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Redes Locais de Computadores 54
Cabeamento estruturado
Objetivos específicos
– Cabeamento não estruturado:
• Citar as vantagens e desvantagens no uso de cabeamento estruturado em uma LAN
• Descrever os subsistemas e componentes do cabeamento segundo a norma ANSI 568-A, citando os tipos de meios físicos adotados e as distâncias máximas permitidas
• Relacionar a terminologia e os conceitos definidos na norma brasileira com aqueles da norma ANSI 568-A
• Descrever o escopo da norma ANSI 570-A, os dois graus de distribuição definidos e as funções dos componentes do cabeamento
• Instalação com pouco planejamento
• Não existe estudo para previsão de crescimento da rede
• Geralmente não tem documentação
• Custo inicial baixo
• Rápida implantação
• Custo para expansão elevado
• Pouca flexibilidade
– Conceito de Rede Estruturada:
• Disposição de uma rede de cabos, que pode ser facilmente redirecionada para prover caminho de transmissão entre quaisquer dos seus pontos.
• Pode integrar serviços de dados e voz.
• Permite que modificações na rede possam ser feitas de forma rápida
• Necessita de um bom planejamento
• Custo inicial maior que no cabeamento não estruturado
• Custos baixos de manutenção e para implementar expansões da rede
• Instalação rica em documentação Normas para cabeamento estruturado:
– ANSI / EIA / TIA 568-A: (procedência norte-americana)
• Define um padrão genérico de cabeamento de telecomunicações para prédios comerciais, para suportar ambientes com equipamentos variados de diferentes fabricantes para uma vida útil de pelo menos 10 anos
• Lançada em 1995 e de uso muito difundido
Redes Locais de Computadores 55
– ANSI / EIA / TIA 570A:
• Lançada em 1999, compreende normas para cabeamento residencial
– ISO / IEC 11.801: (julho de 1995)
• Padrão de cabeamento internacional desenvolvido pela ISO
– Norma brasileira: ABNT 03:46.05
• Elaborada por uma comissão de estudos do Cobei (Comitê da ABNT dedicado à normalização nas áreas de Eletrotécnica, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações)
• Mais duas normas: Projeto de caminhos e espaços de Telecomunicações em redes estruturadas e Testes para aceitação de redes estruturadas
• Baseada na EIA/TIA 568-A (principalmente) e ISO Norma EIA/TIA 568-A Escopo da norma
– Especifica subsistemas e componentes do Cabeamento Estruturado:
• Entrada do Edifício : Ponto limite do Edifício
• Sala de Equipamentos : Equipamentos ativos
• Cabeamento Backbone: Cabeamento vertical
• Armário de Telecomunicações: Distribuidores do Edifício
• Cabeamento Horizontal: Cabeamento Horizontal
• Área de Trabalho: Estações, cabos de ligação, etc.
– Define lay-out e recomenda distâncias máximas para os meios físicos
– Define os meios físicos de transmissão e seus conectores Subsistemas do cabeamento estruturado: Topologia física
– Subsistema vertical: num edifício, compõe a “espinha dorsal” (backbone) de uma rede estruturada.
• inclui a Entrada do Edifício, a Sala de Equipamentos (Distribuidor do Edifício) e o Cabeamento de backbone
– Subsistemas horizontais: redes que saem do distribuidor no pavimento com instalação física dos cabos em forma de estrela.
• inclui o Armário de Telecomunicações (Distribuidor do andar), o Cabeamento Horizontal e as Áreas de Trabalho
Redes Locais de Computadores 56
Lay-out de rede estruturada
Distribuidorexterno
Distribuidorinterno
Distribuidorinterno
Distribuidordo andar
Distribuidordo andar
Distribuidordo andar
Distribuidordo andar
Tom ada deTelecom.
Tom ada deTelecom.
