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i UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE Centro de Pós-Graduação PÓS-GRADUAÇÃO Lato Sensu Curso de ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - TURMA EST 10 Diminuição dos riscos em prensas antigas e obsoletas Marcelo Gandra Falcone Orientador: Nilton Francisco Rejowski São Paulo 2009

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uso de prensas antigas com segurança

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE Centro de Pós-Graduação

PÓS-GRADUAÇÃO Lato Sensu

Curso de ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - TURMA EST 10

Diminuição dos riscos em prensas antigas e obsoletas

Marcelo Gandra Falcone

Orientador: Nilton Francisco Rejowski

São Paulo 2009

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE Centro de Pós-Graduação

PÓS-GRADUAÇÃO Lato Sensu

Curso de ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - TURMA EST 10

Diminuição dos riscos em prensas antigas e obsoletas

Marcelo Gandra Falcone

Orientador: Nilton Francisco Rejowski

Monografia apresentada ao Centro de Pós Graduação da Universidade Nove de Julho Uninove, como requisito final à obtenção do grau de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

São Paulo 2009

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Falcone, Marcelo Gandra Diminuição dos riscos em prensas antigas e obsoletas./ Marcelo Gandra Falcone – São Paulo, SP: Uninove / Universidade Nove de Julho, Departamento de Pós Graduação, 2009. i-xx, 1-121 - f.:141: il.; 31 cm. Orientador: Nilton Francisco Rejowski Monografia (pós graduação “Latu Sensu”) –: Uninove / Universidade Nove de Julho, Pós Graduação de Engenharia em Segurança do Trabalho, dezembro de 2009. Referências bibliográficas: f. 74-76 1. Prensas. 2. Engenharia de Segurança do Trabalho. 3. Dispositivos em prensas. 4. Acidentes do trabalho. 5. NR12. 6. Braço mecânico. 7. Duplo comando. 8. Ferramenta fechada. 9.Proteção e enclausuramento - Monografia. I. Rejowsk, Nilton Francisco i. II. Uninove / Universidade Nove de Julho. III Diminuição dos riscos em prensas antigas e obsoletas.

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Diminuição dos Riscos em Prensas Antigas e Obsoletas

Por

Marcelo Gandra Falcone

Monografia apresentada ao Programa de Pós-Graduação em

Engenharia De Segurança Do Trabalho, para obtenção do grau de Especialista em

Engenharia De Segurança Do Trabalho, pela Banca Examinadora, formada por:

________________________________________________________ Presidente: Prof. Nilton Francisco Rejowski – orientador, Uninove

Membro: Prof. Marcelo Eloy Fernandes, Uninove

________________________________________________________ Membro: Profa. Eliacy Cavalcanti Lelis, Uninove

São Paulo, de de 2009.

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Dedico esta obra as mulheres de minha vida, mulheres estas, que de forma desprendida e comprometida, tanto procuram dar apoio, proteção e estimulo criando motivação, sentimentos mais nobres e um colorido especial, em meu dia a dia, permitindo que pudesse me embrenhar em novos desafios, investindo em sabedoria e conhecimento, criando uma pequena ferramenta que pudesse entusiasmar as pessoas pensarem em modernizar equipamentos em prol da segurança e respeito à integridade física de nossos companheiros de trabalho, algo difícil dentro desta turbulenta e apressada rotina do trabalho que vivemos intensamente durante nossa breve existência. À minha adorada esposa Alessandra, Rosa, minha mãe querida Minhas filhas de coração Zig, Ziginha e Mayara, Dedico também ao meu pai Prof. Dr. Áureo Gilberto Falcone, meu mentor, orientador e sublime exemplo e a nossa filha Gabriela que nos deixou no momento de nascer para virar estrela e brilhar em nossas vidas como uma lembrança feliz cheia de esplendor e luz. (em memória).

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Agradecimentos Aos colegas da Equacional Elétrica e Mecânica Ltda., pois todas as soluções encontradas foram feitas com apoio integral dos senhores Marcos Gandra Falcone, Rosa Cheganças Gandra Falcone, Carlos Laffitte Junior, Ivan Eduardo Chabu e José Américo Milanese. Estas soluções em sua maioria foram idealizadas pelo Sr José Américo e projetadas e executadas pelos funcionários da Equacional, até mesmo em finais de semana. Foi o apoio da Alta direção da empresa e dos funcionários que viabilizou este trabalho. Agradeço ao Eduardo “Marcelinho”, que fez os desenhos técnicos contidos neste trabalho. Agradeço ao Daniel pelas fotografias cedidas. Agradeço aos Colegas de Contru da PMSP, Karina, Raul, Roberto, Francisco Miguel, Joel, Aguinaldo, Renato e Kuniaki, pelo incentivo e organização que proporcionaram meu ingresso no curso e posteriormente persistindo e fazendo que esta corrente me levasse a ter coragem e suportar um curso de 680 horas. Agradeço a meu Professor orientador: Nilton Francisco Rejowski pelas palavras e atos de encorajamento e que apesar da sobrecarga de trabalho destinou o tempo necessário para a concretização deste trabalho. Agradeço aquele que disse enquanto eu estava fazendo a nova avaliação de riscos após as modificações e não quis seu nome revelado para evitar confronto com as chefias: “Hoje, o funcionário policia os colegas, procurando evitar acidentes e a CIPA deixou de ser uma reunião para aqueles que querem estabilidade de emprego e tomar cafezinho, para tornar-se mais atuante nas ações corretivas e preventivas”.

Agradeço a São João Bosco pela obra de São Francisco de Sales e exemplos de persistência e coragem.

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Amigo é aquele que sabe tudo a seu respeito e, mesmo assim, ainda gosta de você. Kim Hubbad – In "O melhor do mau humor", coletadas por Ruy Castro, Companhia das Letras - São Paulo, 1990.

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RESUMO

Estudo de caso sobre a instalação de dispositivos de proteção coletivas em

prensas mecânicas e similares antigas e obsoletas, utilizadas na estamparia de

peças metálicas, visando à diminuição dos riscos e adequação as normas de

segurança vigentes brasileiras e internacionais.

Palavras-chave: Segurança 1, Proteção 2, Prensa 3.

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ABSTRACT

Case study on the installation of collective protection at power presses and similar

old and obsolete, used in metals stamping parts, in order to decrease the risks and

the adequacy of existing security standards here and abroad.

Keywords: security 1, protection 2, presses 3.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Quantidade de acidentes do Trabalho ..................................................... 6

Figura 2: Acidente do Trabalho ............................................................................... 8

Figura 3: Porcentual de acidentes graves por função do Trabalhador .................... 9

Figura 4: Fatores ocasionadores de Acidentes ..................................................... 10

Figura 5: Custos do Acidente de Trabalho ............................................................ 13

Figura 6: Hierarquia das leis................................................................................. 14

Figura 7: Normas Regulamentadoras do MTE...................................................... 15

Figura 8: Normas Técnicas ................................................................................... 17

Figura 9: Hierarquia das Normas .......................................................................... 18

Figura 10: Prensa excêntrica de 300 toneladas .................................................... 20

Figura 11: Vista Interna do Galpão Estamparia e Usinagem da Equacional ......... 26

Figura 12 : Estampo enclausurado........................................................................ 34

Figura 13 : Estampo fehado para disco padrão..................................................... 35

Figura 14: Chapa estampada de rotor (consultar apendice B) .............................. 35

Figura 15: Prensa excêntrica de 200 toneladas acionada por pedal..................... 36

Figura 16: Prensa excêntrica numero 31............................................................... 39

Figura 17: Prensa excêntrica numero 38............................................................... 39

Figura 18: Prensa excêntrica numero 38............................................................... 40

Figura 19: Prensa excêntrica numero 37............................................................... 40

Figura 20: Prensa excêntrica numero 35............................................................... 41

Figura 21: Pinças. ................................................................................................. 41

Figura 22: Pinça magnética................................................................................... 42

Figura 23: Pinça magnética em uso ...................................................................... 43

Figura 24: Cadeira ergonomicamente adaptada ................................................... 43

Figura 25: Cadeira ergonomicamente adaptada ................................................... 45

Figura 26: Cadeira ergonomicamente adaptada ................................................... 45

Figura 27: Cadeado com sinalização .................................................................... 46

Figura 28: Sinalização chave de bloqueio para manutenção ................................ 47

Figura 29: Sinalização chave de bloqueio para manutenção ................................ 48

Figura 30: Prensa 42 Adaptada Pelo Projeto. ....................................................... 49

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Figura 31: Prensa 43 - Adaptada Pelo Projeto. ..................................................... 50

Figura 32: Prensa 44 - Adaptada Pelo Projeto. ..................................................... 51

Figura 33: Pedal de acionamento.......................................................................... 52

Figura 34: Exemplo de comando bimanual. .......................................................... 53

Figura 35: Pedestal para Comando Bi-Manual ajustável....................................... 54

Figura 36: Kit de acionamento Bimanual:.............................................................. 55

Figura 36: Grau de Severidade ............................................................................. 61

Figura 37: Grau de Permanência na área de Risco .............................................. 62

Figura 38: Grau de Possibilidade de Evitar o Risco .............................................. 62

Figura 39: Critérios de Avaliação do Risco............................................................ 63

Figura 40: Avaliação do Risco............................................................................... 63

Figura 42: Operador com EPI utilizando uma máquina “retrofitada” ..................... 65

Figura 43: Maquete da Nova Fabrica da Equacional (prev. 2010) ........................ 88

Figura 44: Hidrogeradores da PCH São Mauricio – Fabr. Equacional 2009 ......... 89

Figura 45: Hidrogeradores da PCH São Mauricio – Fabr. Equacional 2009 ......... 89

Figura 51: Esquema de Seqüência de estamparia................................................ 99

Figura 52: Exemplo de disco cortado. ................................................................. 100

Figura 53: Esquema de protocolo dimensional ................................................... 101

Figura 54: Chapa ranhura do estator .................................................................. 102

Figura 55: Empilhamento das Sobras do Estator ................................................ 103

Figura 56: Protocolo Dimensional (Instrução de Trabalho) ................................. 104

Figura 57: Disco do rotor (sobra do estator, Fig. 55)........................................... 105

Figura 58: Chapa ranhura do estator .................................................................. 106

Figura 59: Protocolo Dimensional ....................................................................... 108

Figura 60: Núcleo de rotor montado sobre o eixo com barramento condutor...... 109

Figura 61: Núcleo de estator montado com tirantes............................................ 110

Figura 62: Chapa ranhura do estator. ................................................................. 110

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Cronograma......................................................................................... 28

Tabela 2 – Modelo de identificação da Empresa................................................... 29

Tabela 3 – Modelo de identificação das Prensas e Equipamentos similares ........ 31

Tabela 4 – Modelo de Cronograma de “Retrofiting” .............................................. 32

Tabela 5 – Modelo de ficha de procedimento........................................................ 33

Tabela 6 – Modelo de Controle de Treinamento 1 ................................................ 33

Tabela 7 - Tabela 1 – Anexo A da norma NBR 13760 .......................................... 37

Tabela 8 - Tabela 4 da norma NBR NM ISO 13853 .............................................. 38

Tabela 9 – Tabela de Controle de Treinamento 2 (Ver Tabela 6, pág. 34) ........... 60

Tabela 10 – Tabela de Critérios de Severidade para definição do Risco.............. 61

Tabela 11 – Tabela de Critérios de permanência para definição dos Riscos........ 61

Tabela 12 – Tabela de Critérios de Possibilidade de Evitar o Risco ..................... 62

Tabela 13 – Riscos Ocupacionais. ........................................................................ 64

Tabela 14 – Equipamentos de Proteção Individual (Epi´s). Uso Obrigatório......... 64

Tabela 15 – Equipamentos de Uso Obrigatório em Atividades Específicas. ......... 65

Tabela 16 – Sistemas De Proteção Coletiva (EPC´s) De Uso Obrigatório............ 65

Tabela 17 - Gradação das Multas (em UFIR)........................................................ 71

Tabela 18 - Classificação das Infrações................................................................ 72

Tabela 19 – Multa referente a reincidência ........................................................... 72

Tabela 20 – Valores das Multas em Reais............................................................ 73

Tabela 21 – Máquinas e Ferramentas disponíveis................................................ 92

Tabela 22 - Velocidade de estampagem (limites por inércia da chapa). ............... 97

LISTA DE DESENHOS

Desenho 1 – Croquis da Equacional ..................................................................... 30

Desenho 2 – Projeto da mão mecânica da prensa 42........................................... 49

Desenho 3 – Projeto da mão mecânica da prensa 43........................................... 50

Desenho 4 – Projeto da mão mecânica da prensa 44........................................... 51

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AAF - Análise de Árvore de Falhas

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

ABPA- Associação Brasileira de Prevenção de Acidentes

ACGIH - American Conference of Governametal Industrial Higienists

AI - Agente de Inspeção

ANSI - American National Standards Institute

ANVS - Associação Nacional de Vigilância Sanitária

APR - Análise Preliminar de Riscos

ARE - Análise de Risco Específico

ART - Anotação de Responsabilidade Técnica

ASME - American Society of Mechanical Engineers

ASO - Atestado de Saúde Ocupacional

AT - Acidente de Trabalho

AVCB - Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros

BDI - Benefícios e Despesas Indiretas

C - Código do EPI. Por exemplo: C = 118.211-0/I=3

CA - Certificado de Aprovação

CAT - Comunicado de Acidente de Trabalho

CCT - Convenção Coletiva do Trabalho

CEI - Cadastro Específico do INSS

CEN – Comitê Europeu de Normalização

CGC - Cadastro Geral de Pessoa Física

CID - Código Identificador de Doença; Classificação Internacional de Doenças

CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CLT - Consolidação das Leis do Trabalho

CNAE - Código Nacional de Atividades Econômicas

CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas

CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

CTPS - Carteira de Trabalho Previdência Social

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dB - Decibel

DIN - Deutsche Industrien Normen, Deutsches Institut für Normung

DNSST - Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalho

DORT - Distúrbio(S) Osteomuscular(Es) Relacionado(S) ao Trabalho

DRT - Delegacia Regional do Trabalho

DRTE - Delegacia Regional do Trabalho e Emprego

DSST - Departamento de Saúde e Segurança do Trabalho

EN. - Norma Européia

EPC - Equipamento de Proteção Coletiva

EPI - Equipamento de Proteção Individual

EST - Engenheiro de Segurança do Trabalho; Engenharia de Segurança do

Trabalho

FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

FISP - Folha de Informação Sobre o Produto

FISPQ - Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico

FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Seg. e Med. do

Trabalho

GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e

Informações à Previdência Social.

GHE - Grupo Homogêneo de Exposição

GHR - Grupo Homogêneo de Risco

GLP - Gás Liquefeito de Petróleo

GNV - Gás Natural Veicular

GR - Grau De Risco

HSTA - Higiene e Segurança no Trabalho e Ambiente

I - Grau de Infração. Por exemplo: C = 118.211-0/I=3

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis

IBUTG - Índice de Bulbo Úmido-Termômetro de Globo

IN - Instrução Normativa. Sucede-se ao IN um número. Por exemplo IN-84

INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social

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ISO - International Organization for Standardization

LEM - Laudo de exame médico

Leq - Level equivalent

LEO - Limite de Exposição Ocupacional

LER - Lesão por Esforço Repetitivo

LER/DORT - Lesão por Esforço Repetitivo / Distúrbios Osteomusculares

Relacionados ao Trabalho

LP - Líquido penetrante

LT - limite de tolerância

LTCA - Laudo Técnico de Condições Ambientais

LTCAT - Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho.

MBA - Master of Business Administration

MRA - Mapa de Risco Ambiental

MTb - Ministério do Trabalho

MTE - Ministério do Trabalho e Emprego

NBR - Norma brasileira

Neq - Nível Equivalente, o mesmo que Leq

NE - Nível de Exposição

NEN - Nível de Exposição Normalizado

NFPA - National Fire Protection Association

NHO - Norma de Higiene Ocupacional

NIOSH - National Institute for Occupational Safety and Health

NIT - Número de Identificação do Trabalhador

NOB - Norma Operacional Básica

NR - Norma Regulamentadora

NRR - Nível de Redução de Ruído

NRR-SF - Noise Reduction Rating - Subject Fit

NT - Notas Técnicas do MTE. Procedimentos de fiscalização das DRTs

OCRA - Occupational Repetitive Assessement

OHSAS - Ocupational Health Safety Assessment Series

OIT - Organização Internacional do Trabalho (em Inglês, ILO)

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OMS - Organização Mundial da Saúde

ONG - Organização Não-Governamental

OS - Ordem de Serviço

OSHA - Occupational Safety and Health Administration

PAE - Plano de Ação Emergencial

PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruído

PAIRO - Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional

PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador

PCA - Programa de Conservação Auditiva

PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na

Construção Civil

PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PDCA - Plan, Do, Check, Act

PH - Profissional Habilitado

pH - Potencial Hidrogenio-iônico

PMOC - Plano de Manutenção, Operação e Controle

PPD - Pessoa Portadora de Deficiência

PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário

PPR - Programa de Proteção Respiratória

PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

PPRPS - Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Similares.

