anápolis - GO

2012

Page 2: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

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Editoração do texto: Andréa Kochhann

Correções ortográficas: Ricardo Wobeto

Capa: Taylor Moreira

Editoração da Capa: Bruno Alencar

Catalogação de Imagens: Elenaice Silva de Paula

Impressão: Gráfica da UEG

Catalogação na Fonte

Biblioteca da UnUCET-Universidade Estadual de Goiás Bibliotecária Betânia Fernandes Dourado – CRB 2.261

K76m

Kochhann, Andréa.

Manual didático-pedagógico da aprendizagem significativa de

David Paul Ausubel / Andréa Kochhann; Ândrea Carla Moraes. –

Anápolis : Universidade Estadual de Goiás, 2012.

40p.

1. Aprendizagem . 2. Didática. 3. Psicologia educacional.

4. Ausubel, David Paul. I. Moraes, Ândrea Carla. II. Título.

CDU: 37.015.3

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AGRADECIMENTOS À UEG:

pelo fomento da pesquisa e da bolsa de iniciação científica PIBIC/UEG, registrada

na PrP – Pró-Reitoria de Pesquisa, intitulada “APRENDIZAGEM

SIGNIFICATIVA NA PERSPECTIVA DE DAVID AUSUBEL: uma análise

teórica e metodológica a partir de experiências do Estágio Curricular na

Educação Infantil”, no período 2011/2012.

pela aprovação da ação extensionista intitulada , registrado na PrE – Pró-Reitoria de

Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis, intitulado “CONHECENDO A

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE DAVID AUSUBEL”, no período

2012/2013.

AGRADECIMENTOS AS COLABORADORAS DO PROJETO DE EXTENSÃO:

Francisca Queiroz de Paula Landim,Thais Gomes Silva, Elenaice Silva de Paula e Fernanda

Rosa Matos Cintra

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A todos os envolvidos direta e indiretamente com a aprendizagem significativa.

DEDICAMOS ESTA PRODUÇÃO

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QUAL A JUSTIFICATIVA PARA ESSE MANUAL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO?

presente proposta de discussão desse Manual Didático-Pedagógico tem como

tema central a aprendizagem significativa, segundo a teoria de David Ausubel.

A escolha do tema partiu da realidade do estágio, visto que, nas primeiras

observações realizadas, percebeu-se que seria necessário discutir o conceito de

aprendizagem significativa, para estudar algumas questões observadas.

Primeiramente buscou-se informações sobre o assunto na biblioteca da Unidade de

São Luís de Montes Belos e foi constatado que não havia nenhuma produção monográfica

sobre o tema e apenas um referencial teórico. Ao nosso ver essa teoria deveria ser levada

em consideração para se trabalhar em todos os níveis de ensino, mas, principalmente na

Educação Infantil e Ensino Fundamental, por serem o alicerce da formação intelectual.

Então, consolidou-se o desejo de conhecer sobre a aprendizagem significativa e a postura

didático-metodológica do professor mediante a teoria de Ausubel, por meio de uma

pesquisa registrada na PrP (Pró-Reitoria de Pesquisa - UEG) intitulada

“APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA PERSPECTIVA DE DAVID AUSUBEL: uma

análise teórica e metodológica a partir de experiências do Estágio Curricular na Educação

Infantil”, e que foi suporte para uma monografia de conclusão do curso de Pedagogia.

Nessa intenção fez-se uma investigação sobre o estado da arte dessa temática, com

intuito de perceber as produções sobre a teoria de Ausubel em nível de mestrado e

doutorado em algumas instituições de ensino superior brasileiras. Construir o estado da arte

visa um mapeamento das pesquisas já realizadas sobre a temática. Assim, realizou-se a

busca nas bibliotecas virtuais da UEG, UFG, PUC-GO, UNICAMP, UNESP, USP e PUC-

SP. A escolha pelas universidades goianas deve-se ao fato de serem as mais conceituadas,

entre as Estaduais, Federais e Privadas. Quanto à escolha das instituições paulistas justifica-

se por serem instituições de renome nacional. Fora encontradas poucas produções nas

instituições paulistas e nenhuma nas goianas.

Outro ponto plausível para justificar a temática foi quanto a participação do grupo

dessa ação em eventos educacionais e percebido que a discussão se alicerça quanto à

necessidade de modificar paradigmas nas práticas pedagógicas. Vários educadores,

pesquisadores e/ou professores preocupados com os rumos educação dizem que é

necessário romper com o paradigma cartesiano, que está ultrapassado para a sociedade

contemporânea, discutem a necessidade de buscar o holístico de ensino e aprendizagem

Page 6: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

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para se orientarem. A aprendizagem significativa, embasada em Ausubel, pode ser uma

maneira de colocar a prática holística sistêmica em ação, isto é, buscar uma prática que

desperte a curiosidade, o desejo e a autonomia das crianças para que no futuro próximo

essas sejam pessoas críticas e reflexivas de sua realidade. Assim, efetivou-se o projeto de

extensão pela PrE (Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis - UEG)

intitulado “CONHECENDO A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE DAVID

AUSUBEL”, que originou este, enquanto um produto acadêmico.

QUAL A RELEVÂNCIA DESSE MANUAL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO?

relevância maior dessa proposta se faz pela conscientização por parte,

inicialmente da professora orientadora dessa ação e dos acadêmicos envolvidos e

posteriormente de todos os que tiverem contato com as reflexões deste trabalho,

quanto à necessidade da mudança na postura didático-metodológica do professor e na

compreensão dos fatores relativos ao processo de aprendizagem significativa, segundo a

teoria de Ausubel, os quais estão previstos nos documentos legais da educação brasileira. É

preciso levar em conta os fatores cognitivos, no intuito de melhorar a forma do ensino e a

dinâmica do processo de aprendizagem, visto que supostamente os alunos têm sede e

curiosidade pelo aprender e que, muitas vezes, a escola e o professor com seus materiais

didáticos e suas metodologias ou o pouco conhecimento teórico, diminuem ou acabam com

esse desejo da criança.

QUAIS OS OBJETIVOS DESSE MANUAL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO?

presentar as considerações teóricas e metodológicas sobre a postura didático-

metodológica do professor, mediante a teoria de Ausubel, para a aprendizagem

significativa da criança é o objetivo maior deste manual,

apresentar o conceito sobre a teoria da aprendizagem significativa,

discursar sobre as tipologias da aprendizagem significativa ausubeliana,

discutir as proposições teóricas ausubelianas quanto as questões didático-metodológicas,

elencar os pontos facilitares e limitadores da aprendizagem significativa,

apresentar metodologias na sala de aula conforme sugere Santos (2009)

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QUAIS TEÓRICOS SERÃO DISCUTIDOS NESSE MANUAL DIDÁTICO-

PEDAGÓGICO?

retende-se apresentar com este Manual discurso com perguntas e respostas

abordando teóricos como Moreira e Masini (1982) que escrevem sobre

conceitos e tipologias da teoria da aprendizagem significativa; Praia (2000) que

aborda questões de outras teorias relacionadas à de Ausubel; Moreira, Caballero e Rodriguez

(1997) que tratam sobre a teoria da aprendizagem significativa de Ausubel de uma maneira

geral focando conceitos e tipologias; Novak (1981) que trata da estrutura cognitiva do ser

que aprende; Aragão (1976) que discute questões didático-metodológicas apontando qual

deve ser a postura do professor dentro da sala de aula; Alegro (2008) que aborda sobre o uso

de mapas conceituais como uma metodologia que desvela os conhecimentos prévios dos

alunos; Moreira (2000) que aborda alguns pontos facilitadores, bem como limitadores da

aprendizagem significativa; Takeuchi (2009) que discute os mapas conceituais e a

neurociência aplicada a educação e outros teóricos que abordam essa teoria; Santos (2009)

que discute as modalidades e atitudes para a aprendizagem significativa, o papel do

professor em sua postura didático-metodológica na sala de aula e as crenças a serem

rompidas e outros.

QUEM FOI DAVID AUSUBEL?

avid Paul Ausubel é filho de uma família judia

pobre, nasceu nos Estados Unidos, na cidade

de Nova York, morador do bairro de Brooklyn,

em 25 de Outubro do ano de 1918, vindo a falecer em 09

de Julho de 2008, momento em que tinha 90 anos.

Segundo Carvajal e Morin (2007), Ausubel se formou em

medicina e psicologia pela Universidade de Pensilvânia e

Middlesex. Desenvolveu trabalhos no serviço público dos

Estados Unidos como cirurgião assistente e psiquiatra

residente. Em seguida, fez doutorado em psicologia do

desenvolvimento pela Universidade de Columbia.

