92
SiStema De GeStão Financeira VerSão 3.0 PARA INSTITUIÇÕES DE ENSINO

Manual software-de-gestao-financeira1

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Manual software-de-gestao-financeira1

S i S t e m a D e G e S t ã o F i n a n c e i r a

V e r S ã o 3 . 0

para InstItuIções

de ensIno

Page 2: Manual software-de-gestao-financeira1
Page 3: Manual software-de-gestao-financeira1

3

Sumário

Introdução ............................................................................................................................................................................... 4 Um Pouco de Teoria: o Conceito de Gestão Financeira ............................................................... 5 Da Teoria à Prática: como usar o Software de Gestão Financeira 3.0 e fazer o Planejamento Financeiro ............................................................................. 181.0 Planejar o Resultado do Ano ............................................................................................................................... 20 Passo 1 — Cadastrar os Centros de Receitas e de Apoio (Planilha 1.1) ..................... 20 Passo 2 — Cadastrar os Impostos (Planilha 1.2)................................................................................. 22 Passo 3 — Cadastrar os Rateios de Despesas (Planilha 1.3) .................................................. 29 Passo 4 — Cadastrar o Fundo de Reinvestimento (Planilha 1.4) ......................................... 33 Passo 5 — Planejar as Receitas do Ensino (Planilha 1.5) ............................................................ 36 Passo 6 — Planejar as Outras Receitas (Planilha 1.6) .................................................................... 39 Passo 7 — Planejar os Salários (Planilha 1.7) .......................................................................................... 42 Passo 8 — Planejar Outras Despesas e Visualizar o Planejamento (Planilha 1.8) ..... 45 Passo 9 — Comparar Despesas Planejadas com Padrão ......................................................... 552.0 Módulo: Analisar Resultado Planejado e Formar Preço .............................................................. 57 Passo 10 — Analisar Indicadores de Competitividade (Planilha 2.1) ............................... 57 Passo 11 — Simular Ações Estratégicas (Planilha 2.2) .................................................................. 59 Passo 12 — Formar Preços (Planilha 2.3) ................................................................................................ 623.0 Módulo: Conhecer os Resultados Mensais ............................................................................................. 65 3.1 Movimentação de Entradas e Saídas .................................................................................................. 65 3.2 Salários Pagos .......................................................................................................................................................... 68 3.3 Movimentação Resumida ............................................................................................................................. 69 3.4 Resultado Geral .................................................................................................................................................... 69 3.5 Resultado Resumido ......................................................................................................................................... 724.0 Módulo: Contas a Pagar .......................................................................................................................................... 75 Passo A — Cadastrar Fornecedores (Planilha 4.1) .......................................................................... 75 Passo B — Cadastrar Formas de Pagamento (Planilha 4.2) .................................................... 75 Cadastrar Contas a Pagar e Realizar Pagamentos (Planilha 4.3) .......................................... 76 Conclusão ............................................................................................................................................................................ 85 Bibliografia ........................................................................................................................................................................... 86 Glossário .............................................................................................................................................................................. 87

Page 4: Manual software-de-gestao-financeira1

4

Introdução

Aárdua rotina diária de um proprietário ou diretor de instituição de ensino, que mistura as atividades de educador com as de administrador, faz com que ele dedique grande parte de seu tempo às atividades operacionais

necessárias ao funcionamento da instituição, deixando de lado, muitas vezes, algumasatividadesdecunhogerencial,essenciaisparaumaboagestãofinanceira.

Paraauxiliarnasatividadesrelativasàgestãofinanceira,foidesenvolvidoumtrabalho denominado de Sistema de Gestão Financeira para Escolas Conveniadas ao Positivo, composto pelo Manual de Gestão Financeira e pelo Software. Assim, Manual e Software foram elaborados de forma integrada, de modo a permitir uma aplicação prática.

Com o sistema é possível projetar as entradas e saídas de recursos, controlar essas movimentaçõesfinanceiras,elaboraraplanilhadecustos,simularospreços,apuraro resultado real obtido no mês por centros de receita e fazer comparações com o resultado que se espera alcançar.

Parasetornarumaferramentaeficazparasuagestão,seránecessárioadotar,emcada procedimento, um processo que inclui os seguintes passos:•coletaeorganizaçãodedadoseinformações;•reflexãosobreasinformaçõesedadoscoletados;•elaboraçãodeumplanodasaçõesaseremdesenvolvidas(planejamento);•execuçãodasações;•monitoramentoeavaliaçãodoprogressodoplanodeações;•resoluçãodosproblemasencontradosnaexecuçãodoplano;•avaliaçãododesempenhoerepetiçãodasaçõesnoperíodoseguinte.

Assim, o estudo deste Manual e a aplicação efetiva do Software, seguindo os passos antesanunciados,compõemumpoderosoinstrumentodegestãofinanceira,que,comcerteza,trarásignificativosresultadosparasuaentidade.

ComoafilosofiadoGrupoPositivoéadesempremelhorarasferramentasquedisponibiliza para as Escolas Conveniadas, é importante a utilização plena do programa, pois isso possibilitará melhorias e adequações em versões próximas, pois queremos seguir os passos propostos, principalmente os tendentes a monitoramentos, avaliação e resolução de problemas para repetir as ações nos períodos seguintes.

Page 5: Manual software-de-gestao-financeira1

5

Um Pouco de Teoria:O Conceito de Gestão Financeira

FINANÇAS SÃO UM PROCESSO DECISÓRIO: SE NÃO HOUVER DECISÕES A SEREM TOMADAS, PODE-SE DIZER QUE NÃO HÁ FINANÇAS A FAZER.

Finançassãoafunçãoresponsávelpelagestãodasatividadesedecisõesfinanceirasrelacionadascomafinalidadedaempresa,queécriarvalorparaosacionistas,gerir dinheiro da organização em toda a sua extensão, interna e externamente a ela. Segundo os teóricos, é “a arte e a ciência da gestão do dinheiro”. A área definançaspreocupa-secomosprocessos,asinstituições,osmercadoseosinstrumentos associados à transferência de dinheiro entre indivíduos, empresas e órgãos governamentais.

Afunçãofinanceiracompreendeumconjuntodeatividadesrelacionadascomagestão das origens e das aplicações de recursos.

O QUE É A ORIGEM DE RECURSOS?

Algumas respostas vêm imediatamente à tona:•recursosdepositadosempoupançaaolongodavida;•recursosprovenientesdavendadeumcarro,deumterreno;•recursosoriundosdoplanodedemissãovoluntária;•recursoscaptadosdefuturossóciosdeumempreendimento;•receitaauferidaporserviçosaseremprestados;•valoresquepoderãoserconseguidos,comoempréstimosdeparentesouamigos;•valoresquepoderãoseremprestadosdeumbanco.Todas essas formas de captar recursos para o empreendimento são consideradas origens de recursos.

Algumas origens de recursos não oneram diretamente o empreendimento. Nessa categoria,incluem-setodososrecursosaportadosporaquelesqueirãocomporasociedade (provenientes da poupança, da venda de carro e terreno, do plano de demissão voluntária, dos sócios, de receitas, etc.). Esse tipo de capital empregado é chamado de Capital de Risco e sobre ele incide o custo de oportunidade, que não é efetivamente cobrado e será visto mais adiante. Outras dessas origens de recursossãoonerosas,istoé,periodicamente,devem-sepagarjurospelautilizaçãodos recursos e, ainda, amortizar a dívida contraída. Nessa categoria, podem ser incluídos os recursos advindos dos empréstimos junto a parentes e amigos e dos empréstimos bancários.

Osrecursoschamadosdenão-onerosos,porpertenceremaossócios,sãochamados de capital próprio. Contabilmente, são chamados de Patrimônio Líquido.

Page 6: Manual software-de-gestao-financeira1

6

Os recursos onerosos, que deverão ser pagos ao longo de determinado tempo, são chamados de capital de terceiros. Contabilmente, são chamados de Passivo.

O QUE É A APLICAÇÃO DE RECURSOS? Umadasmaisimportantesdecisõesdeumapessoa,ouempresa,édefiniremqueserão aplicados os recursos captados.

EM QUE VÃO SER UTILIZADOS ESSES RECURSOS? São várias as opções:• compradoimóvelnoqualaempresavaifuncionar;• aquisiçãodeumveículoparaotransportedepessoaseprodutos;• aquisiçãodasmáquinasedosequipamentosnecessáriosaofuncionamentoda empresa;• compradopontoparaofuncionamentodaempresa;• compradoestoquedeinsumosouprodutosqueserãoutilizadosna produçãooucomercializaçãooudemateriaisparausodaempresa;• manutençãonobanco,comocapitaldegiro,dosrecursosprevistosparaque oempreendimentopossainiciarasoperaçõesemantê-lasaolongodavida do empreendimento. São os recursos necessários para o pagamento de salários, encargos e outras despesas decorrentes das operações da empresa.

Contabilmente, as aplicações de recursos são chamadas de Ativo e representam os bens e direitos que a empresa possui. Os ativos, em função do tempo, são classificadosdeCirculantesouPermanentes.Osativoscirculantesrepresentamos bens e direitos de curto prazo (estoques para venda, material de uso, valores areceber,etc.);ospermanentesrepresentamosbensedireitosqueaempresapossui e que irão gerar resultados ao longo do tempo de vida da empresa (imóveis, veículos, máquinas, equipamentos, etc.).

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

Os valores correspondentes às origens e às aplicações de recursos são apresentados emumademonstraçãofinanceiradenominadadeBalançoPatrimonial,quereflete,emdeterminadomomento,aposiçãofinanceiradoconjuntodebens,direitoseobrigações de uma pessoa ou de uma empresa.

APLICAÇÕES BENS E

DE RECURSOS DIREITOS

Quadro demonstrativo das aplicações de recursos

ATIVO CIRCULANTE

ATIVO PERMANENTE

CONSUMÍVEIS OU CONVERSÍVEIS

IMOBILIZADOS

ORIGENS DE INTERNAS

RECURSOS EXTERNAS

Quadro demonstrativo das origens de recursos

CAPITAL PRÓPRIO

CAPITAL DE TERCEIROS

CAPITAL DOS PROPRIETÁRIOS

PASSIVO

Um pouco de teoria: O conceito de gestão financeira

Page 7: Manual software-de-gestao-financeira1

7

Aplicações de recursos em duas salas de aula:

Descrição Quantid. Valor un. Valor total Mesa e cadeira da professora Mesinhas e cadeirinhas para alunos Armário Cabide para roupas e mochilas Tapetes Mural ou quadro de avisos, etc. Total das aplicações por sala Total das aplicações para 2 salas

Aplicações de recursos em uma sala para a secretaria:

Descrição Quantid. Valor un. Valor total Linha telefônica Aparelho telefônico Computador Impressora Programaelicençaoffice

O balanço patrimonial é constituído de duas colunas. Por convenção, as contas ativas (bens e direitos) são representados no lado esquerdo do balanço, enquanto as contas passivas e de patrimônio líquido são representadas no lado direito.

Colocando-sedeumladooativoedeoutroopassivo,maisopatrimôniolíquido,chega-seaumaigualdadeentreasorigens(ladodireito)eaplicações(ladoesquerdo).

Um exemploNo prédio da escola existem diversas salas. Vamos escolher duas delas: uma sala de aulaeasaladasecretaria.Aseguir,verifica-seoquefoiaplicadonessassalas.

BALANÇO PATRIMONIALATIVO(Bens e direitos)

Representaçãográficadobalançopatrimonial

PASSIVO(Capital de terceiros) ePATRIMÔNIO LÍQUIDO(Capital próprio)

Um pouco de teoria: O conceito de gestão financeira

1101

1021

2

11111

250,00 1.100,00

220,0020,00

400,00100,00

2.090,004.180,00

250,00 110,00 220,00

2,00 200,00 100,00

2.090,00

300,0030,00

2.800,00210,00

1.200,00

300,0030,00

2.800,00210,00

1.200,00 Balcão para recepção Arquivo de aço Cadeira giratória Escrivaninha Quadro de avisos Calculadora Utensílios de escritório (furador, etc.) diversos TOTAL DAS APLICAÇÕES

1

13111

1

250,00110,00405,00150,00100,0050,00

180,00 5.785,00

250,00110,00135,00150,00100,0050,00

0

Page 8: Manual software-de-gestao-financeira1

8

PASSIVO (capital de terceiros)Fin. computadorPATRIMÔNIO LÍQUIDO (próprio)Proveniente poupançaTOTAL ORIGENS

Para poder aplicar R$ 9.965,00 (R$ 4.180,00 + R$ 5.785,00) é necessária uma fontedefinanciamento(umaorigemderecurso).ImaginepossuirR$7.165,00em uma poupança, faltando, em conseqüência, um montante de R$ 2.800,00 para completar os recursos necessários para realizar as aplicações. Poderá ser, no entanto, adquirido o computador a prazo (pagar em parcelas).

O balanço patrimonial estaria assim constituído:

COMO GERIR ESSES RECURSOS? Aplicado o processo enunciado na introdução, depois de coletados e organizados, informaçõesedadosdevemseranalisados,procurando-seumainterpretaçãoque sirva de orientação geral para a elaboração de um plano de ação, que é um conjunto de atividades a serem executadas para se atingirem as metas e os indicadorespropostos,seuscronogramas,adefiniçãodosórgãosresponsáveiseaprevisão orçamentária.

O PROCESSO DE GESTÃOToda escola, antes de iniciar o ano calendário, realiza seu planejamento pedagógico, no qual são estabelecidos as metas e as ações de ensino a serem realizadas durante o ano. Podemos dizer que o planejamento pedagógico é uma ação rotineira nas instituições de ensino.

No planejamento pedagógico, diretor e professores estabelecem suas metas, como o conteúdo a ser ministrado e os objetivos de aprendizado a que a escola ou a disciplinasepropõe.Enfim,estabelece-senoplanejamentopedagógicocomoosfatos se darão no ano que vai se iniciar.

Entretanto,quandoolhamosparaaáreafinanceira,vemosquepouquíssimasinstituições procuram estabelecer com antecedência sua meta de resultado e as açõesaseremrealizadasparaatingi-la.

Depoisdeverificadasasmelhoresformasdecaptação(recursosprópriosoudeterceiros) e aplicação dos recursos destinados à implantação do empreendimento, pode-seiniciaraanálisedaviabilidadefinanceiradaoperaçãodonegócioproposto.Paratanto,deve-serealizarumaprojeçãodospossíveisresultadosgeradospeloempreendimento. A atividade de projetar os futuros resultados da empresa é chamada de Orçamento Empresarial.

2.800,00

7.165,009.965,00

ATIVO (bens e direitos)Duas salas de aulaSala da secretaria

TOTAL APLICAÇÕES

4.180,005.785,00

9.965,00

BALANÇO PATRIMONIAL

Um pouco de teoria: O conceito de gestão financeira

Page 9: Manual software-de-gestao-financeira1

9

Um pouco de teoria: O conceito de gestão financeira

A grande vantagem do orçamento empresarial é que, em função de sua construção, a entidade consegue distinguir melhor o que é efetivamente necessário, oqueésupérfluonaoperaçãodaempresaedisciplinarassuasoperações.

PLANEJAMENTO DE RECEITAS O passo inicial para a construção do planejamento é a previsão das Receitas. Elas devem ser previstas em quantidade e em faturamento. Com isso, já se deverá estabelecer uma política de preços para o serviço. Geralmente, os preços são estabelecidos em função dos preços praticados pelos concorrentes do mercado.

A previsão da receita da empresa está relacionada ao tamanho projetado para o empreendimento e condicionada à análise de escala do projeto. Normalmente, a capacidade máxima da empresa, em termos de prestação de serviços, só é atingida após alguns anos de operação. Por isso, na hora de fazer a previsão das vendas e do faturamento da empresa, o sonho deve dar lugar à previsão mais realista possível, ou até usar como parâmetro uma versão pessimista.

Em uma escola, as receitas provêm, entre outras fontes:•dasmensalidadescobradaspelaprestaçãodoserviçodeensino;•davendadecomidasebebidasrealizadaspelacantina;•doseventosrealizados;•davendadematerialdidático;•davendadeuniformes.

A título de exemplo, vamos supor que sua escola cobre uma mensalidade deR$ 350,00 por aluno e que a escola possua 20 alunos matriculados. A receita mensal corresponderá R$ 7.000,00.

É importante observar que alguns alunos deixam de pagar suas mensalidades. Aosvaloresnão-recebidosdenomina-sedeinadimplência.Parafinsdeexemplo,imaginemos que 5% dos alunos sejam inadimplentes. Logo, o valor que não será recebido representa R$ 350,00 (5% de 7.000,00).

PLANEJAMENTO DOS GASTOSÉnecessárioverificaroquantoaempresadeveráconsumirderecursosparaatingira receita prevista. A primeira dedução a se fazer é relativa aos tributos. Sobre as receitas decorrentes das mensalidades e dos eventos incide um imposto municipal denominado de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

Sobre as receitas provenientes da venda de comidas, bebidas e uniformes incide o imposto estadual denominado de Imposto Relativo às Operações de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Se o fornecimento de lanches estiver incluído no valordamensalidade,trata-sedenão-incidênciaestrita,nãocabendoincidênciadeICMS, mas de ISS.

Page 10: Manual software-de-gestao-financeira1

10

Um pouco de teoria: O conceito de gestão financeira

Sobre a receita proveniente da venda de material didático não cabe a cobrança de nenhum dos dois impostos, em decorrência de disposições constitucionais (imunidade para livros e materiais didáticos).

Sobre todas as receitas anteriormente descritas incidem, ainda, duas contribuições: PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).

Maior detalhamento dos tributos, inclusive a incidência de impostos sobre o resultado, será visto no passo 2 (Cadastrar os Impostos).

Dareceita,descontadososimpostos,obtém-seaReceitaLíquida,queéovalorefetivo que a empresa terá para fazer frente aos seus gastos.

Osegundograndegrupodegastoscomponentesdoplanejamentofinanceirodaempresarelaciona-seaosgastoscomaproduçãodosserviçosprestados.Os gastos, por sua vez, podem ser divididos em custos e perdas. Custo é o sacrifício que a empresa é obrigada a suportar para a obtenção do serviço, como, por exemplo, o salário do professor. Perda decorre de ações voluntárias ou involuntárias que levam ao consumo anormal de um bem ou serviço, como, por exemplo, um incêndio, a quebra ou a obsolescência de um bem.

Osgastospodemserdistribuídosemdoisgrandesgrupos:osfixoseosvariáveis.

Osgastosfixossãoaquelesqueaentidadeterádearcarindependentementedo volume de atividades que ela tiver. Por exemplo, uma sala de aula requer um professor. Esse professor recebe um salário mensal, independentemente dos alunos que estiverem freqüentando aquela sala de aula. Da mesma maneira, a secretáriaeosprofissionaisdarecepção(porteiro,segurança,etc.)edasdemaisáreas administrativas recebem um salário mensal, independentemente do número de alunos matriculados. É forçoso concluir, portanto, que, em uma escola, a maior partedoscustoséfixa.

Por sua vez, os custos variáveis são aqueles que se alteram proporcionalmente em função do volume de atividades da empresa. Essa hipótese ocorre, por exemplo, na comercialização de comidas, bebidas, uniformes e materiais didáticos: o gasto com a aquisição dos produtos só ocorre se houver venda do produto, isto é, o número de apostilas a serem adquiridas será idêntico ao número de alunos matriculados.