Cabeam entoexterno
WAN / prédio
Cabeam ento
backbonedo prédio
Cabeam ento horizontal
(1500m)
(500m)
(90m)
Cabeamento horizontal
– Norma 568A recomenda cabeamento categoria 3, 4 e 5
– Categoria 5 apresenta melhor desempenho na transmissão a 100 Mbps que a categoria 3
• Forte tendência do mercado internacional durante últimos anos
• Novas gerações de equipamentos (Fast Ethernet) podem usar a mesma infra-estrutura de rede
Redes Locais de Computadores 57
• Esquema para o cabeamento horizontal com distâncias máximas recomendadas:
Área de distribuição no andar
A B≤ 5m
90 m C
A + B + C ≤ 10 m
Cabeaçãohorizontal
Patch cordCabo daestação detrabalho
Cabo doequipamento
Equipamentoativo
Cabeamento categoria 5E e categoria 6
– Cabeamento categoria 5E:
• norma ANSI EIA/TIA 568-B.1 e 568-B.2, aprovada em maio de 2001
• destinada a acomodar atualização para padrão Gigabit Ethernet (interface 1000BaseT) com mais “folga”: não aumenta a banda, mas melhora isolamento entre pares (menor interferência por diafonia)
– Cabeamento categoria 6:
• norma ANSI EIA/TIA 568-B.2-1, aprovada em julho de 2002
• melhora a banda passante disponível para 250 MHz (mais do que o dobro da categoria 5E) – usado para interface 1000BaseTX
• cabos podem ser não blindados (UTP) ou blindados (ScTP – Screened TP)
• apresenta melhor relação sinal/ruído e maior imunidade a ruídos externos: melhor isolamento
• projetado para suportar aplicações de Gbps (gigabits por segundo)
• norma define as respostas em freqüência esperadas para o cabeamento, especificando valores para a perda de inserção (atenuação), perda de paradiafonia (NEXT), perda de telediafonia (FEXT), perda de retorno, atraso de propagação, delay skew (angulo de atraso) e outros parâmetros relacionados
• Previsão de mercado: com a aprovação da norma em 2003, 90% dos novos sistemas de cabeamento serão categoria 6
– Cabeamento categoria 6: outras normas
Redes Locais de Computadores 58
• A norma ISO equivalente (que inclui o cabeamento categoria 6) será a IS 11801, que se refere a esse sistema como cabeamento classe E
• Norma ANSI/TIA 854 – “Especificação da Camada Física Ethernet Full Duplex para 1000 Mbps (1000BaseTx) operando em cabeamento de Categoria 6 balanceado de par trançado” – publicada em março de 2001
Meio de transmissão - Par trançado Regras para a instalação de pares trançados
– Distâncias a preservar:
• 15 cm de qualquer linha de voltagem
• 30 cm de lâmpadas fluorescentes
• 90 cm de transformadores
– Usar o percurso mais reto possível
– Em teto falso, utilizar prendedores de cabo
– Não instalar fios UTP dentro do mesmo trecho de cabo que transporte fios de
telefone (voz) → problemas de interferência e diafonia
– Dobrar os cabos formando no máximo um raio equivalente a dez vezes seu diâmetro
– Retirar o mínimo possível da cobertura externa do cabo
• principalmente nas entradas dos conduítes, pois condutores podem ficar próximos demais e gerar diafonia
– Detalhe do lançamento horizontal:
Redes Locais de Computadores 59 Meio de transmissão – Fibra óptica Cabos ópticos e seus conectores
– Tipos de conectores: ST, SMA, MIC, SC
– ST
• originalmente projetado pela AT&T
• atualmente usado para TV, equipamentos de teste, ...
