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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA – SERRAVIX ADMINISTRAÇÃO ADEILSON MEDEIROS ALMEIDA KAIO PARRINI BARROSO MANOEL ALVES MARINS THAÍS PIONA BERMUDES QUALIDADE TOTAL COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA DO GRUPO SEI SERRA - ES 2013

Monografia revisada final 01.1.0.9

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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA – SERRAVIX

ADMINISTRAÇÃO

ADEILSON MEDEIROS ALMEIDA

KAIO PARRINI BARROSO

MANOEL ALVES MARINS

THAÍS PIONA BERMUDES

QUALIDADE TOTAL COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA DO GRUPO SEI

SERRA - ES

2013

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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA – SERRAVIX

ADMINISTRAÇÃO

ADEILSON ALMEIDA MEDEIROS

KAIO BARROSO PARRINI

MANOEL ALVES MARINS

THAÍS PIONA BERMUDES

QUALIDADE TOTAL COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA DO GRUPO SEI

Trabalho de Conclusão de Curso apresentadod ao Curso de Administração da Faculdade Capixaba da Serra - Serravix, como requisito em adquirir graduação de BACHARÉL EM ADMINISTRAÇÃO, orientado pelo professor Aldomar Júnior.

SERRA - ES

2013

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Agradecemos a Deus pela concepção da capacidade de executarmos tarefas como este trabalho. Às nossas famílias, amigos e a todos que contribuíram para a soma de conhecimentos e melhorias aplicadas neste. Agradecemos também em especial à oportunidade, instrução e incentivo do nosso mestre Aldomar Júnior.

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“O bom-senso é a coisa mais bem repartida deste mundo, porque cada um de nós pensa ser dele tão bem provido, que mesmo aqueles que são mais difíceis de contentar com qualquer outra coisa, não costumam desejar mais do que o que têm.”

René Descartes.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................06

1.1. Justificativa..................................................................................................07

1.2. Delimitação do Problema............................................................................07

1.3. Definição do Problema................................................................................07

1.4. Objetivo Geral..............................................................................................08

1.5. Objetivo Específico......................................................................................08

2. A ERA DA QUALIDADE......................................................................................09

2.1. O conceito de qualidade..............................................................................10

3. GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL.....................................................................11

4. CONCEITOS QUE FUNDAMENTAM A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL.....13

5. COMPETITIVIDADE E QUALIDADE..................................................................16

6. MUDANÇAS DO AMBIENTE DAS EMPRESAS................................................17

6.1. Restrições à mudança do ambiente............................................................19

6.2. Atendimento às exigências do cliente ........................................................20

6.3. A postura das organizações .......................................................................21

6.4. Conhecer os seus clientes..........................................................................22

6.5. A Relação Empresa e Cliente......................................................................24

7. Gestão da Qualidade..........................................................................................29

7.1 Sistema de Gestão Da Qualidade................................................................29

7.2 Sistema.........................................................................................................30

7.3 Requisitos Gerais.........................................................................................30

7.4. Principais ferramentas e termos empregados no Sistema de Gerenciamento

da Qualidade......................................................................................................31

8. NORMA DE REGULAMENTAÇÃO.....................................................................33

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9. BENEFÍCIOS OBTIDOS COM A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL................26

9.1. Solução de problemas e Gestão da Qualidade Total..................................27

10. CONCLUSÃO...................................................................................................37

11. REFERÊNCIAS.................................................................................................39

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1. INTRODUÇÃO

O desenvolvimento da tecnologia provocou mudanças profundas, nos países,

nas empresas e nas pessoas, isto nos faz acordar para novos tempos e

atentar-se às mudanças que ocorrem com muita intensidade. Empresas que

pareciam inabaláveis estão se reestruturando, para se tornarem mais

competitivas. (CHIAVENATO, 1997)

Conforme Falconi (2004, p. 01), estas mudanças são apenas parte da rápida evolução social, tecnológica e, sobretudo mental que a humanidade vem experimentando, por isso, garantir o gerenciamento dos processos é necessário em qualquer segmento e determinam aonde a empresa quer chegar.

Devido à sua rapidez, as empresas só conseguirão manter a competitividade

se buscarem a qualidade total, visto que, empresários têm que se

conscientizarem que o cliente é um dos fatores mais importantes dentro de

uma empresa, por isto, a necessidade em se preocupar com a qualidade dos

produtos e serviços. (JURAM, 1984).

Este estudo de caso tem como prioridade central, identificar que a implantação

da qualidade total em serviços propicia uma melhoria na administração de

empresas que adotaram este método científico, conforme Schonberger (1992),

qualidade propicia a vantagem competitiva.

A qualidade de um serviço é essencial ao perfeito funcionamento de qualquer

empresa, neste sentido, a importância deste assunto está no fato de que

possibilitará compreender quando se fala de um serviço de qualidade, está se

referindo à plena satisfação do cliente, conforme Deming (1993 p.56), e o

segredo para isso é a concentração nas necessidades e nos seus desejos

criando um serviço que atende ou exceda as suas expectativas .

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1.1 Justificativa

Analisar as mudanças que a GQT proporciona para o Grupo SEI, o motivo da

crescente busca por uma certificação da qualidade, as ferramentas

fundamentais para o sucesso no mercado. Apresentar os conceitos

pertencentes à Gestão da Qualidade Total, a história, o acirramento da

concorrência com mudanças do mercado, e por fim relatar a implantação da

qualidade total.

1.2. Delimitação do problema

O trabalho delimita-se em estudar e analisar a implementação do Sistema de

Gestão da qualidade, e a importância da qualidade em produtos e serviços.

1.3. Definição do problema

Como a implantação da qualidade total pode deixar uma empresa mais

competitiva?

1.4 Objetivo geral

Descrever o desenvolvimento da Gestão da Qualidade, a importância, a

implantação e utilização da Qualidade Total e o uso como uma estratégia para

o crescimento e melhorais na administração das empresas.

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1.5 Objetivo específico

Identificar os benefícios que a implantação da Qualidade total está cedendo

para o crescimento, melhorias nos setores econômico, administrativo e

financeiro para o Grupo SEI. Visualizar na prática através de pesquisas

científicas as mudanças que estão ocorrendo com a empresa, confrontar com

conteúdo específico de vários autores acerca da qualidade, e desvendar as

vantagens competitivas sobre o acirrado mercado.

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2 METODOLOGIA

Destina-se neste capítulo, uma apresentação da metodologia utilizada para a

criação e o desenvolvimento do trabalho, explicitando qual o tipo de pesquisa,

quais os procedimentos adotados para a coleta de dados e elaboração de

informações a serem difundidas.

Para Tartuce (2006) a Metodologia de pesquisa trata o método como ciência.

Metodologia é uma palavra de origem grega, que significa methodos,

met’hodos; traduzindo é “o caminho para chegar ao destino”, a tradução do

sufixo Logia; é estudar, então metodologia é o estudo dos métodos.

Segundo Roesch (2005), o capítulo da metodologia descreve como o projeto

de pesquisa que será realizado, quais os instrumentos e ferramentas serão

utilizados para que se consiga chegar a ciência esperada, e sim conduzia-la a

uma pesquisa com os dados exatos do objetivo.