Alguns custos relacionados às duas salas, objetos do exemplo, e à contratação de um porteiro são os seguintes:

Page 11: Manual software-de-gestao-financeira1

11

Custo mensal de uma escola com duas salas de aula e dois funcionários administrativos

CUSTO VALOR MENSAL Salário das professoras (uma por sala) 1.200,00 Salário da secretária 750,00 Salário do porteiro 600,00 Encargos sobre salários (aproximadamente 60%) 1.530,00Vale-transporte 155,00 Alimentação dos alunos 800,00 Material de uso didático 150,00 Material de limpeza 80,00 Material de consumo 150,00 Material de expediente 100,00 Luz e telefone 180,00 Energia elétrica 80,00 Aluguel das salas 300,00 Provedor da NET 49,00 Despesas diversas 200,00 Desgaste dos bens 83,04 TOTAL DOS CUSTOS MENSAIS 6.407,04

Um pouco de teoria: O conceito de gestão financeira

Os bens aplicados na ativo (vide balanço patrimonial) sofrem desgaste em decorrência do uso (carteiras, cadeiras, etc.) ou da obsolescência (computador, telefone, etc.). Uma parcela desse desgaste tem que ser atribuída a cada um dos meses de sua utilização. O aprofundamento da questão será efetuado no passo 4 (Cadastrar o Fundo de Reinvestimento). Imaginemos, porém, como exemplo, que os bens que compõem o ativo da escola durem por 10 anos.

Ovalordoativo,comoseviu,édeR$9.965,00,oquesignificaqueaperdadevalor, em decorrência do uso ou obsolescência, corresponde a R$ 996,50 por ano (R$ 9.665,00 / 10 anos). Isso corresponde a um gasto mensal de R$ 83,04 (R$ 996,50 / 12 meses).

PLANEJAMENTO DOS RESULTADOSO sonho do empreendedor, como se viu, vai se concretizar ou não a partir dosresultadosfinanceirosprevistosparaoempreendimento.Essaetapadoplanejamentoéabaseparaavaliaraviabilidadeeconômico-financeiradeuma boa idéia.

Projetam-seasreceitasdaempresa.Diminuem-sedelatodosostributosincidentessobreareceitaechega-seàreceitalíquidadoempreendimento.Édese acrescentar que os impostos sobre o resultado podem ser calculados sobre o lucro real ou presumido, como se verá no passo 2 (Cadastrar os Impostos). Para o exemplo em desenvolvimento, consideraremos a opção pelo lucro presumido.

Page 12: Manual software-de-gestao-financeira1

12

Agora,dovalordareceitalíquida,deduzem-setodososcustosprevistosparaaoperacionalização da empresa, conforme apresentado anteriormente. O resultado é o lucro operacional da empresa.

Então,oesquemafinaldoplanejamentofinanceirodaempresapodeserrepresentado da seguinte forma:

PROJEÇÃO DO RESULTADO ECONÔMICOVimos que o resultado do empreendimento em questão resultou em um prejuízo operacional de R$ 677,19.

Para obter esse resultado, porém, você:a) provavelmente, deixou de aceitar ou pediu demissão de um emprego de professora;b) retirou da “poupança” R$ 7.165,00 para aplicar em sua escola (valor do capital próprio).

A pergunta é: quanto você deixou de receber, mensalmente, por não estar trabalhando como professora contratada de uma escola e por ter retirado o dinheiro do banco e aplicado em bens utilizáveis (ativo) na escola?

Aoquesedeixadeganhardenomina-secustodeoportunidade,quenãoépago,mas deve ser considerado na análise da viabilidade do empreendimento. O conceito de custo de oportunidade é um dos conceitos mais importantes em economia. A escolha por uma determinada opção sempre envolve um sacrifício, exatamente porque uma outra opção poderia ser adotada. Um célebre economista resumiu essedilemadaeconomiaemumafrasebem-humorada:“Nãoexistejantargrátis”.

No exemplo em questão, ao optar pela instalação de uma escola, você deixa de receber, mensalmente, um salário de R$ 750,00, como professora contratada de umaoutraescola.Significaquevocêperdeaoportunidadedereceberestevalor,já

PROJEÇÃO DO RESULTADO MENSAL COM DUAS SALASReceita bruta das mensalidades (-)DeduçõesInadimplência (5%) ISS (5%) PIS (1,65%) COFINS (3%) IRPJ (32%x15%) CSLL (32%x9%) Receita líquida das mensalidades(-)Custosmensaisprevistos(=) Lucro operacional

350 35011,55

21336

201,6

7.000,00

1.270,15 5.729,85 6.407,04

(-677,19)

Um pouco de teoria: O conceito de gestão financeira

Page 13: Manual software-de-gestao-financeira1

13

que se dedicará a dirigir sua escola. É o custo alternativo que representa o montante do valor que se deixa de ganhar por se desistir de uma opção e adotar outra.

Vamos supor, também, que o dinheiro que você tinha na “poupança” gerasse umareceitafinanceirade1%aomês.Aoretirarodinheirodobanco,vocêdeixade ganhar, mensalmente, R$ 71,65 (1% de R$ 7.165,00). É o custo do capital. O conceito, portanto, implica o valor que se deixa de ganhar por não se direcionarem os recursos (patrimônio) a atividades que gerem as melhores rendas sobre o capital.Nãorepresentadesembolsonemreservasdecapital,apenasquantificaemnúmeros, o valor que o capital imobilizado ou investido representa na empresa quando comparado ao mercado.

Dessa maneira, é necessário realizar nova projeção de lucro:

PROJEÇÃO DO RESULTADO COM AUMENTO DE SALASDo exemplo em questão podem ser extraídas importantes considerações.

A primeira diz respeito à composição do ativo. A empresa não possui sede própria, normalmente por isso, no custo mensal, foi incluído um valor relativo ao aluguel das salas.Aconselha-sequeaempresa,emfaseembrionária,utilizeespaçosalugadospara sua instalação, primeiro para que não haja um desembolso de recursos em ativos que irão gerar outras despesas ao longo de sua vida. Segundo, porque, com ocrescimentodoempreendimento,certamenteoespaçoficarápequenoehaveránecessidade de reformas ou troca de sede. Tudo isso gera outros gastos para a empresa. Caso o empreendedor tenha projetado o crescimento de sua empresa e trabalhe em um espaço maior que o necessário, ele estará desembolsando recursos desnecessáriosparaaempresa,gerandoumgastoquepodeserclassificadocomodesperdício. Um terceiro item deve ser considerado, geralmente o valor do aluguel de um imóvel é menor que a taxa de remuneração do capital investido em alguma aplicaçãofinanceira,tornandooaluguelmaisbaratoqueapossedoimóvel.Adica,nessecaso,éalugarumimóvelparareceberasinstalaçõesdaempresa.Lembre-se sempre dos passos sugeridos na introdução: colete e organize os dados e informações,reflitasobreasinformaçõesedadoscoletadoseassimpordiante.

A projeção dos resultados demonstra que a empresa apresenta um resultado negativo de R$ 677,19 e um resultado econômico negativo de R$ 1.498,84. Essa situação é normal quando se inicia um novo negócio e deve fazer parte do planejamento do empreendedor. Mas não pode permanecer por muito tempo.

Lucro considerando o custo de oportunidadeLucro operacional (-)Desistênciadeumsalário(-)Perdadereceitafinanceira(=) Prejuízo

750,0071,65

(677,19)

(1.498,84)

Um pouco de teoria: O conceito de gestão financeira

Page 14: Manual software-de-gestao-financeira1

14

CUSTO MENSAL DE UMA ESCOLA COM TRêS SALAS DE AULA E DOIS FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOS

CUSTO VALOR MENSAL Luz e telefone 180,00 Energia elétrica 100,00 Aluguel das salas 400,00 Provedor da NET 49,00 Despesas diversas 200,00 Desgaste dos bens 83,04 TOTAL DOS CUSTOS MENSAIS 8.015,04

Um pouco de teoria: O conceito de gestão financeira

CUSTO MENSAL DE UMA ESCOLA COM TRêS SALAS DE AULA E DOIS FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOS

CUSTO VALOR MENSAL Salário das professoras (uma por sala) 1.800,00 Salário da secretária 750,00 Salário do porteiro 600,00 Encargos sobre salários (aproximadamente 60%) 1.890,00Vale-transporte 208,00 Alimentação dos alunos 1.200,00 Material de uso didático 225,00 Material de limpeza 80,00 Material de consumo 150,00 Material de expediente 100,00

Comoosvaloresdemensalidadedificilmentepodemaumentar,poisdependemdovalor de mercado, (concorrência), há necessidade de aumentar o número de alunos da sala ou, com mais alunos, ampliar o número de salas, de modo a poder dividir as despesas que acontecem fora da sala de aula.

Vamos imaginar que, ao invés de duas salas, a entidade mantivesse três salas de aula com o mesmo número de 10 alunos por sala. Essa nova sala propiciaria uma receita de R$ 3.500,00. É evidente que seria necessária a contratação de uma nova professora, o que geraria custo de salário e encargos. Haveria aumento de outros gastos também, como aluguel, material didático, etc. Não haveria necessidade, porém, de se contratar um novo porteiro e uma nova secretária. Enquanto que, com duas salas, os custos são divididos por 20 alunos, quando se aumenta uma sala, esses mesmos custos são divididos por 30 alunos. Dessa maneira, o resultado seria bem outro, de acordo com a nova projeção a seguir:

Page 15: Manual software-de-gestao-financeira1

15

PROJEÇÃO DO RESULTADO MENSAL COM TRêS SALASReceita bruta das mensalidades (-)DeduçõesInadimplência (5%) ISS (5%) PIS (1,65%) COFINS (3%) IRPJ (32%x15%) CSLL (32%x9%) Receita líquida das mensalidades(-)Custosmensaisprevistos(=) Lucro operacional

525 52517,331,5504

302,4

10.500,00

(1.905,23) 8.594,78

(8.015,04)579,74

Um pouco de teoria: O conceito de gestão financeira

Vê-se,emdecorrência,queoscustosdeumaempresadependemdohorizontetemporalconsiderado.Emespecial,muitoscustossãofixosnocurtoprazo,masvariáveis no longo prazo. Em conseqüência, quando a empresa aumenta seu nível de produção, o custo total médio pode aumentar mais no curto prazo do que no longo prazo.

Esse é um simples exemplo para ilustrar os procedimentos de planejamento financeiroparaproceder-seaanálisedeviabilidadeeconômico-financeiradonovoempreendimento.

ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIOApartirdoquefoiexplanado,constata-sequeexistemcustosquesãoatribuídosdiretamente a uma unidade administrativa (sala de aula), que são os valores despendidos com o pagamento de salários e encargos da professora, do lanche dos alunos, etc. Outros custos são gerados quando se analisa o empreendimento como um todo (escola), que são os gastos com a secretária, o porteiro, etc.

Uma das análises que deve ser feita de imediato diz respeito à quantidade de alunos que uma sala deve ter para que, com a receita gerada pelas mensalidades, seja possível pagar os gastos gerados somente pelas alas (professora, lanche, etc.) e sobrem valores para liquidar os gastos pertencentes à escola como um todo (secretária,porteiro).Essaanálisechama-seAnálise do Ponto de Equilíbrio, que corresponde ao nível de vendas (ou serviços) necessário para cobrir todos os custosoperacionais,fixosevariáveis.Nopontodeequilíbrio,olucroéigualazero.

Emprimeirolugar,verifica-sequaléareceitaqueserágeradaporumaluno.

Page 16: Manual software-de-gestao-financeira1

16

Emsegundolugar,doscustosrelacionadosanteriormente,extraem-seaquelesquepertencem exclusivamente a uma sala.

Se a receita líquida proveniente da mensalidade de um aluno é de R$ 286,49 por mês, como se viu em quadro anterior, e se os gastos com uma sala montam em R$ 1.908,00 por mês, o ponto de equilíbrio vai demonstrar quantos alunos são necessários para que uma sala suporte seus próprios custos. O ponto de equilíbrio será o resultado da divisão dos custos totais da sala pelo valor líquido da mensalidade do aluno (R$ 1.908,00 / R$ 286,49), atingindo um número de 6,65 alunos.

Aovalorlíquidodamensalidadedenomina-seMargemdeContribuiçãoUnitária,que poderá ser calculada para cada uma das unidades de serviço (sala de aula). Em outras palavras, é a diferença entre a Receita e o Custo Variável de cada unidade. Pode-sedizer,também,queamargemdecontribuiçãounitáriaéovalorquecadaunidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e lhe pode ser imputado sem erro.

CUSTO MENSAL DE UMA SALA DE AULA

CUSTO VALOR MENSAL Salário da professora 600,00 Encargos sobre salários (aproximadamente 60%) 360,00Vale-transporte 70,00 Alimentação dos alunos 400,00 Material de uso didático 75,00 Material de limpeza 27,00 Material de consumo 50,00 Material de expediente 34,00 Luz e telefone 60,00 Energia elétrica 34,00 Aluguel das salas 100,00 Despesas diversas 70,00 Desgaste dos bens 28,00 TOTAL DOS CUSTOS MENSAIS

Um pouco de teoria: O conceito de gestão financeira

PROJEÇÃO DA RECEITA LÍQUIDA MENSAL DE UM ALUNOReceita bruta das mensalidades (-)DeduçõesInadimplência (5%) ISS (5%) PIS (1,65%) COFINS (3%) IRPJ (32%x15%) CSLL (32%x9%) Receita líquida das mensalidades

17,5 17,5

0,57751,0516,8

10,08

350,00

63,51286,49

1.908,00

Page 17: Manual software-de-gestao-financeira1

17

Vamos examinar a margem de contribuição da sala de 10 alunos.

Como o custo da sala (professora, encargos, etc.) não varia com o número de alunos, o custo de uma sala continua sendo R$ 1.908,00. O valor líquido da mensalidade de 10 alunos será de R$ 2.864,93. Assim, a margem de contribuição de uma sala será de R$ 956,93 (R$ 2.864,93 – R$ 1.908,00).

A margem de contribuição unitária multiplicada pela quantidade de salas em uso seráigualàmargemdecontribuiçãototal.Estadevesersuficienteparapagartodosos custos que ocorrem fora da sala de aula e ainda propiciar um lucro.

RATEIO DOS CUSTOSOs custos relacionados com a sala de aula existem se a sala estiver em funcionamento;porissonósoschamamosdeDiretos. Mas existem, também, os custos que ocorrem fora da sala de aula (secretaria, portaria, etc.), independentementedeestaremfuncionamentoumasaladeaulaoumais;sãochamados de Indiretos. É importante destacar que os custos indiretos existem porque existe a escola. Logo, cada uma das unidades administrativas da escola deve suportar uma parte desses custos, pois são eles que, por necessitarem de pessoas e unidades administrativas, geram os custos pertinentes.

Para a gestão de custos, um centro é uma unidade mínima administrativa representada por homens e máquinas, ou só por homens ou, ainda, só por máquinas.

Em uma escola, como se verá no módulo 4, (Cadastrar os Centros de Receita e de Apoio),destacam-seaadministração,oapoiodidático,asecretaria,abiblioteca,etc.

No início do empreendimento, é indispensável que a entidade tenha o menor nível possível de centros que gerem custos, para diminuir o valor do numerador na equação do ponto de equilíbrio e proporcionar menores riscos na operação financeiradaempresa.Comduassalasdeaulafuncionando,porexemplo,asfunções de secretaria e portaria podem ser desempenhadas pela proprietária ou por professoras, em horário extra.

Um pouco de teoria: O conceito de gestão financeira

PROJEÇÃO DO RESULTADO MENSAL COM UMA SALAReceita bruta das mensalidades (-)DeduçõesInadimplência (5%) ISS (5%) PIS (1,65%) COFINS (3%) IRPJ (32%x15%) CSLL (32%x9%) Receita líquida das mensalidades

17,5 17,55,77510,5168

100,8

3.500,00

635,082.864,93

Page 18: Manual software-de-gestao-financeira1

18

3.0 Como usar o software e fazer o planejamento financeiro

Da Teoria à prática: Como usar o Software de Gestão Financeira 3.0 e fazer o Planejamento Financeiro

ENTENDIDOS OS CONCEITOS BÁSICOS DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO, É HORA DE SENTARMOS NA FRENTE DO MICROCOMPUTADOR E MÃOS À OBRA.

CONFIGURAÇÃO MÍNIMA NECESSÁRIA

Pentium 100MHz, 16 MB de memória RAM, Windows 95/98, Microsoft® Excel 5.0/95, tamanho 6 KB, Microsoft® Excel 9.0/2000, tamanho 4.800 KB (arquivo compactado 318 KB).

A) Para baixar o software e o manual (download)

1.Acesseositehttp://www.portalpositivo.com.br/spe/areafinanceira(tenhaemmãos seu Login e Senha).2. Clique sobre a opção Download Software de Gestão Financeira versão 3.0.3. Ao abrir a opção Salvar, selecione um diretório no seu computador e salve o arquivo. Utilize o mesmo procedimento para o download do manual de Gestão Financeira.

O software de Gestão Financeira já está copiado em seu micro em um arquivo compactado. Inicialmente, descompacte o arquivo clicando com o botão direito do mouse, selecionando a opção extrair ou descompactar.

Caso seu computador não possua compactador de arquivos, acesse a opção de download no menu do Portal Positivo e instale o ZipGenius (compactador/descompactador).

B) Para abrir o software de gestão financeira 3.0

Por se tratar de um arquivo de Excel, o Software pode ser aberto tanto pelo Windows Explorer quanto pelo próprio Excel.1. Clique duas vezes sobre o arquivo que será aberto o Excel.2. Vai aparecer uma mensagem e a tecla Ativar Macros. Clique sobre essa opção e a planilha de Gestão Financeira 3.0 será aberta.

Page 19: Manual software-de-gestao-financeira1

19

Como usar o software e fazer o planejamento financeiro

Caso a opção Ativar/Habilitar macros não apareça, você deverá seguir os seguintes passos:1. com o Excel aberto, clique em Ferramentas / Macro /Segurança;2.selecioneonívelMédiodesegurança;3.cliqueemOK;4.fechetodooExcel;5. clique novamente duas vezes sobre o arquivo para abri-lo,entãoselecioneaopçãoativar/habilitarmacros.

Pronto. O software estará pronto para ser usado.

Como podemos observar, o Software de Gestão Financeira é composto basicamente por 4 grandes módulos.1.Módulo“PlanejaroResultadodoAno”;2.Módulo“AnalisaroResultadoPlanejadoeFormarPreço”;3.Módulo“ConhecerosResultadosMensais”;4. Módulo “Contas a Pagar”.

Dicas

- Em todas as

planilhas, os

valores decimais

deverão ser

separados por

vírgulas e não

por pontos.

 

Page 20: Manual software-de-gestao-financeira1

20

1.0 Planejar o resultado do ano

Módulo: Planejar o Resultado do Ano1.0

Neste módulo, iremos projetar as receitas e despesas da Instituição com o objetivo de prospectar o resultado a ser obtido. Conhecendo este resultado podemos desenvolver ações para a melhoria do mesmo.

O planejamento financeiro será feito seguindo-se 8 passos.

Vamos iniciar o cadastramento das informações clicando sobre as planilhas existentes.