• um conector para cada fibra
– SC cabo óptico com conectores ST • Atualmente é o mais usado para dados
• Permite conector duplex
– MIC (Medium Interface Connector)
• padrão ANSI para FDDI
• um conector acomoda duas fibras Regras gerais sobre cabos ópticos
– Raio de curvatura maior do que 5 cm. Se houver peso sobre os cabos aumentar o raio para 15 cm (tracionamento excessivo podem causar microdobras)
– Proteger contra dilacerações no cabo que podem ocorrer, por exemplo quando se puxa um outro cabo no mesmo duto
– Infiltração de água deteriora o cabo
– Ratos roem o cabo óptico e humanos cortam o cabo inadvertidamente
– Evitar emendas de cabo óptico Sugestões para reduzir as falhas na instalação de fibras ópticas
• Puxar o cabo pelos ementos de sustentação e nunca pela fibra; • Limpar os conectores durante a instalação, de acordo com o fabricante; • Verificar a limpeza dos conectores de fibra com videomicroscópio de alta
potência, observando também se há arranhões; • Verificar a polaridade da fibra usando um VFL (Visual Fault Locator); • Testar as instalações de cabeamento com OLTS (Optical Loss Test Set) e
OTDR (Optical Time Domain Reflectometer), para verificar as especificações; • Usar cordões de teste limpos ao testar enlaces de cabeamento;
Redes Locais de Computadores 60
• Instalar capas contra poeira em todos os conectores; • Usar videomicroscópio de alta potência: verificar terminações dos patch
cords; • Entrar em contato com os fabricantes dos equipamentos eletrônicos, antes de
limpar as portas de fibra (o método e material de limpeza mudam); • Quando surgir um defeito, usar ferramentas de teste adequadas, que
minimizam o tempo e diminuem os custos do cliente. Problemas comuns com meios físicos
– Terminação inadequada do cabo. Para evitar é preciso:
• instaladores qualificados
• montagem uniforme dos terminadores dos cabos
• fácil acesso aos terminadores (nunca no forro)
– Cabos
• excesso de comprimento
• muitas terminações
• cabos multicondutores (cross-talk)
• interferência elétrica (lâmpadas fluorescentes e transformadores)
– Documentação
• rótulos indeléveis/ plantas de fiação devem ser atualizadas com distâncias
Norma brasileira
– Estabelece requisitos mínimos aplicáveis ao projeto de redes estruturadas: nada impede a instalação de cabeamento com exigências de desempenho superiores
– Faz referência a componentes de cabeamento metálico categoria 3, 4 e 5, cabos trançados blindados, cabos ópticos multimodo e monomodo
– Ênfase em identificação e documentação
– Capítulo sobre “administração da rede interna estruturada”: sugere códigos de letras, números e cores a serem usados em etiquetas, placas de identificação e sinalização, plantas, cortes, tabelas e outros itens de documentação
Redes Locais de Computadores 61
Diferenças com relação à norma EIA Nomenclatura dos Subsistemas do cabeamento estruturado
– Subsistema Primário – composto por:
• Entrada de Telecomunicações: corresponde ao Ponto limite do Edifício
• Distribuidor Geral: corresponde à Sala de Equipamentos ou distribuidor geral
• Cabeamento Primário: corresponde ao Cabeamento vertical
– Subsistema Secundário – composto por:
• Distribuidor de Andar: corresponde ao Armário de Telecomunicações ou Distribuidor de pavimento
• Cabeamento Secundário: corresponde ao Cabeamento Horizontal indo até as Tomadas de telecomunicações
– Prédios diferentes podem ser ligados através de um Cabo Primário (de interligação), levando do Distribuidor Geral no prédio principal (onde se encontra a Entrada de Telecomunicações) a um Distribuidor Intermediário no outro prédio
Componentes da instalação
– Cordões de conexão: abrange os cordões usados nos distribuidores (patch cords) e os usados na ligação de equipamentos ativos e equipamentos terminais nas áreas de trabalho
• devem ter conectores montados em suas extremidades (assim, um jumper não pode ser considerado um cordão de conexão)
• cordão não pode ter características inferiores ao restante do cabeamento
• Limites de comprimento: máximo de 3 m, para cordões de ligação entre equipamentos terminais e as tomadas de telecomunicações nas áreas de trabalho e máximo de 7 m, para os cordões usados nos distribuidores
– Tomadas de telecomunicações: podem ser tanto para conectores de meios metálicos (RJ 45) quanto ópticos (tomadas multimídia): duas tomadas no mínimo a cada 10 m2 de área de trabalho
– Blocos e painéis de conexão: usado nas conexões em distribuidores e em outros nós físicos da rede
• blocos de conexão: são os blocos de engate rápido (herdados da telefonia) com 8, 10, 25, 50, 100, 300 e 900 pares. Podem ser montados em painéis de madeira, em bastidores metálicos ou fixados na parede.
