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EXECUTIVE HOTEIS, RESORT AND SPA, Hotelaria e Turismo, Lda Construção de um edifício destinado a uma unidade hoteleira da insígnia “Executive Hoteis”, a sede do “Clube Naval” e os arranjos exteriores do Largo Alfredo Pukuta. PORTO AMBOIM - ANGOLA PROJECTO DE EXECUÇÃO REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS

Memoria esgotos domesticos

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Sewage Study For Hotel

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EXECUTIVE HOTEIS, RESORT AND SPA, Hotelaria e Turismo, Lda

Construção de um edifício destinado a uma unidade hoteleira da insígnia “Executive Hoteis”, a sede do “Clube Naval” e os arranjos exteriores do Largo

Alfredo Pukuta.

PORTO AMBOIM - ANGOLA

PROJECTO DE EXECUÇÃO REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS

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ÍNDICE

Peças Escritas 1- Memória Descritiva e Justificativa

2- Dimensionamento das Tubagens

3- Caderno de Encargos

4- Medições Peças Desenhadas Des. n.º 1 – Planta da Cave

Des. n.º 2 – Planta do Piso 0

Des. n.º 3 – Planta do Piso 1

Des. n.º 4 – Planta da Cobertura

Des. n.º 5 – Pormenorização das caixas de visita e inserção

Des. n.º 6 – Pormenorização da ETAR

Des. n.º 7 – Pormenorização da grelha de pavimento

Des. n.º 8 – Pormenorização do ralo de pavimento

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PEÇAS ESCRITAS

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1. MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

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1. MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA 1.1- DESCRIÇÃO GERAL

Refere-se a presente memória descritiva e justificativa à concepção do sistema de

drenagem de águas residuais, para a construção de um edifício destinado a uma

unidade hoteleira da insígnia “Executive Hoteís”, a sede do “Clube Naval de Porto

Amboim” e os arranjos exteriores de um terreno sito a nascente da nossa Construção,

cujo requerente é EXECUTIVE HOTEIS, Resort and Spa – Hotelaria e Turismo, Lda,

pretende levar a efeito na cidade de Porto Amboim em Angola, em conformidade com

o projecto de arquitectura.

O edifício será inserido num terreno fronteiro com o Largo Alfredo Pukuta, com uma

área de 9.440,2 m2, praticamente plano, composto por uma construção de cave, piso 0

e piso 1, com uma área coberta de 973,8 m2, em estado devoluto que se pretende

demolir.

Os acessos directos ao hotel são feitos através de um pátio exterior. A entrada

principal é colocada no piso 0. Na semi-cave irão ser colocados todos os

compartimentos técnicos do edifício, os serviços de apoio ao hotel e algumas funções,

tais como o Bar, Spa/ Ginásio e Business Center.

No terraço proposto (á cota do piso 0) existirá uma piscina.

O controlo/ recepção de mercadorias foi colocado na cauda da construção a norte,

originando uma entrada reservada exclusivamente a funcionários e mercadorias. O

acesso será feito através de uma rampa para facilitar a operação de cargas e

descargas de mercadorias e resíduos orgânicos/ lixo.

O Clube Naval ira usufruir de um pequeno auditório localizado na semi-cave com

capacidade para 55 lugares destinado a conferências, exibição de filmes e

espectáculos de pequena dimensão logística.

O Hotel Executive desenvolve-se em três pisos com uma área total de 5.764,0 m2,

devidamente articulados através de elevadores e três caixas de escadas distribuídas

Page 6: Memoria esgotos domesticos

ao longo do edifício garantido a fluidez funcional e a necessária separação entre

público/ clientes e funcionários, garantindo a evacuação para o exterior em caso de

incêndio.

Semi-Cave (cota 21.80 m.) – Onde se situam o foyer, as instalações sanitárias

públicas, o Business Center, o Bar, o Spa/ ginásio e os acessos verticais e a

circulação.

Semi-Cave (cota 21.80 m.) – Onde se situam o controlo/ recepção de mercadorias

devidamente articulado com os quadros eléctricos, segurança e CCTV, os

compartimentos técnicos (Posto de transformação, quadros eléctricos gerais, os

geradores e depósitos de combustível, as casas de maquinas dos elevadores, etc…),

a lavandaria, a arrecadação geral, os arrumos, o refeitório, as instalações sanitárias/

vestiários e balneários dos funcionários, a zona de preparação/ acondicionamento dos

alimentos (alimentar e não alimentar) o compartimento dos lixos, o compartimento dos

resíduos orgânicos, a área administrativa, os acessos verticais e a circulação.

Piso 0 (cota 25.30 m.) – Onde se situam a entrada, a recepção devidamente

articulada com a zona de espera, a zona de estar, os quartos, o bar/ cafetaria, os

acessos verticais e a circulação.

Piso 0 (cota 25.30 m.) – Onde se situam o gabinete do director interligado com a

recepção, o compartimento dos quadros eléctricos, a copa de apoio ao bar/ cafetaria,

a copa de apoio aos quartos, os acessos verticais e a circulação.

Piso 1 (cota 28.90 m.) – Onde se situam os quartos, as instalações sanitárias de

público de apoio ao restaurante, a zona de espera do restaurante, o restaurante e os

acessos verticais e a circulação.

Piso 1 (cota 28.90 m.) – Onde se situam a copa de apoio aos quartos, a cozinha

central, a copa suja, o compartimento de quadros eléctricos, os acessos verticais e a

circulação.

Page 7: Memoria esgotos domesticos

O Clube Naval desenvolve-se em dois pisos com uma área total de 554,0 m2,

devidamente articulados através de uma escada.

Semi-Cave (cota 21.80 m.) – Onde se situam o foyer, o auditório com capacidade

para 55 lugares sentados e os acessos verticais e a circulação.

Semi-Cave (cota 21.80 m.) – Onde se situam o compartimento de quadros eléctricos,

a régie, uma pequena copa de apoio ao auditório e os acessos verticais e circulação.

Piso 0 (cota 23.30 m.) – Onde se situam a entrada/ sala de troféus, a recepção, as

instalações sanitárias, os acessos verticais e a circulação.

Piso 0 (cota 23.30 m.) – Onde se situam a zona administrativa composta pelo open

space, dois gabinetes, o gabinete do director do Clube Naval, sala de reuniões e os

acessos verticais e a circulação.

Serão localizadas instalações sanitárias destinadas aos clientes no 1º piso junto ao

restaurante e na semi-cave junto do foyer.

O Hotel é constituído por 80 quartos servidos de instalações sanitárias devidamente

equipadas por sanita, lavatório e duche.

O restaurante será servido pela cozinha central (preparação de frios e quentes),

equipada com uma banca de lavagem, lava mãos de comando não manual (água

quente e fria) e meios individuais de lavagem e secagem de mãos, bem como os

demais equipamentos necessários à sua actividade. Este compartimento interliga-se

com uma copa suja e com a zona de preparação de alimentos através de uma

escada e elevador de carga.

Na zona de preparação/ acondicionamentos de alimentos estarão localizadas as

câmaras de refrigerados (câmara de peixe, carne, lacticínios e frutas e legumes) e de

congelados, um compartimento de preparação de frutas e legumes (área climatizada),

a sala de preparação dos alimentos com uma zona de lavagens e compartimento de

higienização.

Page 8: Memoria esgotos domesticos

O compartimento dos Lixos, dispõe de um ponto de água e mangueira para

lavagens.

As Instalações sanitárias/ balneários e vestiários dos funcionários possuem,

lavatórios, sanitas e duches.

O Spa/ Ginásio localizado na semi-cave será composto por duas salas destinadas a

actividades físicas, sendo uma delas essencialmente composta por quatro

equipamentos diferentes, um gabinete de massagens, por um banho turco e uma

sauna com apoio de dois duches. Toda esta infra-estrutura terá o apoio de instalações

sanitárias e vestiários/ balneários.

No edifício em estudo procurou-se canalizar devidamente todas as águas residuais

domésticas, tendo-se em conta a compatibilidade da rede com as restantes infra-

estruturas.

Desejando que o escoamento dos efluentes se faça por via gravítica, de modo a

favorecer a fiabilidade do sistema, definiu-se os caimentos mais adequados e qual o

posicionamento mais correcto dos cloectores suspensos e enterrados.

Na concepção geral da rede interior de drenagem das águas residuais procedeu-se a

uma separação de águas cinzentas e negras, de modo a que as águas cinzentas

produzidas nos duches e banheiras fossem encaminhadas para depósito próprio, e

posterior tratamento biológico com tecnologia de biomembranas e abastecessem a

rede de abastecimento de sanitas, máquinas de roupa, lavagem de pavimento e rega,

contribuindo assim para uma poupança significativa de água potável.

As águas negras serão conduzidas para a ETAR a construir na cave.

Quando o depósito de águas cinzentas atingir o seu limite, as águas excedentes serão

encaminhadas para a ETAR.

Prevê-se caixa de retenção de gorduras na preparação de alimentos, com vista à

remoção de gorduras das águas residuais.

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Os esgotos produzidos nos quartos, serão recolhidos por tubos de queda residuais e

conduzidos para uma rede suspensa ao nível do tecto da cave, finalizando no depósito

de águas cinzentas e na ETAR.

Todos os restantes encaminhamentos, nomeadamente os produzidos na cave, far-se-

ão, a partir de cada aparelho, através de um ramal de descarga individual e/ou

colectivo para uma caixa de pavimento. Nesta caixa reúnem-se os ramais de

diferentes aparelhos e daí prosseguirá outro colector até à próxima caixa de pavimento

finalizam na ETAR.

Os colectores, troços rectos (ramais de ligação) terão diâmetros e inclinações

regulamentares determinados hidraulicamente para escoamento em superfície livre e

no máximo a meia secção, garantindo-se assim o bom funcionamento do sistema.

As caixas de visita, colocadas nos pontos de mudança de direcção e sempre com

distâncias entre si iguais ou inferiores a 15 metros, serão executadas em tijolo maciço

e dotadas de caleiras executadas no seu fundo, com altura igual ao diâmetro de saída,

de modo a assegurar a continuidade da veia líquida. Serão equipadas com tampa em

betão e, nos locais onde ficarem acessíveis, serão dotadas de um aro metálico com

vedação a óleo.

Todos os dispositivos de utilização serão sifonados, sendo cumprida a imposição

regulamentar de proibição de dupla sifonagem.

O destino final da rede de esgotos será a ETAR a localizar na cave, conforme indicado

nas peças desenhadas.

1.1.1. TUBAGEM E ACESSÓRIOS

Todas as tubagens deverão ter certificação e marcação CE. A tubagem será executada com material distinto, nomeadamente: A tubagem será executada em PVC-U, Série U e rigidez circunferencial SN4. A tubagem poderá ser colocada em:

• Roços, nas paredes ou pavimentos.

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Para a tubagem com diâmetros inferiores a 63 mm, as uniões entre tubos, ou entre os mesmos e os seus acessórios serão realizadas através de sistema de ligação por abocardamento liso, para colagem. Na execução das juntas de dilatação, o sistema de ligação será por abocardamento com junta elástica autoblocante, garantindo livre dilatação e perfeita estanquidade. Para tubagem com diâmetros iguais e superiores a 63 mm, as uniões entre tubos, ou entre os mesmos e os seus acessórios serão realizadas através de sistema de ligação por abocardamento com junta elástica autoblocante. As ligações da tubagem aos diferentes órgãos serão realizadas com acessórios em PVC. Na execução das juntas de dilatação o sistema de ligação será por junta elástica de forma a garantir livre dilatação e perfeita estanqueidade. Os ralos a aplicar deverão ser sifonados, da ACO Passavant, modelo EG150, em aço inoxidável ou equivalente, com: corpo de ralo com sifão removível; descarga a 90º (vertical) diâmetro de 50; altura ajustável de 186 a 216mm; secção de topo a topo rotativa, ajustável em altura, com medida em planta de 150x150mm, com grelha perfurada com fixação, da Classe L15. Na zona de serviço aplicar-se-á o seguinte sistema de drenagem: - Sistema de drenagem de pavimento Modular 2000, da ACO Passavant, sifonado e com grelha de aço inoxidável, ou equivalente. Fabricado em aço inoxidável da classe AISI 304 (opcionalmente AISI 316) composto por um sistema modular de canais com grelhas. Os módulos de canais têm: uma largura exterior de 155mm e largura útil de 97mm; descargas centrais ou finas a 90º (vertical) com 115mm de comprimento e �110mm; sifonagem por meio de sifão removível ou ralo de saida horizontal ou vertical, aplicados na descarga da caleira. 1.1.2. CÂMARAS DE INSPECÇÃO

As câmaras de visita/inspecção têm por finalidade assegurar as operações de limpeza e manutenção dos colectores. As câmaras de visita serão de corpo quadrado, rectangular e/ou circular, cobertura plana e/ou tronco-cónica assimétrica, solidamente construídas e impermeabilizadas interiormente, facilmente acessíveis e dotadas de dispositivo de fecho resistente. Os dispositivos de fecho das câmaras terão que verificar os princípios construtivos, ensaios e marcação (se necessário) exigidos na NP EN 124 de 1989. Nas soleiras das câmaras de inspecção de drenagem de águas residuais deve-se proceder a execução da meias canas (ou caleiras) para encaminhamento do esgoto, sendo as mesmas executadas com um acabamento queimado à colher (estanhadas). Para o edifício em estudo as caixas de visita serão em alvenaria de tijolo maciço ou bloco de betão, ou em argolas de betão, rebocadas interiormente e dotadas das meias canas necessárias ao escoamento de esgotos. Terão as tampas em ferro fundido com vedação hidráulica, assentes em laje de betão, podendo receber revestimento igual ao pavimento onde se inserem. 1.1.3 ETAR Características e manutenção a definir.

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1.2.4. Fiscalização Em todo o omisso será acatado todas as instruções dadas pela fiscalização dos respectivos quadros técnicos pertencentes à entidade licenciadora e gestora, assim como a da fiscalização representando o dono de obra, com o objectivo de concluir com perfeição os trabalhos que se pretendem realizar.

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2. DIMENSIONAMENTO DAS TUBAGENS 2. DIMENSIONAMENTO DAS TUBAGENS

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2.1- ELEMENTOS DE BASE PARA DIMENSIONAMENTO

Na elaboração dos estudos relativos à presente rede de drenagem predial de águas

residuais domésticas devem definir-se alguns elementos de base, nomeadamente:

- Caudais de descarga de águas residuais domésticas

- Coeficientes de simultaneidade

2.1.1 Caudais de descarga de águas residuais domésticas

Os caudais de descarga a atribuir aos aparelhos e equipamentos sanitários devem

estar de acordo com o fim específico a que se destinam.

Os valores mínimos dos caudais de descarga a considerar nos aparelhos e

equipamentos sanitários, serão os indicados no quadro seguinte:

Sifão Sifão Aparelhos Caudal de descarga (l/mm)

Ramal de descarga (mm) Diâmetro

mínimo (mm) Fecho hídrico

(mm) Bacia de retrete 90 90 (a) 50 Banheira 60 40 30 50 Bidé 30 40 30 50 Chuveiro 30 40 30 50 Lavatório e pio 30 40 30 50 Máquina de lavar-loiça 60 50 40 50 Máquina de lavar roupa 60 50 40 50 Mictório de espaldar 90 75 60 50 Mictório suspenso 60 50 (a) 50 Pia lava-louça 30 50 40 50 Tanque 60 50 30 50 Máquinas industriais e outros aparelhos não especificados

Em conformidade com as indicações dos fabricantes

(a) Sifão incorporado no próprio aparelho.

2.1.2 Coeficiente de Simultaneidade Na determinação dos caudais de cálculo deve ter-se em conta a simultaneidade de funcionamento dos aparelhos e equipamentos sanitários. Este coeficiente de simultaneidade

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traduz a probabilidade de um determinado número de aparelhos se encontrar a funcionar ao mesmo tempo, dependendo do tipo de utilização (residências, escolas, comercio, industria, etc) do edifício a estudar. Os coeficientes de simultaneidade (K) poderão ser obtidos por via analítica ou gráfica (resultante de dados estatísticos) e de acordo com o método preconizado pelo regulamento português (DR 23/95 de 23 de Agosto) são os que resultam de curva proposta no anexo XV, que fornece os caudais de cálculo em função dos caudais de descarga acumulados e pode ser utilizada para os casos correntes de habitação. Para outro tipo de utilização de edifício, o método do coeficiente de simultaneidade ou do cálculo das probabilidades poderá ser uma alternativa ao cálculo do caudal a determinar. Dentro dos métodos apresentados, no presente estudo, o coeficiente de simultaneidade encontrou-se por diferentes processos:

• Na drenagem dos diferentes compartimentos hidráulicos, dado que a probabilidade de utilização dos aparelhos em simultâneo será grande, nos respectivos ramais colectivos considera-se um coeficiente de simultaneidade 30% a 80%.

• Na determinação do caudal de cálculo de dois aparelhos sanitários considera-se o coeficiente de simultaneidade com valor unitário.