PASSO 1 – CADASTRAR OS CENTROS DE RECEITAS E DE APOIO (PLANILHA 1.1)

1.1 CENTROS DE RECEITAS E DE APOIOCentro de receitas ensino1–EducaçãoInfantil 5–Pré-Vestibular2–EnsinoFundamentalI 6–Técnico/Pós-Médio3 – Ensino Fundamental II 7 – Supletivo / EJA4 – Ensino Médio 8 – Superior

Centros de receitas outros1 – Cantina 4 – Material didático2 – Eventos 5 – Uniformes3 – Extracurriculares 6 – Transporte

Centros de apoio1 – Administração 3 – Secretaria2 – Apoio didático 4 – Biblioteca

Muitas vezes, em uma empresa, o administrador ou diretor quer saber, a partir de umresultadogeralqueaempresaobteve,qualfilialgeroumaislucro,qualalinhade produtos mais rentável, e assim por diante.

Emumaescola,tambémpodemosconheceroresultadodaPré-Escola,doEnsinoFundamental, do Ensino Médio, da cantina, etc. Isso ajuda a conhecer melhor quem está gerando resultado, a contribuição de cada centro de receita para o resultado geral e a planejar ações para cada caso.

Obs.: Nas

planilhas

deste módulo

são lançadas

informações

que só serão

alteradas

eventualmente,

como os

Centros de

Receita e

apoio,os

critérios de

rateio de

despesas e os

impostos.

Page 21: Manual software-de-gestao-financeira1

21

1.0Planejar o resultado do ano

Para cada um dos “setores” que geram receita damos o nome de Centros de Receita. Os diversos níveis de ensino, a cantina e o material didático são exemplos de centros de receitas.

Para os demais “setores” que diretamente não geram receitas damos o nome de Centros de Apoio. Como exemplo, temos a secretaria, a biblioteca, os laboratórios de ensino, a portaria, o pátio, o almoxarifado, as salas de reunião, o ginásio de esportes, entre outros.

No software de Gestão Financeira, vamos cadastrar os Centros de Receitas Ensino, os Centros de Receitas Outros e os Centros de Apoio, havendo a possibilidade de cadastrar 20 centros.

Na planilha já estão cadastrados alguns centros, os quais poderão ser alterados deacordocomseudesejoesuanecessidade;excluídos,seemsuaescolaelesnãoexistirem;oumesmomesclados,parajuntardiversoscentros.Sãoeles:

Centros de receitas ensino1–EducaçãoInfantil 5–Pré-Vestibular2–EnsinoFundamentalI 6–Técnico/Pós-Médio3 – Ensino Fundamental II 7 – Supletivo/EJA4 – Ensino Médio 8 – Superior

Aqui,deverãosercadastradososcentrosqueforamidentificadoscomofontedereceitasoriundasespecificamentedeensino.

Centros de receitas outros1 – Cantina 4 – Material didático2 – Eventos 5 – Uniformes3 – Extracurriculares

São centros que geram receitas oriundas de outras fontes, que não de ensino. Casoaescolatenhaumoutrocentroespecífico,quenãosejadeensinoequeacheimportante cadastrar, poderá usar o item 6, que está em aberto (ex.: transporte da escola, quando cobrado).

Centros de apoio1 – Administração 3 – Biblioteca2 – Apoio didático 4 – Secretaria

Aqui, se permite o cadastramento de centros que não são geradores de receitas, apenas de custos. O administrador poderá trabalhar com apenas um centro de apoio ou optar por até 6 centros individualizados.

Page 22: Manual software-de-gestao-financeira1

22

1.0 Planejar o resultado do ano

Para cadastrar os centros de apoio e de receitas, devemos sempre lembrar que o faremos em função da forma que desejamos ver e analisar os resultados da instituição e da relevância dos gastos e receitas gerados pelos centros.

Assim, não vale a pena detalhar muito os centros de apoio, pois, além de uma escola normalmente apresentar muitos centros de apoio, não tem muita utilidade ficaranalisandoseusresultadosseparadamente(queserão,naverdade,apenasvalores de despesas, em alguns casos muito pequenos). Além disso, quanto mais criarmos, tanto maior será o trabalho de separação e lançamento das despesas no software de gestão. Por essa razão, foi criado o centro “Apoio Didático”, no qual todos os setores de apoio ao ensino (ex.: almoxarifado, salas dos professores, salas de reunião, pátio, recepção, ginásio e até mesmo a secretaria e a biblioteca se desejar) poderão ser controlados.

Porém, se em sua instituição existe um setor ou uma atividade que gera alto valor de despesas (ex.: uma chácara para atividades de ensino e lazer, da qual seria interessanteconheceromontantededespesasaliaplicadas),devemoscriá-locomoum centro de apoio separado.

PASSO 2 – CADASTRAR OS IMPOSTOS (PLANILHA 1.2)

TributosOstributosdividem-seemimpostos,taxasecontribuições.Nasentidadesquedesenvolvem atividades de ensino, constatamos a ocorrência dos seguintes tributos e suas respectivas alíquotas.

Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ: consiste em um imposto sobre a renda da Pessoa Jurídica, incidente quando ela apresenta lucro tributável, denominado fiscalmentedeLucro Real. Grande parte das empresas, porém, adota a sistemática do Lucro Presumido, para efeito de pagamento do Imposto de Renda, que é calculado sobre uma margem de lucro que se presume existir para o tipo de negócio queaempresaexplora.Hápossibilidade,ainda,deseoptarpelosistemasimplificado.

A alíquota do IRPJ é de 15%, mais 10% do valor de lucro que exceder R$ 240.000,00 (no exercício).

Quando a empresa adotar a tributação pelo lucro real, esse percentual será aplicado sobre o contábil ajustado. Se a empresa optar pelo sistema de lucro presumido, os 15% incidem sobre um lucro presumido, cujos os percentuais são fixadospelaReceitaFederal.Paraserviços,opercentualdelucropresumidoéde32%. Assim, o imposto passa a ser de 4,8% (15% de 32%) e será calculado sobre o valor da receita do serviço. Nas vendas de produtos (cantina, conveniências, etc.), o lucro presumido é de 8%. Assim, o imposto passa a ser de 1,2% (15% de 8%).

Dicas:

- As células com

fundo branco

permitem

digitação e

as coloridas

não permitem

inserção de

dados.

- Os nomes

dos centros

cadastrados

nessa tela serão

repetidos em

diversas telas

posteriores

no software.

Portanto,

qualquer

alteração nos

centros deve ser

feita nessa tela.

Page 23: Manual software-de-gestao-financeira1

23

1.0Planejar o resultado do ano

Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS): incide sobre a comercialização de produtos em geral, bem como sobre determinados serviços (fretes, energia elétrica, telecomunicações), no âmbito do consumidor ou entre empresas, tanto nas vendas para dentro como para fora do Estado, variando em alíquotas por tipo de produto e modalidade de comercialização. O ICMS é um impostonão-cumulativoquepossibilitaarecuperação,emcadaetapa,do imposto pago na etapa anterior. As empresas podem se enquadrar no regime normal de pagamento ou no “Simples Estadual”. A alíquota do ICMS é seletiva, isto é, depende do produto e da empresa, podendo chegar a até 32%. É necessário que se consulte o regulamento do ICMS do Estado onde estiver sediada a escola.

Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS): incide sobre os serviços de competência municipal, tendo alíquotas variáveis de acordo com a natureza dos serviços prestados e com a legislação de cada município. Com exceção do ramo da construção civil, nas demais atividades esse tributo é devido à prefeitura do município onde se situa a sede da empresa. A alíquota do ISS também é seletiva, diferente em cada município, consulte seu contador. Aqui também é necessário que se consulte o Regulamento do ISS do município onde estiver sediada a escola.

Imposto sobre a Propriedade de Bensa) Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA): de âmbito estadual, sobre a propriedade de veículos em geral, destinado à conservação de rodovias, à sinalização de estradas e vias municipais.b) Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU): de esfera municipal, incide sobre o valor da propriedade de bens imóveis, assim como terrenos em área urbana, variável de acordo com o valor venal.

As alíquotas desses dois impostos também são seletivas. Para os veículos, depende doanodefabricação,modelo,etc.;paraaspropriedadesimobiliárias,dependedaárea construída, da qualidade da construção, etc.

Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS): destinada ao Programa deIntegraçãoSocial,deesferafederal,temafinalidadedeproverrecursosparaa constituição de um fundo que distribui abono anual, equivalente a um salário mínimo, aos trabalhadores de mais baixa renda. Seu recolhimento mensal é baseado no faturamento da empresa. A alíquota do PIS é de 0.65% (para o lucro presumido) e 1,65% (para o lucro real).

Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS): consiste no recolhimentomensaldacontribuiçãoparafinssociais,sobreofaturamentobrutonas empresas. A alíquota da COFINS pode ser de 3% a 7,6%, dependendo do regime de tributação (presumido/real).

Page 24: Manual software-de-gestao-financeira1

24

1.0 Planejar o resultado do ano

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL): da mesma forma que o IRPJ, a contribuição social sobre o lucro líquido pode ser calculado tendo como base o lucro contábil (caso do lucro real) ou a receita da Instituição (caso do lucro presumido). A alíquota da CSLL é de 9%.

Quando a empresa adotar a tributação pelo lucro real, esse percentual será aplicado sobre o lucro real contábil ajustado. Se a empresa optar pelo sistema presumido,os9%incidemsobreumlucropresumidofixadopelaReceitaFederal.Para serviços, o lucro presumido é de 32%. Assim, o imposto passa a ser de 2,88% (9% de 32%) e será calculado sobre o valor da receita do serviço. Nas vendas de produtos (cantina, conveniências, etc.), o lucro presumido é de 12%. Assim o imposto passa a ser de 1,08% (9% de 12%).

Super SimplesÉ um sistema integrado de pagamento de impostos e contribuições das microempresas e empresas de pequeno porte na esfera do governo Federal, Estadual e Municipal, a serem calculados segundo a planilha a seguir:

8,21% 0,00% 0,54% 1,62% 0,00% 3,26% 2,79%

10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50%

11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84%

11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87%

12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%

12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%

12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%

13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%

13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%

14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%

RECEITA BRUTA EM 12 MESES(em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP INSS ISS

MICRO EMPRESASAté 120.000,00 6,00% 0,00% 0,39% 1,19% 0,00% 2,42% 2,00%De 120.000,01 a240.000,00EMPRESAS DE PEQUENO PORTEDe 240.000,01 a360.000,00De 360.000,01 a480.000,00De 480.000,01 a600.000,00De 600.000,01 a720.000,00De 720.000,01 a840.000,00De 840.000,01 a960.000,00De 960.000,01 a1.080.000,00De 1.080.000,01a 1.200.000,00De 1.200.000,01a 1.320.000,00

15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%

15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00%

15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00%

15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00%

16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00%

16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00%

17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00%

17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%

17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00%

De 1.320.000,01a 1.440.000,00De 1.440.000,01a 1.560.000,00De 1.560.000,01a 1.680.000,00De 1.680.000,01a 1.800.000,00

De 1.800.000,01a 1.920.000,00De 1.920.000,01a 2.040.000,00De 2.040.000,01a 2.160.000,00De 2.160.000,01a 2.280.000,00De 2.280.000,01a 2.400.000,00

Page 25: Manual software-de-gestao-financeira1

25

1.0Planejar o resultado do ano

1.2 CADASTRO DE TAXAS E IMPOSTOS (PLANILHA 1.2) Nessa planilha, vamos cadastrar os percentuais de impostos sobre receitas e o percentual de inadimplência. Cadastrando esses percentuais, ao realizar o planejamentofinanceiro,essasdespesasserãocalculadasautomaticamente,apartirda previsão da receita.

Assim,porexemplo,seemumacidadepaga-seoISS(ImpostosobreServiços)dasanuidades na alíquota de 5,0%, basta projetar a receita anual (Ex.: R$ 100.000,00) para que o valor do ISS seja automaticamente previsto (R$ 5.000,00), facilitando o trabalho de projeção de despesas (ver detalhes na seqüência, no item “Imposto Municipal”).

A planilha possibilita que os percentuais sejam individualizados, ou seja, podemos lançar percentuais diferentes para cada centro de receitas, visto que alguns centros de receita (ex.: cantina, que recolhe ICMS) têm tributação diferenciada em relação aos centros de ensino (que não recolhem ICMS).

Os percentuais aqui cadastrados estarão compondo nosso planejamento geral. Uma vez lançadas as receitas previstas, como veremos no próximo módulo, esses percentuais calculam uma estimativa do valor dos custos que serão gerados por essas mesmas receitas.

Obs.: Procure o

auxílio de seu

contador para

o levantamento

dos percentuais

inerentes à sua

escola.

Page 26: Manual software-de-gestao-financeira1

26

1.0 Planejar o resultado do ano

 

Page 27: Manual software-de-gestao-financeira1

27

Como fazerImpostos federaisInicialmente, responda à seguinte pergunta: a escola tem algum nível de ensino que pode optar pelo regime de tributação do Super Simples?

Se a resposta for sim, a escola (ou o nível de ensino) paga uma das alíquotas discriminadas na tabela, já apresentada (página 24) e calculada sobre o faturamento. Essa alíquota substitui o PIS, a COFINS, o IRPJ e a CSLL, o ICMS e o ISS, que deverãoficar“zerados”naplanilha.

Se a escola não for optante pelo Super Simples, há dois caminhos: ou ela é tributada pelo Lucro Presumido ou pelo Lucro Real.

Vejacomoficamosdoiscasos:

Quando a escola (ou o nível de ensino) paga o Imposto de Renda e a Contribuição Social pelo Lucro Presumido, o valor dos impostos é calculado na forma de percentuais sobre o faturamento.

Como já salientamos, a 3ª. sistemática para pagamento dos impostos sobre resultados (IRPJ e CSLL) é por meio do lucro real. Quando a escola (ou nível de ensino) paga o Imposto de Renda e a Contribuição Social pelo lucro real, o valor dos impostos não é calculado na forma de percentuais sobre o faturamento, e sim sobre o lucro que a escola (ou nível de ensino) realmente teve no período contabilizado.

O cadastro dos impostos e das contribuições federais está concluído.

1.0Planejar o resultado do ano

DescriçãoPISCOFINSIRPJContribuição Social

Centro de Receitas – Ensino0,653,000

Centro de Receitas – Outros0,657,600

% DOS IMPOSTOS – LUCRO REAL

% DOS IMPOSTOS – LUCRO PRESUMIDO

Descrição

PISCOFINSIRPJContribuição Social

Centro de Receitas – Ensino

0,653,0

2,4 ou 4,82,88

Centro de Receitas – Outros

0,653,01,21,08

Page 28: Manual software-de-gestao-financeira1

28

1.0 Planejar o resultado do ano

Imposto estadualSe a escola explorar a cantina e a loja de conveniências, também é preciso responder a uma questão: O centro de receitas, sujeito a imposto estadual, está enquadrado no Super Simples?

Se a resposta for sim, cadastre a alíquota do Super Simples em que o centro de receita está enquadrado. Neste caso deixe “zerado” o campo do ICMS na planilha.

Se a resposta for não, cadastre a alíquota do ICMS mais comum em suas vendas. Na maioria dos estados, essa alíquota é de 17% ou 18% para vendas dentro do estado. Clique sobre o espaço do ICMS e digite o percentual, deixando “zerado” o campo do Super Simples.

O cadastro do imposto estadual está concluído.

Imposto municipalPara os centros de receita enquadrados no Super Simples, deixe “zerado” o campo do ISS na planilha. Para os centros de receita que não estão enquadrados no Super Simples, vamos cadastrar o ISS, digitando, para cada centro de receitas, o percentual cobrado em sua cidade (consulte seu contador).

Vale observar que a base de cálculo para esse imposto é o valor do serviço prestado, recaindo, portanto, somente sobre os centros de receitas que emitem notafiscaldeprestaçãodeserviço,comoéocasodosCentros de Receitas Ensino.(Asnotasfiscaisdecomercializaçãoedeprestaçãodeserviçossãodiferentes e, como podemos perceber, tem incidências de impostos também diferentes). Se algum dos Centros de Receitas Outros também se enquadrar nesse caso,deveráteressepercentualcadastradoemsuacédulaespecífica.

O cadastro do imposto municipal está terminado.

Inadimplência Digitaro“percentualdeinadimplência”conformehistóricodaescola.Entendam-se como “percentual de inadimplência” os valores realmente não recebidos. Os valores recebidos com atraso não devem compor esse percentual. Para estabelecer esse percentual, tome como base os valores não recebidos do último ano escolar encerrado e divida esse valor pelo total que deveria ter sido recebido.

Page 29: Manual software-de-gestao-financeira1

Exemplo: Valor total não recebido no último período (ano) = R$ 5.000,00 Valor total que deveria ter sido recebido no período (ano) = R$ 900.000,00

Portanto, o percentual de “Inadimplência” será o resultado do seguinte cálculo: R$ 5.000,00/R$ 900.000,00 = 0,0055 ou 0,55%

1.0Planejar o resultado do ano

29

Percentual Total: a linha do item “percentual total” mostra os totais dos percentuais lançados em toda a coluna.

NOTA IMPORTANTEAlgumasescolas(ouníveisdeensino)apresentamprejuízonacontabilidadefiscale, mesmo assim, estão pagando Imposto de Renda e Contribuição Social. Se você está no lucro presumido, veja se no último balanço sua escola apresentou prejuízo ou um percentual de lucro inferior a 32% da receita anual. Se isso estiverocorrendo,conversecomocontadorparaverificarsenãoémelhorpassar a pagar pelo lucro real.

PASSO 3 – CADASTRAR OS RATEIOS DE DESPESAS (PLANILHA 1.3)

1.3 Rateio de DespesasAo cadastrar diversos centros de receitas e de apoio, estamos considerando que desejamos ver o resultado obtido separado para cada um dos centros cadastrados. Assim, para conhecer o resultado real da cantina, por exemplo, será necessário apropriar não só as receitas e despesas diretas (ex: funcionário que trabalha na cantina), mas também outras despesas indiretamente realizadas para que o resultado aconteça (ex: energia elétrica, água, material de consumo, etc.).

Esta é uma das planilhas mais importantes do software, onde serão estabelecidos os percentuais de rateios das diversas despesas indiretas da Instituição para cada um dos Centros de Receitas e Centros de Apoio.

Algumasdespesasdeumaescolasãopagasemumaúnicafaturaebeneficiam(ousão utilizados) por mais de um centro de apoio e receita. Esta planilha funciona com umfiltro,distribuindoovalordessascontasparaosdiversosCentros.

Ex: a conta de “água”, ou “aluguel” é paga por uma fatura que não indica que centro de apoio ou receita a gerou. Utilizamos, desta forma, os percentuais cadastrados nesta planilha para direcionar o valor que cabe a cada um dos centros (ratear a despesa).

Page 30: Manual software-de-gestao-financeira1

30

1.0 Planejar o resultado do ano

Cadastrando estes percentuais, não precisaremos todo mês dividir a conta de água, de luz, o aluguel, etc., para cada centro de Apoio ou Receita e estaremos considerando uma parte destas despesas para cada centro cadastrado.

Como fazerOs percentuais lançados nesta planilha servirão para ratear as despesas lançadas na planilha Planejar Outras Despesas Gerais (vide adiante planilha 1.8), para a planilha de Formar Preços (vide adiante planilha 2.3) e também para ratear os valores lançados na planilha Movimentação de Entradas e Saídas (vide adiante planilha 3.1) com o objetivo de obter o resultado de cada centro de receita.