2.1 Tipo de Pesquisa

Segundo Oliveira (2002), a ciência abrange praticamente todos os campos do

conhecimento humano, a partir de critérios metodológicos pode-se estudar as

relações existentes entre causa e efeito de um fenômeno qualquer. Portanto, O

fundamental objetivo da ciência é identificar a veracidade dos fatos através de

um método que determina o conhecimento.

De acordo com Roesch (1996), a pesquisa qualitativa é adequada para a

avaliação formativa, quando se trata de aprimorar a efetividade de um

programa, projeto, plano ou então quando se trata de selecionar metas de

programa e construir uma intervenção.

Conforme Mattar (1999), a pesquisa qualitativa exige o completo conhecimento

do problema que será estudado, para um confronto de informações bem

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dirimidas à empresa pesquisada, é necessário que o pesquisador tenha um

conhecimento profundo do problema.

Para Richarlison (1999), existem diversos instrumentos de coleta de dados que

podem ser utilizados para obter informações acerca de grupos sociais. E para

Roesch (1996), o questionário é um instrumento de coleta de dados que busca

mensurar alguma coisa.

Os dados são coletados por fontes primárias e secundárias, as fontes primárias

são colhidas pelo pesquisador, através de questionários e entrevistas. E já os

dados secundários, talvez possam ser encontrados na empresa por meio de

banco de dados e relatórios (ROESCH, 2005).

2.3 Análise de dados da pesquisa

O objeto de pesquisa é uma empresa no ramo de atividades no terceiro setor, o

Grupo SEI, que atua como prestação de serviços em vigilância patrimonial,

segurança privada, e inteligência. Com sede no bairro Colina de Laranjeiras na

Serra, E.S. a empresa está no mercado a mais de dez anos.

Para manter-se no mercado competitivo, a empresa busca efetuar a

implantação da Gestão da Qualidade total, somando assim mais um item

indispensável para atingir as expectativas de seus clientes. É nesse conceito

que surgem as análises através de questões abertas e confrontá-las com as

teorias.

“Para o Grupo SEI, a Gestão da Qualidade Total proporcionou um processo que gerencia e administra suas atividades objetivando o alcance de metas estabelecidas, manutenção de seus clientes, com mais respeito aos parceiros, colaboradores e atendimento aos requisitos.”

Para Juran (1990), o cliente é qualquer indivíduo que labuta um produto, sendo

internos, aqueles que o desenvolvem, e os externos são os que almejam o

produto acabado.

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“O Grupo SEI ainda considera para si, que uma das importâncias da GQT é a padronização das atividades, objetivando a melhoria contínua dos processos de seu sistema de gestão, com foco na ampliação dos clientes e buscando resultados favoráveis.”

Sobre a Gestão da Qualidade Total, Falconi (1996) explica que sua correta

compreensão é um pré-requisito indispensável para a fase de implantação.

.

“O Sistema de Gestão da Qualidade iniciou-se no Grupo SEI com o diagnóstico dos processos existentes, passando por uma fase de implementação de 01 (um) ano, finalizando a primeira etapa com a Auditoria Externa do Organismo Certificados e a conquista do Certificado ISO 9001:2008. Na fase de implementação, foi definido o Manual da Qualidade, Manual de Descrição de Função, os procedimentos específicos de cada setor, definição dos indicadores da qualidade, treinamentos de capacitação de pessoal, capacitação de auditores internos e realização de auditorias internas.”

O “guru” da qualidade Feigenbaum (1994), pressupõe a interação de todas as

áreas da empresa, como: Diretoria, finanças, pessoal, produção, controle, entre

outras, e todas em torno de um objetivo comum.

“O Grupo SEI utiliza diversas ferramentas que garantem a qualidade de seus serviços, como o Diagrama de Causa e Efeito por Ishikawa, e o 5W01H também são utilizadas.”

Feigenbaum (1994) completa ainda que, a qualidade é a correção dos

problemas, de sua causa ao longo de toda série de fatores, relacionadas com

vários setores de uma empresa que exercem influências sobre a satisfação do

usuário.

“Na atividade fim da SEI Vigilância houve um crescimento de 100% (cem por cento) nos quatro últimos anos. Em 2009 existiam 23 (vinte e Três) empresas autorizadas a prestar serviços na atividade no Espírito Santo. Em Julho/2013 já existem 46 (quarenta e seis). Registra-se que o nº de postos de trabalham permanece o mesmo, qual seja: 12000 (doze mil) empregados vigilantes. Neste cenário, um bom Sistema de Gestão da Qualidade auxilia na obtenção e, principalmente, a manutenção dos clientes.”

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Conforme Falconi (1999), a competitividade depende da qualidade dos

produtos oferecidos pela empresa, assim ela garante a sua sobrevivência no

mercado.

“Como a implantação da qualidade total, a empresa se tornou mais competitiva, pois a padronização e regulamentação de processos através de normas técnicas, tem uma finalidade de sistematizar as ações que serão tomadas para prevenir ou corrigir os problemas da empresa, assim obtemos a conformidade com os requisitos, e consequentemente a redução dos custos e aumentando a credibilidade no mercado de serviços.”

2. A ERA DA QUALIDADE

De acordo com Feigenbaum (1994 p.20-22), ao longo dos anos a evolução da

qualidade passou por várias fases tais como:

(1900) Controle da qualidade pelo operador: quem produzia um determinado

produto que controlava a sua própria qualidade.

(1918) Controle da qualidade pelo supervisor: onde existia um indivíduo que

assumia a responsabilidade sobre a qualidade de um determinado trabalho, e

executava as ações necessárias.

(1937) Controle por inspeção: os produtos eram verificados um a um, peça,

componentes, ferramentas, e outros se estão conforme estabelecidos para

detectar os problemas.

(1960) Controle estatístico: os produtos são verificados por amostragem, a

inspeção da qualidade é feita por um departamento especializado e existe

ênfase na localização de defeitos.

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(1980) Controle da qualidade total, na qual estamos vivendo, o processo

produtivo é controlado, toda empresa é responsável e se tem ênfase na

prevenção de defeitos e a qualidade é assegurada.

A qualidade passa para outra etapa, segundo Ferreira (1994 p.64), “...a Visão

Estratégica Global é um objetivo da sobrevivência da empresa em

competitividade para atender transformações gigantescas que vem

acontecendo no mercado mundial...”

Engana-se quem pensa que a preocupação com a qualidade dos produtos

oferecidos aos clientes é coisa recente. Por volta de 2150 a.C., o código de

Hamurabi já demonstrava uma preocupação com a durabilidade e

funcionalidade das habitações produzidas na época, de tal forma que, se um

construtor negociasse um imóvel que não fosse sólido o suficiente para atender

à sua finalidade e desabasse, o construtor seria prejudicado. (Oliveira, 2004).

Decorridas aproximadamente 4 décadas no inicio da implantação da GQT, o

Japão é visto como uma das maiores potências econômicas do mundo.