2.1.3. Dimensionamento O dimensionamento da rede de drenagem de águas residuais domésticas seguirá as orientações do decreto regulamentar 23/95 – Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais. O dimensionamento da rede segue as orientações do regulamento já referido que se baseia nos caudais de descarga dos aparelhos instalados, afectados de coeficientes de simultaneidade adequados. Os ramais de descarga individuais serão dimensionados para secção cheia, quando respeitadas as distâncias máximas entre o sifão e a secção ventilada, indicadas no Anexo XVI do regulamento. Quando excedidas estas distâncias, bem como nos sistemas sem ramais de ventilação e nos ramais de descarga de grupos de aparelhos (ramais colectivos), considera-se o dimensionamento a meia secção. O dimensionamento hidráulico da tubagem é feito através da fórmula de Manning-Strickler. Os diâmetros mínimos dos ramais de descarga individuais dos aparelhos apresentam-se no Quadro A da presente memória. Nos restantes casos, os diâmetros escolhidos para os diferentes aparelhos serão apresentados nas peças desenhadas. Os caudais de cálculo dos colectores prediais baseiam-se nos caudais de descarga atribuídos aos aparelhos sanitários que neles descarregam e nos coeficientes de simultaneidade. O seu dimensionamento é feito por cálculo hidráulico da tubagem a meia secção, recorrendo à fórmula de Manning Strickler: Qc = K S R 2/3 i ½

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Em que: Qc = caudal de cálculo (m3/s) K = coeficiente de Manning Strickler (m1/3/s) S = secção útil de escoamento (m2) R = raio hidráulico (m) i = inclinação (m/m) No dimensionamento da rede horizontal a partir da expressão acima referida existem alguns parâmetros de dimensionamento a cumprir, tais como:

• Inclinação deve encontra-se entre 10mm/m (1%) e 40mm/m (4%) • Percentagem de ocupação da secção de 50 % do diâmetro • Velocidade deve encontrar-se entre 0,3 m/s e 3,0 m/s

Por vezes, em casos especiais, o problema da limpeza da rede de águas residuais requer a adopção de critérios que garantam uma força tractiva mínima em detrimento da imposição da altura de lâmina liquida e velocidades mínimas por se verificarem não serem estes os principais condicionantes. Nestes casos a verificação de auto-limpeza dos colectores será feita com recurso ao critério da força tractiva. De acordo com o artigo “Tensão Tractiva: um critério económico para o dimensionamento das tubulações de esgoto”, da autoria dos Eng.ºs Joaquim Gabriel Oliveira Machado Neto e Milton Tomoyuki Tsutiya, publicado na secção Pesquisas da Revista DAE - Vol. 45 - Nº 140 de Março de 1985, páginas 73 a 87, considera-se que, para o dimensionamento de condutas de esgoto, o valor de 1 Pa (Poder de transporte mínimo = 1.0 N/m2) para a Força Tractiva crítica atende à condição de autolimpeza e de controlo da produção de gás sulfídrico. Ramais individuais

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Aparelhos Bid

é

Lav

atór

io

Aut

oclis

mo

Chu

veir

o

Mic

t. de

esp

alda

r

M.L

.loiç

a

Caudal Unitário

(l/min) 30 30 90 30 90 60 Material : PVC KS : 120

Designação do Troço

Quantidade de aparelhos

Qinst. Acum. (l/min)

Nº de aparelhos

Qcalc. (l/min)

Dnom (mm)

Dint (mm)

i (m/m)

V (m/s)

R1 1 60 1 66,36 75 69,2 2,0% 0,920R2 1 30 1 45,95 75 69,2 2,0% 0,840R3 1 30 1 45,95 75 69,2 2,0% 0,840R4 1 90 1 82,28 75 69,2 2,0% 0,992R5 1 90 1 82,28 75 69,2 2,0% 0,992

Colectores

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Aparelhos

Ban

heir

a

Bid

é

Lav

atór

io

Aut

oclis

mo

Chu

veir

o

Mic

t. de

esp

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M.L

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M.L

.rou

pa

Lav

a lo

iças

Mic

t. Su

spen

so

Ar.

cond

icio

nado

s

Caudal Unitário (l/min) 60 30 30 90 30 90 60 60 30 60 5

Designação do Troço Quantidade de aparelhos

CD1 2 1 3 CD2 4 1 3 CD3 6 5 4 2 CD4 8 6 1 CD5 1 CD6 14 9 3 1 2 CD7 4 2 1 3 CD8 8 2 1 1 CD9 2 1 1

CD10 13 2 1 1 1 CD11 27 11 3 2 1 1 CD12 27 11 3 2 1 1 CD13 30 13 3 2 1 1 CD14 4 2 5 CD15 37 15 6 7 1 1 CD16 39 18 6 9 1 2 CD17 41 21 6 9 1 2 CD18 44 21 9 9 1 2 CD19 47 21 9 9 1 2 CD20 47 21 9 9 1 3 CD21 1 CD22 1 CD23 2 CD24 4 2 CD25 4 2 CD26 52 21 9 9 1 5 CD27 2 CD28 4 CD29 6 CD30 8

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CD31 2 CD32 4 CD33 6 CD34 8 CD35 10 CD36 12 CD37 2 CD38 4 CD39 6 CD40 8 CD41 2 CD42 4 CD43 6 CD44 8 CD45 10 CD46 12 CD47 20 CD48 40 CD49 52 61 9 9 1 5 CD50 2 2 CD51 4 4 CD52 6 6 CD53 8 8 CD54 2 2 CD55 4 4 CD56 6 6 CD57 8 8 CD58 10 10 CD59 12 12 CD60 20 20 CD61 2 2 CD62 4 4 CD63 6 6 CD64 8 8 CD65 2 2 CD66 4 4 CD67 6 6 CD68 8 8 CD69 10 10 CD70 12 12

Page 19: Memoria esgotos domesticos

CD71 40 40

Material : PVC KS : 120 Designação do

Troço Qinst. Acum. (l/min) Nº de aparelhos

Qcalc. (l/min)

Dnom (mm)

Dint (mm)

CD1 420 6 186,22 125 115,2 CD2 480 8 199,88 125 115,2 CD3 1050 17 302,70 125 115,2 CD4 810 15 263,79 125 115,2 CD5 30 1 45,95 125 115,2 CD6 1470 29 361,82 125 115,2 CD7 480 10 199,88 125 115,2 CD8 540 12 212,76 125 115,2 CD9 150 4 107,88 125 115,2

CD10 750 18 253,24 125 115,2 CD11 2160 45 443,72 125 115,2 CD12 2160 45 443,72 125 115,2 CD13 2430 50 472,32 125 115,2 CD14 750 11 253,24 125 115,2 CD15 3360 67 560,86 125 115,2 CD16 3900 75 606,98 125 115,2 CD17 4230 80 633,69 125 115,2 CD18 4410 86 647,85 125 115,2 CD19 4500 89 654,83 125 115,2 CD20 4530 90 657,14 125 115,2 CD21 30 1 45,95 125 115,2 CD22 30 1 45,95 125 115,2 CD23 60 2 66,36 125 115,2 CD24 180 6 118,82 125 115,2

Page 20: Memoria esgotos domesticos

CD25 180 6 118,82 125 115,2 CD26 4740 97 673,12 125 115,2 CD27 180 2 118,82 125 115,2 CD28 360 4 171,60 125 115,2 CD29 540 6 212,76 125 115,2 CD30 720 8 247,82 125 115,2 CD31 180 2 118,82 125 115,2 CD32 360 4 171,60 125 115,2 CD33 540 6 212,76 125 115,2 CD34 720 8 247,82 125 115,2 CD35 900 10 278,94 125 115,2 CD36 1080 12 307,26 125 115,2 CD37 180 2 118,82 125 115,2 CD38 360 4 171,60 125 115,2 CD39 540 6 212,76 125 115,2 CD40 720 8 247,82 125 115,2 CD41 180 2 118,82 125 115,2 CD42 360 4 171,60 125 115,2 CD43 540 6 212,76 125 115,2 CD44 720 8 247,82 125 115,2 CD45 900 10 278,94 125 115,2 CD46 1080 12 307,26 125 115,2 CD47 1800 20 402,84 125 115,2 CD48 3600 40 581,76 125 115,2 CD49 8340 137 908,24 125 115,2 CD50 120 4 95,84 125 115,2 CD51 240 8 138,40 125 115,2 CD52 360 12 171,60 125 115,2 CD53 480 16 199,88 125 115,2 CD54 120 4 95,84 125 115,2 CD55 240 8 138,40 125 115,2 CD56 360 12 171,60 125 115,2 CD57 480 16 199,88 125 115,2 CD58 600 20 224,98 125 115,2 CD59 720 24 247,82 125 115,2 CD60 1200 40 324,91 125 115,2 CD61 120 4 95,84 125 115,2 CD62 240 8 138,40 125 115,2 CD63 360 12 171,60 125 115,2

Page 21: Memoria esgotos domesticos

CD64 480 16 199,88 125 115,2 CD65 120 4 95,84 125 115,2 CD66 240 8 138,40 125 115,2 CD67 360 12 171,60 125 115,2 CD68 480 16 199,88 125 115,2 CD69 600 20 224,98 125 115,2 CD70 720 24 247,82 125 115,2 CD71 2400 80 469,22 125 115,2

Designação do Troço i (m/m) Qf

(m3/s) Qcalc/Qf Y/D q (rad) R (m) V (m/s) t (N/m2)

Page 22: Memoria esgotos domesticos

CD1 1,0% 0,012 0,263 0,350 2,532 0,022 0,950 2,2 CD2 1,0% 0,012 0,282 0,350 2,532 0,022 0,950 2,2 CD3 1,0% 0,012 0,428 0,450 2,941 0,027 1,076 2,7 CD4 1,0% 0,012 0,373 0,400 2,739 0,025 1,017 2,5 CD5 1,0% 0,012 0,065 0,150 1,591 0,011 0,583 1,1 CD6 1,0% 0,012 0,511 0,500 3,142 0,029 1,127 2,9 CD7 1,0% 0,012 0,282 0,350 2,532 0,022 0,950 2,2 CD8 1,0% 0,012 0,301 0,375 2,636 0,024 0,985 2,4 CD9 1,0% 0,012 0,152 0,250 2,094 0,017 0,790 1,7

CD10 1,0% 0,012 0,358 0,400 2,739 0,025 1,017 2,5 CD11 1,0% 0,012 0,627 0,550 3,342 0,031 1,172 3,1 CD12 1,0% 0,012 0,627 0,550 3,342 0,031 1,172 3,1 CD13 1,0% 0,012 0,667 0,575 3,443 0,031 1,191 3,1 CD14 1,0% 0,012 0,358 0,400 2,739 0,025 1,017 2,5 CD15 1,0% 0,012 0,792 0,650 3,751 0,033 1,239 3,3 CD16 1,0% 0,012 0,857 0,700 3,965 0,034 1,263 3,4 CD17 1,0% 0,012 0,895 0,725 4,075 0,034 1,271 3,4 CD18 1,0% 0,012 0,915 0,750 4,189 0,035 1,278 3,5 CD19 1,0% 0,012 0,925 0,750 4,189 0,035 1,278 3,5 CD20 1,0% 0,012 0,928 0,750 4,189 0,035 1,278 3,5 CD21 1,0% 0,012 0,065 0,150 1,591 0,011 0,583 1,1 CD22 1,0% 0,012 0,065 0,150 1,591 0,011 0,583 1,1 CD23 1,0% 0,012 0,094 0,200 1,855 0,014 0,693 1,4 CD24 1,0% 0,012 0,168 0,275 2,208 0,018 0,834 1,8 CD25 1,0% 0,012 0,168 0,275 2,208 0,018 0,834 1,8 CD26 1,0% 0,012 0,951 0,775 4,306 0,035 1,283 3,5 CD27 1,0% 0,012 0,168 0,275 2,208 0,018 0,834 1,8 CD28 1,0% 0,012 0,242 0,325 2,426 0,021 0,914 2,1 CD29 1,0% 0,012 0,301 0,375 2,636 0,024 0,985 2,4 CD30 1,0% 0,012 0,350 0,400 2,739 0,025 1,017 2,5 CD31 1,0% 0,012 0,168 0,275 2,208 0,018 0,834 1,8 CD32 1,0% 0,012 0,242 0,325 2,426 0,021 0,914 2,1 CD33 1,0% 0,012 0,301 0,375 2,636 0,024 0,985 2,4 CD34 1,0% 0,012 0,350 0,400 2,739 0,025 1,017 2,5 CD35 1,0% 0,012 0,394 0,425 2,840 0,026 1,048 2,6 CD36 1,0% 0,012 0,434 0,450 2,941 0,027 1,076 2,7 CD37 1,0% 0,012 0,168 0,275 2,208 0,018 0,834 1,8 CD38 1,0% 0,012 0,242 0,325 2,426 0,021 0,914 2,1 CD39 1,0% 0,012 0,301 0,375 2,636 0,024 0,985 2,4 CD40 1,0% 0,012 0,350 0,400 2,739 0,025 1,017 2,5

Page 23: Memoria esgotos domesticos

CD41 1,0% 0,012 0,168 0,275 2,208 0,018 0,834 1,8 CD42 1,0% 0,012 0,242 0,325 2,426 0,021 0,914 2,1 CD43 1,0% 0,012 0,301 0,375 2,636 0,024 0,985 2,4 CD44 1,0% 0,012 0,350 0,400 2,739 0,025 1,017 2,5 CD45 1,0% 0,012 0,394 0,425 2,840 0,026 1,048 2,6 CD46 1,0% 0,012 0,434 0,450 2,941 0,027 1,076 2,7 CD47 1,0% 0,012 0,569 0,525 3,242 0,030 1,151 3,0 CD48 1,0% 0,012 0,822 0,675 3,857 0,034 1,252 3,4 CD49 1,0% 0,012 1,283 1,000 6,283 0,029 1,127 2,9 CD50 1,0% 0,012 0,135 0,225 1,977 0,015 0,743 1,5 CD51 1,0% 0,012 0,196 0,275 2,208 0,018 0,834 1,8 CD52 1,0% 0,012 0,242 0,325 2,426 0,021 0,914 2,1 CD53 1,0% 0,012 0,282 0,350 2,532 0,022 0,950 2,2 CD54 1,0% 0,012 0,135 0,225 1,977 0,015 0,743 1,5 CD55 1,0% 0,012 0,196 0,275 2,208 0,018 0,834 1,8 CD56 1,0% 0,012 0,242 0,325 2,426 0,021 0,914 2,1 CD57 1,0% 0,012 0,282 0,350 2,532 0,022 0,950 2,2 CD58 1,0% 0,012 0,318 0,375 2,636 0,024 0,985 2,4 CD59 1,0% 0,012 0,350 0,400 2,739 0,025 1,017 2,5 CD60 1,0% 0,012 0,459 0,475 3,042 0,028 1,103 2,8 CD61 1,0% 0,012 0,135 0,225 1,977 0,015 0,743 1,5 CD62 1,0% 0,012 0,196 0,275 2,208 0,018 0,834 1,8 CD63 1,0% 0,012 0,242 0,325 2,426 0,021 0,914 2,1 CD64 1,0% 0,012 0,282 0,350 2,532 0,022 0,950 2,2 CD65 1,0% 0,012 0,135 0,225 1,977 0,015 0,743 1,5 CD66 1,0% 0,012 0,196 0,275 2,208 0,018 0,834 1,8 CD67 1,0% 0,012 0,242 0,325 2,426 0,021 0,914 2,1 CD68 1,0% 0,012 0,282 0,350 2,532 0,022 0,950 2,2 CD69 1,0% 0,012 0,318 0,375 2,636 0,024 0,985 2,4 CD70 1,0% 0,012 0,350 0,400 2,739 0,025 1,017 2,5 CD71 1,0% 0,012 0,663 0,575 3,443 0,031 1,191 3,1

No total teremos um caudal instantâneo acumulado de 10740 l/min e um caudal de cálculo de 1377,46 l/min.

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3. CADERNO DE ENCARGOS 3. CADERNO DE ENCARGOS

Page 25: Memoria esgotos domesticos

3.1- GENERALIDADES

Regulamentos e Normas Todos os trabalhos e materiais deverão obedecer ao estipulado no Regulamento Geral

dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas

Residuais ou entidade licenciadora correspondente, bem como às normas aplicáveis.

Responsabilidade do empreiteiro O Empreiteiro tomará as medidas de segurança necessárias, em especial no que se

refere aos escoramentos das valas e outras escavações, ao escoamento das águas

da chuva e infiltradas, à protecção dos terrenos e obras vizinhas, etc.

No decorrer da abertura das valas, a iluminação dos pontos perigosos e a protecção

por guarda-corpos devem ser adoptadas sempre que tal for necessário.

Componentes Todos os materiais utilizados na execução dos trabalhos descritos nesta especificação

ou nos desenhos aprovados para execução, deverão ser sujeitos à aprovação da

Fiscalização, apresentando o Empreiteiro para o efeito, sempre que lhe sejam

requeridas, as amostras consideradas necessárias pela Fiscalização àquela

aprovação.

Qualquer material rejeitado deverá ser retirado do local imediatamente e substituído a

expensas do Empreiteiro por materiais que sejam aprovados pela Fiscalização.

As amostras serão recolhidas de forma a apresentarem correctamente os materiais a

controlar, tendo em atenção as instruções existentes em normas ou especificações

oficiais ou, na falta destas, às instruções fornecidas pela Fiscalização.