Estes percentuais dependem muito da experiência de cada administrador e de um levantamento a ser feito na Instituição. Na seqüência, é apresentado um quadro de sugestãodecritériosderateioparaauxiliá-lonadefiniçãodestespercentuaisderateio.

Os percentuais lançados devem totalizar 100%. Não há necessidade de lançar o percentual para a Administração, uma vez que, para auxiliar o administrador nesta tarefa, a planilha soma os valores que foram lançados nos demais centros e “carrega” a diferença que falta para completar os 100% para a Administração. Desta forma, se o percentual lançado para os Centros de Apoio e Receitas for 0% (zero), todo o valor da despesa será apropriado para a Administração. Por outro lado, se os valores lançados ultrapassam o total de 100%, na célula correspondente da coluna da Administração aparece um aviso: “ajustar o percentual”. Então você pode checar a última coluna da tabela e conferir qual a diferença que deve ser ajustada.

Despesas para as quais você precisa cadastrar percentual de rateioPara as despesas da planilha 1.3 você precisará digitar um percentual de rateio.

Sugestões de critérios de rateio que podem ser utilizados para o rateio das despesas.

CONTAS A SEREM RATEADAS SUGESTÃO DE % A SER CADASTRADO

*Aluguel Percentual da área de cada centro.Bens de natureza permanente Percentual de utilização direta (ou seja, quanto cada centro compra destes bens).Despesas com viagem Percentual de utilização direta (ou seja, quanto cada centro gera de despesas de viagem).Fotocópias Percentual de utilização direta (ou seja,quanto cada centro consome de fotocópias).Gás Percentual de utilização direta (ou seja, qual centro consome mais gás).

Page 31: Manual software-de-gestao-financeira1

31

1.0Planejar o resultado do ano

Atenção! Mesmo que o prédio da Escola seja próprio cadastre os percentuais da área de cada centro de apoio e de receita na linha “Aluguel”.

ExemplosAluguel: o critério sugerido é “Percentual da área de cada centro”. Portanto, levaremos em conta a área ocupada por cada centro para o cálculo do percentual a ser cadastrado.

Supondo que:•amedidatotaldaescolaseja=5000m2;•medidadassalaseespaçosdestinadosaoCentrodeReceita“EducaçãoInfantil” = 250 m2.

Fazemos, então, o seguinte cálculo: 250/5000 = 0,05 ou 5% e cadastramos na planilha. Desta forma o Centro de Receita “Educação Infantil”, irá absorver 5% do custo referente a Aluguel.

Gás: o critério sugerido é “Percentual de Utilização Direta”. Portanto, levaremos em conta a utilização desta despesa pelos diversos centros de receita e de custo para o cálculo do percentual referente a cada Centro.

Supondo que:•amaiorpartedogássejautilizadopeloCentrodeReceita“Cantina”,consideramosqueestaabsorva80%destecusto;orestante,ouseja,20%,consideramos que seja destinado ao Centro de Custos “Administração”, para atender suas necessidades.

Despesas que tem rateio direto (para as quais você não precisa cadastrar percentual de rateio)Algumas despesas já são rateadas diretamente, sem que você precise digitar o percentual de rateio na planilha 1.3. Estas despesas são:

Livros, revistas e jornais Percentual de utilização direta (ou seja, para quem os livros/revistas foram comprados).Manutenção de equipamentos Percentual de utilização direta (ou seja,quanto cada centro gasta na manutenção).Materiais de arte Percentual de alunos por centro que utilizam.Materiais de esportes Percentual de alunos por centro que utilizam.Materiais de laboratório Percentual de alunos por centro que utilizam.Materiais de uso didático Percentual de alunos por centro que utilizam.Material de expediente e consumo Percentual de utilização direta.Material para fotocopiadora Percentual de utilização direta ou de alunos que utilizam.Despesas gerais Percentual de utilização direta.

Page 32: Manual software-de-gestao-financeira1

32

1.0 Planejar o resultado do ano

CONTAS QUE TEM RATEIO CRITÉRIO PARA CÁLCULO DODIRETO PERCENTUAL

Água Quantidade de alunos, professores e funcionários por centro.Cursos e treinamentos Quantidade de professores e funcionários por centro.Despesas com lanches e alimentação Quantidade de professores e funcionários por centro.Energia elétrica % da área de cada centro.Farmácia Quantidade de alunos, funcionários e professores por centro.IPTU % da área de cada centro.Limpeza terceirizada % da área de cada centro.Manutenção imóvel % da área de cada centro.Materiais de copa e cozinha Quantidade de alunos, professores e funcionários por centro.Materiais de limpeza % da área de cada centro.Materiais para piscina Quantidade de alunos por centro.Segurança % da área de cada centro.Seguro de vida em grupo Quantidade de professores e funcionários por centro.Seguro/convênio saúde Quantidade de professores e funcionários por centro.Seguros de imóvel % da área de cada centro.Uniformes dos funcionários Quantidade de professores e funcionários por centro.Vale-transporte Quantidadedeprofessoresefuncionários por centro.

Ex: uniformes (será rateado pelo número de professores e funcionários cadastrados naplanilha1.7-Planejamentodesalários).

Despesas que não constam das duas tabelas acimaAs contas que não constam destas duas tabelas recairão diretamente para a Administração da Instituição, ou seja, ao serem lançadas serão apropriadas diretamenteparaaAdministração(ex:despesacomacontabilidade,pró-labore).

Por outro lado é preciso notar que se a Piscina, por exemplo, for considerada um centro de receita ou apoio, os gastos com materiais para piscina deverão ser lançadosintegralmenteparaestecentro(ouseja,cadastra-se100%paraoCentro“Piscina”).

Page 33: Manual software-de-gestao-financeira1

33

1.0Planejar o resultado do ano

Da mesma forma seria feito se um ginásio de esportes fosse considerado um centro de apoio, no que se refere aos materiais de esporte.

Atenção! Estes percentuais não precisarão ser redigitados todos os meses, somentesendomodificadosquandohouveralteraçõesmuitosignificativasnocritério de rateio utilizado.

PASSO 4 – CADASTRAR O FUNDO DE REINVESTIMENTO (PLANILHA 1.4)

1.4 FUNDO DE REINVESTIMENTO

 

 

Page 34: Manual software-de-gestao-financeira1

34

1.0 Planejar o resultado do ano

Você já deve ter notado que os investimentos realizados em bens, como automóveis, imóveis e equipamentos utilizados na escola, perdem valor com o passar do tempo. Isso acontece por várias razões: em função do desgaste pelo uso, porquevãoficandoobsoletosouatémesmoporquevão“saindodamoda”(issoéfacilmente percebido quando um novo modelo de carro é lançado no mercado).

Podemos dizer que existe um custo pelo uso do bem. Esse custo não é sentido diretamente no caixa, pois não há saída de dinheiro todo mês para “depositar nesse fundo”. Mesmo assim, não podemos fechar os olhos para a realidade: o custo dessa perda de valor exite.

A rigor, todas as instituições deveriam reservar uma parcela do caixa gerado no mês, para repor equipamentos e instalações que assegurem sua competitividade. Com esse “fundo”, a instituição poderia comprar equipamentos modernos, reformar suas instalações de forma que sempre pudesse dar a seus alunos ambientes modernos, atrativos e bonitos. Aliás, uma das principais causas da baixa competitividade das escolas é a falta de atualização e modernização e uma das principais causas de sucesso é o permanente investimento em suas instalações e equipamentos.

Quando consideramos esse fundo como um custo em nosso resultado, devemos fazer a seguinte interpretação: embora o caixa gerado possa ter sido maior, uma parte desse caixa não pode ser gasta de imediato. Essa parte é que vai repor equipamentos e instalações no futuro.

Outra vantagem de considerar o valor do fundo de reinvestimento no resultado da empresa é que ele será incluído nas metas de nosso planejamento e da formação de preços.

Assim, na planilha Fundo de Reinvestimento, serão cadastrados equipamentos, veículos,mobiliários,computadores,instalaçõesquesuaescolapossui(enfim,oquena contabilidade é chamado de Imobilizado).

Ela calcula o valor de um fundo mensal para a reposição ou recompra do bem cadastrado. O fundo total calculado é transferido para as planilhas Formação de Preços (vide adiante planilha 2.3) e Resultado Geral (vide adiante planilha 3.4). A soma total dos bens da escola será utilizada nas planilhas Planejamento Outras Despesas Gerais (vide adiante planilha 1.8) e Indicadores de Competitividade (vide adiante planilha 2.1).

Como fazerDescrição do bem: faça uma descrição sumária do bem. Ex.: veículo Fiorino ano 1999.

Page 35: Manual software-de-gestao-financeira1

35

1.0Planejar o resultado do ano

Data de aquisição/avaliação: se o valor cadastrado do bem for o de aquisição, nesse campo deverá ser digitada a data aproximada dessa aquisição. Se o administrador optar por trabalhar com o valor de avaliação, a data desta é que deverá ser digitada na respectiva célula.

Valor do bem: digite o valor aproximado de recompra do bem (ou seja, o custo de“comprardenovo”aquelebem).Pode-sepesquisaremlojasdeequipamentosnovos ou usados (conforme sua política de compra de equipamentos).

Nº. de turnos: digite 1, 2 ou 3, conforme o regime de trabalho do bem: 1 turno = 8 horas;2turnos=16horas;3turnos=24horas.Para2e3turnos,aplanilhacalculauma necessidade de geração de fundo mais acelerada, pois haverá um desgaste maior do bem.Vida útil: todo bem tem uma certa vida útil para a empresa, sendo que vencida sua vidaútil,devesubstituí-lo.

Estime, aproximadamente, o número de anos que esse bem pode servir à empresa antes da sua substituição. Se você estabeleceu uma política de reposição de bens (ex.:veículos,5anos;computadores,5anos;carteiras,6anos;etc.),cadastreessesprazos. O ideal é pesquisar no mercado e estabelecer uma política de renovação dosbens.Ofundoserácalculadoelançadonoresultadoconsiderando-seavidaútil desde a data de aquisição ou de avaliação cadastrada anteriormente.

Fundo Mensal: apresenta o valor mensal do fundo que será considerado no resultado e na formação do preço da anuidade.

Percentual de rateio para os centros: se o bem cadastrado serve a mais de um centro, digite o percentual utilizado por cada um deles. Por outro lado, se é um bemespecíficodeumsócentro,digite“100%”nacélularespectivaaeste.

Nofinal,aplanilhamostraopercentualtotalquefoidistribuídoeapontaadiferença, quando houver.

O valor do fundo de reinvestimento será todo lançado para a Administração, se os percentuais lançados para os centros de receita e de custos forem 0 (zero).

O total do fundo calculado nessa planilha é automaticamente transferido para as planilhas Formação de Preços (vide adiante planilha 2.3) e Resultado Geral (vide adiante planilha 3.4), compondo as despesas operacionais da escola.

•Dessaplanilhaobtemos,também,ovalortotaldosbens(investimentototaldainstituição), que será utilizado na planilha Planejamento Outras Despesas Gerais (vinde adiante planilha 1.8).

Page 36: Manual software-de-gestao-financeira1

36

1.0 Planejar o resultado do ano

•Essaplanilhanãoprecisaseratualizadatodomês.Sófaçaatualizaçõesquandohouver aquisição de um novo bem ou tiver que excluir um bem em função de venda ou sucateamento.

•Estabeleçaumapolíticaderenovaçãodosequipamentosedasinstalaçõesde sua escola. Não os deixe desatualizados. Dê atenção especial às instalações, deixando-asatraentes.Nãodeixeaescolapassarumaimagemdedesatualizaçãoedecadência.

•Algunsproprietáriosdeescolasouproprietáriosdeinstituiçõeseducacionaisfazem efetivamente um “fundo” para a renovação da escola, depositando o valor mensal calculado em uma conta de investimento separada.

Por exemplo:pode-sefazercomoumaempresáriaquepagavadoisconsórcios,com prazo de 5 anos (tempo de vida útil das instalações, segundo sua política). Somados, os dois consórcios se igualavam, em valor, ao total necessário para o reinvestimento destinado à atualização da instituição. Esse valor era lançado, então, no Resultado Geral (vide adiante planilha 3.4), representando o valor do fundo.

PASSO 5 – PLANEJAR AS RECEITAS DO ENSINO (PLANILHA 1.5)

1.5 PLANEJAMENTO DE RECEITAS ENSINO Nessa planilha, será realizado o planejamento das receitas de ensino. Toda a previsão de receitas e de quantidades de alunos será feita nesse quadro. Se a escola tiver a opção de período integral e alimentação para alunos, deverá também fazer a projeção dessas receitas. A previsão deverá ser feita com bastante critério, de forma a não ser excessivamente otimista.

Observe que todos os centros de receitas que foram cadastrados como “Ensino” já estão ocupando suas respectivas colunas, aguardando os demais lançamentos, conforme veremos.

Dicas:

- O tempo de vida útil será determinado de acordo com a experiência do administrador da escola. Porém, ele poderá

consultar o site da Receita Federal, no qual encontrará uma relação de materiais e quipamentos com seus respectivos

anos de depreciação. Os endereços da Internet são os seguintes:

www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/ins/ant2001/1998/in16298ane1.htm

www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/ins/ant2001/1998/in16298ane2.htm

Page 37: Manual software-de-gestao-financeira1

37

1.0Planejar o resultado do ano

 

Page 38: Manual software-de-gestao-financeira1

38

1.0 Planejar o resultado do ano

Como fazerAnuidade: este item está dividido em 3 tipos.

a) Anuidade sem desconto: para cada Centro de Receitas Ensino, digite a quantidade de alunos que estamos projetando para o próximo ano. Digite também ovalorprevisto(oujádefinido)daanuidadeasercobrada(mesmoqueesteaindanãosejaovalordefinitivo).Aplanilhacalcula,então,ovalorprojetadodareceitapara o ano.

b) Anuidade com desconto: com base na experiência dos anos anteriores, digite a quantidade de alunos para os quais será necessário conceder algum desconto em relação ao valor da anuidade normal. Estime, também, o percentual médio de desconto a ser concedido para estes alunos. Da mesma forma a planilha calcula, então, o valor projetado da receita para o ano.

c) Bolsa Integral: com base na experiência dos anos anteriores, digite a quantidade de alunos para os quais será necessário conceder bolsa integral (ou seja, o aluno não pagará nada).

Período Integral: este item está dividido em 2 tipos.

a) Período integral mensal: para cada Centro de Receitas Ensino, digite a quantidade de alunos que estamos projetando para o próximo ano que optam pelo período integral.

Mas, atenção! O valor a ser lançado no campo Valor Período deve ser o acréscimo mensal cobrado em relação ao período normal (ex.: se forem cobrados R$ 90,00 deacréscimosobreovalordamensalidadenormal,deve-sedigitaressevalor).Parao cálculo da receita total anual, este valor será multiplicado por 12 meses.

b) Número de alunos com bolsa integral: com base na experiência dos anos anteriores, digite a quantidade de alunos para os quais será necessário conceder bolsa integral (ou seja, o aluno não pagará nada).

Alimentação Mensal: esse item está dividido em três linhas: “Nº. de alunos”, “Valor médio mensal/aluno” e “Custo médio mensal/aluno”. Esse cadastro é individualizado por centro de receitas, uma vez que alguns podem ter a opção de alimentação e outros não. Digitaremos, então, a quantidade de alunos que optarem pela refeição em cada um dos cursos. Em seguida, digitamos o valor médio mensal cobradoporaluno(ex.:R$84,00),e,finalmente,ovalordocustomédiomensalpor aluno (ex.: R$ 31,20).

Dicas:

- Esses valores

são projetados,

mas devem ser

embasados em

informações

confiáveis,

seja pela

experiência do

administrador

da escola, pela

estatística dos

últimos anos,

pela previsão

de ampliação,

pelo aumento

de investimento

em marketing,

etc. Procure

evitar exageros,

trabalhando

os números de

acordo com a

sua realidade.

Page 39: Manual software-de-gestao-financeira1

39

1.0Planejar o resultado do ano

Atenção! Caso essa refeição seja servida pela cantina e esta seja terceirizada, a escola terá somente a entrada de recursos referentes ao valor cobrado pela locação ou sublocação da cantina. Sendo esse o caso, os valores deverão ser lançados na planilha “Planejamento de Receitas Outros” (planilha 1.6), que veremos na seqüência.

Esses valores são projetados, mas devem ser embasados em informações confiáveis,sejapelaexperiênciadoadministradordaescola,pelaestatísticadosúltimos anos, pela previsão de ampliação, pelo aumento de investimento em marketing, etc. Procure evitar exageros, trabalhando os números de acordo com sua realidade.

Recuperação da InadimplênciaSe a escola tiver valores dos anos anteriores não recebidos, projete o porcentual que será recuperado no ano.

No campo “Valor dos atrasos” digite o valor total em atraso, para cada nível de ensino.

No campo “percentual de recuperação” estime qual o percentual que será recuperado no ano. O valor que será recuperado no ano está sendo dividido por 12 meses e apresentado junto às demais receitas na planilha 1.8 (Planejamento outras despesas gerais). PASSO 6 – PLANEJAR AS OUTRAS RECEITAS (PLANILHA 1.6)

1.6 PLANEJAMENTO DE RECEITAS - OUTROSNessa planilha será realizado o planejamento das receitas de outros centros e digitado o percentual média de custo associado a cada tipo de receita planejada.

Observe que todos os centros de receita que foram cadastrados como Outros (planilha 1.1) já foram distribuídos e aguardam suas respectivas previsões, para cada um dos meses conforme veremos na próxima página.

Dicas:

- Um refeitório

bem cuidado,

limpo e com

um cardápio

bem elaborado

pode ser uma

fonte de receita

extra, servindo

refeições

para pais que

precisem se

alimentar fora

de casa.

Page 40: Manual software-de-gestao-financeira1

40

1.0 Planejar o resultado do ano

 

Page 41: Manual software-de-gestao-financeira1

41

1.0Planejar o resultado do ano

Cantina: lançar a previsão de vendas médias da cantina, mês a mês. Caso a cantina seja terceirizada, lançar somente a entrada de recursos referente ao valor cobrado pela locação ou sublocação da cantina.

No campo “percentual de custo” cadastre um percentual referente ao custo das mercadorias vendidas em relação ao preço da venda, se a cantina for terceirizada não precisa lançar este percentual.Exemplo: preço de venda dos lanches da cantina = R$ 2,00. Preço de compra dos lanches da cantina = R$ 0,80. Portanto, o percentual de custo a ser cadastrado será o resultado dos seguintes cálculos: R$ 0,80 / 2,00 = 0,40 ou 40% (cadastre o 40%).

Eventos: se o administrador achar necessário, poderá lançar até 6 eventos diferentes que geram receitas para a instituição no decorrer do ano (ex.: festa junina, festa do Dia das Crianças, etc.).

No campo “percentual de custo”, digite um percentual de custo de um evento em relação à receita gerada. Ex. 60%.

Extracurriculares: da mesma forma que para os eventos, esse item permite ao administrador separar a previsão de receitas “Extracurriculares” (ex.: esportes, aulas de informática, aulas de música) em até seis tipos diferentes, projetando seus valores no decorrer do ano.

No campo “percentual de custo” digite o percentual do custo de um extracurricular em relação à receita gerada. Ex.: 50%.

