18
Redes Locais de Computadores 54 Cabeamento estruturado Objetivos específicos Cabeamento não estruturado: Citar as vantagens e desvantagens no uso de cabeamento estruturado em uma LAN Descrever os subsistemas e componentes do cabeamento segundo a norma ANSI 568-A, citando os tipos de meios físicos adotados e as distâncias máximas permitidas Relacionar a terminologia e os conceitos definidos na norma brasileira com aqueles da norma ANSI 568-A Descrever o escopo da norma ANSI 570-A, os dois graus de distribuição definidos e as funções dos componentes do cabeamento Instalação com pouco planejamento Não existe estudo para previsão de crescimento da rede Geralmente não tem documentação Custo inicial baixo Rápida implantação Custo para expansão elevado Pouca flexibilidade Conceito de Rede Estruturada: Disposição de uma rede de cabos, que pode ser facilmente redirecionada para prover caminho de transmissão entre quaisquer dos seus pontos. Pode integrar serviços de dados e voz. Permite que modificações na rede possam ser feitas de forma rápida Necessita de um bom planejamento Custo inicial maior que no cabeamento não estruturado Custos baixos de manutenção e para implementar expansões da rede Instalação rica em documentação Normas para cabeamento estruturado: ANSI / EIA / TIA 568-A: (procedência norte-americana) Define um padrão genérico de cabeamento de telecomunicações para prédios comerciais, para suportar ambientes com equipamentos variados de diferentes fabricantes para uma vida útil de pelo menos 10 anos Lançada em 1995 e de uso muito difundido

Modulo1p5 081

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 54

Cabeamento estruturado

Objetivos específicos

– Cabeamento não estruturado:

• Citar as vantagens e desvantagens no uso de cabeamento estruturado em uma LAN

• Descrever os subsistemas e componentes do cabeamento segundo a norma ANSI 568-A, citando os tipos de meios físicos adotados e as distâncias máximas permitidas

• Relacionar a terminologia e os conceitos definidos na norma brasileira com aqueles da norma ANSI 568-A

• Descrever o escopo da norma ANSI 570-A, os dois graus de distribuição definidos e as funções dos componentes do cabeamento

• Instalação com pouco planejamento

• Não existe estudo para previsão de crescimento da rede

• Geralmente não tem documentação

• Custo inicial baixo

• Rápida implantação

• Custo para expansão elevado

• Pouca flexibilidade

– Conceito de Rede Estruturada:

• Disposição de uma rede de cabos, que pode ser facilmente redirecionada para prover caminho de transmissão entre quaisquer dos seus pontos.

• Pode integrar serviços de dados e voz.

• Permite que modificações na rede possam ser feitas de forma rápida

• Necessita de um bom planejamento

• Custo inicial maior que no cabeamento não estruturado

• Custos baixos de manutenção e para implementar expansões da rede

• Instalação rica em documentação Normas para cabeamento estruturado:

– ANSI / EIA / TIA 568-A: (procedência norte-americana)

• Define um padrão genérico de cabeamento de telecomunicações para prédios comerciais, para suportar ambientes com equipamentos variados de diferentes fabricantes para uma vida útil de pelo menos 10 anos

• Lançada em 1995 e de uso muito difundido

Page 2: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 55

– ANSI / EIA / TIA 570A:

• Lançada em 1999, compreende normas para cabeamento residencial

– ISO / IEC 11.801: (julho de 1995)

• Padrão de cabeamento internacional desenvolvido pela ISO

– Norma brasileira: ABNT 03:46.05

• Elaborada por uma comissão de estudos do Cobei (Comitê da ABNT dedicado à normalização nas áreas de Eletrotécnica, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações)

• Mais duas normas: Projeto de caminhos e espaços de Telecomunicações em redes estruturadas e Testes para aceitação de redes estruturadas

• Baseada na EIA/TIA 568-A (principalmente) e ISO Norma EIA/TIA 568-A Escopo da norma

– Especifica subsistemas e componentes do Cabeamento Estruturado:

• Entrada do Edifício : Ponto limite do Edifício

• Sala de Equipamentos : Equipamentos ativos

• Cabeamento Backbone: Cabeamento vertical

• Armário de Telecomunicações: Distribuidores do Edifício

• Cabeamento Horizontal: Cabeamento Horizontal

• Área de Trabalho: Estações, cabos de ligação, etc.