Portanto, o chamado “milagre Japonês ” deve muito a GQT, pois foi com esse

modelo administrativo que o Japão conseguiu reverter o quadro de várias

dificuldades em que se encontrava, e transformou-se em um país no qual os

produtos são altamente valorizados pela sua qualidade e avançada tecnologia.

(GARVIN, 1992).

Por muito tempo associou-se melhoria da qualidade ao aumento de custos dos

produtos. Porém, quando há aumento significativo da qualidade, paralelamente

tem-se aumento de produtividade e ganhos relativos. (FREITAS, 2005).

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2.1 O conceito de qualidade

A definição de qualidade hoje possui uma extensa gama de significados;

conforme Crosby (1986 p.31) qualidade é a conformidade do produto ás suas

especificações. Então a qualidade é atingida quando suas especificações são

obedecidas.

De acordo com Juran (1992 p.9), a qualidade é a ausência de deficiências, ou

seja, quando temos menos defeitos na produção do produto ou serviços a

qualidade é melhor.

Segundo Deming (1993 p.56), qualidade é tudo aquilo que vai melhorar o

produto do ponto de vista do cliente, ele associa qualidade com a visão do

cliente e não tem uma única característica, pois ela é renovada conforme a

necessidade do usuário.

Conforme Ishikawa (1993 p. 43), a qualidade é quando se desenvolve, projeta,

produz, comercializa um produto com qualidade que é mais econômico, mais

útil e que satisfaça sempre o cliente.

Para Feigenbaum (1994 p.8), a qualidade é a correção dos problemas e de sua

causa ao longo de toda série de fatores relacionadas com vários setores de

uma empresa que exercem influências sobre a satisfação do usuário.

Tradicionalmente associa-se qualidade a produtos finais, ou seja, a produtos

como um carro ou uma televisão, ou até mesmo um bom jantar em um bom

restaurante. Os especialistas do gerenciamento da qualidade com os

processos nos quais os produtos ou serviços são materializados. Se o

processo for bem realizado, um bom produto final sairá naturalmente. A

qualidade reside no que se faz e não apenas no que se tem com consequência

disso. (ROBLES JR; BONELI, 2010).

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Ainda Crosby (1979), define que “qualidade é estar em conformidade com os

requisitos”, entendendo requisitos como características cuidadosamente

analisadas e detalhadas que referem ao trabalho. Contudo, seu conceito

depende muito do contexto em que é aplicado, pode considerar diversas

percepções em relação a qualidade. Mas dentro de uma definição abrangente,

qualidade pode ser aquilo que atende perfeitamente, de forma confiável, de

forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente.

3. GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL

Desde o início da era industrial que as organizações vêm se preocupando com

a qualidade do produto, e quando essa preocupação envolve vários processos

da empresa, como os industriais e administrativos, pode-se definir que existe

uma “TOTAL QUALITY CONTROL – TQC” ou Controle da Qualidade total.

(PALADINI, 1990).

Conforme Falconi (1992, p. 02), qualidade não é só a ausência de defeitos, e sim atender às necessidades do ser humano na sua luta pela sobrevivência na terra, de outro modo, é um produto ou serviço que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente.

Então, a Gestão da Qualidade Total, é uma filosofia da gestão focada no

atendimento e satisfação dos requisitos dos diversos públicos envolvidos com a

empresa podendo estes ser internos ou externos.

A Gestão da Qualidade Total ( GQT ) contém elementos de várias fontes

ocidentais: alguns dos princípios científicos de Taylor; controle estatístico do

processo de Shewhart; conceitos sobre o comportamento humano adotados

por Maslow e ainda todo o conhecimento ocidental da qualidade,

principalmente os trabalhos de Deming e Juram.

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O Japão foi o país onde se desenvolveu a GQT, unindo a qualidade e a

tecnologia avançada, porque seus produtos eram conhecidos no exterior como

ruins e baratos, e, devido a preocupação com a reconstrução nacional e

retomada do comércio após estragos da 2º Guerra Mundial. (ISHIKAWA, 1993).

Conforme Barbosa (1995), justifica que a Gestão de Qualidade Total

estabelece condições ideais para que todas as pessoas, de diversos níveis

hierárquicos e as funções que exerçam nos setores, se capacitem para

planejar e gerenciar o seu próprio trabalho. Cada indivíduo recebe treinamento

especifico para resolver os problemas, em equipes, que dificultam e impeçam

que a instituição atinja os objetivos e metas. E para tal sujeição, é necessário

que todos de algum modo contribuam.

A GQT contribui de forma importante para que seja difundida da instituição a

ideia de que cada um é responsável pelo seu próprio trabalho,portanto, a

qualidade do resultado final do trabalho depende de cada uma das pessoas da

equipe, e dissemina-se a noção de buscar os culpados e sim as causas. Com o

controle que cada um faz sobre sua atividade, alcançará a qualidade desejada.

(BARBOSA, 1995).

4. CONCEITOS QUE FUNDAMENTAM A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL

A implantação da Gestão da Qualidade Total depende do entendimento de

determinados conceitos básicos. Conforme Falconi (1996), sua correta

compreensão é um pré-requisito indispensável para a fase de implantação, e

apresenta os tópicos relacionados abaixo que formam o conceito do TQC.

Orientação pelo cliente: Corresponde em trazer para dentro da empresa as necessidades dos clientes que se atende, e planejar os processos de acordo com elas.

Qualidade em primeiro lugar: Estabelecer primeiro a satisfação das pessoas e no atendimento de suas necessidades, colocando o domínio da qualidade como objetivo central das ações gerenciais . A melhoria pela ação gerencia em todos os níveis dentro de uma empresa, através da GQT, pode parecer que não esteja diretamente ligada a sua atividade–fim, com maior eficiência, maior conforto, maior satisfação das pessoas, maior redução dos custos, maior cumprimento dos prazos, mais acerto na solução de problemas, maior redução dos custos, maior aproveitamento do tempo eliminação do

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retrabalho, com a conseqüente melhoria da produtividade e muitos outros benefícios que facilitarão em alto grau a plena realização dos verdadeiros fins da empresa.

Ação orientadas por prioridades: consiste em identificar o problema mais crítico e solucioná-lo pela mais alta prioridade. A aplicação deste princípio na análise de problemas ajuda a priorizar as verdadeiras causas e oferece um meio seguro para atuar com o máximo de eficiência e acerto

Ação orientada por fatos e dados: um dos pontos fortes da filosofia da Gestão da Qualidade Total está na decisão baseada em fatos e dados. É preciso ter sempre presente que, para gerenciar, é preciso medir os resultados das ações. Quem não mede não gerencia, porque fica impossibilitado de se o resultado da AÇÃO GERENCIAL está de acordo com o planejamento inicial e nenhuma ação corretiva pode ser tomada. Aplicando a GQT, elimina-se a faculdade de “achar” e passa-se a usar outros recursos mais eficazes da inteligência, como as faculdades de pensar, raciocinar, observar, discernir, entender, julgar , etc..

Qualidade Assegurada Pelo Controle de Processo: a qualidade só é alcançada quando se consegue eliminar o controle baseado puramente em inspeção ao final do processo. Assim tem pouco valor do ponto de vista da qualidade, deixar para atuar no processo de produção de uma empresa só ao final do ano, quando se comprovou que grande parte das mercadorias fabricadas seriam melhor produzidas quando se houvesse um controle do processo diária de produção.