Material didático: esse item está dividido em três linhas: “Nº. de alunos”, “Valor médio unitário” e “Custo médio unitário”. O lançamento deve ser feito conforme a previsão de vendas desses materiais durante o ano. O primeiro lançamento se refere à quantidade prevista de alunos que vão adquirir o material. Logo abaixo, lançamos o valor médio unitário que será cobrado de cada material (ex.: R$ 27,00) e,finalmente,ovalordocustounitáriodecadamaterial(ex.:R$22,00),paraque seja calculada a previsão desse pagamento na planilha Planejamento Outras Despesas Gerais (vide adiante planilha 1.8).

Uniformes: esse item também está dividido em três linhas: “Nº. de alunos”, “Valor médio unitário” e “Custo médio unitário”. O lançamento deve ser feito conforme a previsão de venda dos uniformes durante o ano. O primeiro lançamento se refere à quantidade prevista de alunos que vão adquirir o uniforme. Logo abaixo, lançamos o valor médio unitário que será cobrado de cada uniforme (ex.: R$ 85,00)e,finalmente,digitamosovalormédiodecustodecadauniforme,paraque seja calculada a previsão desse pagamento na planilha Planejamento Outras Despesas Gerais (vide adiante planilha 1.8).

Dicas:

- Esses valores

serão utilizados

na planilha

“Planejamento

Outras

Despesas

Gerais” (vide

adiante

planilha 1.8) e

“Formação de

Preços” (vide

atiante planilha

2.3).

Page 42: Manual software-de-gestao-financeira1

42

1.0 Planejar o resultado do ano

Item “6”: esse campo está aberto, permitindo ao administrador incluir uma nova previsão de receita que não seja de ensino. Essa inclusão deve ser iniciada cadastrando-seocentrodereceitasnaplanilhaCentros de Receitas e de Apoio (planilha 1.1), opção Centros de Receitas Outros, item “6”. Na planilha, estamos utilizando o exemplo “Transporte”.

PASSO 7 – PLANEJAR OS SALÁRIOS (PLANILHA 1.7)

1.7 PLANEJAMENTO DE SALÁRIOS

Nessa planilha, será realizada a previsão de salários e encargos para os diversos centros de receitas e de apoio, permitindo que se possa conhecer o custo real dos funcionários para a empresa. Os valores aqui calculados serão lançados nas planilhas Formação de Preços (vide adiante planilha 2.3) e Planejamento Outras Despesas Gerais (vide adiante planilha 1.8).

Além do salário propriamente dito, devemos considerar, no cálculo do custo real dos funcionários, os encargos diretos e os indiretos.

Vocêdevesaberque,alémdosaláriopagoaosfuncionários,pagam-seoschamadosencargos diretos, isto é, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS = 8,5%) e o INSS (somente a parte que compete à empresa 27,8%). Se a instituição ou o centro de receitas estiver no Super Simples, pagará apenas o FGTS (8,0%).

Alémdosencargosdiretos,ocustorealdamão-de-obraéoneradotambémpeloschamados Encargos Indiretos, ou seja, as férias e o 13º. salário. Muitos empresários esquecem que devem reservar, do caixa gerado no mês, uma parcela para o pagamento das férias dos funcionários e, principalmente, do 13º. salário. Se a empresanãofazareserva,podeterdificuldadeparapagá-los,especialmenteo13º.salário, que se concentra nos meses de novembro e dezembro.

A planilha soma um valor referente a 1/3 (um terço) de férias e ao 13º. salário como um custo em cada mês, independente de estarmos ou não no mês de pagamento das férias e do 13º. salário. Ao provisionarmos esses valores no resultado do mês, é como se estivéssemos fazendo uma reserva para esses pagamentos (chamamos de Provisionamento).

Está sendo provisionado, também, um percentual relativo aos encargos indenizatórios que ocorrem por ocasião de demissão sem justa causa. A média nacional está em torno de 5%, mas a escola poderá utilizar seu próprio índice, se tiver tal estatística.

Assim, lançamos o provisionamento dos encargos no mês que estamos apurando por serem custos que a empresa já assumiu (e efetivamente deve aos funcionários).

Page 43: Manual software-de-gestao-financeira1

43

1.0Planejar o resultado do ano

Encargos sociais – Super simples ENCARGOS DIRETOS INSS 0,0% SESC 0,0% SENAC 0,0% INCRA 0,0% SALÁRIO EDUCAÇÃO 0,0% SEBRAE 0,0% FGTS 8,0% SEGURO ACID. TRAB. 0,0% ENCARGOS DIRETOS 8,0% PROVISÕES 1/3 de FÉRIAS + ENCARGOS 3,00% 13º. SALÁRIO + ENCARGOS 9,00% PROVISÃO PARA RESCISÕES 5,00% PROVISÕES TOTAIS 17,00%

{(100/3/12 meses) + [(100/3/12 meses ) * 8%]}

{(100/12 meses) + [(100/12 meses ) * 8%]}

Encargos sociais – normal ENCARGOS DIRETOS INSS 20,0% SESC 1,5% SENAC 1,0% INCRA 0,2% SALÁRIO EDUCAÇÃO 2,5% SEBRAE 0,6% FGTS 8,5% SEGURO ACID. TRAB. 2,0% ENCARGOS DIRETOS 36,3% PROVISÕES 1/3 de FÉRIAS + ENCARGOS 3,79% 13º. SALÁRIO + ENCARGOS 11,36% PROVISÃO PARA RESCISÕES 5,00% PROVISÕES TOTAIS 20,144%

{(100/3/12 meses) + [(100/3/12 meses ) * 36,3%]}

{(100/12 meses) + [(100/12 meses ) * 36,3%]}

Para que você não precise calcular e lançar o valor dos encargos indiretos (1/3 do 13º.)paracadacentro,simplificamosoprocessoutilizandoumataxarepresentativadesses encargos. Portanto, esse custo adicional será calculado pelo programa, conforme veremos nas tabelas “Encargos Sociais Normal” e “Encargos Sociais Super Simples”, descritas na seqüência.

Além disso, será possível cadastrar o percentual de correção dos salários a ser concedido no dissídio (lançar um percentual estimado para o próximo ano).

Page 44: Manual software-de-gestao-financeira1

44

1.0 Planejar o resultado do ano

Descrição do centro: o nome de cada centro vem da planilha de cadastro Centros de Receitas e de Apoio (planilha 1.1), não precisando, portanto, ser digitado.

Número de colaboradores: digitar o número estimado de funcionários para cada Centro de Receita e Apoio.

Salário: é o valor total mensal dos salários de todos os funcionários que trabalham paraocentro.Alémdosalário-base,deverãosersomadososvaloresdoanuênioe do qüinqüênio. O administrador deve pedir que a Contabilidade prepare um relatóriocomessaseparaçãoedigitá-lonapresenteplanilha.

Outros: nessa célula deverão ser lançadas outras remunerações, tais como horas extras e descanso semanal remunerado.

FGTS / INSS (parte da empresa): a planilha irá calcular estes dois encargos conforme a condição tributária da instituição (Super Simples ou tributação normal). No caso da instituição ou nível de ensino se enquadrar no Super Simples será considerado apenas o FGTS, pois o INSS (parte da empresa) e terceiros (vide tabela dos encargos pág. 43) não é recolhido por quem se enquadra no Super Simples.

 

Page 45: Manual software-de-gestao-financeira1

45

Descontos dos benefícios: digite neste campo o valor descontado dos funcionários referente aos benefícios concedidos pela instituição, tais com vale transporte, auxílio alimentação, plano de saúde, seguro em grupo.

Provisão de 1/3 de férias, 13º. e rescisões: sobre a soma do “salário mensal” e “outros”, a planilha calcula e provisiona o valor de 1/3 de férias, 13º. salário e rescisões.

Total geral: soma dos valores lançados nos campos “salário mensal”, “outros”, “FGTS e INSS (parte da empresa)”, “Provisões 1/3 férias, 13º. e rescisões”, diminuindo-seos“Descontosdosbenefícios”. Mês do dissídio: digite por extenso, o mês em que será concedido o dissídio aos funcionários.

Percentual do dissídio: digite o percentual estimado do dissídio para o próximo ano.

PASSO 8 – PLANEJAR OUTRAS DESPESAS E VISUALIZAR PLANEJAMENTO(PLANILHA 1.8)

1.8 PLANEJAMENTO OUTRAS DESPESAS GERAIS

Essa planilha compreende 3 partes.ParteI–Lançamentosfinaisparaoplanejamento.Parte II – Como estabelecer um objetivo de resultado?Parte III – Análise comparativa com o realizado.

Comofoivistonoiníciodestemanual,oplanejamentofinanceiroinicia-se,naverdade, com o estabelecimento de uma Meta Financeira, ou seja, Um Objetivo de Resultado. Embora tenhamos alterado a ordem iniciando pelo planejamento das receitas, trataremos agora de despesas e investimentos.

Nessa planilha, o administrador vai lançar os últimos dados que faltam para que oplanejamentofinanceiropossaserconsolidado.Sãoasprovisõesdedespesasoperacionais que ainda não foram informadas.

1.0Planejar o resultado do ano

Exemplo: (Super simples) Valor dos Salários: R$ 3.700,00 Percentual de Provisões: 17%

R$ 3.700,00 x 17% = R$ 629,00 Valor das Provisões: R$ 629,00

Page 46: Manual software-de-gestao-financeira1

46

1.0 Planejar o resultado do ano

Além disso, à medida que o ano vai passando e as receitas e despesas vão ocorrendo de fato, a planilha apresenta o resultado realizado do mês, permitindo uma rápida comparação com o planejado e indicando os desvios ocorridos.

As células com fundo branco permitem o lançamento de dados, enquanto as coloridas apresentam valores anteriormente lançados, estando protegidas e travadas.

Alterações em seus valores devem ser feitas, portanto, na planilha de origem da respectiva receita ou despesa.

Page 47: Manual software-de-gestao-financeira1

47

1.0Planejar o resultado do ano

 

Page 48: Manual software-de-gestao-financeira1

48

1.0 Planejar o resultado do ano

Como fazerRECEITA TOTALApresenta a soma das receitas dos Centros de Receitas Ensino e Centros de Receitas Outros. Observe que temos duas colunas para cada mês: “Previsto” e “Realizado”.

Primeiramente, vamos descrever a origem dos valores da coluna “Previsto”:

Centros de Receitas EnsinoAnuidade: o valor tem origem na planilha Planejamento de Receitas Ensino (planilha 1.5). A planilha calcula e apresenta, para cada mês, 1/12 (um doze avos) do valor total da anuidade prevista.

Período integral: o valor tem origem na planilha Planejamento de Receitas Ensino, conforme a quantidade de alunos que optarem por esta modalidade e o valor médio a ser cobrado em cada curso.

Alimentação: o valor tem origem na planilha Planejamento de Receitas Ensino, de acordo com a quantidade de alunos que optarem pela alimentação na escola e o valor a ser cobrado por refeição.

Centro de Receitas Outros•Cantina:ovalortemorigemnaplanilhaPlanejamento de Receitas Outros.•Eventos:idem•Extracurriculares:idem•Materialdidático:idem•Uniformes:idem•Item“6”:idem

CUSTOS DIRETOSO total dos custos diretos é composto pelas diversas contas que variam conforme o valor das receitas.

-PIS-COFINS-IRPJ-ContribuiçãoSocial-ISS-ICMS-SimplesFederal-SimplesEstadual

Inadimplência:refere-seàprevisãodeinadimplênciasobreareceitaprevista,deacordo com o percentual estabelecido para cada centro de receitas na planilha.

As células apresentam a previsão de ge-ração desses impostos, conforme o valor das receitas previstas e dos percentuais que foram cadastrados para cada centro de receitas na planilha 1.2 “Cadastro de Taxas e Impostos”

Page 49: Manual software-de-gestao-financeira1

49

1.0Planejar o resultado do ano

Cadastro de Taxas e Impostos (planilha 1.2). É calculada por meio da multiplicação da receita pelo percentual de inadimplência cadastrado.

Fornecedores (alimentação para alunos):refere-seàprevisãodovalordoscustosdiretos que serão gerados pela “Alimentação”, de acordo com custo da refeição cadastrado na planilha Planejamento de Receitas Ensino (planilha 1.5), no item “Custo Médio mensal/aluno”. Cantina:refere-seàprevisãodovalordoscustosdiretosdessecentro.Essevaloré calculado por meio da multiplicação da receita prevista do mês e do percentual de custo correspondente lançado na planilha “Planejamento de Receitas Outros” (planilha 1.6). Assim, se a receita prevista for de R$ 1.000,00 e o percentual de custo cadastrado for de 40%, será apresentado o valor de R$ 400,00 (R$ 1.000,00 x 40%).

Eventos: idem.

Extracurriculares: idem.

Material didático:refere-seàprevisãodovalordoscustosdiretosdessecentro.Écalculado pela multiplicação da quantidade de materiais que serão vendidos pelo custo unitário do material lançado na planilha Planejamento de Receitas Outros (planilha 1.6). Assim, se a quantidade prevista de vendas for de 100 e o valor de custo cadastrado for de R$ 22,00, será apresentado o valor de R$ 2.200,00 (R$ 22,00 x 100).

Uniformes: idem.

Item “6”: idem.

Margem BrutaNo momento da entrada de uma receita, apenas uma parte do dinheiro é da escola. As outras partes já estão comprometidas, não pertencem à escola, pois no momento do recebimento são gerados impostos federais, estaduais e municipais (queserãopagosaogoverno);teremosquepagaraalgunsfornecedoresparareporosprodutosquevendemos(ex.:cantina);enfim,ocorremCustosDiretosquedevem ser deduzidos da receita auferida.

Em resumo, a Margem Bruta é o valor que sobra para a escola depois de pagos os Custos Diretos.

Page 50: Manual software-de-gestao-financeira1

50

Despesas Operacionais Subtotal Salários: esses valores têm origem na planilha Planejamento de Salários (planilha 1.7). As células apresentam os totais dos salários e encargos por centros de custos e de receitas. Apresentam, também, os valores referentes às provisões de 1/3 de férias, 13º. e rescisões para a escola como um todo.

Fundo de Reinvestimento: apresenta a soma dos valores calculados na planilha Fundo de Reinvestimento (planilha 1.4).

A seguir são apresentadas as despesas operacionais para as quais você deverá fazer a previsão diretamente na planilha 1.8.

1.0 Planejar o resultado do ano

ÁguaAluguelAluguel de bens móveisBens de natureza permanenteCombustíveiselubrificantesConsultoria / AssessoriaContribuições, associações e sindicatosCursos e treinamentosDespesas bancáriasDespesas com cartóriosDespesas com informáticaDespesas com InternetDespesas com lanches e alimentaçãoDespesas com viagemDespesas de cobrançaDespesas postaisDoaçõeseatividadesfilantrópicasEnergia elétricaEstacionamentosFarmácia

FotocópiasGásHonorários advocatíciosHonorários contábeisIPTUIPVA – licenciamentosLimpeza terceirizadaLivros, revistas e jornaisManutenção de equipamentosManutenção de veículosManutenção imóvelMateriais de arteMateriais de copa e cozinhaMateriais de esportesMateriais de laboratórioMateriais de limpezaMateriais de uso didáticoMateriais para piscinaMaterial de expediente e consumoMaterial para fotocopiadora

Exemplo:RECEITA TOTAL da cantina R$ 800,00Super Simples 6% R$ 48,00

% de outros fornecedores/Revenda 33% R$ 264,00TOTAL EM CUSTOS DIRETOS R$ 312,00MARGEM BRUTA = R$ 488,00

Custos Diretos

RECEITATOTAL(-)CUSTOSDIRETOS(=)MARGEMBRUTA

Page 51: Manual software-de-gestao-financeira1

51

Outras despesas com pessoalPró-laborePublicidade e Propaganda / Comunicação VisualSegurançaSeguro de vida em grupoSeguro / convênio saúdeSeguros de imóvelSeguros de veículosServiços de terceiros

Taxas e alvarásTáxi / ônibusTelefones celularesTelefonesfixosUniforme dos funcionáriosVale-transporteDespesas gerais

Os valores lançados na coluna do mês de janeiro são automaticamente replicados para todos os demais meses do ano, evitando o relançamento de contas que praticamente se repetem.

Porém, havendo necessidade de ajustes, esses poderão ser feitos diretamente no próprio mês. Por exemplo, se o valor da conta “Honorários contábeis” for o mesmodurantetodooano,comexceçãodedezembro,deve-selançarovalorinicial em janeiro e só precisaremos alterar em dezembro.

Resultado OperacionalEsse resultado é a diferença do valor que obtivemos na margem bruta menos as despesas operacionais. É o valor que sobra depois de serem pagos todos os custos que fazem parte da operação da escola. Pagar ou receber juros não faz parte da operação da escola, portanto, eles serão considerados somente no resultado extra-operacional.

MARGEM BRUTA - DESPESAS OPERACIONAIS = RESULTADO OPERACIONAL

Resultado Extra-operacionalEsse resultado pode ser um valor positivo ou negativo. Se o valor referente a pagamentodejuroseIOFformaiorqueaprevisãodereceitasfinanceiras,oresultadoextra-operacionalseráapresentadocomumsinalnegativo(-),oquesignificaquehaveráumadiminuiçãodoresultadodainstituição.Masseaprevisãoderecebimentodejuros(receitasfinanceiras)formaiorqueadepagamentosde juros, então o valor será positivo, aumentando o resultado da instituição. Esse resultado, portanto, já considera os valores que não fazem parte da operação da escola.

Lucro / Prejuízo (Antes do IRPJ e Contribuição Social)Apresentaoresultadofinaldodesempenhoeconômico-financeirodainstituiçãonoperíodo mensal e anual. É calculado por:

1.0Planejar o resultado do ano

Page 52: Manual software-de-gestao-financeira1

52

RESULTADO OPERACIONAL (+/-) RESULTADO EXTRA-OPERACIONAL = LUCRO/PREJUÍZO (ANTES DO IRPJ E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL)

Se a instituição estiver enquadrada no regime de tributação federal Lucro Presumido, este será o resultado líquido da mesma.

Por outro lado, se o regime de tributação federal for pelo Lucro Real, ainda teremos que calcular uma previsão para o que será recolhido de IRPJ e Contribuição Social, conforme citado a seguir.

Provisão para Contribuição Social (Lucro Real) Essa linha só será utilizada pela instituição que estiver enquadrada no regime de tributação federal Lucro Real. Ela apresenta uma provisão para recolhimento do citado imposto, na base de 9% sobre o lucro obtido pela instituição. Esse percentualécalculadosobreolucroaofinaldoperíododeanálise(umano),edistribuído na proporção de 1/12 a cada mês (portanto, pode acontecer de um determinado mês apresentar prejuízo e mesmo assim estar sendo considerado um valor de provisão para Contribuição Social).

Provisão para IRPJ (Lucro Real)Assim como o item anterior, essa linha também será utilizada somente pela instituição que estiver enquadrada no regime de tributação federal Lucro Real. Ela apresenta uma provisão para recolhimento do citado imposto na base de 15% sobre o lucro obtido pela instituição. Além desse percentual, se a escola ultrapassar o lucro de R$ 240.000,00 no ano, o valor que superar esse limite será tributado emmais10%.Essespercentuaissãocalculadossobreolucroaofinaldoperíodode análise (um ano) e distribuído na proporção de 1/12 a cada mês (portanto, pode acontecer de um determinado mês apresentar prejuízo e mesmo assim estar sendo considerado um valor de provisão para IRPJ).