– Define lay-out e recomenda distâncias máximas para os meios físicos

– Define os meios físicos de transmissão e seus conectores Subsistemas do cabeamento estruturado: Topologia física

– Subsistema vertical: num edifício, compõe a “espinha dorsal” (backbone) de uma rede estruturada.

• inclui a Entrada do Edifício, a Sala de Equipamentos (Distribuidor do Edifício) e o Cabeamento de backbone

– Subsistemas horizontais: redes que saem do distribuidor no pavimento com instalação física dos cabos em forma de estrela.

• inclui o Armário de Telecomunicações (Distribuidor do andar), o Cabeamento Horizontal e as Áreas de Trabalho

Page 3: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 56

Lay-out de rede estruturada

Distribuidorexterno

Distribuidorinterno

Distribuidorinterno

Distribuidordo andar

Distribuidordo andar

Distribuidordo andar

Distribuidordo andar

Tom ada deTelecom.

Tom ada deTelecom.

Cabeam entoexterno

WAN / prédio

Cabeam ento

backbonedo prédio

Cabeam ento horizontal

(1500m)

(500m)

(90m)

Cabeamento horizontal

– Norma 568A recomenda cabeamento categoria 3, 4 e 5

– Categoria 5 apresenta melhor desempenho na transmissão a 100 Mbps que a categoria 3

• Forte tendência do mercado internacional durante últimos anos

• Novas gerações de equipamentos (Fast Ethernet) podem usar a mesma infra-estrutura de rede

Page 4: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 57

• Esquema para o cabeamento horizontal com distâncias máximas recomendadas:

Área de distribuição no andar

A B≤ 5m

90 m C

A + B + C ≤ 10 m

Cabeaçãohorizontal

Patch cordCabo daestação detrabalho

Cabo doequipamento

Equipamentoativo

Cabeamento categoria 5E e categoria 6

– Cabeamento categoria 5E:

• norma ANSI EIA/TIA 568-B.1 e 568-B.2, aprovada em maio de 2001

• destinada a acomodar atualização para padrão Gigabit Ethernet (interface 1000BaseT) com mais “folga”: não aumenta a banda, mas melhora isolamento entre pares (menor interferência por diafonia)

– Cabeamento categoria 6:

• norma ANSI EIA/TIA 568-B.2-1, aprovada em julho de 2002

• melhora a banda passante disponível para 250 MHz (mais do que o dobro da categoria 5E) – usado para interface 1000BaseTX

• cabos podem ser não blindados (UTP) ou blindados (ScTP – Screened TP)

• apresenta melhor relação sinal/ruído e maior imunidade a ruídos externos: melhor isolamento

• projetado para suportar aplicações de Gbps (gigabits por segundo)

• norma define as respostas em freqüência esperadas para o cabeamento, especificando valores para a perda de inserção (atenuação), perda de paradiafonia (NEXT), perda de telediafonia (FEXT), perda de retorno, atraso de propagação, delay skew (angulo de atraso) e outros parâmetros relacionados

• Previsão de mercado: com a aprovação da norma em 2003, 90% dos novos sistemas de cabeamento serão categoria 6

– Cabeamento categoria 6: outras normas

Page 5: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 58

• A norma ISO equivalente (que inclui o cabeamento categoria 6) será a IS 11801, que se refere a esse sistema como cabeamento classe E

• Norma ANSI/TIA 854 – “Especificação da Camada Física Ethernet Full Duplex para 1000 Mbps (1000BaseTx) operando em cabeamento de Categoria 6 balanceado de par trançado” – publicada em março de 2001

Meio de transmissão - Par trançado Regras para a instalação de pares trançados

– Distâncias a preservar:

• 15 cm de qualquer linha de voltagem

• 30 cm de lâmpadas fluorescentes

• 90 cm de transformadores

– Usar o percurso mais reto possível

– Em teto falso, utilizar prendedores de cabo

– Não instalar fios UTP dentro do mesmo trecho de cabo que transporte fios de

telefone (voz) → problemas de interferência e diafonia

– Dobrar os cabos formando no máximo um raio equivalente a dez vezes seu diâmetro

– Retirar o mínimo possível da cobertura externa do cabo

• principalmente nas entradas dos conduítes, pois condutores podem ficar próximos demais e gerar diafonia

– Detalhe do lançamento horizontal:

Page 6: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 59 Meio de transmissão – Fibra óptica Cabos ópticos e seus conectores

– Tipos de conectores: ST, SMA, MIC, SC

– ST

• originalmente projetado pela AT&T

• atualmente usado para TV, equipamentos de teste, ...