• painéis de conexão são os patch panels tradicionais com 12, 16, 24, 32, 48, 64 e 96 tomadas (RJ 45) ou painéis de conexão óptica
Redes Locais de Computadores 62
– Cabos: estabelece os tipos de cabo e comprimentos máximos permitidos
Tabela – Tipos de cabos e comprimentos máximos Comprimento máximo (m)
Tipo de cabo Cabeamento primário
Cabeamento secundário
UTP Categoria 3 800 90 UTP Categoria 4 90 90 UTP Categoria 5 90 90 Fibra multimodo 62,5/125 µm 2000 90
Fibra multimodo 50/125 µm 3000 90 Fibra monomodo 3000 ---
Cabeamento secundário
Distribuidor do andar
A B
≤ 7m
90 m C
C ≤ 3 m
Cabosecundário
Painel deconexão
Cabo deconexãoCabo de
conexão
Equipamentoativo
A + B
Esquema do cabeamento secundário com distâncias máximas recomendadas
– Projeto deve começar “pelas pontas”
– Norma prevê também que entre o distribuidor do andar e qualquer ponto de tomada haja um único “ponto de consolidação de cabos” : equivale às caixas de derivação (caixas com elementos de conexão do tipo “emenda direta”, sem conexão cruzada), situado a mais de 15 m do distribuidor
– Cabos não podem ter ou sofrer emendas Cabeamento primário
– Vai desde o Distribuidor geral aos distribuidores dos andares
– Admite somente um distribuidor intermediário entre o geral e o de andar
Redes Locais de Computadores 63
Entrada deTelecomunicações
Tomada deTelecom.
Tomada deTelecom.
Cabo de interligação interno
Cabeamento
primário
Cabeamentosecundário
(90m)
Distribuidorintermediário
A
C
B
Distribuidordo andar
Distribuidordo andar
Distribuidordo andar
Distribuidordo andar
DistribuidorGeral
– Comprimento máximo para o cabeamento primário:
Comprimento máximo (m) para o cabeamento primário Tipo de cabo Trecho A Trecho B Trecho C Metálico: Multipares 800 500 300
Fibra óptica Multimodo 2000 500 1500 Fibra óptica Monomodo 3000 500 2500
– Pode acrescentar 20 m para ligações com jumper ou cordão para cabo de interligação interna
Cabeamento residencial
– Padronizado pela norma ANSI/EIA/TIA 570 A, aprovada em 1999, permitindo automação, controle e transmissão de sinais.
– Define padrões e referências para o dimensionamento correto de um cabeamento residencial, que integra e inclui os seguintes sistemas:
• Telefonia fixa (acesso a linhas telefônicas digitais)
• Computadores, rede local e acesso à Internet (inclusive banda larga)
• TV paga (cabo ou satélite)
• Interfonia inteligente e controle remoto
• Vigilância eletrônica
Redes Locais de Computadores 64
– Norma define dois graus de distribuição interna de cabeamento residencial:
• Grau 1 – provê cabeamento básico; atinge requisitos mínimos para serviços de telecomunicações (telefonia, dados e TV): recomenda 1 canal de cabo UTP cat. 3 (mínimo) + 1 canal de cabo coaxial (série 6) por tomada;
• Grau 2 – provê cabeamento básico e também inclui futuros serviços multimídia: recomenda 2 canais de cabo UTP cat. 5E (mínimo) + 2 canais de cabo coaxial (série 6) + 1 canal opcional de fibra óptica por tomada.