Resultado LíquidoApresentaoresultadofinaldodesempenhoeconômico-financeirodainstituiçãono período mensal e anual, quando ela estiver enquadrada no regime de tributação federal Lucro Real. Se a instituição estiver no regime de Lucro Presumido, esse valor será o mesmo do item Lucro/Prejuízo (antes do IRPJ e Contribuição Social).

COMO ESTABELECER UM OBJETIVO DE RESULTADO?

Comofoivistonoiníciodestemanual,oplanejamentofinanceiroinicia-se,naverdade, com o estabelecimento de uma Meta Financeira, ou seja, Um Objetivo de Resultado. Embora tenhamos alterado a ordem iniciando pelo planejamento das receitas, trataremos agora de despesas e investimentos.

1.0 Planejar o resultado do ano

Page 53: Manual software-de-gestao-financeira1

53

Exemplo: Retorno/lucro de 28,9% sobre o investimento:Valor do investimento atual: R$ 84.800,00Retorno/lucro (percentual): 28,9%Retorno/lucro (reais) R$ 24.507,20

Como fazerNocantosuperioresquerdodaplanilha,encontram-seosvaloresreferentesaoinvestimento atual. Esse valor tem origem na planilha Fundo de Reinvestimento (planilha 1.4), e é a soma do valor de todos os bens cadastrados na citada planilha.

Vamos,agora,estabelecerametafinanceiraparaoanodoplanejamento.

Meta de retorno/lucro: inicialmente, o administrador deve fazer as seguintes perguntas: que resultado (lucro) desejo obter no próximo ano? Esse resultado que desejo obter é sobre o valor investido na escola ou sobre a receita total do ano? A planilha permite estabelecer duas formas de cálculo do resultado desejado:•umaprevisãoderetorno/lucrosobreoinvestimentototal,pormeiodeumataxaderetornoanualsobreesseinvestimento;•umaprevisãoderetorno/lucrosobreareceitatotaldoperíodo,pormeiodeuma taxa (%) sobre esta receita.

Conforme a opção, o administrador deverá digitar o percentual de retorno/lucro desejado logo abaixo dos títulos Sobre Investimento ou Sobre Receita.

Sobre investimento: se a opção desejada for por um retorno/lucro sobre o total investido na escola, digite o percentual desejado (ex.: 28,9% ao ano).

Sobre receita: se a opção desejada for um retorno/lucro sobre a receita da escola, digite o percentual desejado (ex.: 12% ao ano). Sugerimos que você utilize essa opção pelo fato de o entendimento ser mais simples.

Valor do retorno/lucro: a partir da opção escolhida, a planilha vai calcular o “Valor de Retorno/Lucro”, em reais. Veja o exemplo:

Receita total necessária: a planilha indica o valor total da receita necessária para cumprir a meta de retorno/lucro calculado acima.

Receita total planejada: esse é o valor total que foi lançado no planejamento até o momento. Compare o valor desse campo com o valor do campo “Receita Total Necessária”.

1.0Planejar o resultado do ano

Page 54: Manual software-de-gestao-financeira1

54

Valor do retorno pelo planejado: mostra o valor do retorno/lucro planejado até o momento, conforme os lançamentos que foram feitos nessa planilha e nas anteriores. Compare o valor desse campo com o valor do campo “Valor do Retorno/Lucro” (meta).

Comasinformaçõescadastradas,pode-secompararoresultadoprevistocomoretorno desejado. Se o retorno calculado não for satisfatório, ou se o empresário quiser buscar alternativas de melhoria nesse retorno, deverá utilizar a planilha de Ações Estratégicas (planilha 2.2), na qual serão realizadas simulações para a melhoria de resultado e que será comentada adiante.

ANÁLISE COMPARATIVA COM O REALIZADOÀ medida que o ano avança, as despesas e receitas efetivamente realizadas são transferidas para esta planilha, gerando um comparativo, mês a mês, entre o previstoeorealizado.Dessaforma,podemseridentificadososdesviosentreoplanejado e o realizado, gerando planos de ação para sua correção, se necessário.

Todas as informações da coluna “Realizado” vêm da planilha Resultado Geral (vide adiante planilha 3.4) do mês correspondente, não sendo necessária qualquer digitação adicional.

Seguindo à direita na planilha, acompanhando a evolução dos meses, temos acima dasomatóriatotaldoano,doisquadros-resumosquepermitemacomparaçãodoque foi previsto no planejamento e o que realmente aconteceu até o momento. São duas informações básicas para essa comparação:

Juntoaessesquadros,encontra-seumbotãodeatalhoparaaplanilhadeIndicadores de Competitividade (planilha 2.1), que será apresentada adiante.

Com esta planilha podemos conhecer o resultado planejado da Instituição. Se este resultado não for favorável, você poderá retornar às planilhas anteriores, reprojetar osvalorese,principalmente,definirações(Plano de Ação) para que o resultado seja favorável.

Dicas:

Botão imprimir

resumo:

Esse botão

se encontra

logo no início

da planilha.

Devido à

quantidade de

informações

dessa planilha,

será impresso

um resumo

com as

principais

contas e totais.

PREVISTO REALIZADO Receita total Receita Total 1.209.208,00 106.200,00 Retorno (R$) Retorno (R$) (83.306,98) (36.019,51)

INDICADORES DE COMPETITIVIDADE

1.0 Planejar o resultado do ano

Page 55: Manual software-de-gestao-financeira1

55

PASSO 9-COMPARAR DESPESAS PLANEJADAS COM PADRÃO (PLANILHA 1.9)

1.9-INDICADORES PADRÃO

Esta planilha permite que você compare os gastos projetados de sua empresa (gasto por aluno) com o gasto médio (por aluno) das escolas de sua região,de formaquevocêpossaidentificarquaissãoasdespesasdasuaorganizaçãoqueprecisam ser adequadas.Desta forma,auxilia você a melhorar o planejamento do ano,demonstrando os gastos que devem ser ajustados (é importante que se faça um plano de ação para que sejam ajustados).

Para que isto possa ser feito clique na célula em branco,abaixo de “Escolha a sua região”:

Iráaparecerumaseta;clicandosobreaseta,serãodemonstradasasregiõesdopaís.Clique sobre a região escolhida e os gastos (é a média dos gastos das escolas da região) serão apresentados na coluna “Padrão por Aluno”:

Ao lado desta coluna, na coluna “Planejado por Aluno” estão demonstradas as despesas PLANEJADAS por aluno de sua escola.

As despesas planejadas vieram das diversas planilhas preenchidas,dos passos 2 a 8 do Sistema de Gestão Financeira.

Escolha a sua região:

Despesa Padrão por Aluno

Salários e Encargos Sociais R$ 2.000,00 FUNDO DE REINVESTIMENTO R$ 354,61 Água R$ 15,96

Aluguel R$ 148,94 Aluguel de bens móveis R$ 21,28 Bens de natureza permanente R$ 3,55

Planejado por Aluno R$ 2.293,35 R$ 58,18 R$ 16,17

R$ 148,94 R$ 21,28 R$ 4,26

1.0Planejar o resultado do ano

Page 56: Manual software-de-gestao-financeira1

56

Você poderá comparar rapidamente as despesas padrão e as despesas planejadas analisando a coluna “Relação”:

As células em vermelho,nesta coluna,indicam que o gasto por aluno de sua empresa é superior a 20% do gasto médio por aluno das escolas de sua região.Estas são,sem dúvida,as despesas que devem sofrer algum tipo de redução.As células em amarelo indicam que o gasto médio por aluno de sua escola é similar (até 10% maior) às escolas de sua região.E as células em verde demonstram as despesas que são menores,em sua escola,em relação às de sua região.

COMPARAÇÃO ENTRE OS GASTOS TOTAIS DE SUA EMPRESA E OS GASTOS MÉDIOS DAS EMPRESAS DE SUA REGIÃOA planilha apresenta o % das despesas planejadas em relação à receita planejada de sua organização:

Este % é obtido a partir dos valores encontrados na planilha 1.8 (ver passo 8):

Despesas Operacionais Previstas (campo 4.0)%=-----------------------------------------------------------x100 Receita Total (campo 1.0)

Demonstra ,também,esta relação para as empresas da sua região (% médio das empresa de sua região).

Este é um indicador que permite analisar a necessidade de redução de despesas e/ou aumento das receitas da escola.

Despesa Padrão por Aluno Planejado por Aluno Relação Salários e Encargos Sociais R$ 2.000,00 R$ 2.293,35 14,67% FUNDO DE REINVESTIMENTO R$ 354,61 R$ 58,18 -83,59% Água R$ 15,96 R$ 16,17 1,33%

72,14% É a sua relação despesas/receitas planejada

78,00% É a relação despesas/receitas sugerida para a sua região

1.0 Planejar o resultado do ano

Page 57: Manual software-de-gestao-financeira1

57

2.0Analisar Resultado Planejado e formar preço

Módulo: Analisar Resultado Planejado e Formar Preço

2.0

No módulo anterior você planejou o resultado da instituição, projetando todas as receitas e despesas envolvidas na operação. Agora, você poderá simular ações para melhoraroresultadoplanejado;poderá,também,simularopreçoaserpraticadona anuidade.

É um módulo “opcional”, mas que pode auxiliar você nas ações de melhoria e na tomada de decisão.

Vamos começar analisando a planilha 2.1, que apresenta os Indicadores de Competitividade.

PASSO 10 – ANALISAR INDICADORES DE COMPETITIVIDADE (PLANILHA 2.1)

2.1 INDICADORES DE COMPETITIVIDADEEssa planilha permite a comparação entre o planejado e o efetivamente realizado, de forma que se possam estabelecer ações de correção, se necessárias.

Ela demonstra, de forma resumida e de fácil visualização, os resultados obtidos tanto no planejamento quanto nos meses já encerrados, não sendo necessária nenhuma digitação adicional.

Essas informações servem como um “painel de controle”, no qual os resultados apurados são comparados, de forma resumida, com os planejados.

 

Page 58: Manual software-de-gestao-financeira1

58

Analisar Resultado Planejado e formar preço

Como fazerEssa é uma planilha de análise, não havendo necessidade de qualquer tipo de lançamento. Se você deseja acessar as planilhas que deram origem a essas informações, basta clicar uma vez sobre o nome da origem (Planejamento, Anual, Janeiro, Fevereiro, Março, etc.) no cabeçalho de cada coluna.

Na coluna “Planejamento”são demonstrados os indicadores com base no planejamentofinanceirorealizado.

Na coluna “Anual”são demonstrados os indicadores acumulados dos meses já realizados.

Nas colunas seguintes são demonstrados os indicadores de cada mês realizado individualmente.

Receita total: demonstra o valor total das receitas previstas no planejamento e o total de cada período analisado.

Percentual de despesas operacionais: demonstra o valor total das despesas previstas no planejamento e o total de cada período analisado. Esse campo não inclui as despesas com pessoal (salários, encargos, provisões de férias, 13º. e vale-transporte)nemoscustodiretos(impostos,custodoprodutovendidoeinadimplência).

Para relembrar o que são as despesas operacionais retorne à planilha Planejamento Outras Despesas Gerais (planilha 1.8).

Percentual de despesas com pessoal: demonstra o percentual das despesas com pessoal previsto no planejamento e o de cada período analisado. Consta desse percentualototaldesalários,encargos,provisõesdefériase13º.evale-transporte.Écalculadodividindo-seototaldasdespesascompessoalpelareceitatotal.

Lucratividade (%): demonstra o percentual de lucratividade previsto no planejamento e o percentual obtido em cada período analisado. É calculado dividindo-seolucro/prejuízo(resultadolíquido)pelareceitatotal.

Lucro (R$): demonstra o valor do lucro previsto (resultado líquido) no planejamento e o valor realmente obtido em cada período analisado.

Lucro por nº. de alunos (R$): demonstra a divisão do lucro (resultado líquido) pelo número de alunos. Na coluna de “Planejamento”, o lucro previsto é dividido pela quantidade de alunos projetada e, nas demais colunas que demonstram valores realizados, o lucro obtido é dividido pela quantidade efetiva de alunos, conforme o mês analisado.

2.0

Page 59: Manual software-de-gestao-financeira1

59

2.0Analisar Resultado Planejado e formar preço

Retorno do capital investido (%): esse indicador demonstra o percentual de retorno sobre o investimento que a escola planeja obter e que está obtendo. Paraascolunasde“Planejamento”e“Anual”,considera-secomoinvestimentoovalor dos bens lançados na planilha 1.4 Fundo de Reinvestimento. Para as demais colunas (mês a mês), a fórmula considera o investimento já realizado e o valor a ser recuperado até aquele mês.

Écalculadodividindo-seolucro/prejuízo(resultadolíquido)emreaispeloinvestimento realizado.

Retorno do capital investido (meses): esse indicador demonstra o tempo de retorno do investimento em quantidade de meses. Para as colunas de “Planejamento” e “Anual”, a fórmula considera como investimento o valor dos bens lançados na planilha 1.4 Fundo de Reinvestimento. Para as demais colunas (mês a mês), a fórmula considera o investimento já realizado e o valor a ser recuperado até aquele mês.

PASSO 11 – SIMULAR AÇÕES ESTRATÉGICAS (PLANILHA 2.2)

2.2 AÇÕES ESTRATÉGICAS Diante dos resultados obtidos no Planejamento Outras Despesas Gerais (planilha 1.8),podeseestabelecerlinhasdeaçãoquepermitamatingirametafinanceiraoumelhorar os resultados planejados.

Essa planilha permite simular ações nas variáveis que geram resultados, mostrando oreflexoquecadaaçãoteránoresultado/lucrodaescola.Emseguidapode-secomparar esse resultado com aquele previsto no planejamento.

Podemos resumir essas ações em mudanças individuais nas variáveis, como:•aumentaropreçomédiodasmensalidades;•aumentaraquantidadedealunos;•reduzirasdespesasoperacionaisdiversas;•reduzirasdespesascompessoal;•reduzirainadimplência.

Ou ações conjuntas em mais de uma ou em todas as variáveis, tais como:•diminuiropreçodaanuidadeeaumentaraquantidadedealunos;•aumentaronúmerodealunoscomaumentodovalordaanuidade;•aumentaraquantidadedealunoscomaumentodedespesascompessoalereduçãodasdespesasoperacionaisdiversas;•outrascombinaçõesdesejadas.

Dessaforma,pode-serealizardiversassimulaçõesqueajudamaestabelecermetase decidir pela melhor alternativa de ação.

Page 60: Manual software-de-gestao-financeira1

60

 

Depois de estabelecer as estratégias, é importante que elas sejam comunicadas a todos os envolvidos. Somente assim um Plano de Ação poderá ser posto em prática.

Como fazerLucro previsto no planejamento: esse valor vem da planilha Planejamento Outras Despesas Gerais (planilha 1.8), sendo o resultado obtido após o lançamento de todas as receitas e despesas.

Simulações: ações que queremos simular. Podem ser analisadas individualmente ou em conjunto.

Analisar Resultado Planejado e formar preço

Índice: valor que se quer simular em relação à estratégia escolhida. Pode ser um percentual ou uma quantidade. Esses valores podem ser positivos ou negativos, conforme a simulação que se queira realizar (vide, a seguir, como proceder).

Novo lucro: apresenta o novo resultado/lucro que será obtido a partir da ação estratégica que se está simulando. Compare esse novo resultado com o “Lucro Previsto no Planejamento”. Se a simulação for feita para uma única variável, o valor aquiapresentadoseráoreflexodessaaçãoespecífica.Seasimulaçãoforconjunta,a célula vai apresentar o resultado das ações totais simuladas.

2.0

 

 

Page 61: Manual software-de-gestao-financeira1

61

Redução/aumento do preço médio de anuidade: permite a simulação por meio de um percentual. Se a intenção é simular um aumento no preço médio, lance o percentual (ex.: 10%). Mas se a idéia é simular uma redução no preço médio da anuidade,insiraosinalnegativo(-)antesdopercentual(ex.:-10%).

Redução/aumento do nº. de alunos (em quantidade): permite a simulação por meio da quantidade de alunos. Se a intenção é simular um aumento na quantidade, lance a quantidade (ex.: 9). Mas se a idéia é simular uma redução na quantidade de alunos,insiraosinalnegativo(-)antesdonúmero(ex.:-9).

Redução/aumento de despesas operacionais (exceto com pessoal): permite a simulação por meio de um percentual. Essa simulação não engloba as despesas comsalário,encargos,provisõespara13º. ,fériasevale-transporte.Seaintençãoésimular um aumento no valor dessas despesas, lance o percentual (ex.: 15%). Mas se aidéiaésimularumareduçãodessasdespesas,insiraosinalnegativo(-)antesdopercentual(ex.:-15%).

Redução/aumento de despesas com pessoal: permite a simulação por meio de umpercentual.Essasimulaçãoserveespecificamenteparaasdespesasquenãoforam consideradas na simulação anterior, ou seja, despesas com salários, encargos, provisõespara13º.,fériasevale-transporte.Seaintençãoésimularumaumentodessas despesas, lance o percentual (ex.: 10%). Mas se a idéia é simular uma reduçãonessasdespesas,insiraosinalnegativo(-)antesdopercentual(ex,:-10%).

Redução/aumento da inadimplência: permite a simulação por meio de um percentual. Com essa simulação é possível visualizar o que aconteceria com o resultadoalterando-seainadimplência.Seaintençãoésimularumaumentodainadimplência, lance o percentual de aumento (ex.: 50%). Mas se a idéia é simular umareduçãodainadimplência,insiraosinalnegativo(-),antesdopercentual(ex.:-50%).

Resultados previstos no planejamento: apresenta o resultado gerado no planejamentofinanceiroapósolançamentodasreceitasedespesas,ouseja:•oretorno/lucro(emreais);•oretorno/lucrosobreoinvestimento(empercentual);•oretorno/lucrosobreareceita(empercentual).

Simulado nas ações estratégicas: visando facilitar a comparação com o quadro citado acima, esse quadro condensa o resultado das ações que foram simuladas, ou seja:•oretorno/lucro(emreais);•oretorno/lucrosobreoinvestimento(empercentual);•oretorno/lucrosobreareceita(empercentual).

Analisar Resultado Planejado e formar preço 2.0

Page 62: Manual software-de-gestao-financeira1

62

Diferença: nesse campo, a planilha calcula a diferença entre o resultado previsto no planejamento e o efetivamente realizado.

PASSO 12 – FORMAR PREÇOS ( PLANILHA 2.3)

2.3 FORMAÇÃO DE PREÇOSUtilizando as informações lançadas no Planejamento Outras Despesas Gerais (planilha 1.8) e nas demais planilhas de planejamento, a planilha “Formação de Preços” consolida os custos diretos e indiretos (rateados) para os Centros de Receita Ensino, permitindo calcular e simular o valor da anuidade a ser cobrada.

Pode-secalcularovalordaanuidadeparacadaCentrodeReceitaEnsino,simulando-sediferentesquantidadesdealunosetaxasdelucrodesejadas.

Total dos Centros de Apoio: acumula o total de despesas de todos os centros de apoio cadastrados na planilha Centros de Receita e de Apoio (planilha 1.1). As despesas foram lançadas anteriormente, não sendo necessária nenhuma digitação adicional.

Centro de Resultados Ensino: demonstra os centros de receitas previamente cadastrados em Centros de Receitas e de Apoio (planilha 1.1).

