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MEDIADORES DE LEITURA NA BIBLIODIVERSIDADE Profª Eliane L. da Silva Moro Profª Lizandra Brasil Estabel Taquara 2011 22ª Reunião do Fórum Gaúcho pela Melhoria das Bibliotecas Escolares

Mediadores taquara final

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MEDIADORES DE LEITURA NA

BIBLIODIVERSIDADE

Profª Eliane L. da Silva MoroProfª Lizandra Brasil Estabel

Taquara2011

22ª Reunião do Fórum Gaúcho pela Melhoria das Bibliotecas Escolares

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LEITURA E ESCRITA

Fazem parte da história que remonta a milhares de anos passados.

Leitura: caráter de ato social tem início no começo do século XX, vinculada à história política e social do tempo;

Primeiros estudos sobre as práticas e representações sociais da leitura: publicados nos Estados Unidos e na Europa (destacando-se a França, a Alemanha e a Suíça).

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França: 1ªs práticas de leitura e leitores surgiram na Associação de Bibliotecários Franceses (ABF) com Charles Sustrae e Ernest Coyecque que iniciaram e imprimiram suas idéias e opiniões sobre a leitura pública e a função dos bibliotecários franceses como parte de seus deveres profissionais em estimular a leitura.

LEITURA E ESCRITA

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LEITURA E ESCRITA

Final séc. XX e início do séc. XXI: França e Estados Unidos, tem grande interesse ao conhecimento das práticas leitoras entre os cidadãos priorizando:

a elevação e a quantidade e qualidade das leituras;

o aumento do índice de leitura; o analfabetismo funcional; o enfrentamento por diversos meios de crises de

leitura; e o estímulo à leitura em todos os setores sociais

principalmente aos jovens.

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Importância e significado no desenvolvimento na vida das pessoas, como práticas e representações sociais desde o nascimento até a morte, permanente no processo do desenvolvimento humano em uma interação com o mundo e com o outro.

LEITURA E SOCIEDADE

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Em uma sociedade que não lê, a conquista da leitura é o primeiro passo para a formação dos valores da sociedade, propiciando a participação social, compreensão do homem pelo homem, nível cultural, forma de lazer, formação e exercício da cidadania, entre outros.

LEITURA E SOCIEDADE

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LEITURA E EDUCAÇÃO

Educação: não é sinônimo de depósito de conhecimentos;compreende uma aprendizagem ativa e cooperativa, com reflexão sobre a informação adquirida.

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LEITURA E EDUCAÇÃO

“Daí decorre a necessidade de leitura reflexiva, independentemente do suporte em que o texto é transmitido”.

“Ler é também imaginar sem recorrer à imagem, o que representa um exercício mental mais activo do que aquele que é suscitado pela narrativa televisiva ou cinematográfica.” (SABINO, 2009).

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Biblioteca escolar: ambiente de aprendizagem no espaço da escola deve propiciar o acesso universalizado para todos propondo ações de inclusão digital, social e informacional, através da leitura e superando as barreiras de acessibilidade dessas pessoas.

usuário – aluno – filho

LEITURA PARA TODOS

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LEITURA E MEDIAÇÃO

Mediação entre sujeito e objeto: pelos recursos projetados e disponíveis dentro

do mundo (documentos); pela interação com outros sujeitos que

constituem um contexto semiótico repleto de novas significações que influenciam o processo de aprendizagem e de conhecimento.

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Formação do leitor: envolve os aspectos político, psicológico e metodológico através das ações de leitura, considerada como um processo constante de esforços conscientes da área educacional.

A família, os professores e o bibliotecário devem ser partícipes nas ações de leitura implementadas na escola e, a biblioteca, deve ser a parceira constante nas políticas de leitura.

LEITURA E MEDIAÇÃO

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“O papel do bibliotecário é o de mediador entre a leitura, a informação e o leitor. Este profissional, além de orientar o usuário no uso dos suportes informacionais, deve ser um promotor de leitura e, além de tudo, um bibliotecário educador”.

(MORO;ESTABEL, 2005).

LEITURA E MEDIAÇÃO

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A separação entre leitores e não leitores “espelha a divisão social entre poderosos e excluídos, entre as classes que dominam e as que executam”.

LEITURA E BIBLIODIVERSIDADE

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Ler não é traduzir, mas sim compreender. Aprender a ler, é portanto, desenvolver os recursos para essa relação direta da escrita com o significado. (Foucambert, 1997)

LEITURA E BIBLIODIVERSIDADE

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Professores e bibliotecários devem disponibilizar diferentes suportes de leitura aos usuários, através das TICs e da utilização de textos bibliográficos e eletrônicos.

O bibliotecário como mediador entre o livro, o texto e o leitor deve promover ações culturais para que a biblioteca seja um espaço de promoção e estímulo à leitura.

Quando a escola incentiva leitura, a ação do professor e do bibliotecário se desenvolve com atividades que oportunizam e estimulam a leitura crítica e reflexiva.

(MORO;ESTABEL, 2005)

LEITURA E BIBLIODIVERSIDADE

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LEITURA E TICs

Representam a propulsão, na sociedade atual, à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e o acesso à informação para o atendimento das necessidades humanas, influenciando também a interação, a comunicação e as relações das pessoas nas suas vivências pessoais e profissionais.