• um conector para cada fibra

– SC cabo óptico com conectores ST • Atualmente é o mais usado para dados

• Permite conector duplex

– MIC (Medium Interface Connector)

• padrão ANSI para FDDI

• um conector acomoda duas fibras Regras gerais sobre cabos ópticos

– Raio de curvatura maior do que 5 cm. Se houver peso sobre os cabos aumentar o raio para 15 cm (tracionamento excessivo podem causar microdobras)

– Proteger contra dilacerações no cabo que podem ocorrer, por exemplo quando se puxa um outro cabo no mesmo duto

– Infiltração de água deteriora o cabo

– Ratos roem o cabo óptico e humanos cortam o cabo inadvertidamente

– Evitar emendas de cabo óptico Sugestões para reduzir as falhas na instalação de fibras ópticas

• Puxar o cabo pelos ementos de sustentação e nunca pela fibra; • Limpar os conectores durante a instalação, de acordo com o fabricante; • Verificar a limpeza dos conectores de fibra com videomicroscópio de alta

potência, observando também se há arranhões; • Verificar a polaridade da fibra usando um VFL (Visual Fault Locator); • Testar as instalações de cabeamento com OLTS (Optical Loss Test Set) e

OTDR (Optical Time Domain Reflectometer), para verificar as especificações; • Usar cordões de teste limpos ao testar enlaces de cabeamento;

Page 7: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 60

• Instalar capas contra poeira em todos os conectores; • Usar videomicroscópio de alta potência: verificar terminações dos patch

cords; • Entrar em contato com os fabricantes dos equipamentos eletrônicos, antes de

limpar as portas de fibra (o método e material de limpeza mudam); • Quando surgir um defeito, usar ferramentas de teste adequadas, que

minimizam o tempo e diminuem os custos do cliente. Problemas comuns com meios físicos

– Terminação inadequada do cabo. Para evitar é preciso:

• instaladores qualificados

• montagem uniforme dos terminadores dos cabos

• fácil acesso aos terminadores (nunca no forro)

– Cabos

• excesso de comprimento

• muitas terminações

• cabos multicondutores (cross-talk)

• interferência elétrica (lâmpadas fluorescentes e transformadores)

– Documentação

• rótulos indeléveis/ plantas de fiação devem ser atualizadas com distâncias

Norma brasileira

– Estabelece requisitos mínimos aplicáveis ao projeto de redes estruturadas: nada impede a instalação de cabeamento com exigências de desempenho superiores

– Faz referência a componentes de cabeamento metálico categoria 3, 4 e 5, cabos trançados blindados, cabos ópticos multimodo e monomodo

– Ênfase em identificação e documentação

– Capítulo sobre “administração da rede interna estruturada”: sugere códigos de letras, números e cores a serem usados em etiquetas, placas de identificação e sinalização, plantas, cortes, tabelas e outros itens de documentação

Page 8: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 61

Diferenças com relação à norma EIA Nomenclatura dos Subsistemas do cabeamento estruturado

– Subsistema Primário – composto por:

• Entrada de Telecomunicações: corresponde ao Ponto limite do Edifício

• Distribuidor Geral: corresponde à Sala de Equipamentos ou distribuidor geral

• Cabeamento Primário: corresponde ao Cabeamento vertical

– Subsistema Secundário – composto por:

• Distribuidor de Andar: corresponde ao Armário de Telecomunicações ou Distribuidor de pavimento

• Cabeamento Secundário: corresponde ao Cabeamento Horizontal indo até as Tomadas de telecomunicações

– Prédios diferentes podem ser ligados através de um Cabo Primário (de interligação), levando do Distribuidor Geral no prédio principal (onde se encontra a Entrada de Telecomunicações) a um Distribuidor Intermediário no outro prédio