PPS - Procedimento Padrão de Segurança

PRAT - Pedido de Reconsideração de Acidente de Trabalho

PRODAT - Programa Nacional de Melhoria de Informações Estatísticas Sobre

Doenças e Acidentes do Trabalho

PSS - Programa de Saúde e Segurança

PSSTR - Programa Saúde e Segurança do Trabalhador Rural

PT - Permissão de Trabalho

RG - Registro Geral (Cédula Identidade)

RNC - Relatório de Não-Conformidade

RT - Responsável Técnico

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SAT - Seguro de Acidente de Trabalho

SEESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do

Trabalho

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizado Industrial

SESI - Serviço Social da Indústria

SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do

Trabalho

SESST - Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador

Portuário

SEST - Serviço Especializado em Segurança do Trabalho

SGSST - Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

SICAF - Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores

SIPAT- Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho

S (5S) - Seiri, Seiton, Seison, Seiketsu e Shitsuke

SSST - Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho

SST - Saúde e Segurança do Trabalho

SUS - Sistema Único de Saúde

TDS - Treinamento de Segurança

TE - Temperatura Efetiva

TEC - Temperatura Efetiva Corrigida

TIG - Tungsten Inert Gas - tipo de solda

TRT - Tribunal Regional do Trabalho

TST - Técnico de Segurança do Trabalho

TST - Tribunal Superior do Trabalho

UFIR - Unidade Fiscal de Referência

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1

2 OBJETIVO ....................................................................................................... 5

3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 6

4 REVISÃO BIBLIOGRAFICA:.......................................................................... 14

4.1 Segurança de Máquinas: Leis e Normas ................................................ 14

4.1.1 Hierarquia das Leis.............................................................................. 14

4.2 Leis ......................................................................................................... 15

4.3 Portarias.................................................................................................. 15

4.4 NR e NT da ABNT................................................................................... 16

4.5 Convenções Coletivas: ........................................................................... 18

4.6 Definição de Prensas e Dispositivos de Proteção................................... 19

4.6.1 Dispositivos de proteção na zona de prensagem ou de trabalho: ....... 20

4.6.2 Proteção da zona de prensagem ou de trabalho................................. 21

4.6.3 Válvulas de segurança ........................................................................ 22

4.6.4 Dispositivos de parada de emergência................................................ 23

4.6.5 Monitoramento do curso do martelo .................................................... 24

4.6.6 Comandos elétricos de segurança ...................................................... 24

4.6.7 Pedais de acionamento ....................................................................... 24

4.6.8 Proteção das transmissões de força ................................................... 25

4.6.9 Aterramento elétrico ............................................................................ 25

4.6.10 Ferramentas..................................................................................... 25

4.6.11 Sistemas de retenção mecânica ...................................................... 25

4.6.12 Equipamentos similares específicos ................................................ 26

Page 19: Monografia marcelo eng seg

xix

5 METODOLOGIA............................................................................................. 27

5.1 cronograma............................................................................................. 28

6 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA .......................................................... 29

6.1 Implantação do PPRPS .......................................................................... 29

6.1.1 Formação de uma equipe gestora:...................................................... 29

6.1.2 Formulação do PPRPS: ...................................................................... 29

6.2 PROCEDIMENTOS PARA ELIMINAÇÂO DE RISCOS .......................... 34

6.2.1 Adotar proteções de enclausuramento nas ferramentas ..................... 34

6.2.2 Utilizar proteções móveis ou dispositivos de proteção . ...................... 36

6.2.3 Utilizar ferramentas de proteção (pinças magnéticas)......................... 41

6.2.4 Fornecer mobiliário adequado ergonomicamente ............................... 43

6.2.5 Fornecer Sistema de Bloqueio ............................................................ 46

6.2.6 Mão Mecânica para segurar o disco.................................................... 48

6.2.7 Modificação do sistema de pedais (hoje mecanicos) .......................... 52

6.2.8 Comando Bimanual ............................................................................. 53

6.2.9 Soluções não adotadas ....................................................................... 56

6.2.10 Fornecer informação, instrução, treinamento e supervisão ............. 58

6.2.11 Nova Avaliação de Riscos Após Adaptações e Resultados............. 60

6.2.12 Ordem de Serviço para Prensista .................................................... 64

7 CONCLUSÕES .............................................................................................. 66

7.1 CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO.......................................... 66

7.1.1 Custo de treinamento: ......................................................................... 66

7.1.2 Custo das modificações físicas: .......................................................... 67

7.1.3 Custo total do projeto: ......................................................................... 68

7.2 CUSTO DE UM ACIDENTE COM AFASTAMENTO POR 30 DIAS........ 68

7.3 CUSTO DE MULTAS REFERENTES AO NÃO CUMPRIMENTO DAS

NORMAS ........................................................................................................... 70

Page 20: Monografia marcelo eng seg

xx

7.4 COMPARAÇÃO DOS CUSTOS.............................................................. 73

7.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 74

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................... 76

GLOSSÁRIO ......................................................................................................... 79

APÊNDICES.......................................................................................................... 85

APÊNDICE A – Equacional Elétrica e Mecânica Ltda, empresa que cedeu

espaço para a pesquisa..................................................................................... 85

APÊNDICE B – Estampagem de núcleos magnéticos em motores elétricos .... 90

ANEXOS ............................................................................................................. 111

ANEXO A – ORDEM DE SERVIÇO PRENSISTA – EQUACIONAL 2009....... 111

ANEXO B – LAUDO TÉCNICO DE RUÍDO – EQUACIONAL 2009................. 116

Page 21: Monografia marcelo eng seg

1

1 INTRODUÇÃO

O Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Equipamentos Similares

(PPRPS) é um planejamento estratégico e seqüencial das medidas de segurança

que devem ser implantadas em prensas e equipamentos similares. O PPRPS

deve ser aplicado nos estabelecimentos que possuem prensas e/ou equipamentos

similares, objetivando que nenhum trabalhador deve executar as suas atividades

expondo-se às zonas de risco desprotegidas.

Devido à alta incidência de acidentes de trabalho registrados no Brasil que

atingem membros superiores dos trabalhadores e considerando que prensas e

equipamentos similares são responsáveis por mais da metade dos acidentes de

trabalho com mutilação analisados pela Inspeção de Segurança e Saúde no

Trabalho, alguns Sindicatos de Trabalhadores conseguiram inserir nas

Convenções Coletivas o Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e

Similares (PPRPS) com o objetivo de garantir a proteção adequada à integridade

física e à saúde de todos os trabalhadores envolvidos nas diversas formas e

etapas do uso das prensas e equipamentos similares.

O Ministério do Trabalho vem desenvolvendo Notas Técnicas, pois pretende

integrar o PPRS as Normas Regulamentadoras como uma nova NR ou como um

anexo a NR12 – Maquinas e Equipamentos e com isto transformar o PPRPS em

obrigatoriedade extensível a todos trabalhadores expostos a este risco. Esta

padronização permite homogeneizar os procedimentos da fiscalização do

Trabalho e julgamento em ações Trabalhistas.

Cabe lembrar que a Constituição Federal assegura a adoção de medidas de

proteção contra os riscos inerentes ao trabalho (art. 7o, inciso XXII), o respeito à

dignidade da pessoa humana e aos valores sociais do trabalho (art. 1o, incisos III

e IV), observada a função social da propriedade (art. 170, inciso VI) e o artigo 184

da CLT onde determina que todas as máquinas e equipamentos devem ser

dotadas dos dispositivos necessários para a prevenção de acidentes de trabalho.

Page 22: Monografia marcelo eng seg

2

Dos trabalhos desenvolvidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego podemos

citar a Nota Técnica NT016 que é à base da maioria dos PPRPS existentes nas

indústrias. Acordos Coletivos entre Sindicatos de Trabalhadores e Sindicatos

Patronais. No estado de São Paulo existe a Convenção Coletiva de melhoria das

condições de trabalho em prensas e equipamentos similares, injetoras de plástico

e tratamento galvânico de superfícies das Indústrias Metalúrgicas que é

praticamente cópia literal da NT do MTE. A Nota Técnica NT016 originou-se da

reunião do Grupo Técnico sobre Prensas e Equipamentos Similares do Ministério

do Trabalho e Emprego, realizada no dia 17 de março de 2005, com objetivo de

revisar a Nota Técnica NT / DSST / n.º 37, de 16 de dezembro de 2004, na

aplicação das normas sempre focado na segurança e princípios de boa prática

para a proteção de prensas e equipamentos similares com base nas Normas a

saber:

NBRNM 213/1 e 2 - Segurança de máquinas Conceitos fundamentais,

princípios gerais de projeto;

NBR 14009 - Segurança de máquinas - Princípios para apreciação de risco;

NBR 14153 - Segurança de máquinas - Partes de sistemas de comando

relacionadas à segurança - Princípios gerais para projeto;

NBRNM-ISO 13852 - Segurança de máquinas - Distâncias de segurança

para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores;

NBRNM-ISO 13853 - Segurança de máquinas - Distâncias de segurança

para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros inferiores;

NBRNM-ISO 13854 - Segurança de máquinas - Folgas mínimas para evitar

esmagamento de partes do corpo humano;

NBR 13970 - Segurança de máquinas - Temperaturas para superfícies

acessíveis - Dados ergonômicos;

NBR 13759 - Segurança de máquinas - Equipamentos de parada de

emergência - Aspectos funcionais - Princípios para projeto;

NBRNM 272 - Segurança de máquinas - Proteções - Requisitos gerais para

o projeto e construção de proteções fixas e móveis;

Page 23: Monografia marcelo eng seg

3

NBRNM 273 - Segurança de máquinas - Dispositivos de intertravamento

associados a proteções - Princípios para projeto e seleção;

NBR 14152 - Segurança de máquinas - Dispositivos de comando bi

manuais - Aspectos funcionais e princípios para projeto;

NBR 14154 - Segurança de máquinas - Prevenção de partida inesperada,

NBR 13930 - Prensas mecânicas - Requisitos de segurança;

IEC EN 61496, partes 1 e 2 - Safety of Machinery - Electro-sensitive

Protective, Equipment;

EN 692 – Mechanical Presses- Safety;

EN 999 - Safety of Machinery – The Positioning of Protective Equipment in

Respect of Approach Speeds of Parts of the Human Body;

Artigos 184 a 186 da CLT;

Normas Regulamentadora NR-12 – Maquinas e Equipamentos.

Devido às experiências bem sucedidas dos sindicatos de trabalhadores,

empregadores e poder público no sentido de regulamentar as condições de

trabalho com prensas e equipamentos similares, podemos afirmar que hoje a

indústria dispõe de tecnologia suficiente para a proteção de prensas e similares,

de forma a evitar acidentes, além do fato da Convenção n.o 119 da Organização

Internacional do Trabalho, ratificada pelo Brasil e com vigência nacional desde 16

de abril de 1993, proíbe a venda, locação, cessão a qualquer título, exposição e

utilização de máquinas e equipamentos novos ou usados sem dispositivos de

proteção adequados. Porém no parque industrial brasileiro ainda ocorre à

utilização de equipamentos obsoletos e que oferecem riscos de acidentes.

São considerados dispositivos de proteção aos riscos existentes na zona de

prensagem ou de trabalho:

Enclausuramento da zona de prensagem, com frestas ou passagens que

não permitam o ingresso dos dedos e mãos nas áreas de risco, conforme

as NBRNMISO 13852 e 13854. Pode ser constituído de proteções fixas ou

móveis dotados de intertravamento por meio de chaves de segurança,

Page 24: Monografia marcelo eng seg

4

garantindo a pronta paralisação da máquina sempre que forem

movimentadas, removidas ou abertas, conforme a NBRNM 272;

Ferramenta fechada, significando o enclausuramento do par de

ferramentas, com frestas ou passagens que não permitam o ingresso dos

dedos e mãos nas áreas de risco, conforme as NBRNM-ISO 13852 e

13854;

Cortina de luz com redundância e auto-teste, classificada como tipo ou

categoria 4, conforme a IEC EN 61496, partes 1 e 2, a EN 999 e a NBR

14009, conjugada com comando bi manual com simultaneidade e auto

teste, tipo IIIC, conforme a NBR 14152 e o item 4.5 da NBR 13930.

Havendo possibilidade de acesso a áreas de risco não monitoradas pela(s)

cortina(s), devem existir proteções fixas ou móveis dotados de

intertravamento por meio de chaves de segurança, conforme a NBRNM

272. O número de comandos bi manuais deve corresponder ao número de

operadores na máquina, com chave seletora de posições tipo yale ou outro

sistema com função similar, de forma a impedir o funcionamento acidental

da máquina sem que todos os comandos sejam acionados, conforme a

NBR 14154.

Sempre que as prensas e equipamentos similares sofrerem transformação

substancial esta deve ser realizada mediante projeto mecânico elaborado por

profissional legalmente habilitado, acompanhado de Anotação de

Responsabilidade Técnica (ART). O projeto deverá conter memória de cálculo de

dimensionamento dos componentes, especificação dos materiais empregados e

memorial descritivo de todos os componentes.

De acordo com as Convenções Coletivas e com a NT016/DSS/2005, podem ser adotadas, em caráter excepcional, outras medidas de proteção e

dispositivos de segurança nas prensas e equipamentos similares, desde que garantam a mesma eficácia das proteções e dispositivos mencionados, atendendo o disposto nas Normas Técnicas oficiais vigentes.

Page 25: Monografia marcelo eng seg

5

2 OBJETIVO

O objetivo desta pesquisa é introduzir criar condições de segurança suficientes

para prevenir a ocorrência de acidentes e doenças do trabalho durante a utilização

de prensas e similares, obsoletas que oferecem riscos de acidentes de acordo

com as Convenções Coletivas, Normas Técnicas oficiais e com a

NT016/DSS/2004, onde é permitido que sejam adotadas, em caráter excepcional,

outras medidas de proteção e dispositivos de segurança nas prensas e

equipamentos similares, desde que garantam a mesma eficácia das proteções do

enclausuramento da zona de prensagem, a ferramenta fechada e a Cortina de

luz com redundância .

Por que outras medidas? Porque é necessário em um programa de adaptação,

prever o custo-benefício em relação ao desejado e a aceitação do operador do

novo sistema em uma maquina que ele já estava condicionado em operar de outra

forma, ou seja, é mais fácil uma um prensista se adaptar a uma maquina nova do

que a uma adaptação. Nem sempre as opções oferecidas pelas Convenções

Coletivas, Normas Técnicas oficiais e com a NT016/DSS/2004 são adaptáveis a

maquina existe, ou a prova de “gambiarras” pelo operador (com exceção da

ferramenta fechada).

Com a pesquisa procuraremos provar que as modificações introduzidas foram

eficientes quanto à prevenção e como se trata de uma verificação junto ao usuário

em curto prazo, a pesquisa tem um valor intangível indicativo da qualidade

percebida pelo operador da maquina, resultando em um valor indicativo

(qualitativo), portanto também será executada uma analise do custo do acidente

do trabalho em comparação ao custo da prevenção adotada, procurando

demonstrar a viabilidade, ou seja, que o custo de prevenção é menor que o custo

de um eventual acidente ou de um processo de fiscalização.

Page 26: Monografia marcelo eng seg

6

3 JUSTIFICATIVA De acordo com Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho 2006 do Ministério

da Previdencia Social., as doenças profissionais e os acidentes de trabalho

constituem um importante problema de saúde pública em todo o mundo. As

estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelam a ocorrência

anual de 160 milhões de doenças profissionais, 250 milhões de acidentes de

trabalho e 330 mil óbitos no mundo.

Segundo foi divulgado no site do INSS, em 2007 a Previdência Social gastou R$

10,7 bilhões com benefícios previdenciários decorrentes de acidentes de trabalho

e de atividades insalubres. No ano de 2006, foram R$ 9,94 bilhões. De acordo

com o Anuário Estatístico da Previdência Social de 2007, cerca de 653 mil

acidentes do trabalho foram registrados no INSS naquele ano, número 27,5%

superior ao de 2006.

Figura 1: Quantidade de acidentes do Trabalho

Fonte: DATAPREV, CAT., Arquivo 6Act01_07, do Anuário estatístico de acidentes do

trabalho, 2006. Brasília; Ministério da Previdência e Assistência Social. Disponível em:

http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=490

Page 27: Monografia marcelo eng seg

7

De acordo com dados publicados no site do Sindicato dos Metalúrgicos de São

Paulo e Mogi das Cruzes, filiado a Força Sindical a cada duas horas de trabalho,

morrem no país, três trabalhadores e a cada minuto de trabalho, ocorrem três

acidentes. O problema dos acidentes de trabalho assume maiores proporções do

que as estatísticas existentes permitem estimar, e o seu dimensionamento real,

inclusive quanto ao custo social, tem sido dificultado por diversos fatores.

A principal fonte de dados estatísticos sobre acidentes de trabalho no Brasil é o

Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), cujos dados oficiais se referem

apenas aos acidentes registrados e ocorridos entre os trabalhadores segurados,

não estando incluídos aqueles ocorridos com os trabalhadores do setor informal,

que representam importante parcela da população economicamente ativa. Os

demais fatores envolvidos são:

As restrições que a legislação acidentária progressivamente sofreu na

conceituação do acidente e das doenças relacionadas ao trabalho;

As restrições à concessão de benefícios por parte do INSS;

A falta de conhecimento do procedimento correto de notificação;

A pressão do trabalho ou o medo de que a ocorrência de uma exposição

possa refletir a falta de habilidade individual;

O fato de a notificação ser um procedimento demorado e também

complicado;

A parcela ainda restrita de organizações de trabalhadores envolvidas em

relação a esse assunto.

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8

Figura 2: Acidente do Trabalho

Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano,

FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br

Em analise ao artigo original “Acidentes graves do trabalho na Capital do Estado

de São Paulo (Brasil)” publicada na Revista Saúde Pública vol.15 nº1 São

Paulo Feb. 1981 do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde

Pública da USP, dos autores Diogo Pupo Nogueira; Jorge da Rocha Gomes; Naim

Sawaia verificamos que a maioria dos acidentes de grande gravidade que resultou

em incapacidade permanente foi mais elevado nos acidentes provenientes das

pequenas empresas e mais elevado ainda entre os prensistas. Uma explicação

para os 56,9% de incapacitados permanentes em conseqüência de acidentes

ocorridos nas pequenas empresas, são suas condições precárias de segurança e

medicina do trabalho, além de problemas com a assistência médica aos

acidentados tais como: equipamentos obsoletos e sem proteção, falta de

treinamento e conhecimento dos riscos, excesso de confiança, demoras no

atendimento de emergência, agravamento de lesões por tratamento caseiro,

permanência no trabalho apesar da lesão, retorno ao trabalho precocemente,

entre outros.

Page 29: Monografia marcelo eng seg

9

Figura 3: Porcentual de acidentes graves por função do Trabalhador

Fonte: Rev. Saúde Pública vol.15 nº1 São Paulo Feb. 1981, artigo “Acidentes graves do trabalho

na Capital do Estado de São Paulo (Brasil)”, acesso em 11/05/2009 as 11:00 hrs:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101981000100002

Na continuidade ainda é observado que dentre os vários fatores que ocasionaram

os acidentes a maior freqüência modal recaiu no trabalho com prensas. Quase

sempre os acidentes em prensas são de natureza grave incluindo, na maioria das

vezes, perdas anatômicas importantes. Recomenda-se atenção especial para as

prensas mecânicas excêntricas, onde maior risco envolve as operações em

prensas com sistema de alimentação manual, comando tipo pedal e estampos tipo

aberto.