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LEITURA E WEB

Início séc. XXI: após um período em que a imagem das multimídias parecia substituir definitivamente a palavra literária e o próprio livro como mediador nas relações humanas, surge a tendência da conciliação entre imagem e palavra, como essenciais à formação e evolução cultural do ser humano, na sociedade letrada que caracteriza o mundo ocidental.

WEB 1.0 WEB 2.0 WEB 3.0

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BIBLIOTECA E AS TICs

Biblioteca: propicia a mediação no processo de construção do conhecimento entre os sujeitos através do acesso à informação.

Redes: estruturas cognitivas interativas e hipertextuais que propiciam a construção do conhecimento entre as pessoas. Sujeito/aluno com autonomia no processo de aprendizagem.

TICs: versatilidade e disponibilidade cooperativa; sistemas cooperativos ou interfaces de parceria entre o homem e a técnica.

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WEB E A BIBLIOTECA ESCOLAR

Os efeitos do uso da informação compartilhada entre os educadores, os bibliotecários, os alunos, pode encaminhar para uma rede integrada de comunicação, permitindo o estabelecimento de novas relações entre os mesmos (inter-relação de pessoas) e destes com a comunidade. (MORO; ESTABEL, 2004).

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Bibliotecários, professores e alunos como produtores de informação construída cooperativamente passam a fazer parte da rede social que possibilita novas aprendizagens e interconexões no próprio espaço da biblioteca escolar.

WEB E A BIBLIOTECA ESCOLAR

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BIBLIOTECA TRADICIONAL BIBLIOTECA NA PERSPECTIVA DE CENTRO CULTURAL MULTIMIDIAL

(BIBLIODIVERSIDADE)

Ações de leitura desprovidas de planejamento integrado, rotineiras, pouco ou nada estimuladoras

Projetos de leitura: práticas leitoras planejadas a partir de tema central, observando idade, nível de escolaridade, realidade socioeconômica dos usuários

Ensino periódico de leitura centrado no professor de Língua Portuguesa

Ações de leitura organizadas por equipe multidisciplinar, numa perspectiva interdisciplinar e transdisciplinar para usuários visitantes

Acervo precário: raros livros de qualidade e escassos materiais multimidiais

Acervo multimidial, propiciando contato dos usuários com múltiplas linguagens

ESPAÇOS DE LEITURAA importância dos centros de promoção de leitura de múltiplas linguagens

(LUFT, 2010)

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BIBLIOTECA TRADICIONAL BIBLIOTECA NA PERSPECTIVA DE CENTRO CULTURAL MULTIMIDIAL

(BIBLIODIVERSIDADE)

Professor não leitor em sua grande maioria, sem preocupação em avaliar o nível de leitura dos alunos e sem preocupação com a mudança de estratégias de leitura para estimular seus alunos

Mediadores de leitura constroem em conjunto as práticas a serem desenvolvidas com os usuários, registram o comportamento dos usuários para reavaliar as ações e reformulá-las

Alunos sem oportunidade de selecionar seus materiais de leitura a partir de seus desejos, necessidades, preferências

Os usuários têm a oportunidade de selecionar os materiais de leitura e de escolher outros suportes de leitura a partir de suas preferências temáticas

Leitura: uma prática individual que é socializada sem critérios que valorizem o ato de ler em seus diferentes níveis

Leitura: uma prática individual que é socializada a partir da organização de diferentes estratégias de leitura capazes de provocar intercâmbio de idéias e de sentimentos a partir dos referenciais dos leitores

ESPAÇOS DE LEITURA... (cont.)

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PROCESSO DA AÇÃO DE LEITURA(LUFT, 2010)

BIBLIOTECA TRADICIONAL BIBLIOTECA NA PERSPECTIVA DE CENTRO CULTURAL MULTIMIDIAL

(BIBLIODIVERSIDADE)

Não há conhecimento acumulável por intermédio do envolvimento com livros; professores não demonstram em sua prática profissional uma cultura de leitura

Os mediadores de leitura revelam em seu trabalho um conhecimento vindo de pesquisas feitas em diferentes fontes que sustentam as ações propostas aos usuários

A maioria dos professores não tem domínio de TICs, apresenta dificuldades em utilizar diferentes equipamentos, não é familiarizada com o computador e não acessa, por isso mesmo, a Internet

Os mediadores utilizam as TICs, têm domínio sobre equipamentos de diferentes naturezas, utilizam com intimidade o computador e são navegadores competentes da Internet

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PROCESSO DA AÇÃO DE LEITURA(cont...)

