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Modernismo no Brasil Geração de 30 – Romance regionalista (2ª fase modernista)

Modernismo romance de 30

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Modernismo no Brasil - Literatura. Slides com resumo de autores e características do romance de 30 da segunda geração modernista brasileira.

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Modernismo no BrasilGeração de 30 – Romance regionalista (2ª fase modernista)

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Características

• Busca por uma expressão nacional;

• Regionalismo (bairrismo);

• Temática social ligada às diferentes regiões do Brasil;

• Neorrealismo:

▫ Crítica e tipificação social;

▫ Verossimilhança;

▫ Análise psicológica;

▫ Narrativa linear.

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Principais autores

• José Lins do Rego (1901-1957):

▫ Fogo Morto, Menino de Engenho, Doidinho, (...).

▫ Temática: ciclo da cana-de-açúcar, engenho (ascensão e decadência).

• Jorge Amado (1912-2001)

▫ Capitães de areia, Suor, Mar morto, Jubiabá, (...).

▫ Literatura engajada;

▫ Ponto de vista dos grupos marginalizados.

▫ 2ª fase: volta-se mais para cultura popular, religiões de origem africana, erotismo.

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[...] Ela sempre que me ensinava as letras debruçava-se porcima de mim. E os seus abraços e os seus beijos eram os maisquentes que já tinha recebido. E o Dr. Figueiredo não parava nolugar. Só ficava quieto a ler os jornais e os livros, que tinha muitospela mesa. A mulher era quem me ensinava, quem tomava conta demim. Uma vez ví-a a chorar, com os olhos vermelhos e o Dr.Figueiredo sair de casa batendo com a porta. E de outra, enquanto euficava sozinho na sala com o meu livro na mão, ouvi no interior dacasa um ruído de pancadas e uns gritos de quem estivesse a apanhar.Compreendi então que a minha bela Judite apanhava do marido.Tive mesmo o ímpeto de correr para a rua e chamar o povo para lheacudir. Mas fiquei quieto na ladeira, escutando-lhe os soluçosabafados. Mais tarde ela chegou para me ensinar, e abraçou-me ebeijou-me como nunca. Fiquei a pensar no que sofria a minha amiga,na convivência daquele homem magro e alto.

(Trecho de Menino de Engenho – José Lins do Rego)

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[...] Porque naquelas casas, se o acolhiam, se lhe davamcomida e dormida, era como cumprindo uma obrigaçãofastidiosa. Os donos da casa evitavam se aproximar dele, e odeixavam na sua sujeira, nunca tinham uma palavra boa paraele. (...) Mas desta vez estava sendo diferente. Desta vez não odeixaram na cozinha com seus molambos, não o puseram adormir no quintal. Deram-lhe roupa, um quarto, comida nasala de jantar. (...) Então os lábios de Sem-Pernas sedescerraram e ele soluçou, chorou muito encostado ao peito desua mãe. E enquanto a abraçava e se deixava beijar, soluçavaporque a ia abandonar e, mais que isso, a ia roubar. E ela talveznunca soubesse que o Sem-Pernas sentia que ia furtar a sipróprio também.

(Trecho de Capitães de Areia – Jorge Amado)

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Principais autores

• Graciliano Ramos (1892-1953)▫ Vidas Secas, São Bernardo, Memórias do Cárcere, (...).

Obras de ambientação rural.▫ Síntese entre meio e indivíduo (funde social e

psicológico);▫ Linguagem mais clara e objetiva;▫ Influência do meio – animalização e “reificação” do ser

humano.• Érico Veríssimo (1905-1975)

▫ Romances urbanos (1ª fase) - Caminhos cruzados (Sem um núcleo narrativo, histórias paralelas que se cruzam).

▫ Romance histórico (2ª fase) – O tempo e o vento. História do Rio Grande do Sul contada pela história de uma família. Tempo: destruição x Vento: permanência.

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São Bernardo (Graciliano Ramos)

• Obra escrita em 1ª pessoa.▫ Há diferenças entre Paulo Honório narrador (que já

vivenciou sua história) e Paulo Honório personagem.

• Narra a trajetória de Paulo Honório e das terras deSão Bernardo;

• Ascensão e decadência tanto de Paulo Honórioquanto do sistema que ele representa: capitalismo.

• Relações de interesse: casamento entre PauloHonório e Madalena.▫ Diferenças de visão de mundo e personalidades.

• Processo de “reificação” (em outras palavras,“coisificação”) do ser humano.

• Paulo Honório: produto do meio.

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Cynthia Funchalhttp://www.portuguesatodaprova.com.br

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