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Projeto Político Pedagógico

MONTEIRO et al. Projeto Político Pedagógico do Jardim Botânico Plantarum

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Projeto Político Pedagógico do Jardim Botânico Plantarum, elaborado em 2011.

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ProjetoPolítico

Pedagógico

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Apresentação 3

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Índice

Apresentação .....................................................................................................................3

EIXO SITUACIONAL

Caracterização do Jardim Botânico Plantarum .................................................................9

Conservação .................................................................................................................... 11

Pesquisa ........................................................................................................................... 14

Gestão ambiental ............................................................................................................ 21

Gênese da educação ambiental na instituição ................................................................. 22

Caracterização de Nova Odessa ....................................................................................... 26

EIXO CONCEITUAL

O valor dos Jardins Botânicos ......................................................................................... 35

Matriz conceitual ............................................................................................................ 40

Estimativa de público ...................................................................................................... 41

Público foco ..................................................................................................................... 41

Matriz de princípios ........................................................................................................ 42

Diretrizes para a Educação Básica ................................................................................... 43

Matriz epistemológica ..................................................................................................... 45

Matriz temática ............................................................................................................... 46

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Apresentação4

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

EIXO OPERACINAL

Síntese do Programa de Educação Ambiental ................................................................ 49

Objetivos do Grupo de Educação Ambiental ................................................................. 50

Objetivo principal ............................................................................................................ 50

Proposta inicial de atividades .......................................................................................... 51

Atividades para a equipe funcional .................................................................................. 51

Atividades regulares para o público externo ..................................................................... 51

Termo de referência para visitas escolares ........................................................................ 53

Planejamento ................................................................................................................... 54

Regulamento de uso público ........................................................................................... 57

Plano de comunicação ..................................................................................................... 60

Guia impresso de visitação .............................................................................................. 61

Painéis interpretativos ...................................................................................................... 62

Desenvolvimento ............................................................................................................. 64

Cronograma .................................................................................................................... 65

Plano de ações estratégicas .............................................................................................. 66

Plano de metas para 2012 ................................................................................................ 69

Monitoramento e avaliação ............................................................................................. 70

Análise quantitativa ......................................................................................................... 72

Análise de impacto da visitação ....................................................................................... 72

Monitoramento de resíduos ............................................................................................. 73

Equipe técnica ................................................................................................................. 74

Fontes consultadas ........................................................................................................... 75

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Apresentação 5

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

APRESENTAÇÃO

Esta versão inicial do Projeto Político Pedagógico (PPP) é uma construção coletiva realizada pela equipe do Jardim Botânico Plantarum ( JBP) em 2011.

Reúne uma coletânea de propostas para minimizar custos, subtrair empecilhos, somar idéias, organizar e dividir tarefas, além de multiplicar oportunidades de pensar, praticar e difundir o programa a ser desenvolvido pelo Grupo de Educação Ambiental do JBP.

Preliminarmente, cumpre a função de sistematizar os dados necessários ao planejamento, implantação, avaliação e aprimoramento contínuo do programa educacional. Apresenta tam-bém os resultados preliminares de atendimento ao público.

Uma via impressa será enviada ao Sistema Nacional de Registro de Jardins Botânicos visando atender à exigência para enquadramento e categorização, relativa ao item VII – Programa de Educação Ambiental.

“Projeto político pedagógico é o plano global da instituição. Pode ser entendido como a sistema-tização, nunca definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar.’’ (VASCONCELOS, 2004)

Portanto, o presente PPP é um documento vivo, que intervirá como norteador e dinamizador. Espera-se que sua apreciação influencie positivamente na atuação de toda a equipe do JBP e especialmente na práxis da equipe educacional.

Sua essência textual foi aproveitada para impressos, para o portal da instituição na internet e servirá também como base para o material didático de apoio aos professores.

Desde sua elaboração almejou-se oferecer à leitura em linguagem acessível, mesmo para lei-gos, um instrumento útil para despertar curiosidade e criatividade, que amplie a percepção das possibilidades de mediação do conhecimento entre as pessoas, o acervo botânico e os demais suportes didáticos da instituição, no decorrer de seu funcionamento.

São as principais fontes consultadas nessa investigação: Política Nacional de Educação Am-biental - Lei n° 9795, de 27/04/1999; Resolução n° 422 - 23/03/2010 - Conselho Nacional de Meio Ambiente; Diretrizes para Educação Ambiental em Jardins Botânicos Botanic Gar-den Conservation International (BGCI), cuja versão em português foi publicada em 2003 pela Rede Brasileira de Jardins Botânicos (RBJB) e o Plano de Ação para os Jardins Botânicos Brasileiros – 2010, também publicado pela RBJB.

Mesmo não sendo a panacéia capaz de solver todos os problemas globais, crê-se na educação como um dos mais nobres veículos de mudança, um direito inalienável do ser humano, mas que não age isoladamente.

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Apresentação6

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Parafraseando Albert Einstein: “O mundo não vai superar sua crise atual usando o mesmo pen-samento que criou essa situação” .

Deduz-se que não é frutífero fazer algo sempre do mesmo modo e esperar a cada vez um re-sultado diferente. Portanto a sociedade atual requer a educação ambiental, em todos os níveis, de forma que se possa corrigir a trajetória de degradação do habitat que se tem vivenciado.

A educação ambiental é um “processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, habilidades, experiências, valores e a determinação que os tornam capazes de agir, individual ou coletivamente na busca de soluções para os problemas ambientais, presentes e futuros”. (UNESCO, 1987).

Destarte, a educação ambiental deve ser amplamente reconhecida como parte indissociá-vel do movimento social contemporâneo, e imprescindível para a [re] discussão da relação sociedade-natureza com vistas à construção de uma cidadania integral, ecológica e planetária.

É possível uma perspectiva mais saudável para o presente e o futuro da civilização. Algumas ações humanas sobre o ambiente e a biodiversidade precisam ser repensadas e alteradas, in-cumbindo também aos educadores atuantes nos Jardins Botânicos, proporcional responsabi-lidade para motivação de pessoas dispostas à construção do ambiente ideal.

A mídia divulga, com efeito, que cada pessoa pode colaborar diariamente, com ações simples. No entanto, esse conhecimento ainda precisa ser mais amplamente difundido, preferivelmen-te em grupos, capazes de propagar entre as pessoas a importância da conservação das plantas e do ecossistema, para a manutenção da paz e da vida terrena saudável.

Ao tornar público esse trabalho, a equipe do Jardim Botânico Plantarum crê colaborar para difundir a importância da educação ambiental.

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Eixo Situacional

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Eixo Situacional 9

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Caracterização

Situado na área urbana de Nova Odessa (Região Metropolitana de Campinas, a cerca de 120 km da Cidade de São Paulo – SP), o JARDIM BOTÂNICO PLANTARUM é um centro de referência em pesquisa e conservação da flora brasileira.

Foi idealizado a partir de 1990, por iniciativa do engenheiro agrônomo e botânico brasileiro Harri Lorenzi.

Com objetivo de contribuir para a conservação da flora brasileira, o pesquisador percorreu, por mais de 30 anos, a maior parte dos ecossistemas da América do Sul, em expedições científicas realizadas pelo Instituto Plantarum e parceiros, destinadas ao conhecimento e à conservação das plantas ameaçadas de extinção.

Como resultado de seu trabalho, publicou a quase totalidade dos livros sobre identificação de plantas em estilo popular no Brasil e se sentiu motivado a apresentar ao público o acervo botânico vivo, fruto originado de sua pesquisa.

Em 1998, o Instituto Plantarum de Estudos da Flora adquiriu como sede, uma área de 10 hectares, anteriormente ocupada por uma fábrica de lançadeiras (peças feitas em madeira para uso na indústria têxtil). O terreno passou então a receber tratamento paisagístico e am-biental, sendo estruturado para o desenvolvimento das pesquisas científicas e para o cultivo sistemático das coleções botânicas em formação.