Controle da Dispersão: consiste em colocar como objetivo a alcançar a redução de grandes variações em torno da média. Quanto menor for a dispersão, mais estável e mais sob controle estará o processo. Grandes variações indicam a presença de problemas ou causas especiais.

Cliente Interno: consiste em desenvolver a noção do cliente externo: o próximo processo é o meu cliente. Analogamente, o processo anterior é o meu fornecedor.

Controle do Montante: É a de se resolver os problemas atuando no sentido de onde vêm as causas, ou seja atuando nos processos anteriores e não os processos subsequentes, para onde vão os efeitos, ou as conseqüências.

Ação Preventiva: adotar ações no sentido de bloquear as causas fundamentais dos problemas e tomar as medidas para não deixar que os mesmos problemas continuem se repetindo pelas mesmas causas. É a aplicação sistemática do PDCA de solução de problemas, em que a solução efetiva passa ser adotada como um novo padrão para o sistema

Respeito ao Indivíduo: é simplesmente proporcionar o tratamento que todo ser humano merece. Respeitar para ser respeitado. É ter o respeito com si mesmo e com os demais, como base fundamental de moral humana. Havendo respeito, há harmonia e uma ampla compreensão em todos os aspectos da convivência entre as pessoas. Não é possível construir nada definitivo ou estável sem o respeito entre as pessoas.

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Comprometimento da Alta administração: é o pré-requisito para iniciar o processo implantação. A garantia de que este compromisso existe e pode ser constatadas de diversas formas tais como: a direção da empresa se manifesta publicamente quanto à sua visão como instituição; a direção estabelece diretrizes de longo e médio prazo e estratégias para realizá-las; a direção evidencia, através de suas ações, que compreende o que significa a gestão de qualidade e se coloca a frente de todas as iniciativas para implantar a GQT na instituição pela qual é responsável.

Já Garvin (1992), no intuito de explicar melhor decompôs seu conceito em oito

categorias:

• Desempenho – referente a características operacional básica do produto;

• Características – são os adereços dos produtos que suplementam seu funcionamento básico;

• Confiabilidade – reflete a probabilidade de mau funcionamento ou falha.

• Conformidade – representa o grau em que o projeto e as características de um produto estão em acordo com padrão;

• Durabilidade – é a medição útil do produto• Atendimento – é a rapidez, eficiência e a facilidade dos

serviços associados;• Estética – aparência do produto;• Qualidade percebida – é a avaliação do cliente para o produto.

5. COMPETITIVIDADE E QUALIDADE

A busca pela qualidade não tem fim, porque os consumidores não estão

dispostos a ter gastos adicionais com produtos defeituosos. E estes gastos não

poderão ser agregados ao valor do produto, pois estes, também, provocam um

aumento nos custos da produção, que consequentemente reduz a almejada

competitividade. (CROSBY, 1990).

Falconi, (1999 p.7), a garantia da sobrevivência da empresa é a sua competitividade. Estas coisas estão interligadas como: a garantia de sobrevivência decorre da competitividade, a competitividade decorre da produtividade e esta da qualidade. E o meio de aumentar a sua competitividade está em: saber as necessidades dos clientes, desenvolver novos produtos, novos processos, gerenciar sistemas administrativos, saber comercializar e dar assistência técnica aos clientes.

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A qualidade de um produto ou serviço pode aumentar sua competitividade no

mercado, visto que sobre a extensão do conceito de qualidade para

Feigenbaum (1994, p. 8), é a combinação de características de produtos e

serviços referentes a marketing, engenharia, produção e manutenção, através

das quais os produtos e serviços em uso corresponderão às expectativas do

cliente.

6. MUDANÇAS DO AMBIENTE DAS EMPRESAS

O ambiente empresarial, conforme vários pesquisadores podem ser definidos

como o meio que afeta dentro ou fora da organização, também podendo ser

composto por grupos formais ou informais com interesses econômico, social e

cultural.

De acordo com (KOTLER, 2000 p 114). Este ambiente é dividido em micro e macro ambiente, O micro ambiente de marketing ou ambiente tarefa é representado pelos fornecedores, intermediários, concorrentes e o mercado da empresa, e o macro ambiente, é composto pelo conjunto dos ambientes demográfico, econômico, natural, tecnológico, político legal e sociocultural.

Para conhecer a empresa é preciso entender o contexto em que está inserida.

O seu ambiente externo representa um universo com variações que

influenciam internamente conforme a sua atitude. Mas não vivem no vácuo e

nem são auto-suficientes explica Chiavenato (1992 p. 57).

O ambiente é definido como: “tudo aquilo que a empresa não pode controlar, porém que influência a sua atuação, é caracterizado por uma diversidade de situações e atores distintos, como meio ambiente, governos, concorrentes, clientes, mercado, etc..” Dito de outra forma, o ambiente é onde a empresa está inserida, não nos aspectos físicos, nas situações às quais está sujeita, representado pelo que está fora da empresa e que afeta sua existência. (CHIAVENATO, 2007 p.81).

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Alguns sistemas de crenças mantêm nas organizações modernas, certos tipos

de racionalidade (MORGAN, 1996), e estas metodologias coíbem novas ideias

que poderiam ajudar nas melhorias contínuas para atingir a qualidade.

Já Ducker (1988), chega a uma conclusão sobre o perfil do modelo das

organizações no futuro, com uma estrutura mais simples, número de níveis

hierárquicos mais compacto, organização de trabalhado inovadora e mais

flexível.

É importante observar as tendências ou para onde caminha a realidade, visto

que a empresa está inserida em um ambiente onde ocorrem mudanças, e

interage como um sistema aberto (CHIAVENATO, 1992), então é necessário

avaliar de que forma elas afetam as empresas e o que pode ser feito se

adequar a essa realidade.

De acordo com o professor De Paula (2004), podem ser observadas algumas

mudanças significativas no ambiente em que estão inseridas as empresas,

pode-se citar:

• A abertura da economia brasileira, ocorrida a partir de 1990, proporcionou a entrada de produtos importados, que passassem a concorrer diretamente com as empresas brasileiras, pressionando o mercado nacional.

• O crescimento dos negócios pelo aumento dos números de empresas e diversificação da atuação das mesmas fez com que aumentasse a concorrência e a competição entre elas.

• A estabilidade econômica brasileira, analisada a partir do plano real, proporcionou a diminuição e o controle da inflação, eliminando a cultura inflacionaria e o ganho financeiro que havia nas empresas.

• As campanhas educativas, o código de defesa ao consumidor e a evolução em si do mercado fizeram com que os consumidores ou clientes passassem a ser mais exigentes que antigamente.

• A globalização da economia, que representa a atuação das empresas nos vários mercados mundiais, ofertando produtos diversos a preços competitivos face á escala de produção e a o livre comércio.

• Surgiram algumas pressões sociais sobre as empresas, como as negociações trabalhistas, proporcionando um aumento significativo nos salários dos trabalhadores e também a reação das empresas em reduzir os postos de trabalhos para serem competitivas.

