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Miriam Regiane Dutra Cabrera Disciplina: Bases Epistemológica da organização do conhecimento Prof. Dr. José Augusto Chaves Guimarães http://www.slideshare.net/MiriamRegianeDutraCabrera/michael-buckland

Michael Buckland

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Apresentação para a disciplina do prof. José Augusto Chaves Guimarães - Unesp, Marília

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Page 1: Michael Buckland

Miriam Regiane Dutra Cabrera

Disciplina: Bases Epistemológica da organização do conhecimento

Prof. Dr. José Augusto Chaves Guimarães

http://www.slideshare.net/MiriamRegianeDutraCabrera/michael-buckland

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Michael Keeble Buckland, nasceu em 1941 na Inglaterra

Professor emérito da UC Berkeley School of Information

Co-Diretor do Centro Cultural Electronic Atlas Initiative.

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Textos abordados

O que é um “documento”

Informação como coisa

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O que é um documento

Palavra “documento” denota um registro textual

Multimeios

Final do século 19 – crescente aumento de publicações – novas técnicas

Termo: “bibliografia”

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Razões para o não uso do termo Bibliografia:

a)Era necessário mais do que a tradicional bibliografia, como técnicas para reproduzir originais

b)A palavra tem outros significados conhecidos, como bibliografia histórica

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Europa, início do século 20 – Documentação

Conjunto de técnicas necessárias para controlar/administrar documentos

Termo aceito para bibliografias, serviços de informação especializada, gerência de registros e o trabalho arquivístico

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1950, novas terminologias: “ciência da informação”, “armazenamento e recuperação da informação”, “gestão da informação” substituíram a Documentação

Texto impresso (documentalistas) materiais gráficos e audiovisuais

EUA – “registro gráfico” e “livro genérico”

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Paul Otlet

Documentos poderiam ser tridimensionais

1934, Traité de Documentation “registros gráficos e escritos são representações

das idéias ou dos objetos”

“os objetos podem ser considerados como documentos se você é informado pela observação

deles”

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Exs: produtos manufaturados, achados arqueológicos, jogos educacionais e obras de arte

Schuermeyer, 1935“Hoje em dia compreende-se como um documento

qualquer material básico para aumentar nosso conhecimento e que esteja disponível para o

estudo ou comparação”

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Instituto Internacional para a Cooperação Intelectual, em colaboração com a União Francesa de Organismos da Documentação, desenvolveu e adotou:

“Documento: qualquer fonte de informação, em forma material, capaz de ser usado para a

referência ou o estudo ou como uma autoridade. Ex. manuscritos, matéria impressa, espécimes do

museu”

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Briet

1951, publicou o manifesto “Qu’est-ce que la documentation”

“Um documento é a evidência na sustentação de um fato”

“É todo sinal físico ou simbólico, preservado ou gravado destinado a representar, reconstruir, ou demonstrar um fenômeno físico ou conceitual”

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Antílope

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Inferências das regras de Briet

1.Há materialidade: objetos e sinais físicos

2.Há intencionalidade: pretende-se que o objeto seja tratado como evidência

3.Objetos têm que ser processados – documentos

4.Há posição fenomenológica: objeto é percebido como documento

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Donker Duyvis

Sucessor de Otlet na FID

Não era materialista

Adotou Otlet mas nos termos de interesse de Rudolf Steiner (fundador da Antroposofia)

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“Um documento é o repositório de um pensamento expressado. Conseqüentemente

seus índices tem um caráter espiritual[...]

[...]Na padronização da forma e a disposição dos documentos é necessário restringir esta atividade àquela que não afeta os conteúdos

espirituais e que serve para remover uma variedade muito irracional.”

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Ranganathan

Posição restritiva a definição de documento, não incluindo materiais audiovisuais, comunicações de rádio e tv

“Mas eles não são documentos, porque não são materiais preparados/adaptados para o manuseio/tratamento ou a preservação”

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Louis Shors e Jesse H. Shera : Comunicações audiovisuais: extensão de registros textuais

Duffrenne, 1973: “textos científicos (...) sinais cujo significado nos acopla em uma atividade somente depois que primeiramente forneceu-nos com informação

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Informação como coisa

Informação: definições insatisfatórias, limites confusos e abordagem não satisfaz qualquer dos significados determinados

Usos:a)Informação-como-processob)Informação-como-conhecimentoc)Informação-como-coisa

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Wiener: “informação é informação, não um material e nem energia”

Faithorne(1954) : “Informação é um atributo do conhecimento recebido e interpretação do sinal, não do remetente.”