Imagem 1

Page 8: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

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Na década de 50 realizou vários trabalhos e publicações sobre a psicologia cognitiva

pela Universidade de Illinois. Após esse período foi professor visitante em várias

Universidades europeias e trabalhou como diretor do departamento de pós-graduação em

psicologia da educação na Universidade de Nova York até se aposentar, em 1975. Recebeu a

premiação da Associação Americana de Psicologia, em 1976, devido a sua imensa

contribuição para a psicologia da educação. Trabalhou até sua morte com a psiquiatria

infantil.

POR QUE AUSUBEL CRIOU A TEORIA DA APRENDIZAGEM

SIGNIFICATIVA?

rovavelmente o que tenha levado Ausubel a aprofundar seus estudos e criar a

teoria da aprendizagem significativa possa ser a sua insatisfação com a

educação que recebeu. Na concepção de Ausubel a educação é violenta e

reacionária, porque imprimia em seus alunos o terror a partir dos castigos e das humilhações

que vivia dentro da escola. Santos (2010, p.01) alega que Ausubel recorda de um momento

aterrorizante de sua educação quando disse que a professora “Escandalizou-se com um

palavrão que eu, patife de seis anos, empreguei certo dia. Com sabão de lixívia lavou-me a

boca. Submeti-me. Fiquei de pé num canto o dia inteiro, para servir de escarmento a uma

classe de cinquenta meninos assustados [...].”. Mediante os tantos traumas sofridos por

Ausubel e o sentimento de ser cárcere de uma escola pode ser o grande motivo para que

desenvolvesse trabalhos ao longo de sua vida que levasse em conta os motivos, as

motivações e as significâncias para que alguém frequentasse uma classe escolar. Por isso,

Ausubel se dedicou a compreender a aprendizagem significativa a partir da psicologia

cognitiva. Para Moreira e Masini (1982, p. 3) “A Psicologia cognitivista preocupa-se com o

processo da compreensão, transformação, armazenamento e o uso da informação envolvida

na cognição, e tem como objetivo identificar os padrões estruturados dessa transformação.”.

A teoria da aprendizagem significativa de Ausubel (1982) é uma teoria cognitivista que

procura explicar os mecanismos internos que ocorrem na mente humana com relação ao

aprendizado e a estruturação do conhecimento e, que precisa ser melhor compreendida não

somente em cursos de Psicologia mas, também de Pedagogia, cujos seus atores, atuam

diretamente com crianças em fase de desenvolvimento e aprendizagem.

Page 9: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

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QUAL A RELAÇAO DE AUSUBEL COM PIAGET, VYGOTSKY E SKINNER?

ara Praia (2000, p.121), a teoria da aprendizagem significativa de Ausubel “De

certo, deve ter sido influenciada pela teoria do desenvolvimento cognitivo de

Piaget.”. Pois, para este autor, Ausubel, dos EUA, embasou sua teoria nas correntes

cognitivas e construtivistas para então elaborar a sua teoria.

O ponto de encontro da teoria ausubeliana com a teoria de Piaget, nascido na cidade

de Neuchâtel, na Suíça, em 09 de Agosto de 1896 e falecido em 17 de Setembro de 1980,

ocorre ao concordarem que é dinâmico o desenvolvimento cognitivo, porque a estrutura

cognitiva se modifica a partir das experiências vividas a cada momento. Apesar de alguns

termos serem utilizados por ambos os teóricos, os mesmos apresentam conotações

diferenciadas. Para Piaget (apud MOREIRA, CABALLERO, RODRIGUEZ, 1997) o

importante em sua análise é o processo de desenvolvimento cognitivo e para Ausubel é o

processo de aprendizagem escolar (apud MOREIRA E MASINI, 1982).

A teoria da aprendizagem significativa de Ausubel também se aproxima da teoria de

aprendizagem de Vygotsky, nascido na cidade de Orsha, na Rússia, em 17 de Novembro de

1896 e falecido em 11 de Junho de 1934, no tocante a valorização da mediação e da

linguagem. Porém, Ausubel ressalta que é importante a estrutura cognitiva para o processo

de aprendizagem escolar mediado pela linguagem. Para que a aprendizagem significativa

ocorra perante a teoria de Ausubel (apud MOREIRA E MASINI, 1982), não basta apenas o

estímulo e a resposta como apresenta a teoria behaviorista de Skinner, nascido na cidade de

Susquehanna, na Pensilvânia, EUA, em 20 de Março de 1904 e falecido em 18 de Agosto de

1990. Mas, Ausubel (apud TAKEUCHI, 2009), destaca a importância da aprendizagem

behaviorista para o aluno, posteriormente, os tornar significativos.

Pelo discurso ora proferido evidencia-se que a aprendizagem para ser significativa,

na concepção de Ausubel (1982), depende da estrutura cognitiva e da interação social em

medidas simultâneas, visto que como diz Praia (2000, p.122), “[...] a aprendizagem

significativa é um processo dinâmico.”, onde há uma relação proximal do conhecimento

prévio que o aluno traz em seu bojo com o conteúdo, bem como a metodologia a ser

trabalhada dentro da sala de aula, para que assim a aprendizagem ocorra de maneira

significativa para o ser que aprende.

Percebe-se uma aproximação e ao mesmo tempo distanciamento entre a teoria de

Piaget, Vygotsky e Skinner para com a de Ausubel. Tanto Ausubel quanto os teóricos

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citados discutiram ao mesmo tempo sobre a aprendizagem, mas cada teórico priorizou

alguns pontos. Mas, Ausubel é o mais recente entre eles. Interessante também, que

comungam de formação na área da psicologia.

QUAL O CONCEITO DE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA?

emos (apud ALEGRO, 2008, p.25) diz que aprendizagem significativa pode ser

vista como um produto provisório que será modificado assim que o aluno entrar

em contato com o novo conhecimento, por isso caracteriza-se através de “[...]

um significado identificado em um momento específico, entretanto, é sempre um produto

provisório porque no instante seguinte, dependendo dos fatores contextuais e da

intencionalidade do sujeito esse conhecimento poderá modificar-se.”. De acordo com a

teoria de Ausubel (1982), a aprendizagem

significativa no processo ensino-aprendizagem

necessita ter sentido para o aluno, no qual a

informação deverá interagir nos conceitos já

existentes na estrutura cognitiva do aluno, com base

nos subsunçores. Ausubel (apud ALEGRO, 2008,

p.32) fala que não existe nenhuma relação da

aprendizagem significativa com a idade e a

prontidão, mas aos conhecimentos prévios,

predisposição, material didático e metodologias. Pois,

Imagem 2

[...] a aprendizagem significativa não está condicionada à idade – executando-se

as crianças recém-nascidas – nem à prontidão, mas ao conhecimento prévio de

que o aluno dispõe, à predisposição para aprender significativamente, à

potencialidade do material de aprendizagem e às estratégias instrucionais

empregadas pelo docente. Portanto, em qualquer nível de ensino é possível o

compartilhamento de significados entre aluno e professor [...].

Corroborando com esse discurso, Aragão (1976, p.7) alega que

O problema central do trabalho e da pesquisa de Ausubel é a identificação dos

fatores que influenciam a aprendizagem e a retenção, bem como a facilitação da

linguagem verbal significativa e da retenção pelo uso de estratégias de organização

do material de aprendizagem que modificam a estrutura cognitiva por indução de

transferência positiva.

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O QUE SÃO SUBSUNÇORES OU IDEIAS-ÂNCORAS?

a visão de Ausubel (apud MOREIRA E MASINI, 1982, p.7), os subsunçores ou

conceitos subsunçores é uma “[...] estrutura de conhecimento específica [...],

existente na estrutura cognitiva do indivíduo.”. É possível dizer que os

conhecimentos prévios são subsunçores. Mas, também pode ser entendido como subsunçor

apenas os conhecimentos prévios com relevância. Concordando com essa ideia Takeuchi

(2009, p.17), diz que

O conhecimento prévio especificamente relevante é denominado subsunçor e

funcionalmente serve como matriz ideacional e organizacional para a

incorporação, compreensão e fixação do novo conhecimento na estrutura cognitiva

de forma que o indivíduo passa a atribuir significado a nova informação.

Os subsunçores conforme apresentado servem de matriz organizacional para a

aprendizagem, podendo ser relacionado ao conceito de ancoragem. Por isso é preciso

compreender que as ideias-âncoras que Ausubel discute significa, segundo Praia (2000) que

existem pré-estabelecidas na mente do aluno ideias maiores

que oferecem suporte para novas ideias se acomodarem,

quando se tornam significativas. As ideias-âncoras são

conhecimentos prévios, ou seja, subsunçores, que conforme

Praia (2000, p.133) “A ancoragem dos novos conceitos a

estruturas cognitivas previamente existentes, nos alunos,

tornará os novos conceitos recordáveis e,

consequentemente, passíveis de serem utilizados em futuras

aprendizagens.”. Imagem 3

Para compreender como se apresenta os subsunçores ou ideias-âncoras no aluno, o

professor pode se valer dos mapas conceituais, criados por Novak e colaboradores, em 1972.