– Componentes de um sistema de cabeamento residencial:
Tomada ADO
Equipamento do usuário CPE
Para o provedor
de serviços
Sala aces
•
•
•
•
DP
principal de so
Interface de rede
Ponto de demaa rede interna dficam abrigados
Cabos primárioprovedor ou inte
Norma reco Topologia re
barramento
Distribuidor in(BC) e secundámuitas vezes al
Tomada ADO: interna, facilitan
Cabo
ADO
Distribuidor interno (DD)
Quarto
Bridge de entrada
rcação (DP): limite entro usuário. Na sala prin os equipamentos do pr
s (BC) ou cabos ADOrfaces de rede e a caixnhece cabos UTP, cabocomendada estrela (UT
(coaxial)
terno (DD): acomoda asrios (OC), a tomada auxguns equipamentos do u
provê um meio de isolardo a localização de falh
OC
e o provedor de acesscipal de acesso opcioovedor, caso houver.
: interliga os equipamea de distribuição interns coaxiais e fibras óptP), anel óptico (fibra)
terminações dos cabiliar de desconexão (Asuário (CPEs)
a rede do provedor das eventuais.
CPE
Tomada de telecomunicaçõeso enal
ntoa (icasou
os DO
a re
TO
xterno e mente
s do DD)
primários ) e
de
Redes Locais de Computadores 65
• Cabeamento secundário: composto pelos cabos secundários (OC), pelas tomadas de telecomunicações (TO) e pelos conectores alojados em DD.
Mesmas restrições da norma 568 A Topologia estrela para cabo UTP (conector RJ-45), cabo coaxial com
conector F e fibra óptica com conector SFF (Small Form Factor)
– Considerações de projeto:
• Dimensionamento adequado do cabeamento secundário
• Distribuição coerente das tomadas de telecomunicações
• Localizar o DD em ambiente seguro e de fácil acesso para configurações, ativações e manobras e de forma a minimizar o comprimento dos cabos secundários
• Dimensionamento da sala principal de acesso à residência e do cabeamento primário, se houver.
Outros elementos da rede estruturada (comercial e residencial) Canalização para meios físicos
– Canais embutidos:
• Conduítes corrugado
• Eletrodutos Aço galvanizado, ferro, PVC (semi-rígido ou rígido)
• Caixas de passagem
• Material para fixação
– Canais de superfície:
• Perfilados
• Calhas Plástica (ventilada/fechada) Alumínio
• Canaletas plásticas Gabinetes de fiação
– Ponto importante para sistema de cabeamento de redes de maior porte
– Redes pequenas: sistema de cabeamento não usa gabinete → Hub com cabos indo diretamente para as placas adaptadoras de rede em cada máquina
Redes Locais de Computadores 66
– Instalação com mais de vinte nós → recomenda-se uso gabinete de fiação
• dentro de um armário, ou
• ocupando uma sala ou parte da sala de equipamentos
• deve ser facilmente acessível (para quem de direito) mas muito bem protegido
– Elementos:
• Patch panels para cabeamento vertical (de/para outros prédios)
• Patch panels para cabeamento horizontal (interno no prédio)
• Cabos de derivação (patch cords)
• Hubs / Switches / Roteadores, modems e servidores
• Fontes de alimentação auxiliares para equipamentos de conexão
• NÃO DEVERÁ CONTER: tubos transportando água, vapor etc...
– Características comuns:
• Painéis frontais de 48 cm
• Armários de parede com tampa chaveada
• Racks de pé com tampa, ventilação forçada
• Tamanho típico do rack: 1,8 m altura, 73 cm (largura) e 66 cm (profundidade) e precisa pelo menos 76cm na frente para abrir a porta
• Presilhas para amarrar cabos / Guias de cabos
• Identificação segundo EIA/TIA 606 usa etiquetas coloridas: rede externa: verdes cabos centrais (verticais): brancas cabos horizontais: azuis
Compatibilidade eletromagnética (EMC) Objetivos específicos
– Para assegurar o correto funcionamento da rede de dados: prever no seu projeto e instalação medidas de EMC (Compatibilidade Eletromagnética)
• Explicar o que se entende por Compatibilidade Eletromagnética de um cabeamento de dados
• Descrever os aspectos envolvidos para uma Compatibilidade Eletromagnética adequada de uma instalação
Redes Locais de Computadores 67
– Falhas em instalações de TI (Tecnologia da Informação) podem causar prejuízos consideráveis às empresas
– EMC de sistemas e instalações consiste de diversos fatores:
Componentes ativos e passivos
Aterramento Proteção contra descargas
atmosféricas
Ambiente eletromagnético
EMC em sistemas e instalações
Ambiente eletromagnético
– Precisa-se conhecer:
• as faixas de freqüência de trabalho da instalação
• as fontes de interferência eletromagnética induzidas no ambiente
– Exemplo: instalação 10BaseT pode ser perturbada por estações de rádio FM vizinhas, estações de TV e até descargas de eletricidade estática (revestimento de piso inadequado), dentre outros.