Componentes da instalação

– Cordões de conexão: abrange os cordões usados nos distribuidores (patch cords) e os usados na ligação de equipamentos ativos e equipamentos terminais nas áreas de trabalho

• devem ter conectores montados em suas extremidades (assim, um jumper não pode ser considerado um cordão de conexão)

• cordão não pode ter características inferiores ao restante do cabeamento

• Limites de comprimento: máximo de 3 m, para cordões de ligação entre equipamentos terminais e as tomadas de telecomunicações nas áreas de trabalho e máximo de 7 m, para os cordões usados nos distribuidores

– Tomadas de telecomunicações: podem ser tanto para conectores de meios metálicos (RJ 45) quanto ópticos (tomadas multimídia): duas tomadas no mínimo a cada 10 m2 de área de trabalho

– Blocos e painéis de conexão: usado nas conexões em distribuidores e em outros nós físicos da rede

• blocos de conexão: são os blocos de engate rápido (herdados da telefonia) com 8, 10, 25, 50, 100, 300 e 900 pares. Podem ser montados em painéis de madeira, em bastidores metálicos ou fixados na parede.

• painéis de conexão são os patch panels tradicionais com 12, 16, 24, 32, 48, 64 e 96 tomadas (RJ 45) ou painéis de conexão óptica

Page 9: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 62

– Cabos: estabelece os tipos de cabo e comprimentos máximos permitidos

Tabela – Tipos de cabos e comprimentos máximos Comprimento máximo (m)

Tipo de cabo Cabeamento primário

Cabeamento secundário

UTP Categoria 3 800 90 UTP Categoria 4 90 90 UTP Categoria 5 90 90 Fibra multimodo 62,5/125 µm 2000 90

Fibra multimodo 50/125 µm 3000 90 Fibra monomodo 3000 ---

Cabeamento secundário

Distribuidor do andar

A B

≤ 7m

90 m C

C ≤ 3 m

Cabosecundário

Painel deconexão

Cabo deconexãoCabo de

conexão

Equipamentoativo

A + B

Esquema do cabeamento secundário com distâncias máximas recomendadas

– Projeto deve começar “pelas pontas”

– Norma prevê também que entre o distribuidor do andar e qualquer ponto de tomada haja um único “ponto de consolidação de cabos” : equivale às caixas de derivação (caixas com elementos de conexão do tipo “emenda direta”, sem conexão cruzada), situado a mais de 15 m do distribuidor

– Cabos não podem ter ou sofrer emendas Cabeamento primário

– Vai desde o Distribuidor geral aos distribuidores dos andares

– Admite somente um distribuidor intermediário entre o geral e o de andar

Page 10: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 63

Entrada deTelecomunicações

Tomada deTelecom.

Tomada deTelecom.

Cabo de interligação interno

Cabeamento

primário

Cabeamentosecundário

(90m)

Distribuidorintermediário

A

C

B

Distribuidordo andar

Distribuidordo andar

Distribuidordo andar

Distribuidordo andar

DistribuidorGeral

– Comprimento máximo para o cabeamento primário:

Comprimento máximo (m) para o cabeamento primário Tipo de cabo Trecho A Trecho B Trecho C Metálico: Multipares 800 500 300

Fibra óptica Multimodo 2000 500 1500 Fibra óptica Monomodo 3000 500 2500

– Pode acrescentar 20 m para ligações com jumper ou cordão para cabo de interligação interna

Cabeamento residencial

– Padronizado pela norma ANSI/EIA/TIA 570 A, aprovada em 1999, permitindo automação, controle e transmissão de sinais.

– Define padrões e referências para o dimensionamento correto de um cabeamento residencial, que integra e inclui os seguintes sistemas:

• Telefonia fixa (acesso a linhas telefônicas digitais)

• Computadores, rede local e acesso à Internet (inclusive banda larga)

• TV paga (cabo ou satélite)

• Interfonia inteligente e controle remoto

• Vigilância eletrônica

Page 11: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 64

– Norma define dois graus de distribuição interna de cabeamento residencial:

• Grau 1 – provê cabeamento básico; atinge requisitos mínimos para serviços de telecomunicações (telefonia, dados e TV): recomenda 1 canal de cabo UTP cat. 3 (mínimo) + 1 canal de cabo coaxial (série 6) por tomada;

• Grau 2 – provê cabeamento básico e também inclui futuros serviços multimídia: recomenda 2 canais de cabo UTP cat. 5E (mínimo) + 2 canais de cabo coaxial (série 6) + 1 canal opcional de fibra óptica por tomada.