Em 2007, com um grupo inicial de 16 associados de diversas formações, foi fundado o Jardim Botânico Plantarum, que é uma organização não governamental, de caráter privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos são o estudo e a preservação da biodiversidade vegetal brasileira e do meio ambiente, através de ações educacionais e de pesquisa.

Desde então o número de associados e apoiadores vem aumentando e atualmente o Jardim Botânico Plantarum conta com mais de 50 associados, o que colabora para o desenvolvimen-to de diversos projetos, dentre os quais: conservação de espécies ameaçadas, intercâmbio de acervo vivo com outros jardins botânicos, identificação de novas espécies, publicação de arti-gos científicos, apoio técnico a entidades congêneres e o Programa de Educação Ambiental.

Atualmente o acervo botânico vivo é constituído por mais de 3600 espécies vegetais, predo-minantemente de plantas nativas do Brasil.

O JBP foi reconhecido pela Comissão Nacional de Jardins Botânicos, enquadrado na cate-goria C provisório, conforme Diário Oficial da União de 04/03/2010. Aberto ao público em 2011, o JBP está apto a estabelecer diversas parcerias com pessoas físicas, empresas, poder público e outras instituições.

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Eixo Situacional10

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Identidade

Plantarum é uma palavra em latim, que significa relacionado às plantas. Sua escolha destaca a ocupação principal da entidade no cuidado com a biodiversidade vegetal.

A logomarca da instituição tem como elemento central a rampa de acesso à recepção, guar-necida por um conjunto de dez palmeiras Syagrus oleracea (Mart.) Becc.

Ao fundo, a fachada frontal do prédio administrativo - cuja concepção arquitetônica é ins-pirada nas sedes de fazendas cafeeiras comuns na região até o século XIX – enaltece a im-portância da reconstrução e valorização da paisagem cultural, da qual a biodiversidade é indissociável.

Nosso lema Conhecer para preservar! reflete o propósito institucional de estudar e preservar a biodiversidade vegetal brasileira e o meio ambiente, através de ações educacionais e de pesquisa.

Missão do Jardim Botânico Plantarum

“Desenvolver e apoiar estudos taxonômicos e conservacionistas com o maior número possível de grupos botânicos da flora brasileira através da organização e manutenção de

coleções vivas e conservação dos recursos genéticos, fornecendo suporte para pesquisadores, em diversos níveis”.

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Eixo Situacional 11

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Conservação ex-situ

Literalmente, conservação ex situ significa conservar fora do lugar de origem. Este é um dos métodos de conservação de espécies de plantas em perigo de extinção quando os seus habitats naturais estão ameaçados (áreas destinadas a construção de barragens, rodovias, exploração de minério, exploração agrícola autorizada, etc). Consiste basicamente em obter autorizações dos órgaos responsáveis, empreender expedições científicas e proceder ao resgate de propágulos (sementes, rizomas, estacas, etc.) das espécies ameaçadas. Na expedição de resgate, as plantas coletadas são apropriadamente acondicionadas e poste-riormente levadas ao Jardim Botânico Plantarum, onde são cultivadas em condições similares às do habitat onde estavam. Em alguns casos (quando a disponibilidade permite) também é feita a prensagem e desi-dratação de partes da planta, dando origem a uma exsicata, que será depositada no herbário, juntamente com dados relativos àquele exemplar, que são muito úteis na pesquisa científica. Desde a coleta de resgate, as plantas são monitoradas, possibilitando a pesquisa sobre as técnicas de manejo ideais para seu pleno desenvolvimento e propagação, aumentando dessa forma as chances de obter sucesso no cultivo e reduzindo o risco de extinção da espécie res-gatada. De acordo com a Estratégia Global para a Conservação de Plantas, uma das prioridades voltadas a reduzir os riscos de extinção de espécies ameaçadas é o intercâmbio de material propagativo entre Jardins Botanicos. Além de tornar possível ao público conhecer e aprender mais sobre as plantas das mais va-riadas regiões, atualmente diversos Jardins Botânicos em todos os continentes se dedicam à pesquisa e conservação de plantas ameaçadas, o que possibilita inclusive, a reintrodução de exemplares de espeécies ameaçadas em áreas naturais, onde as populações dessas plantas já se tornaram raras ou escassas.

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Eixo Situacional12

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Acessos

Todo material botânico acolhido na instituição é registrado com uma seqüência numérica, chamada de número de tombo.

Esse número de tombo é permanentemente associado àquele material, configurando o que se chama de acesso.

O acesso e seu número de tombo são partes importantes do processo de conservação, já que revelam dados peculiares sobre a data de coleta, a data de chegada para cultivo, o local onde será cultivado, as informações do local onde o material foi coletado, ou o remetente (no caso de intercâmbios com outras instituições), bem como define as orientações específicas reque-ridas para seu cultivo.

Após o tombamento e a anotação das informações básicas no livro de tombo, gera-se uma placa, que será associada ao material botânico.

A placa permanece afixada junto ao vegetal e em caso de perda (morte) do exemplar, o nú-mero de tombo não poderá ser utilizado novamente.

Mesmo na ausência de dados taxonômicos completos (gênero, espécie, família, etc.), cada acesso é reconhecido pelo seu número de tombo.

A inserção de outros aspectos relevantes, no banco de dados, pode ocorrer mesmo após o tombamento.

Após devidamente tombado e plaqueado, o material fica em condições de seguir para o vi-veiro ou para o jardim e passa a fazer parte do cadastro do Acervo Vivo do Jardim Botânico Plantarum.

Quando encaminhadas ao JBP, as plantas recebem o devido tratamento fitossanitário e de climatização, a fim de prevenir e curar enfermidades. São então devidamente cultivadas em condições similares ao ambiente natural.

Ocorre também o tombamento físico (instalação da placa com o código próximo ao indiví-duo) e o tombamento informatizado, lançando-se as informações referentes ao acesso em um banco digital de dados.

O Acervo Vivo do Jardim Botânico Plantarum compreende a aproximadamente 4000 aces-sos (janeiro / 2012), com exemplares de aproximadamente 3600 espécies / formas / híbridos de plantas vasculares.

A lista atualizada do acervo vivo é disponibilizada no portal do JBP.

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Eixo Situacional 13

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Acervo botânico

O acervo botânico do Jardim Botânico Plantarum é constituído por coleções vivas e amostras herborizadas.

Em constante crescimento, a coleção viva é constituída por mais de 3600 táxons, cuidadosa-mente identificados, principalmente da flora brasileira, o que representa mais de 185 famílias botânicas.

Parte da coleção viva de plantas é disposta em ambientes paisagísticos, para acesso ao público. A área de visitação pública, com 80 mil m², distribui-se entre jardins temáticos, lagos, bos-ques, e canteiros com acesso entre caminhos sinuosos.

Outra parte do acervo vivo da instituição exige tratamento intenso e ambiente com controle de temperatura, umidade e luminosidade, por isso algumas plantas são cultivadas em casas de vegetação (estufas e telados), com acesso restrito à equipe de manutenção e pesquisadores credenciados.

Principais famílias botânicas pesquisadas e cultivadas pela instituição:

Arecaceae – com mais de 530 espécies de palmeiras, distribuídas em 106 gêneros; dos quais 34 gêneros e 280 espécies são nativas da flora brasileira;

Araceae – cuja coleção conta com mais de 430 espécies. São plantas conhecidas popularmen-te por antúrios, imbés, guaimbês, taiobas, comigo-ninguém-pode, milho-de-cobra, etc.

Begoniaceae – mais de 270 espécies de begônias.

Gesneriaceae – coleção com mais de 200 espécies.

Leguminosae - mais de 270 espécies.