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10

Figura 4: Fatores ocasionadores de Acidentes

Fonte: Rev. Saúde Pública vol.15 no.1 São Paulo Feb. 1981, artigo “Acidentes graves do

trabalho na Capital do Estado de São Paulo (Brasil)”,acesso em 11/05/2009:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101981000100002

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11

Em estudo realizado por Adelmo do Valle Sousa Leão, advogado empresarial

trabalhista, com especialização em RH / MBA pela USP, que atua no Peixoto e

Cury Advogados S.C em seu artigo “Mapeamento de risco de acidente evita ações

do INSS”, disponível no Site Conjur - Consultor Jurídico –

http://www.conjur.com.br, publicou:

...“ A Lei 8.213/91 já estabelecia, em seu artigo 120, a possibilidade de o INSS ingressar com “ação regressiva” para obter o ressarcimento, junto a empresas negligentes quanto às normas de segurança e higiene do trabalho, de gastos com benefícios pagos pela Previdência Social. Esse risco de passivo para as empresas já é real e agora tende a se intensificar. Com o déficit da Previdência estimado em R$ 38 bilhões para 2009, a tendência é haver um aumento de ações de regresso. Segundo foi divulgado, em 2007 a Previdência Social gastou R$ 10,7 bilhões com benefícios previdenciários decorrentes de acidentes de trabalho e de atividades insalubres. No ano anterior, foram R$ 9,94 bilhões. De acordo com o Anuário Estatístico da Previdência Social de 2007, cerca de 653 mil acidentes do trabalho foram registrados no INSS naquele ano, número 27,5% superior ao de 2006. O Decreto 6.042/07, ao regular o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e o Nexo Técnico Epidemiológico de Prevenção (NTEP), estabelece que a perícia médica do INSS, quando constatar indícios de culpa ou dolo por parte do empregador em relação à causa geradora dos benefícios por incapacidade concedidos, deverá oficiar a Procuradoria do INSS. A perícia deve, então, subsidiar a Procuradoria com evidências e demais meios de prova colhidos, notadamente quanto aos programas de gerenciamento de riscos ocupacionais, para ajuizamento de ação regressiva contra os responsáveis, e possibilitar o ressarcimento à Previdência Social do pagamento de benefícios por morte ou por incapacidade permanente ou temporária. As empresas já vêm observando com atenção as normas de segurança e higiene, mas isso, isoladamente, não resolve o problema. As empresas devem gerenciar e, especialmente, mapear os afastamentos, no sentido de descobrir os seus focos e origens, que podem ser dos mais variados, como motivos ergonômicos, o medo de perder o emprego ou até um gerente que não sabe lidar com seus subordinados. Os afastamentos podem até ter origem por fatores externos e isso precisa ser detectado pelas empresas, o que, na maioria das vezes, não vem ocorrendo com eficácia. Um bom monitoramento dos afastamentos facilitará a defesa da empresa em recursos administrativos e judiciais, especialmente nas ações de regresso do INSS. As empresas devem estar atentas também a medidas que evidenciem e comprovem o cumprimento das normas de segurança, para se defenderem de demandas dessa natureza sem grandes transtornos. Conforme noticiado pela Previdência, em 2008 a Procuradoria Regional Federal da 4º Região, em parceria com o INSS, ajuizou ação regressiva acidentária perante a Justiça Federal de Porto Alegre contra uma empresa metalúrgica que, segundo a petição inicial, foi negligente no cumprimento e fiscalização das normas de proteção e segurança dos trabalhadores. Segundo o informe, a “empresa reconheceu a culpa por acidente

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12

acontecido com trabalhador, que sofreu a amputação de sete dedos das mãos ao operar uma prensa mecânica sem os dispositivos obrigatórios de segurança, tanto que na ação indenizatória movida pelo acidentado na Justiça do Trabalho firmou acordo de R$ 1,479 milhão, com danos morais e materiais”.

Ante o transcrito podemos concluir que o INSS não pretende assumir, ou pelo

menos pretende dificultar o pagamento dos valores indenizatórios referentes a

acidentes do trabalho. Portanto o risco de acidentes do trabalho esta se

transformando em risco de passivo trabalhista ou no mínimo um risco de sofrer

ações regressivas. Segundo os especialistas em acidentes do trabalho os

afastamentos da empresa (por acidentes ou não) geram vários custos para a

empresa que não são inventariados, sendo que ela deve contabilizar e administrar

melhor esse fluxo, especialmente em época de crise. Gerenciamento e ações de

melhoria no âmbito da Segurança e Saúde do Trabalho podem representar uma

grande economia para a empresa.

Voltando a introdução deste trabalho é importante lembrar que o Programa de

Prevenção de Riscos em Prensas e Equipamentos Similares (PPRS) é um

planejamento estratégico e seqüencial das medidas de segurança que devem ser

introduzidas em prensas e equipamentos similares, objetivando que nenhum

trabalhador deve executar as suas atividades expondo-se às zonas de risco

desprotegidas o programa é um meio de capacitação dos trabalhadores, como

forma de envolvê-los, de modo comprometido, com a segurança e saúde no

trabalho. Como exemplo do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais) o PPRPS (Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e

Similares), promove a proteção coletiva, entre outros, sempre com a participação

e o envolvimento de todos os interessados na questão, ou seja, os especialistas

em segurança e saúde no trabalho, profissionais de manutenção, da conservação,

da produção, de projetos, trabalhadores especializados, técnicos e auxiliares, e

representantes da direção da empresa.

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13

Figura 5: Custos do Acidente de Trabalho

Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano,

FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br

Existem estudos de associações medicas e dissertações de mestrado que

provam que o custo do tratamento é dez vezes maior que o da prevenção.

Portanto, além da busca pela qualidade na segurança e saúde no trabalho, a

conseqüente diminuição dos riscos no trabalho e dos riscos de passivo para as

empresas, o PPRPS acaba permitindo que trabalhadores comprometidos e

trabalhando de forma comprometida com segurança, produzam com mais

qualidade, maior produtividade criando um ambiente saudável, seguro e

financeiramente mais favorável.

Page 34: Monografia marcelo eng seg

14

4 REVISÃO BIBLIOGRAFICA:

4.1 Segurança de Máquinas: Leis e Normas

4.1.1 Hierarquia das Leis De acordo com os preceitos do Direito do Trabalho as Leis seguem uma

hierarquia definida por:

1ª Constituição Federal – Emenda Constitucional:

2ª Decreto Lei, Leis Complementares, Leis Ordinárias e Leis Delegadas

3ª Atos Normativos ( Decretos, Resoluções, Portarias, Medidas Provisórias,

Regimentos Internos, Ordem de Serviços, Convênios):

4ª Normas,

5ª Contratos, Convenções e Ordens de Serviço das Empresas

Figura 6: Hierarquia das leis

Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano,

FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br

Page 35: Monografia marcelo eng seg

15

4.2 Leis

O Decreto Lei 5452, de 1 de maio de 1943 aprova a CONSOLIDAÇÕES

DAS LEIS DO TRABALHO - CLT

Lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977 altera o Capitulo V do Titulo II da CLT relativo à Segurança e Medicina do Trabalho

4.3 Portarias

Portaria 3214, de 08 de Junho de 1978 aprova as Normas Regulamentadoras – NRs. Possuem força de lei; são de caráter abrangente e fiscalizatório. São utilizadas pelos fiscais do trabalho para autuar empresas

Figura 7: Normas Regulamentadoras do MTE

Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano,

FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br

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16

4.4 NR e NT da ABNT

Normas Técnicas da ABNT:

o Normas tipo A: que definem com rigor conceitos fundamentais,

princípios de projetos e aspectos gerais válidos para todos os tipos

de máquinas.

o Normas tipo B: que tratam de um aspecto ou de um tipo de

dispositivo condicionador de segurança, aplicáveis a uma gama

extensa de máquinas, sendo.

Normas tipo B1: sobre aspectos particulares de segurança

(por exemplo, distâncias de segurança, temperatura de

superfície, ruído).

Normas tipo B2: sobre dispositivos condicionadores de

segurança (por exemplo, comandos bi manuais, dispositivos

de intertravamento, dispositivos sensíveis à pressão,

proteções).

o Normas tipo C: que dão prescrição detalhadas de segurança

aplicáveis a uma máquina em particular ou a um grupo de máquinas.

Outros dispositivos normativos:

o Notas Técnicas

o Notas do MTE. Podem harmonizar o procedimento de fiscalização

das DRTs, exemplo: N.T. 46/2005

Abrangência: Todo o Brasil;

Máquinas: Prensas, similares e maq. com cilindros rotativos;

Define medidas necessárias para segurança das maquinas;

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17

Figura 8: Normas Técnicas

Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano,

FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br

Page 38: Monografia marcelo eng seg

18

4.5 Convenções Coletivas:

Convenções Coletivas são acordos que visam à melhoria das condições de

trabalho;

Exemplo: P.P.R.P.S. e P.P.R.M.I.

o Abrangência: Ind. Metalúrgicas do estado de S.P;

o Máquinas PPRPS: Prensas, similares e maq. com cilindros rotativos;

o Máquinas PPRMI: Injetoras de plástico e elastômeros

o Definem medidas necessárias p/ a segurança das maquina;

o Estabelece cronograma de implantação das medidas(prazo máx.

04/2007).

Figura 9: Hierarquia das Normas

Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano,

FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br

Page 39: Monografia marcelo eng seg

19

4.6 Definição de Prensas e Dispositivos de Proteção Prensas são equipamentos utilizados onde materiais diversos em placa ou chapa

são trabalhados sob operações de conformação ou corte, onde o movimento do

martelo (punção) é proveniente de um sistema hidráulico (cilindro hidráulico) ou de

um sistema mecânico (o movimento rotativo é transformado em linear através de

sistemas de bielas, manivelas ou fusos).

As prensas são máquinas ferramentas utilizadas, principalmente, na metalurgia

básica e na fabricação de produtos de metal para a fabricação de máquinas

elétricas (motores e geradores), linha branca (geladeiras, fogões, ventiladores,

exaustores) máquinas e equipamentos, máquinas de escritório e equipamentos de

informática, móveis com predominância de metal, veículos automotores, reboques

e carrocerias.

Como especificado no parágrafo anterior, as prensas são usadas para conformar,

moldar, cortar, furar, cunhar e vazar peças, nesses processos existe sempre um

martelo (punção) cujo movimento é proveniente de um sistema hidráulico (cilindro

hidráulico) ou de um sistema mecânico (em que o movimento rotativo é

transformado em linear através de um sistema de bielas, manivelas ou fusos). Há

uma grande variedade de tipos e modelos de prensas, que variam quanto ao tipo,

modelo, tamanho e capacidade de aplicação de força ou velocidade.

No mercado, encontramos prensas com capacidade de carga de poucos quilos até

prensas de mais de 50.000 toneladas de força. No parque industrial brasileiro a

maioria das prensas é do tipo excêntrica que é a mais perigosa. O acionamento

das prensas pode ser feito por pedais, botoeiras simples, por comando bi manual

ou por acionamento contínuo.

Page 40: Monografia marcelo eng seg

20

Figura 10: Prensa excêntrica de 300 toneladas

Fonte: Brasil, SENAI Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx Para efeito do PPRPS são considerados os seguintes tipos de prensas,

independentemente de sua capacidade:

Prensas mecânicas excêntricas de engate por chaveta;

Prensas mecânicas excêntricas com freio/embreagem;

Prensas de fricção com acionamento por fuso;

Prensas hidráulicas;

Outros tipos de prensas não relacionadas anteriormente.

4.6.1 Dispositivos de proteção na zona de prensagem ou de trabalho: Enclausuramento da zona de prensagem, com frestas ou passagens que

não permitam o ingresso dos dedos e mãos nas áreas de risco, conforme

as NBRNMISO 13852 e 13854. Pode ser constituído de proteções fixas ou

móveis dotados de intertravamento por meio de chaves de segurança,

garantindo a pronta paralisação da máquina sempre que forem

movimentadas, removidas ou abertas, conforme a NBRNM 272;

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21

Ferramenta fechada, significando o enclausuramento do par de

ferramentas, com frestas ou passagens que não permitam o ingresso dos

dedos e mãos nas áreas de risco, conforme as NBRNM-ISO 13852 e

13854;

Cortina de luz com redundância e auto-teste, classificada como tipo ou

categoria 4, conforme a IEC EN 61496, partes 1 e 2, a EN 999 e a NBR

14009, conjugada com comando bi manual com simultaneidade e auto

teste, tipo IIIC, conforme a NBR 14152 e o item 4.5 da NBR 13930.

Havendo possibilidade de acesso áreas de risco não monitoradas pela(s)

cortina(s), devem existir proteções fixas ou móveis dotados de

intertravamento por meio de chaves de segurança, conforme a NBRNM

272. O número de comandos bi manuais deve corresponder ao número de

operadores na máquina, com chave seletora de posições tipo yale ou outro

sistema com função similar, de forma a impedir o funcionamento acidental

da máquina sem que todos os comandos sejam acionados, conforme a

NBR 14154.

4.6.2 Proteção da zona de prensagem ou de trabalho As prensas mecânicas excêntricas de engate por chaveta ou de sistema de

acoplamento equivalente (de ciclo completo), as prensas de fricção com

acionamento por fuso e seus respectivos equipamentos similares não

podem permitir o ingresso das mãos ou dos dedos dos operadores nas

áreas de risco, devendo adotar as seguintes proteções na zona de

prensagem ou de trabalho:

o Ser enclausuradas, com proteções fixas, e, havendo necessidade de

troca freqüente de ferramentas, com proteções móveis dotadas de

intertravamento com bloqueio, por meio de chave de segurança, de

modo a permitir a abertura somente após a parada total dos

movimentos de risco ou;

o Operar somente com ferramentas fechadas.

Page 42: Monografia marcelo eng seg

22

As prensas hidráulicas, as prensas mecânicas excêntricas com

freio/embreagem, seus respectivos equipamentos similares e os

dispositivos pneumáticos devem adotar as seguintes proteções na zona de

prensagem ou de trabalho:

o Ser enclausuradas, com proteções fixas ou móveis dotadas de

intertravamento com chave de segurança ou;

o Operar somente com ferramentas fechadas ou;

o Utilizar cortina de luz conjugada com comando bi manual.

4.6.3 Válvulas de segurança As prensas mecânicas excêntricas com freio/embreagem e seus

respectivos equipamentos similares devem ser comandados por válvula de

segurança específica, de fluxo cruzado, conforme o item 4.7 da NBR 13930

e a EN 692, classificadas como tipo ou categoria 4, conforme a NBR 14009.

A prensa ou equipamento similar deve possuir rearme manual, incorporado

à válvula de segurança ou em qualquer outro componente do sistema, de

modo a impedir qualquer acionamento adicional em caso de falha.

Nos modelos de válvulas com monitoração dinâmica externa por

pressostato, micro-switches ou sensores de proximidade, esta deve ser

realizada por Controlador Lógico Programável (CLP) de segurança ou

lógica equivalente, com redundância e auto-teste, classificados como tipo

ou categoria 4, conforme a NBR 14009.

Somente podem ser utilizados silenciadores de escape que não

apresentem risco de entupimento, ou que tenham passagem livre

correspondente ao diâmetro nominal, de maneira a não interferirem no

tempo de frenagem.

Quando forem utilizadas válvulas de segurança independentes para o

comando de prensas e equipamentos similares com freio e embreagem

separados, estas devem ser interligadas de modo a estabelecer uma

monitoração dinâmica entre si, assegurando que o freio seja imediatamente

aplicado caso a embreagem seja liberada durante o ciclo, e também para

impedir que a embreagem seja acoplada caso a válvula do freio não atue.

Page 43: Monografia marcelo eng seg

23

Os sistemas de alimentação de ar comprimido para circuitos pneumáticos

de prensas e similares devem garantir a eficácia das válvulas de

segurança, possuindo purgadores ou sistema de secagem do ar e sistema

de lubrificação automática com óleo específico para este fim.

As prensas hidráulicas, seus respectivos equipamentos similares e os

dispositivos pneumáticos devem dispor de válvula de segurança específica

ou sistema de segurança que possua a mesma característica e eficácia.

As prensas hidráulicas, seus respectivos equipamentos similares e os

dispositivos pneumáticos devem dispor de válvula de retenção que impeça

a queda do martelo em caso de falha do sistema hidráulico ou pneumático.

4.6.4 Dispositivos de parada de emergência As prensas e equipamentos similares devem dispor de dispositivos de

parada de emergência, que garantam a interrupção imediata do movimento

da máquina ou equipamento, conforme a NBR 13759.

Quando utilizados comandos bi manuais conectáveis por tomadas

(removíveis) que contenham botão de parada de emergência, este não

pode ser o único, devendo haver dispositivo de parada de emergência no

painel ou corpo da máquina ou equipamento.

Havendo vários comandos bi manuais para o acionamento de uma prensa

ou equipamento similar, estes devem ser ligados de modo a se garantir o

funcionamento adequado do botão de parada de emergência de cada um

deles.

Nas prensas mecânicas excêntricas de engate por chaveta ou de sistema

de acoplamento equivalente (de ciclo completo) e em seus equipamentos

similares, admite-se o uso de dispositivos de parada que não cessem

imediatamente o movimento da máquina ou equipamento, em razão da

inércia do sistema.

Page 44: Monografia marcelo eng seg

24

4.6.5 Monitoramento do curso do martelo Nas prensas hidráulicas, prensas mecânicas excêntricas com

freio/embreagem e respectivos equipamentos similares, não enclausurados,

ou cujas ferramentas não sejam fechadas, o martelo deverá ser monitorado

por sinais elétricos produzidos por equipamento acoplado mecanicamente à

máquina, com controle de interrupção da transmissão, conforme o item 4.9

da NBR13930.

4.6.6 Comandos elétricos de segurança As chaves de segurança das proteções móveis, as cortinas de luz, os

comandos bi manuais, as chaves seletoras de posições tipo yale e os

dispositivos de parada de emergência devem ser ligados a comandos

elétricos de segurança, ou seja, CLP ou relés de segurança, com

redundância e auto-teste, classificados como tipo ou categoria 4, conforme

a NBR 14009, com rearme manual. As chaves seletoras de posições tipo

yale para seleção do número de comandos bi manuais devem ser ligadas a

comando eletro-eletrônico de segurança de lógica programável (CLP ou

relé de segurança). Caso os dispositivos de segurança sejam ligados a CLP

de segurança, o software instalado deverá garantir a sua eficácia, de forma

a reduzir ao mínimo a possibilidade de erros provenientes de falha humana,

em seu projeto, devendo ainda possuir sistema de verificação de

conformidade, a fim de evitar o comprometimento de qualquer função

relativa à segurança, bem como não permitir alteração do software básico

pelo usuário, conforme o item 4.10 da NBR 13930 e o item 12.3 da EN

60204.1

4.6.7 Pedais de acionamento As prensas e equipamentos similares que têm sua zona de prensagem ou

de trabalho enclausurada ou utilizam somente ferramentas fechadas podem

ser acionadas por pedal com atuação elétrica, pneumática ou hidráulica,

desde que instaladas no interior de uma caixa de proteção, atendendo ao

disposto na NBR NM ISO 13852.

Obs.: Não é admitido o uso de pedais com atuação mecânica.