• A forte preocupação com as questões ambientais vem exigindo das empresas o controle do seu impacto sobre o ambiente.

• A influência do governo sobre empresas com uma forte carga tributária, em que a quantidade de impostos e taxas que uma empresa deve se preocupar é muito vasta.

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• O “custo Brasil”, compreendido como os encargos que incidem sobre os produtos das empresas brasileiras, relacionadas à impostos, infraestrutura de um país, sindicatos, de transporte e etc..; aumentando os preços praticados após a produção

6.1 Restrições à mudança do ambiente

Alguns fatos que são chamados de restrições ou influências impostas pelo

ambiente, e não dependem do desejo ou ação das empresas, mas elas são

propícias a essas restrições do mercado, devendo se adequar para

continuarem sobrevivendo. (DE PAULA, 2004).

De acordo com Moura (1992, p.59), as restrições atuam submetendo as

empresas nas dificuldades que tendem a diminuir esse espaço, conforme

pesquisas de mercado, pode-se citar:

• Acirrada disputa de mercado entre empresas, provocando a queda dos preços finais.

• Exigências ambientais, submetendo a empresa às pressões da legislação, adoção das normas ISO 14000 (gestão ambiental), entre outras.

• Pressão dos consumidores seja pela crescente exigência dos mesmos ou devido ao Código de Defesa ao Consumidor.

• Impostos elevados que as empresas estão sujeitas, criando condições desfavoráveis para competição mundial.

• Adoção das normas ISO 9001 como exigência de algumas empresas e seus fornecedores.

• Pressão trabalhista devido às reivindicações e atuação de sindicatos dos trabalhadores, legislação trabalhista e outros.

Para Oliveira (1993, p. 149), algumas empresas públicas e de economia mista,

possuem uma tradição em abordar o consumidor como se fosse um objeto,

más já estão solicitando mudanças estruturais e criando programas para visar

uma adaptação e preparo que tratam os clientes com mais respeito humano e

dignidade.

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23

6.2 Atendimento às exigências do cliente

A concorrência acirrada e a maior exigência dos consumidores são os

principais responsáveis pela mudança na mentalidade empresarial. Neves

(2006, p. 75) informa que devido a maior concorrência entre empresas que

oferecem o mesmo produto, o principal fator competitivo entre eles é o

atendimento ao cliente.

Então é importante a presença do “corpo-a-corpo” com o consumidor, uma vez

que ao contrário do que ocorre com produtos e mercadorias, o serviço é

produzido e “vendido” simultaneamente. E o produto, se apresentar defeito de

fabricação, ao passar pelo departamento de controle de qualidade ficará retido

nele, de forma que sempre cheguem ao cliente os aprovados. Com o

atendimento – o serviço, não é bem assim. Nesse caso, nem sempre um erro

pode ser reparado. (KOTLER, 2000)

FERRELL et al, (2000, p.20) Enfatizam a necessidade da perfeita integração das estratégias e planos de marketing com a missão e as metas da organização, e os planos das outras áreas funcionais. “Desenvolver uma estratégia de marketing é impossível sem que as metas e os objetivos organizacionais e de marketing estabeleçam os resultados específicos que devem ser atingidos por meio do plano de marketing”.

Ainda existem empresas que trabalham sem objetivo claro e definido (às vezes

nem o empresário sabe para onde deve caminhar, e qual é o negócio da sua

empresa). Sem rumo, a empresa vai para qualquer lugar, e nem sempre para o

melhor. Isto reflete um despreparo empresarial, que precisa ser reconhecido e

encarado de frente.

Hoje, Qualidade assume um caráter mais amplo (QUALIDADE TOTAL) e,

idealizada por Feigenbaum (1994), pressupõe a interação de todas as áreas da

empresa Diretoria, finanças, pessoal, produção, controle, etc.. em torno de um

objetivo comum, colocar o cliente em primeiro lugar, o que significa

possibilidade de conquistá-lo e de estar à frente da concorrência, e maior será

a luta pela conquista do consumidor.

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24

Conforme Deming (1990, p. 37). A qualidade desejada começa com a intenção, que é determinada pela direção. A intenção tem que ser traduzida para planos, especificações, testes, numa tentativa de oferecer ao cliente a qualidade pretendida, tudo isso é da área de responsabilidade da administração.

Portanto o momento atual exige dinamismo, agilidade e capacitação. Clama-se

por um novo perfil gerencial: profissionais com equilibradas habilidades

técnicas e humanas, que concebem a empresa como um todo capazes de criar

soluções oportunas, em harmonia com o ambiente interno e externo.

6.3 A postura das organizações

As empresas têm uma postura passiva de produzir, estocar, fazer propaganda

e esperar que o cliente vá comprar. Esse tipo de atuação das empresas, obtém

sucesso em casos de pouca concorrência, aumento significativo da demanda

ou exclusividade de mercado. suas interações causais, pois em conjunto

apresentam tanto novas oportunidades como ameaças (KOTLER, 2000).

Somente criar seus produtos e serviços baseados em atributos definidos pelos

clientes não é o bastante. Quando o seu produto ou serviço for criado, o cliente

não percebe nele algum valor, de pouca coisa valeram os esforços

empreendidos pela empresa em produzir algo de qualidade. Fica claro, então,

segundo (Slack 1993), que a qualidade percebida pelo cliente é a que mais

agrega valor ao produto.

No momento em que o cliente faz uso do produto da empresa, mas se não

estiver de acordo com os requisitos dele, o mesmo é considerado de baixa

qualidade, (Crosby 1986). No caso de produtos manufaturados, o mesmo pode

ser trocado ou reparado. Porém, no caso de serviços não há como trocar ou

repará-los. O serviço inadequado causa imagem negativa nos clientes, o que

sem dúvida afeta a atuação da empresa.

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25

O produto ou serviço representa o resultado do processo produtivo da

empresa, que esta utiliza de recursos para deixá-lo em condições de uso. O

cliente é quem irá considera-lo de baixa ou alta qualidade e se atende às suas

necessidades. (DEMING, 1993).

6.4 Conhecer os seus clientes

Conforme Kotler (2000), cliente assinala a uma pessoa, entidade, empresa ou

uma organização que realiza um papel no processo de transação ou troca com

uma empresa ou organização. Ressalta ainda que cliente possui diferentes

papéis no processo de compra.

Segundo Cobra (2001), os clientes são indivíduos que compram regularmente

em uma empresa, onde possuem uma expetativa de um bom serviço, sempre

evoluindo, com uma boa administração, e planos para manter um

relacionamento satisfatório de ambas as partes, eliminando a insatisfação.

As organizações precisam conhecer o seu público alvo, considerando que são

eles que garantem o faturamento dela. Por “conhecer” entende-se saber o que

eles esperam da empresa, do atendimento, da forma de pagamento, da

qualidade do produto, de outras novas necessidades. Assim eles sentirão uma

afinidade que concederá uma sensação de segurança. (KOTLER 2000).

Completa Juran ( 1990, p.45), uma maneira eficaz de levantar quais são as

necessidades dos clientes é comunicar se com ele; uma boa parte dessa

comunicação ocorre com a iniciativa dos clientes; em se tratando dos clientes

externos ocorre sobre forma de um reclamação, reivindicação (incluso nos

processos legais).