Os mapas conceituais na visão de Novak e Cañas (apud TAKEUCHI, 2009, p.21) são “[...]

ferramentas gráficas para organizar e representar o conhecimento. Incluem conceitos,

geralmente dispostos em círculos ou caixas de algum tipo, enquanto que as relações entre

esses são indicados por uma linha que os liga.”.

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O QUE SÃO MAPAS CONCEITUAIS?

s mapas conceituais podem ser vistos como uma metodologia de ensino, na qual os

alunos se expressam livremente sobre o tema que será abordado, de maneira que

consigam escrever tudo o que sabem sobre o assunto. Os mapas conceituais podem

ser realizados em forma de esquemas ou de palavras ligadas a outras, tendo como base

central um conhecimento, assunto ou ideia, conforme mostrado na figura I abaixo.

Figura 1 – Mapa conceitual 1

Fonte:http://www.google.com.br/imgres?q=modelo+de+mapa+conceitual+segundo+ausubel&um=1&hl=pt-BR&sa=N&biw=1024&bih=

675&tbm=isch&tbnid=6-adCDxfI6hoGM:&imgrefurl=http://mapa-conceitual.blogspot.com/2008/10/exemplo-de-mapa - conceitual.Html &docid=BCZu11wyWTdu9M&imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_cx0Dhs1VEQU/SO95B9SYCkI/AAAAAAAAAhU/M-nRfwWFpNg

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Moreira (2006), aponta que os mapas mentais ou mapa conceitual é uma técnica que

não se encaixa nos moldes tradicionais que podem ser usados como instrumentos de ensino

ou de aprendizagem, bem como de avaliação em qualquer idade escolar. Segundo Moreira

(2006, p.6) o mapa conceitual é “Uma técnica não tradicional de avaliação que busca

informações sobre os significados e relações significativas ente conceito-chave da matéria

de ensino segundo o ponto de vista do aluno.”. O autor alega que o mapeamento conceitual

pode ser utilizado tanto na educação básica como no ensino superior como instrumento

didático, de avaliação e de análise do conteúdo.

Page 13: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

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QUANDO POSSO UTILIZAR UM MAPA CONCEITUAL?

ssa metodologia pode ser utilizada para conhecer os subsunçores e para

avaliação da evolução do conhecimento, em todos os níveis de ensino em que há

predominância da escrita. Guruceaga & González (apud ALEGRO, 2008, p.54)

afirmam que os mapas conceituais são “[...] instrumentos válidos para averiguação das

concepções prévias dos alunos e sua evolução durante o processo de aprendizagem, como

também relacionar essas concepções com conceitos mais inclusivos sobre o conteúdo

estudado criando uma rede progressiva de significados.”. De acordo com Alegro (2008,

p.50) “Os elementos básicos de um mapa conceitual consistem nas palavras que expressam

o conceito, conectadas umas às outras por meio de palavras ou frases de ligação –

conectivos – formando frases - proposições – que traduzem a estrutura cognitiva do

sujeito.”. Veja outro exemplo de mapa conceitual na figura II abaixo.

Figura II – Mapa conceitual 2

Fonte:http://www.google.com.br/imgres?q=modelo+de+mapa+conceitual+segundo+ausubel&start=125&um=1&hl=ptBR&sa=N&biw=10

24&bih=675&tbm=isch&tbnid=k3I-

oIdQ9UHewM:&imgrefurl=http://psicologiaeeducaodisciplinasponte.blogspot.com/&docid=MDx0aC5

F1ROAM&imgurl=http://2.bp.blogspot.com/_ovz1glv_Qjc/TF9xtX5nDCI/AAAAAAAAAAw/VgKOScD3y_Y/s1600/mapa%252Bconcei

tual.bmp&w=578&h=660&ei=RpFlUI3RGOi60AHHt4GwAg&zoom=1&iact=hc&vpx=368&vpy=66&dur=1403&hovh=240&hovw=210

&tx=147&ty=136&sig=110129079896962999120&page=8&tbnh=149&tbnw=129&ndsp=20&ved=1t:429,r:12,s:125,i:159

Concordando com Moreira, Takeuchi (2009, p. 22) alega que mapa conceitual “Pode

auxiliar o indivíduo a melhorar sua capacidade de integrar, reconciliar e diferenciar

conceitos durante a análise de artigos, textos, capítulos de livros além de possibilitar, avaliar

a sua organização conceitual por meio da visualização do mapa correspondente.”.

Page 14: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

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QUAL A RELAÇÃO ENTRE A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E A

APRENDIZAGEM MECÂNICA?

egundo Ausubel (1982), o oposto da aprendizagem significativa é a aprendizagem

mecânica, onde as novas ideias não se relacionam de forma clara com nenhuma

ideia já existente na estrutura cognitiva, mas sim decoradas. Na aprendizagem

mecânica, segundo Moreira (2006) o conhecimento é armazenado de maneira arbitrária, sem

interação e dissociado de outros conhecimentos. É preciso ressaltar que, apesar de Ausubel

(1982) enfatizar a aprendizagem significativa, ele compreendia que no processo de ensino-

aprendizagem existem momentos em que a aprendizagem mecânica era inevitável, como já

fora afirmado. Assim, a aprendizagem significativa é o processo onde um novo

conhecimento passa de forma não arbitrária e não literal dentro da estrutura cognitiva do ser

que aprende, visto que segundo Moreira, Caballero e Rodrigues (1997, p. 20), a “Não-

arbitrariedade e substantividade são as características básicas da aprendizagem

significativa.”. Pontes Neto (apud ALEGRO, 2008, p.26) ressalta que existem grandes

diferenças entre a aprendizagem significativa e a aprendizagem mecânica, demonstrando

que a aprendizagem significativa precisa ser trabalhada e alcançada vislumbrando a

construção do conhecimento. O autor alega que

Entre as vantagens da aprendizagem significativa sobre a aprendizagem mecânica

estão: permitir maior diferenciação e enriquecimento dos conceitos integradores

favorecendo assimilações subseqüentes; retenção por mais tempo, redução do risco

de impedimento de novas aprendizagens afins; facilitação de novas aprendizagens;

favorecimento do pensamento criativo pelo maior nível de transferibilidade do

conteúdo aprendido; favorecimento do pensamento crítico e da aprendizagem

como construção de conhecimento.

Autores como Behrens (2005), discutem que quando uma pessoa recebe informações

de maneira cartesiana e linear, a mesma poderá não obter resultados satisfatórios quanto à

aquisição de novos conhecimentos advindos dessas informações recebidas, pois como alega

Moreira, Caballero e Rodrigues (1997, p. 20) “Quando o material de aprendizagem é

relacionável a estrutura cognitiva somente de maneira arbitrária e literal que não resulta na

aquisição de significados para o sujeito, a aprendizagem é dita mecânica ou automática.”.

Essa alegação se faz mediante a análise do ensino cartesiano do paradigma newtoniano-

cartesiano. Mediante o discurso, percebe-se a necessidade da aprendizagem significativa

como uma forma de trabalho holístico-sistêmico, que valoriza os conhecimentos já

construídos pelo indivíduo, a criatividade, o autoconhecimento, bem como a autonomia.

Page 15: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

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QUAIS AS TIPOLOGIAS DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA EM AUSUBEL?

ara compreender melhor a aprendizagem significativa se faz importante além de

saber os conceitos, também discutir sobre as tipologias ou maneiras de que ela

possa ocorrer, segundo alguns teóricos. Segundo Moreira (2006) para Ausubel a

aprendizagem significativa ocorre por recepção ou descoberta. Na interpretação de Praia

(2000), Ausubel trabalha com a representacional, de conceitos e proposicional. Moreira e

Masini (1982) discutem que Ausubel apresenta os enfoques cognitivos, afetivos e

psicomotores. Para Moreira, Caballera e Rodriguez (1997) Ausubel trabalhada com a

subordinada derivativa e correlativa, superordenada e combinatória. Dessa forma, pode-se

alegar que na concepção

de Ausubel existem várias

formas em que a

aprendizagem significativa

possa ocorrer, cada qual

com sua especificidade.

Mas, para isso precisa de

condições elementares

para se efetivar.

Imagem 4

QUAIS AS CONDIÇÕES ELEMENTARES PARA A APRENDIZAGEM

SIGNIFICATIVA ACONTECER?

a visão de Santos (2009, p.33-39), algumas das condições elementares para a

aprendizagem significativa ocorra, são a motivação, o interesse, a transferência de

experiências e o meio ambiente, alegando que possa ocorrer.

Motivação é algo que afeta o sistema nervoso e determina um certo

comportamento. [...] O interesse é importante para a aprendizagem, a partir do

momento em que ele facilita o pensamento e a atenção. [...] O reconhecimento de

Page 16: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

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que novas aprendizagens podem beneficiar-se das anteriores porque o fato de

aprender uma coisa pode ajudar a aprender outras é chamado de transferência de

experiências. [...] Pesquisas de laboratório com animais demonstram que a

exposição a um meio ambiente ricamente estimulante pode mudar a estrutura e a

química do cérebro. [...] o estímulo ambiental planejado é altamente recomendável

quando queremos acelerar o processo de aprendizagem.