Tubagens Os diâmetros e tipos das tubagens a utilizar, nos diferentes tipos de rede são os

indicados nos desenhos de projecto e no C.E.

O adjudicatório procederá à identificação de todas as tubagens e circuitos a instalar,

de acordo com o prescrito na Norma Portuguesa n.º 182.

As cores e indicações codificadas a aplicar serão conforme a referida norma.

Todas as tubagens deverão ter certificação e marcação CE.

3.2- DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

Page 26: Memoria esgotos domesticos

3.2.1. Tubagem 3.2.1.1. TUBAGEM CORRUGADA EM POLIPROPILENO (PP) Serão usadas tubagens de perfil corrugado em Polipropileno (PP), tipo Duralight ou equivalente, da classe SN8. Os tubos deverão ser obtidos por extrusão, a temperatura conveniente, de uma mistura de Polipropileno aditivada. Os tubos deverão ser de parede dupla, com a interior lisa e a exterior corrugada. Numa das extremidades, os tubos terão uma boca, obtida por injecção, fundida ao tubo por fricção, com a superfície interior lisa. 3.2.1.1.1. Características Matéria-Prima O Polipropileno (PP) apresenta as seguintes características:

Propriedades Físicas

Norma ISO Unidade Valor

MFI (230ºC/2,16kg) 1133 g/10 min 0,3

Peso específico 1183 kg/m3 900 Propriedades

Mecânicas Norma ISO Unidade Valor

Módulo de

Elasticidade 178 MPa 1250-1850

Resistência à Tracção

527-2 MPa 31

Resistência ao Impacto Izod a 23ºC

180 kJ/m2 > 50

Resistência ao Impacto CharpY a

23ºC

179 kJ/m2 50

Resistência ao Impacto CharpY a –

20ºC

kJ/m2 4,5

Propriedades Térmicas

Norma ISO Unidade Valor

Temperatura Vicat 306 ºC 155 Coeficiente de

Dilatação Linear mm/mºK 0,14

Condutividade Térmica

WK-1m-1 0,2

3.2.1.1.2. Características Tubos e Acessórios Características Físicas e Mecânicas dos Tubos e Acessórios Os tubos e acessórios devem apresentar as características segundo o projecto de norma Europeu prEN 13476.

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3.2.1.1.3. Características Físicas e Mecânicas do Sistema de Ligação O sistema de ligação deve apresentar as características segundo o projecto de norma Europeu prEN 13476-1. 3.2.1.1.4. Características Químicas . Elevada inércia química . Inércia de corrosão electro-química . Satisfaz as imposições da norma ISO/TR 10358 3.2.1.1.5. Características Hidráulicas . "Hidraulicamente lisos" 3.2.1.1.6. Juntas Todas as juntas realizar-se-ão por acoplamento ou enfiamento da ponta macho de um tubo e/ou acessório na boca fêmea de outro tubo e/ou acessório, com interposição duma junta elástica de EPDM, colocada nos vales do perfil corrugado, nas extremidades macho. Esta junta deve garantir a estanquicidade entre a parede interior lisa da boca do tubo e/ou acessório e o perfil corrugado de outro tubo e/ou acessório. Não são permitidas soldaduras ou colagens – o Polipropileno sendo um material apolar não permite a adesão a pinturas e colas. 3.2.1.1.7. Homologações e Ensaios Os tubos deverão estar Homologados e/ou apresentar Certificação de Produto e obedecer às imposições do Projecto de Norma Europeu 13476 e Normas de ensaio. 3.2.1.1.8. Características Geométricas As dimensões dos tubos (diâmetros e espessuras) devem satisfazer os valores especificados na tabela seguinte, segundo o Projecto de Norma Europeu prEN 13476.

Dimensões da tubagem, em função do diâmetro nominal (Ver figura: Esquema de Montagem)

Page 28: Memoria esgotos domesticos

Diâmetro Exterior médio (mm) Abocardo

DN

Diâmetro nterior médio (mm) Dim,mín Dem,mín Dem,máx Amín

125 107,6 125,0 126,2 60,0 160 139,7 160,0 161,5 66,5 200 176,9 200,0 201,8 77,3 250 221,6 250,0 252,3 84,9 315 274,1 313,1 315,9 115,0 400 349,8 397,6 401,2 128,0 500 442,3 500,0 504,5 172,0 630 548,1 626,2 631,9 200,0 800 698,3 795,2 802,4 239,0

3.2.1.1.9. Método de ligação Nas ligações por acoplamento, deverão ser seguidas as instruções subsequentes: a) Limpar a sujidade interior da boca do tubo e/ou acessório e da junta elástica; b) Colocar a junta elástica na 1ª ranhura da extremidade corrugada do tubo; c) Para facilitar o deslizamento, aplicar lubrificante na superfície da junta elástica e no interior da boca do tubo e/ou acessório. O lubrificante deve ser o mais inócuo possível. Recomenda-se a utilização de vaselina industrial ou massa de silicone; d) Por a boca do tubo ou acessório à extremidade corrugada do tubo com a junta e empurrar até ficar introduzida O encaixe pode ser manual, por método de tubo suspenso ou mediante tractel. 3.2.1.1.10. Transporte e Armazenagem Cuidados a ter em atenção no armazenamento, transporte e manuseamento das tubagens: - Em estaleiro os tubos devem ser armazenados em terreno firme e plano; apoiados na base sobre travessas de madeira com cunhas afim de evitar deslizamentos e assegurar a estabilidade das pilhas. Normalmente é suficiente a utilização de duas travessas de madeira colocadas a 1m da extremidade dos tubos. - Quando se acondicionam tubos as bocas deverão ser colocadas alternadamente na palete e suficientemente projectadas para o exterior, para que os tubos estejam correctamente suportados ao longo de todo o comprimento. - Os suportes laterais das paletes deverão ser colocados a intervalos máximos de 1,5 m. Os tubos devem ser suportados em todo o seu comprimento. - Tubos de diferentes diâmetros e espessuras deverão ser stockados separadamente. No caso de isto não ser possível, os de maior diâmetro e espessura deverão ser colocados no fundo. - No empilhamento dos tubos em pirâmide truncada deve-se evitar alturas excessivas. Recomenda-se como altura máxima 1,5 m. - A exposição prolongada à radiação ultra-violeta ( luz solar ) pode reduzir a resistência dos tubos ao impacto e causar descoloração. No caso de não ser possível o armazenamento à sombra, os tubos devem ser protegidos com lonas ou plásticos.

Page 29: Memoria esgotos domesticos

- Os tubos deverão ser armazenados ao abrigo de fontes de calor e não deverão ter contacto com produtos potencialmente perigosos como gasóleo, tintas ou solventes. - Os acessórios e as juntas de ligação devem permanecer nas embalagens e protegidos do sol até á sua instalação. - Durante o manuseamento deve-se evitar golpes, riscos e outras operações que possam danificar os tubos e acessórios. Não se devem deixar cair os tubos ou rodá-los sobre materiais granulares ou cortantes. - Os tubos, quando manuseados individualmente, devem ser baixados, erguidos e transportados de forma controlada sem serem arremessados ou arrastados - No armazenamento em paletes não é aconselhável a sobreposição de mais de três paletes. - O manuseamento de atados ou de paletes requer o uso de equipamento mecânico apropriado. A técnica escolhida não deverá causar qualquer dano nos tubos. - Os cabos para descarga devem estar protegidos para evitar danos na superfície do tubo, o ideal é a utilização de cintas. - No caso de serem utilizados aparelhos do tipo vertical, os apoios metálicos devem ser protegidos com borracha, para não danificar a extremidade dos tubos. - No transporte de tubos, os veículos deverão apresentar os estrados lisos e isentos de pregos e outras saliências. O veículo deverá estar equipado com suportes laterais espaçados entre si de cerca de 2 m. Todos os suportes deverão ser lisos e sem arestas salientes. - Quando o comprimento dos tubos ultrapassar o do veículo, a parte suspensa não deverá exceder 1 m. - Os tubos com maior rigidez deverão ser colocados por baixo dos de menor rigidez. 3.2.1.1.11. Ensaios de Estanquidade em Obra Os critérios usados obedecem ao estipulado pela Norma Europeia em vigor, relativa à Instalação e Ensaios de Redes de Saneamento e Ramais. Os ensaios de estanquidade de tubagens devem ser realizados com ar (método L) ou com água (método W), como se indica nos esquemas 1 e 2. No caso do ensaio com ar (método L), o número de correcções e repetições de ensaios a seguir a um ensaio não satisfatório não é restringido. No caso de um ensaio não satisfatório e continuo numa prova com ar, é permitido o recurso ao ensaio com água e o resultado deste ensaio por si só, ser decisivo. 3.2.1.1.12. Ensaios com ar – método “L” Os tempos de ensaio são os constantes na tabela 6 em função do diâmetro da tubagem e do método escolhido para ensaio (LA, LB, LC ou LD). O método de prova deve ser fixado pelo responsável. Para evitar erros produzidos pelo equipamento de ensaio, devem ser utilizadas conexões herméticas apropriadas. É necessário ter especial cuidado durante ensaios de diâmetros grandes por razões de segurança.

Pressão de ensaio, perda de pressão e tempo de ensaio para provas com ar Material Método P0* ∆p Tempo de ensaio (minutos)

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mbar (kPa)

DN100 DN200 DN300 DN400 DN600 DN800

LA 10 (1)

2,5 (0,25)

5 5 7 10 14 24

LB 50 (5)

10 (1)

4 4 6 7 11 19

LC 100 (10)

15 (1,5)

3 3 4 5 8 14

Tubagem plástica

LD 200 (20)

15 (1,5)

1,5 1,5 2 2,5 4 7

Nota: Uma pressão inicial 10% superior à pressão de prova, p0, deverá ser inicialmente introduzida cerca de 5 min (tempo para estabilização). A pressão deverá então ajustar-se ao valor pretendido de acordo com o método escolhido LA, LB, LC ou LD, (ver tabela 6). Se a perda de pressão medida depois do tempo de ensaio é menor que ∆p, então a tubagem esta conforme. 3.2.1.1.13. Ensaios com água – método “W” Pressão de ensaio A pressão de ensaio é a pressão equivalente ou resultante de encher a secção de prova até ao nível do terreno do registro, com uma pressão máxima de 50 kPa e mínima de 10kPa medida na parte superior do tubo. Tempo de acondicionamento Depois de as tubagens e/ou registros estarem cheios à pressão requerida para realizar o ensaio, pode ser necessário um tempo de espera para acondicionamento. Normalmente 1 hora é suficiente. Pode ser necessário um tempo mais longo, por exemplo em condições climatéricas mais secas. Tempo de prova O tempo de ensaio deve ser de (30±1) min Requisitos do Ensaio A pressão deverá ser mantida dentro de 1kPa à volta do valor de pressão definida em “Pressão de Ensaio”, enchendo com água. A quantidade total de água adicionada para conseguir a condição anterior deve ser medida e registada. A tubagem é considera conforme se a quantidade de água adicionada não é maior que: - 0,15 l/m2 durante 30 min para tubagens; - 0,20 l/m2 durante 30 min para tubagens incluindo registros; - 0,40 l/m2 durante 30 min para registros e caixas de inspecção. 3.2.1.2. Tubos de PVC-U

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3.2.1.2.1. Sistema de Tubagens PVC-U para Canalizações de Esgoto 3.2.1.2.1.1 O fim das homologações no esgoto doméstico Com a publicação da circular do LNEC de 30-03-2004, os tubos e acessórios de PVC-U da classe 0,4MPa conformes com a norma NP1487 deixaram de ser homologados. A norma NP1487 foi anulada no ano 2000 pelo IPQ e substituída pelas normas europeias:

• EN 1329-1 (PVC-U para drenagem de águas quentes e frias no interior da estrutura dos edifícios, Série B);

• EN 1401-1 (PVC-U para o saneamento enterrado sem pressão, Série U, SN2 a • SN8); • EN 1456-1 (PVC-U para o saneamento enterrado com pressão, PN6 a PN16); • EN 1452-1 e -2 (PVC-U para o abastecimento de água com pressão, PN6 a

PN25). •

Recomenda-se os sistemas de tubagem em PVC-U para drenagem de águas quentes e frias no interior da estrutura dos edifícios, a utilização dos os tubos e acessórios da Série B de acordo com as normas europeias EN 1329-1 (tubos e acessórios de parede compacta) e EN 1453-1 (tubos de parede estruturada tipo 3KKK). 3.2.1.2.1.2 Descrição do Produto Os tubos e acessórios em poli(cloreto de vinilo) não plastificado (PVC-U) de parede compacta e com métodos de união por anel elastomérico (oring labial de borracha), por boca lisa para colar ou sem boca, para emprego em canalizações para drenagem de águas residuais, a alta e baixa temperatura, no interior da estrutura dos edifícios, são fabricados de acordo com a norma europeia EN 1329-1. Os tubos tipo 3KKK em poli(cloreto de vinilo) não plastificado (PVC-U) de parede estruturada e com métodos de união por anel elastomérico (oring labial de borracha), por boca lisa para colar ou sem boca, para emprego em canalizações para drenagem de águas residuais, a alta e baixa temperatura, no interior da estrutura dos edifícios, são fabricados de acordo com a norma europeia EN 1453-1. 3.2.1.2.1.3 Características técnicas a) Aspecto, Côr e Marcação

Quando observado sem ampliação as superfícies interiores e exteriores de tubos e de acessórios devem estar lisas, limpas e isentas de ranhuras, bolhas, impurezas e poros, as extremidades dos tubos e dos acessórios devem ser perpendiculares ao seu eixo. Os tubos e acessórios são coloridos em toda a parede e a cor deve ser preferencialmente o cinzento claro (tipo RAL 7037). A cor da camada interior coextrudida dos tubos 3KKK, pode ser diferente. Os elementos de marcação devem ser impressos ou gravados directamente nos tubos e acessórios ou estar numa etiqueta, de tal forma que após armazenamento, exposição às intempéries, manuseamento e instalação, o requisito de legibilidade se mantenha. Os tubos devem ser marcados a intervalos de 1 m, no máximo e pelo menos com uma marcação completa por tubo.

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b) Dimensões

Os diâmetros externos, espessuras de parede e diâmetros internos úteis dos tubos e acessórios respeitam as indicações fornecidas atrás. Os comprimentos dos tubos respeitam as indicações fornecidas atrás. c) Características Mecânicas

Os tubos respeitam as características mecânicas indicadas atrás. d) Características físicas

Os tubos e acessórios respeitam as características mecânicas descritas atrás. e) Características Químicas

Se para uma determinada instalação, for necessário avaliar a resistência química dum tubo ou de um acessório, então estes devem ser classificados de acordo com as normas ISO 4433-1:1997 e 4433-2:1997. As tubagens de PVC-U e os respectivos acessórios oferecem um bom comportamento quando expostos à maioria dos produtos químicos, no entanto este comportamento depende quer das características da matéria prima com que são fabricadas, quer da temperatura dos fluidos que circulam dentro da tubagem. Existindo um “guia” de resistências químicas para todos os produtos, onde se descreve o comportamento das tubagens submetidas ao contacto com diferentes agentes químicos, às temperaturas indicadas, sem pressão interior nem esforços axiais, se a Fiscalização pretender o seu fornecimento, o Adjudicatário deverá apresentá-lo. Os dados devem ser usados como valor informativo uma vez que são baseados em ensaios laboratoriais, na experiência e prática de instalações e em informações técnicas. NOTA: As orientações referentes à resistência aos produtos químicos dos tubos e acessórios de PVC-U estão indicadas no relatório técnico ISO/TR 10358. f) Desempenho das uniões

As uniões dos tubos e dos acessórios comercializados respeitam as características de aptidão ao uso descritas atrás. 3.2.1.2.1.4 Condições Técnicas de Instalação As condições técnicas de instalação devem estar conformes com a norma voluntária ENV 13801. a) A tubagem e acessórios a empregar será dos diâmetros indicados no projecto; b) A tubagem e os acessórios são colocados de acordo com o traçado indicado no projecto; c) A ligação dos troços de tubos é efectuada recorrendo aos métodos de união do próprio tubo ou a acessórios do mesmo material e da mesma classe e garantindo uma total estanquidade; d) Os tubos devem ser cortados de forma rectilínea – tendo o cuidado de manter as ferramentas devidamente afiadas;