Conforme Chiavenato (2005, p. 209), o cliente é a peça principal dentro da

empresa, conhecê-los, não é apenas saber nome, endereço, telefone e e-mail.

Acontecem normalmente que as empresas conhecem seus clientes através de

um número, um código em cadastro e a empresa tem apenas o interesse em

que eles comprem e paguem pelos produtos ou serviços.

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26

Ainda Chiavenato (2005), para entender os seus clientes deve seguir uma

cartilha abaixo:

• Colocar-se no lugar do cliente – exercício freqüente que os colaboradores que atuam diretamente devem fazer para saber : se eu estivesse no lugar do cliente, estaria satisfeito?

• Se a resposta for negativa, devem ser analisadas as causas e tomadas as ações corretivas.

• Pesquisa de mercado – os clientes do mercado alvo de atuação da empresa são pesquisados, seja por meio de entrevistas ou questionários , para saber sua opinião sobre a empresa, seus produtos e suas necessidades. Você pode fazer isso envolvendo a própria equipe de colaboradores da empresa ou contratar uma empresa especializada no assunto.

• Tratamento das reclamações dos clientes – costuma-se dizer que o cliente brasileiro reclama pouco, porém, quando reclama, não tem a devida atenção. Escuta sempre a mesma resposta “Desculpe Senhor, mais eu sou apenas um simples funcionário, e são ordens do gerente.” o problema é que na grande maioria das vezes o cliente está em contato com o simples funcionário e não com o chefe. As reclamações devem ser registradas, encaminhadas aos responsáveis para tomada corretiva e nunca esquecer de dar uma resposta ao cliente.

• Testes com produtos – Nesse modo, a opinião do cliente é conhecida e também a sua percepção de qualidade, colocando o produto em teste pelo cliente. Isso é feito juntamente com uma pesquisa de mercado para observar a receptividade ao produto.

• Canal direto de comunicação – o cliente tem um fácil acesso a empresa, seja via ligação telefônica gratuita, serviços de atendimento ao consumidor, correspondência com porte pago, etc.; o cliente pode se manifestar seja a respeito de reclamações ou elogios, que receberão a devida atenção.

• Reuniões do grupo de clientes – alguns clientes são convidados para opinar sobre os produtos , a empresa , o atendimento , etc.;

Pode-se dizer então que conhecer o cliente significa estudá-lo, acompanhar o

uso dos produtos, fazer pesquisas, preparar a empresa para ouvir a voz do

cliente. Isso deve ser feito de maneira sistêmica, isto é, a empresa deve se

reorganizar para poder interagir com o cliente, e constantemente os clientes

devem ser acompanhados para poder observar mudanças nos seus hábitos.

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6.5 A Relação Empresa e Cliente

Fatos e informações têm mostrado que nesses últimos anos algo extraordinário

está acontecendo na relação do empresário e consumidor: Aproximação. Já

pode-se observar grandes empresários e executivos pessoalmente

consultando seus clientes, com o objetivo de sondar seus desejos e

necessidades, revertendo essas pesquisas em melhorias no atendimento

prestado por suas empresas (CARVALHO, 1999)

As organizações não podem limitar-se a vender seus produtos ou serviços,

precisam pesquisar como os seus clientes os usam e como reagem a eles. Os

produtos podem ser continuamente aperfeiçoados. É um dos segredos e um

dos motivos do sucesso dos japoneses. Se eles vendem um automóvel, ligam

para o consumidor uma ou duas semanas mais tarde e perguntam sobre o que

agradou mais, se houve alguma coisa que não deu certo, se há algum jeito de

fazê-la melhor. “pedem sugestões para as pessoas, assim como pedem

permanentemente para os funcionários” (KOTLER, 2000).

O ponto de partida para satisfazer os clientes é conhecer o que eles querem,

precisam e esperam. O empresário deste século deve apostar numa postura de

interesse pela opinião dos clientes sobre os produtos e serviços oferecidos por

sua empresa. Por outro lado, os clientes precisam colaborar, manifestando

constantemente sua avaliação, reclamando, sugerindo, protestando.

(CARVALHO, 1999).

É importante entender que, mais que um simples conceito de atender os

requisitos e necessidades dos clientes, a qualidade com um Q maiúsculo

representa um modo de gestão dos negócios em busca de seus objetivos, que

focaliza o mercado envolvendo as pessoas que fazem a empresa acontecer.

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7. SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

Produzir os produtos e serviços com qualidade não é uma tarefa fácil. Será

necessário a implantação e desenvolvimento de sistema de gestão da

qualidade nas organizações, para que se garanta o comprometimento de todos

com o objetivo de conquistar a excelência nos processos e produtos da

empresa, possibilitando seu aprimoramento contínuo (FEIGENBAUM, 1994).

A organização como sistema aberto é um conjunto de elementos dinamicamente relacionados que desenvolvem uma atividade para atingir determinado objetivo ou propósito. Todo sistema opera sobre matéria, energia ou informação obtidas do ambiente que se constituem os insumos ou entradas de recursos necessários para que o sistema possa operar. Chiavenato (1992, p. 48).

7.1 Sistema

Sistema é um conjunto de partes que interagem e se interdependem, formando

um único todo com objetivo propósito em comum, efetuando sinergicamente

determinada função. Ele é composto de sistemas menores denominados

subsistemas, que estão sequencialmente dependentes uns dos outros, como

se fossem elos de uma corrente. O desempenho de cada uma dessas partes

define o sucesso do sistema maior e, se um deles falhar, compromete-se o

desempenho de todos.

De acordo com Feigenbaum (1994), Os sistemas da qualidade são um

conjunto de elementos dinamicamente inter-relacionados, formando uma

atividade que opera sobre entradas e, após processamento transforma-as em

saídas, visando sempre ao objetivo de assegurar que seus produtos e diversos

processos satisfaçam às necessidades dos usuários e às expectativas dos

clientes externos e internos.

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29

7.2 Requisitos Gerais

Assegurar que os serviços oferecidos estão em conformidade com os

requisitos especificados e tem estabelecido, documentado, implementado e

mantido o seu Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ, baseado na Norma

ISO 9001:2008, procurando melhorar constantemente sua eficácia pelas

atividades executadas pelo SGQ.

.

Disponibilizar recursos e informações necessárias para apoiar a operação e

monitoramento dos processos. Adotar um manual que inclui instruções,

procedimentos, critérios e métodos necessários para assegurar que a operação

e controle dos processos sejam eficazes.

Monitorar os processos para que quando aplicável, sejam medidos, e os

resultados obtidos deverão ser devidamente analisados, podendo haver

implementações para eliminação, correção e prevenção de não-conformidades

dos produtos ou serviços não conformes.

7.3 Principais ferramentas e termos empregados no Sistema de

Gerenciamento da Qualidade

Conforme Oliveira et. Al (2004), existem diversas ferramentas desenvolvidas

para facilitar o trabalho daqueles que são responsáveis pela condução de um

processo, de planejamento ou análise para solução de problemas, será

explicado uma breve definição sobre eles vejamos:

• Fluxograma – representação gráfica destinada ao Registro das diversas etapas que constituem um determinado processo, facilitando sua visualização e análise.