Além de algumas condições para a aprendizagem significativa se estabelecer, também

é importante levar em conta as modalidades de aprendizagem.

QUAIS AS MODALIDADES DE APRENDIZAGEM?

egundo Santos (2009) todas as pessoas apresentam três modalidades ou

tipologias de aprendizagem, estando elas equilibradas ou com predominância de

uma ou de outra, em determinado momento. Para Santos (2009) as modalidades

de aprendizagem são visual, que valoriza a aprendizagem pela visão; auditiva, que valoriza a

aprendizagem pela audição e cinestésica, que valoriza a aprendizagem pelo fazer e interagir.

Santos (2009) trabalha com uma abordagem interessante quanto a essas modalidades,

conforme pode ser observado no Quadro I, abaixo.

Modalidade visual Modalidade auditiva Modalidade cinestésica

A mente vagueia durante

atividades mentais.

Distrai-se facilmente. Mexe o lápis ou o pé

enquanto pensa, estuda ou

faz provas.

Tem problemas em seguir

ou relembrar instruções

verbais.

Perde o interesse

rapidamente em

apresentações visuais.

Adora manusear objetos.

Prefere observar a

efetivamente participar de

atividades e discussões de

grupo.

Gosta de atividades

auditivas.

Utiliza bastantes gestos com

as mãos e linguagem

corporal.

Gosta de ler

silenciosamente.

É ativo em situações de

discussões em grupo.

Toca as pessoas enquanto

fala com elas.

É cuidadoso e organizado. Prefere leitura em voz alta

a leitura silenciosa.

Tende a não gostar de ler.

Presta atenção a detalhes. Escuta música enquanto

estuda ou faz a tarefa de

casa.

Aprecia atividades manuais.

Tem letra legível e bem

cuidada.

Tem letra descuidada e

frequentemente ilegível.

Aprecia atividades de

resolução de problemas.

É um bom orador. Memoriza facilmente É desorganizado.

Page 17: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

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sequências e listas.

Memoriza facilmente

vendo retratos e diagramas.

Memoriza nomes

facilmente.

É um mau orador.

Pode ter memória

fotográfica.

Geralmente tem memória

auditiva.

Geralmente tem problemas

em memorizar nomes, listas,

etc.

Tende a ser expansivo. Tende a ser

moderadamente

expansivo.

Tende a ser quieto, tímido ou

reservado.

Tende a ser racional. Tende a ser fechado com

relação às emoções.

Tende a ter facilidade para

expressar emoções.

Quadro I – Modalidades de aprendizagem

Fonte: SANTOS, J.C.F. Aprendizagem Significativa: modalidades de aprendizagem e o papel do professor. 2.ed. Porto Alegre: Mediação, 2

Levando esse discurso em conta, Santos (2009, p. 43) alega que “Um ensino efetivo

requer uma variedade de métodos e estratégias que abranjam as três modalidades de

aprendizagem.”. Assim, torna-se importante o papel do professor nas escolhas de suas

metodologias e didáticas de ensino, proporcionando uma variação metodológica que possa

favorecer a aprendizagem tornando-a significativa para o aluno.

QUAL A POSTURA DO PROFESSOR PARA A APRENDIZAGEM

SIGNIFICATIVA ACONTECER?

ara Santos (2009) o professor precisa ter uma postura didático-metodológica na

sala de aula que contenha sempre atividades para favorecer as três modalidades

de aprendizagem. O professor precisa desvelar qual a melhor maneira de trabalhar

com seus alunos, quais metodologias o mesmo deve utilizar para que toda a turma, ou a

maioria dela, alcance a aprendizagem significativa.

Para isso é importante que o professor aprofunde seu conhecimento, quanto a teorias,

sejam elas novas ou clássicas, bem como aos conceitos, as tipologias e condições, visto que

no caso da aprendizagem significativa não são excludentes, mas, complementares, para que

com uma base epistemológica consolidada possa buscar suas escolhas quanto às questões

didático-metodológicas que viabilizem a aprendizagem significativa.

Page 18: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

16

ONDE ACONTECE A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA EM AUSUBEL?

teoria da aprendizagem significativa de Ausubel (1982) apresenta-se em sua

originalidade como a que mais propícia reflexão sobre as questões didático-

metodológicas, ou seja, uma teoria voltada para a sala de aula. Moreira,

Caballero e Rodriguez (1997, p. 35 alegam que

[...] a teoria original de Ausubel, enriquecida por Novak, apesar de também ser uma

teoria de aprendizagem, é a que mais oferece, explicitamente, diretrizes

instrucionais, princípios e estratégias que pode vislumbrar mais facilmente como

por em prática, que estão mais perto da sala de aula. [...] a teoria de Ausubel é uma

teoria de aprendizagem em sala de aula.

As metodologias utilizadas em sala de aula devem ser tidas pelos alunos como algo

novo, interessante e significativo, pois como diz Aragão (1976, p. 22) “Um processo de

aprendizagem significativa tem início quando uma expressão simbólica, que é apenas

potencialmente significativa, isto é não tem ainda significado real para o aluno, é a ele

apresentada.”.

Como já discutido, Ausubel (1982) defende a ideia de que os professores necessitam

criar situações pedagógicas e didáticas com a finalidade de desvelar os conhecimentos que

os alunos já sabem, sendo designado pelo próprio autor como conhecimentos prévios, que

são os suportes em que o novo conhecimento se apoiaria, processo conhecido como

ancoragem, como já afirmara Praia (2000).

QUAL O PRIMEIRO PASSO PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

ACONTECER?

professor deve trabalhar partindo dos organizadores prévios, que fornecem ideias

âncora ou ancoradouro provisório, ele deve segundo Moreira (2006), ao

identificar que o conteúdo é relevante para o aluno, explicar claramente a sua

relevância; bem como apresentar uma visão geral de todo o conteúdo e em seguida o novo

conteúdo específico com a metodologia introdutória.

Page 19: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

17

O QUE É METODOLOGIA INTRODUTÓRIA?

egundo Mayer (apud MOREIRA 2006), a metodologia introdutória deve ser um

grupo mínimo de conhecimentos ou informações, seja oral ou ilustrada, que deve

ser apresentada ao aluno para somente depois ser apresentado a ele um grupo

maior de conhecimentos ou informações. Nesta introdução com um conjunto pequeno de

informações não deve ser incluído conteúdos do que ainda será aprendido, mas, somente do

que já foi aprendido e, estabelecer relações lógicas com o que será discutido posteriormente.

Isso pode ser feito a partir de questionamentos. Essa metodologia introdutória segue os

princípios tipológicos discutidos por Praia (2000). Corroborando com Mayer (1979) isso

poderá ser possível segundo West et al. (apud MOREIRA 2006, p. 143) se o professor

seguir estes passos:

examinar o conteúdo de cada nova aula ou unidade de estudos para identificar

o conhecimento prévio necessário;

fazer uma lista ou sumário dos principais conceitos, princípios, idéias desse

conteúdo;

escrever um parágrafo destacando os elementos (conceitos, princípios, ideias)

mais importantes e mais gerais assim como similaridades entre tópicos já

conhecidos e os novos.

É PRECISO ACONTECER UMA ANÁLISE CONCEITUAL DE CONTEÚDO?

omo a teoria ausubeliana discute os princípios didático-metodológicos de sala de

aula é necessário entender que a importância de se realizar uma análise conceitual

do conteúdo a ser ministrado para então planejar as metodologias. Conforme a

neurociência aplicada a educação, segundo Takeuchi (2009, p.16) é preciso que o professor

elabore “Situações que reflitam o contexto da vida real de forma que a informação nova se

„ancore‟na compreensão anterior.”.

Outro detalhe é o cuidado para não sobrecarregar o aluno com informações sem

muita necessidade, pois isso pode dificultar sua organização cognitiva, segundo Moreira,

Caballero e Rodriguez (1997). Assim, para evitar informações desnecessárias é preciso que

o professor faça a análise conceitual do conteúdo, escolha as metodologias adequadas

alinhadas aos subsunçores dos alunos. Essa análise conceitual do conteúdo se inicia com o

entendimento do que vai ser ensinado e que muitas questões do currículo precisam ser

Page 20: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

18

questionadas, pois é preciso pensar no aluno e em sua disponibilidade cognitiva, pois como

discute Moreira, Caballero e Rodriguez (1997, p. 26) “De nada adianta o conteúdo ter boa

organização lógica, cronológica ou epistemológica, e não ser psicologicamente aprendível.”.