– Pode exigir aumento da blindagem do ambiente Proteção contra descargas atmosféricas
– probabilidade de ocorrer descarga depende da localização geográfica
– captores (pára-raios) e condutores de descida só evitam danos aos humanos e edifícios
– sobretensões podem causar falhas nas instalações: para evitar usa-se zonas de proteção contra descarga (LPZ)
• LPZ1 – usa estruturas de aço do próprio edifício, ou na sua falta, instalação de circuitos em anel em pisos falsos ou tetos rebaixados. Gabinetes, painéis e periféricos conectados aos circuitos através de linhas de baixa impedância
• LPZ2 – blindagem específica contra campos magnéticos transitórios (malhas com reticulado fino) → terminais de aterramento
• LPZ3 – blindagem especificamente para gabinetes e cabos Aterramento
Redes Locais de Computadores 68
– Pode ser: de proteção ou funcional
• de proteção: para pessoas, evitando tensões de contato perigosas em carcaças metálicas de dispositivos
• funcional: para equipamentos, de forma a descarregar correntes parasitas injetadas por fontes eletromagnéticas (acoplamento indutivo, capacitivo ou irradiado)
– Cabos de fibra óptica
• usados para interconectar prédios diferentes ou gabinetes de fiação localizados em diferentes andares, especialmente se forem alimentados com transformadores elétricos diferentes
– Sistemas de aterramento defeituosos podem causar erros intermitentes
– Sistema de aterramento pode se deteriorar:
• por vibrações que afrouxam os conectores
• devido à corrosão
• a distância do terra também influi
– Equipamento para verificar aterramento: medidor de impedância de terra Componentes ativos
– União européia: usa diretiva EMC para equipamentos 89/336/EEC
– Garante alta imunidade e baixa emissão de interferência eletromagnética
– atendimento de equipamentos individuais aos requisitos das normas não implica que um conjunto (instalação) também atenda os mesmos requisitos
Componentes passivos
– Painéis, plugues, tomadas e cabos
– Parâmetros usados para medir imunidade: impedância de transferência, eficácia da blindagem, atenuação de acoplamento de ruído, ...
– É necessário testar todo o link e não os componentes isolados
Redes Locais de Computadores 69
Certificação de cabos UTP
Objetivos específicos
– Certificação do cabeamento é a verificação de sua qualidade em função de parâmetros previamente estabelecidos.