Page 45: Monografia marcelo eng seg

25

4.6.8 Proteção das transmissões de força As transmissões de força, como volantes, polias, correias e engrenagens,

devem ter proteção fixa, integral e resistente, através de chapa ou outro

material rígido (por exemplo chapa quadriculada) que impeça o ingresso

das mãos e dedos nas áreas de risco, conforme a NBRNM 13852. Nas

prensas excêntricas mecânicas deve haver também uma proteção fixa das

bielas e das pontas de seus eixos que resistam aos esforços de solicitação

em caso de ruptura. Nas prensas de fricção com acionamento por fuso

devem ter os volantes verticais e horizontais protegidos, de modo que não

sejam arremessados em caso de ruptura do fuso.

4.6.9 Aterramento elétrico As prensas e equipamentos similares devem possuir aterramento elétrico,

conforme as NBR 5410 e NBR 5419.

4.6.10 Ferramentas As ferramentas devem ser construídas de forma que evitem a projeção de

rebarbas nos operadores e não ofereçam riscos adicionais. As ferramentas

devem ser armazenadas em locais próprios e seguros. As ferramentas

devem ser fixadas às máquinas de forma adequada, sem improvisações,

com a máquina desligada e travada para evitar acionamento acidental

durante o processo de “Set-Up”.

4.6.11 Sistemas de retenção mecânica Todas as prensas devem possuir um sistema de retenção mecânica, para

travar a maquina antes do início dos trabalhos. O componente de retenção

mecânica utilizado deve ser pintado na cor amarela e dotado de interligação

eletromecânica, conectado ao comando central da máquina de forma a

impedir, durante a sua utilização, o funcionamento da prensa.

Obs.: Nas situações onde não seja possível o uso do sistema de retenção

mecânica, devem ser adotadas medidas alternativas que garantam o mesmo

resultado, como por exemplo, chave elétrica geral com chave tranca.

Page 46: Monografia marcelo eng seg

26

4.6.12 Equipamentos similares específicos As guilhotinas, tesouras e cisalhadoras devem possuir grades de proteção

fixas e, havendo necessidade de intervenção freqüente nas lâminas, devem

possuir grades de proteção móveis dotadas de intertravamento com

bloqueio, por meio de chave de segurança, para impedir o ingresso das

mãos e dedos dos operadores nas áreas de risco, conforme a NBR NM-ISO

13852.

Os rolos laminadores, laminadoras, calandras e outros equipamentos

similares devem ter seus cilindros protegidos, de forma a não permitir o

acesso às áreas de risco, ou ser dotados de outro sistema de proteção de

mesma eficácia. Dispositivos de parada e retrocesso de emergências

acessíveis de qualquer ponto do posto de trabalho são obrigatórios, mas

não eliminam a necessidade da exigência das grades de proteção fixa.

Figura 11: Vista Parcial Interna do Galpão Estamparia e Usinagem da Equacional

Fonte: Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Page 47: Monografia marcelo eng seg

27

5 METODOLOGIA

A proposta desta pesquisa é diminuir os riscos em prensas antigas e obsoletas.

Vão ser projetados dispositivos de segurança suficientes para prevenir a

ocorrência de acidentes e doenças do trabalho durante a utilização dos

equipamentos que possam oferecer riscos de acidentes.

A atividade será medida através de uma avaliação preliminar dos riscos existentes

na configuração atual dos equipamentos antes da implementação das

modificações e com a construção de um protótipo para medição e avaliação dos

riscos e o custo de implementação após executada a modificação conforme

projeto.

Para reduzir o risco os equipamentos serão reprojetados (“Retrofiting”) e os

operadores conscientizados por meio de 3 diferentes ações:

Eliminar ou reduzir os riscos tanto quanto possível mediante a introdução

de modificações no design da máquina:

Mão Mecânica para segurar o disco

Modificação do sistema de pedais (hoje mecânicos)

Introdução de sistema bi manual

Botão de parada de emergência

Tomar as medidas de proteção necessárias, em relação ao que não pode

ser eliminado.

Informar operadores para os riscos residuais, decorrentes de “ignorar”

medidas recomendáveis ou adotar atalhos para realizar o trabalho.

A hierarquia entre as medidas que serão tomadas quando a eliminação do perigo

não ocorre na primeira fase do projeto de reprojeto da máquina. Serão elas:

Adotar proteções de enclausuramento nas ferramentas

Utilizar proteção móvel ou dispositivo de proteção, tais como grade, etc.

Utilizar ferramentas de proteção (pinças magnéticas)

Fornecer mobiliário adequado ergonomicamente

Fornecer informação, instrução, treinamento e supervisão

Page 48: Monografia marcelo eng seg

28

5.1 cronograma Este projeto de pesquisa está estimado para ser executado em 7 meses (a partir

de junho de 2009), conforme as etapas abaixo:

Etapas:

Pesquisa bibliográfica

Analise dos Riscos

Formulação do texto final para envio ao orientador até 23/11/2009

Levantamento de dados

Projeto dos Dispositivos

Instalação e teste dos dispositivos e equipamentos previstos na pesquisa

Treinamento dos operadores.

Nova analise de Risco

Processamento e análise dos resultados.

Redação final.

Defesa da Monografia (data provável dia 12 de dezembro de 2009)

Tabela 1 – Cronograma cronograma jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 1. Pesquisa bibliográfica 2. Analise dos Riscos 3. Formulação do texto Prof Nilton 4. Levantamento de dados 5. Projeto dos Dispositivos 6. Instalação e teste dos dispostivos e equipamentos previstos na pesquisa 7. Treinamento dos operadores. 8. Nova analise de Risco 9. Processamento e análise dos resultados. 10. Redação final. 11. Defesa da Monografia

Page 49: Monografia marcelo eng seg

29

6 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

6.1 Implantação do PPRPS

O Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Equipamentos Similares

(PPRS) é um planejamento estratégico e seqüencial das medidas de segurança

que devem ser implementadas em prensas e equipamentos similares. Um grupo

gestor será formado para analisar os riscos e programar as melhorias propostas

nesta pesquisa. objetivando que nenhum trabalhador deve executar as suas

atividades expondo-se às zonas de risco desprotegidas.

6.1.1 Formação de uma equipe gestora: Engenheiro de Segurança do Trabalho

Responsável pelo RH (Representante da Alta Direção da Empresa)

Supervisor de Produção

Líder do Setor de Estamparia

Representante da Área de Projetos

Representante da CIPA

6.1.2 Formulação do PPRPS: 6.1.2.1 Identificação da empresa Tabela 2 – Modelo de identificação da Empresa

Razão Social

Endereço Atividade Nº de prensas/similares Nº de funcionários Responsável

Fonte: Senai/SP 6.1.2.2 Planta baixa com a localização das prensas

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30

Desenho 1 – Croquis da Equacional

Fonte: Gentilmente cedido por Equacional 6.1.2.3 Identificação de cada prensa/equipamento similar

Page 51: Monografia marcelo eng seg

31

Tabela 3 – Modelo de identificação das Prensas e Equipamentos similares FICHA No 001

Equipamento: Fabricante:

Tipo: Modelo: Capacidade: Ano Fab.:

Local: Inventário: Equipamentos Auxiliares

Tipo Modelo Fabricante

6.1.2.3.1.1.1.1.1 Sistemas ou dispositivos de proteção Existentes

Necessário implantar Ações Quem Quando

Revisão e inspeção do equipamento Responsável Data

Fonte: Senai/SP 6.1.2.4 Cronograma de correção e instalação

Page 52: Monografia marcelo eng seg

32

Tabela 4 – Modelo de Cronograma de “Retrofiting”

Equipamento Nº Correção necessária Prazo dias Responsável Assina

tura

001

002

003

004

Fonte: Senai/SP

Page 53: Monografia marcelo eng seg

33

6.1.2.5 Procedimentos seguros para troca de estampos e matrizes (O quadro

deve indicar as etapas de trabalho envolvidas na troca de ferramentas, os

riscos envolvidos nessa troca e o procedimento seguro a adotar em cada

etapa)

Tabela 5 – Modelo de ficha de procedimento

PROCEDIMENTO SEGURO DE TRABALHO AÇÃO: Troca de estampos e matrizes

Etapas de trabalho Existência de riscos Procedimento Seguro

APLICÁVEL AOS SEGUINTES CARGOS OU FUNÇÕES

Elab. 1a edição

Revisão data

Doc. Téc. de segurança

Supervisor da área

Gerente da área

Departamento

Fonte: Senai/SP 6.1.2.6 Controle de treinamento (preencher o quadro com informações sobre

um treinamento que será dado aos prensistas da empresa)

Tabela 6 – Modelo de Controle de Treinamento 1

CONTROLE DE TREINAMENTO CURSO:

Ministrado em Validade Carga horária MINISTRADO POR:

Os participantes aqui mencionados e listados confirmam ter recebido treinamento específico seguindo o Programa de Prevenção de Riscos de Prensas e Similares “PPRPS” Participantes Nome Cargo Setor Assinatura Conteúdo programático

Fonte: Senai/SP

Page 54: Monografia marcelo eng seg

34

6.2 PROCEDIMENTOS PARA ELIMINAÇÂO DE RISCOS

Etapa onde serão realizados levantamentos técnicos das prensas, ferramental,

tipos de peças estampadas, proteção existentes, elaboração dos croquis de

proteções necessárias, implementação dos dispositivos escolhidos, relatório

fotográfico, registro das modificações, consolidação dos projetos de adaptação,

recolhimento das ART´s referentes ao “retrofiting”, elaboração dos procedimentos

seguros de operações.

6.2.1 Adotar proteções de enclausuramento nas ferramentas Figura 12 : Estampo enclausurado

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx

Características: O estampo é fechado e só permite a entrada do material mas não da mão

do operador.

A proteção para enclausuramento do estampo deve ser:

forte e robusta e não pode ser facilmente removida

fabricada em chapa, tela de aço ou policarbonato.

Comentários:

Pode ser utilizado em qualquer tipo de prensa.

Deve ser previsto quando se projeta o estampo da prensa.

Page 55: Monografia marcelo eng seg

35

Para alguns tipos de peça sua utilização não é possível.

Oferece segurança total.

Ações executadas:

Compra de 04 estampos fechados para furos padrão

Mudança de Procedimento: os demais furos padrão e recorte do estator

rotor feita serão executados em ranhuradeira com faca combinada

Figura 13 : Estampo fechado para disco padrão

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Figura 14: Chapa estampada de rotor (consultar apêndice B)

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Page 56: Monografia marcelo eng seg

36

6.2.2 Utilizar proteções móveis ou dispositivos de proteção tais grades, etc.

Figura 15: Prensa excêntrica de 200 toneladas acionada por pedal

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx Características:

O enclausuramento de partes móveis da máquina é uma proteção mecânica de

algumas partes da máquina:

deve ser forte e robusta e fabricada em chapa, tela de aço ou

policarbonato, na forma de grades, barras ou capas;

quando o acesso a uma parte é constante, o enclausuramento deve ser

feito por proteção que não seja facilmente removível; quando o acesso a

ela é raro, a parte deve ser enclausurada por proteção fixa.

Comentários: Em qualquer equipamento, as partes móveis podem atingir o

operador. A instalação de proteções mecânicas protegem o operador.

Características:

A proteção para enclausuramento da zona de prensagem pode ser fixa ou móvel,

e deve ser:

forte e robusta e não pode ser facilmente removida

Page 57: Monografia marcelo eng seg

37

fabricada em chapa, tela de aço ou policarbonato

projetada para passar apenas o material e não a mão e os dedos do

operador

ligada eletricamente por sensores ao comando da prensa, fazendo com que

ela não funcione se for retirada

Comentários: A proteção não pode interferir na possibilidade de inspeção da

prensa.

Ações executadas:

Cobertura das partes móveis com proteções de chapa de aço

Cobertura das áreas de prensagem com tela de aço

Parâmetros utilizados:

Tabela 7 - Tabela 1 – Anexo A da norma NBR 13760

Fonte: Norma NBR 13760:1996 (Cancelada)- Tabela 01 do Anexo A (conclusão)

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38

Tabela 8 - Tabela 4 da norma NBR NM ISO 13853

Fonte: norma NBR NM ISO 13853 - ABNT

Page 59: Monografia marcelo eng seg

39

Figura 16: Prensa excêntrica numero 31

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Figura 17: Prensa excêntrica numero 38

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Page 60: Monografia marcelo eng seg

40

Figura 18: Prensa excêntrica numero 38

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Figura 19: Prensa excêntrica numero 37

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

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41

Figura 20: Prensa excêntrica numero 35

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

6.2.3 Utilizar ferramentas de proteção (pinças magnéticas)

Figura 21: Pinças.

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx

Page 62: Monografia marcelo eng seg

42

Características:

As pinças e tenazes são usadas, em geral, para o forjamento a morno e a

quente. O uso de pinças e tenazes em forjamento a frio só se justifica como

alternativa provisória antes da implantação de outros sistemas de segurança.

Comentários: É comum que os próprios operadores produzam suas próprias

pinças e tenazes, o que pode causar problemas, pois não há como garantir que a

matéria-prima tenha a qualidade necessária.

Ações executadas:

Compradas 05 pinças magnéticas idênticas às usadas na Brastemp

Figura 22: Pinça magnética

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Page 63: Monografia marcelo eng seg

43

Figura 23: Pinça magnética em uso

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

6.2.4 Fornecer mobiliário adequado ergonomicamente

Figura 24: Cadeira ergonomicamente adaptada

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx

Page 64: Monografia marcelo eng seg

44

Características:

1. Base: Uma cadeira moderna possui 5 pés de apoio na base.

2. Assento: O assento deve possuir o bordo anterior curvado para baixo e

controles de altura, de forma que possa ajustá-la mantendo suas coxas

paralelas ao chão. A parte posterior da panturrilha (batata da perna) deve

ficar afastada do assento no mínimo de 2 ou 3 centímetros

3. Apoio lombar : Este deve apoiar a região lombar da coluna. Este apoio deve

possuir ajuste de altura e inclinação, independente dos ajustes do assento.

Comentários

O apoio lombar bem ajustado, auxilia na sustentação de toda a coluna.

Sem este apoio, esta sustentação é toda realizada pela musculatura da

coluna, concentrando todo o peso da parte superior do corpo na ultima

vértebra lombar. Sem o apoio e dependendo do tempo que se permanece

sentado, a musculatura pode entrar em fadiga gerando desconforto.

A necessidade de apoio de braço em alguns casos deve ser opcional, pois

em determinadas atividades ele pode atrapalhar gerando desconforto.

Devemos lembrar que este equipamento é um apoio e não um suporte.

Assim, não recomendamos a utilização constante do apoio durante

operação prolongada. Mesmo com um bom apoio de braço deve-se realizar

pausas ou micro pausas.

O assento deve distribuir o peso do corpo de maneira uniforme. O ajuste

alto demais, tende a comprimir a parte posterior da coxa próximo ao joelho.

Baixa demais, a força de compressão tende a se localizar apenas nas

nádegas. Ambas as situações geram desconforto e dificultam a circulação

sanguínea.

Ações executadas:

Compradas 06 cadeiras adaptadas ergonomicamente.

Page 65: Monografia marcelo eng seg

45

Figura 25: Cadeira ergonomicamente adaptada

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Figura 26: Cadeira ergonomicamente adaptada

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Page 66: Monografia marcelo eng seg

46

6.2.5 Fornecer Sistema de Bloqueio

Figura 27: Cadeado com sinalização

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx

Características:

São peças que permitem o travamento dos dispositivos de isolamento de energia.

Ou seja, com esses dispositivos evitam-se energizações acidentais.

A manipulação incorreta de válvulas, o acionamento acidental de disjuntores de

plugs industriais, de painéis elétricos, de chaves elétricas, etc. podem colocar em

risco a vida dos trabalhadores.

Para as diferentes fontes de energia, existem inúmeros dispositivos de bloqueio

que podem prevenir riscos no ambiente de trabalho e evitar a ocorrência de

acidentes.

Tipos de dispositivos de bloqueio:

Bloqueadores de válvulas: de esfera, de gaveta, borboleta, etc.

Multibloqueadores: em aço, em alumínio, em plástico, etc.

Etiquetas de segurança.

Cadeados industriais , supercadeado ou Bloqueador pneumático.

Comentários: É importante lembrar que o bloqueio é apenas uma das fases do

controle de energia. Todos os dispositivos de comando devem ser sinalizados e

bloqueados, o que inclui, naturalmente o bloqueio da energia elétrica. A decisão

do quê e de como bloquear depende de cuidadosa análise de fontes de energia.

Page 67: Monografia marcelo eng seg

47

Ações executadas:

Todas as máquinas foram equipadas com chave geral I/O

Compradas Plaquetas (Etiquetas de segurança).

Figura 28: Sinalização chave de bloqueio para manutenção

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Page 68: Monografia marcelo eng seg

48

6.2.6 Mão Mecânica para segurar o disco Figura 29: Sinalização chave de bloqueio para manutenção

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx Características:

Pode ser robotizada, fazendo movimentos de acamamento e

posicionamento da matéria prima durante a estampagem.

Pode ser complementada por cortina de luz pois se o operador colocar a

mão em zona de prensagem a prensa pára.

Comentários: Pinça magnética não é mão mecânica. A pinça é um paliativo que

não oferece a proteção necessária ao operador e deve ser evitada, o braço aqui

sugerido é composto de um braço regulável, um atuador pneumático(BelAir), uma

válvula pneumática 5/2 posições (BelAir), Lubrifil mini (BelAir), Regulador de fluxo,

conexões e bolachas de posicionamento.

Ações executadas:

As maquinas 42, 43, e 44 foram equipadas com braços mecânicos de

projeto próprio da Equacional (solução caseira para minimizar custos).

Page 69: Monografia marcelo eng seg

49

Figura 30: Prensa 42 Adaptada Pelo Projeto.

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Desenho 2 – Projeto da mão mecânica da prensa 42

Fonte: Equacional Elétrica e Mecânica LTDA.

Page 70: Monografia marcelo eng seg

50

Figura 31: Prensa 43 - Adaptada Pelo Projeto.

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Desenho 3 – Projeto da mão mecânica da prensa 43

Fonte: Equacional Elétrica e Mecânica LTDA.

Page 71: Monografia marcelo eng seg

51

Figura 32: Prensa 44 - Adaptada Pelo Projeto.

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Desenho 4 – Projeto da mão mecânica da prensa 44

Fonte: Equacional Elétrica e Mecânica LTDA.

Page 72: Monografia marcelo eng seg

52

6.2.7 Modificação do sistema de pedais (hoje mecânicos)

Figura 33: Pedal de acionamento.

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx Características:

É uma alavanca projetada para ser operada pelos pés do operador, em

prensas do tipo com engate por chaveta.

Dispositivo que permite que o operador controle o funcionamento da

prensa, ativando-a ou parando-a com um de seus pés.

O pedal pode ter atuação elétrica, pneumática ou hidráulica.

É proibida, pelo Parágrafo 1º da Clausula 6ª da Convenção, a utilização de

pedais com acionamento mecânico em prensas ou equipamentos similares.