– Componentes de um sistema de cabeamento residencial:

Tomada ADO

Equipamento do usuário CPE

Para o provedor

de serviços

Sala aces

DP

principal de so

Interface de rede

Ponto de demaa rede interna dficam abrigados

Cabos primárioprovedor ou inte

Norma reco Topologia re

barramento

Distribuidor in(BC) e secundámuitas vezes al

Tomada ADO: interna, facilitan

Cabo

ADO

Distribuidor interno (DD)

Quarto

Bridge de entrada

rcação (DP): limite entro usuário. Na sala prin os equipamentos do pr

s (BC) ou cabos ADOrfaces de rede e a caixnhece cabos UTP, cabocomendada estrela (UT

(coaxial)

terno (DD): acomoda asrios (OC), a tomada auxguns equipamentos do u

provê um meio de isolardo a localização de falh

OC

e o provedor de acesscipal de acesso opcioovedor, caso houver.

: interliga os equipamea de distribuição interns coaxiais e fibras óptP), anel óptico (fibra)

terminações dos cabiliar de desconexão (Asuário (CPEs)

a rede do provedor das eventuais.

CPE

Tomada de telecomunicações

o enal

ntoa (icasou

os DO

a re

TO

xterno e mente

s do DD)

primários ) e

de

Page 12: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 65

• Cabeamento secundário: composto pelos cabos secundários (OC), pelas tomadas de telecomunicações (TO) e pelos conectores alojados em DD.

Mesmas restrições da norma 568 A Topologia estrela para cabo UTP (conector RJ-45), cabo coaxial com

conector F e fibra óptica com conector SFF (Small Form Factor)

– Considerações de projeto:

• Dimensionamento adequado do cabeamento secundário

• Distribuição coerente das tomadas de telecomunicações

• Localizar o DD em ambiente seguro e de fácil acesso para configurações, ativações e manobras e de forma a minimizar o comprimento dos cabos secundários

• Dimensionamento da sala principal de acesso à residência e do cabeamento primário, se houver.

Outros elementos da rede estruturada (comercial e residencial) Canalização para meios físicos

– Canais embutidos:

• Conduítes corrugado

• Eletrodutos Aço galvanizado, ferro, PVC (semi-rígido ou rígido)

• Caixas de passagem

• Material para fixação

– Canais de superfície:

• Perfilados

• Calhas Plástica (ventilada/fechada) Alumínio

• Canaletas plásticas Gabinetes de fiação

– Ponto importante para sistema de cabeamento de redes de maior porte

– Redes pequenas: sistema de cabeamento não usa gabinete → Hub com cabos indo diretamente para as placas adaptadoras de rede em cada máquina

Page 13: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 66

– Instalação com mais de vinte nós → recomenda-se uso gabinete de fiação

• dentro de um armário, ou

• ocupando uma sala ou parte da sala de equipamentos

• deve ser facilmente acessível (para quem de direito) mas muito bem protegido

– Elementos:

• Patch panels para cabeamento vertical (de/para outros prédios)

• Patch panels para cabeamento horizontal (interno no prédio)

• Cabos de derivação (patch cords)

• Hubs / Switches / Roteadores, modems e servidores

• Fontes de alimentação auxiliares para equipamentos de conexão

• NÃO DEVERÁ CONTER: tubos transportando água, vapor etc...