Outras famílias são também representativas, não só pelo número de espécies pesquisadas, mas também pela diversidade de espécies endêmicas e cujo ambiente sofre considerável pres-são antrópica, dentre elas:

Acantáceas, passifloráceas, bignoniáceas, amarilidáceas, cactáceas, bromeliáceas, orquidáceas, aristoloquiáceas e Zingiberales (marantaceae, costaceae, heliconiaceae, cannaceae).

É especial motivo de orgulho para a equipe do Jardim Botânico Plantarum, o privilégio de tornar acessível ao público uma das maiores coleções de árvores nativas do Brasil, com mais de 800 espécies.

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Eixo Situacional14

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Pesquisa

Projeto Flora Brasileira

Este projeto de longo prazo, iniciado há vários anos, pretende estudar, catalogar e divulgar através de publicações populares, todas as espécies até então conhecidas dos principais grupos da flora brasileira, tendo já publicado neste ano seu primeiro volume que trata das palmeiras (Arecaceae). Os principais grupos atualmente em estudo são:

Zingiberales (marantaceae, cannaceae, heliconiaceae, costaceae e zingiberaceae).Coordenador: Harri LorenziParticipantes: Harri Lorenzi, Dr. Eduardo Gonçalves (Inhotim) e Antonio Campos Rocha Neto

Passifloraceae

Coordenador: Dr. Luis Carlos Bernacci (IAC)Participantes: Harri Lorenzi e Fernando Machado Campos Aristolochiaceae

Coordenador: Dr. Vinicius Castro Souza (USP)Participantes: Harri Lorenzi e Thiago Flores Araceae

Coordenador: Dr. Eduardo Gonçalves (UFMG)Participante: Harri Lorenzi Amaryllidaceae

Coordenadora: Dra. Joly DuthiParticipantes: Harri Lorenzi e Mauro Peixoto

Begoniaceae

Coordenador: Dra. Eliane Jacques (UFRRJ)Participantes: Harri Lorenzi Gesneriaceae

Coordenador: Dr. Allain Chautens ( Jardim Botânico de Genebra)Participantes: Harri Lorenzi e Mauro Peixoto. Acanthaceae

Coordenador: Dra. Cynthia Kameama (Instituto de Botânica)Participante: Harri Lorenzi e estudantes de pós graduação do Instituto de Botânica

Bignoniaceae

Coordenadora: Dra. Lúcia Lohmann (USP)Participantes: Harri Lorenzi e estudantes de pós graduação da USP

CactaceaeCoordenador: Gerardus Olsthoorn Participantes: Harri Lorenzi

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Eixo Situacional 15

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Herbário HPL

Um herbário é uma coleção científica de plantas secas, organizadas e preservadas segundo um sistema determinado. Os herbários tem fundamental importância como material de pesquisa para todas as áreas da ciência que utilizam os vegetais em seus estudos.

Porém, até fazer parte do acervo de um herbário, uma planta amostrada passa por várias eta-pas, a começar pela localização de um exemplar fértil, isto é, apresentando flores ou frutos, muito importantes para a identificação da espécie, e em bom estado de conservação. Para confeccionar o material de seu estudo o botânico então seleciona amostras da planta – quando possível a toma por completo, inclusive com suas raízes e eventuais estruturas de reserva. O material selecionado passa pelo processo conhecido como herborização, quando é prensado e desidratado – seco sob pressão, entre folhas de jornal ou outro tipo de papel absorvente, em pranchas de madeira, tecnicamente chamadas de prensas. Após a secagem, o material é fixado em folhas de cartolinas de tamanho padrão, juntamente com uma etiqueta contendo as informações sobre a espécie – em especial características que irão se perder ou alterar com o processo de secagem, como odor e cor das flores, frutos ou mesmo folhas, além de dados como hábito (árvore, arbusto ou erva), estágio de desenvol-vimento ou presença de polinizadores, a exemplo de abelhas e vespas. As etiquetas ainda incluem o nome e número do coletor, data e observações sobre o ambiente de coleta. A amostra obtida é chamada exsicata, a unidade básica da coleção de um herbário. Ela é então numerada antes de ser incorporada ao acervo. Posteriormente as exsicatas são acondi-cionadas e arquivadas em armários de metal, hermeticamente fechados, em ambiente com temperatura e umidade controladas, a fim de se evitar a proliferação de insetos e fungos que podem danificar a coleção, contribuindo com sua preservação para estudos futuros por cen-tenas de anos. As coleções de herbário atuam como verdadeiros bancos de informações sobre a flora e são as bases do conhecimento sobre sua composição, distribuição e conservação, desempenhando duas funções essenciais no processo de geração do saber, uma vez que são as fontes primárias de material para diversos estudos e, por outro lado, servem como testemunho destes estudos. Como centro de referência material, os herbários são indispensáveis para a identificação cien-tífica de plantas para distintos pesquisadores, a exemplo dos taxonomistas, ecólogos, conser-vacionistas e ambientalistas – a correta identificação é sempre o primeiro passo no acesso às informações relacionadas à determinada espécie, permitindo o diálogo entre cientistas de áreas do saber ou regiões do mundo distintas. Os herbários ainda são o mais poderoso instrumento para o conhecimento sistemático e a compreensão das relações fitogeográficas e evolutivas da flora de uma determinada região. Através de suas coleções podem também ser obtidas amostras para análises químicas ou

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Eixo Situacional16

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genéticas, dados a respeito da morfologia, fenologia e ecologia das espécies vegetais, funda-mentais a inúmeras pesquisas em distintas áreas da ciência. Um herbário serve como depositário de coleções históricas notáveis – tipos nomenclatu-rais, coleções citadas nos trabalhos clássicos ou identificadas por distintos especialistas, com diferentes posicionamentos ao longo dos anos – e é especialmente útil na documentação permanente da composição florística de regiões que foram alteradas ou devastadas; o que comprova o valor e a versatilidade dessas coleções científicas e as coloca definitivamente no centro dos esforços para a conservação de espécies. Muitas das informações que os herbários tornam disponíveis, sem bases de dados semelhantes, certamente seriam inacessíveis ou de acesso muito pouco provável. Herbários também podem representar um importante instrumento didático para o treina-mento de estudantes, técnicos e entusiastas no reconhecimento da flora de uma determinada região. No entanto, a verdadeira importância das coleções botânicas, sobretudo em nosso país, de-tentor da flora mais rica e diversa do mundo, apenas recente e parcialmente vem sendo reco-nhecida. O Herbário do Jardim Botânico Plantarum foi fundado por seu diretor, Harri Lorenzi, em 2002 – o início de sua coleção, no entanto, remonta ao ano de 1990. Desde 2008 está inde-xado sob a sigla HPL junto ao Index Herbariorum, cadastro internacional de herbários. O Herbário HPL também integra a Rede Brasileira de Herbários (RBH), por sua vez ligada à Sociedade de Botânica do Brasil. Localizado no subsolo do prédio administrativo, o Herbário HPL dispõe de mais de 15 mil exsicatas em seu acervo, originárias, em sua vasta maioria, da flora nativa de nosso país. Entre as mais de 300 famílias de angiospermas, gimnospermas e pteridófitas que compõe seu patrimônio, o primeiro grupo respondendo por aproximadamente 95% dos acessos, des-tacam-se as coleções de Acanthaceae, Araceae, Arecaceae, Begoniaceae, Gesneriaceae, Ma-rantaceae e Passifloraceae. A sua coleção de tipos nomenclaturais– exsicatas utilizadas na descrição original de uma espécie até então nova para a ciência e selecionadas por seu ator como sua permanente referência material – possui mais de 40 cadastros, com destaque abso-luto para as palmeiras (Arecaceae), em particular do gênero Syagrus. O principal objetivo do Herbário HPL é documentar a diversidade biológica vegetal de nos-so país, servindo também como suporte para as pesquisas e depositário do material testemu-nho dos diversos livros publicados pelo Instituto Plantarum, atestando a sua autenticidade científica. Por outro lado, em conjunto com as demais coleções biológicas, é fonte de material científico e didático para o desenvolvimento de várias atividades e pesquisas realizadas pela equipe técnica do Jardim Botânico Plantarum.