O pedal deve ser instalado numa caixa de proteção.

Comentários: Os pedais de acionamento devem ser usados em prensas que têm

sua zona de prensagem enclausurada ou utilizam somente ferramentas fechadas,

pois o operador pode inadvertidamente ativar a prensa enquanto suas mãos se

encontram na zona de prensagem.

Ações executadas:

Eliminação os pedais mecânicos.

Introdução de sistema bi manual.

Introdução do Botão de parada de emergência.

Page 73: Monografia marcelo eng seg

53

6.2.8 Comando Bi manual

Figura 34: Exemplo de comando bi manual.

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx Características:

Apresenta-se de diferentes formas, segundo o tipo de prensa em que

estiver instalado: para excêntricas com engate por chaveta, o comando bi

manual deve obrigar o operador a manter-se afastado da zona de

prensagem;

Em prensas excêntricas com freio/embreagem, os comandos ficam perto da

zona de prensagem, mas impedem que as mãos se aproximem dela.

Dois botões de comando que devem ser pressionados simultaneamente

(defasagem de tempo inferior a 0,5 segundos), para que a prensa funcione.

Se um dos botões não estiver pressionado a máquina é impedida de

continuar funcionando.

Obriga o operador a estar com as duas mãos no dispositivo impedindo-o de

chegar à zona de prensagem.

O design da prensa deve impedir a operação inadequada da prensa. Deve

ser corretamente construído e instalado.

O comando bi-manual comutado por temporizador não permite que os

operadores travem um dos comandos e passem a alimentar a prensa com

a mão que ficou livre.

Page 74: Monografia marcelo eng seg

54

Com o temporizador, os comandos devem ser atuados simultaneamente

em determinado tempo, exigindo que o operador esteja com as duas mãos

ocupadas até o início do movimento.

Comentários: Não é um dispositivo completamente seguro; ele protege apenas o

operador, não protege outras pessoas que transitam perto da prensa.

Ações executadas:

Eliminação os pedais mecânicos.

Pedestal ajustável marca New teck (051) 3484-6993 (R$286,00) e Botão

cogumelo de mínimo esforço e botão de parada de emergência monitorado

de segurança de 22 mm.

Kits pneumáticos para comando Bi-Manual ARD (protótipo R$ 1.560,00

demais unidades R$ 510,00).

Instalação: Equipe de Manutenção própria.

Figura 35: Pedestal para Comando Bi-Manual ajustável

Fonte: Catalogo New-teck

Page 75: Monografia marcelo eng seg

55

Figura 36: Kit de acionamento Bi manual:

Fonte: Catalogo Equipamentos de segurança ARD Indústria e Comércio Ltda.

Page 76: Monografia marcelo eng seg

56

6.2.9 Soluções não adotadas

A nota técnica NT016/DSS/2004 recomenda a utilização:

Cortina de luz com redundância

Válvulas de segurança

Monitoramento do curso do martelo

Sistemas de retenção mecânica

A nota técnica e a convenção coletiva recomendam utilizar cortina de luz

conjugada com comando bi manual. Foi utilizado o comando bi manual. A cortina

de luz nas condições estruturais inviabiliza o uso das prensas mecânicas onde o

operador fica sentado. Seu uso é recomendado para prensas hidráulicas com

extrator de grande porte, onde o risco não se limita aos membros superiores. Nas

prensas trabalhadas o risco limita-se somente aos membros superiores. Na

prensa hidráulica foi criada uma gaiola externa na área de risco feita de chapa

perfurada e com a porta de acesso intertravada com o acionamento da bomba

hidráulica, ou seja, a prensa só pode ser acionada com a gaiola fechada.

No sistema hidráulico, a norma EN 693 recomenda a utilização de válvulas

monitoradas eletricamente. Isso implica na troca de todos os componentes

hidráulicos. A solução adotada descrita acima elimina a válvula.

O monitoramento do martelo deve ser realizado nas prensas hidráulicas, prensas

mecânicas excêntricas com freio/embreagem e respectivos equipamentos

similares, não enclausurados, ou cujas ferramentas não sejam fechadas, o martelo

deverá ser monitorado por sinais elétricos produzidos por equipamento acoplado

mecanicamente à máquina, com controle de interrupção da transmissão, conforme

o item 4.9 da NBR13930. Neste trabalho a empresa optou por usar somente

ferramentas fechadas atendendo esta recomendação de outra forma.

Page 77: Monografia marcelo eng seg

57

Sistema de retenção mecânica compostos de um calço de segurança, ou seja ,

uma barra de aço que impeça a queda da parte superior da prensa durante uma

operação de troca de ferramenta e/ou manutenção. Este calço deve ser ligado ao

comando da máquina de forma a impedir que ela seja acionada se o calço estiver

fora da sua posição de repouso. Com esta ligação impede-se que a máquina seja

acionada com o calço dentro da área de prensagem. Normalmente dimensiona-se

a resistência mecânica do calço para o peso das partes móveis. Assim, deve

evitar que a força exercida pela máquina, que facilmente chega a algumas

toneladas, seja aplicada diretamente sobre o calço. As modificações no sistema

elétrico foram feitas de forma a melhorar o quadro elétrico e adaptando-o com

mais espaço, componentes e ligações novas. Para substituição deste item foi feito

conforme a orientação da NT016/DSS/2004 onde especifica que nas situações

onde não seja possível o uso do sistema de retenção mecânica, devem ser

adotadas medidas alternativas que garantam o mesmo resultado, como por

exemplo, chave elétrica geral com chave tranca, no caso foi utilizada chave

elétrica geral do tipo chave com indicação de ligado e desligado (Chave I/O, pag.

47, fig. 28).

O custo para estas modificações supera facilmente a casa das dezenas de

milhares de reais. A empresa decidiu não realizar estas modificações. De acordo

com as Convenções Coletivas e com a NT016/DSS/2004, podem ser adotadas,

em caráter excepcional, outras medidas de proteção e dispositivos de segurança

nas prensas e equipamentos similares, desde que garantam a mesma eficácia das

proteções e dispositivos mencionados, atendendo o disposto nas Normas

Técnicas oficiais vigentes, as modificações mecânicas foram feitas com o

acréscimo das grades de proteção e a analise de riscos comprova o atendimento

ao NT016/DSS/2004. com base na NBR NM 272 - 2002 - Segurança de Maquinas

- Proteções - Requisitos Gerais para o Projeto e Construção de proteções fixas e

móveis.

Conclusão: Nenhuma outra modificação se faz necessária.

Page 78: Monografia marcelo eng seg

58

6.2.10 Fornecer informação, instrução, treinamento e supervisão

O treinamento de profissionais é indispensável para garantir uma operação com

qualidade e com segurança. A capacitação deve atingir todas as instâncias da

empresa, desde o técnico ou engenheiro de segurança até operadores e

profissionais de manutenção.

Para a introdução de dispositivos de segurança nas máquinas, os profissionais

devem ser preparados para conhecer as possibilidades existentes no mercado e

decidirem em relação aos dispositivos mais adequados para cada uma das

máquinas específicas.

Ao introduzir modificações nas máquinas para aumentar a segurança é

indispensável que os profissionais sejam preparados para a nova situação e que

compreendam o significado das modificações.

O treinamento específico para operadores de prensas ou equipamentos similares

deve obedecer ao seguinte currículo básico:

a) Tipos de prensas ou similares

b) Princípio de funcionamento

c) Sistemas de proteção

d) Possibilidades de falhas dos equipamentos

e) Responsabilidade do operador

f) Responsabilidade da chefia imediata

g) Riscos na movimentação e troca dos estampos e matrizes

h) Calços de proteção

i) Outros

Page 79: Monografia marcelo eng seg

59

O treinamento específico para movimentação e troca de ferramentas, estampos e

matrizes deverão ser ministradas para os operadores e funcionários responsáveis

pela troca e ajuste dos conjuntos de ferramentas em prensas e similares, devendo

conter:

a) Tipos de estampos e matrizes

b) Movimentação e transporte

c) Responsabilidades na supervisão e operação de troca dos estampos e

matrizes

d) Meios de fixá-los à máquina

e) Calços de segurança

f) Lista de checagem (check list) de montagem

g) Outros.

Obs: O treinamento básico para trabalhadores envolvidos em atividades

com prensas e equipamentos similares deverá ser ministrado com

condição fundamental, antes do início das atividades, conforme o

disposto no item 1.7, alínea “b”, da NR-1

O responsável pelo treinamento deve :

a) Controlar as características dos treinamentos que já foram ou serão

executados.

b) Possuir documentação relativa à comprovação da participação do

funcionário no treinamento e uma declaração assinada pelo próprio

funcionário atestando que efetivamente recebeu o treinamento.

c) Possuir comprovação do conteúdo programático desenvolvido no curso.

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60

6.2.10.1 Controle de treinamento

Tabela 9 – Tabela de Controle de Treinamento 2 (Ver Tabela 6, pág. 34)

CONTROLE DE TREINAMENTO CURSO:

Ministrado em Validade Carga horária MINISTRADO POR:

Os participantes aqui mencionados e listados confirmam ter recebido treinamento específico seguindo o Programa de Prevenção de Riscos de Prensas e Similares “PPRPS” Participantes Nome Cargo Setor Assinatura Conteúdo programático

Fonte: Senai/SP

6.2.11 Nova Avaliação de Riscos Após Adaptações e Resultados Para efeito de segurança em prensas, considera-se que um risco é uma função da

severidade do dano possível e da probabilidade de ocorrência desse dano. Um

dos princípios da avaliação de risco é o de que ela deve ser realizada durante

todas as fases da “vida” das máquinas, o que implica acompanhamento constante

e permanente para garantia de segurança. Além desse princípio, outro se refere à

idéia de que a avaliação de risco implica julgamentos que se apóiam em métodos

qualitativos e, na medida do possível, em quantitativos.

Para que seja possível avaliar os riscos envolvidos em prensas, recomenda-se o

uso de alguns critérios baseados na NBR 14009 Princípios para apreciação de

Riscos; EN954-1 - Anexo B e várias outras normas em vigência.

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Esses critérios válidos para qualquer máquina e equipamento têm como limites:

a gravidade prevista pelo dano

Tabela 10 – Tabela de Critérios de Severidade para definição do Risco

S = Severidade (gravidade) de ferimento potencial

S1 -> Leve (em geral inteiramente reversível, por

exemplo, arranhão, contusão)

S2 -> Grave (em geral irreversível, incluindo morte)

Figura 36: Grau de Severidade

Fonte: http://senaisp.webensino.com.br/sistema/webensino/portal/portal/prensas

a permanência em áreas perigosas

Tabela 11 – Tabela de Critérios de permanência para definição dos Riscos

F = duração ou freqüência de exposição ao risco

F1 -> Exposição pouco freqüente e/ou curta exposição (quando o

acesso somente é necessário de tempo em tempo e/ou a

exposição acontece por um curto período)

F2 -> Exposição freqüente e contínua ou de longa duração (se a

pessoa se encontra exposta freqüentemente ao ponto de risco)

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Figura 37: Grau de Permanência na área de Risco

Fonte: http://senaisp.webensino.com.br/sistema/webensino/portal/portal/prensas

a possibilidade de evitar o risco

Tabela 12 – Tabela de Critérios de Possibilidade de Evitar o Risco

P = Possibilidade de evitar o risco

P1 -> Possível sob condições específicas (o operador

reconhece o risco e evita ferimentos)

P2 -> Pouco possível (o operador não reconhece o risco e

não evita ferimentos)

Figura 38: Grau de Possibilidade de Evitar o Risco

Fonte: http://senaisp.webensino.com.br/sistema/webensino/portal/portal/prensas

Geralmente se encontram relacionados à velocidade à qual se origina, a

proximidade do ponto de risco, o nível de treinamento e a experiência do

operador. Se, na opinião do responsável, o operador reconhece o risco e evita

ferimentos, deverá selecionar P1, e em caso contrário, P2.

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Verificação do Risco NBR14009 / EN954-1 - Anexo B

Uma vez definido o Risco conforme figura 40, devesse comparar o Risco

comparar com Risco inicial / Final e fazer tabela comparativa das melhorias

obtidas.

Figura 39: Critérios de Avaliação do Risco

Fonte: Catalogo da Prensas Jundiaí “Cuidados na Compra de uma Prensa Excêntrica com Acoplamento Freio Embreagem.” - NERINO FERRARI FILHO

Figura 40: Avaliação do Risco

Fonte: Catalogo da Prensas Jundiaí “Cuidados na Compra de uma Prensa Excêntrica com Acoplamento Freio Embreagem.” - NERINO FERRARI FILHO

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64

6.2.12 Ordem de Serviço para Prensista

De acordo com a NR-01 da Portaria 3.214/78, cabe ao empregador elaborar

ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho com o intuito de

prevenção e ao trabalhador cumprir o estabelecido no Artigo 157, item II e Artigo

158 da CLT, com nova redação dada pela lei nº 6514 de 22/12/1977. Toda vez

que mudamos os equipamentos, máquinas, “layout”, condição do ambiente ou

procedimento, equivale a uma nova condição de risco, portanto uma nova ordem

de serviço deve ser elaborada para a função. A ordem de serviço completa para

prensista na revisão 2009, encontra-se no anexo “A” deste trabalho. Abaixo estão

descritos os riscos avaliados, EPI´s e EPC´s recomendados:

Tabela 13 – Riscos Ocupacionais.

Tabela 14 – Equipamentos de Proteção Individual (Epi´s). Uso Obrigatório.

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Tabela 15 – Equipamentos de Uso Obrigatório em Atividades Específicas.

Tabela 16 – Sistemas De Proteção Coletiva (EPC´s) De Uso Obrigatório.

Figura 42: Operador com EPI utilizando uma máquina “retrofitada”

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

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7 CONCLUSÕES

7.1 CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO

Para analisar o custo de implantação do projeto e necessário definir alguns

parâmetros:

número de trabalhadores da empresa (entre 51 e 100);

salário médio de operador da prensa (prensista)= R$ 4,68 p/h (R$

1,029,60);

custo indireto do trabalhador nesta faixa salarial ( inclui assistência médica,

seguro em grupo, assistência odontológica, cesta básica, vale transporte,

INSS, férias e 13º): 132%;

Custo do salário = R$ 2.388,67;

Custo com BDI por parada de maquina neste setor: 103%;

HH= R$ 22,04 (para 220 horas);

uma UFIR = R$ 1,0641 (a UFIR foi extinta e este é seu último valor).

7.1.1 Custo de treinamento: Formação de uma equipe gestora: 36 HH;

Avaliação de Riscos: 24 HH;

Formulação do PPRPS: 24 HH;

Fornecer informação, instrução, treinamento e supervisão: 72 HH;

Nova Avaliação de Riscos Após Adaptações e Resultados: 30 HH;

Custo treinamento = 186 HH = R$ 4.099,44.

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7.1.2 Custo das modificações físicas:

Adotar proteções de enclausuramento nas ferramentas:

Preço médio unitário = R$ 820,00

05 Unidades = R$4.100,00

Utilizar proteções móveis ou dispositivos de proteção, tais grades, etc.

Preço médio unitário = R$ 396,00

08 unidades = R$ 3.168,00

Utilizar ferramentas de proteção (pinças magnéticas)

Preço unitário = R$ 42,00

05 unidades = R$ 210,00

Fornecer mobiliário adequado ergonomicamente

Preço unitário = R$ 332,00

06 lugares = R$ 1.992,00

Fornecer Sistema de Bloqueio

Botão segurança= R$ 61,00

Chave 0-I = R$ 32,00

08 unidades = R$ 744,00

Mão Mecânica para segurar o disco

Cada dispositivo = R$ 1.203, 00

03 maquinas = R$ 3.609,00

Modificação do sistema de pedais

Preço médio unitário = R$ 450,00

07 maquinas = R$ 3.150,00

Comando Bi manual

Preço médio unitário = R$ 890,00

08 maquinas = R$ 7.120,00

Custo dos equipamentos implementados = R$ 24.093,00

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7.1.3 Custo total do projeto: CUSTO TOTAL = MDO APLICADA + MATERIAL CUSTO TOTAL = R$ 4.099,44 + R$ 24.093,00 = R$ 28.192,44

7.2 CUSTO DE UM ACIDENTE COM AFASTAMENTO POR 30 DIAS Para analisar o custo de um acidente vamos considerar um acidente simples sem

mutilação com afastamento normal de 15 dias pela empresa e 15 pelo INSS

a) Vamos utilizar os mesmos valores do item 7.1:

número de trabalhadores da empresa (entre 51 e 100);

salário médio de operador da prensa (prensista)= R$ 4,68 p/h (R$

1,029,60);

custo indireto do trabalhador nesta faixa salarial ( inclui assistência médica,

seguro em grupo, assistência odontológica, cesta básica, vale transporte,

INSS, férias e 13º): 132%;

Custo do salário = R$ 2.388,67;

Custo BDI por parada de maquina neste setor: 103%;

HH= R$ 22,04 (para 220 horas);

uma UFIR = R$ 1,0641 (a UFIR foi extinta e este é seu último valor). b) Embasamento teórico e formulação matemática :

Pesquisa feita pela Fundacentro revelou a necessidade de modificar os conceitos

tradicionais de custos de acidentes e propôs uma nova sistemática para a sua

elaboração, com enfoque prático, denominada Custo Efetivo dos Acidentes, como

descrito a seguir ( ver na página 13 à Figura 5: Custos do Acidente de Trabalho):

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Ce = C - i

Ce = Custo efetivo do acidente

C = Custo do acidente

i = Indenizações e ressarcimento recebidos por meio de seguro ou de terceiros

(valor líquido)

C = C1 + C2 + C3

C1 = Custo correspondente ao tempo de afastamento (até os 15 primeiros dias)

em conseqüência de acidente com lesão;

C2 = Custo referente aos reparos e reposições de máquinas, equipamentos e

materiais danificados (acidentes com danos a propriedade);

C3 = Custo complementares relativos às lesões (assistência médica e primeiro

socorros) e os danos a propriedade (outros custos operacionais, como os

resultantes de paralisações, manutenções e lucros interrompidos).

C1 = R$ 2.388,67 / 2 = R$ 1.194,33

C2 = R$ 0,00

C3 = reposição de 220 HH = R$ 4.848,80

C3 = primeiros socorros = R$ 110,00

C3 = perda de bônus assistência médica = 2% de R$ 12.450,00 = R$ 249,00

C3 = Aumento da carga de seguro do INSS sobre a folha nos níveis de risco de

acidentes do trabalho = 0,2% de R$ 233.000,00 = R$ 466,00

C3 = emissão da CAT = 2HH = R$ 44,08

i = R$ 0,00

Ce = Custo de um acidente = R$ 6.912,21

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7.3 CUSTO DE MULTAS REFERENTES AO NÃO CUMPRIMENTO DAS NORMAS

Parâmetros utilizados:

número de trabalhadores da empresa (entre 51 e 100);

HH= R$ 22,04 (para 220 horas);

uma UFIR = R$ 1,0641 (a UFIR foi extinta e este é seu último valor).