• Brainstorming – também conhecida como tempestade de ideais destina-se à geração de ideias ou sugestões criativas que rompam os limites/paradigmas dos membros da equipe e permitam avanços significativos na busca de soluções.

• Diagrama de Causa-Efeito – estrutura gráfica que permite a organização dos dados, possibilitando a identificação das possíveis causas de um determinado problema ou efeito.

• Gráficos – são destinados à síntese de apresentação dos dados, permitindo que sejam mais facilmente interpretados.

• Plano de Ação – é a ordenação das etapas Críticas de um processo de planejamento.

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30

Alguns termos são amplamente empregados no ambiente do Gerenciamento

da Qualidade, vejamos:

• Processo – recursos e atividades que transformam insumos e

produtos(serviço).

• Produto (serviço) – resultado de atividade ou processo.

• Cliente – destinatário de um produto ou serviço.

• Fornecedor – organização ou pessoa que fornece um produto.

• Auditoria da qualidade - simulação realizada antes da primeira auditoria.

• Auditoria da qualidade – exame sistemático e independente para

determinar as atividades da qualidade e seus resultados estão de acordo

com as disposições planejadas, se estas foram definitivamente

implementadas e se são adequadas à consecução dos objetivos.

• Organismo certificador – organização credenciada a emitir certificação de

qualidade de acordo com uma determinada norma.

8. NORMA REGULAMENTAÇÃO

A ISO é conhecida como a International Organization for Standardization

(Organização Internacional para Normalização) fundada em 1947, sediada em

Genebra na Suíça. A sigla ISO é uma referência à palavra grega ISO, que

significa igualdade. O propósito da ISO é desenvolver e promover normas e

padrões mundiais que traduzam o consenso dos diferentes países do mundo.

A ISO trabalha com centenas de Comitês Técnicos (TC) e milhares de

subcomitês e grupos de trabalho. No Brasil é representada através da ABNT -

Associação Brasileira de Normas Técnicas. A ISO é um sistema normativo

internacional de Gestão da Qualidade assegurada, cuja principal atividade é a

de elaborar padrões para especificações e métodos de trabalho nas mais

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31

diversas áreas da sociedade. As normas ISO são revisadas a cada 05 anos. A

primeira revisão ocorreu em Julho de1994 e a segunda em Dezembro de 2000.

A norma NBR ISO 9002/94, em específico, trata de requisitos de sistemas da

qualidade que podem ser utilizados para fins de garantia da qualidade externa

em produção, instalação e serviços. Vejamos quais são estes requisitos:

Responsabilidade da alta administração

• Comprometimento da alta administração (Manual da Qualidade).

• Definir responsabilidades (Manual de Descrição das Funções).

• Fazer análises críticas do Sistema da Qualidade.

• Elaborar e disseminar uma política da Qualidade.

Sistema da Qualidade

• Manual da Qualidade.

• Estabelecer procedimentos, processos e projetos apropriados para cada

atividade (planejamento).

• Estabelecer procedimentos de auditoria internas da qualidade.

Análise crítica do contrato

• Compreender as necessidades e expectativas dos clientes.

• Ter recursos para atender a essas necessidades.

• Registrar e documentar os contratos fechados entre cliente e fornecedor.

Controle do projeto (Aplicável a NBR ISO 9001).

• Envolve todos os projetos desenvolvidos

• Projetos devem ser planejados envolvendo:

• Responsabilidade do projeto

• Desenvolvimento

• Preparação

• Recursos envolvidos

• Execução

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32

• Documentação

Controle de documentos e dados

• Todas as atividades importantes para a qualidade deverão ser

documentadas.

• Todos os documentos devem ser aprovados para serem emitidos.

• Documentação alterada, revista ou modificada devem ser aprovadas e

documentadas.

• Eliminar documentos desatualizados.

Aquisição

• Avaliação e seleção de empresas – fornecedores qualificados.

• Qualidade nos produtos adquiridos.

• Pedidos de compra devem ser verificados.

• Adequação das necessidades.

Controle de produto fornecido ao cliente

• Cliente fornece um material para se trabalhado no fornecedor.

• Este material deverá sofrer cuidados para não ser danificado.

• Se for danificado identificar problemas, responsabilidades, soluções e

documentação.

• Emitir relatório ao cliente.

Identificação e rastreabilidade do produto

• Identificar e rastrear o produto desde a aquisição até a instalação /

utilização. (Registros, contratos ).

Controle de processos

• Recomenda-se a execução dos processos documentados.

• Utilizar no ambiente de trabalho normas, procedimentos, instruções de

trabalho, registros, etc.

• Acompanhar continuamente a execução dos procedimentos.

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33

Inspeção e ensaios

• Definição de procedimentos para verificação do atendimento dos requisitos

especificados para produtos e serviços antes, durante e depois de

fornecidos. (conferência, amostragem).

Controle de equipamentos de inspeção, medição e ensaios

Os equipamentos de inspeção, medição e ensaios devem ser controlados e

calibrados.

Situação de inspeção e ensaio

• Meios adequados devem identificar a situação da inspeção e ensaios do

produto, indicada a sua conformidade ou não, assegurando que somente

produto aprovado conforme requerido seja explicado, utilizado ou instalado.

Controle de produto não conforme

• Produtos com falhas devem ser identificados e segregados.

• A falha deve ser analisada e registrada a não conformidade.

Ação corretiva e preventiva

• Não-conformidades ocorridas devem ser corrigidas de imediato

(disposição), terem suas causas identificadas e eliminadas, terem sua

reocorrência bloqueada de com abrangência (ação corretiva).

• Ação estabelecida com o propósito de evitar não-conformidades.

Controle de registros da qualidade

• Manter registros adequados aos processos desenvolvidos.

• Devem ser arquivados de maneira adequada para evitar extravios e danos.

• Devem ser mantidos durante tempo determinado.

Auditorias internas da qualidade

• Avaliação da eficácia do sistema da qualidade da empresa.

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34

• Identificar não-conformidades.

• Verificação de execução de todos os procedimentos definidos.

• Avaliação de ações corretivas aos problemas verificados.

• Os resultados das auditorias internas devem ser parte integrante da análise

crítica pela Administração.

Treinamento

• Identificar as necessidades de treinamento

• Buscar a qualificação e a melhoria dos recursos humanos

Serviços associados

• No caso em que a prestação de serviços é uma exigência específica, deve

haver procedimentos para sua execução, verificação e relato quanto ao

atendimento dos requisitos especificados (pesquisa de satisfação,

atendimento a reclamações).

Técnicas estatísticas

• Ferramentas para controlar e melhorar os processos, as características dos

produtos e o sistema da qualidade.

9. BENEFÍCIOS OBTIDOS COM A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL

A implantação da Gestão da Qualidade Total trará benefícios tais como:

• Conduz à percepção holística do trabalho.

• Melhora sensivelmente o ambiente de trabalho.

• Incentiva o trabalho em equipe e o aprendizado mútuo.

• Reduz o retrabalho e favorece o uso racional de recursos.