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Eixo Situacional 17

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A coleção do Herbário HPL hoje é consultada por pesquisadores de todo o Brasil e de outros países, e são particularmente frequentes os intercâmbios de material com instituições de todo o mundo. A visitação pública, contudo, só é possível em horários pré-agendados pela institui-ção. Os dados do Herbário HPL estão disponíveis na página do Projeto Species Link, em http://splink.cria.org.br

Além do acervo principal, o Herbário HPL conta com outras importantes coleções científi-cas associadas:

• Xiloteca

As xilotecas são coleções botânicas constituídas por amostras de madeira obtidas, catalogadas e armazenadas segundo técnicas específicas. Seu valor para o conhecimento científico e eco-nômico das espécies madeireiras existentes é incalculável, uma vez que além de reunirem uma grande quantidade de dados sobre essas espécies, auxiliam na identificação de novas amostras e subsidiam os estudos de caracterização da madeira.

A xiloteca do Jardim Botânico Plantarum conta com cerca de 1000 amostras cadastradas, pertencentes a quase 100 famílias botânicas distintas. O seu acervo é composto exclusiva-mente por espécies de árvores nativas do Brasil, sobressaindo-se as leguminosas (Fabaceae), seguidas pelas mirtáceas (Myrtaceae) e bignoniáceas (Bignoniaceae), respectivamente. Mui-tas das espécies presentes em sua coleção são de enorme importância na vida econômica de nosso país, a exemplo da peroba, cedro ou jacarandá.

A coleção da xiloteca HPL está organizada segundo a ordem numérica ascendente de regis-tro. As amostras depositadas em seu acervo, obtidas através de seções transversais do tronco – da casca até a medula, obedecem a dimensões padronizadas. Parte significativa de seus acessos dispõe ainda de amostras menores, de superfície lixada. Todo o seu acervo encontra--se documentado através de fotos digitais de alta resolução.

O principal objetivo da xiloteca HPL é estabelecer-se como coleção de referência para ma-deiras de espécies arbóreas brasileiras, contribuindo para o seu conhecimento e conservação. Suas amostras são também utilizadas como base material para as obras publicadas pelo Ins-tituto Plantarum, colaborando na obtenção de dados como densidade, resistência e durabi-lidade.

Atualmente a xiloteca HPL encontra-se em processo de indexação junto ao Index Xylario-rum¸ cadastro da Associação Internacional dos Anatomistas da Madeira, atualizado periodi-camente a cada dez anos.

As visitas a seu acervo são restritas a pesquisadores cadastrados, ocorrendo apenas em horá-rios previamente agendados.

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• Carpoteca

Mais do que armários fartos de frutos, a concorrer com as prateleiras dos supermercados ou as barracas de feiras livres, as carpotecas são coleções cientificamente identificadas, além de catalogadas e organizadas de maneira simples, mas sobretudo sistemática.

Como complemento do acervo de um herbário, as carpotecas significam um importante su-porte material para as pesquisas em diferentes áreas da botânica, sendo especialmente úteis na identificação e caracterização de espécies, em estudos sobre a dinâmica e evolução da comunidade vegetal, e na elaboração de estratégias de conservação e manejo.

Coleções biológicas como as carpotecas, entretanto, são ferramentas muito valiosas não ape-nas ao saber botânico; são imprescindíveis a um grande número de estudos em outras áreas da ciência, a exemplo dos trabalhos com interação ecológica – em particular às análises sobre frugivoria, dispersão e dieta da fauna, das pesquisas em arqueologia e antropologia ou inves-tigações técnico-científicas como as realizadas pela medicina forense.

As carpotecas, como coleções científicas acessíveis a todos, adquirem grande relevância para a sociedade e são importantes ferramentas de apoio nos programas de educação.

A carpoteca do Jardim Botânico Plantarum é uma coleção científica de caráter didático, composta por frutos (e infrutescências) desidratados de mais de 500 espécies distintas. Seu acervo é constituído exclusivamente por espécies de plantas nativas do Brasil, em sua ampla maioria árvores, muitas delas raras ou consideradas ameaçadas de extinção, como a castanha--do-pará (Bertholletia excelsa) ou o jequitibá-box (Cariniana ianeirensis).

Estabelecida no ano de 2009, os primeiros frutos incorporados à coleção da carpoteca HPL foram os da faveira-de-wilson (Dimorphandra wilsonii), leguminosa em avançado processo de extinção e da qual são conhecidos apenas 12 indivíduos. As famílias mais representativas em número de amostras são Fabaceae e Bignoniaceae, seguidas por Malvaceae, Apocynaceae, Vochysiaceae e Lecythidaceae, respectivamente.

As espécies estão organizadas preferencialmente de acordo com a sua proximidade filogené-tica, na intenção de tornar mais ágil a localização de um exemplar e, assim, facilitar o processo de identificação de determinada espécie. Algumas espécies, entretanto, encontram-se repre-sentadas por mais de uma amostra, uma vez que, segundo sua procedência, algumas variações significativas são esperadas.

Os frutos estão acondicionados em caixas de madeira, de acordo com sua dimensão e quan-tidade, e estas dispostas em estantes com tampa de vidro, a permitir sua pronta e plena vi-sualização. Nas caixas é fixada uma etiqueta com a identificação científica e o nome popular, acompanhados pelo número de tombamento. Todas as amostras que compõem a carpoteca estão registradas em um banco de dados informatizado, onde, associadas a seu número de ca-dastro, constam ainda outras informações relevantes, como procedência, data de coleta, nome e número do coletor, além de observações adicionais sobre a planta.

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P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

A carpoteca é uma coleção associada e situada no herbário HPL, cujo principal objetivo é manter e disponibilizar de maneira didática um acervo de referência em frutos de espécies de árvores nativas da flora brasileira, servindo ainda como suporte a um grande número de pro-jetos de pesquisa e atividades educacionais desenvolvidas pelo Jardim Botânico Plantarum.

A carpoteca HPL é também importante à medida que viabiliza o armazenamento de ma-terial do Herbário HPL, em especial frutos e infrutescências coletados em larga quantidade ou que por serem excessivamente grandes e pesados, são difíceis de manusear e podem ainda danificar as exsicatas armazenadas em seus armários. Como coleção associada, por sua vez, para cada amostra de fruto constituinte do acervo da carpoteca HPL existe uma exsicata cor-respondente cadastrada na coleção do herbário HPL, com o propósito de que a identidade de um acesso possa, a qualquer momento, ser verificada – contudo algumas amostras da coleção didática não constam de registro no herbário.

Seu acervo, além de subsidiar pesquisas nas mais diferentes áreas da botânica, como espaço didático, contribui para a formação educacional por serem uma evidência material da biodi-versidade de nosso país, através dos mais distintos formatos, tamanhos, texturas e cores de seus frutos.

As consultas ao seu acervo são restritas a pesquisadores cadastrados, ocorrendo somente em horários previamente agendados. Porém, uma amostra educativa da carpoteca, onde são apre-sentados os seus mais notáveis exemplares, está disponível em exposição permanente para todos os interessados em conhecer mais sobre as árvores brasileiras, no Centro Cultural do Jardim Botânico Plantarum.

• Biblioteca

O Jardim Botânico Plantarum possui uma das mais completas bibliotecas de taxonomia botânica do país, com quase tudo que já foi publicado sobre a flora neotropical, em vários idiomas, equiparando-se às melhores bibliotecas dos renomados centros de pesquisa do país. O acervo é disponível somente para pesquisadores cadastrados, mediante agendamento.

A equipe técnica do Jardim Botânico Plantarum preparou, editou e publicou a maioria dos livros em estilo popular sobre identificação de plantas, produzidos no Brasil nos 20 anos mais recentes.