BIBLIOTECA TRADICIONAL BIBLIOTECA NA PERSPECTIVA DE CENTRO CULTURAL MULTIMIDIAL

(BIBLIODIVERSIDADE)

A precariedade dos materiais não permite que sejam planejados diferentes estímulos à leitura

A multiplicidade de acervo constitui-se num estímulo permanente e de caráter inusitado, envolvendo os usuários na leitura, propiciando um envolvimento contínuo permanente e de transformação do comportamento

A escola confunde o prazer da leitura com o envolvimento com textos superficiais

O prazer da leitura vem da fruição do texto, significando um trabalho complexo, exigente, exaustivo, cuja ampliação do conhecimento é que se constitui no prazer do leitor

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MEDIAÇÃO E ESPAÇOS DE LEITURA (LUFT, 2010)

BIBLIOTECA TRADICIONAL BIBLIOTECA NA PERSPECTIVA DE CENTRO CULTURAL MULTIMIDIAL

(BIBLIODIVERSIDADE)

Ensino fragmentado Práticas leitoras interdisciplinares e transdisciplinares

Práticas de compreensão e de interpretação de textos sem a preocupação de avaliar a apropriação dos conteúdos na vida e nas ações diárias dos alunos leitores

Práticas de compreensão, interpretação, apropriação de idéias, as quais podem vir a ser utilizadas pelos leitores em suas ações diárias para contribuir com a transformação do entorno em que atuam

Atividades de leitura como parte constitutiva dos parâmetros curriculares nacionais

Leitura como prática social comprometida com as transformações do indivíduo e da sociedade

Ações individuais de leitura Planejamento interdisciplinar das práticas leitoras levando em conta o grupo

Leitura proposta a partir de uma visão adultocêntrica

Práticas leitoras entre diferentes gerações: o adulto é o aprendiz e a criança assume o papel de instrutor

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MEDIAÇÃO E ESPAÇOS DE LEITURA (LUFT, 2010)

BIBLIOTECA TRADICIONAL BIBLIOTECA NA PERSPECTIVA DE CENTRO CULTURAL MULTIMIDIAL

(BIBLIODIVERSIDADE)

Educação separada da cultura Educação e cultura desenvolvida ao mesmo tempo

Linguagem verbal trabalhada separadamente de linguagens não exclusivamente verbais

Linguagem verbal e não exclusivamente verbal são empregadas em conjunto na mesma prática

Leitura de textos de natureza variada sem destacar o texto literário

Leitura de textos literários conduz os leitores ao contato com textos de natureza variada

Ambiente silencioso, disciplinado e sisudo para o desenvolvimento das atividades de leitura

Ambiente festivo, de celebração do livro, dos escritores, regulado pelos próprios usuários a partir de suas interações nas práticas leitoras propostas

Aluno efetivo, matriculado, comprometido com os regulamentos do sistema de ensino e com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Usuário visitante que pode freqüentar o centro através de visitas agendadas ou de visitas individuais, a partir de sua necessidade, de seu desejo

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O processo de leitura, mediado por bibliotecários, professores, técnicos e colegas, promove a inclusão e a acessibilidade à informação, ao conhecimento através do acesso e uso das TICs em um ambiente interativo onde os sujeitos são responsáveis por uma produção coletiva que contribui para a formação de um cidadão crítico, ativo, participativo, reflexivo... leitor.

FINALIZANDO...

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Escola: espaço formal e informal de leitura. Biblioteca e sala de aula: espaços formais

de leitura e de atividades de leitura. Quando a escola incentiva leitura, a ação do

professor e do bibliotecário se desenvolve com atividades que oportunizam e estimulam a leitura crítica e reflexiva.

FINALIZANDO...

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Uma sociedade que lê, que tem acesso à informação e à leitura é formada de cidadãos que conquistaram um mundo melhor de se viver caracterizando-se, além da Sociedade da Informação e do Conhecimento, como a sociedade da comunicação, da interação, do afeto, do prazer e do compartilhamento em que as práticas de leitura possibilitam a conquista de um mundo melhor e de um cidadão mais feliz.

FINALIZANDO...

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REFERÊNCIAS

BELLUZZO, R.C.B. et al. Information literacy: um indicador de competência para a formação permanente de professores na sociedade do conhecimento. Educação Temática Digital, Campinas, v.6,n.1,p.81-99, dez.2004.

COELHO, Nelly Novaes. O Conto de Fadas: símbolos mitos arquétipos. São Paulo : DCL, 2003.

MORO, E. L. S., ESTABEL, L. B. A Interação entre os Alunos, Educadores, Bibliotecários e a Pesquisa Escolar. Revista Informática na Educação: teoria e prática, v.7, p.51 - 61, 2004.

FOUCAMBERT, J. A. Criança, o Professor e a Leitura. Trad. Marleine Cohen e Carlos M. Rosa. Porto Alegre : Artes Médicas, 1997.

SABINO, Maria Manuela do Carmo de. Importância educacional da leitura e estratégias para a sua promoção.Revista Iberoamericana de Educación. Disponível em: http://teleduc.cinted.ufrgs.br/cursos/diretorio/leituras_1081_1//oque_leitura.pdf?1306447664 . Acesso em: 26 maio 2011.

VALENCIA, Ariel Gutiérrez. El Estudio de las Prácticas y las Representaciones Sociales de la Lectura: génesis y el estado del arte. México, Anales de Documentacion, n.12, 2009. P. 53-67.

VYGOSTKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

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OBRIGADA!

Profª Eliane Moro – [email protected]

Profª Lizandra Estabel – [email protected]