As Normas brasileiras que tratam de equipamentos semelhantes à prensa são:

Norma Regulamentadora 12; PPRPS (Programa de Prevenção de Risco em

Prensas e Similares) e NT016/DSS/2004. Dentre estas normas, a NR 12 –

Máquinas e Equipamentos, é a única que apresenta penalidades referentes ao

não cumprimento dos itens contidos na mesma, os quais são:

“12.2. Normas de segurança para dispositivos de acionamento, partida e parada de máquinas e equipamentos: 12.2.1. As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivos de acionamento e parada localizada de modo que: a) Seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho; (112.009-3 / I2) 12.2.2. As máquinas e os equipamentos com acionamento repetitivo, que não tenham proteção adequada, oferecendo risco ao operador, devem ter dispositivos apropriados de segurança para o seu acionamento. (112.014-0 / I2) 12.3. Normas sobre proteção de máquinas e equipamentos: 12.3.3. As máquinas e os equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes, projeção de peças ou partes destas, devem ter os seus movimentos, alternados ou rotativos, protegidos. (112.019-0 / I2) 12.3.4. As máquinas e os equipamentos que, no seu processo de trabalho, lancem partículas de material, devem ter proteção, para que essas partículas não ofereçam riscos. (112.020-4 / I2) 12.3.8. Os protetores removíveis só podem ser retirados para execução de limpeza, lubrificação, reparo e ajuste, ao fim das quais devem ser, obrigatoriamente, recolocados. (112.024-7 / I1)

Trecho extraído da NR-12

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E a Norma Regulamentadora NR 28 – Fiscalização e Penalidades, apresenta os

seguintes itens e tabelas referentes às penalidades:

“28.3. Penalidades: 28.3.1. As infrações aos preceitos legais e / ou regulamentadores sobre segurança e saúde do trabalhador terão as penalidades aplicadas conforme o disposto na Tabela de gradação de multas (Tabela 17).”

Trecho extraído da NR-28

Tabela 17 - Gradação das Multas (em UFIR)

Fonte: Tabela 2 da Norma Regulamentadora 28

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72

Obedecendo às infrações previstas na tabela de classificação das infrações

(Tabela 18)

Tabela 18 - Classificação das Infrações

Fonte: Tabela 3 da Norma Regulamentadora 28

‘28.3.1.1. Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada na forma do art. 201, parágrafo único, da CLT, conforme os seguintes valores estabelecidos no Tabela 19.” Tabela 19 – Multa referente à reincidência

A seguir tem-se a Tabela 20 relacionando os valores de cada penalidade que a

empresa possa sofrer antes da execução do projeto. Tomou-se como valor da

gradação, uma média entre o menor e o maior valor da penalidade.

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Tabela 20 – Valores das Multas em Reais

Considerando que a empresa sofra apenas uma penalidade em cada caso e não

seja reincidente, o valor total será de R$ 9.902,52 por máquina.

Numero de máquinas “retrofitadas” = 8;

Multa total para 8 máquinas= R$ 9.902,52 x 8 = R$ 79.220,16.

7.4 COMPARAÇÃO DOS CUSTOS

Investimento unitário por maquina no projeto = R$ 28.192,44 / 8 = R$ 3.524.05; Ganho em prevenção = R$ 6.912,21 + R$ 9.902,52 = R$ 16.814,73;

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74

7.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora a empresa onde se realizou o projeto tenha permitido fotografar e fazer

uma avaliação quantitativa dos riscos e acidentes, pois ela permitiu o acesso aos

livros de CIPA, registros de acidentes, afastamentos médicos e aos atestados de

faltas, foi feita a opção da avaliação final pelo método da comparação do custo

benefício, pois a avaliação dos acidentes e riscos demandaria muito tempo (a

espera de ocorrer mais um, possibilidade muito remota após as melhorias

efetuadas).

Este método de avaliação adotado demandou pouco tempo e possibilitou fazer

uma avaliação qualitativa muito precisa, através da simples observação, reuniões

com usuários, custos aplicados, estudo de desenhos técnicos e com dos

resultados obtidos em relação às normas consideradas.

Ao longo da avaliação da empresa em questão foi observado que mesmo sem

medições quantitativas é possível fazer melhorias visando diminuição de riscos.

Estes riscos, para obtermos resultados práticos, devem estar claramente definidos

pela equipe de colaboradores, ajudando a produzir parâmetros para o Sanitarista

fornecer o EPC e/ou EPI ou mudanças de processos, como no caso uma

mudança de Layout que envolve tempo e custos, pois o objetivo final é a melhoria

da qualidade de vida como derivada de um comprometimento pessoal de todos

que compõe a organização.

Dentre toda a legislação existente e normas técnicas que recomendam a

colocação de dispositivos de segurança, a consciência da prevenção é o maior

recurso contra acidentes. Pois desta consciência surge à motivação para buscar

recursos e meios de melhorar o ambiente do trabalho.

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No caso pode-se verificar que diversos itens foram instalados demandando

trabalho, projeto e recursos de várias pessoas para se chegar ao resultado final

apresentado nas figuras (Desenhos técnicos e fotografias).

Em um primeiro instante, o profissional de segurança ou a pessoa consciente dos

riscos e perigos existentes iria se perguntar como a máquina foi comprada e, pior

ainda, utilizada durante tantos anos sem essas proteções.

Deve-se lembrar, no entanto, que a atual conscientização dos riscos existentes em

prensas custou o exemplo de milhares de pessoas que sofreram algum tipo de

acidente durante sua jornada de trabalho.

As modificações realizadas nestas prensas foram sem dúvidas bem vindas no

sentido de melhorar a forma de trabalho e evitar riscos maiores em operações de

estamparia, manutenção e troca de ferramental/ajuste.

Para consolidação destas novas atitudes focadas na Higiene e Segurança do

Trabalho acredita-se que um sistema gestor de melhorias continuas com o

comprometimento de todos os níveis organizacionais consistente em propulsor de

transformações de posturas, mentalidade e nos métodos de trabalho que tem por

resultado final condições mais seguras e saudáveis no ambiente de trabalho.

Além destas novas atitudes e da eliminação dos riscos mencionados, as empresas

tem obrigações legais. Operar fora da legislação, além de ser contra o principio do

respeito aos direitos de dignidade do homem, devemos considerar o risco

financeiro proveniente de ações fiscais do MTE da ordem de R$ 79.220,16 e um

custo do trabalho da ordem de R$ 6.912,21 para um acidente leve (sem

ocorrência de lesão grave, mutilação ou morte). Os riscos podem ser evitados com

um custo de prevenção de apenas R$ 28.192,44.

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76

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Elisabete de Fátima Polo de Almeida Nunes1, Nilva Maria de Souza2, Mara Ferreira Ribeiro3, Renata Baldo, Dissertação de Mestrado: “Notificação de acidentes de trabalho nas Unidades Básicas de Saúde de londrina”, Londrina 10/2009, http://www.ccs.uel.br/espacoparasaude/v8n1/v8n1_artigo_1.pdf. e Acidentes de trabalho: um estudo sobre esta ocorrência em um hospital geral http://br.monografias.com/trabalhos-pdf900/acidentes-trabalho-hospital/acidentes-trabalho-hospital.pdf

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Ribeiro, Adonai Técnico em Segurança do Trabalho Cord. Técnico ST do Sind. dos Metalúrgicos de SP, Diretor do SINTESP (Sind. Téc. Seg. Trab. no Est. de SP),” Mapeamento de risco de acidente evita ações do INSS comentários sobre o artigo de Adelmo do Valle Souza Leão”, São Paulo 2009, Fonte: http://www.maquinariscozero.org.br/news/news.asp?TID=58&PN=1

Leão, Adelmo do Valle Sousa Leão é advogado empresarial trabalhista, com especialização em RH pelo MBA da USP, atua no Peixoto e Cury Advogados S.C, “Mapeamento de risco de acidente evita ações do INSS”, São Paulo janeiro de 2009, Fonte: Conjur - Consultor Jurídico – http://www.conjur.com.br

Brasil, Ministério do Trabalho e Emprego, NOTA TÉCNICA N.º 16 / DSST dia 08/06/2009, Fonte: http://www.movimatic.com.br/popup_home/NT016Prensas.pdf

Brasil, FUNDACENTRO – Ministério do Trabalho e Emprego “NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, São Paulo , manual da Fundacentro por Roberto

Page 97: Monografia marcelo eng seg

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do Valle Giuliano coordenador nacional do programa de proteção de máquinas da FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br

Brasil, SENAI – SST – Segurança e Saúde do Trabalhador, Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997, fonte em 2009-06-13 as 12:00hrs: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx

Bel Air, Bel Air Pneumática e Hidráulica Ltda, Catálogo de Pneumática, São Paulo, 2009, Fonte 13/06/09 - 10:50 hrs: http://www.belair-ar.com.br/principal.htm

Brasil, Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da USP , Diogo Pupo Nogueira; Jorge da Rocha Gomes; Naim Sawaia, artigo “Acidentes graves do trabalho na Capital do Estado de São Paulo (Brasil)”, Rev. Saúde Pública vol.15 no.1 São Paulo Feb. 1981, Fonte em 11/05/2009 as 11:00hrs: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101981000100002

Manual de segurança e saúde no trabalho. / Gerência de Segurança e Saúde no Trabalho. – São Paulo: SESI, 2006. p240. : il. color. ; 28 cm. – (Coleção Manuais ; Indústria Gráfica).

EQUIPE ATLAS, “MANUAIS DE LEGISLAÇÃO, SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO”. Edit. Atlas, 62ª Edição, São Paulo, 2008. NR 12 - Máquinas e equipamentos

Hittig, Aladar.”ESTAMPOS DE CORTE E NORMAS”, 1 a Edição, 1962. Editora e

Tipográfica Carioca, São Caetano do Sul, SP, 1962. 355p.

Martignoni, Alfonso. “MÁQUINAS DE CORRENTE ALTERNADA”, 5ª edição,

1987. Editora Globo S.A. Rio de Janeiro, RJ, 1968, 410p.

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Mini Collins. DICIONÁRIO INGLÊS-PORTUGUÊS PORTUGUÊS-INGLES, 2ª edição, 1994. São Paulo, SP: Edições Siciliano, 1999. 231p.

NBR NM - 272:2002 - Segurança de máquinas - Proteções - Requisitos gerais para o projeto e construção de proteções fixas e móveis

NBR NM - 273:2002 - Segurança de máquinas - Dispositivos de intertravamento associados a proteções - Princípios para projeto e seleção

NBR 13758:1996 - Segurança de máquinas - Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros inferiores

NBR 13760:1996 - Segurança de máquinas - Folgas mínimas para evitar esmagamento de partes do corpo humano

NBR 13761:1996 - Segurança de máquinas - Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores

NBR 13930:2001 - Prensas mecânicas - Requisitos de segurança

NBR 14152:1998 - Segurança de máquinas - Dispositivos de comando bi manuais - Aspectos funcionais e princípios para projeto

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GLOSSÁRIO

1. Acidente de Trabalho : Aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa,provocando lesão corporal ou perturbação funcional podendo causar morte, perda ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.Equiparam-se aos acidentes de trabalho:

o acidente que acontece quando você está prestando serviços por ordem da empresa fora do local de trabalho.

o acidente que acontece quando você estiver em viagem a serviço da empresa.

o acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa.

doença profissional (as doenças provocadas pelo tipo de trabalho. doença do trabalho (as doenças causadas pelas condições do trabalho.

2. Acidente Fatal: o acidente que provoca a morte do trabalhador.

3. Acidente Grave: quando provoca lesões incapacitantes no trabalhador.

4. Adicional de Insalubridade: adicional que deve ser pago ao trabalhador que

trabalha em condições de insalubridade. O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador a percepção de adicional incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente à:

40% para insalubridade de grau máximo, 20% para insalubridade de grau médio, 10% para insalubridade de grau mínimo.

5. Adicional de Periculosidade: adicional que deve ser pago ao trabalhador

que trabalha em condições de periculosidade. O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de 30% sobre o salário, sem acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.

6. Agentes ergonômicos: desajustes de ritmo e freqüência de trabalho,

equipamento e instrumentos utilizados na atividade profissional que podem gerar desgaste físico, emocional, fadiga, sono, dores musculares na coluna e articulações.

7. Antropometria: ciência que estuda as medidas das partes do corpo humano

e suas proporções. Geralmente a finalidade dos estudos da Antropometria é classificatória e comparativa.

8. Área de Controle das Máquinas: posto de trabalho do operador.

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9. ART: Anotação de Responsabilidade Técnica, segundo as normas vigentes

no sistema CONFEA/CREA.

10. ASO: atestado de saúde ocupacional. Atestado emitido pelo médico, em virtude da consulta clínica, quer seja ela feita por motivo de admissão (admissional), periódica, de mudança de função, de retorno ao trabalho ou demissional.

11. Aterramento Elétrico: ligação à terra que assegura a fuga das correntes

elétricas indesejáveis.

12. Bancada: mesa de trabalho.

13. BDI (em cultura anglófona e mais comumente, Benefícios e Despesas Indiretas) é conceito de Engenharia de custos e significa a parcela de custo que, agregada ao custo direto de um empreendimento, obra ou serviço, devidamente orçado, permite apurar o seu custo total. Tem por finalidade suportar custos que, conquanto não-diretamente incorridos na composição do binômio "material versus elementos operativos sobre o material (tradicionalmente denominado apenas mão-de-obra), todavia incorrem também na composição geral do custo total.

14. Biqueira: proteção metálica presente na parte da frente de alguns calçados

de segurança. A biqueira em geral é de aço e tem por objetivo proteger o pé do usuário contra quedas de objetos.

15. Botão cogumelo: Dispositivo de corte de energia elétrica para parada de

máquinas.

16. Botoeira: dispositivo de partida e parada de máquinas.

17. CAT: Comunicação de Acidente do Trabalho.

18. Capacete: equipamento de proteção individual destinado a proteção da cabeça.

19. CGC: inscrição da empresa no Cadastro Geral de Contribuintes do

Ministério da Fazenda. Hoje foi substituído pelo CNPJ.

20. Chave Blindada: chave elétrica protegida por uma caixa metálica, isolando as partes condutoras de contatos elétricos.

21. Chave Elétrica de Bloqueio: é a chave interruptora de corrente.

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22. Chave fim de Curso: dispositivo limitador de curso dispositivo destinado a limitar um movimento até determinado ponto em que ele desliga o movimento.

23. Chave Magnética: dispositivo com dois circuitos básicos, de comando e de

força, destinados a ligar e desligar quaisquer circuitos elétricos, com comando local ou à distância (controle remoto).

24. dB (decibel): símbolo de decibel. Símbolo de um décimo do Bel, Unidade

internacional para indicação da intensidade de pressão sonora.

25. dB (A) (dê-bê-a): indicação do nível de intensidade sonora medida com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compressão "A". O dB (A) é usado para definir limites de ruídos contínuos ou intermitentes.

26. dB (C) (dê-bê-cê): indicação do nível de intensidade sonora medida com

instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compressão "C". O dB (C) é usado para definir limites de ruídos de impacto.

27. Decibel: décima parte do Bel, unidade de intensidade sonora no Sistema

Internacional de Unidades. Símbolo dB.

28. Decibelímetro: aparelho utilizado para medir a intensidade do som.

29. Dispositivo Limitador de Curso: dispositivo destinado a limitar um movimento até determinado ponto.

30. Doenças do Trabalho: são aquelas doenças que podem ser adquiridas ou

desencadeadas pelas condições inadequadas em que o trabalho é realizado, expondo o trabalhador a agentes nocivos a saúde. Exemplo: dores de coluna em motorista que trabalha em condições inadequadas

31. DORT: Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho.

32. Engastamento: fixação rígida da peça à estrutura.

33. Engenharia de Segurança do Trabalho: ramo da Engenharia que se dedica

a planejar, elaborar programas e a desenvolver soluções que visam minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, como também proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.

34. EPC: Equipamento de Proteção Coletivo – todo dispositivo ou equipamento

destinado a eliminação ou diminuição de um risco ocupacional.

Page 102: Monografia marcelo eng seg

82

35. EPI: Equipamento de Proteção Individual – todo dispositivo de uso individual destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.

36. Ergonomia (do Grego ergon, trabalho + nomos, lei): Ergonomia é o conjunto

de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários a concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto e eficácia (Wisner – 1972). A ergonomia tem por objetivo adaptar o trabalho ao homem, bem como melhorar as condições de trabalho e as relações homem-máquina. A Ergonomia pode ser construtiva, corretiva e cognitiva.

37. Estabelecimento: cada uma das unidades da empresa, funcionando em

lugares diferentes.

38. Estampos: Dispositivo ou ferramenta composto de duas partes (negativo e positivo) utilizado em prensas de estamparia.

39. Ferramenta: utensílio empregado pelo trabalhador para realização de

tarefas, ou denominação de videas de torno ou estampos.

40. Ferramenta Pneumática: ferramenta acionada por ar comprimido.

41. Gaiola Protetora: estrutura de proteção usada em torno de escadas fixas para evitar queda de pessoas.

42. Isolantes: são materiais que não conduzem corrente elétrica, ou seja,

oferecem alta resistência elétrica.

43. Legalmente Habilitado: profissional que possui habilitação exigida pela lei.

44. LER – Lesão por Esforço Repetitivo: O termo LER refere-se a um conjunto de doenças que atingem principalmente os membros superiores, atacam músculos, nervos e tendões provocando irritações e inflamação dos mesmos. A LER é geralmente causada por movimentos repetidos e contínuos com conseqüente sobrecarga do sistema músculo-esquelético. O esforço excessivo, má postura, stress e más condições de trabalho também contribuem para aparecimento da LER. Em casos extremos pode causar sérios danos aos tendões, dor e perda de movimentos. A LER inclui várias doenças entre as quais, tenossinovite, tendinites, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, bursite, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico e síndrome do pronador redondo. Alguns especialistas e entidades preferem, atualmente, denominar as LER por DORT ou LER/DORT. A LER também é conhecida por L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo). A LER pode ser classificada em:

Nível 1 – se a doença for identificada nesta fase, caracterizada por algumas pontadas, pode ser curada facilmente;

Page 103: Monografia marcelo eng seg

83

Nível 2 – dor mais intensa, porém tolerável, mais localizada, acompanhada de calor e formigamento;

Nível 3 – nem o repouso consegue, nesta fase, fazer com que a dor diminua por completo. Incapacidade para certas funções simples;

Nível 4 – dores insuportáveis e só pioram tornado a parte afetada dolorida, sem força e deformada. Nesta fase o paciente tem depressão, ansiedade, insônia e angústia. A doença já não tem mais cura.