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Eixo Situacional20

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Estrutura para atendimento ao público e realização de eventos

- Acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida em todas as dependências.

- Estacionamento interno arborizado, com iluminação, para até 180 carros e 04 ônibus;

- Recepção para acolhimento dos visitantes, climatizada e com sanitários;

- Restaurante;

- Lanchonete;

- Empório de souvenirs / produtos sustentáveis;

- 4,5 km de vias sinuosas e pavimentadas em meio ao jardim;

- Meliponário;

- Bancos à sombra, bebedouros e sanitários dispostos pelo jardim;

- Placas direcionais, restritivas, interpretativas e de identificação botânica;

- Quiosque para repouso e leitura;

- Centro de eventos com auditório/teatro com capacidade para 200 pessoas, salão para even-tos equipado com cozinha industrial, sala para reuniões com capacidade para 50 pessoas, escritório e sala de controle multimídia;

- Casa destinada a sediar cientistas e convidados;

- Dois veículos elétricos destinados ao transporte de pessoas com dificuldade de locomoção;

- Centro Cultural e Beneficente Vera Luzia Samartin Lorenzi - salão de 200 m², com copa, cozi-nha, banheiros, sala de reunião, mesas e cadeiras – adequado ao uso pelo Grupo de Educação Ambiental, para exposições temporárias, oficinas, mostras de cinema comentado, palestras e outras atividades.

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Eixo Situacional 21

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Gestão ambiental

O Jardim Botânico Plantarum prestigia as tecnologias de impacto ambiental positivo, o que confere ao roteiro de visitação vários exemplos sustentáveis.

Além do primor no manejo do acervo botânico e no uso criterioso de recursos ambientais, colaboramos com a sociedade por meio de práticas simples, tais como: - Triagem de todos os resíduos sólidos gerados na instituição e doação à Associação local de catadores; - Captação e armazenamento de água pluvial, que suprem integralmente as necessidades de irrigação das plantas. Ao todo, mais de 10 milhões de litros de água de chuva são arma-zenados no lago e no reservatório subterrâneo; dessa forma somente a água para ingestão e higienização é captada de poço artesiano. - Preferência pela utilização de materiais e técnicas construtivas de menor impacto ambien-tal, tais como: uso de madeira de demolição ou certificada, pinturas à base de cal, ladrilho hidráulico nas áreas úmidas, grandes portas e janelas para atender às necessidades de luz e ventilação natural; - Visando evitar seu descarte em aterros sanitários, todo o entulho de construção originado, desde a aquisição da área até os dias atuais, é reutilizado no jardim para a formação de am-bientes especiais para plantas que necessitam de alta drenagem de solo (rupícolas, epífitas e suculentas); - Toda a matéria orgânica vegetal proveniente da manutenção do jardim é triturada e utiliza-da como mulching (cobertura vegetal morta), nos canteiros e para compostagem, de onde se obtêm um excelente revitalizador de solos, reduzindo assim a necessidade de fertilizantes de síntese química industrializados; - Em razão da inexistência de rede pública de esgoto doméstico na área onde se localiza o jardim foi necessário implantar conjuntos de fossa, filtros anaeróbios e sumidouros. Está em estudo de viabilidade a implantação de um sistema biológico de tratamento de efluentes; - Arborização heterogênea da Avenida Brasil e sensibilização popular para sua conservação.

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Eixo Situacional22

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Gênese da educação ambiental na instituição

O Jardim Botânico Plantarum é idealizado desde 1998 e foi aberto ao público em novembro de 2011. Embora o presente projeto político pedagógico ainda não estivesse detalhado antes da abertura oficial da instituição ao público se buscou atender à demanda de visitas orienta-das, previamente agendadas, para pequenos grupos de estudantes da rede pública, em todos os níveis.

Nessa modalidade excepcional de visitas foram atendidas aproximadamente 200 pessoas, en-tre 2009 e 2010.

As visitas tiveram propósitos variados, tais como: o interesse em grupos específicos de plantas (como a coleção de palmeiras); referências para a elaboração de projetos paisagísticos e aulas acadêmicas de campo, de diversas disciplinas.

Apesar de não haver sido implantado na época dessas visitas um método detalhado de ava-liação qualitativa dos índices de apreensão de conhecimentos por parte dos visitantes, os re-gistros demonstram que determinados aspectos presentes no jardim atraíram especialmente a atenção dos grupos.

Nesse sentido o histórico de implantação do jardim e o modelo de gestão praticado podem ser considerados conceitualmente a gênese da educação ambiental na instituição.

É notável constatar que em menos de duas décadas, em razão da mudança de tipo de ocupa-ção, o espaço deixou de ser uma área degradada pela atividade industrial e passou a ser o locus para pesquisa e cultivo de uma relevante coleção botânica e um local para a sobrevivência de diversos outros seres, em especial a avifauna e miríades de invertebrados e de microorganis-mos.

A abordagem educativa por esse viés enfatiza a capacidade humana de modificar positiva-mente o ambiente. Considerando que a educação ambiental deve ser capaz de mudar com-portamentos, por exemplificação a atitude é mais eloqüente que a simples retórica.

Antes de sua inauguração e abertura ao público, provavelmente a maior contribuição do Jar-dim Botânico Plantarum para a educação ambiental se refira à publicação de mais de uma dezena de livros em estilo popular sobre várias categorias de plantas existentes no Brasil.

Previamente a abertura ao público buscou-se detectar no presente estudo as potencialidades e vulnerabilidades a fim de elencar atividades constantes do programa de educação ambiental.

Os resultados preliminares computados desde novembro de 2011 apontam uma perspectiva favorável de atendimento ao público e de divulgação do programa de educação ambiental, o que contribuirá para o pleno exercício de sua função socioambiental, enquanto estrutura educacional capaz de gerar reflexão, conhecimento, consciência, motivação e transformação comportamental.

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Eixo Situacional 23

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Recursos didáticos disponíveis

- Oito hectares de área de visitação; - Acervo botânico vivo e herborizado;

- Acervo fotográfico;

- Jardins temáticos;

- Painéis interpretativos;

- Placas de identificação botânica;

- Casas de vegetação;

- Lagos;

- Quiosque;

- Meliponário;

- Biblioteca;

- Herbário;

- Carpoteca;

- Edificações sustentáveis;

- Estação de compostagem;

- Estação de triagem de resíduos sólidos;

- Auditório multimídia;

- Salão de eventos;

- Sala para aulas teóricas e práticas;

- Computadores com acesso à internet;

- Impressoras;

- Portal do Jardim Botânico Plantarum na internet;

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Eixo Situacional24

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Recursos humanos

O Grupo de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum conta atualmente com um pedagogo, um biólogo, uma fisioterapeuta, uma graduanda em engenharia ambiental, uma graduanda em pedagogia, ambos com experiência em educação ambiental não formal, além de um designer gráfico e o apoio da equipe de pesquisa botânica da instituição.

Em caso de eventual necessidade de ampliação da equipe, voltada ao monitoramento da modalidade de visitação autônoma e também para a realização de visitas escolares, as apti-dões requeridas na seleção dos futuros integrantes da equipe serão: interesse por pesquisa em educação e botânica, capacidade de articulação com pessoas de diferentes faixas etárias e a disponibilidade para atuação em fins de semana e feriados. Preferivelmente a seleção recrutará graduandos em ciências biológicas, pedagogia, geografia, engenharia e gestão ambiental, turismo e comunicação.

É também desejável que a equipe disponha de profissionais com habilidades complementares de comunicação, como a fluência em outros idiomas e linguagem de sinais. Esse contingente será proporcional ao desenvolvimento de projetos e poderá variar de acordo com demandas específicas e a disponibilidade de recursos financeiros.

Buscar-se-á sempre que possível, o estabelecimento de convênios de cooperação com insti-tuições de ensino superior na região. Como frutos dessas parcerias serão disponibilizadas va-gas de estágios supervisionados e co-orientação para a produção científica dos universitários contemplados no programa.