– Para as categorias 3 a 5, esses parâmetros estão definidos no Boletim Técnico TSB - 67 da Norma EIA /TIA 568 A e nas Classes de links A, B, C e D da Norma ISO / IEC 11.801
– Para realização da certificação de cabos de par trançado são utilizados testadores (scanners) de cabos UTP - categoria 5
Configuração dos testes – conceitos
– LINK BÁSICO: É o teste da parte permanente do cabeamento, correspondendo ao cabo entre o patch panel e a tomada na área de trabalho
– LINK CANAL: Corresponde a todo o cabeamento, incluindo o Link básico, patch cords e patch panels
•
Conector
Patch pannel Patch pannel
TSB 67 Link Básico
TIA 568 A, TSB 67 e ISO 11801 Link Canal
ISO 11801 Link
Blocos Cross connect
Tomada
• Explicar o que se entende por certificação do cabeamento e como ela é feita • Explicar a diferença entre link canal e link básico numa atividade de
certificação de cabeamento • Descrever os parâmetros definidos para certificação de cabeamento UTP
categoria 5 • Citar e descrever pelo menos 2 dos novos parâmetros definidos para
certificação de cabeamento UTP de categoria superior a 5
Testes (TSB 67)– parâmetros medidos:
Redes Locais de Computadores 70
– ATENUAÇÃO:
• É o total do sinal perdido no cabo, entre o transmissor e o receptor
• A atenuação é afetada pelo efeito pelicular (“skin”), perdas dielétricas e pela temperatura, para cabos que contém PVC no material isolante
– MAPA DE FIAÇÃO:
• Faz a verificação pino a pino entre as duas extremidades de um enlace de comunicação
– COMPRIMENTO:
• Verifica os comprimentos dos cabos, em função dos valores máximos estabelecidos nas Normas
• Utiliza técnica de refletometria por domínio do tempo, para determinar o comprimento e os pontos de curto ou interrupções
• A velocidade de propagação do cabo ( NVP ) deve ser fornecida pelo fabricante, para possibilitar a calibração do instrumento de teste
– NEXT ( Paradiafonia )
• É a porção do sinal transmitido que é induzida no sinal recebido, dentro de um mesmo cabo
• Depende muito do trançado do cabo
• É medida para cada extremidade do cabo
• NEXT baixa é representada por um número elevado, por exemplo 45dB
• Nos pontos de conexão, os cabos devem ser destrançados, no máximo, 13mm
• Não usar cabos indicados para voz em transmissões de dados
– Obs.: Para Gigabit Ethernet outros parâmetros estão sendo definidos para a certificação do cabeamento, tais como:
• Perda de retorno: medida da energia refletida causada por descasamento de impedâncias no sistema de cabeamento;
• Far End Crosstalk (FEXT): acoplamento indesejado do sinal de um transmissor que se encontra na extremidade distante, medido na extremidade próxima;
• Equal level Crosstalk (ELFEXT): compara o nível do sinal recebido com o nível do crosstalk;
• Delay Skew: mede a diferença entre os tempos de propagação do sinal nos vários pares de um cabo.
Certificação categoria 6:
Redes Locais de Computadores 71 • Conceito de link permanente versus link básico – o link permanente muda o
ponto de referência do teste para o final do cabo, o que reduz a margem disponível de NEXT em cerca de 2 dB a 250 MHz;
• Mudanças nos valores dos limites – mudanças não foram significativas, mas ocorreram pequenas alterações nos limites da maioria das medidas;
• Mudanças em freqüências de teste – a largura de banda foi estendida de 200 para 250 MHz a pedido da IEEE;
• Regra de 3 dB – quando a perda de inserção é menor que 3 dB (links < 15m) não pode haver falha de perda de retorno, seja qual for o resultado;
• Regra de 4 dB (apenas 2ª ed. ISO11801, não a TIA cat6) – quando a perda de inserção é menor que 4 dB, não pode haver falha de NEXT.
Novas soluções em cabeamento estruturado
– Cabeamento horizontal óptico: tecnologia Fiber-to-the-desk
• usa conector óptico VF-45
• centraliza a distribuição de cabos (dispensa os distribuidores de andar): backbone centralizado
• custo maior com a fibra óptica e placas de rede é compensado com os menores custos associados a outros aspectos da instalação:
reduz área alocada às Salas de Telecomunicações (distribuidores), reduz custos com instalação de energia elétrica estabilizada, ar
condicionado e sistemas de detecção de incêndio, reduz custos com racks, patch panels e patch cords, reduz desperdício de portas nos hubs e switches, reduz custos com a instalação de dutos e canaletas para o
cabeamento horizontal (cabo óptico é mais fino, leve e imune a interferências eletromagnéticas).
• Nova alternativa de material: Fibra Óptica Plástica (POF) para os lançamentos horizontais – apresenta características mais restritas do que a fibra de vidro (distância e taxas de transmissão menores), mas é muito mais barata (o metro da fibra e os transceptores)