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e) As uniões por colagem sustêm os esforços axiais. Neste tipo de união, a ponta macho deve ser previamente chanfrada e as superfícies a colar devem ser previamente limpas, secas e libertadas de gorduras, pelo que se aconselha o uso de um produto de limpeza. Após a secagem do líquido de limpeza, aplica-se a cola em camada fina no sentido longitudinal, sobre toda a superfície a colar do elemento macho e à entrada do abocardo/campânula. A aplicação da cola deve ser efectuada de forma rápida. Para diâmetros superiores a 110 mm, recomenda-se que a operação seja efectuada por duas pessoas, para que a cola seja aplicada simultaneamente nas duas superfícies. Deve retirar-se o excesso de cola eventualmente presente na junta exterior, logo após a execução da união; NOTA: As colas à base de solventes fortes de PVC necessitam de um tempo de maturação (após a colagem), longo a baixas temperaturas e curto a temperaturas elevadas. Não se recomenda que a colagem seja efectuada a temperaturas inferiores a 5ºC. f) O perfil do anel elastomérico e do abocardo/campânula constituem desenhos específicos do fabricante da tubagem e dos acessórios, pelo que não deverão ser substituídos por outros. No caso de os anéis serem fornecidos separadamente, a ranhura deve ser limpa, removidos os objectos estranhos e o anel colocado correctamente. g) Como as uniões por anel de estanquidade não sustêm esforços axiais, deve ser dada atenção especial às mudanças de direcção. A execução correcta duma união por anel de estanquidade requer que a extremidade macho do tubo ou do acessório seja chanfrada e lubrificada antes da inserção no abocardo/campânula. O lubrificante deve também ser aplicado ao anel de borracha, após este estar perfeitamente ajustado na ranhura. NOTA: O lubrificante deve ser o mais inócuo possível. Recomenda-se a utilização de vaselina industrial ou massa de silicone; h) Após a lubrificação das duas superfícies, a introdução deve ser efectuada para evitar o depósito de sujidade. O elemento macho não deve ser introduzido completamente na campânula do outro elemento; o seu extremo deve distanciar 1 cm (normalmente 1 cm por cada 3 m de tubo é o suficiente). Para isso é necessário, antes da montagem definitiva, referenciar-se por meio de um traço a lápis a extensão a ser introduzida. i) Deve ter-se particular cuidado quando se instalam sistemas de tubagem em PVC-U a temperaturas inferiores a 5ºC. Durante as fases de instalação, ensaio e funcionamento, nunca permitir que haja congelação da água no interior dos tubos e acessórios; j) É boa prática colocar os tubos e acessórios com as extremidades macho inseridas na campânula na mesma direcção do fluxo. As superfícies internas do tubo devem ser mantidas o mais limpo possível durante as operações de instalação. k) Os tubos e acessórios não devem ser revestidos com cimento, pois esse revestimento transforma o sistema com alguma flexibilidade numa estrutura rígida, susceptível a fracturas em caso de abatimentos ou outros movimentos da estrutura. É sempre possível utilizar ancoragens de betão desde que sejam compensadas com uniões de dilatação. l) As tubagens horizontais deverão ter inclinações iguais ou superiores a 0,5% no sentido do fluxo, para facilitar o escoamento gravítico bem como a purga do ar;

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m) O coeficiente de dilatação térmica linear do PVC-U considera-se de 0,06 mm por metro de comprimento e grau Celsius. n) Os sistemas de tubagem não devem ser apertados pelos suportes, mas seguros por guias de forma a permitir um certo grau de movimento causado pela expansão térmica. Não devem ser utilizados suportes ou fitas com arestas vivas. o) Os tubos e acessórios de PVC-U e 3KKK da série B de acordo com as EN 1329-1 e EN 1453-1, têm um bom comportamento ao fogo, já que não são propagadores de chama e são auto-extinguíveis, no entanto a instalação deve ser protegida contra a exposição à chama e calor radiante que possa elevar a temperatura acima dos 45ºC; p) Com a finalidade de assegurar o correcto funcionamento de redes de drenagem de águas residuais, recomenda-se a realização de um ensaio de estanquidade. O ensaio realiza-se nas seguintes condições:

• O ensaio incide sobre os colectores prediais da edificação, submetendo-os a carga igual à resultante de eventual obstrução;

• Tapam-se os colectores e cada tubo de queda são cheios de água até à cota correspondente à descarga do menos elevado dos aparelhos que neles descarregam;

• Nos colectores prediais enterrados, um manómetro ligado á extremidade inferior

• tapada não deve acusar abaixamento de pressão, pelo menos durante 15 minutos.

q) Os sistemas de tubagem não devem revestir-se com pinturas agressivas para o material PVC. r) Os tubos e acessórios de PVC-U devem ser acondicionados numa superfície suficientemente lisa e isenta de objectos cortantes, pedras ou saliências de forma a evitar deformações ou defeitos que poderiam tornar-se permanentes; s) Os suportes laterais das paletes deverão ser colocados a intervalos máximos de 1,5 m. Os tubos devem ser suportados em todo o seu comprimento. Tubos de diferentes diâmetros e espessuras deverão ser stockados separadamente. No caso de isto não ser possível, os de maior diâmetro e espessura deverão ser colocados no fundo; t) A exposição prolongada à radiação ultravioleta (luz solar) pode reduzir a resistência dos tubos ao impacto e causar descoloração. Os tubos deverão ser armazenados ao abrigo de fontes de calor e não deverão contactar com produtos potencialmente perigosos como gasóleo, tintas ou solventes; u) Os tubos, quando manuseados individualmente, devem ser baixados, erguidos e transportados de forma controlada sem serem arremessados ou arrastados; v) O manuseamento de atados ou de paletes requer o uso de equipamento mecânico apropriado. A técnica escolhida não deverá causar qualquer dano nos tubos; w) No transporte de tubos, os veículos deverão apresentar os estrados lisos e isentos de pregos e outras saliências. O veículo deverá estar equipado com suportes laterais espaçados entre si de cerca de 2 m. Todos os suportes deverão ser lisos sem arestas salientes. Quando o comprimento dos tubos ultrapassar o do veículo, a parte suspensa não deverá exceder 1 m. Os tubos com maior rigidez deverão ser colocados por baixo dos de menor rigidez. 3.2.1.2.2. Sistema de Tubagens PVC-U para Saneamento Enterrado sem Pressão 3.2.1.2.2.1 O fim das homologações no esgoto doméstico Com a publicação da circular do LNEC de 30-03-2004, os tubos e acessórios de PVC-U da classe 0,4MPa conformes com a norma NP1487 deixaram de ser homologados.

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A norma NP1487 foi anulada no ano 2000 pelo IPQ e substituída pelas normas europeias:

• EN 1329-1 (PVC-U para drenagem de águas quentes e frias no interior da estrutura dos edifícios, Série B);

• EN 1401-1 (PVC-U para o saneamento enterrado sem pressão, Série U, SN2 a SN8);

• EN 1456-1 (PVC-U para o saneamento enterrado com pressão, PN6 a PN16); • EN 1452-1 e -2 (PVC-U para o abastecimento de água com pressão, PN6 a

PN25). Recomenda-se os sistemas de tubagem em PVC-U para drenagem de águas quentes e frias no interior da estrutura dos edifícios, a utilização dos os tubos e acessórios da Série B de acordo com as normas europeias EN 1329-1 (tubos e acessórios de parede compacta) e EN 1453-1 (tubos de parede estruturada tipo 3KKK). 3.2.1.2.2.2 Descrição do Produto Os tubos e acessórios em poli (cloreto de vinilo) não plastificado (PVC-U) de parede compacta e com métodos de união por anel elastomérico (oring labial de borracha), por boca lisa para colar ou sem boca, para emprego em canalizações para saneamento enterrado sem pressão, no exterior da estrutura dos edifícios, são fabricados de acordo com a norma europeia EN 1401-1. Os tubos 3KKK em poli (cloreto de vinilo) não plastificado (PVC-U) de parede estruturada e com métodos de união por anel elastomérico (oring labial de borracha), por boca lisa para colar ou sem boca, para emprego em canalizações para saneamento enterrado sem pressão, no exterior da estrutura dos edifícios, são fabricados de acordo com a norma europeia EN 13476-2. 3.2.1.2.2.3 Características Técnicas a) Aspecto, Côr e Marcação

Quando observado sem ampliação as superfícies interiores e exteriores de tubos e de acessórios devem estar lisas, limpas e isentas de ranhuras, bolhas, impurezas e poros, as extremidades dos tubos e dos acessórios devem ser perpendiculares ao seu eixo. Os tubos e acessórios são coloridos em toda a parede e a cor deve ser preferencialmente o tijolo (tipo RAL 2010 ou 8023) ou o cinzento claro (tipo RAL 7037). A cor da camada interior coextrudida dos tubos 3KKK pode ser diferente. Os elementos de marcação devem ser impressos ou gravados directamente nos tubos e acessórios ou estar numa etiqueta, de tal forma que após armazenamento, exposição às intempéries, manuseamento e instalação, o requisito de legibilidade se mantenha. Os tubos devem ser marcados a intervalos de 2 m, no máximo e pelo menos com uma marcação completa por tubo. b) Dimensões Os diâmetros externos, espessuras de parede e diâmetros internos úteis dos tubos e acessórios respeitam os Quadros 3 e 4. c) Características mecânicas

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NOTA : Para diâmetros dn ≥ 500 os fabricantes que garantam para um determinado componente uma rigidez circunferencial mínima com valores de SN entre os SN definidos, podem utilizar esse valor apenas para efeitos de cálculo. Estes tubos devem ser sempre classificados e marcados com a classe de rigidez circunferencial imediatamente abaixo. d) Características físicas Os tubos e acessórios respeitam as características mecânicas descritas neste caderno de encargos. e) Características químicas Se para uma determinada instalação, for necessário avaliar a resistência química dum tubo ou de um acessório, então o tubo deve ser classificado de acordo com as normas ISO 4433- 1:1997 e 4433-2:1997. As tubagens de PVC-U e os respectivos acessórios oferecem um bom comportamento quando expostos à maioria dos produtos químicos, no entanto este comportamento depende quer das características da matéria prima com que são fabricadas, quer da temperatura dos fluidos que circulam dentro da tubagem. Existindo um “guia” de resistências químicas para todos os produtos, onde se descreve o comportamento das tubagens submetidas ao contacto com diferentes agentes químicos, às temperaturas indicadas, sem pressão interior nem esforços axiais, se a Fiscalização pretender o seu fornecimento, o Adjudicatário deverá apresentá-lo. Os dados devem ser usados como valor informativo uma vez que são baseados em ensaios laboratoriais, na experiência e prática de instalações e em informações técnicas NOTA: As orientações referentes à resistência aos produtos químicos dos tubos e acessórios de PVC-U estão indicadas no relatório técnico ISO/TR 10358. f) Desempenho das uniões As uniões dos tubos e dos acessórios respeitam as características de aptidão ao uso descritas neste caderno de encargos. 3.2.1.2.2.4 Condições Técnicas de Instalação Os sistemas de tubagem de PVC-U e 3KKK são considerados flexíveis, pelo que quando se exerce uma força de compressão perpendicular ao tubo, este deforma dentro de determinados limites e exerce pressão sobre o material que o rodeia. A reacção que se gera nos materiais que rodeiam o tubo, ajudam a controlar a deformação do tubo. O aumento da deformação do tubo é limitado pelo cuidado que se tem ao escolher a classe de rigidez mais adequada ao tipo de solo, à forma com é efectuado o leito da vala, à escolha dos materiais de enchimento e à forma de compactar o leito e o enchimento. As condições técnicas de instalação devem ter em conta as indicações do fabricante e devem dentro do possível seguir os requisitos descritos nos seguintes documentos normativos:

• ENV 1401-3 – Guia de instalação para os tubos de PVC-U da EN 1401;

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• ENV 1046 – Guia para a instalação aérea e enterrada no exterior de edifícios, de sistemas de canalização em material plástico;

• EN 1610 – Instalação e ensaios de acometidas e redes de saneamento; • ISO/TR 7073 – Recomendações técnicas para instalação de tubos de PVC –U

enterrados para drenagem e saneamento. a) A escolha da classe de rigidez circunferencial

A escolha das classes de rigidez circunferencial (SN) depende das diferentes condicionantes do projecto e devem ter em conta o seguinte:

• A utilização de uma classes de rigidez, que foi previamente comprovada em situações similares e é baseada na experiência local;

• Os requisitos descritos na norma voluntária ENV 1046; • A utilização de uma classe de rigidez, baseada nos coeficientes de projecto da

própria tubagem • Quando se consideram os coeficientes de projecto da própria tubagem, e é

necessário efectuar o cálculo estático, as informações sobre os métodos de cálculo são indicados na norma EN 1295-1, considerando os seguintes parâmetros:

• Módulo de flexão Elmin ≥ 3000 MPa (de acordo com a norma de ensaio EN ISO 178);

• Coeficiente de fluência: γ < 2 (de acordo com a norma de ensaio EN ISO 9967);

• Os limites de deformação máxima admissível para efeitos de cálculo, de acordo com o relatório técnico ISO/TR 7073.

NOTA: Uma deformação até 15%, causada por exemplo pelo movimento do solo, não afecta o correcto funcionamento dos sistemas de tubagem de PVC-U e 3KKK Série U de acordo com as EN 1401-1 e EN 13476-2. b) Armazenamento e manuseamento

Os tubos de PVC-U devem ser acondicionados numa superfície suficientemente lisa e isenta de objectos cortantes, pedras ou saliências de forma a evitar deformações ou defeitos que poderiam tornar-se permanentes. Quando se acondicionam tubos com uma das extremidades moldada para união por anel de estanquidade, os abocardos/campânulas deverão ser colocados alternadamente na palete e suficientemente projectadas para o exterior, para que os tubos estejam correctamente suportados ao longo de todo o comprimento. Os tubos de diferentes diâmetros e espessuras deverão ser armazenados separadamente, no caso de isto não ser possível, os de maior diâmetro e espessura (maior rigidez) deverão ser colocados no fundo. A exposição prolongada à radiação ultravioleta (luz solar) pode causar a descoloração dos tubos e acessórios de PVC-U, no entanto isso não afecta a resistência mecânica dos mesmos. O aquecimento pode causar deformações que afectem a união, para evitar este risco, recomenda-se o seguinte:

• Limitar a altura de armazenamento a 2,5 m; • Proteger os tubos armazenados, da exposição directa à luz solar, recorrendo a

cobertura; • Distribuir os tubos para que o ar possa circular entre os tubos; • Armazenar os acessórios em sacos ou caixas que permitam a circulação do ar.

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Os tubos deverão ser armazenados ao abrigo de fontes de calor e não deverão contactar com produtos potencialmente perigosos como gasóleo, tintas ou solventes. Os tubos, quando manuseados individualmente, devem ser baixados, erguidos e transportados de forma controlada sem serem arremessados ou arrastados. No caso de se utilizarem meios mecânicos para a descarga e manuseamento dos tubos ou de paletes de tubos, devem-se usar os meios adequados para evitar que os tubos sejam danificados pelo uso indevido de correntes ou apoios metálicos com esquinas vivas. No transporte de tubos, os veículos deverão apresentar os estrados lisos e isentos de pregos e outras saliências. O veículo deverá estar equipado com suportes laterais espaçados entre si de cerca de 2 m. Todos os suportes deverão ser lisos, sem arestas salientes. c) Manuseamento e instalação a baixa temperatura

A resistência ao impactos dos tubos e dos acessórios de PVC-U é reduzida com baixas temperaturas, assim sendo deve ter-se particular cuidado quando se instalam sistemas de tubagem em PVC-U a temperaturas inferiores a 0 ºC. Quer durante o manuseamento quer durante a fase de instalação. d) Métodos de união A ligação dos troços de tubos é efectuada recorrendo a acessórios do mesmo material e do mesmo diâmetro nominal e da mesma classe de rigidez circunferencial e garantindo uma total estanquidade. O tipo de uniões entre tubos ou entre tubos e acessórios pode ser por colagem ou por anel elastomérico. As uniões por colagem sustêm os esforços axiais. Neste tipo de união, a ponta macho deve ser previamente chanfrada e as superfícies a colar devem ser previamente limpas, secas e libertadas de gorduras, pelo que se aconselha o uso de um produto de limpeza. Após a secagem do líquido de limpeza, aplica-se a cola em camada fina no sentido longitudinal, sobre toda a superfície a colar do elemento macho e à entrada do abocardo/campânula. A aplicação da cola deve ser efectuada de forma rápida. Para diâmetros superiores a 110 mm, recomenda-se que a operação seja efectuada por duas pessoas, para que a cola seja aplicada simultaneamente nas duas superfícies. Deve retirar-se o excesso de cola eventualmente presente na junta exterior, logo após a execução da união; NOTA: As colas à base de solventes fortes de PVC necessitam de um tempo de maturação (após a colagem), longo a baixas temperaturas e curto a temperaturas elevadas. Não se recomenda que a colagem seja efectuada a temperaturas inferiores a 5ºC. O perfil do anel elastomérico e do abocardo/campânula constituem desenhos específicos, pelo que não deverão ser substituídos por outros. No caso dos anéis serem fornecidos separadamente, a ranhura deve ser limpa, removidos os objectos estranhos e o anel colocado correctamente. Como as uniões por anel de estanquidade não sustêm esforços axiais, deve ser dada atenção especial ao projecto dos blocos de ancoragem e à sua localização no sistema de tubagem. Os blocos de ancoragem devem ser projectados para susterem o esforço máximo desenvolvido em virtude da pressão interna, quando o ensaio de pressão é efectuado.