Custo total: somatória de todos os custos que foram distribuídos para os centros nas planilhas anteriores, não sendo necessária nenhuma digitação adicional.

Nº. de alunos projetado: apresenta as quantidades lançadas na planilha Planejamento de Receitas Ensino (planilha 1.5).

Nº. de alunos (simulação):nessascélulas,pode-sedigitaroutrasquantidadesdealunos para efetuar a simulação do valor da anuidade, sem precisar voltar à planilha Planejamento de Receitas Ensino (planilha 1.5). Uma vez lançada outra quantidade de alunos nessas células, a planilha considera o que for aqui digitado. Querendo retornar à quantidade lançada no planejamento, basta deletar o valor da célula e a planilha volta a considerar a quantidade anterior.

Custo por aluno (Direto): apresenta o resultado da divisão do total de custos diretos de cada Centro de Receitas Ensino pelo número de alunos pelo qual se optou anteriormente. Esse valor não representa o custo total por aluno, visto ainda não ter sido considerado um valor referente aos centros de apoio.

Custo por aluno (Centros de Apoio): nesse momento, é feita a divisão do total de custos dos centros de apoio pelo total de alunos previsto na planilha.

Analisar Resultado Planejado e formar preço2.0

Page 63: Manual software-de-gestao-financeira1

63

Dicas:

– Com base nas informações obtidas nessa planilha, o administrador poderá retornar às planilhas de planejamento

e alterar a quantidade de alunos e o valor da anuidade, refazendo o planejamento.

– Você poderá fazer simulações alterando, também, os percentuais de impostos e inadimplência bastando, para

isso, digitar os novos percentuais na planilha Cadastro de Taxas e Impostos (planilha 1.2)

– Essas Informações podem ser utilizadas para o preenchimento da planilha de custos a que se refere o decreto

nº. 3.274, de 6 de dezembro de 1999.

Analisar Resultado Planejado e formar preço

Custo total por aluno: demonstra a soma do custo direto (por aluno) mais o custo recebido do centros de apoio (rateados por aluno).

Percentual total do cadastro de taxas e impostos: essa célula traz o percentual total lançado para os Centros de Receitas Ensino (planilha 1.5) na planilha Cadastro de Taxas e Impostos (planilha 1.2).

Valor dos impostos na anuidade: a célula calcula o valor referente a impostos dentro das anuidades calculadas. É o resultado da multiplicação do “Valor total da anuidade” pelo “Percentual total do cadastro de taxas e impostos”.

Percentual Margem de lucro:nessacélula,deve-sedigitaropercentualdelucrodesejado na formação do preço de cada curso.

Valor da anuidade: demonstra o valor total da anuidade. Nesse valor, estão considerados, além do custo total por aluno e o percentual de margem de lucro desejado, os impostos e percentual de inadimplência cadastrados na planilha Cadastro de Taxas e Impostos (planilha 1.2).

Nº. de pagamentos: quantidade de parcelas que a escola pratica para o cálculo da mensalidade.

2.0

Page 64: Manual software-de-gestao-financeira1

64

2.0 Analisar Resultado Planejado e formar preço

 

Page 65: Manual software-de-gestao-financeira1

65

3.0Conhecer os resultados mensais

Módulo: Conhecer os Resultados Mensais3.0

Este é o módulo de gestão mensal. É com as planilhas que compõem este módulo queiremostrabalharnodia-a-dia,lançandoasinformaçõesdeentradasesaídasefetivas de valores e analisando o resultado realizado do período.

Asplanilhasquecompõemestemódulocomplementamagestãofinanceiradaescola, pois apresentam o resultado obtido no mês para comparação com o resultado planejado.

As diferenças encontradas entre o planejado e o realizado devem ser analisadas, tendosuascausasidentificadasemotivandoaçõesdecorreçãoparaqueoresultado planejado possa ser alcançado.

Aapuraçãodoresultadomensalseráfeitaseguindo-se5passos.

CADASTRAR NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOSEssa planilha permite o monitoramento da quantidade de alunos efetivos na escola por Centro de Receitas Ensino mês a mês.

A sua constante atualização permitirá que a planilha de Indicadores de Competitividade(planilha2.1)nosmostredadosconfiáveisquantoaoLucroporNúmero de Alunos. Desses lançamentos também depende a planilha de Resultado Geral (planilha 3.4), no momento de ratear os centros de custos aos centros de receitas.

3.1 MOVIMENTAÇÃO DE ENTRADAS E SAÍDASNessa planilha, deverão ser lançadas, diariamente, as entradas de recursos financeiros,separadasportipodeacordocomoplanodecontasapresentado.Não será necessário lançar as saídas de caixa, pois elas foram lançadas no Contas a Pagar (planilha 4.3) e serão apresentadas aqui na planilha 3.1.

Diariamente, é possível, também, conhecer o saldo de recursos da instituição.

A “Movimentação de Entradas e Saídas” é um dos mais importantes controles financeiros da escola.

Essa planilha responde a uma pergunta importante de muitos empresários: nesse mês, entraram ou saíram mais recursos? Seu preenchimento gera outras informaçõesaindamaisúteisàgestãofinanceiradoempreendimento:permiteconhecerparaondeosrecursosfinanceirosestãoindo.Comosvalorespagosseparados em “contas”, é possível saber se as maiores saídas são para pagamento de funcionários ou para pagar impostos, despesas operacionais, etc.

Page 66: Manual software-de-gestao-financeira1

66

3.0 Conhecer os resultados mensais

 

Page 67: Manual software-de-gestao-financeira1

67

3.0Conhecer os resultados mensais

Permite, também, a comparação dos valores pagos em um mês com valores dosmesesanteriores.Comesserecurso,ficafácilidentificargastosqueestãoaumentando (muitas vezes sem o conhecimento do administrador).

•AMovimentação de Entradas e Saídas apresenta valores que efetivamente entraramnaescola.Recebendoumacontacomchequepré-datado,façaolançamento de entrada somente nas datas em que o cheque for efetivamente creditado.

•Paraalgunsvalores,comoosjurosdeaplicações,nãoénecessáriolançarosvalores todos os dias. Sugerimos que o lançamento seja semanal ou mensal.

Ao f inal de cada mês, faça uma análise da planilha prestando mais atenção a itens como: •totaldesaídas; •gruposdedespesasmaisimportantes; •saldoinicialef inal.

•Compareosf luxosdealgunsmeseseidentif iquedespesasquesubirammuito. Estabeleça um máximo a gastar para cada uma dessas despesas.

•Noteque,naplanilhadejaneiro,sãoapresentadososmesesdeoutubro,novembro e dezembro. Esses meses aparecem para que você lance o total das mensalidades (normalmente a matrícula) recebidas no ano anterior, mas que se referem ao ano que vai se iniciar.

Fazendo dessa forma, a planilha vai apropriar esses valores recebidos para o ano em que se está fazendo o planejamento. Se isso não for feito, irá faltar uma parte das anuidades para o mesmo, gerando um falso resultado.

Observação parecida fazemos para a planilha de dezembro, na qual são apresentados os meses de janeiro, fevereiro e março. Esses meses aparecem para que você lance o total das mensalidades (normalmente a matrícula) recebidas no ano corrente, mas que se referem ao ano que vai se iniciar.

Procure separar corretamente as receitas. Assim, se, ao receber alguma parcela em atraso de um aluno, também for recebido um valor de juros, separe esses valores, lançando o principal no campo da “Anuidade” (ex.: Ensino Médio) e os juros como “Receitas Financeiras”. Dessa forma, os juros recebidos serão apropriados no “Resultado Geral” no campo de receitasextra-operacionais.

Page 68: Manual software-de-gestao-financeira1

68

3.0 Conhecer os resultados mensais

Observações: Alguns valores lançados nessa planilha não serão remetidos para a planilha Resultado Geral (planilha 3.4)” (ex.: os salários aqui lançados não serão utilizados na planilha de Resultado Geral, uma vez que há uma planilha específ ica (Salários Pagos planilha 3.2).

3.2 SALÁRIOS PAGOSNessa planilha, são lançados os valores efetivos do mês, dos salários e encargos sociais por centro de receitas e de apoio, que vão compor o Resultado Geral(planilha3.4)domês.Parapreenchê-lacorretamente,o administrador deve pedir, a cada mês, que a Contabilidade prepare um relatóriocomessaseparaçãoedevedigitá-lonapresenteplanilha.

A atualização dessa planilha não altera a que foi preenchida para f ins de planejamento e formação de preços já vista anteriormente.

A descrição do que cada campo signif ica pode ser obtida na planilha Planejamento de Salários (planilha 1.7).

 

Page 69: Manual software-de-gestao-financeira1

69

3.0Conhecer os resultados mensais

3.3 MOVIMENTAÇÃO RESUMIDAEssa planilha apresenta a Movimentação de Entradas e Saídas do mês de forma resumida, contendo somente as contas principais. Nela, não é necessário lançar nenhum valor.

3.4 RESULTADO GERALAplanilha“ResultadoGeral”éaferramentamaisimportantenagestãofinanceira,fornecendo diversas informações relevantes para a gestão e tomada de decisão. Podemos dizer que esse controle é a “outra face da moeda” do planejamento financeiro,complementando-o.Comefeito,nãoexisteplanejamentofinanceirosemorespectivocontroleevice-versa.

Pormeiodessecontrole,épossívelconhecerarealidadeeconômico-financeiradaescola, especialmente porque responde a questões fundamentais na gestão dos negócios, tais como: •Afinal,noperíodoquepassou,aescolatevelucroouprejuízo?Qualfoiesseresultado?•Queprodutosouserviços(centrosdereceitas)geraramlucroouprejuízo?Qualfoi esse resultado?•Queprodutosouserviços(centrosdereceitas)tiveramresultadomaioresoumenores do que o planejado?

Veja por que é tão importante ter as respostas para essas perguntas.

Se pudermos medir o resultado obtido também poderemos medir o que será necessário fazer para a escola melhorar esse resultado. Há muitas decisões a serem tomadas para que o empreendimento passe a ser lucrativo ou para que o resultado melhore, como aumentar a quantidade de alunos, reduzir custos ou melhorar as margens. Em resumo, aqui está a verdadeira administração pelo resultado e para o resultado e não apenas pelo caixa.

3.3 - MOVIMENTAÇÃO RESUMIDA REALIZADO JANEIRO 25-mar-10

A) SALDO ANTERIOR 5.000,00

B) ENTRADAS 103.700,00

C) SAÍDAS 0,00 1) SALÁRIOS, ENCARGOS E GRATIFICAÇÕES 0,00 2) RECEITAS DEVOLVIDAS 0,00 3) PAGAMENTO DE FORNECEDORES 0,00 4) DESPESAS FISCAIS (IMPOSTOS) 0,00 5) DESPESAS OPERACIONAIS 0,00 6) DESPESAS GERAIS 0,00 7) INVESTIMENTOS E IMOBILIZAÇÕES 0,00 8) DESPESAS FINANCEIRAS 0,00

SALDO DO PERÍODO 108.700,00  

Page 70: Manual software-de-gestao-financeira1

70

Dicas:

Porém, não

esqueça! Como

você já vem

fazendo o

provisionamento

de férias e do

13º. salário na

planilha, não é

preciso lançar

esses valores na

data em que

o pagamento

é realizado.

Portanto, ao

pagar as férias

e o 13º. salário,

não os lance na

planilha.

Obs: os valores

lançados na

planilha de

salários em um

determinado

mês continuam

a aparecer

nos meses

seguintes, para

que você não

precise digitar

novamente.

Redigite

apenas os ítens

que forem

alterados.

Além disso, permite a comparação do resultado obtido com o objetivo de resultadodefinidonoplanejamentofinanceiro.Essacomparaçãocertamentegeradiversas ações para a correção ou mesmo manutenção do resultado obtido.Permite, também, conhecer o resultado de cada centro de receitas e, com isso, “focar”, prioritariamente, ações nos centros de receitas que não estão gerando resultado satisfatório.

O “Resultado geral” do mês tem outra importante função, explicada a seguir.

Amaioriadaspequenasempresasfazsuagestãofinanceirabaseadanocaixa,istoé,considera-sequeasituaçãoestáboaquandohádinheiroemcaixa.

A gestão pelo caixa dá uma noção imediata da situação da empresa, mas pouco prospectiva (isto é, não permite visualizar o futuro). Normalmente, a existência ou não de caixa decorre de receitas, compras, custos e despesas feitas no mês (ou nos meses) anterior(es) e só é percebida depois. Em outras palavras, ao tomar decisões pelo saldo do caixa, o empresário está considerando apenas o passado.

A gestão pelo resultado é completamente diferente. Dá ao administrador uma visão prospectiva, isto é, permite saber como o resultado obtido agora, no mês em andamento,vaiinfluenciarocaixanofuturo.

Essa visão do futuro acontece porque, ao fazer os lançamentos na planilha, foram incluídos todos os valores (de receitas e despesas) gerados no mês, mesmo aqueles que ainda não foram pagos.

Quer um exemplo? Se a empresa tem um veículo, a cada mês que passa ele perde um pouco do valor por estar se desgastando. É necessário, portanto, saber que o dinheiro em caixa não está inteiramente disponível. Parte dele deve ser reservada para que seja possível, no futuro, repor um veículo igual ou similar e continuar a atender bem os alunos.

Assim, dizemos que parte do caixa é considerado um “Fundo de Reinvestimento”, ou seja, uma parcela deve ser vista como custo e lançada no resultado, diminuindo o resultado líquido. Esse valor certamente não pode ser retirado a título de divisão ou distribuição de lucros.

Outro exemplo: a cada mês que passa, os funcionários adquirem o direito de, no finaldoano,receberem13º.eférias.Mesmoqueessesvaloressóvenhamaserpagos no futuro, é correto considerar um valor de férias e 13º. como um custo do mês em curso. Essa “reserva” de dinheiro nunca vai aparecer no caixa. Mas na gestãopeloresultadoficaevidentequeosaldodecaixaquetemosnãoélucro,em função dos compromissos futuros.

3.0

Page 71: Manual software-de-gestao-financeira1

71

3.0Conhecer os resultados mensais

Outra utilização importante de se conhecer o resultado líquido é que, em certas empresas familiares, os proprietários retiram recursos mesmo que o resultado tenhasidoinsuficiente.Emoutraspalavras,éprecisoconhecerorealresultadolíquidoparasaberseépossíveldistribuí-lo.

É importante salientar que, nessa planilha, não é necessário lançar nenhum valor, pois ela é inteiramente gerada com os dados das planilhas anteriores.Essa é uma planilha de análise, não sendo necessária nenhuma digitação adicional.

Demonstra o resultado obtido em cada centro de receitas e no total da instituição. Esse resultado deve ser analisado em duas etapas.

a)Considerando-seapenasasreceitasedespesasdiretaserateadasparaoscentros de receitas, sem a distribuição do custos dos centros de apoio (ex.: administração).Issopoderáserfeitoanalisando-seocampo“5.0–ResultadoOperacional”. Aqui você sabe se o centro de receitas conseguiu pagar suas despesas diretas (ex.: salários e encargos) e as recebidas em rateio (ex.: energia elétrica).

b)Considerando-seadespesarecebidadoscentrosdeapoio(ex.:administração).Issopoderáserfeitoanalisando-seocampo“7.0–Lucro/Prejuízo(ResultadoLíquido)”. Como esses centros de apoio praticamente “prestam serviços” para todos os Centros de Receitas Ensino, a planilha rateia o total de despesas dos centros de apoio pelo número efetivo de alunos de cada centro de receitas. O valor rateado aparece na linha “Rateio dos Centros de Apoio”.

O ideal é que o resultado sempre seja positivo. Contudo, nos casos em que o total de despesas dos centros de apoio está muito alto, pode ocorrer um resultado negativo, mesmo que o centro de receitas não seja diretamente o “culpado” desse prejuízo.

Portanto,aanálisedesseresultadolíquido(campo7.0)deveserfeitalevando-seemconsideração outras informações relevantes.

A coluna “Total Geral” apresenta o resultado consolidado da instituição. Esses valores são transferidos para a planilha Planejamento Outras Despesas Gerais (planilha 1.8) na coluna “Realizado”.Assim, para analisar o resultado, retorne à planilha Planejamento Outras Despesas Gerais (planilha 1.8) e compare os resultados planejados aos realizados.

Page 72: Manual software-de-gestao-financeira1

72

 

3.0 Conhecer os resultados mensais

Dicas:

- Essa planilha

conta com um

botão especial:

“fechar o mês”.

Esse botão

“travará” todas

as informações

constantes

da planilha,

evitando

alterações

de valores e

resultados após

o fechamento

efetivo do

período

analisado.

- Ao clicar

esse botão,

será aberta

uma opção de

segurança.

- Então, o

administrador

deve optar pelo

travamento ou

não da planilha.

3.5 RESULTADO RESUMIDOEssa planilha apresenta o resultado do mês de forma resumida, trazendo somente as contas principais. Nela, também não é necessário lançar nenhum valor.

Page 73: Manual software-de-gestao-financeira1

73

3.0Conhecer os resultados mensais

 

Page 74: Manual software-de-gestao-financeira1

74

4.0 Contas a Pagar

Módulo: Contas a Pagar4.0

O Sistema de Gestão Financeira Positivo incorpora nesta versão 3.0 um módulo destinado à gestão dos pagamentos efetuados pela organização.

É uma planilha muito prática que permite ao gestor diversos tipos de consulta de forma simples,colaborando para a melhoria da gestão do negócio.

Vejamosasplanilhasquecompõeestemóduloecomoutilizá-las.

PASSO A – CADASTRAR FORNECEDORES (PLANILHA 4.1)

4.1-FORNECEDORESNeste cadastro você irá digitar o nome dos fornecedores que fornecem produtos e serviços para a escola. Com este cadastro será possível fazer consultas, na planilha 4.3, sobre as contas pagas e a pagar de um determinado fornecedor. Vejamos alguns exemplos abaixo:

4.1 Fornecedores Código Descrição

1 Editora Positivo S.A. 2 Supermercado Realis Ltda. 3 Gráfica Cruzado Ltda. 4 Companhia de Eletricidade S.A. 5 Companhia de Água e Esgoto S.A. 6 7

Page 75: Manual software-de-gestao-financeira1

75

4.0Contas a Pagar

PASSO B – CADASTRAR FORMAS DE PAGAMENTO (PLANILHA 4.2)

Nesta planilha você deverá cadastrar as diversas formas com que as despesas da escola são pagas. Vejamos alguns exemplos abaixo:

4.2-FORMAS DE PAGAMENTO

Cadastrando as formas de pagamento, será possível fazer consultas, na planilha 4.3, sobre como foram pagas as despesas da empresa.

CADASTRAR CONTAS A PAGAR E REALIZAR PAGAMENTOS (PLANILHA 4.3)

4.3- CONTAS A PAGAR

Nesta planilha deverão ser lançadas todas as contas a pagar pela empresa, independente se pagas à vista ou a prazo.

Porque devemos fazer desta forma? Porque as despesas aqui lançadas serão automaticamentetransferidasparaaplanilhamensal(em“3-ConhecerosResultadosMensais”,PASSO1-MovimentaçãodeEntradaseSaídas),fazendocomquenãosejanecessáriorelançarestasdespesasmês-a-mês.

Vejamos como os lançamentos e pagamentos devem ser realizados,analisando todos os campos.