– Características comuns:

• Painéis frontais de 48 cm

• Armários de parede com tampa chaveada

• Racks de pé com tampa, ventilação forçada

• Tamanho típico do rack: 1,8 m altura, 73 cm (largura) e 66 cm (profundidade) e precisa pelo menos 76cm na frente para abrir a porta

• Presilhas para amarrar cabos / Guias de cabos

• Identificação segundo EIA/TIA 606 usa etiquetas coloridas: rede externa: verdes cabos centrais (verticais): brancas cabos horizontais: azuis

Compatibilidade eletromagnética (EMC) Objetivos específicos

– Para assegurar o correto funcionamento da rede de dados: prever no seu projeto e instalação medidas de EMC (Compatibilidade Eletromagnética)

• Explicar o que se entende por Compatibilidade Eletromagnética de um cabeamento de dados

• Descrever os aspectos envolvidos para uma Compatibilidade Eletromagnética adequada de uma instalação

Page 14: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 67

– Falhas em instalações de TI (Tecnologia da Informação) podem causar prejuízos consideráveis às empresas

– EMC de sistemas e instalações consiste de diversos fatores:

Componentes ativos e passivos

Aterramento Proteção contra descargas

atmosféricas

Ambiente eletromagnético

EMC em sistemas e instalações

Ambiente eletromagnético

– Precisa-se conhecer:

• as faixas de freqüência de trabalho da instalação

• as fontes de interferência eletromagnética induzidas no ambiente

– Exemplo: instalação 10BaseT pode ser perturbada por estações de rádio FM vizinhas, estações de TV e até descargas de eletricidade estática (revestimento de piso inadequado), dentre outros.

– Pode exigir aumento da blindagem do ambiente Proteção contra descargas atmosféricas

– probabilidade de ocorrer descarga depende da localização geográfica

– captores (pára-raios) e condutores de descida só evitam danos aos humanos e edifícios

– sobretensões podem causar falhas nas instalações: para evitar usa-se zonas de proteção contra descarga (LPZ)

• LPZ1 – usa estruturas de aço do próprio edifício, ou na sua falta, instalação de circuitos em anel em pisos falsos ou tetos rebaixados. Gabinetes, painéis e periféricos conectados aos circuitos através de linhas de baixa impedância

• LPZ2 – blindagem específica contra campos magnéticos transitórios (malhas com reticulado fino) → terminais de aterramento

• LPZ3 – blindagem especificamente para gabinetes e cabos Aterramento

Page 15: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 68

– Pode ser: de proteção ou funcional

• de proteção: para pessoas, evitando tensões de contato perigosas em carcaças metálicas de dispositivos

• funcional: para equipamentos, de forma a descarregar correntes parasitas injetadas por fontes eletromagnéticas (acoplamento indutivo, capacitivo ou irradiado)

– Cabos de fibra óptica

• usados para interconectar prédios diferentes ou gabinetes de fiação localizados em diferentes andares, especialmente se forem alimentados com transformadores elétricos diferentes

– Sistemas de aterramento defeituosos podem causar erros intermitentes

– Sistema de aterramento pode se deteriorar:

• por vibrações que afrouxam os conectores

• devido à corrosão

• a distância do terra também influi

– Equipamento para verificar aterramento: medidor de impedância de terra Componentes ativos

– União européia: usa diretiva EMC para equipamentos 89/336/EEC

– Garante alta imunidade e baixa emissão de interferência eletromagnética

– atendimento de equipamentos individuais aos requisitos das normas não implica que um conjunto (instalação) também atenda os mesmos requisitos

Componentes passivos

– Painéis, plugues, tomadas e cabos

– Parâmetros usados para medir imunidade: impedância de transferência, eficácia da blindagem, atenuação de acoplamento de ruído, ...

– É necessário testar todo o link e não os componentes isolados

Page 16: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 69

Certificação de cabos UTP

Objetivos específicos

– Certificação do cabeamento é a verificação de sua qualidade em função de parâmetros previamente estabelecidos.

– Para as categorias 3 a 5, esses parâmetros estão definidos no Boletim Técnico TSB - 67 da Norma EIA /TIA 568 A e nas Classes de links A, B, C e D da Norma ISO / IEC 11.801

– Para realização da certificação de cabos de par trançado são utilizados testadores (scanners) de cabos UTP - categoria 5

Configuração dos testes – conceitos

– LINK BÁSICO: É o teste da parte permanente do cabeamento, correspondendo ao cabo entre o patch panel e a tomada na área de trabalho

– LINK CANAL: Corresponde a todo o cabeamento, incluindo o Link básico, patch cords e patch panels