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A execução correcta desta união requer que a extremidade macho do tubo seja chanfrada e lubrificada antes da inserção no abocardo/campânula. O lubrificante deve também ser aplicado ao anel de borracha, após este estar perfeitamente ajustado na ranhura. Após a lubrificação das duas superfícies, a introdução deve ser efectuada para evitar o depósito e sujidade. Ao contrário do que sucede na união por colagem, neste tipo de união, o elemento macho não deve ser introduzido completamente na campânula do outro elemento; o seu extremo deve distanciar 1 cm (normalmente 1 cm por cada 3 m de tubo). Para isso é necessário, antes da montagem definitiva, referenciar-se por meio de um traço a lápis a extensão a ser introduzida. O lubrificante deve ser o mais inócuo possível, recomendando-se a utilização de vaselina industrial ou massa de silicone; e) Instalação em vala Se a natureza do terreno e os meios de escavação o permitirem e por razões de economia, as paredes da vala devem ser verticais. Estas condições melhoram a distribuição do peso das terras e das cargas móveis. No caso de não ser possível executar uma vala com paredes verticais, recomenda-se uma secção segundo a Figura 5, tendo em consideração que a geratriz superior do tubo está no interior da zona da vala com paredes verticais. A largura da vala deve ser suficiente de modo a permitir a correcta montagem do sistema de tubagem e a compactação do material de enchimento. A largura da vala é calculada a partir da fórmula seguinte: sendo: b – largura total da vala, em mm dn – diâmetro nominal do tubo, em mm Considerando a fórmula anterior, temos que, o valor do comprimento na horizontal entre a geratriz do tubo e a parede da vala, b, é de 250 mm. Este valor é independente do diâmetro do tubo. Na determinação da profundidade da vala deve-se ter em atenção o seguinte:

• As cargas fixas e móveis; • A protecção da tubagem a temperaturas ambientais extremas; • O diâmetro e propriedades da tubagem.

A profundidade mínima aconselhada deverá ser de 0,80 m medidos desde a superfície do terreno até à geratriz superior do tubo. Não é necessário um leito de areia na vala, a não ser que hajam pedras e objectos com arestas. Nesse caso recomenda-se um leito com terra seleccionada ou areia, com uma espessura mínima compreendida entre 100 e 150 mm, cuidadosamente compactado e nivelado. O material utilizado deve ser granular, por exemplo: cascalho, brita, areia, etc. NOTA: A classificação dos solos é dada pela norma ENV 1046. O material do leito deve ser espalhado uniformemente ao longo de toda a largura da vala e nivelado, mas não deve ser compactado.

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b = dn+ 500 f) Enchimento e compactação na vala O material de enchimento deve ser granular com uma granulometria máxima. O solo original pode ser usado como material de enchimento se cumprir os seguintes requisitos:

• Inexistência de partículas de granulometria superiores às indicadas no Quadro A;

• Inexistência de aglomerados de partículas com dimensão superior a 2x as granulometrias indicadas no Quadro A;

• Inexistência de resíduos de asfalto, garrafas, latas, árvores; etc.; • Ausência de materiais passíveis de congelação; • Ser possível obter um grau de compactação igual ao recomendado no Quadro

B. Quadro A Diâmetro exterior nominal

dn (mm)

Granulometria máxima (mm)

< 300 20 ≥ 300 30

Quadro B

Grupo do material de enchimento Classe de

compactação 4

SPD% 3

SPD% 2

SPD% 1

SPD% N 75 a 80 79 a 85 84 a 89 90 a 94 M 81 a 89 86 a 92 90 a 95 95 a 97 W 90 a 95 93 a 96 96 a 100 98 a 100

Normalmente para condutas não sujeitas a cargas de tráfego uma classe de compactação N é suficiente, em condutas que estão sujeitas a cargas de tráfego é necessário uma classe de compactação do tipo W. O enchimento a partir dos 300 mm acima da geratriz superior do tubo pode ser feito com material da própria escavação com uma granulometria máxima de 30 mm. No caso de ser necessário a compactação do enchimento superficial, o material utilizado deve apresentar no máximo um tamanho de partícula não superior a 2/3 da espessura da camada de compactação. g) Classificação dos solos

Neste manual considerou-se a divisão dos solos em três tipos, segundo a norma ENV 1046, nomeadamente solos granulares, coesivos e orgânicos. Cada um destes tipos de solos tem subgrupos, esta subdivisão para os solos granulares é efectuada com base no tamanho das partículas e nos solos coesivos com base nos níveis de plasticidade.

Page 41: Memoria esgotos domesticos

Quando o solo é uma mistura de dois ou mais tipos de solos, pode-se utilizar para a sua classificação o solo predominante. Frequentemente a densidade ou grau de consolidação é indicado para o solo sob a forma de letras ou números Quando não é conhecida informação detalhada sobre o solo original assume-se como graude compactação entre 91 e 97 % densidade Proctor. Desvio máximo numa instalação rectilínea Em condições normais, os sistemas de tubagem para saneamento enterrado sem pressãodeveriam ser instalados em linha recta, no entanto e porque estamos a falar de sistemas detubos flexíveis são permitidos os seguintes raios de curvatura, sem que comprometam aestanquidade das uniões:

• dn ≤ 200 mm => raio de curvatura R ≥ 300 x dn • dn > 200 mm => raio de curvatura R ≥ 500 x dn • Nestes casos tem que se controlar o aumento da tensão sobre as uniões, pelo

que o desvio angular deve ser superior a: • dn ≤ 315 mm => desvio angular ≤ 2 º • 315 mm < dn ≤ 630 mm => desvio angular ≤ 1,5 º • dn > 630 mm => desvio angular ≤ 1º

h) Reparações na conduta

Quando é necessário efectuar uma intervenção para reparar um ponto qualquer da conduta, deve-se ter em conta as instruções do fabricante, assim sendo a FERSIL recomenda sempre a utilização do tubo e/ou acessório da mesma classe de rigidez que o usado na conduta. A reparação pode ser efectuada substituindo o componente ou efectuando a remoção de parte de um componente e a sua substituição recorrendo por exemplo a uniões telescópicas:

• Identificar e remover todo a secção que estiver estragada; • Se for necessário cortar a secção, o corte deve ser perpendicular e se

necessário chanfrar a extremidade; • Aplicar uma ponta de tubo e/ou uma união telescópica deslizando-a até ao

ponto de união; • Deve-se ter o cuidado para que a inserção das uniões telescópicas e dos

troços de tubo seja efectuada sob um leito adequado.

i) Ensaios em obra Os ensaios nos sistemas de tubagem em PVC-U e 3KKK Série U das normas EN 1401-1 e EN 13476-2 devem ser realizados de acordo com o procedimento descrito no ponto 13 da norma EN 1610. Os tubos de PVC-U e 3KKK não são porosos pelo que é possível utilizar parâmetros e requisitos mais rigorosos que os descritos na norma EN 1610.

� Ensaio com ar Este ensaio requer a utilização de equipamentos de vedação apropriados para os troços submetidos a ensaio. Por questões de segurança deve-se ter cuidados acrescidos nos ensaios dos grandes diâmetros. • Método de ensaio: método “L” no caso dos tubos termoplásticos aplica-se o

método LC;

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• Pressão de ensaio: 100 mbar (10kPa); • Queda de pressão admissível 5 mbar (0,5 kPa); • Duração do ensaio dn < 400 mm => 3 min; • dn ≥ 400 mm => 0,01 x dn min; •

� Ensaio com água para condutas: A pressão de ensaio é obtida, determinado a pressão equivalente resultante de encher toda a secção da conduta até ao encher o ponto mais alto da conduta a pressão medida na base deve-se situar entre os 100 mbar (10 kPa) a 500 mbar (50 kPa). A conduta deve ser estabilizada durante uma 1h, após a qual deve ser reposta a pressão e iniciado o ensaio.

• Método de ensaio: método “W” ; • Pressão de ensaio: 100 mbar (10 kPa) a 500 mbar (50 kPa) • Queda de pressão admissível 10 mbar (1 kPa); • Adição de água admissível 0,04 l/m2 da superfície interna molhada; • Duração do ensaio 30 min

� Ensaio com água para caixas de inspecção (caixas de ramal) e caixas de visita

• Método de ensaio: método “W” ; • Pressão de ensaio: 100 mbar (10 kPa) a 500 mbar (50 kPa) • Queda de pressão admissível 10 mbar (1 kPa); • Adição de água admissível 0,05 l/m2 da superfície interna molhada; • Duração do ensaio 30 min;

3.2.1.2.3. Sistema de Tubagens PVC-U nos Sistemas de Distribuição e Drenagem de Águas Sob Pressão 3.2.1.2.3.1 Objectivo e Campo de Aplicação As práticas de instalação que a seguir se recomendam pretendem constituir um guia sobre os métodos mais adequados de projecto e instalação de sistemas de tubagem que incorporem tubos e acessórios para as seguintes aplicações:

• Distribuição de água com pressão; • Saneamento com pressão, a temperatura de 20ºC, não estando a tubagem

exposta directamente as radiações solares. Os produtos em causa podem também ser sujeitos a fluidos cuja temperatura não exceda os 45ºC. 3.2.1.2.3.2 Características das Tubagens de PVC Rígido a) Especificações do Produto Os sistemas de tubagem em poli(cloreto de vinilo) não plastificado (PVC-U) para redes de abastecimento de água para consumo humano seguem as especificações de produto definidas pelas normas EN1452-1 (requisitos para as matérias-primas), EN-1452-2 (requisitos para os tubos), EN 1452-3 (requisitos para os acessórios) e EN1452-5 (requisitos da adequação ao uso do sistema . desempenho das uniões). Os sistemas de tubagem em poli(cloreto de vinilo) não plastificado (PVC-U) para saneamento enterrado ou aéreo com pressão, seguem as especificações de produto definidas pelas normas EN1456-1 (requisitos para tubos, acessórios e de adequação ao uso do sistema - desempenho das uniões). b) Características matéria-prima

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A matéria-prima utilizada no fabrico dos tubos e acessórios dos sistemas de pressão é Policloreto de Vinilo aditivado. c) Aspecto visual e cor Os tubos de pressão em PVC-U apresentam uma parede rígida opaca, lisa interior e exteriormente, isenta de defeitos tais como: bolhas, fissuras e inclusões. Estão disponíveis no mercado gamas de tubagens de acordo com a sua aplicação, nomeadamente:

• tubagens para aplicação em transporte de água potável, de acordo com a EN1452 de cor cinza escuro;

• tubagens para aplicação em transporte de águas residuais, de acordo com a EN1456 de cor laranja e/ou cinza escuro.

d) Sistemas de União Os tubos em PVC-U são produzidos por um processo contínuo de etrusco. Os tubos são cortados na linha de produção e fornecidos em comprimentos definidos nas seguintes condições:

• com uma das extremidades moldada para união autoblocante com junta elástica (junta autoblocante);

• com uma das extremidades moldada para união por colagem. Os acessórios podem também apresentar os mesmos tipos de uniões. As extremidades planas dos tubos, apresentam-se chanfrados com um ângulo de inclinação com cerca de 15º. O chanfre deve ser realizado em todo perímetro da ponta do tubo, ser uniforme e ter uma largura maior ou igual a 0,05 do diâmetro exterior mínimo. Os tipos de uniões entre tubos, ou entre os tubos e os acessórios podem ser os seguintes:

• União com junta elástica (junta autoblocante) – Um anel de borracha e comprimido e forma uma vedação, quando a extremidade de um tubo ou acessório e inserida no

• abocardo/campânula deste tipo. Esta união não aguenta esforços axiais. • União por colagem – Utiliza-se nesta união, colas constituídas por solventes

fortes de PVC - solventes que o dissolvem completamente a frio. Este tipo de união já aguenta esforços axiais.

e) Características Geométricas Os valores dos diâmetros exteriores nominais, tolerâncias e espessuras, em função dos diâmetros nominais e das classes de pressão, são de acordo com as normas EN1452-2 e EN1456-1. f) Características Físicas e Mecânicas Os tubos devem apresentar as características expressas nas tabelas seguintes de acordo com as normas EN1452 e EN1456. Na tabela seguinte apresenta-mos os valores da massa e altura de queda, a cumprir no ensaio de impacto, em função do diâmetro nominal e do nível (médio ou elevado).

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A escolha do nível a que a tubagem tem de ser ensaiada de acordo com as normas EN1452 e EN1456, e:

• Nível médio M: e utilizado para testar todos os diâmetros das classes de pressão PN20, PN16 e os diâmetros menores ou iguais a DN90 da classe de pressão PN10;

• Nível elevado H: e utilizado para testar todos os diâmetros da classe PN6 e diâmetros superiores a DN90 na classe PN10.

g) Características Químicas O Policoreto de Vinilo apresenta uma elevada inércia e resistência a agentes químicos, para informações mais detalhadas deve consultar-se a Tabela de Resistências Químicas dos representantes das marcas ou a norma ISO/TR 10358. h) Marcação dos Produtos Todos os tubos devem ser marcados de uma forma permanente e legível, e de tal forma que a marcação não inicie fissuras, ou outros tipos de falhas e que o armazenamento, intempéries, manuseamento, instalação e utilização não afectem a legibilidade da mesma. i) Efeito na Qualidade da Água

Os sistemas de tubagem em PVC-U, produzidos de acordo com a série das normas da EN1452 cumprem os requisitos da Legislação Nacional no que respeita a certificação de produto complementada com a verificação da ausência de potenciais efeitos nocivos na qualidade da água. Despacho nº 19563/2006 do Ministério das Obras Publicas Transportes e Comunicações (Diário da Republica, 2ª série . Nº 185 . 25 de Setembro de 2006). j) Controlo de Qualidade

A qualidade dos tubos de PVC-U, deve cumprir um Plano de Inspecção e Ensaios ao Produto Acabado no âmbito do Sistema de Garantia da Qualidade segundo a Norma NP EN ISO 9001e dos regulamentos de Produto Certificado da entidade certificadora AENOR. k) Recomendações na Execução de Uniões por Junta Elástica

Estas uniões são formadas como parte integrante do tubo ou do acessório. O perfil da junta elástica e do abocardo/campânula constituem desenhos específicos, pelo que não deverão ser substituídos por outros. No caso das juntas serem fornecidos separadamente, a ranhura deve ser limpa, removidos os objectos estranhos e a mesma colocada correctamente. Como as uniões por junta elástica não sustêm esforços axiais, deve ser dada atenção especial ao projecto dos blocos de ancoragem e a sua localização no sistema de tubagem. Os blocos de ancoragem devem ser projectados para susterem o esforço máximo desenvolvido em virtude da pressão interna, quando o ensaio de pressão e efectuado. A execução correcta desta união requer que a extremidade macho do tubo seja chanfrada e lubrificada antes da inserção no abocardo/campânula. O lubrificante deve

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também ser aplicado ao anel de borracha, após este estar perfeitamente ajustado na ranhura. Após a lubrificação das duas superfícies, a introdução deve ser efectuada para evitar o depósito de sujidade. Recomenda-se a utilização de vaselina industrial ou massa de silicone. Ao contrário do que sucede na união por colagem, neste tipo de união, o elemento macho não deve ser introduzido completamente na campânula do outro elemento; o seu extremo deve distanciar 1cm (normalmente 1cm por cada 3m de tubo). Para isso e necessário, antes da montagem definitiva, referenciar-se por meio de um traço a lápis a extensão a ser Introduzida. l) Recomendações na Execução de Uniões por Colagem Estas uniões, a semelhança das anteriores também são formadas como parte integrante do tubo ou do acessório. As uniões por colagem, ao contrário das anteriores, sustêm os esforços axiais. As colas e os decapantes utilizados são inflamáveis, pelo que o acto de fumar deve ser proibido na área onde os materiais estão a ser manuseados. A cola deve ter a viscosidade adequada, não devendo no entanto ser diluída. A ponta do elemento macho deve ser previamente chanfrada com o auxílio de uma lima. A fim de se conhecer a extensão das superfícies a colar, introduz-se completamente o elemento macho, já chanfrado, na campânula do outro elemento; marca-se na sua superfície exterior, com um lápis e não com qualquer elemento cortante, um traço referencia. Afastam-se os dois elementos e procede-se a aplicação da cola. As superfícies a colar devem ser previamente limpas, secas e libertas de gorduras, pelo que se aconselha o uso do decapante. Após a secagem do decapante, aplica-se a cola em camada fina no sentido longitudinal, sobre toda a superfície a colar do elemento macho e a entrada do abocardo/campânula. A aplicação da cola deve ser efectuada de forma rápida. Para diâmetros superiores a 110mm, recomenda-se que a operação seja efectuada por duas pessoas, para que a cola seja aplicada simultaneamente nas duas superfícies. Imediatamente após, e sem torções, adaptam-se os dois elementos, ate que a extremidade da campânula se ajuste ao traço de referencia previamente marcado. Deve retirar-se o excesso de cola eventualmente presente na junta exterior, logo após a execução da união. As uniões tornam-se resistentes a pressão algum tempo após a colagem. Deixar passar 24 horas, antes de efectuar o ensaio de pressão recomendado. Nota: Estas colas à base de solventes fortes de PVC necessitam de um tempo de maturação (após a colagem) longo, a baixas temperaturas e curto a temperaturas elevadas. Não se recomenda que a colagem seja efectuada a temperaturas de 0ºC ou inferiores. m) Recomendações para a Execução de Curvaturas a Frio em Obra E permitido que os tubos sejam instalados sem ser em linha recta, mediante uma das seguintes técnicas:

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• por meio de um pequeno desvio angular na união (para uniões por junta elástica).

• Para evitar que a eficiência da junta elástica não e comprometida, limita-se o desvio angular a um máximo de 1º;

• pela gradual curvatura em toda a longitude do tubo.