COMO TORNAR UM CONTEÚDO PSICOLOGICAMENTE APRENDÍVEL?

oreira e Masini (1982) dizem que o problema da aprendizagem significativa em

sala de aula está focado na escolha de recursos metodológicos que tornem os

conteúdos psicologicamente aprendíveis. Para isso, o professor precisa

identificar os conceitos básicos de sua matéria e as relações hierárquicas e sequenciais entre

eles. Sabe-se que os recursos didáticos bem elaborados são imprescindíveis a uma aula bem

preparada e que tem como objetivo maior alcançar a aprendizagem significativa por parte

dos alunos, visto que como lembra Costamagna (apud ALEGRO, 2008, p.54) “[...] é

imprescindível estabelecer algum recurso didático que ofereça ao estudante uma opção de

integração conceitual respeitando uma ordem hierárquica que permita alcançar uma teoria

explicativa e a compreensão da intervenção de cada uma das partes do todo estudado.”.

COMO É A AVALIAÇÃO NA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA?

usubel (1982), diz que para a avaliação da aprendizagem significativa é necessário

buscar criativamente soluções de problemas diversos através de testes de

compreensão, utilizando recursos diferenciados dos materiais anteriores, para que

assim possa constatar se o aluno desenvolveu ou não as habilidades necessárias à aquisição

da aprendizagem significativa. A partir das considerações de Moreira (apud ALEGRO,

2008, p.54), não só a escrita mas, o desenho é tido como uma forma de avaliação isto é o

desenho do aluno “[...] constitui-se como um instrumento de avaliação no processo de

ensino e aprendizagem numa área de conhecimento concreta [...].”

Conforme Hadji (apud ALEGRO, 2008, p.54), o desenho “[...] torna-se fonte de

informação para o professor sobre as principais dificuldades encontradas pelos alunos,

favorecendo uma melhor adequação do ensino ao processo de aprendizagem.”. Dessa forma

o desenho pode ser uma metodologia avaliativa imprescindível no ensino não arbitrário.

Page 21: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

19

QUAIS AS TAREFAS DO PROFESSOR NA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA?

oreira (2000) reforça que existem quatro tarefas que o professor deve levar em

conta. A primeira é a identificação da estrutura conceitual das matérias de

ensino, fazendo um mapeamento conceitual do conteúdo e organizá-lo em uma

sequência coerente com os subsunçores. A segunda tarefa é identificar os subsunçores ou

trabalhar os organizadores provisórios. Enquanto que a terceira tarefa é analisar os

subsunçores dos alunos destacando os relevantes para a organização da matéria de ensino.

Os subsunçores passam a ser conhecidos pelo professor a partir de aplicação de pré-testes de

conteúdos, entrevistas, questionamentos ou outros instrumentos. A quarta tarefa é ensinar

utilizando recursos metodológicos que proporcionem a evolução do conhecimento da

matéria de ensino na estrutura cognitiva do aluno. Além dos recursos metodológicos o

professor e o aluno devem estabelecer uma troca de significados do conhecimento

trabalhado em sala de aula, permitindo a incorporação dos conceitos à estrutura cognitiva do

aluno.

QUAL O PAPEL DO PROFESSOR PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA?

antos (2009, p. 63) apresenta que “O papel do professor diante da necessidade de

promover uma aprendizagem significativa é de desconstrução de algumas

atitudes, bastante enraizadas pelo paradigma cartesiano-reprodutivista.”.

Na visão do autor para que ocorra a desconstrução

de atitudes e com isso o rompimento com o paradigma

tradicional e voltando a postura didático-metodológica para

uma visão holística e sistêmica, é preciso que o professor

pare de dar aulas; pare de dar respostas prontas e

instruções; desafie os alunos e aprofunde na aprendizagem

e, eleve a autoestima e a interação entre os pares.

Imagem 5

Page 22: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

20

O QUE É PARAR DE DAR AULAS E RESPOSTAS?

obre a necessidade do professor parar de dar aulas, Santos (2009, p. 64) alega que

“A expressão „dar aula‟ é fruto da era do „mundo pronto‟. Num contexto de

mundo inacabado e em constante mudança, nós não temos nenhuma aula a „dar‟,

mas a construir, junto com o aluno. [...] Dar aula cansa, frustra e adoece. [...].”. Sobre o

professor parar de dar respostas, Santos (2009, p. 65) diz que

Aprender é fruto de esforço. Esse esforço precisa ser a busca de uma solução, de

uma resposta que nos satisfaça e nos reequilibre. Num contexto de „mundo pronto‟

a resposta fazia sentido. Num contexto de „mundo em construção‟, a resposta

impede a aprendizagem. [...] nossa função principal como professores é de gerar

questionamentos, dúvidas, criar necessidades e não apresentar respostas.

Quanto ao professor procurar novas formas de desafiar os alunos para a construção

de respostas aos questionamentos, Santos (2009, p. 66-67) diz que

[...] O nosso principal papel como professores, na promoção de uma aprendizagem

significativa, é desafiar os conceitos já aprendidos, para que eles se reconstruam

mais ampliados e consistentes. [...] Quando problematizamos, abrimos as

possibilidades de aprendizagem, [...] o essencial é cumprir o papel de „causar sede‟.

[...] atividades como apresentação de um recorte de jornal, de uma fotografia, de

uma cena de um filme ou de uma pequena história, igualmente se prestam como

excelentes desafios.

O QUE É APRENDIZAGEM PROFUNDA?

aprendizagem mecânica, não desprezada por Ausubel, pois pode ser o começo para

a aprendizagem significativa, precisa ser repensada e transformada em

aprendizagem profunda. Santos (2009, p. 68-69) discute que

A aprendizagem profunda ocorre quando a intenção dos alunos é entender o

significado do que estudam, o que os leva a relacionar o conteúdo com

aprendizagem anteriores, com suas experiências pessoas, o que, por sua vez, os leva

a avaliar o que vai sendo realizado e a perseverarem até conseguirem um grau

aceitável de compreensão sobre o assunto.[...].

Page 23: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

21

Santos (2009, p. 69) apresenta que para acontecer à aprendizagem profunda, visando

a produção do conhecimento pelo aluno e a aprendizagem significativa, o professor precisa

escolher metodologias motivadoras e desafiadoras, pois “Uma aprendizagem profunda

significa organizar os elementos que compõem a situação de ensino de forma motivante e

desafiadora e cuidar da relação pessoal com os alunos para que ela possa ser suporte para o

despertar no universo do aluno, um panorama favorável ao „mergulho necessário‟”.

POR QUE PARAR DE DAR INSTRUÇÕES?

professor precisa ainda parar de dar tantas instruções e permitir que o aluno

desenvolva sua autonomia perante a construção do seu conhecimento, caso

contrário, o aluno será um mero seguidor de instruções. Para a aprendizagem

significativa ocorrer o professor precisa parar de dar instruções desnecessárias e

proporcionar a autonomia na sala de aula, pois segundo Santos (2009, p. 69-70)

Desenvolvimento de autonomia na sala de aula está ligado à possibilidade de os

alunos tomarem decisões racionais sobre o planejamento de seu trabalho.[...]

Precisamos fornecer as instruções necessárias, incentivar as decisões coerentes e

questionar as decisões descabidas. Aprendizagem significativa não necessita de

proteção, mas sim de cuidado.

É PRECISO ACONTECER A INTERAÇÃO NA SALA DE AULA?

ambém é postura didático-metodológica do professor escolher

momentos na sala de aula que promova a interação entre os

alunos, pois “A troca de percepções entre os alunos estimula

a ampliação de idéias e a testagem de hipótese pessoais. [...] Essas

trocas devem ser breves e em pequenos grupos (três alunos é o ideal)

para evitar a dispersão e a perda de foco.”.

Imagem 6

Page 24: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

22

O QUE É COACHING?

emos (apud ALEGRO, 2008, p.31) afirma que “[...] o processo de ensino e de

aprendizagem implica em co-responsabilidade do professor e do aluno.”. Ou seja, a

tarefa do professor não gira entorno de passar informações prontas e acabadas

aos alunos, mas através dos conhecimentos prévios dos alunos construir conhecimentos

juntamente com os mesmos, visto que como discute Shön (apud ALEGRO, 2008, p.31)

“Nesta dinâmica a tarefa do professor não limita-se à transmissão de conteúdos e aparenta

mais aquela do coach [...].”.