45. Luva: equipamento de proteção individual destinado a proteção das mãos e

ou antebraço.

46. Mapa de Riscos: mapa que tem por objetivo indicar os riscos de um ambiente de trabalho. Constitui-se uma planta do ambiente de trabalho, na qual se indicam através de círculos coloridos os diversos tipos de riscos. Os círculos variam de tamanho, sendo tanto maior quanto maior a gravidade do risco indicado. No mapa de riscos o usam-se as seguintes cores:

O verde representa risco físico, o vermelho risco químico, o marrom risco biológico, o amarelo risco ergonômico e o azul risco mecânico.

47. Máquina: equipamento ou dispositivo próprio para converter energia em

movimento ou para utilizar e pôr em ação uma fonte natural de energia.

48. NR: Norma Regulamentadora. As NRs são elaboradas por comissão tripartite incluindo governo, empregados e empregadores e publicadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

49. OSHA – Occupational Safety and Health Administration: organização

americana de segurança e saúde do trabalho. A OSHA dedica-se a prevenir acidentes, doenças e mortes relacionadas ao trabalho. Foi criada em 1971, está vinculada ao U.S. Department of Labor e tem sua sede em Washington DC;

50. Perfil Profissiográfico: descrição detalhada e individualizada de cada uma

das funções existentes em uma empresa, levando em conta tarefas, equipamentos de proteção individual e coletivos, equipamentos e máquinas utilizadas, meio ambiente de trabalho, ritmo de trabalho, área de trabalho, entre outros.

51. Período de Trabalho: é o tempo durante o qual o trabalhador fica submetido

à pressão maior que a do ar atmosférico excluindo-se o período de descompressão;

52. Pilão: peça utilizada para imprimir golpes, por gravidade, força hidráulica,

pneumática ou explosão.

Page 104: Monografia marcelo eng seg

84

53. Pistão: Embolo utilizada para imprimir golpes, por gravidade, força hidráulica, pneumática ou explosão;

54. Postura: Posição ou posições que o corpo humano assume durante a

realização de uma tarefa.

55. Prensa: é uma máquina que, através da força de pressão, pode dar forma, cortar, separar, comprimir, esmagar as mais diferentes variedades de materiais. Segundo a força de energia motora, podemos distingui-lo como: excêntrica, fricção, mecânica, hidráulica, hidráulica a quente, prensa rápida, pneumática, a vapor, entre outros.

56. Protetor auricular: equipamento de proteção individual destinado a atenuar

ruídos. Há diversos tipos de protetores auriculares. Destacam-se os do tipo abafador e de inserção.

57. Protetor Removível: dispositivo destinado à proteção das partes móveis e

de transmissão de força mecânica de máquinas e equipamentos.

58. Risco: possibilidade real ou potencial capaz de causar lesão e ou morte, danos ou perdas patrimoniais, interrupção de processo de produção ou de afetar a comunidade ou o meio ambiente.

59. Segurança do Trabalho – conjuntos de medidas que: são adotadas visando

minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.

60. Trava de Segurança: sistema de segurança de travamento de máquinas e

elevadores.

61. Válvula de Retenção: a que possui em seu interior um dispositivo de vedação que sirva para determinar único sentido de direção do fluxo.

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85

APÊNDICES

APÊNDICE A – Equacional Elétrica e Mecânica Ltda, empresa que cedeu espaço para a pesquisa.

Ficha Cadastral

Razão Social: Equacional Elétrica e Mecânica Ltda.

Endereço: Rua: Secundino Domingues, nº787 – Jardim Independência

Cidade: São Paulo Estado: São Paulo

C.E.P.: 03223-110

Telefone: (11) 2100-0777

Telefax: (11) 2100-0779

Site – http://www.equacional.com.br

Email - Depto. Vendas: [email protected]

Ramo de Atividade: Montagem e fabricação de equipamentos elétricos,

eletromecânicos, mecânicos e hidráulicos.

Inscrição no CGC/MF: 46.488.482/0001-71

Inscrição Estadual: 109.248.229.119 Inscrição Municipal: 8.090.859-4

Data da Fundação: 01/06/1974

Registro na JUCESP: 718.346 em 20/06/1974

CNAE: 13.23

Número de empregados: 68

Grau de risco: GR 3

Dimensionamento da CIPA = 8 membros

Sócios Gerentes:

Rosa Cheganças Gandra Falcone

Carlos Laffitte Júnior

Marcos Gandra Falcone

Page 106: Monografia marcelo eng seg

86

Histórico

A Equacional Elétrica e Mecânica LTDA é uma empresa privada especializada em

projetar e fabricar motores e geradores elétricos, freios eletromagnéticos e

eletrodinamométricos, reguladores de tensão de indução e equipamentos para

instituições de ensino. É também fabricante de réplicas de equipamentos de

produção descontinuada ou importados.

A Equacional Elétrica e Mecânica foi fundada em junho de 1974. A empresa

iniciou suas atividades em São Paulo, Capital. Nessa época fabricava e

comercializava, para fins de ensino técnico, motores, geradores e transformadores

elétricos destinados às escolas técnicas e de engenharia. Todavia, novas

oportunidades e desafios oferecidos pelo mercado levaram a companhia a

ingressar de forma definitiva no setor de bens de capital a partir de 1981.

Passou, então, a projetar e a fabricar as mais variadas máquinas sob encomenda,

sendo a sua gama de produtos formada por motores e geradores, peças e

componentes. Simultaneamente, desenvolveu setores internos destinados ao

reparo de motores e geradores, à fabricação de porta-escovas, comutadores e

outros componentes. Passou ainda a prestar serviços de balanceamento,

assistência técnica, projetos, re-projetos, estamparia, caldeiraria, montagem de

painéis, usinagem e engenharia de campo.

Seu histórico de sucesso comercial inclui, ainda, a produção de mais de 200.000

comunicações a clientes, 24.000 unidades de novos produtos especiais sob

encomenda, 20.000 reparos de alta tecnologia, mais de 1.000 assistências

técnicas e cerca de 32.000 desenhos mecânicos.

Seu desempenho se completa com o desenvolvimento de centenas de motores

para fins específicos de médio porte, além de mais de 5.500 projetos elétricos

totalmente diferenciados, dentre outros dados de destaque.

Page 107: Monografia marcelo eng seg

87

Mudanças tecnológicas e de mercado a partir de 1991 levaram a empresa

repensar seu papel no mercado fazendo pequenas modificações em seu perfil de

atuação sem mudar o seu principal foco de atuação, ou seja, o mercado de

máquinas elétricas especiais.

Sua equipe é formada por 80 funcionários, constantemente treinada com destaque

para o seu corpo de engenheiros altamente especializados no desenvolvimento de

produtos próprios para as indústrias automobilística, siderúrgica e naval, além de

escolas técnicas e de engenharia.

A partir deste momento com a abertura de mercado e mudanças tecnológicas no

conceito das máquinas e equipamentos, a empresa optou por diminuir a

verticalização e focar nas em suas principais vantagens competitivas, passando a

atuar quase que exclusivamente nos segmentos de mercado de Siderurgia, Sucro-

Alcooleira, Tração Elétrica e movimento de cargas em geral. Intensificou suas

atividades principalmente na área de reparos e desenvolvimento.

A empresa participa ativamente na assessoria e desenvolvimento de projetos de

máquinas sob encomenda, quer para máquinas de séries padronizadas, quer para

máquinas especiais e protótipos de pesquisa e desenvolvimento de maior

conteúdo tecnológico e nos reparos que exigem qualificação técnica diferenciada.

Aparecendo em oitavo lugar entre os principais fabricantes e reparadores do setor

de motores e geradores, a empresa mantém contratos de parceria industrial com a

Siemens do Brasil, ratificados na Alemanha, como para a fabricação de motores

de centrífugas de açúcar, motores de guinchos para navios, motores de corrente

contínua, peças e componentes para motores Siemens, e de serviços. Seu

contínuo investimento na qualidade inclui a introdução de um programa de

qualidade total focado em tecnologia e treinamento.

Page 108: Monografia marcelo eng seg

88

Hoje a empresa ocupa instalações industriais alugadas, contando com 4.550 m²

de área construída num terreno de 5.600 m² com conservação de grau mediano

visando não à qualidade percebida e sim a continuidade do processo (foco

serviço).

A empresa esta investindo em novas soluções de produção como a substituição

de prensas por maquinas de corte laser e Fresas CNC para substituição de

plainas e furadeiras radiais, maquinas de risco elevado.

Uma nova planta fabril esta sendo executada em terreno próprio com preceitos de

Segurança contra Incêndio e Segurança do Trabalho de ultima geração.

Figura 43: Maquete da Nova Fabrica da Equacional (prev. 2010)

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

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89

Figura 44: Hidrogeradores da PCH São Mauricio – Fabr. Equacional 2009

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Figura 45: Hidrogeradores da PCH São Mauricio – Fabr. Equacional 2009

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Page 110: Monografia marcelo eng seg

90

APÊNDICE B – Estampagem de núcleos magnéticos em motores elétricos Os núcleos magnéticos são constituídos do empilhamento de chapas estampadas

ranhuradas do estator e do rotor. O material utilizado é a chapa tratada para fins

elétricos. Os materiais a serem utilizados, a forma, dimensões, quantidade e

disposição variam conforme a especificação de motor para motor, ou seja, para

cada tipo de motor elétrico com características diferentes teremos um

estampagem diferente. Para possibilitar este universo de chapas diferentes temos

diversos tipos de ferramentas diferentes, materiais diferentes entre outras

possibilidades.

1.1 Materiais.

Os materiais básicos são:

Aço doce (ferro fundido laminado com teor de carbono SAE-1020)

Aço doce para fins elétricos (ferro fundido laminado a frio com teor de

carbono SAE-1020, com porcentagem mínima de silício que não altera

propriedades de abrasão do aço 1020)

Aço silicioso (ferro fundido laminado a frio com teor de carbono SAE-1020,

com porcentagem controlada de silício conforme especificação de perdas).

Estes materiais podem ser fornecidos em rolos de 1020mm de largura,

chapas de 1000 x 2000mm ou “blank” cortado.

Figura 45 – “Blank”

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Page 111: Monografia marcelo eng seg

91

A opção do tipo de material ou a forma de recebimento é de acordo com o

maquinário a ser utilizado e projeto da maquina em si. Normalmente o material

recebido em rolo é utilizado em processo de estampagem onde as prensas têm

alimentador automático, porém antes de utilizar o rolo é necessário cortá-lo em

fitas na largura equivalente ao diâmetro externo da chapa do estator. Como

vantagem podemos dizer que nesta forma de recebimento o custo de aquisição é

mais baixo, porém aumenta uma etapa no processo. A chapa de 2000 x1000mm

requer o mesmo processo do rolo, porém sua utilização é indicada para processos

sem alimentação automática e o custo de aquisição é 15% do que o do rolo. Já

adquirir o blank pronto elimina ao corte da chapa e do rolo, além de minimizar as

perdas de material, porém ele é de aquisição mais cara (da ordem de 100% com

relação ao rolo).

2. Maquinário.

Os mais utilizados são:

Prensas excêntricas

Prensas Hidráulicas

Picotadeiras

Guilhotinas

Tesouras rotativas

Alimentadores

Após a implementação do PPRPS, foram eliminados do processo:

Tesoura rotativa: substituída por ferramentas do tipo punção combinadas

com faca de corte para retirada do miolo. Esta ferramenta montada na

prensa picotadeira, permite em uma única operação fazer o diâmetro

externo do estator, ranhuras do estator, diâmetro interno do estator e o

diâmetro externo do rotor. A sobra desta etapa de estamparia já é o disco

(matéria prima) aonde será feita a próxima etapa, ou seja, material acabado

onde estão estampadas as ranhuras do rotor.

Page 112: Monografia marcelo eng seg

92

Prensa Excêntrica dupla de 150 toneladas com “queixo quebrado”: Com a

adoção de ferramentas padronizadas fechadas para furo central e chaveta

em etapa única concentro-se o numero de diâmetros internos para eixos e

os mesmos foram dimensionados para a utilização da prensa simples de

150 toneladas da indústrias mecânicas Jundiaí.

Alimentadores: Devido o espaço físico e o “Lay –out” da empresa e tipo das

prensas, após analise de riscos e custos preliminares, foi concluído que é

inviável para o “status quo” analisado a implementação de alimentares

automáticos que não oferecessem riscos. Foi decidido continuar a

aquisição de matéria prima na forma de blank´s, apesar do custo de

aquisição de matéria prima ser maior.

Tabela 21 – Máquinas e Ferramentas disponíveis

Page 113: Monografia marcelo eng seg

93

3. Estampos.

São inúmeros tipos e a escolha vai de acordo com o projeto do motor e com a

quantidade de chapas a serem estampas. Por exemplo, para fabricar 100 motores

com pacotes de 100mm com chapa de 0,5mm, serão necessárias

aproximadamente 20.000 chapas, portanto devido ao numero de repetições de

corte estes estampos devem ser dimensionados para não perderem o corte e

produzirem a mínima imperfeição de “amassadura da superfície” ou produção de

“rebarbas”.

Nº de chapas = (nº de máquinas x L pacote magnético x Fp) / espessura da chapa

No caso o Fp considerado foi 1 (um), porém na realidade de devido a rugosidade

da superfície das chapas, recobrimento das mesmas e imperfeições de

estamparia (rebarba), por maior que for a capacidade da prensa hidráulica

utilizada para conformar (apertar) o pacote de Chapas este numero gira por volta

de 89%, ou seja, 0,89 pu. O resultado disto é que a parte magnética fica reduzida

em 11% com relação ao comprimento total.

Voltando ao estampos, eles normalmente são constituídos de base universal,

matriz, encosto, punção, facas de avanço e fechamento. O material utilizado para

fabricação é um bloco de aço ferramenta do tipo “D2” e são ajustadas no formato

final em ferramentarias com matrizes de eletro-erosão ou laser.

Os punções e matrizes normalmente são projetados com sobre metal para permitir

o processo de afiação em retifica de mesa.

As figuras de 46 até 49 exemplificam alguns tipos:

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94

Figura 46: Estampo utilizado para cortes de discos, pólos, centro de arrasto.

Fonte: Livro ” ESTAMPOS DE CORTE E NORMAS” de Aladar Hittig.

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95

Figura 47 - Estampo utilizado para abrir ranhuras.

Fonte: Livro ” ESTAMPOS DE CORTE E NORMAS” de Aladar Hittig.

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96

Figura 48 - Estampo de punção, utilizado para ranhuras de rotor, canais de

guia, furos, rasgos de chavetas.

Fonte: Livro ” ESTAMPOS DE CORTE E NORMAS” de Aladar Hittig.

Figura 49: Estampo progressivo de rotor e estator.

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Page 117: Monografia marcelo eng seg

97

4. Processo de Estampagem de chapas em discos para rotores e estatores de máquinas rotativas.

4.1. Preparação da Máquina

Limpar ferramentas e apoio da máquina;

Montar o ferramental da máquina;

Ajustar e fixar a ferramenta

4.2. Regulagem da Máquina

Os valores de golpes por minuto que a máquina trabalhará para estampagem

devem ser determinados pela tabela abaixo.

Tabela 22 - Velocidade de estampagem (limites por inércia da chapa).

Fonte: Gentilmente cedido por COSINOX

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98

4.3. Estampagem do disco padrão

Fazer estampagem do Disco Padrão conforme especificado. A seqüência das

figuras de 50 até 52 exemplificam o processo:

Figura 50: Blank com furo de centro e pino de arraste.

Fotografia gentilmente cedida por Equacional.

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99

Figura 51: Esquema de Seqüência de estamparia

Esquema gentilmente cedido por Cosinox

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100

Figura 52: Exemplo de disco cortado.

Fonte: Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Page 121: Monografia marcelo eng seg

101

4.4. Controle dimensional em Produto Acabado.

Executar o Controle Dimensional na primeira chapa estampada e depois num

intervalo de 100 em 100 chapas. O nível máximo de aceitação de rebarba nesta

fase é de 0,050mm. Preencher Protocolo Dimensional conforme figura 53:

Figura 53: Esquema de protocolo dimensional

Esquema gentilmente cedido por Cosinox.

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102

4.5. Estampagem da Chapa do Estator

Estampar ranhuras e o diâmetro interno da Chapa do Estator. A seqüência das

figuras de 54 até 55 exemplifica o processo:

Figura 54: Chapa ranhura do estator

Fonte: Fotografia Gentilmente cedida por Equacional

O empilhamento da sobra do seu diâmetro interno (que será utilizado para a

fabricação da Chapa do Rotor) deverá ser intercalado á 90 graus. Empilhar as

sobras internas das Chapas do Estator tomando como referência o rasgo da

chaveta que é deslocado conforme projeto em n graus em relação à chaveta

central.

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103

Figura 55: Empilhamento das Sobras do Estator

Fonte: Esquema gentilmente cedido por Cosinox

4.7. Estampagem da Chapa do Rotor

Estampar as chapas do rotor, a partir do disco interno do estator (Ver figuras 56 e

57).

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104

Figura 56: Protocolo Dimensional (Instrução de Trabalho)

Fonte: Esquema gentilmente cedido por Cosinox

Page 125: Monografia marcelo eng seg

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Figura 57: Disco do rotor (sobra do estator, Fig. 55)

Fonte: Fotografia gentilmente cedida por Equacional

4.8. Estampagem dos Furos de Ventilação:

Executada somente se solicitado pelo projeto.

4.9. Controle Dimensional dos Furos de Ventilação:

Variação máxima de 0,05 mm.Executar o controle dimensional na primeira chapa

estampada e depois num intervalo de 100 em 100 chapas. O nível de aceitação

máxima de rebarba nesta fase é de 0,080 mm.

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106

4.10. Estampagem das Ranhuras

Uma vez disponível a matéria prima (disco sobra do estator) as chapas serão

novamente submetidas à operação de estampagem de ranhuras nas prensas

picotadeiras.

O empilhamento da sobra do seu diâmetro interno (será utilizado para a fabricação

de motores menores) deverá ser intercalado á 90 graus. Empilhar as sobras

internas das Chapas do rotor tomando como referência o rasgo da chaveta, porém

desta vez o empilhamento deve ser feito em alinhamento sem deslocamento em

relação ao furo de arraste.

Figura 58: Chapa ranhura do estator

Fonte: Fotografia gentilmente cedida por Equacional

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107

4.11 Controle Dimensional das Ranhuras

Executar o Controle Dimensional na primeira chapa estampada e depois num

intervalo de 100 em 100 chapas.O nível máximo de aceitação de rebarba nesta

fase é de 0,080 mm.