Para curvaturas executadas a frio, o raio de curvatura, ate ao diâmetro 160mm não deve ser inferior a 300 vezes o diâmetro exterior do tubo (ver figura 5). Tubos de diâmetro superior a 160 mm devem ser considerados como totalmente rígidos e não devem ser sujeitos a esta operação. As curvaturas a frio não devem ser efectuadas a temperaturas inferiores a 5ºC. n) Recomendações na Utilização do Material 1-Armazenamento de tubos Embora os tubos de PVC-U sejam duráveis, o manuseamento e muito fácil devido a sua leveza e, desta forma são susceptíveis de maus-tratos. Razoáveis precauções devem ser tomadas durante o manuseamento e armazenamento para garantir que os tubos não sejam danificados. Os tubos de PVC-U devem ser acondicionados numa superfície suficientemente lisa e isenta de objectos cortantes, pedras ou saliências de forma a evitar deformações ou defeitos que poderiam tornar-se permanentes. Os suportes laterais das paletes deverão ser colocados a intervalos máximos de 1,5 m. Os tubos devem ser suportados em todo o seu comprimento. Tubos de diferentes diâmetros e espessuras deverão ser stockados separadamente. No caso de isto não ser possível, os de maior diâmetro e espessura deverão ser colocados no fundo. Quando se acondicionam tubos com uma das extremidades moldada para união por anel de estanquidade, os abocardos/campânulas deverão ser colocados alternadamente na palete e suficientemente projectadas para o exterior, para que os tubos estejam correctamente suportados ao longo de todo o comprimento. A exposição prolongada a radiação ultravioleta (luz solar) pode reduzir a resistência dos tubos ao impacto e causar descoloração. De qualquer forma a resistência a pressão interna não e reduzida. Os tubos deverão ser armazenados ao abrigo de fontes de calor e não deverão contactar com produtos potencialmente perigosos como gasóleo, tintas ou solventes. Os tubos deverão ser utilizados de forma a assegurar uma correcta rotação de stocks. 2-Manuseamento de tubos Os tubos, quando manuseados individualmente, devem ser baixados, erguidos e transportados de forma controlada sem serem arremessados ou arrastados. O manuseamento de atados ou de paletes requer o uso de equipamento mecânico apropriado. A técnica escolhida não devera causar qualquer dano nos tubos. Se o tubo tiver sido telescopado (encaixado dentro de outro tubo) para transporte, os tubos interiores deverão ser sempre removidos primeiro e acondicionados separadamente. A resistência ao impacto dos tubos de PVC-U e reduzida a baixas temperaturas e devera colocar-se mais cuidados no manuseamento do material a temperaturas inferiores a 0ºC. 3-Transporte de tubos

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No transporte de tubos, os veículos deverão apresentar os estrados lisos e isentos de pregos e outras saliências. O veículo devera estar equipado com suportes laterais espaçados entre si de cerca de 2m. Todos os suportes deverão ser lisos sem arestas salientes. Quando o comprimento dos tubos ultrapassar o do veículo, a parte suspensa não devera exceder 1m. Os tubos com maior rigidez deverão ser colocados por baixo dos de menor rigidez. 4-Armazenamento, manuseamento e transporte de acessórios Os acessórios de PVC-U são leves e fáceis de manusear e consequentemente mais susceptíveis de sofrer maus-tratos em comparação com os acessórios metálicos. Em todas as fases de armazenamento, manuseamento e transporte devem ser preservados de quaisquer danos ou contaminações e serem mantidos separados dos tubos ate a sua instalação. Quando os acessórios são fornecidos em embalagem própria, devem ser retidos na embalagem inicial. A resistência ao impacto dos acessórios de PVC-U e reduzida a baixas temperaturas e devera colocar-se mais cuidados no manuseamento do material a temperaturas inferiores a 0ºC. Os acessórios, a semelhança dos tubos, deverão ser utilizados de forma a assegurar uma correcta rotação de stocks. a) Instalação

O bom desempenho a longo prazo dos sistemas de tubagem em PVC-U e directamente afectado pela qualidade do trabalho humano e dos materiais utilizados na instalação do produto. Recomenda-se uma supervisão competente em todas as fases. Deve ter-se particular cuidado quando se instalam sistemas de tubagem em PVC-U a temperaturas inferiores a 0ºC. Quer durante a instalação, ensaio e funcionamento, nunca permitir que haja congelação da água no interior dos tubos ou acessórios. Os tubos não devem ser recobertos ou pintados com pinturas que contenham dissolventes ou com pinturas agressivas. 1-Instalação de Condutas Enterradas Os tubos e acessórios com união de anel de estanquidade são recomendados para instalações enterradas. E boa pratica colocar os tubos com as extremidades macho inseridas na campânula na mesma direcção do fluxo. As superfícies internas do tubo devem ser mantidas o mais limpo possível durante as operações de instalação. Os tubos não deverão nunca ser revestidos com cimento. Nota: Revestir com cimento transforma, um tubo com alguma flexibilidade, numa estrutura rígida, susceptível a fracturas em caso de abatimentos ou outros movimentos do solo. Para grandes sobrecargas, e importante o uso de tubos de rigidez apropriada por forma a assegurar que a deformação inicial do tubo seja mantida dentro do limite máximo de 5%. A deformação será afectada pelo funcionamento do sistema. Sistemas sujeitos continuadamente a pressão interna deformar-se-ão menos que aqueles deixados sem pressão por longos períodos de tempo.

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I. Formar o leito com areia fina ou saibro, isentos de pedras. Encher normalmente ate metade do diâmetro do tubo e compactar.

II. Encher até envolver completamente o tubo. Continuar o enchimento com o mesmo material ate cobrir a tubagem com uma camada de espessura de 15cm. A partir daqui o enchimento pode ser colocado e compactado mecanicamente, desde que não seja por cima do tubo.

III. O enchimento a partir dos 15cm pode ser do material da própria escavação em camadas compactadas de 10cm de espessura.

IV. A compactação mecânica e aconselhada quando a camada de enchimento sobre o tubo atinja os 30cm.

V. O restante enchimento será colocado e compactado em camadas dependendo

do acabamento superficial que se deseje.

A espessura mínima da camada de terra para tubos enterrados e de 0,9 m. Em qualquer caso, os tubos deverão estar enterrados a uma profundidade que evite temperaturas negativas, pelo que a espessura da camada de terra poderá ter que ser superior. As uniões por anel de estanquidade, como já referido, não sustêm esforços causados pela pressão interior. Deverão pois construir-se blocos de ancoragem em todas as mudanças de direcção, tês, grandes reduções de diâmetro, terminais e válvulas. Quando se usam blocos de ancoragem, o objectivo e transferir o esforço total para os lados da vala. Deve pois ter-se em atenção a capacidade do meio envolvente suportar os esforços. Quando o cimento esta em contacto directo com os tubos ou acessórios, estes deverão ser forrados com um material compressível para compensar as deformações e prevenir a ocorrência de grande concentração de forcas localizadas. O material a usar não devera conter substâncias que possam atacar os tubos ou acessórios. A distância horizontal entre a tubagem e fundações ou outras instalações subterrâneas não devera ser inferior a 0,40m em circunstâncias normais. Quando existe proximidade lateral ou quando o sistema de tubagem se orienta paralelamente a outras tubagens ou cabos, a distancia mínima entre eles não devera ser inferior a 0,40m. Em pontos de congestionamento, deve ser mantida uma distância de 0,2m, a menos que tenham sido construídos degraus para evitar o contacto directo. A construção destes degraus poderá ter que ser acordada com as autoridades competentes. Tubagens para distribuição de água para consumo não deverão ser localizadas por baixo de tubagens para condução de esgotos. No final de cada período de trabalho, a tubagem deve ser temporariamente coberta para evitar a entrada de água, insectos ou detritos. 2-Instalação de Condutas Aéreas Uma vez que as uniões por colagem sustêm os esforços axiais causados pela pressão interna, recomenda-se fortemente que sejam usadas em condutas aéreas. Os tubos de PVC-U podem fracturar-se se o fluido contido no seu interior atingir a congelação.

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Devem ser tomadas precauções especiais nos trocos onde isto possa acontecer. O coeficiente de expansão linear do PVC-U e aproximadamente 60�10-6 (mm/m)/ºC. A seguinte equação e usada para calcular a variação dimensional. ∆L = 0.06L x ∆T onde: ∆L = é a variação do comprimento, em milímetros; L = é o comprimento inicial, em metros; ∆T = é a variação da temperatura da parede do tubo, em graus Celsius. Exemplo: Para uma variação de 20ºC, um tubo de PVC-U de 10 m de comprimento terá uma variação de temperatura de 0,06*10*20 = 12mm. Quando a temperatura ambiente e razoavelmente constante, a variação da temperatura da parede do tubo pode ser considerada igual a variação da temperatura do fluido. O comprimento mínimo livre, a, do tubo, requerido para absorver o movimento causado pela expansão/contracção. Como regra geral, os tubos de PVC-U não devem ser fixados ao longo do seu trajecto por correias ou grampos de materiais rígidos. Quando estes meios são adoptados, recomenda-se a colocação de um material compressível entre o tubo e o suporte. Existem inúmeros métodos para instalar tubos no plano horizontal ou vertical em aplicações aéreas. Em todos eles deve levar-se em consideração que:

• os tubos deverão poder mover-se no sentido longitudinal em virtude da expansão/contracção sofrida;

• as distâncias entre suportes verticais e horizontais para sistemas que funcionem ate 45ºC, não deverão ser excedidas.

Os tubos de PVC-U deverão ser instalados a uma distância suficiente de objectos quentes para evitar deformações provocadas por calor radiante. Os tubos e acessórios de PVC-U instalados em condutas aéreas deverão ser protegidos da luz solar directa. b) Ensaio à Instalação Os sistemas de tubagem devem ser testados em comprimentos e condições apropriadas. Tubagens com comprimentos superiores a 800m poderão ser testados por secções. O comprimento indicado para o ensaio de pressão interna e entre os 300m e os 500m. O ensaio será executado quando os blocos de ancoragem consigam suportar os esforços desenvolvidos. Nas uniões por colagem, devera esperar-se, no mínimo, 24 horas após a última colagem, antes de aplicar as condições do teste. Sempre que possível, o ensaio deverá ser executado a partir do ponto mais baixo do sistema, para que o ar seja expelido a medida que se enche a tubagem. Devem colocar-se mecanismos para expulsar o ar em todos os pontos altos, ao longo da tubagem. O equipamento de pressão, quer opere manualmente, quer seja mecânico, deve ser de dimensão adequada e ser suficientemente robusto, com ligações que imponham e mantenham as pressões desejadas durante o tempo de ensaio.

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A tubagem deve ser cheia com água potável se for para transportar água potável. O enchimento deverá ser efectuado lentamente com todas as válvulas e escapes de ar abertos. Depois de cheia, todos os escapes de ar serão fechados. Durante o enchimento da tubagem poderão ser provocados alguns movimentos: o aumento do peso dos tubos durante o enchimento, provoca pequenos ajustamentos na interface tubo/solo;

• pequenas alterações dimensionais e tendência para a tubagem se ajustar com a pressurização;

• movimentos térmicos devido a diferenças de temperatura nas interfaces água/tubo/solo.

O ensaio deve ser efectuado nas seguintes condições: • ser efectuado a temperatura ambiente; • ter a duração mínima de 1 hora, mas não mais de 24 horas; • não exceder 1,5 vezes a pressão de operação do menor componente do

sistema. O ensaio será considerado satisfatório se não houver diminuição (após qualquer ajustamento inicial) na pressão. 3.2.1.3. Critérios de medição Estes artigos compreendem o fornecimento e assentamento de tubagens nos diversos materiais, separadamente. Na medição da tubagem inclui-se todos os acessórios e todos os trabalhos inerentes à instalação da rede enterrada, embutida e suspensa. 3.2.1.4. Aplicação da Tubagem 3.2.1.4.1. Rede de Drenagem de Águas Residuais Na rede de drenagem de águas residuais domésticas far-se-á, de um modo geral, o embutimento dos ramais de descarga na laje aplicando a tubagem na sua camada de recobrimento ou de regularização de modo a interferir o menos possível com a parte estrutural. Os tubos de queda de águas residuais domésticas ficarão sempre à vista ou dispostos em "courettes" ou galerias técnicas visitáveis. Os colectores suspensos no tecto (quando existem) e os tubos de queda que forem instalados em “courettes serão fixados por meio de braçadeiras, garantindo-se espaçamentos máximos para o apoio dos mesmos. Os colectores horizontais enterrados de águas residuais domésticas são intercalados por caixas visitáveis executadas em junções ou em mudanças de direcção. Quando for indispensável que os tubos de queda ou os colectores horizontais façam o atravessamento de paredes e de pavimentos, ou de outros elementos quando previsto, devem aqueles ser envolvidos por uma manga em tubo de zinco ou de PVC que permita o seu livre movimento. A tubagem não ficará no entanto em contacto com a referida manga devendo para tal interpor-se um anel de borracha ou de plástico flexível. Nos casos em que tal se justifique deve aquele espaço ser preenchido com material isolante térmico devidamente protegido.

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Nas montagens em que o tubo fique acessível, à vista ou em "courettes", deve deixar-se uma distância de, pelo menos, 5 cm entre a superfície exterior do tubo e as paredes ou tectos. Os troços enterrados no exterior do edifício serão assentes sobre uma camada de areia de forma a obter um leito uniforme ou, quando permitido pela Fiscalização, sobre o próprio terreno, depois de regularizado e isento de pedras e de outros elementos eventualmente contundentes para a tubagem. Feito o assentamento desta procede-se ao seu envolvimento com materiais seleccionados ou com reposição dos produtos escavados, depois de cirandados se necessário, até à altura de 0,20 m medida a partir do extradorso da tubagem. A compactação do material de aterro deve ser feita cuidadosamente de forma a não danificar a tubagem e a garantir a estabilidade dos pavimentos. Na aplicação dos tubos de queda incluir-se-ão os trabalhos necessários de furação das lajes e da cobertura, a sua montagem com abraçadeiras de ferro galvanizado, ligações, acessórios e juntas de neoprene e por fim o preenchimento e regularização do espaço entre a laje e o tubo depois da colocação deste. Salvo outras hipóteses pormenorizadas em desenhos do processo, os tubos de queda de esgotos domésticos e as prumadas de ventilação devem ser prolongados 0,50 m acima do plano da cobertura. A protecção ou remate a dar à extremidade destes tubos deverá ser definida pelo projecto de arquitectura. Em todo o caso dever-se-á ali aplicar uma rede de malha fina, tipo mosquiteiro, ou acessório equivalente que impeça a entrada de matérias sólidas ou de pequenos animais. Se nada for definido em contrário, poderá ser contemplado para as extremidades dos tubos de queda de águas residuais domésticas, a colocação de chapéus de ventilação em PVC. Os trabalhos necessários para impermeabilização de pontos de drenagem ou de zonas de atravessamento de tubos não estão aqui considerados devendo incluir-se, em projecto próprio, no artigo de impermeabilização geral da cobertura. 3.2.1.4.2. Rede de Drenagem de Águas Pluviais Os tubos de queda de águas pluviais ficarão sempre à vista ou dispostos em "courettes" ou galerias técnicas visitáveis. Os colectores suspensos no tecto e os tubos de queda que forem instalados em “courettes serão fixados por meio de braçadeiras, garantindo-se espaçamentos máximos para o apoio dos mesmos. Os colectores horizontais enterrados de águas pluviais são intercalados por caixas visitáveis executadas em junções ou em mudanças de direcção. Quando for indispensável que os tubos de queda ou os colectores horizontais façam o atravessamento de paredes e de pavimentos, ou de outros elementos quando previsto, devem aqueles ser envolvidos por uma manga em tubo de zinco ou de PVC que permita o seu livre movimento. A tubagem não ficará no entanto em contacto com a referida manga devendo para tal interpor-se um anel de borracha ou de plástico flexível. Nos casos em que tal se justifique deve aquele espaço ser preenchido com material isolante térmico devidamente protegido. Nas montagens em que o tubo fique acessível, à vista ou em "courettes", deve deixar-se uma distância de, pelo menos, 5 cm entre a superfície exterior do tubo e as paredes ou tectos. Os troços enterrados no exterior do edifício serão assentes sobre uma camada de areia de forma a obter um leito uniforme ou, quando permitido pela Fiscalização, sobre o próprio terreno, depois de regularizado e isento de pedras e de outros elementos eventualmente contundentes para a tubagem. Feito o assentamento desta procede-se ao seu envolvimento com materiais seleccionados ou com reposição dos produtos

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escavados, depois de cirandados se necessário, até à altura de 0,20 m medida a partir do extradorso da tubagem. A compactação do material de aterro deve ser feita cuidadosamente de forma a não danificar a tubagem e a garantir a estabilidade dos pavimentos. Na aplicação dos tubos de queda incluir-se-ão os trabalhos necessários de furação das lajes e da cobertura, a sua montagem com abraçadeiras de ferro galvanizado, ligações, acessórios e juntas de neoprene e por fim o preenchimento e regularização do espaço entre a laje e o tubo depois da colocação deste. Nos tubos de queda de drenagem de águas pluviais, a protecção das extremidades superiores será realizada através de ralos de pinha, na ausência de pormenores no projecto de arquitectura. Os trabalhos necessários para impermeabilização de pontos de drenagem ou de zonas de atravessamento de tubos não estão aqui considerados devendo incluir-se, em projecto próprio, no artigo de impermeabilização geral da cobertura. 3.2.2. Elementos Acessórios da Rede 3.2.2.1. Caixas Visitáveis 3.2.2.1.1. Regulamentação As normas NP 881 (1971), NP 882 (1971) e NP 883 (1971) foram anuladas pelo IPQ e substituídas pela seguinte norma europeia:

• EN1917 (2002) – Câmaras de visita e câmaras de ramal de betão não armado, betãocom fibras de aço e betão armado.