4.2 Formas de Pagamento código Descrição

1 Dinheiro Caixa 2 Cheque Bancobrás S.A. 3 Cheque Bancoind S.A. 4 Débito conta corrente Bancobrás 5 TED/DOC 6 Cartão de Débito Credicam 7 Cartão de Crédito Credicam 8 9

10 11

Page 76: Manual software-de-gestao-financeira1

76

Contas a Pagar4.0

LANÇAMENTOSData: lance aqui o dia em que a despesa “entrou” no contas a pagar da empresa.Exemplos:

Exemplo: 01/01/2009 digite 1/1/09.

Número do Documento: lance o número da Nota Fiscal, recibo, duplicata, boleto queidentificaadespesa.Exemplos:

Tipo: lance o tipo de documento. Ex: Duplicata, Nota Fiscal.

Fornecedor: escolha o fornecedor cadastrado na planilha 4.1. Para completar este campo, clique com o cursor sobre o campo em branco. Irá aparecer uma pequena seta, indicando que você deve escolher algo que foi cadastrado. Clicando sobre a seta, irão aparecer os nomes cadastrados em 4.1. Clique sobre um destes nomes cadastrados. Exemplos:

Tipo de Despesa: da mesma forma que para o campo anterior, escolha aqui o tipo de despesa, clicando sobre um campo em branco onde irá aparecer uma seta.Clicando sobre a seta aparecerão os diversos tipos de despesas. Clicando sobre a despesa escolhida o campo será preenchido. Exemplos:

Valor: digite aqui o valor da despesa. Exemplos:

Num. Doc. 12324-1

9867 4365

Tipo Duplicata

Nota Fiscal

Fornecedor

Editora Positivo S.A.

Tipo de Despesa

Devolução de Mensalidades Despesas com viagem Água

 

Valor R$ 111,00 R$ 222,00

Page 77: Manual software-de-gestao-financeira1

77

4.0Contas a Pagar

Vencimento: digite aqui a data em que a despesa deve ser paga. Se for a vista lance a data do dia em que estiver pagando. Exemplos:

Exemplo: 01/01/2009 digite 1/1/09.

Centro de Receitas/Apoio. Escolha, aqui, o Centro de Receita/Apoio para quem deverá ser debitada esta despesa. Clique sobre o campo em branco e irá aparecer uma seta. Clicando sobre a seta aparecerão os diversos Centros de Receita e de Apoio que foram cadastrados na planilha 1.1 (ver passo 1). Clicando sobre o centro desejado o campo será preenchido. Exemplos:

Atenção: quando se tratar de despesas comuns a todos os Centros de Receita/Apoio (ex: aluguel, consultoria/assessoria/telefone) o centro a ser escolhido deverá ser ADMINISTRAÇÃO.

PAGAMENTOS

Data: lançar a data em que a despesa foi paga. Exemplos:

Exemplo: 03/01/2009 digite 3/1/09.

Juros/Descontos: digitar o juro ou desconto obtido. No caso de desconto digitar o valor negativo. Exemplos:

Centro de Receita/Apoio

Supletivo/EJA Ensino Fundamental 2 Escola

Juros/Desc.

11,00 -2,00

 

 

Page 78: Manual software-de-gestao-financeira1

78

4.0 Contas a Pagar

Valor Final

R$ 122,00 R$ 220,00

Valor Total: é o valor original da despesa acrescido dos juros cobrados ou diminuído de um desconto obtido. Este campo é calculado pela planilha, não sendo necessário digitar nada. Exemplos:

Forma de pagamento: escolha, aqui, a forma de pagamento utilizada para quitar adívida,clicandosobreacélulaembranco.Iráaparecerumaseta;clicandosobrea seta serão apresentadas as formas de pagamento cadastradas na planilha 4.2. Clique sobre a forma de pagamento escolhida e a célula será preenchida. Exemplos:

Observações: campo destinado a observações necessárias. Exemplo:

COMO UTILIZAR A PLANILHA PARA CONSULTAS E FILTROSEstaplanilhapermitevisualizarasinformaçõesfiltrando-as.Paraistoiremosclicarnas setas que acompanham cada um dos cabeçalhos. Ao clicar na seta serão apresentadas as opções de consulta. Vejamos alguns exemplos de como realizar consultasusandoosfiltrosdisponíveis.

Forma de Pagto Dinheiro Caixa

Observações Pago por André

 

 

Page 79: Manual software-de-gestao-financeira1

79

4.0Contas a Pagar

Campo Data (em “Lançamentos” ou em “Pagamentos”): ao clicar na seta aparecem as seguintes opções:

– Classificardomaisantigoparaomaisnovo: clicando nesta opção, a planilha rearranjará os lançamentos ,mostrando inicialmente os lançamentos ou pagamentos na ordem decrescente das datas mais antigas para as datas mais novas.

– Classificardomaisnovoparaomaisantigo: mostrará os lançamentos ou pagamentos na ordem inversa, ou seja, primeiro as datas mais próximas decrescendo para as mais afastadas.

– Filtros de data: clicando nesta opção irão aparecer diversas alternativas de consulta. Se desejar uma data (ex: 6/7) clique em “É igual a” e digite a data desejada. Em seguida clique “OK”. A planilha vai apresentar apenas os lançamentos ou pagamentos que contém a data escolhida.

Para retornar à planilha com todos os lançamentos ou pagamentos originais, clique novamente na seta do cabeçalho (veja que agora ela apresenta um ícone de um filtro,mostrandoqueosdadosforamfiltrados).Cliquenaopção“LimparFiltrodeData” e a planilha original será restaurada.

Serápossível,também,filtrarosdadosdeum(oumais)mês.Imaginequevocêdeseja consultar os lançamentos ou pagamentos realizados no mês de julho.

 

 

Page 80: Manual software-de-gestao-financeira1

80

4.0 Contas a Pagar

Inicialmente clique na opção “Selecionar Tudo”. Note que todas as opções abaixo estão, agora, desmarcadas. Em seguida clique no mês de julho. A planilha vai apresentar os lançamentos ou pagamentos realizados neste mês.Para que a planilha retorne à situação anterior, clique novamente em “Selecionar Tudo” e “OK”. Todos os lançamentos ou pagamentos serão demonstrados.

À medida que muitos lançamentos ou pagamentos são feitos, a planilha poderá conter muitos dados. Use estes recursos para demonstrar apenas os mais recentes, que interessam para a gestão.

Campo Fornecedor: ao clicar na seta aparecem as seguintes opções:

– ClassificardeAaZ: clicando nesta opção, a planilha mostrará os lançamentos por ordem alfabética crescente, ou seja, inicialmente mostrará os fornecedores que começam com A até os começam com Z.

– ClassificardeZaA: demonstrará inicialmente os lançamentos dos fornecedores que iniciam com Z até os que começam com A.

– Filtros de texto: clicando nesta opção irão aparecer diversas alternativas de consultas. Se desejamos uma relação dos fornecedores que comecem com a letra C, clique em “É igual a” e digite a letra desejada. Em seguida clique “OK”. A planilha vai apresentar apenas os fornecedores que começam com esta letra.

Para retornar à planilha com todos os lançamentos originais, clique novamente na setadocabeçalho(vejaqueagoraelaapresentaumíconedeumfiltro,mostrandoqueosdadosforamfiltrados).Cliquenaopção“LimparFiltrodeFornecedor”eaplanilha original será restaurada.

Serápossível,também,filtrarosdadosdeum(oumais)fornecedorescolhido.Inicialmente clique na opção “Selecionar Tudo”. Note que todas as opções abaixo estão,agora,desmarcadas. Em seguida clique no nome do fornecedor escolhido. A planilha vai apresentar os lançamentos realizados apenas relativos a este fornecedor.

Para que a planilha retorne à situação anterior,clique novamente em “Selecionar Tudo” e “OK”. Todos os lançamentos serão demonstrados.

COMO CONSULTAR AS CONTAS A PAGAR AINDA NÃO PAGAS

Para relacionar todos os pagamentos ainda não realizados de uma forma simples, clique no cabeçalho de “Data” (em Pagamentos) e em seguida em “(Selecionar Tudo)”.Todasasopçõesserãodesmarcadas;emseguidacliqueem“(Vazias)”.Serão relacionados apenas os lançamentos cuja célula “data” (de pagamento) estão vazias, ou seja, ainda não receberam data de pagamento, pois a despesa não foi paga.

Page 81: Manual software-de-gestao-financeira1

81

4.0Contas a Pagar

Sevocêdesejarfiltrarospagamentosnãorealizadosapenasparaumdeterminadofornecedor, clique na seta do cabeçalho de “Fornecedor” e escolha o fornecedor desejado.

A planilha irá mostrar os pagamentos em aberto apenas para este determinado fornecedor.

ATENÇÃO!

Notequetodavezquevocêfazumaconsultacomfiltroaparece,nocabeçalho,umíconerepresentandoumfiltro,avisandoqueosdadosdemonstradosestãofiltrados(ou seja, nem todos os dados disponíveis na planilha estão sendo apresentados).Portanto se desejar retornar à planilha original, clique na seta que possui o ícone do filtroenaopção“LimparFiltro”queoslançamentosretornarão.

RECOMENDAÇÕES SOBRE AS ROTINAS DO CONTAS A PAGAR E GESTÃO DAS DESPESAS

•APlanilha4.3deContasaPagaréa“portadeentrada”detodasasdespesaspagas. Portanto lance nesta planilha tanto das despesas pagas a prazo, como as pagas a vista e aquelas pagas ou lançadas diretamente na conta bancária (ex: juros de saldo devedor, TED ou DOC).

•QuandolançaralgumvalorreferenteaInvestimento,lembre-sedecadastraresseinvestimento na planilha Fundo de Reinvestimento (planilha 1.4).

•Antesdeiniciaropreenchimentodessaplanilha,organizeosprocedimentosdepagamentos. Não permita nenhuma retirada de dinheiro do caixa sem que seja assinadopelomenosumvalederetirada.Exijareciboounotafiscaldetodasasdespesas, até das mais simples.

•Noiníciooufinaldodia,peguetodososrecibosenotasfiscaisdepagamento,bem como os extratos bancários e lance no contas a pagar. Não deixe acumular por diversos dias.

•Senecessário,soliciteaofuncionárioquepagouadespesaqueanotenoversodanotafiscalotipodedespesaeparaqualcentrodeapoiooudereceitassedestina.Algumas escolas fazem um carimbo para registrar no verso da nota ou recibo o tipo de despesa e o centro de apoio ou de receitas de destino.

•Nãoadiantaapenascontrolaroquesegastou:jáquefizemosoplanejamentofinanceiroparaoano,devemoscobrardosfuncionários,eprincipalmentedenósmesmos, o limite de gastos planejados para cada conta.

Page 82: Manual software-de-gestao-financeira1

82

4.0 Contas a Pagar

•Quandoaescolapagarjuros,separeessesvaloresefaçaolançamentonacontadestinada aos juros (“Juros pagos”) no Contas a Pagar.

Na conta “Despesas Bancárias”, lance somente pequenas despesas pagas, comotarifas para a retirada de extrato e de talão. Juros pagos (para fornecedores, bancos) devem ser lançados como “Juros pagos”. Despesas bancárias não precisam serlançadasdiariamente.Vocêpodelançá-lassemanalmenteoumensalmente.Masnãoseesqueçadefazê-lo.

Consórcio de veículo não é despesa, é investimento. Por isso, deve ser lançado como “Investimentos e Imobilizações”. Se você está ampliando as instalações de sua escola, lance os materiais de construção e demais gastos também como investimento. Proceda da mesma forma com as aquisições de equipamentos (compra de uma impressora, máquinas, etc.).

Lance as despesas com critério escolhendo a conta que mais se aproxima do uso do recurso. Assim, por exemplo, um gasto com um determinado evento (ex.: compra de enfeites ou materiais de decoração para a festa junina) deve ser lançado no campo “Pagamento de Fornecedores Eventos” e não como uma despesa operacional (ex:material de expediente).

Agindodessaforma,serápossívelanalisarcorretamenteoresultadofinalgeradopelos eventos sem misturar com as despesas operacionais.

Page 83: Manual software-de-gestao-financeira1

83

CONCLUSÃO

O mundo dos negócios mudou. As instituições, mercados, clientes, preços e custos mudaram. Vivemos em um ambiente de incerteza, com grandes alterações que impactam diretamente todas as instituições.

Se a incerteza é constante, temos a certeza de que é imperativo ao administrador abuscaconstantedenovasferramentasdegestão.Informe-secadavezmais,conheça e olhe as coisas sob um novo ponto de vista, de forma diferente. É preciso buscar novas formas de ver o próprio empreendimento.

O software e o Manual de Gestão Administrativa/Financeira proporcionam algumas ferramentas para que isso possa ser feito. Use o programa integralmente e acrescente à sua experiência uma nova forma de gerir a instituição.

A efetiva utilização dos conceitos aqui apresentados irá melhorar a organização e o controle do empreendimento e, especialmente, a sua capacidade de planejar ações que melhorem os resultados.

Reforçando o que já foi dito muitas vezes no Manual: estabeleça um OBJETIVO de resultados e o PLANO DE AÇÃOparaobtê-lo.FaçaoPLANEJAMENTO FINANCEIRO e o CONTROLE FINANCEIRO para ver se os objetivos serão alcançados.Trabalhedeformapró-ativa:estabeleçaondeecomochegarlá.Éassimque as maiores e melhores instituições atuam.

E, quando os conceitos aqui apresentados tiverem sido entendidos e aplicados, não pare.Informe-semais,aprendamais,comecenovamente.

Lembre-sequenaatividadeempresarialopontodechegadaétambémodepartida.

Page 84: Manual software-de-gestao-financeira1

84

BIBLIOGRAFIA

CHING,HongY.etalii.Contabilidadeefinançasparanão-especialistas.SãoPaulo:Prentice Hall, 2003.

IUDICIBUS, Sergio D. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 2001.

PADOVESE, Clóvis. Orçamento Empresarial. São Paulo: Atlas, 2002.

DROMS,WilliamG.FinançasparaExecutivosNão-Financeiros.PortoAlegre:Bookman, 2002.

Page 85: Manual software-de-gestao-financeira1

85

GLOSSÁRIO

Administração. Conjuntos de princípios, normas, procedimentos e funções com finalidadedecoordenarrecursosfinanceiros,materiaisehumanosparaatingirumobjetivo.

Alíquota. Percentual utilizado para calcular o valor dos impostos.

Alocação.Diz-sedareservadeverbaparafinalidadeespecíficafeitanoconjuntodeum orçamento.

Alvará. Documento administrativo com efeito ou conotação de licença. Pode também ser expedido por juiz, com força de mandado judicial.

Amortização. Redução gradual de uma dívida, por meio de pagamentos periódicos, em que os juros incidem sobre o saldo devedor. Para o empresário, pode ser o tempo no qual ele quer recuperar o valor de determinado investimento.

Balanço.Resumocontábilpeloqualverificamosasituaçãoeconômicaefinanceirade uma empresa e analisamos se a mesma teve lucro ou prejuízo.

Bens. Produtos físicos tangíveis. Numa divisão genérica, podem ser: bens de capital ou bens de produção (usados para gerar receita), como máquinas, equipamentos, etc.;bensdeconsumoduráveis:comvidaútillonga,comogeladeira,móveis,freezer,automóvel,etc.;bensdeconsumoperecíveis(comvidaútilcurta),comoalimentícios ou de uso limitado por modismos, épocas, etc. Podem também ter suaclassificaçãodeacordocomouso.Ex.:oautomóvelparaumtaxistaéumbemcapital,paraqualqueroutrocidadãoéumbemdeconsumodurável.Costuma-sechamar imóveis de bens de raiz.

Capital.Nadefiniçãoimediata,dinheiro.Representadotambémpeloconjuntodosrecursosprodutivosdeumaempresaouinstituiçãoerecursosfinanceiros. Ver bens.

Capital de giro. Dinheiro disponível à operação da empresa.

Comissão. Percentagem sobre valor de uma transação, paga a título de honorário ou intermediação.

Depreciação. Redução do valor de um bem em conseqüência do desgaste pelo uso.

Fluxo de caixa.Controledaentradaesaídadedinheironaempresa;temligaçãodireta com capital de giro e pode depender deste.

Glossário

Page 86: Manual software-de-gestao-financeira1

86

Imposto. Valor obrigatório pago ao poder público municipal, estadual ou federal. Em tese, devem reverter em benefício do contribuinte, sob forma de benefícios sociais e serviços à coletividade.

IOF.Impostosobreoperaçõesfinanceiras,sejamdecrédito,câmbioeseguro,ourelativas a títulos ou valores mobiliários.

Juro. Remuneração que o tomador de um empréstimo paga ao dono do capital.

Leasing.Operaçãofinanceiraemquesepagaum“aluguel”queequivaleàprestação,portempodeterminado.Aofimdocontrato,ousuáriotemopçãodecompra.

Lucro. Diferença positiva entre receita e despesa. Remuneração do capital.

Mercado. Conjunto de pessoas e/ou empresas compradoras e vendedoras de produtos, serviços e capitais que realizam trocas entre si. Nas economias abertas, é regulado pela oferta e procura.

Obsolescência. Envelhecimento de bens ou produtos por uso ou pelo surgimento de versões ou modelos tecnologicamente superiores.

Oferta. Quantidade de produtos ou serviços postos à disposição do mercado.

Orçamento. Previsão de quantias monetárias que deverão entrar e sair em determinado período, geralmente dividido por departamentos ou centros de custos.

Planejamento. Atividade destinada a organizar as várias tarefas e seus responsáveis, em uma seqüência coesa e integrada para o atingimento de um objetivo.

Ponto de equilíbrio.Momentoemqueseigualamadespesaeareceita;nãohánem lucro nem perda.

Procedimento. Normas a que estão subordinados atos ou cumprimento de tarefas. Conjunto de ações do trâmite de um processo. Método.

Produto. Sentido amplo, produto é todo e qualquer bem ou serviço resultante da atividade produtiva de uma empresa, entidade, indivíduo ou país.

Propaganda. Divulgação por vários meios de comunicação de produtos ou serviçospostosàvendaouàdisposiçãodeclientespotenciais;açãocomintençãopersuasiva.

Rateio. Divisão dos custos ou despesas que devem ser compartilhados entre diversos setores da empresa.

Glossário

Page 87: Manual software-de-gestao-financeira1

87

Receita. Soma dos valores recebidos em determinado espaço de tempo.

Rentabilidade. Grau de rendimento de um investimento qualquer, geralmente expresso pelo percentual de lucro obtido sobre o montante aplicado.

Sinergia. União de forças em prol de um objetivo comum. A junção dos membros que compõem um ambiente traz um resultado melhor que a atividade individual dos mesmos.

Tarifa. Taxa paga ao governo, geralmente sobre importação, exportação, transporte de cargas e prestação de serviços, como fornecimento de energia, água, telefonia, correios e telégrafos.

Terceirização. Atribuição a outras empresas ou pessoas das atividades de uma empresaconsideradasdeapoioouatividades-meio,paraqueestapossadedicar-semelhoràssuasatividades-fim.Geralmenterealizadapormeiodecontratosdelonga duração.

Glossário

Page 88: Manual software-de-gestao-financeira1

88

Notas

Page 89: Manual software-de-gestao-financeira1

89

Notas

Page 90: Manual software-de-gestao-financeira1

90

Notas

Page 91: Manual software-de-gestao-financeira1

91

Notas

Page 92: Manual software-de-gestao-financeira1