A postura didático-metodológica do professor enquanto coach pode se entendida e

usada, tanto na sala de aula quanto fora, e tem

como princípios norteadores a palavra, a

aprendizagem e a mudança, segundo Pérez

(2009). Para o autor a palavra do professor é

muito importante porque por meio dela ocorrerá o

diálogo entre o professor e o aluno, ou seja, entre

o coach e o coachee. Ser coach é uma tarefa difícil

mas, importante para a aprendizagem

significativa. Imagem 7

É PRECISO ELEVAR A AUTOESTIMA DO ALUNO?

omo já citado que o professor precisa parar de dar aulas, instruções e respostas;

precisa desafiar e aprofundar no conhecimento pela interação dos alunos e,

principalmente, elevar a autoestima do aluno. Santos (2009, p. 70-71) alega é

postura didático-metodológico do professor para promover a aprendizagem significativa

pela elevação da autoestima do aluno, deve ser de

propor desafios ao seu alcance;

monitorar a distância entre a linguagem utilizada na aula e a linguagem natural

do aluno;

oferecer as ajudas necessárias diante das dificuldades;

garantir um ambiente compartilhado de ensino em que o aluno se sinta parte

ativa do processo;

implementar o hábito de reconhecimento de pequenos sucessos progressivos;

garantir que o aluno possa mostrar-se progressivamente autônomo no

estabelecimento de objetivos, no planejamento das ações que o conduzirá a

eles.

Page 25: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

23

A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA APARECE EM TEXTOS LEGAIS

BRASILEIROS?

ercebe-se que a teoria da aprendizagem significativa de Ausubel (1982), tem

como objetivo primeiro facilitar a aprendizagem do aluno, tendo o professor

como mediador, pois a mesma é um elemento essencial ao processo de aquisição de

conhecimento por parte do aluno, bem como fundamental para o novo papel do professor e

para a função social da escola. Essa concepção é adotada legalmente no Brasil, pelos

Referencias Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (1997, vol.1) e nos Parâmetros

Curriculares do Ensino Fundamental (1997, p. 38) quando é apresentado que

As aprendizagens que os alunos realizam na escola serão significativas à medida

que conseguirem estabelecer relações substantivas e não-arbitrárias entre os

conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídas por eles, num

processo de articulação de novos significados.

Apresenta-se que nos Referencias Curriculares para a Educação Infantil (1997, p.22),

a aprendizagem significativa é à base da prática do professor

É, portanto, função do professor considerar, como ponto de partida para a sua

ação educativa, os conhecimentos que as crianças possuem, advindos das mais

variadas experiências sociais, afetivas e cognitiva a que estão expostas. Detectar

os conhecimentos prévios das crianças não é tarefa fácil. Implica que o professor

estabeleça estratégias didáticas para fazê-lo.

Nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (1997, vol.1) é

apresentado que o professor precisa levar em consideração a faixa etária do aluno e as

condições cognitivas, emocionais e físicas, bem como a escolha de metodologias adequadas

mediante os conhecimentos prévios dos alunos, para que

a aprendizagem seja significativa. Assim, uma das

orientações didáticas, previstas nos Referenciais

Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (1997,

vol.1) é no tocante a utilização de brincadeiras, histórias,

desenhos, conversas, pintura, modelagem, música e

atividades corporais permeadas pelos projetos de

trabalho.

Imagem 8

Page 26: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

24

Interessante ressaltar que os documentos legais da educação brasileira prevêem o

coach. Nos Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil (1997, p. 31)

A interação social em situações diversas é uma das estratégias mais importantes do

professor para a promoção de aprendizagens pelas crianças. Assim, cabe ao

professor propiciar situações de conversa, brincadeiras ou de aprendizagens

orientadas que garantam a troca entre as crianças, de forma a que possam

comunicar-se, demonstrando seus modos de agir, de pensar e de sentir, em um

ambiente acolhedor e que propicie a confiança e a auto-estima.

Já nos Parâmetros Curriculares do Ensino Fundamental (1997, p. 52) discutem que

“Situações escolares de ensino e aprendizagem são situações

comunicativas, nas quais os alunos e professores atuam como co-

responsáveis, ambos com uma influência decisiva para o êxito do

processo.”. É importante apresentar o que abordam os Parâmetros

Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e não somente os

Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, visto

que após a formação na Educação Infantil o aluno segue construindo

seus saberes no Ensino Fundamental e assim, sucessivamente.

Imagem 9

O CONTEÚDO PRECISA SER SIGNIFICATIVO PARA O ALUNO?

aluno precisa compreender que aquele conteúdo tem um significado ou

importância para sua vida e por isso deve ser aprendido. O professor precisa

deixar clara a relevância do conteúdo a ser aprendido, ou seja, deve mostrar o

significado ao aluno. O aluno somente aprende aquilo que lhe é significativo, segundo a

teoria ausubeliana. Para isso Praia (2000, p. 133) apresenta uma trajetória para o professor

seguir.

Decorrente da teoria de Ausubel, surgem algumas ilações que podem ajudar os

professores a promover a aprendizagem significativa:

. Os materiais introdutórios são importantes;

. Os materiais de aprendizagem devem estar bem organizados;

. As novas idéias e conceitos devem ser potencialmente significativos para o

aluno;

. A „ancoragem‟ dos novos conceitos a estruturas cognitivas previamente

existentes, nos alunos, tornará os novos conceitos recordáveis e,

consequentemente, passíveis de serem utilizados em futuras aprendizagens.

Page 27: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

25

O PROFESSOR PRECISA ESTUDAR?

professor não pode se acomodar quanto aos estudos, principalmente para que

suas aulas não sejam consideradas como rotineiras, não tendo sentido algum para

os alunos, pois, de acordo com a teoria ausubeliana os alunos devem ver nos

conteúdos a sua importância e utilização na sua vida, se não o mesmo não construirá

conhecimento, visto que Aragão (1976, p.11) “Observa que há uma relação importante entre

saber como o aluno aprende, saber as variáveis manipuláveis que influenciam a

aprendizagem, e saber o que fazer para auxiliar o aluno a aprender melhor.”. Freire (2011)

em sua última obra – Pedagogia da Autonomia – deixa claro entre seus vinte e sete saberes

necessários à prática pedagógica, que o professor precisa ter domínio teórico do que

ministra, despertar a curiosidade epistemológica dos alunos, gostar do que faz, bem como ter

um bom relacionamento com seus alunos. Isso faz parte da aprendizagem significativa.

COMO DEVE SER PENSADA A SALA DE AULA?

ara Santos (2009, p. 44) a sala de aula é o espaço que necessita apresentar

democraticamente atividades variadas para alcançar a aprendizagem significativa

levando em consideração às modalidades de aprendizagem do aluno. Assim, o autor

apresenta algumas metodologias, visando à aprendizagem significativa, para cada

modalidade de aprendizagem apresentada por ele,

Apelos visuais como cartazes, fotos, esquemas, vídeos, slides facilitam aos

preferencialmente visuais. Leituras em voz alta, música e bom encadeamento do

discurso oral favorecem aqueles que preferencialmente aprendem por meio do

ouvir e, finalmente, dramatizações, experiências, trabalhos corporais e que

envolvam emoção facilitam a aprendizagem dos preferencialmente sinestésicos.

EXISTEM ESTRATÉGIAS DE ENSINO CONFORME A MODALIDADE DE

APRENDIZAGEM?

evando em conta o discurso de Santos (2009) que a postura didático-metodológica

do professor em sala de aula dever ser de garantir uma variação metodológica para

alcançar as três modalidades de aprendizagem, visando à aprendizagem

significativa com um maior grau de significado possível, apresenta um quadro com

Page 28: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

26

estratégias de ensino, numa abordagem interessante, conforme pode ser observado no

Quadro II, abaixo.

Modalidade visual Modalidade auditiva Modalidade cinestésica

Sequência lógica de imagens Fitas de áudio Experiências

Demonstrações Leitura em voz alta Dramatização

Cópias de notas Instruções orais Jogos

Destaque de ideias em textos

com canetas “luminosas”

Palestras Resolução de problemas

Fichas de anotações Repetir ideias oralmente Excursões

Códigos de cores Uso de sons e ritmos Anotações próprias

Diagramas,fotografias,

gráficos e mapas

Poemas, rimas e

associações de palavras

Fazer representações

pessoais

Vídeos e filmes Grupos de discussões Representação corporal

Mapas mentais, abreviaturas Músicas Associação de conceitos e

emoções

Quadro II – Estratégias de ensino

Fonte: SANTOS, J.C.F. Aprendizagem Significativa: modalidades de aprendizagem e o papel do professor. 2.ed. Porto Alegre:

Mediação, 2009. p.44

ONDE ENCONTRO EXEMPLOS DE METODOLOGIAS PARA A

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA?

livro SANTOS, J.C.F. Aprendizagem Significativa:

modalidades de aprendizagem e o papel do professor.

2.ed. Porto Alegre: Mediação, 2009, traz vários exemplos

de planejamento para a aprendizagem significativa.

QUAIS OS PASSOS PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA?

aprendizagem significativa acontece quando o professor tem uma postura didático-

metodológica que a propicia. Na visão de Santos (2009) existem sete passos da

(re)construção do conhecimento que devem compor a ação docente ao planejar suas aulas e

Page 29: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

27

escolher metodologias, sendo elas dar sentido ao conteúdo, especificar, compreender,

definir, argumentar, discutir e levar para a vida. Santos (2009, p. 73-74) explica-as como

1.Dar sentido ao conteúdo: toda aprendizagem parte de um significado

contextual e emocional.