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Eixo Situacional 25

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Recursos financeiros

Os recursos financeiros destinados ao desenvolvimento do Programa de Educação Ambien-tal do Jardim botânico Plantarum têm como principais origens:

- Parte da doação anual dos associados do JBP;

- Parte das doações realizadas por pessoa física e jurídica;

- Parte do valor referente aos ingressos para visita autônoma;

- Parte do valor arrecadado em eventos, visitas guiadas e visitas escolares.

Atualmente o aporte de recursos é limitado, o que determina relativa redução na abrangência do programa educacional, principalmente no que se refere às necessidades de aquisição de materiais, ampliação de equipe e realização de atividades externas ao JBP.

Presume-se que a consolidação de parcerias possibilite aprimorar e ampliar o espectro de atuação educacional para além das dependências do jardim, abrangendo também o núcleo escolar da região e outras organizações congêneres.

Com esse intuito são detectadas como ações estratégicas: elaborar e submeter projetos vi-sando captar recursos financeiros junto à iniciativa privada, órgãos governamentais, fundos e editais, bem como as demais fontes de financiamento destinadas à educação ambiental.

Dentre os projetos a serem desenvolvidos através da captação de recursos será o Jardim Botâ-nico vai à escola, em moldes adaptados ao referido Projeto, já desenvolvido por vários outros Jardins Botânicos no Brasil.

Outras iniciativas educacionais poderão ser efetivadas com instituições congêneres, mediante análise conjunta de viabilidade.

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Eixo Situacional26

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Caracterização de Nova Odessa

Aspectos físicos

O Município de Nova Odessa situa-se na Região Metropolitana de Campinas – SP.

Latitude - 47” 29’ 51” W, Longitude - 22” 77’ 20” S. Ocupa uma área total de 73,8 km².

Confronta-se com Sumaré (Sul), Paulínia (Leste), Americana (Norte) e Santa Bárbara D’Oeste (Oeste). Situa-se entre as cidades de Americana e Sumaré, a noroeste da capital do Estado. Dista por rodovia: São Paulo 120 Km ; Campinas, 22 km; a Via Anhanguera cruza o município a 7 Km da cidade.

O clima é do tipo tropical e semiúmido, com inverno seco e vento sudeste.

Compreende os biomas de Cerrado e Floresta Atlântica.

A temperatura oscila entre mínima de 10ºC e máxima de 35ºC; média 26ºC e a umidade relativa do ar é, em média 76%. A precipitação pluviométrica média é de 1.317,1mm/ano.

Os solos ocorrentes no município são: latossolo vermelho escuro, orto-argiloso e areno-ar-giloso.

O relevo é suavemente ondulado, com declividades fracas e encostas longas.

A altitude média é de 540m acima do nível do mar,

O município situa-se na bacia do Rio Atibaia, estendendo-se até sua represa.

Os principais cursos de água são: Ribeirão Quilombo, com 10 metros de largura (afluente do Rio Jaguari). Córregos: da Fazenda Foguete, da Fazenda Santo Ângelo, dos Lopes, São Francisco (divisa com Sumaré), Capoava, Palmital (divisa com Sumaré) e Recanto (divisa com Americana).

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Eixo Situacional 27

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Principais distâncias

De Até Km

Nova Odessa

Americana CampinasAeroporto de ViracoposSão Paulo Aeroporto de GuarulhosRio de Janeiro Belo HorizonteBrasília

52240119145523615959

Acessos

- Via Expressa que liga Nova Odessa a Americana;

- Av. Ampélio Gazzetta em Nova Odessa ligando a Sumaré com a Avenida Rebouças;

- Via Expressa que liga Nova Odessa a Sumaré;

- Rod. Luiz de Queiroz (SP-3O4) pela Via Expressa que liga Nova Odessa a Americana;

- Estrada Vicinal Rodolfo Kivitz que liga Nova Odessa a Santa Bárbara D’ Oeste;

- Estrada Júlio Mauerberg de Nova Odessa à Via Anhanguera Km 119 (SP-330).

Aspectos sociais

• Breve histórico

As origens do povoamento da região do Quilombo remontam ao século XVIII, na concessão pelo Governo Colonial de sesmarias a vários desbravadores, principalmente a Joaquim José Teixeira Nogueira (1798), cujos descendentes continuaram a colonização das terras, hoje ocupadas pelo Município de Nova Odessa.

A colonização, no entanto, está mais ligada aos movimentos imigratórios, principalmente de Portugueses e mais tarde de Russos, letos e mesmo americanos, estes últimos mais intensa-mente fixados no vizinho Município de Americana.

O Governo do Estado foi quem estimulou a corrente imigratória originária da Letônia e Rússia, com a aquisição da antiga fazenda Pombal, em março de 1905 e sua transformação em núcleo colonial, mediante entrega financiada de lotes de terras, implementos agrícolas, construção de casas, etc.

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Eixo Situacional28

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

O núcleo Colonial de Nova Odessa pode ser considerado como o marco inicial do Muni-cípio, sabendo-se como seu fundador, o então Secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, Carlos José Arruda Botelho. O próprio nome da localidade - Nova Odessa - é estriba-do a Odessa, cidade da Ucrânia (Rússia), que impressionou Carlos Botelho pelo seu traçado urbano.

A primeira leva de imigrantes Russos não se fixou no núcleo, em virtude das especializações profissionais do contingente, não afeito às práticas agrícolas rurais. Acabaram por abandonar a colônia e mudar para cidades maiores.

O malogro da colonização Russa foi razão para reformulação do programa Governamental para a vinda de imigrantes letos, em 1906, sejam oriundos de outras colônias de Santa Catari-na ( Jacu - Açu), ou diretamente da Europa, pelo esforço de dois intermediários: Júlio Malves e Janis Gutman.

Em 1908 esses movimentos já eram praticamente coroados de êxito, pela adaptação dos po-voadores, nos lotes distribuídos pelo governo.

A construção da estação ferroviária, inaugurada em 1907, trouxe ao núcleo melhores condi-ções de assistência a essas populações e provocou o desenvolvimento agrícola, primeiro com cultura de cereais e frutas e depois com algodão, a avicultura e laticínios. A partir da década de 40 veio o surto industrial, completando a prosperidade econômica da antiga colônia.

• Formação administrativa

Distrito criado com a denominação de Nova Odessa, por Decreto-lei Estadual no 9775, de 30 de novembro de 1938, no Município de Americana. Em virtude do Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de 1944, que fixou o quadro territorial para vigorar em 1945-1948, o Distrito de Nova Odessa permanece no Mu-nicípio de Americana, assim como nos quadros fixados pelas Leis nos 233, de 24-XII-1948 e 2456, de 30-XII-53, para vigorar, respectivamente, os períodos 1949-1953 e 1954-1958.

Elevado à categoria de município com a denominação de Nova Odessa, por Lei Estadual 5285, de 18 de fevereiro de 1959, desmembrado de Americana, com Sede no Distrito de Nova Odessa. Constituído do Distrito Sede. Sua instalação verificou-se no dia 01 de janeiro de 1993.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do Distrito Sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1999.

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P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

• Iconografia

Bandeira e Brasão de Armas de Nova Odessa

A Bandeira e o Brasão de Armas do Município de Nova Odessa foram instituídos pela Lei Municipal nº 181, de 24 de junho de 1965, sendo prefeito municipal Arthur Rodriguez Azenha.

O Brasão e a Bandeira são de autoria do heraldista Arcinoé Antonio Peixoto de Faria.

Significado

O escudo samnítico, preferido para representar o brasão de Nova Odessa é de origem fran-cesa, sendo o primeiro estilo de escudo adotado em Portugal, servindo de referência à raça colo-nizadora e principal formadora da nacionalidade brasileira.

