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Português Vieira do Minho, Abril 2010.

Miguel torga - eliana e joana

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Page 1: Miguel torga - eliana e joana

Português

Vieira do Minho, Abril 2010.

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I – Infância e Vida Académica de Torga

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I - Adolfo Correia Rocha (pseudónimo de Miguel Torga).

Nasce a 12 de Agosto de 1917, em S. Martinho de Anta (perto de Vila Real);

Filho de Francisco Correia Rocha e Maria da Conceição Barros; e a irmã Maria.

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I - Vida de Miguel Torga (em Portugal)

Aos 10 anos (1917) começa a trabalhar, morando em casa de parentes;

Em 1918 vai para um seminário de Lamego, onde adquiriu conhecimentos bastantes gratificantes para a sua vida futura, decide no entanto no final das férias de Verão que não vai ser Padre.

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I - No Brasil…É aos 12 anos (1919) que Torga é enviado

para o Brasil – Minas Gerais, a fim de trabalhar numa fazenda de um tio;

Era um “escravo” daquela fazenda, era ele quem tinha mais trabalho, o primeiro a acordar e o último a deitar-se.

Quatro anos após isso, o tio decide matriculá-lo no Ginásio de Leopoldina.

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I - Em 1925O tio decide que o sobrinho devia ser doutor

em Coimbra, por isso propõe-se a pagar-lhe os estudos como recompensa do trabalho dedicado à fazenda durante 5 anos;

De regresso a Portugal, Torga dedica-se a acabar os ciclos escolares para poder ir para a universidade, acaba estes ciclos em 3 anos.

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I - Na UniversidadeEm 1928, Adolfo Rocha passa a ser

estudante de Medicina na Universidade de Coimbra;

Fez parte do grupo República da Estrela do Norte;

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Em 1929, publica o poema “Atitudes” na revista: Presença, folha de arte e crítica;

Em 1939 deixa de fazer parte da revista por achar que esta discordava com as razões de liberdade humana;

Em Julho do mesmo ano funda a revista “Sinal” com Branquinho da Fonseca;

Publica o seu 2º livro ( “Rampa” ) em Junho do mesmo ano.

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I - Fim da UniversidadeEm 1933 acaba o curso de Medicina;Volta a S. Martinho de Anta sendo

reconhecido com fama de revolucionário;Muda-se para Vila Nova – Miranda do Corvo

Coimbra, a meados de 1934.

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II – Vida Familiar de Torga

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II – Casamento de Torga e morte da mãeCasa-se em 1940 com Andrée Crabbé de

nacionalidade Belga, esta encontrava-se em Portugal a tirar um curso durante as férias;

A mãe de Torga morre em 1948.

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II - Nascimento da Filha, morte do pai e 50 anos de casadoA 3 de Outubro de 1955 nasce a filha de

Torga – Clara Rocha.O pai de Miguel Torga morre

semanas depois do nascimento da neta;

A 27 de Julho de 1990 comemora os 50 anos de casado, junto dos mais próximos.

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III – Obra e Prémios de Miguel Torga

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III - Obra

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PrémiosEntre outros destacam-se os seguintes

prémios:1969 – prémio do Diário de Notícias;1976 – prémio internacional de poesia

Knokke-Heist;1980 – prémio Morgado de Mateus;1981 – prémio Montaigne;1989 – prémio Camões;1991 – prémio personalidade do ano;1993 – prémio da Crítica.

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IV – Curiosidades sobre a vida de Miguel Torga

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IV - Na políticaA seu ver, a política era uma aflição;Foi preso várias vezes devido aos seus escritos

(no tempo de Salazar, alguns dos seus escritos foram censurados – a PIDE prendeu-o devido ao que escrevia, onde se referia à política Salazarista);

Participa no golpe militar a 25 de Abril de 1974;

Torna-se amigo de Ramalho Eanes;Nunca fez parte de nenhum partido pois para

ele o seu partido era o da “liberdade”, como ele dizia “O meu partido é o mapa de Portugal”.

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IV - ViagensMiguel Torga adorava viajar, foi para o Brasil em

criança;Em 1937 viaja para a Espanha, França e Itália;Vai a Istambul em 1953;Volta ao Brasil em 1954;Em 1973, faz uma extensa

viagem pela África lusófona.

Vai ao México em 1983;Em 1987 vai a Macau;Vai também a Hong Kong e Goa.

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V – Poemas

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RETRATO

O meu perfil é duro como o perfil do mundo.Quem adivinha nele a graça da poesia?

Pedra talhada a pico e sofrimento,É um muro hostil à volta do pomar.Lá dentro há frutos, há frescura, há

quantoFaz um poema doce e desejado:

Mas quem passa na ruaNem sequer sonha que do outro lado

A paisagem da vida continua.

Diário, vol. VI, in Poesia Completa,

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Orfeu rebelde○ Orfeu rebelde, canto como

sou:Canto como um possessoQue na casca do tempo, a

canivete,Gravasse a fúria de cada

momento;Canto, a ver se o meu canto

comprometeA eternidade no meu

sofrimento.

○ Outros, felizes, sejam rouxinóis…

Eu ergo a voz assim, num desafio:

Que o céu e a terra, pedras conjugadas…

Do moinho cruel que me tritura,

Saibam que há gritos como há nortadas,

Violências famintas de ternura.

 ○ Bicho instintivo que

adivinha a morteNo corpo dum poeta que a

recusa,Canto como que usaOs versos em legítima

defesa.Canto, sem perguntar à MusaSe o canto é de terror ou de

beleza.

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Segredo

Sei um ninho.E o ninho tem um ovo. E o ovo, redondinho, Tem lá dentro um passarinho Novo.

Mas escusam de me atentar: Nem o tiro, nem o ensino. Quero ser um bom menino E guardar este segredo comigo. E ter depois um amigo Que faça o pino A voar... Miguel Torga, in "Diário VIII"Miguel Torga, in "Diário VIII"

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Súplica○ Agora que o silêncio é

um mar sem ondas, E que nele posso navegar sem rumo, Não respondas Às urgentes perguntas

Que te fiz. Deixa-me ser feliz Assim, Já tão longe de ti como de mim.

○ Perde-se a vida a desejá-la tanto. Só soubemos sofrer, enquanto O nosso amor Durou. Mas o tempo passou, Há calmaria... Não perturbes a paz que me foi dada. Ouvir de novo a tua voz seria Matar a sede com água salgada.

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VI – Partida de Miguel Torga

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VI - Morte do poetaA 17 de Janeiro de 1995, morre o médico

Adolfo Rocha e poeta Miguel Torga, uma só alma e um só corpo.

O seu corpo foi enterrado no cemitério de S. Martinho de Anta.

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Sumário:I – Infância e Vida Académica de Torga;II – Vida familiar de Torga;III – Obra e Prémios de Miguel Torga;IV – Curiosidades sobre a Vida de Miguel

Torga;V – Poemas;VI – Partida de Miguel Torga

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Trabalho realizado por:Eliana da Silva nº9 Joana Vieira nº13

Turma 10ºA