2. Especificar: após contextualizar o educando precisa ser levado a perceber as

características específicas do que está sendo estudado.

3. Compreender: é quando se dá a construção do conceito, que garante a

possibilidade de utilização do conhecimento em diversos contextos.

4. Definir: significa esclarecer um conceito. O aluno deve definir com suas

palavras, de forma que o conceito lhe seja claro.

5. Argumentar: após definir, o aluno precisa relacionar logicamente vários

conceitos e isso ocorre por meio do texto falado, escrito, verbal e não verbal.

6. Discutir: nesse passo, o aluno deve formular uma cadeia de raciocínio pela

argumentação.

7. Levar para a vida: o sétimo e último passo da (re) construção do conhecimento

é a transformação. O fim último da aprendizagem significativa é a intervenção

na realidade. Sem esse propósito, qualquer aprendizagem é inócua.

EXISTEM ALGUMAS ESTRATÉGIAS PARA A APRENDIZAGEM

SIGNIFICATIVA?

oreira (2000) com base nas propostas de Postman e Weingartner, os quais se

alicerçam em Ausubel, para apresentarem estratégias facilitadoras da

aprendizagem significativa, discute estas estratégias. Dessa forma, Moreira

(2000) discute oito estratégias facilitadoras da aprendizagem significativa da qual deve

compor a postura didático-metodológica do professor: interação social e questionamento,

descentralidade do livro didático, aprendiz construtor...

O QUE SIGNIFICA INTERAÇÃO SOCIAL E QUESTIONAMENTO?

primeira estratégia parte do princípio da interação social e do questionamento, ou

seja, é necessário ensinar e aprender a fazer perguntas e não meramente respostas.

Para isso, é preciso que o professor e o aluno compartilhem significados por meio

da negociação e permanente trocas de questionamentos. As perguntas relevantes elaboradas

pelos alunos partem de conhecimentos prévios não-arbitrários e não-literais, o que condiz

com a aprendizagem significativa. A postura do professor deve ser de despertar no aluno o

gosto pelo questionamento.

Page 30: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

28

O QUE SIGNIFICA DESCENTRALIDADE DO LIVRO DIDÁTICO?

segunda estratégia parte do princípio da descentralidade do livro de texto ou

didático, ou seja, utiliza além do livro, também documentos, artigos, contos,

poesias, obra de arte, letra de música, jornais e todos os materiais didáticos

disponíveis para propiciar a elaboração de perguntas. Infelizmente é comum a utilização

demasiada do livro didático. A defesa que os autores fazem e a qual a pesquisadora

comunga é de que a centralização no livro didático sugere a aprendizagem mecânica e a

utilização de materiais diversificados, selecionados com todo cuidado, facilitam a

aprendizagem significativa. Compete ao professor a seleção cuidadosa dos variados

materiais didáticos.

O QUE É SER APRENDIZ CONSTRUTOR?

terceira estratégia parte do princípio de que o aprendiz é perceptor/representador,

ou seja, o aluno não é mero receptor de informações, mas sim um perceptor ou

construtor de conhecimentos, a partir de um

processo dinâmico de interação do aluno com o objeto a ser

conhecido por meio da percepção ou representação desse

objeto para o aluno, mediado pelo professor. Dessa forma

compete ao professor mediar a interação da representação ou

percepção do aluno com o objeto a ser conhecido. Imagem 10

O QUE SIGNIFICA INFLUÊNCIA DA LINGUAGEM?

quarta estratégia parte do princípio de que o conhecimento é influenciado pela

linguagem, ou seja, cada conhecimento está permeado de uma linguagem, de seus

significados, de seu contexto e de seu texto. Todo conhecimento pressupõe uma

linguagem e como diz Postman (apud MOREIRA, 2000, p. 56) “Não existe nada entre os

seres humanos que não seja instigado, negociado, esclarecido, ou mistificado pela

linguagem, incluindo novas tentativas de conhecimento.” e, concluindo Moreira (2000, p.

56) diz que “A linguagem é a mediadora de toda a percepção humana.”. A linguagem do

professor interfere na aprendizagem do aluno e precisa ser uma fonte de mediação.

Page 31: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

29

O QUE É CONSCIÊNCIA SEMÂNTICA?

quinta estratégia parte do princípio de que é necessária uma consciência semântica,

ou seja, é preciso entender que o significado das coisas estão nas pessoas e não

nas palavras. Isso se deve ao fato de que a palavra por si só não basta, é

imprescindível que o sujeito, no caso, o aluno atribua à palavra um significado e isso tem

relação com seu conhecimento geral de cada palavra mediante sua cultura. O professor

precisa assim como o aluno, ter a consciência semântica.

O QUE É APRENDER PELO ERRO?

sexta estratégia parte do princípio da aprendizagem pelo erro, ou seja, como o ser

humano é passível de erro, é importante que aprenda a corrigir seu próprio erro e

assim refletir sobre seus conceitos. Não se trata do ensaio-e-erro, mas sim, de que

ao refletir sobre o erro, pode-se construir o certo. Infelizmente como afirma Moreira (2000,

p. 58) “A escola, no entanto, pune o erro e busca promover a aprendizagem de fatos, leis,

conceitos, teorias, como verdades duradouras.[...] Nessa escola, os professores são

contadores de verdades e os livros estão cheios de verdades”, onde os professores são meros

detectores de erros e não sabem transformar os erros em construção de conhecimentos. Eis

mais uma postura do professor para a aprendizagem significativa.

O QUE É DESAPRENDIZAGEM?

sétima estratégia parte do princípio da desaprendizagem, ou seja, é preciso

aprender a desaprender para aprender novamente. Deve-se levar em conta que o

mundo vive em processo de transformação permanente e de maneira rápida. O

que implica num conhecimento que também se transforma. Nada garante que o

conhecimento suficiente do hoje seja também do amanhã e, que tudo o que é relevante hoje

seja relevante amanhã. Com diz Moreira (2000, p. 60) “Desaprender conceitos e estratégias

irrelevantes passa a ser condição prévia para a aprendizagem. [...]. Desaprendizagem tem

aqui o sentido de esquecimento seletivo.”. A postura do professor frente aos conhecimentos,

relevantes e irrelevantes, é de suma importância.

Page 32: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

30

O QUE É INCERTEZA DO CONHECIMENTO?

oitava estratégia parte do princípio da incerteza do conhecimento, ou seja, todo

conhecimento adquirido num determinado momento e espaço pode ser certo ou

não. A certeza que se apresenta é de que não se pode ter a certeza. Todo

conhecimento é posto como incerto e que é necessário ser questionado e pensado a todo

instante. Cabe ao professor não apresentar certezas mas, sim que todo conhecimento é

incerto e precisa ser refletido.

EXISTEM LIMITAÇÕES PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA?

a mesma forma como há teóricos que discutem as estratégias facilitadoras da

aprendizagem significativa também há autores, como Cachapuz (2000), que

apresentam as limitações desta aprendizagem, perante a postura didático-

pedagógica do professor. A reflexão dialética precisa acontecer, pois assim como podem

existir facilidades ou possibilidades, existem as dificuldades ou crenças a serem superadas.

Cachapuz (2000, p. 67) aponta que

Não é demais salientar a importância actual de uma reflexão educacional [...] já

que o aprofundar de bases teóricas sobre a aprendizagem (território sobre que

continuamos a saber bem pouco) poderá ajudar a orientar políticas, modelos e

práticas de ensino e de formação tendo em vista a excelência da aprendizagem.

O autor reafirma a importância histórica da discussão de Ausubel sobre a

aprendizagem significativa. Contudo, apresenta quatro limitações para que esta ocorra. A

postura didático-metodológica do professor deve ser de compreender as limitações da

aprendizagem significativa e se possível, contorná-las.

QUAIS AS LIMITAÇÕES DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA?

primeira limitação tem como princípio a sobrevalorização dos saberes conceptuais,

ou seja, muitas vezes não há uma discussão teórica suficiente e abrangente,

ficando por esclarecer alguns aspectos teóricos essenciais, trabalhando com

conceitos na superficialidade, com disjunção epistemológica e de forma linear, portanto sem

visão sistêmica do processo de conhecimento.

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A segunda limitação tem como princípio o pressuposto da organização hierárquica

dos conceitos na mente do aluno, ou seja, muitas vezes a organização dos conteúdos não

possibilitam a compreensão dos mesmos por parte do aluno. Apenas o professor entende a

organização ou até mesmo esse não entende. Essa organização hierárquica tem relação com

o planejamento didático e com a organização curricular.

A terceira limitação tem como princípio não atribuir papel relevante às competências

cognitivas e metacognitivas do aluno, ou seja, na maioria dos casos os professores não

levam em conta as competências dos alunos ao escolherem os materiais didáticos e as

metodologias para aplicá-los. Dessa forma pode ocorrer a incompatibilidade entre as

competências com os materiais e metodologias.