• Favorece o melhor aproveitamento de tempo.

• Leva o estabelecimento a priorizar as metas da organização.

• Possibilita uma completa organização no trabalho.

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35

• Introduz clareza de papéis e grande responsabilidade nos processos da

organização.

• Permite o amplo conhecimento dos resultados das organizações.

• Possibilita a definição, análise e estabelecimento de contra medidas para o

bloqueio das causas geradoras de maus resultados.

• Cria melhor condições e facilidades para o planejamento estratégico

compartilhado.

• Gera possibilidade de manutenção do domínio tecnológico através da

padronização.

• Possibilita a identificação e solução de problemas através do PDCA de

solução de problemas.

• Traz a melhoria de todos os serviços prestados pela organização.

9.1 Solução de problemas e Gestão da Qualidade Total

Apesar da série de resultados desejáveis, que se precisa resolver, solucionar

problema é melhorar um resultado ruim até um nível razoável. As causas do

problema são investigadas levando-se em consideração os fatos, e a relação

causa-e-efeito é analisado com bastante precisão.

O gerenciamento de qualquer organização requer um método, ou seja, uma

sequência lógica de procedimentos para que as metas propostas possam ser

atingidas ou os problemas possam ser resolvidos. De acordo com Falconi

(2004, p. 47), “problema é um resultado indesejável de um processo”.

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36

Na GQT o método gerencial mais utilizado é o Ciclo PDCA. É um importante

conceito da gestão da qualidade total, idealizado por Deming (1982), o ciclo

PDCA, têm origem nas iniciais de 4 palavras inglesas : plan (Planejar) , do

(Fazer), control (Controlar) e action (Agir). É a forma como este método é

conhecido e identificado em muitos países. Ele é composto de fases básicas:

P – PLAN (Planejamento): Estudar um processo e planejar seu aprimoramento.

D – DO (Execução): Implementar a mudança.

C – CONTROL (Controlar): Observar os efeitos.

D – ACTION (Ação): Estudar os resultados.

As etapas do PDCA são dividas da seguinte forma:

• Identificação do problema – definir claramente o problema e reconhecer sua

importância.

• Observação – Investigar as característica especificas do problema com um

a visão ampla e sob vários pontos de vistas.

• Análise – descobrir as causas fundamentais.

• Planejamento da ação – fazer um plano de ação para bloquear as causas

fundamentais.

• Ação – executar o plano para bloquear as causas fundamentais.

• Verificação – verificar se o bloqueio foi efetivado.

• Padronização contra o reaparecimento do problema.

• Conclusão – recapitular todo o processo de solução do problema visando o

trabalho futuro.

A Gestão da Qualidade Total consiste essencialmente em atender as

necessidades das pessoas (clientes), garantir o atendimento e melhorá-lo

continuamente com a participação de todas as pessoas da organização, cada

qual assumindo suas responsabilidades. Para dar suporte a esse modelo

gerencial é fundamental utilizar o Método Gerencial PDCA aplicado à solução

de problemas.

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37

A utilização do PDCA para solução de problemas, tem lugar tanto na

manutenção como na melhoria dos padrões. Os benefícios alcançados serão a

solução de problemas mais rápidos, de forma cientifica, mais efetiva e

consequentemente os membros de uma equipe, ao internalizarem essa

metodologia científica, serão capazes de solucionar seus problemas dentro de

sua própria área de responsabilidades. Adicionalmente, poderão realizar

grandes melhorias em suas habilidades pessoais.

Fundamentos da Solução de Problemas :

• Ter vontade

• Ter a determinação de que o problema pode ser selecionado

• Ter modéstia e humildade

• Ser organizado e disciplinado

• Buscar um equilíbrio com o custo

• Enfatizar o local de trabalho e objetos reais

• Acumular experiências

• Raciocinar em grupo.

10. CONCLUSÃO

Atualmente o gerenciamento moderno, com o emprego da qualidade como

ferramenta de administração, visa primordialmente o atendimento das

necessidades das pessoas. Numa empresa, este princípio resume-se em

atender as necessidades dos clientes, de seus funcionários e de proprietários.

A qualidade de um serviço é, sem dúvida, essencial ao perfeito funcionamento

de qualquer empresa. Assim, quando se fala de um serviço de qualidade está

se referindo à plena satisfação do cliente. E o segredo para isso é concentrar-

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38

se profundamente nas necessidades e nos desejos dos clientes, criando um

serviço que atenda ou exceda suas expectativas.

A Gestão de Qualidade Total é uma filosofia gerencial que auxiliará as

instituições a melhorarem a qualidade de seus trabalhos, através de um

enfoque nas suas atividades administrativas. Um sistema gerencial que

possibilitará a introdução de mudanças substanciais. Isto significa que a GQT

não interferirá na criatividade da empresa, pelo contrário, será um importante

elemento de auxilio no aprimoramento em todas as suas atividades.

A Gestão da Qualidade Total não é, nem contém uma nova proposta

administrativa. Não se trata de algo que venha ocupar um espaço novo, mas

substituir o modelo gerencial ainda em uso, por outro modelo mais humano,

mais participativo e mais motivador e que virá auxiliar extraordinariamente o

trabalho dos profissionais em suas diversas áreas.

Ao contrário dos sistemas gerenciais, tradicionalmente adotado nas

instituições; a Gestão da Qualidade Total estabelece condições ideais para que

todas as pessoas, quaisquer que sejam seus níveis hierárquicos e as funções

que exerçam nos diversos setores, se capacitem para planejar e gerenciar seu

próprio trabalho. Cada pessoa recebe treinamento especifico para resolver,

participando de equipes, os problemas que dificultem ou impede que as

instituições atinjam seus objetivos e metas para cuja fixação todos de modo

contribuíram.

Observamos com o trabalho, que um dos pontos fortes da filosofia da Gestão

da Qualidade Total, está na decisão baseada em fatos e dados. Para gerenciar,

é preciso medir os resultados das ações. Quem não mede não gerencia,

porque fica impossibilitado de verificar se o resultado da ação gerencial está de

acordo com o planejamento inicial e nenhuma ação corretiva pode ser tomada.

Aplicando a GQT, elimina-se a faculdade de “achar” e passar-se a usar outros

recursos mais eficazes da inteligência, como as faculdades de pensar,

raciocinar, observar, discernir, entender, etc..

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39

A maioria dos programas de GQT, no Brasil, está apenas no começo. Mesmo

assim, já são comprovados inúmeros benefícios para as empresas que

iniciaram o processo de implantação. Os resultados parciais são, por si só,

fatores efetivos de motivação para iniciar um programa de GQT. Mas eles não

devem ser vistos de forma isolada, pois, no fundo, o que está se querendo é

melhorar intensivamente o produto final do sistema, que é a empresa.

O problema do Grupo SEI, evidencia a abrangência, a importância e o

alinhamento mercadológico, devido ser uma empresa de pequeno porte, de um

segmento em fase de constante crescimento, preocupou-se em buscar um

referencial de qualidade, e emprega a qualidade total além de uma ferramenta

administrativa também estratégica para o mercado competitivo.

11. REFERÊNCIAS

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