Informação-como-coisa: interesse especial no estudo de sistemas de informação (bibliotecas-livros; bases de dados em computadores-bits e bytes; museus-objetos)

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Usuários tornam-se bem informados (Informação como processo)

Resultado desse processo é o conhecimento (Informação como conhecimento)

↓Informação física: manipulada,

operacionalizada, armazenada, recuperada (Informação como coisa)

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Informação como evidência

Dicionário Oxford – “Informação, quer na forma de testemunho pessoal, na linguagem dos documentos, ou na produção de objetos materiais, que é dada numa investigação legal”

Se tiver um valor no sentido de informação, então poderia ser tomada como evidência

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Schreiner (1985) :

“Evidência parece ser próxima o bastante ao sentido de informação-como-coisa considerando o seu uso como um sinônimo, quando por exemplo, descreve objetos de museu como ‘evidências de peças autênticas da história da natureza e sociedade’. ”

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Tipos de informação

1. Dados – na forma plural da palavra latim “datum” : coisas que podem ser dadas. Atualmente o termo é usado para o registro armazenado em computador.

2. Textos e documentos – dominam nos SI

3. Objetos – literatura predomina em dados e textos como fontes de informação

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Mas....Dinossauros e fósseis

Fox, Machlup, Belkin e Robertson

Brookes (1974): “Não vejo razão para que aquilo que é aprendido pela observação direta do desenvolvimento físico não deveria ser considerada como informação assim como aquilo que é aprendido através da observação de sinais num documento”.

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Wersig (1979) : visão limitada, derivada de 3 fontes:

a)Gerada internamente pelo esforço mentalb)Adquirida pela percepção pura do fenômenoc)Adquirida pela comunicação

Buckland entende a informação-como-coisa nas fontes b e c

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Mapa - documento ↓

Mapa tridimensional ↓

Globo

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Globo (modelo da terra) ↓

Modelo de trem ↓

Representação informativa do original

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Documento, do latim:

Docere: para aprender ou para informar

Ment: significado

Significado de aprendizagem ou informação assim como uma lição, uma experiência ou texto.

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Cópias de informação e representação

Cópias idênticas – formalmente classificadas como impressas e representativas

Tecnologias de produção em massa (ex. impressão) – cópias igualmente idênticas

Buscar uma cópia, mas não necessariamente a mesma anteriormente consultada ou

Buscar uma cópia de um título diferente em vez de ler uma cópia diferente do mesmo título

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Museus – telefones aceitável desde que faça parte da mesma produção seriada

Arquivos e museus – 2 documentos fisicamente idênticos podem se tornar diferentes se ocorrerem em diferentes ligares, por causa do contexto do acervo no qual foram arquivados.

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Bases de dados – menos clara

Cópias temporárias, virtuais

Reprodução: papel ou outro meio de armazenagem

Progresso nas TI – habilidade em fazer descrições físicas (informação-como-coisa)

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Fotografias aperfeiçoam desenhos↓

Imagens digitais aperfeiçoam fotografias

Reprodução de obras de arte: mais acessos físicos sem estragar a originalidade

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CONCLUSÕES

Informação-como-coisa merece atenção, pois é a única forma de informação diretamente tratada pelos sistemas de informação

Poderíamos criar alguma ordem dentro da CI se pudéssemos identificar um subconjunto de atividades de informação-manual que se relacione apenas com informação neste aspecto (Bibliografia histórica, análise estatística)

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Redefiniu técnicas para o desenvolvimento e formalizou modos de descrição e de representação efetiva de seus particulares tipos de informação-como coisa

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REFERÊNCIAShttp://people.ischool.berkeley.edu/~buckland/

thing.html

http://people.ischool.berkeley.edu/~buckland/whatdoc.html