A coral mural que o sobrepõe, sendo de prata de seis torres, das quais apenas quatro são vi-síveis em perspectiva no desenho, identifica o brasão de domínio indicando a condição de cidade de terceira grandeza, ou seja, sede de Município.

A cor goles (vermelha) simboliza a audácia, intrepidez, valor, galhardia, nobreza conspícua e domínio, predicados atribuídos aos imigrantes letos, primeiros colonizadores, que, com a cora-gem e a audácia que os identifica, abandonaram sua terra natal e aqui vieram fixar-se, a despeito das condições adversas do clima e da língua, para lançar os fundamentos da cidade que é hoje Nova Odessa.

O grifo representado no campo do escudo é figura mitológica, sendo metade leão e metade águia, simbolizando a custódia, a vigilância, a perfeição e o poder, identificando os propósitos dos atuais habitantes de Nova Odessa, dignos continuadores da obra iniciada pelos coloniza-dores, que , com sabedoria e inteligência (águia) aliadas à força poderosa (leão) e um trabalho constante, eficaz e realizador, constroem hoje a grandeza da cidade.

O metal prata da bordadura do escudo é um evocativo de paz e religiosidade de seu povo que, irmanado em Deus, comungando um mesmo ideal, admite e professa o Cristianismo sob várias seitas: é a cor do metal prata em que é representado o grifo, um símbolo de amizade, inte-gridade, eqüidade, justiça e pureza.

Nos ornamentos exteriores, a haste de cana e o ramo de algodão representam os principais produtos da terra dadivosa e fértil, esteios da economia municipal, muito embora a industrializa-ção de tecidos, cerâmicas e outras indústrias tenham também papel de relevo.

No listel o slogan que se constituiu em afirmativa clara e eloqüente dos propósitos do povo, sintetizando em três palavras, tudo o que o brasão representa: “VIGILÂNCIA, SABEDORIA E PODER”

Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Odessa

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J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

• Dados gerais

Segundo o censo realizado em 2010,pelo IBGE, a população de Nova Odessa é de 51.242 habitantes, com densidade demográfica de 694,34 hab./km². Mais de 95% da população vive na zona urbana.

A captação de água para tratamento e abastecimento é realizada em mananciais localizados no próprio município. A concessionária de saneamento é a CODEN – Serviço Municipal de Água e Esgoto.

São as principais atividades econômicas: indústria, prestação de serviço e agropecuária.A cidade dispõe de hotéis e restaurantes diversificados. Há agencias do Banco do Brasil, Bra-desco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander.

O hospital municipal tem 52 leitos e há diversos postos de saúde nos bairros.

Há na cidade uma faculdade particular.

Não há teatros ou cinemas. As opções mais próximas situam-se em Americana e Campinas.

A Biblioteca Municipal funciona no Centro Cultural Herman Jankovitz, local dedicado às artes plásticas e à leitura.

As ruas, praças e largos são arborizados – a cidade tem o slogan “`Paraíso do Verde’’. A média é de 15 árvores por habitante na zona urbana.

Situados próximo ao centro da cidade, o Parque Ecológico Isidoro Bordon e o Instituto de Zootecnia oferecem opções de lazer e interação ambiental à população.

Várias feiras-livres funcionam nos bairros da cidade, onde se podem adquirir hortifrutigran-jeiros de produção familiar, além de outros produtos e serviços.

Em 2007 o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal declarou Nova Odessa como a 25a melhor cidade do Brasil.

Cenário educacional local Ano Município Estado

Taxa de Analfabetismo da População de 15 Anos e Mais (Em %) 2000 5,59 6,64Média de Anos de Estudos da População de 15 a 64 Anos 2000 7,40 7,64População de 25 Anos e Mais com Menos de 8 Anos de Estudo (Em %) 2000 58,61 55,55População de 18 a 24 Anos com Ensino Médio Completo (Em %) 2000 39,45 41,88

Fonte: Sistema Estadual de Análise de Dados

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Eixo Situacional 31

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Iniciativas potenciais para consolidação de redes educacionais socioambientais

Programa de Agentes Ambientais Escolares

Atende a: 55 crianças de 9 a 12 anos, das 3ª e 4ª séries das Escolas Municipais.Objetivo: despertar o interesse e a sensibilização para as questões ambientais.

CEAI – Centro de Educação Ambiental Integrada

Atende a: comunidades, clubes de serviços, grupos de programas municipais, escolas.Área da Escola Municipal Dante Gazzetta associado à Coordenadoria de Educação.

CEAM – Centro de Educação Ambiental

Criado no interior do Parque Ecológico Isidoro Bordon, conta com equipamentos de áudio e vídeo, quadro negro, 50 carteiras universitárias, palco, sanitários, jardim geométrico, terrário, alarme, animais taxidermizados, coleções de ovos e penas, animais peçonhentos (para as ações do Setor de Zoonoses), material didático e biblioteca.

Parquinhos Infantis de Madeira Ecológica Tratada

O Programa contempla diversos bairros da cidade, com a instalação dos novos playgrounds com brinquedos de eucalipto tratado.

Realização Anual da Caminhada Ecológica Paraíso do Verde

Caminhada realizada sempre no dia 1º de maio, Dia Mundial do Trabalho, com convite aber-to a toda a população e grupos específicos.

Projeto Bosque do Futuro

Cada criança registrada no Cartório de Registro Civil de Nova Odessa ganha a companhia de uma árvore. Para cada nascimento, uma muda é plantada pelos pais no “Bosque do Futuro”.

Projeto Plantando a Vida

O projeto é desenvolvido nas CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil), que ga-nharam um espaço para o plantio de árvores, para permitir que as crianças façam um parâ-metro entre o crescimento delas e das plantas.

Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Odessa

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Eixo Situacional32

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Instituições de ensino / alunos / docentes 2011

CMEI Arco-íris – Creche e EMEI Rua Frederico Bassora, 101 – Green Village 3466-1638 47 2CMEI Beija-flor – Creche e EMEI Rua Geraldo Leme, 250 – Pq. Residencial Klavin 3466-2759 60 3CMEI Bem te vi – Creche e EMEI Rua Herman Jankovitz, 600 – Jd. Santa Rosa 3466-1305 123 7CMEI Criança feliz – Creche e EMEI Rua Irineu José Bordon, 451 – Jd. Santa Luiza I 3466-3988 80 4CMEI Jardim Alvorada – Berçário, creche e EMEI Rua dos Mognos, 340 – Jardim Alvorada 3476-2777 228 10EMEI João de barro – Creche e EMEI Rua José de Paiva, 165 – Jardim Planalto 3466-3052 36 2CMEI Padre Vitor Facchin - EMEI Rua Manoel de Oliveira Azenha, 191 - Jardim São Manoel 3466-3234 119 6CMEI Pica pau Rua Maria Raposeiro Azenha, 475 – Vila Azenha 3466-3634 67 4CMEI Toca do coelho – Berçário, creche e EMEI Rua São Paulo, 425 – Jardim São Jorge 3466-2520 113 6EMEF Dante Gazzeta Rua Aristeu Valente, 133 – Centro 3466-2980 333 13EMEF Prof. Haldrey Muchelle Bueno Av. Paschoal Piconi, 415 – Jardim São Manoel 3466-1075 248 10EMEF Paulo Azenha Rua Maria Raposeiro Azenha, 455 – Vila Azenha 3466-2542 211 9EMEF Prof. Almerinda Delegá Delben Rua Theodoro Klavin, 560 – Pq. Residencial Klavin 3466-3017 133 5EMEF Prof. Alvina Maria Adansom Rua Aracajú, 215 – Jardim São Jorge 3466-2979 442 17EMEF Prof. Alzira Ferreira Delegá Rua Frederico Bassora, 101 – Green Village 3466-2316 111 5EMEF Prof. Salime Abdo Rua dos mognos, 336 – Jardim Alvorada 3466-7234 509 20EMEFEI Jardim Encantado Rua Joaquim Sanches, 480 – Jardim Bela Vista 3466-3744 25 1EMEFEI Prefeito Simão Welsh Rua João Bento Carneiro, 355 – Santa Rita II 3466-7832 133 6EMEFEI Prof. Augustina Adamson Paiva Rua Porphirio A. Preto, 133 – Jardim São Francisco 3466-7217 36 2EMEFEI Vereador Osvaldo Luiz da Silva Rua Vitório Fadel, 465 – Jardim Marajoara 3466-1634 87 4E. Estadual Alexandre Bassora Rua Juscelino Kubitschek de Oliveira, 377 – Jardim Planalto 3466-2984 512 40E. Estadual Dorti Zambello Calil A. Dr. Ernesto Sprongis, 1261 – Jardim Bela Vista 3466-2981 917 42E. Estadual Dr. João Thienne Rua Independência, 500 - Centro 3466-1245 1130 50E. Estadual Joaquim Rodrigues Azenha Av. Paschoal Piconi, 399 – Jardim São Manoel 3466-1040 1127 51E. Estadual Silvania Aparecida Santos Rua Irineu Jose Bordon, s/n – Jardim Santa Luiza I 3466-2982 930 51Colégio Biocentrico Rua Anchieta, 155 – Centro 3466-3282 120 18Colégio Network Av. Ampelio Gazzeta, 2445 – Lopes Iglesias 3466-2527 907 48Colégio FAVO’S / São Caetano Rua 1º de janeiro, 175 – Centro 3466-1408 200 23Colégio Objetivo Rua Antonio Rodrigues Azenha, s/n – Vila Azenha 3466-6393 735 45Escola de Educação Infantil João de Barros – Castelinho Rua Rio Branco, 1460 – Jardim Santa Rosa 3466-7787 82 8SESI Rua dos Jacarandás, 100 – Jardim Palmeiras 3466-4613 568 24