4.12. Estampagem do Diâmetro Interno do Rotor

Tomar um dente (ranhura) como referência e marcar com pincel atômico todo o

pacote empilhado.

4.13 Estampar o diâmetro interno.

O diâmetro interno deve ser estampado com ferramenta de faca de guia junto ao

punção durante posicionando a chapa pelo dente, marcado no pino guia da

ferramenta, ou seja, esta operação se faz simultaneamente a estampagem das

ranhuras.

4.14 Empilhar as chapas do rotor:

O “empilhamento” deve ser feito tomando como referência a marcação do pincel

atômico. Assim como no estator o empilhamento da chapa acabada do rotor será

executada tomando como referência o rasgo da chaveta que é deslocado

conforme projeto em n graus em relação à chaveta central, porém agora em

relação ao eixo no lugar da carcaça.

4.15. Controle Dimensional no Diâmetro Interno do Rotor

Preencher Protocolo Dimensional conforme figura: Executar o Controle

Dimensional na primeira chapa estampada e depois num intervalo de 100 em 100

chapas. O nível máximo de aceitação para rebarba nesta fase é de 0,080 mm.

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108

Figura 59: Protocolo Dimensional

Fonte: Esquema gentilmente cedido por Equacional

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109

5. Montagem dos núcleos

A forma de execução mais comum de pacote de rotor é a indicada na figura 60. O

processo consiste empilhar as chapas estampadas do rotor sobre o eixo ou

dispositivo e prensar até atingir o fator de empilhamento e a dimensão correta e

travar por meio de anel elástico, anel roscado, encosto soldado, ou outro meio

mecânico de trava. Uma vez montado o núcleo o barramento pode ser introduzido

por meio de injeção de metal condutor ou barras de metal condutor.

Figura 60: Núcleo de rotor montado sobre o eixo com barramento condutor.

Fonte: In “Máquinas de Corrente Alternada, de Alfonso Martignoni, pág. 180, fig.

147”.

A montagem do estator pode ser feita de varias formas. Assim como o rotor o

processo consiste empilhar as chapas estampadas do estator diretamente dentro

da carcaça ou sobre dispositivo e prensar até atingir o fator de empilhamento e a

dimensão correta, quando o valor for obtido é necessário travar de forma

permanente. A forma mais comum de execução é a prensagem em dispositivo e

solda dos canais externos do estator ou grapas de fixação e 2 discos de

Page 130: Monografia marcelo eng seg

110

compressão (superior e inferior). Também podemos montar com tirantes que

passam por furos estampados na chapa do estator, e parafusam sob pressão os

discos de compressão (ver figura 61) ou finalmente como no exemplo do rotor

montar sobre um encosto inferior na carcaça e soldar o disco de compressão em

um canal feito na carcaça conforme fotografia da figura 62.

Figura 61: Núcleo de estator montado com tirantes.

Fonte: In “Máquinas de Corrente Alternada, de Alfonso Martignoni, pág. 181, fig.

148”.

Figura 62: Chapa ranhura do estator.

Fonte: Fotografia Gentilmente cedida por Equacional

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ANEXOS

ANEXO A – ORDEM DE SERVIÇO PRENSISTA – EQUACIONAL 2009

I – ATIVIDADE OPERACIONAL:

Cargo: PRENSISTA.

DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS ATIVIDADES: Executar serviços de prensista

utilizando prensas existentes na Equacional para os serviços de corte de chapas

de metais depois que o modelo esta pronto.

OBS: As atividades não citadas aqui que são combatíveis com a função poderão

ser delegadas pela empresa ao profissional.

II – RISCOS OCUPACIONAIS NAS ATIVIDADES E RESPECTIVAS LESÕES CORPORAIS.

RISCOS OCUPACIONAL-AGENTES POSSIVEIS LESÕES CORPORAIS:

1-FÍSICO Ruído PAIR – Perda Auditiva Induzida por ruído

Postura inadequada 2-ERGONOMICO Esforço físico Lesões ósteo-musculares.

Projeção de partículas Lesões oculares. Batida contra objetos Lesões ósteo-musculares 3- DE ACIDENTES Máquina sem proteção Lesões em membro

superiores.

Page 132: Monografia marcelo eng seg

112

III – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs) DE USO OBRIGATÓRIO.

III - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs) DE USO OBRIGATÓRIO EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ATIVIDADE

Óculos de segurança Incolor Protetor Auricular tipo plug ou concha

Durante todo o expediente nas áreas classificadas.

Calçado de segurança com biqueira metálica. Durante todo o expediente.

IV – SISTEMAS DE PROTEÇÃO COLETIVA (SPC) DE USO OBRIGATÓRIO.

1- Sistema de proteção das prensas;

2- Extintor de Incêndio;

3- Aterramento de instalações e redes elétricas e isolamento físico da área em que

irá realizar as operações de manutenção;

4- Sinalização de Segurança.

V – PRECAUÇÕES NECESSÁRIAS ANTES DE INICIAR A OPERAÇÃO.

1-Observar a área antes de começar a operação;

2-Observar a condição de segurança do local e/ou equipamento antes realizar a

operação;

3-Observar se os EPIs que estão sendo usados são específicos da área, e se

estão em condições de uso;

4-Caso necessário providenciar EPIs específicos;

5-Após a utilização manter o EPI, no armário destinado á sua guarda;

6-Na ocorrência de qualquer CONDIÇÃO ANORMAL (condição não prevista,

impeditiva e/ou abaixo dos padrões mínimos de segurança) durante a execução

Page 133: Monografia marcelo eng seg

113

do trabalho, a operação deverá ser paralisada IMEDIATAMENTE e o fato

comunicado ao superior imediato e ao RH para a avaliação da mesma.

VI – PROIBIÇÕES:

É proibido utilizar Operar Ponte Rolante, sem estar devidamente habilitado e

qualificado (NR – 11).

É proibido realizar a operação na ocorrência de falta de qualquer EPI e/ou OS

acima relacionados; e sem que esteja em perfeitas condições de saúde;

É proibido realizar atividades na ocorrência de condição anormal de trabalho;

É proibido realizar serviços em altura sem estar utilizando o cinto de segurança

e/ou equipamento adequado;

É proibido realizar qualquer operação utilizando anéis, pulseiras ou outros adornos

pessoais;

Manter cabelos curtos, caso contrário conservá-los presos utilizando boné ou

outro dispositivo semelhante;

É proibido utilizar jato de ar comprimido para limpeza pessoal;

É proibido realizar qualquer operação se não houver condições de aplicação das PRECAUÇÕES NECESSÁRIAS acima relacionadas;

Durante o expediente e deslocamentos (da casa ao trabalho e vice-versa) evitar

correrias, brincadeiras ou atitudes incompatíveis com o bom relacionamento inter

pessoal.

VII – PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTE DO TRABALHO: Comunicar IMEDIATAMENTE à Supervisão e RH, procurando fornecer TODAS as

informações solicitadas;

Page 134: Monografia marcelo eng seg

114

Prestar primeiros socorros ao acidentado SOMENTE se for apto (treinado e

certificado) para este procedimento;

Somente remover o acidentado com ferimento grave com autorização do

socorrista (pessoa treinada e habilitada para prestar primeiros socorros);

Manter afastadas do local do acidente pessoas estranhas às ações de socorro;

Efetuar o isolamento do local do acidente com orientação do RH e/ou Cipeiro

e/ou Presidente da CIPA. VIII – PRINCIPAIS CUIDADOS AMBIENTAIS:

Recolher todo lixo gerado na área e levar para os depósitos específicos;

Evitar o derramamento de produtos químicos no solo. Caso isso ocorra,

providenciar contenção, de maneira a evitar atingir área de preservação

permanente, cursos de água, etc., e avisar imediatamente o encarregado;

Proteger a fauna e a flora;

Não matar animais silvestres;

Cumprir rigorosamente as orientações quanto aos cuidados com a preservação

ambiental.

IX – REQUISITOS DA QUALIDADE

Todas as funções têm procedimentos em relação à GARANTIA DA QUALIDADE,

onde os funcionários deverão se conscientizar que o processo de fabricação está

diretamente ligado a QUALIDADE, tomando assim todos os cuidados necessários

para que o processo saía da melhor maneira possível.

Todos os funcionários são co-responsáveis pelo sistema da Qualidade, pela

preservação dos Recursos financeiros, máquinas, equipamentos, ferramentas e

pelo Ambiente de Trabalho (Manter limpo, organizado e arrumado). Deverão fazer

Page 135: Monografia marcelo eng seg

115

o preenchimento dos formulários para que a qualidade possa verificar uma não

conformidade e solicitação de mão de obra, material e manutenção corretiva.

Competências:

Cargo Envolvimento (conscientização) Competências Prensista

Assegurar conformidade do produto, prazos e matéria prima.

- Preferência 2º grau Completo - Noções de Metrologia. - Treinamento específico “On the Job”

X – DECLARAÇÃO DO TRABALHADOR EXECUTANTE DA OPERAÇÃO:

DECLARO ter recebido informações, orientações, treinamento e uma cópia desta OSSMT e respectivo PST, para permitir a execução de trabalho seguro na

atividade de PRENSISTA.

DECLARO também estar ciente de que a não obediência das normas

estabelecidas neste DOCUMENTO, poderá sujeitar-me às penalidades

disciplinares definidas nos dispositivos legais aplicáveis.

Nome:

Cargo: PRENSISTA.

Data:

Assinatura:

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116

ANEXO B – LAUDO TÉCNICO DE RUÍDO – EQUACIONAL 2009

IBEA

Instituto Brasileiro de Engenharia,

Arquitetura e Proteção Ambiental

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – NR-9

LAUDOS TÉCNICOS DOS RISCOS

Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1.977, Normas Regulamentadoras (NR),

aprovadas pela Portaria nº 3.214, de 8.06.1.978

NR-9 e NR-7 Portaria nº 24, de 29 de dezembro de 1.994

RUÍDO

1. INTRODUÇÃO

No mês de agosto/2008 foi procedida uma inspeção na Área Industrial da

EQUACIONAL, para fazer o levantamento quantitativo do Nível de Ruído.

Cumpre esclarecer que os resultados do levantamento implicam em parecer

essencialmente técnico e científico das condições de exposição existente nas

atividades analisadas, não objetivando necessariamente, a interpretação de

questões trabalhistas.

Av. Paulista, 2.073 – Horsa I – conj. 1.820

Cerqueira César - São Paulo – SP Fone 011. 3283.3626 – 3262.2128

Page 137: Monografia marcelo eng seg

117

2. INVESTIGAÇÃO

Foi feito um estudo das várias seções de trabalho com base na legislação em

vigor (Lei nº 6.514- NR-15 - anexo nº 1), e que obedeceram as seguintes

avaliações:

Localização, identificação e caracterização dos principais pontos de

permanência dos funcionários.

Avaliação quantitativa da exposição do Nível de Ruído.

Enquadramento da legislação.

2.1. Síntese da Investigação

Tem como objetivo geral, a determinação dos locais, quanto à exposição ao Ruído

e sua adequada caracterização obtido através dos níveis de pressão sonora.

Objetivam, finalmente, gerar recomendações finais de medidas de controle com

abordagem de atuação nas fontes, trajetórias e/ou indivíduos.

3. LEGISLAÇÃO / NORMALIZAÇÃO

Estas investigações e conclusões foram feitas de maneira mais rigorosa possível,

estudando as situações, não somente à luz da Portaria 3214 - NR-15 e Anexo 1,

mas também com base nas vastas normas técnicas existentes.

4. INSTRUMENTAÇÃO E METODOLOGIA

As medições de Níveis de Ruído foram baseadas na NR-15, Anexo 1, da Portaria

3214, utilizando-se aparelho decibelímetro da Marca Simpson mod. 886-Tipo 2,

Page 138: Monografia marcelo eng seg

118

para detecção dos níveis contínuos e intermitentes, operando no circuito de

compensação A circuito da resposta lenta (slow).

As leituras foram realizadas em vários pontos do ambiente num plano horizontal

de 1,70 m. e próximo aos ouvidos do operador/funcionário (local de trabalho).

Procedimentos adotados durante as medições:

Antes do início das medições o equipamento foi calibrado com Calibrador

Simpson mod. 890 - USA;

O medidor ficará afastado das superfícies refletivas;

Os níveis foram medidos com as máquinas em funcionamento;

As medidas foram feitas no local de trabalho dos funcionários.

5. EPI / TERMO DE RESPONSABILIDADE

5.1. Considerações Gerais sobre o Uso de Equipamento de Proteção Individual

Os equipamentos de Proteção Individual, usualmente identificado pela sigla “EPI”,

formam, em conjunto, um recurso amplamente empregado para a segurança do

trabalhador no exercício de suas funções. Assumem, por essa razão, papel de

grande responsabilidade, para preservação da incolumidade do trabalhador contra

os mais variados riscos aos quais está sujeito nos ambientes de trabalho.

Os “EPI’s” são empregados, rotineiramente ou excepcionalmente, em quatro

principais circunstâncias, a saber:

1º - Quando o trabalhador se expõe diretamente a riscos não controláveis por

outros meios técnicos de segurança.

2º - Quando o trabalhador se expõe a riscos apenas parcialmente controlados por

outros recursos técnicos.

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119

3º - Em casos de emergências ou seja, quando a rotina do trabalho é quebrada

por qualquer anormalidade, exigindo o uso de proteção complementar e

temporária pelos trabalhadores envolvidos.

4º - A título precário, em período de instalação, reparos ou substituição dos meios

que impedem o contato do trabalhador com o produto ou fator de risco.

Em suma, os “EPI”são empregados, na maioria dos casos, quando recursos de

ordem geral não são aplicáveis ou não se encontram disponíveis para a

eliminação de riscos que comprometam a segurança e a saúde do trabalhador.

6. MEDIÇÃO DE RUÍDO CONTÍNUO E INTERMITENTE

Os resultados da quantificação do nível de ruído estão apresentados em planilhas,

ou seja, TABELA I

7. ANÁLISE DOS DADOS OBTIDOS

Após os resultados obtidos segue abaixo uma tabela de Interpretação dos

resultados. Valor em dB(A) Encontrado

Situação da Exposição

Condição Técnica da Situação

Nível de atuação Recomendação para as

Ações de Controle Inferior a 85 Aceitável

86 a 90

Temporariamente aceitável

De atenção; uso de protetor auricular

De rotina

91 a 95

Inaceitável

Séria; uso de protetor auricular; controle semestral de audiometria

Preferencial

96 a 100

Inaceitável

Crítica; uso de protetor auricular; controle semestral de audiometria e encaminhamento ao otorrino.

Urgente

101 a 105

Inaceitável

De emergência; uso de protetor auricular, com certas restrições; controle semestral de audiometria e encaminhamento ao otorrino; e controle de exposição.

Imediata

106 a 115

Inaceitável

De emergência; uso de protetor auricular, com certas restrições; controle semestral de audiometria e encaminhamento ao otorrino; e obrigatoriedade de controle da exposição.

Interrompa a exposição prolongada

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VALORES MEDIDOS EM AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

PONTO

Nº LOCAL NÍVEL MEDIDO

LT=85 Db(A) RECOMENDAÇÕES

1

COMPRESSOR 86

O COMPRESSOR ESTÁ ISOLADO DA FÁBRICA NÃO CAUSANDO RISCO AOS

FUNCIONÁRIOS

2 CARPINTARIA 89 obrigatório o uso de protetor 3 SERRA, DOBRA 76 Protetor auricular opcional 4 FERRARI P/ CORTE 94 obrigatório o uso de protetor

4B LIXADEIRA 99/101 obrigatório o uso de protetor 5 SOLDA 92/96 obrig. uso de protetor/controle médico/

medidas coletivas 6 USINAGEM - -

6A FREZA 1 84 obrigatório o uso de protetor 6B FREZA 2 82 obrigatório o uso de protetor 6C FURADEIRA 80 obrigatório o uso de protetor

6D FREZA DE 3 A 8 82 obrigatório o uso de protetor 6E FREZA DE 9 A 13 82 obrigatório o uso de protetor 6F TORNO HORIZONTAL 83 obrigatório o uso de protetor 7 SALA DE PROVAS 89 obrigatório o uso de protetor 8 ESTAMPARIA - -

8A PRENSA 93 obrigatório o uso de protetor 8B PICOTADEIRA

PNEUMÁTICA 95 obrigatório o uso de protetor

8C PICOTADEIRA 94 obrigatório o uso de protetor 8D AS DUAS PICOTADEIRAS

FUNCIONANDO 98 obrigatório o uso de protetor, aplicar

medidas coletivas, controle médico 9 MONTAGEM 81 Protetor auricular opcional 11 CONSERTO 79 Protetor auricular opcional

11A Bancada 1 79 Protetor auricular opcional 11B Bancada 2 78 Protetor auricular opcional 11C Bancada 3 78 Protetor auricular opcional 12 ENROLAMENTO 77 Protetor auricular opcional 13 LIMPEZA DE MOTOR 79/86 Protetor auricular opcional 14 LAVAGEM DE MOTOR 84 Protetor auricular opcional 15 MANUT. E CONSERTO DE

MOTOR 80 Protetor auricular opcional

16 RECPÇÃO 65 - 17 ADMINISTRAÇÃO,

ESCRITÓRIOS 63 -

OBSERVAÇÕES

Ruído acima dos limites estabelecidos pode causar os seguintes danos aos

Trabalhadores:

Cansaço

Irritação

Dores de Cabeça

Diminuição da Audição

Page 141: Monografia marcelo eng seg

121

Aumento da Pressão Arterial

Problemas do Aparelho Digestivo

Taquicardia

Perigo de Infarto

TODOS OS FUNCIONÁRIOS EXPOSTOS À NÍVEIS ACIMA DE 85 dB’s

DEVERÃO SER SUBMETIDOS A AUDIOMETRIAS TONAIS PERIÓDICAMENTE.

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTES

Níveis de Ruído dB(A)

Máxima Exposição diária permissível

85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 min. 90 4 horas 91 3 horas e 30 min. 92 3 horas 93 2 horas e 40 min. 94 2 horas e 15 min. 95 2 horas 96 1 hora e 45 min. 98 1 hora e 15 min.

100 1 hora 102 45 min. 104 35 min. 105 30 min. 106 25 min. 108 20 min. 110 15 min. 112 10 min. 114 8 min.

Este laudo técnico de avaliação ocupacional tem validade de 1 (hum) ano, a partir

da data da emissão deste documento, desde que não haja alteração substancial

do processo, do arranjo físico e das instalações.

________________________________

Engª SILVANIA BUDOYA BUJAN LAMAS

CREA Nº 0601784928

São Paulo, 10 de agosto de 2009.