Assim sendo, as caixas de visita instaladas na presente empreitada devem obedecer à norma EN 1917 (2002) e NP 893 (1972) – Rede de Esgoto. Construção e Conservação, que fixa as regras gerais a seguir na construção e conservação de redes de drenagem. 3.2.2.1.2. Tampa Será em ferro fundido, terá a forma circular com um diâmetro mínimo de 0,50 m e um peso mínimo de 150 kg. Deverá apresentar na face superior os dizeres respectivos, conforme a rede a que está associada, cumprindo as informações fornecidas pela entidade gestora de drenagem de águas. As dimensões e disposição das inscrições serão indicadas no projecto e deverão estar de acordo com as disposições técnicas das entidades gestoras. No respeitante ao peso mínimo, admite-se uma tolerância de 5% para menos. No caso das tampas quadradas, poderão ser em ferro fundido com vedação hidráulica, assentes em laje de betão, podendo receber revestimento igual ao pavimento onde se inserem. Os dispositivos de fecho de câmaras de visita são classificados, consoante a carga de ensaio, nas seguintes classes: - Classe A15 (carga de ensaio de 15kN) – zonas utilizadas exclusivamente por peões ciclistas e outras comparáveis, tais como espaços verdes; - Classe B125 (carga de ensaio de 125kN) – passeios, áreas e silos de estacionamento reservados a viaturas ligeiras, zonas reservadas a peões e abertas ocasionalmente ao trânsito para ambulâncias, carros de limpeza pública e similares); - Classe C250 (carga de ensaio de 250kN) – bermas de ruas e estradas e zonas de valeta que, medidas a partir da borda do lancil, se estendam, no máximo, a 0,50m em direcção à via de circulação e de 0,20m em relação ao passeio;

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- Classe D400 (carga de ensaio de 400kN) – vias de circulação; - Classe E600 (carga de ensaio de 600kN) – zonas de circulação privadas submetidas a cargas particularmente elevadas, tais como recintos industriais e similares; - Classe F900 (carga de ensaio de 900kN) – zonas especiais, tais como pistas de aviação de aeroportos. A profundidade de encaixe mínima, a folga, o apoio, o levantamento e assentamento das tampas e outras características a que os dispositivos de fecho devem obedecer encontram se especificados na norma NP EN 124 (1995). 3.2.2.1.3. Critérios de medição Este artigo integra a execução de câmaras de visita de corpo quadrado, rectangular e/ou circular, cobertura plana e/ou tronco-cónica assimétrica, com/sem queda guiada, solidamente construídas e impermeabilizadas interiormente, facilmente acessíveis e dotadas de dispositivo de fecho resistente, de acordo com a norma EN 1917 (2002). Os dispositivos de fecho das câmaras terão que verificar os princípios construtivos, ensaios e marcação (se necessário) exigidos na NP EN 124 de 1995. O corpo das caixas serão executados com diferentes materiais, de acordo com o descritivo correspondente e as peças desenhadas respectivas. Inclui-se os trabalhos inerentes a escavação, aterro e transporte de sobrantes, quando não medido em artigo específico para o efeito. Este artigo é medido à unidade. 3.2.2.2. Caixas de Pavimento em PVC Os ramais de descarga, com excepção dos das bacias de retrete, quando não se inserem directamente em tubos de queda, caixas de visita ou colectores suspensos, terão na sua extremidade de jusante, caixas de pavimento em PVC rígido, não plastificado. Quando o aparelho não é sifonado, a sifonagem realizar-se-á na própria caixa de pavimento interpondo um cachimbo na ligação desse ramal à caixa. Será no entanto, sempre cumprida a imposição regulamentar de proibição de dupla sifonagem. Superiormente, as caixas de pavimento serão preparadas para receberem uma tampa roscada de latão cromado ou em aço inox, para inspecção e limpeza. As caixas de pavimento a utilizar serão de 3 ou 5 entradas consoante os casos em que se apliquem, respeitando os diâmetros especificados em desenho. 3.2.2.2.1. Critérios de medição Compreende-se nestes artigos o fornecimento e colocação de caixas de pavimento em PVC rígido, sifonadas e/ou não sifonadas, tampa de varejamento de roscar em latão cromado e extensões onde necessário, devidamente assentes, ligação á tubagem e todos os materiais e acessórios necessários ao seu perfeito funcionamento. Este artigo é medido à unidade. 3.2.2.3. Bocas de Limpeza em PVC São utilizadas bocas de limpeza em todos os pontos impostos pelo regulamento e nos assinalados no projecto dos quais se destacam as situações mais significativas:

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- Ligação de uma caixa de pavimento a uma caixa de visita em que, dada a cota da soleira desta, seria necessário que o ramal de descarga da caixa de pavimento tivesse uma inclinação superior a 4 %; - Nas ligações de aparelhos em série, em que há um colector de descarga, ventilado na extremidade, e em que no topo do colector se tenha possibilidade de acesso para varejamento; - Nos tubos de queda, na sua base e em pisos alternados, pelo menos. - Nos colectores suspensos, a montante e a jusante de cada ligação estabelecida. Em qualquer dos casos acima apresentados, estas bocas serão realizadas com acessórios em PVC, com o mesmo material da rede a drenar, e terão na extremidade uma tampa roscada em metal cromado, em aço inox, ou em PVC, com o diâmetro do tubo em que se aplica até ao máximo de ø 110 mm. No primeiro caso a boca de limpeza ficará nivelada com o pavimento e a sua tampa será do tipo roscável em latão cromado ou aço inox. No último caso, em situações correntes, o acessório será composto por meio de um tê de gola curta e tampa roscável, será em PVC, em metal cromado ou em aço inox. A inserção das bocas de limpeza deve respeitar os elementos que constam das peças desenhadas. O seu posicionamento exacto será no entanto definido em obra pela fiscalização. 3.2.2.3.1. Tampa Roscável em latão cromado, aço inox ou em PVC assente em Bocas de Limpeza Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo mencionam-se, como merecendo referência especial, as seguintes: - A tampa será em latão cromado, em aço inox ou em PVC, de enroscar na tubagem, se a colocação for efectuada respectivamente no pavimento ou em restantes situações regulamentares; - As dimensões da tampa serão compatíveis com as tubagens onde serão assentes; - A tampa da caixa ficará à face do pavimento ou da parede limpos e deverá vedar completamente de líquidos ou cheiros. 3.2.2.3.2. Critérios de medição Compreende-se neste artigo o fornecimento e colocação de caixa de pavimento em PVC_bocas de limpeza embebidas no pavimento, incluindo tampa de varejamento de roscar em latão cromado e extensões onde necessário, devidamente assente, ligação à tubagem e todos os materiais e acessórios necessários ao seu perfeito funcionamento. Este artigo é medido à unidade. As restantes bocas de limpeza, estão incluídas nos descritivos relativos á instalação da tubagem, devendo ser aplicadas em locais de acordo com a legislação em vigor e de acordo com as informações da entidade fiscalizadora. 3.2.2.4. Sifões 3.2.2.4.1. Sifões de garrafa Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo mencionam-se, como merecendo referência especial, as seguintes:

• O sifão será do tipo garrafa de 1 ¼", de latão cromado, e o tubo de ligação e o florão serão cromados, de modelo e tipo a aprovar pela Fiscalização;

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• As juntas de ligação deverão observar uma estanqueidade perfeita; • O sifão deverá ser assente de modo a ficar rigorosamente vertical.

3.2.2.4.2. Sifões de gordura Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo, mencionam-se como merecendo referência especial, as seguintes:

• O sifão da caixa, o cesto capta-gorduras e o ralo serão em latão cromado, assim como

• o tampão. O modelo e o tipo serão a aprovar pela Fiscalização; • O calibre da caixa será o compatível com a furação existente na pia do lava-

louças; • As juntas de ligação deverão observar uma estanqueidade perfeita.

3.2.2.4.3. Critérios de Medição Inclui-se neste artigo:

• O fornecimento e colocação de sifões de garrafa em latão cromado, devidamente assentes, ligação à tubagem e aparelho, incluindo todos os materiais e acessórios necessários ao seu perfeito funcionamento, nos diferentes aparelhos sanitários.

• O fornecimento e colocação de sifões de pavimento, com diâmetro mínimo de saída de 40 mm, devidamente assentes, ligação à tubagem e aparelho, incluindo todos os materiais e acessórios necessários ao seu perfeito funcionamento, nos diferentes aparelhos sanitários.

• O fornecimento e colocação de sifões de gordura, devidamente assentes, ligação à tubagem e aparelho, incluindo todos os materiais e acessórios necessários ao seu perfeito funcionamento, nos diferentes aparelhos sanitários.

Este artigo é medido à unidade. 3.2.2.5.1. Critérios de medição Mede-se os trabalhos referentes ao fornecimento e colocação de grelha para aplicação na câmara de manobras dos reservatórios, incluindo todos os acessórios de fixação e restantes materiais para o seu perfeito funcionamento. Este artigo é medido em metros lineares. 3.2.3. Leito de Assentamento das Canalizações 3.2.3.1. Directamente sobre o Terreno Salvo especificações em contrário por parte da fiscalização ou pormenores apresentados nas peças desenhadas do processo, pode-se adoptar os procedimentos de assentamento das canalizações que se seguem: Adapta-se o leito do terreno, para receber a parte inferior das canalizações, numa largura que não deve ser inferior a 60% do seu diâmetro externo. Deverá praticar-se uma cavidade, para cada campânula, no caso de manilhas, que permita a perfeita execução da junta. O material que envolve as canalizações, até 30 cm acima da geratriz externa superior, deve ser seleccionado e cuidadosamente compactado em camadas delgadas.

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Este leito de assentamento, só pode ser bem realizado em terrenos inteiramente secos, de boa constituição e não rochoso. Berço de Material de Granulometria fina Neste caso, substitui-se o solo do fundo da vala ou trincheira, em toda a largura desta, por uma camada de material granular fino (areia, pó de pedra, terra, etc.), perfeitamente adensado e colocado abaixo da geratriz externa inferior da canalização. Esta camada terá uma espessura de 15 cm nos casos em que o terreno seja mole ou muito mole para canalizações de betão e 10 cm para canalizações de outro tipo. Para profundidades superiores a 2,00 m, para cada metro ou fracção, acrescentar-se-á a estes valores, 5 cm. Para terrenos muito duros ou rochosos o mínimo admissível é de 20 cm, para qualquer tipo de canalizações. O material granular deve ser isento de pedras de dimensões superiores a 2 cm, e ser devidamente compactado depois de humedecido. O reaterro até 30 cm acima da geratriz externa superior deve ser executado com o mesmo material do berço, e cuidadosamente compactado em camadas delgadas. Se o solo do fundo da vala ou trincheira, tiver água, abaixo do material de granulometria fina, deverá dispor-se uma camada de brita. Berço de Betão Simples Este tipo de berço será utilizado sempre que se queira aumentar a resistência do tubo por efeito de cargas. O betão deverá possuir uma resistência mínima à compressão de 150kg/cm² e deverá ser colocado sob a canalização no mínimo ¼ do seu diâmetro interno, estendendo-se, verticalmente, até ¼ do seu diâmetro externo. A largura "L" do berço deverá ser no mínimo de: Lmin = de + 0,20 m Esta base construir-se-á do seguinte modo: - Coloca-se uma espessura de betão igual a ¼ do diâmetro interno, menos a altura da campânula; - Assentam-se os tubos, que serão mantidos na posição por meio de calços em betão; - Completa-se a base, betonando a altura restante; Devem tomar-se cuidados especiais para que o betão inicialmente colocado, esteja totalmente limpo antes da betonagem final. Berço de Betão Armado Em terrenos de fraca resistência e de constituição muito heterogénea, afim de garantir melhor distribuição de carga, podem utilizar-se berços de placas de betão armado. Esta base pode ser betonada no próprio local ou ser pré-moldada. Sempre que o betão seja armado no local, por questões de facilidade de construção, colocar-se-á, inicialmente, sob a laje armada, uma camada de pedra arrumada à mão. 3.2.4. Escavações (Quando Aplicável – Redes Instaladas no Exterior dos Edifícios) O modo de atacar as escavações e a escolha do processo de escavar ficam ao arbítrio do Empreiteiro, devendo contudo satisfazer às prescrições técnicas necessárias à boa execução dos trabalhos, às condições de segurança do pessoal e aos Regulamentos de Segurança aplicáveis.

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Em caso algum serão atendidas quaisquer reclamações referentes a dificuldades na execução dos trabalhos, ficando entendido que o Empreiteiro se inteirou no local, de todas as condições de execução dos mesmos trabalhos. O emprego de fogo nas escavações é liminarmente proibido. Os movimentos de terras a executar deverão obedecer às características e dimensões indicadas nas peças do projecto e no presente Caderno de Encargos, relativos ao tipo de escavação, à natureza do terreno ou dos materiais de aterro, conforme o caso, ou ainda às quantidades e condições de trabalho, não poderão servir de fundamento à suspensão ou interrupção dos trabalhos, constituindo obrigação do Empreiteiro dispor oportunamente do equipamento necessário e inteirar-se no local, de todas as condições de execução dos mesmos trabalhos. 1) Os trabalhos de escavação deverão obedecer ao seguinte:

a) Prescrições Gerais a.1) Consideram-se escavações a seco as que são executadas sob uma camada de água inferior a 10 cm e escavações debaixo de água as que são executadas sob uma camada de água superior a 10 cm. a.2) Sempre que encontre obstáculos não previstos no projecto nem previsível antes do inicio dos trabalhos, o Empreiteiro avisará o Dono da Obra e interromperá os trabalhos afectados até à decisão daquele. a.3) Quando a escavação deva ser imediatamente seguida de aterro ou de outros trabalhos, a vistoria e consequente decisão terão lugar no prazo de 24 horas a partir da solicitação do Empreiteiro. b) Condições de trabalho

b.1) O Empreiteiro deverá proceder à evacuação das águas das escavações durante a execução dos trabalhos. b.2) Os dispositivos de protecção contra as águas e de drenagem das escavações só devem ser removidos à medida que o estado de adiantamento dos trabalhos o permitir. b.3) As nascentes de água localizadas nas superfícies laterais ou no fundo das escavações deverão ser captadas ou desviadas a partir da sua saída por processos que não provoquem erosão nem enfraquecimento do terreno. b.4) Para facilitar a recolha das águas, os fundos das escavações poderão ser dispostos com uma inclinação longitudinal de 2% a 5% cobertos por uma camada de betão. b.5) Quando se utilizar bombagem intensa deverão ser tomadas medidas adequadas e evitar que a percolação da água possa provocar a remoção dos finos do terreno e prejudicar a estabilidade da Obra. c) Dimensões das escavações c.1) As escavações deverão ser executadas por forma que, após a compactação, quando necessária, sejam atingidas as dimensões e cotas indicadas no projecto ou definidas pela Fiscalização. c.2) Deverão tomar-se todas as precauções necessárias, de forma que o terreno para além dos limites de escavação seja mantido nas melhores condições. c.3) Quando, antes de, ou durante a execução dos trabalhos, se concluir da necessidade ou da vantagem de se alterar a inclinação dos taludes ou dos limites da escavação, o Empreiteiro deverá efectuar esta de acordo com as indicações escritas do Dono da Obra. c.4) Será da única responsabilidade do Empreiteiro qualquer escavação em excesso,