A quarta limitação tem como princípio a ausência de problematização entre a

aprendizagem e o desenvolvimento, ou seja, se torna importante a discussão sobre as

possíveis dificuldades dos alunos em aprender, mas também sobre suas potencialidades e o

imenso valor do papel da escolarização para o desenvolver e o aprender dos alunos como um

processo dinâmico e não linear.

QUAIS AS DIFICULDADES QUE O PROFESSOR SENTE PARA SE ATUALIZAR?

oncordando com Moreira (2000) e Cachapuz (2000), mediante as estratégias

facilitadoras e as limitações da aprendizagem significativa é necessária que ocorra

primeiro uma ruptura epistemológica para então ocorrer didática e

metodologicamente. Portanto, a postura do professor deve ser de atualizar-se

epistemológica, didática e metodologicamente. Cachapuz (2000) apresenta três questões que

mostram a dificuldade do professor para alcançar essa atualização. A primeira diz respeito à

falta de segurança para correr o risco de transgressões teóricas. A segunda diz respeito ao

enquadramento teórico, ou seja muitas vezes o professor se enquadra em uma teoria e se

fecha nela. A terceira diz respeito à índole metodológica

do professor, a qual está ligada ao seu nível de

investigação, de ensino e da própria formação acadêmica.

Cada professor tem uma linha metodológica de trabalho

propiciado muitas vezes por seu nível de conhecimento

teórico e com traços de como foi formado.

Imagem 11

Page 34: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

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A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA PODE ACONTECER?

ssim como as cinco crenças apresentadas devem ser superadas, também devem ser

superadas as quatro limitações e as três dificuldades discutidas. Pode ser que a

priori pareça difícil conseguir superar todos esses pontos, mas, levando em conta

as potencialidades e possibilidades do professor engajado com a aprendizagem significativa,

esse rompimento é real. Salienta-se neste momento que apesar das dificuldades que o

professor pode apresentar na busca de uma ruptura epistemológica didática e metodológica é

preciso concordar a extrema urgência do (re)pensar a postura didático-metodológica do

professor visando à aprendizagem significativa. Pois, mesmo havendo limitações há

estratégias facilitadoras. Portanto, fica claro que a teoria da aprendizagem significativa

proposta por Ausubel é bastante pertinente quando coloca alguns requisitos quanto à prática

didática, bem como metodológica dentro da sala de aula.

QUAIS OS DESAFIOS OU CRENÇAS PARA O PROFESSOR ENFRENTAR?

antos (2009) apresenta que existem desafios ou crenças para os professores

romperem na tentativa de favorecer a aprendizagem significativa e apresentar

uma postura didático-metodológica que a propicie. O autor discute cinco crenças

que devem ser superadas pelo professor ao planejar.

A primeira crença a ser superada é a que o professor não pode se considerar o

responsável pela aprendizagem do aluno e para isso, segundo Santos (2009, p. 78) precisa

romper com a “Crença nº 1: preciso arrumar o conteúdo para que o aluno aprenda.[...].Dessa

forma, o professor se mantém no papel de principal responsável pela aprendizagem.”.

A segunda crença a ser superada é a que o professor tem muito trabalho ao construir

conhecimento e por isso opta em ficar no modelo tradicional de ensino, segundo Santos

(2009, p. 78) precisa romper com a “Crença nº 2: construir conhecimento dá muito trabalho.

A crença nessa ideia leva o professor a se manter em seu estilo tradicional, acreditando que,

na prática, não vai dar conta do novo paradigma.”.

A terceira crença a ser superada é a que o professor distancia a teoria da prática,

como se fossem dissociáveis, segundo Santos (2009, p. 79) precisa romper com a “Crença nº

3: isso tudo é muito bonito, mas, na prática, a teoria é outra.”

Page 35: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

33

A quarta crença a ser superada é a que o professor necessita de controle rígido da

disciplina, com atividades passivas, com alunos quietos e sem bagunça na sala, segundo

Santos (2009, p. 79) precisa romper com a “Crença nº 4: e a bagunça, quem controla?”.

Alegando ainda que “[...] É preciso que se creia que a real aprendizagem só ocorre pela

interação, pelo movimento. É preciso que se desconstrua, de uma vez por todas, o mito da

passividade.”.

A quinta crença a ser superada é a que o

professor precisa cumprir integral e sequencialmente os

conteúdos do programa, continua alegando, que precisa

romper com a “Crença nº 5: e como fica o programa?”.

Questionando ainda se “Temos um programa a serviço

da aprendizagem ou a aprendizagem deve estar a

serviço do programa?”.

Imagem 12

Page 36: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

34

VAMOS VER SE VOCÊ APRENDEU?

om base na leitura realizada neste manual didático-

pedagógico, procure responder as questões sem

retornar ao texto. A ideia é que você consiga

responder pelo menos a maior parte das questões.

Imagem 13

1- A aprendizagem significativa parte do princípio de que todos os alunos têm

conhecimentos prévios, que também são chamados de............

2- Uma metodologia de aprendizagem significativa ou para encontrar os conhecimentos

prévios dos alunos, pode ser com os ..............

3- Uma das três modalidades de aprendizagem é a .............

4- Uma das tarefas do professor para a aprendizagem significativa é que ele pare de dar

respostas prontas e .............

5- A terceira estratégia para o professor promover a aprendizagem significativa é que o

aluno não é mero receptor de informações, mas sim ..........

6- Uma das limitações do professor para a aprendizagem significativa tem como princípio a

sobrevalorização dos ..............

7- Uma das três dificuldades que o professor encontra para promover a aprendizagem

significativa é a falta de ........

8- A terceira crença a ser superada pelo professor para a aprendizagem significativa

acontecer é que ele distancia a teoria da............

9- A co-responsabilidade do professor no processo de ensino e aprendizagem é conhecida

por Shön como ..........

Page 37: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

35

gora preencha a cruzadinha para ver se acertou...

2

A P R E N D I Z A G E M * S I G N I F I C A T I V A

8

1 9

*

5

3

4

7

6 *

ai quantos pontos fez? ......................

Agora o desafio é você criar a 10ª questão. Vamos lá......... Qual é a pergunta?

Page 38: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

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AGORA É A SUA VEZ......

laneje como deve ser a sua postura didático-metodológica perante o discurso

da teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel, mostrando passo a

passo como você irá proceder.

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FONTES DAS IMAGENS

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david-ausubel.html

Imagem 2 - http://osmurosdaescola.wordpress.com/2011/07/06/pcns-e-outros-documentos

Imagem 3 - http://www.sonhosbr.com.br/sonhos/frases-e-mensagens/frases-de-ideias.html

Imagem 4 - http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapasconceituais/utilizamapasconceituais.html

Imagem 5 - http://psicopedagogiaeducacao.blogspot.com.br/2009/12/relacao-professor-

aluno.html

Imagem 6 - http://consumismoeinfancia.com/2011/11/

Imagem 7 - http://www.dramacoaching.pt/papel-do-coach/

Imagem 8 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12579

%3Aeducacao-infantil&Itemid=859

Imagem 9 - http://www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/composicao-dos-pcns/

Imagem 10 - http://escolainfantilstellamaris.blogspot.com.br/2011/11/referencial-curricular-

nacional-para.html

Imagem 11 - http://pensandoedidaticando.blogspot.com.br/2010/10/praticas-educativas.html

Imagem 12 - http://physiovirtual.blogspot.com.br/

Imagem 13 - http://andrea-dicasdaandrea.blogspot.com.br/2011/02/na-volta-as-aulas-

controle-o-peso-da.html

Page 40: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

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Page 43: Manual didático pedagógico embasado em Ausubel

41

AS AUTORAS

ANDRÉA KOCHHANN – Pedagoga pela UEG – UnU de São

Luís de Montes Belos (1996-1999). Especialista em Língua

Portuguesa e Métodos e Técnicas de Ensino pela Universo (2000-

2003). Especialista em Docência Universitária pela UEG (2003-

2004). Mestre em Educação com área de concentração em

Psicanálise por Cambridge Internacional University (2005-2007).

Mestranda em Educação com área de concentração em Políticas

Educacionais pela PUC – GO (2011-2013). Docente de Graduação e

Pós-graduação (2002 -). Pesquisadora na área da educação (2004 - ).

Docente efetiva da UEG (2010 - ). Gerente de Extensão da PrE –

UEG (2012 - ). Bolsista FAPEG (2012-2013).

[email protected]

ÂNDREA CARLA MORAES – Pedagoga pela UEG –

UnU de São Luís de Montes Belos (2009 -2012).

Especializanda em Docência Universitária pela FABEC

(2012 - 2013). Bolsista - PrP - UEG (2009 – 2012).

Estagiária em Gestão na UEG pelo IEL (2010 – 2012).

[email protected]

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