Conector

Patch pannel Patch pannel

TSB 67 Link Básico

TIA 568 A, TSB 67 e ISO 11801 Link Canal

ISO 11801 Link

Blocos Cross connect

Tomada

• Explicar o que se entende por certificação do cabeamento e como ela é feita • Explicar a diferença entre link canal e link básico numa atividade de

certificação de cabeamento • Descrever os parâmetros definidos para certificação de cabeamento UTP

categoria 5 • Citar e descrever pelo menos 2 dos novos parâmetros definidos para

certificação de cabeamento UTP de categoria superior a 5

Testes (TSB 67)– parâmetros medidos:

Page 17: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 70

– ATENUAÇÃO:

• É o total do sinal perdido no cabo, entre o transmissor e o receptor

• A atenuação é afetada pelo efeito pelicular (“skin”), perdas dielétricas e pela temperatura, para cabos que contém PVC no material isolante

– MAPA DE FIAÇÃO:

• Faz a verificação pino a pino entre as duas extremidades de um enlace de comunicação

– COMPRIMENTO:

• Verifica os comprimentos dos cabos, em função dos valores máximos estabelecidos nas Normas

• Utiliza técnica de refletometria por domínio do tempo, para determinar o comprimento e os pontos de curto ou interrupções

• A velocidade de propagação do cabo ( NVP ) deve ser fornecida pelo fabricante, para possibilitar a calibração do instrumento de teste

– NEXT ( Paradiafonia )

• É a porção do sinal transmitido que é induzida no sinal recebido, dentro de um mesmo cabo

• Depende muito do trançado do cabo

• É medida para cada extremidade do cabo

• NEXT baixa é representada por um número elevado, por exemplo 45dB

• Nos pontos de conexão, os cabos devem ser destrançados, no máximo, 13mm

• Não usar cabos indicados para voz em transmissões de dados

– Obs.: Para Gigabit Ethernet outros parâmetros estão sendo definidos para a certificação do cabeamento, tais como:

• Perda de retorno: medida da energia refletida causada por descasamento de impedâncias no sistema de cabeamento;

• Far End Crosstalk (FEXT): acoplamento indesejado do sinal de um transmissor que se encontra na extremidade distante, medido na extremidade próxima;

• Equal level Crosstalk (ELFEXT): compara o nível do sinal recebido com o nível do crosstalk;

• Delay Skew: mede a diferença entre os tempos de propagação do sinal nos vários pares de um cabo.

Certificação categoria 6:

Page 18: Modulo1p5 081

Redes Locais de Computadores 71 • Conceito de link permanente versus link básico – o link permanente muda o

ponto de referência do teste para o final do cabo, o que reduz a margem disponível de NEXT em cerca de 2 dB a 250 MHz;

• Mudanças nos valores dos limites – mudanças não foram significativas, mas ocorreram pequenas alterações nos limites da maioria das medidas;

• Mudanças em freqüências de teste – a largura de banda foi estendida de 200 para 250 MHz a pedido da IEEE;

• Regra de 3 dB – quando a perda de inserção é menor que 3 dB (links < 15m) não pode haver falha de perda de retorno, seja qual for o resultado;

• Regra de 4 dB (apenas 2ª ed. ISO11801, não a TIA cat6) – quando a perda de inserção é menor que 4 dB, não pode haver falha de NEXT.

Novas soluções em cabeamento estruturado

– Cabeamento horizontal óptico: tecnologia Fiber-to-the-desk

• usa conector óptico VF-45

• centraliza a distribuição de cabos (dispensa os distribuidores de andar): backbone centralizado

• custo maior com a fibra óptica e placas de rede é compensado com os menores custos associados a outros aspectos da instalação:

reduz área alocada às Salas de Telecomunicações (distribuidores), reduz custos com instalação de energia elétrica estabilizada, ar

condicionado e sistemas de detecção de incêndio, reduz custos com racks, patch panels e patch cords, reduz desperdício de portas nos hubs e switches, reduz custos com a instalação de dutos e canaletas para o

cabeamento horizontal (cabo óptico é mais fino, leve e imune a interferências eletromagnéticas).

• Nova alternativa de material: Fibra Óptica Plástica (POF) para os lançamentos horizontais – apresenta características mais restritas do que a fibra de vidro (distância e taxas de transmissão menores), mas é muito mais barata (o metro da fibra e os transceptores)