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quer em superfície, quer em profundidade, realizada por ele, por sua conveniência ou por qualquer erro e independente de a culpa lhe pertencer ou não. c.5) Em relação ao mencionado na alínea c.4) exceptuam-se os casos em que as sobre-escavações tenham sido previamente requeridos pelo Dono da Obra ou autorizadas por este a pedido do Empreiteiro. c.6) Se isso for necessário para o bom acabamento do trabalho, ou se o Dono da Obra assim o exigir, as escavações em excesso mencionadas na alínea c.4) serão preenchidas com materiais de acordo com a alínea c.7) que serão fornecidos e colocados pelo Empreiteiro e à custa deste. c.7) Se, em qualquer zona, o terreno for escavado para além dos limites fixados no projecto, a sobre-escavação será preenchida com materiais seleccionados, por camadas com um mínimo de 15 cm de espessura, que serão humedecidas e cuidadosamente compactadas, de modo a constituírem um bom terreno de fundação. c.8) Sempre que se empreguem meios mecânicos de escavação a extracção das terras será interrompida antes de se atingir a posição prevista para o fundo e para as superfícies laterais, de forma a evitar o remeximento do terreno pelas garras das máquinas. O acabamento da escavação será efectuado manualmente ou por qualquer processo que não apresente aquele inconveniente. c.9) O fundo e os taludes laterais que limitem o volume escavado e sobre ou contra os quais seja colocado o betão ou a camada de drenagem deverão ser acabados com tolerância de 10 cm, em relação aos limites estabelecidos no projecto. c.10) Quaisquer materiais soltos nas superfícies preparadas deverão ser humedecidos e batidos ou comprimidos com ferramentas e maquinaria adequadas, de maneira a virem a constituir uma fundação firme. c.11) Nas escavações para ensoleiramento geral, os materiais encontrados no fundo e susceptíveis de constituírem pontos de maior rigidez, tais como afloramento de rochas e de fundações, deverão ser removidos. As bolsadas de natureza mais compreensível que o conjunto de fundo da escavação, deverão ser substituídas por material de compressibilidade análoga à do restante terreno, de modo a obter-se um fundo de compressibilidade uniforme, à cota fixada no projecto. c.12) O custo de todos os trabalhos requeridos para a preparação das fundações das estruturas, com exclusão dos trabalhos de terraplenagem geral, deverá estar compreendido no preço de m3 de escavação para fundações. c.13) As escavações mencionadas nas alíneas c.3) e c.5) serão pagas ao preço indicado pelo Empreiteiro para m3 de escavação, sendo o total somado ou deduzido ao custo total conforme se trate de trabalhos a mais ou a menos. c.14) Para efeito de medição do volume de escavação a pagar consideram-se as dimensões geométricas dos orgãos e edifícios interessados. c.15) Será da competência do Empreiteiro a instalação e ligação da drenagem das câmaras de manobras. 2) A realização de sondas para determinar em Obra a implantação das redes é definida pela Fiscalização (se necessário). 3) As escavações só poderão ter início após exigência em Obra de lotes compatíveis com as quantidades globais dos materiais a aplicar. 4) No âmbito do presente Caderno de Encargos deverão ser consideradas as seguintes definições para os materiais constituintes das valas: Dado o tipo de obra a executar os materiais serão considerados como “ Terreno de Qualquer Natureza”. 3.2.5. Arrumo dos Produtos Resultantes das Escavações (Quando Aplicável – Redes Instaladas no Exterior dos Edifícios)

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1) Junto da trincheira – Os produtos resultantes devem dispor-se de modo a deixar livre uma faixa de, pelo menos 0,60 m, entre eles e a trincheira e a não formar um depósito tal que ponha em perigo a sua estabilidade, devendo o Empreiteiro fixar uma prancha de madeira como resguardo, de modo a evitar que tais produtos rolem para a trincheira. Competirá à Fiscalização indicar de qual dos lados da trincheira devem ser colocados os produtos escavados. 2) Longe da trincheira – Se no local da abertura da trincheira não for possível “arrumar” as terras escavadas, sem graves prejuízos para o trânsito, poderá a Fiscalização impor ao Empreiteiro a remoção de todas as terras escavadas para vazadouro da sua responsabilidade e respectiva reposição quando do aterro da trincheira. 3.2.6. Profundidade e Largura da Trincheira (Quando Aplicável – Redes Instaladas no Exterior dos Edifícios) A profundidade será medida à geratriz externa inferior da tubagem. A largura útil mínima no fundo das trincheiras obedecerá ao especificado nos mapas de medição e peças desenhadas, considerando-se que:

• H - altura/profundidade da vala ou trincheira • Øe - Diâmetro exterior da tubagem • L – largura da vala ou trincheira

H (m) □b / Øe L (m) h < 1,00 m Øe 2 x 0,20 + Øe

Øe < 4,00 2 x 0,25 + Øe 1,00 ≤ h < 4,00 m Øe ≥ 4,00 2 x 0,30 + Øe

4,00 ≤ h < 6,00 m Øe 2 x 0,35 + Øe h ≥ 6,00 m Øe 2 x 0,40 + Øe

(No caso de secção □ o Øe = base)

3.2.7. Leito da Trincheira (Quando Aplicável – Redes Instaladas no Exterior dos Edifícios) Leito das valas será sempre regularizado e compactado a 95% do Ensaio Proctor Modificado, podendo a Fiscalização promover a realização de ensaios para confirmação que julgar convenientes. O leito das valas varia em função do tipo de terreno, sendo executado de acordo apresentado nas peças desenhadas do processo. 3.2.8. Escoramentos (Quando Aplicável – Redes Instaladas no Exterior dos Edifícios) Será executado o escoramento que a natureza do terreno impuser e de forma a serem satisfeitas as normas de segurança fixadas pelo Decreto nº 41821 de 11 de Agosto de 1958 (Reg. de Segurança de Trabalho de Construção Civil), ou pelas suas alterações posteriores, considerando-se o seu custo incluído nos preços unitários dos artigos referentes a movimento de terras, indicados na lista de preços. Compete também ao Empreiteiro executar o escoramento e protecção de todas as infraestruturas existentes, sem direito a qualquer remuneração.

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No escoramento da trincheira, terá de atender-se à intensidade e características do tráfego rodoviário, pelo que terá de ser imposto pela Fiscalização o reforço do escoramento. Se a Fiscalização entender que se justifica o abandono do escoramento, o mesmo será pago ao Empreiteiro. 3.2.9. Dreno (Quando Aplicável – Redes Instaladas no Exterior dos Edifícios) Sempre que a tubagem seja assente abaixo de nível freático, será executada uma fundação de material drenante, de acordo com a tipologia de solo encontrado. 3.2.10. Instalações Subterrâneas Existentes (Quando Aplicável – Redes Instaladas no Exterior dos Edifícios) Quando existirem condutas, cabos, aquedutos ou outras instalações enterradas de que se conheça a localização aproximada, a escavação nos 0,30 m acima de presumível cota da face superior dessas instalações, deve fazer-se com o maior cuidado e de preferência manualmente. Logo que essas instalações, ou quaisquer outras, cuja existência seja desconhecida, forem postas a descoberto, o Empreiteiro deve comunicar tal facto à Fiscalização e indicar as disposições construtivas, ou outras, que adoptar ou se propõe adoptar, para garantir a sua segurança e o prosseguimento da Obra. Deve haver o maior cuidado em providenciar para que todas as instalações interrompidas pela escavação, mesmo que pareça já estarem fora de serviço, sejam devidamente repostas. É da responsabilidade do Empreiteiro qualquer falta no cumprimento desse parágrafo. Em relação a aquedutos de águas pluviais poderá o Empreiteiro, com o acordo da Fiscalização alterar as dimensões e forma, quando disso haja necessidade, mas sem prejuízo da sua secção de vazão. A demolição de aquedutos ou quaisquer outras infraestruturas é considerada como fazendo parte do terreno em que se encontram. A sua reconstrução ou desvio, será do encargo do Empreiteiro, mesmo quando os trabalhos sejam executados pelas entidades responsáveis por essas infraestruturas. Se houver necessidade de qualquer intervenção em alguma infraestruturas fora dos limites da trincheira, será apenas considerada a respectiva escavação. 3.2.11. Bombagem da Água da Trincheira (Quando Aplicável – Redes Instaladas no Exterior dos Edifícios) O Adjudicatário procederá a todos os trabalhos para enxugo da trincheira durante a sua abertura e o assentamento das tubagens, devendo, quando necessário, dispor de equipamento de drenagem, incluindo bombas, capaz de assegurar um trabalho de drenagem contínuo. Este trabalho faz parte da empreitada, sendo incluído no preço das escavações e será executado sempre que as condições o imponham e/ou a Fiscalização o entenda necessário. Por isso, o Empreiteiro será sempre responsável pelos atrasos ou danos causados pela ausência de bombagem de água da trincheira. 3.2.12. Aterro e Compactação da Trincheira (Quando Aplicável – Redes Instaladas no Exterior dos Edifícios)

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Depois da tubagem assente e ensaiada, e após o consentimento da Fiscalização, o Empreiteiro procederá ao aterro e compactação das trincheiras de modo a garantir-se um cuidado assentamento da tubagem e um grau de compactação no aterro da vala idêntico ao aterro adjacente. Na execução do aterro, poderão ser adjudicados todos os produtos provenientes das escavações, desde que satisfaçam a Especificação E-241-1971, ou outra que porventura venha alterar o nesta estipulado. Os aterros deverão ser executados por camadas de solo de qualidade decrescente a partir das tubagens, convenientemente limpo e humedecido. Considera-se que se atingiu uma boa compactação, quando se obtiver no ensaio do aterro uma compactação de 95% do valor do ensaio proctor modificado. A execução do aterro e compactação da vala deverá observar os pormenores apresentados nas peças desenhadas do processo. Em tudo o omisso cumprir-se-á o estipulado na Especificação E-242-1971 ou suas posteriores alterações. Terras de empréstimo – Será necessário recorrer a terras de empréstimo para aterro das trincheiras, sempre que os produtos provenientes da escavação não assegurem uma boa compactação de aterro. É da responsabilidade do Empreiteiro o fornecimento, transporte, carga e descarga das terras de empréstimo para o local da Obra. 3.2.13. Levantamento e Reposição de Pavimentos (Quando Aplicável – Redes Instaladas no Exterior dos Edifícios) a) O arranque e a reposição de pavimentos deverão ser executados em conformidade com o prescrito na legislação aplicável. b) O Empreiteiro deverá repor os pavimento levantados de forma a que, tanto quanto possível, se não distingam do restante pavimento, tendo em atenção o articulado do mapa de medições. c) A fundação deverá ser constituído, por tout-venant e executada por camadas de 0,20 m devidamente compactadas por cilindro vibrador, incluído uma faixa de 0,50 e 0,20 m para cada lado da trincheira, respectivamente em faixa de rodagem e passeios. d) Sempre que se venha a verificar qualquer abatimento de pavimento proveniente da má compactação de aterro, deverá o Adjudicatário proceder imediatamente à sua conveniente reparação. Caso não o faça no prazo que lhe for indicado, será a reparação realizada por outra empresa escolhida pela Fiscalização, que debitará o seu custo ao Adjudicatário. e) Em caso de emergência e na impossibilidade duma tão rápida quão necessária participação ao Empreiteiro, poderá a Fiscalização mandar outra empresa realizar os trabalhos julgados imprescindíveis, debitando-os ao Adjudicatário. f) Entende-se que os preços indicados para reposição de pavimentos englobam todas as reparações necessárias ao seu estado até à data da recepção definitiva da empreitada. g) A reposição de pavimentos deverá respeitar legislação aplicável. h) Salvo indicação em contrário no mapa de medições constante do projecto, a reposição em valas com profundidade até 1,50 m, deve ter sobrelargura de 0,20 m para cada lado da vala. 3.2.14. Ensaios 3.2.14.1. Prova das canalizações

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Todas as canalizações antes de entrarem em serviço serão sujeitas a provas que assegurem a perfeição do trabalho de assentamento. As canalizações e os acessórios deverão ser travados e ancorados se necessário com dispositivos de carácter provisório. As bombas para os ensaios hidráulicos deverão ser instalados o mais próximo possível do ponto de menor cota do troço a ensaiar. Decorrido o tempo indicado para o enchimento da tubagem, e obturadas as extremidades dos troços a ensaiar, começar-se-á a elevar gradualmente e lentamente a pressão no troço até se atingir a pressão de ensaio. A bomba para a prova hidráulica será instalada o mais próximo possível do ponto de menor cota do troço a ensaiar. As canalizações dos esgotos dos edifícios e seus ramais de ligação serão submetidas a ensaios, em conformidade com o artigo 269, Capítulo VIII, do Decreto Regulamentar 23/95 de 23 de Agosto, fixando-se a pressão de 400 Pa (4 m.c.a.) considerando o sistema em completo estado de funcionamento, não devendo notar se qualquer fuga ou abaixamento de pressão, durante pelo menos 15 minutos. 3.2.14.2. Ensaios de Estanquidade com ar ou fumo nas Redes de Águas Residuais Domésticas a)O sistema é submetido a uma injecção de ar ou fumo à pressão de 400 Pa, cerca de 40 mm de coluna de água, através de uma extremidade, obturando-se as restantes ou colocando nelas sifões com o fecho hídrico regulamentar; b)O manómetro inserido no equipamento de prova não deve acusar qualquer variação, durante pelo menos 15 minutos depois de iniciado o ensaio; c)Caso se recorra ao ensaio de estanqueidade com ar, deve adicionar-se produto de cheiro activo, como por exemplo a hortelã, de modo a facilitar a localização de fugas. 3.2.14.3. Ensaios de Estanqueidade com água nas Redes de Águas Residuais Domésticas a)Incide sobre os colectores prediais da edificação, submetendo-os a carga igual à resultante de eventual obstrução; b) Tamponam-se os colectores e cada tubo de queda é cheio de água até à cota correspondente à descarga do menos elevado dos aparelhos que neles descarregam; c) Nos colectores prediais enterrados, um manómetro ligado à extremidade inferior tamponada, não deve acusar abaixamento de pressão pelo menos durante 15 minutos. 3.2.14.4. Ensaios de Estanquidade nas Redes de Águas Pluviais Interiores a)Os sistemas são cheios de água pelas extremidades superiores, obturando-se as restantes, não devendo verificar-se qualquer abaixamento do nível de água durante pelo menos 15 minutos; b)Nestes ensaios pode também usar-se ar ou fumo, nas condições de pressão equivalentes às da alínea anterior. 3.2.15. Trabalhos de Construção Civil

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Todos os trabalhos inerentes à instalação das redes e respectivos equipamentos referidos no projecto fazem parte da presente empreitada. 3.2.15.1. Roços O adjudicatário procederá à marcação dos traçados da tubagem de acordo com o Projecto e com as indicações da Fiscalização, assinalando convenientemente os locais das linhas. Seguidamente a Fiscalização apreciará os traçados feitos, que poderá aprovar ou não, mandando então proceder às necessárias rectificações. Depois da marcação dos traçados estar aprovada o adjudicatário poderá dar início à abertura dos roços, furos, etc. O tapamento dos roços, furos, etc, só poderá ser feito depois de verificados os diâmetros de toda a tubagem. Na abertura e tapamento de roços, furos, etc, em paredes, pavimentos ou tectos, o adjudicatário contará com a reposição de massames, betonilhas, mosaicos, azulejos, mármores, etc, que tenham de se levantar e repôr. O adjudicatário deverá ter em atenção de que é expressamente vedada a mutilação, roço ou furação de elementos estruturais da construção, nomeada-mente, vigas, pilares, paredes de betão armado, ou outros. 3.2.15.2. Abertura de Valas Depois dos respectivos traçados aprovados pela Fiscalização, serão abertas no pavimento as valas onde assentarão as tubagens. As escavações para abertura das valas serão executadas até às cotas necessárias de modo a poder fazer-se o assentamento das canalizações de acordo com o projecto e segundo as determinações da Fiscalização da Obra. O modo de atacar as escavações e de remover os produtos dessas escavações será a arbítrio do adjudicatário que executará à sua conta os eventuais trabalhos de enxugo das valas durante a sua abertura e assentamento das canalizações. 3.2.15.3. Aterros Depois de concluídas as valas, assente a tubagem e ensaiada, proceder-se-á ao seu tapamento, com produtos da escavação, até se atingirem os níveis dos pavimentos. As terras sobrantes serão removidas para local de aterro, a definir com a fiscalização da obra. 3.2.16. Aprovação dos Materiais/Garantias Todos os materiais, órgãos e equipamentos devem ser sujeitos à prévia aprovação da Fiscalização da obra. Os materiais sujeitos a Homologação deverão ser apresentados com os respectivos Documentos de Homologação passados pelo LNEC, Normas Europeias ou outros documentos equivalentes. Relativamente aos materiais, órgãos e equipamentos para os quais haja prazo de garantia definido pelo fabricante, deve ser entregue pelo adjudicatário documento comprovativo do mesmo. O adjudicatário deve ainda comprometer-se a reparar ou substituir os elementos defeituosos.

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Durante o período de garantia o adjudicatário deverá efectuar inspecções periódicas para afinação ou reparação das instalações realizadas. A recepção definitiva da obra só terá lugar depois do adjudicatário ter entregue todos os relatórios correspondentes ao período de garantia das instalações. 3.2.17. Garantia e Assistência Técnica O adjudicatário obriga-se, durante o prazo de garantia, a reparar, afinar ou substituir quaisquer tubos, peças ou órgãos nos quais se reconheçam defeitos de construção ou de montagem. Por outro lado o adjudicatário compromete-se a prestar gratuitamente toda a assistência técnica julgada conveniente, bem como fazer, também gratuitamente, durante o mesmo prazo a conservação de todas as instalações, devendo atender prontamente a toda e qualquer reclamação de mau funcionamento. Durante o período de garantia, pelo menos de três em três meses, deverá o adjudicatário efectuar, através de pessoal especializado, inspecções, afinações e reparações a todas as instalações executadas e, apresentar relatório em duplicado do seu resultado, na sede do adjudicante ou seu representante. A recepção definitiva só terá lugar depois do adjudicatário ter entregue a totalidade dos relatórios correspondentes ao período de garantia das instalações. 3.2.18. Casos Omissos No que este Caderno de Encargos for omisso, observar-se-ão as regras de boa técnica, bem como as respectivas disposições regulamentares em vigor.

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4. MEDIÇÕES