Instituição Endereço DocentesAlunosTelefone

Fontes: Prefeitura Municipal de Nova Odessa – Coordenadoria Municipal de Educação, Instituições particulares de Ensino de Nova Odessa.

Quadro resumo

Rede pública 26Rede privada 07

Rede pública 7839Rede privada 2612

Rede pública 370Rede privada 166

33 Instituições de ensino no município

10.451 alunos matriculados em 2011

536 docentes atuantes no município

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Eixo Conceitual 35

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O valor dos Jardins Botânicos Provavelmente nossos antepassados não supunham que um dia seria necessário salvaguardar espécies de plantas em Jardins Botânicos.

A história elucida que desde sempre a humanidade utilizou as plantas para suprir suas neces-sidades vitais. Mas somente na pré-história, durante o período neolítico, ou da pedra polida, há pouco mais de dez mil anos, a prática da agricultura se tornou usual entre alguns povos, que antes eram caçadores coletores.

Com o desenvolvimento intelectual do ser humano também evoluiu sua capacidade de se socializar, de criar utensílios e constituir abrigos, controlar o fogo, compreender a ciência e a existência, prospectar recursos e dominar as tecnologias necessárias, à sua sobrevivência e de seus entes.

A consolidação de sociedades sedentárias deu início à necessidade de ampliar o uso dos recursos disponíveis de modo a garantir a oferta de alimentos, fontes de energia e matérias--primas diversas imprescindíveis a seu uso e posteriormente, também utilizadas como recurso mercantil.

A conotação ocidental de humanidade preconiza a posse e o acúmulo como ferramentas do poder. Ávido por conquistar, o homem exerce pressão sobre a natureza. Nota-se no percurso da história exponencial aumento na intensidade de exploração de recursos e serviços ambien-tais, sem a percepção que se tem hoje a respeito de resiliência.

Na Europa medieval a disputa por territórios e os avanços científicos, sobretudo na navega-ção, desencadearam relevantes transformações nas sociedades do Velho Mundo, cujo impacto refletiu posteriormente também nos demais continentes. A diversidade biológica, relativa-mente desconhecida, passa a ter outro valor.

A partir de 1492, a descoberta da América por Cristóvão Colombo fortalece a importância do estudo botânico. Naturalistas espanhóis, como Francisco Hernandez (médico de Filipe I), participam das viagens ao Novo Mundo e descrevem espécies.

Com a chegada de Vasco da Gama à Índia em 1498, estabelece-se o comércio marítimo de recursos vegetais muito cobiçados na Europa, como o açafrão, a cúrcuma e a laca.

No século XVI foram criados os primeiros jardins botânicos de que se tem notícia.

Em 1533, por decisão do Senado de Veneza é criada na Universidade de Pádua a disciplina de Lectura Simplicium, dedicada ao estudo das plantas medicinais, juntamente com um hortus medicus. O local era destinado à aclimatação, cultivo e estudo de plantas medicinais oriundas de diversos lugares, levadas até lá por expedicionários e cientistas. Em 1545 a República de Veneza funda o Real Jardim Botânico de Pádua, o primeiro do mundo ocidental.

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Eixo Conceitual36

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Real Jardim Botânico de Pádua

Planta inicial do Jardim idealizado por Lineu, em Upsala

Em pouco mais de uma década de funcionamento já eram cultivadas em Pádua mais de 1500 espécies de plantas, de vários lugares do mundo.

Os jardins médicos são a origem dos jardins botânicos atuais.

Diversos outros jardins de pesquisa foram implantados desde então, inclusive o de Upsala, na Suécia, idealizado por Lineu conforme plano inicial, abaixo:

Nos séculos XVI e XVII, grandes explorações marítimas, originadas sobretudo na Europa, ampliaram o conhecimento das rotas marinhas entre continentes, o que favoreceu a coleta e envio de diversas novas plantas até então desconhecidas da comunidade científica européia.

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Eixo Conceitual 37

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Esses propágulos vegetais necessitavam locais apropriados para seu cultivo exitoso, fomen-tando a importância dos jardins botânicos agora não somente com fins médicos, mas também com perspectivas econômicas às nações que empreendiam ou financiavam a singradura dos oceanos em busca dos recursos do Novo Mundo.

Ocasionalmente, jardins em colônias tropicais também eram construídos para manter grupos vegetais mais exigentes.

Gradualmente, o estudo botânico impõe-se ao estudo medicinal das espécies vegetais e os jardins aclimatam cada vez mais plantas exóticas, permitindo a observação comparada das plantas e o aprimoramento das técnicas de aclimatação e propagação, principalmente das es-pécies de valor comercial. Nota-se que biopirataria e economia globalizada têm raízes antigas.

No Brasil, o primeiro Jardim Botânico foi implantado em Recife por ordem de Maurício de Nassau, durante a invasão holandesa ocorrida entre 1630 e 1654. Reunia espécimes da flora coletadas nas expedições ao sertão nordestino. Em 1808, D. João VI ordena criar no Rio de Janeiro, o Jardim da Aclimação.

Desde o início da Era Industrial, profundos impactos ambientais vem ocorrendo em todo o planeta, e especialmente nos países subdesenvolvidos, com repercussão direta sobre a diver-sidade biológica global.

A partir da segunda metade do século XX tem início a reflexão mundial a respeito da noção de perda. Deflagrado na Conferencia de Estocolmo, em 1972, o movimento ambientalista passou a se intensificar nas décadas seguintes. No Brasil o marco desse processo foi a Rio-92.

Entretanto debates, acordos e leis não resolvem instantaneamente as questões ambientais globais. E enquanto não se instala a consciência mundial necessária à manutenção do equilí-brio ecossistêmico, avança a erosão genética, fruto da perda de habitat, sobrexploração, proli-feração de patologias e espécies invasoras.

A Avaliação Ecossistêmica do Milênio, realizada entre 2001 e 2005 pelo International Panel of Climate Changes, alerta à humanidade que dos ambientes pesquisados, mais de 60% dos ecossistemas mundiais já foram alterados ou estão severamente ameaçados.

Deduz-se que a crise contemporânea mundial não é somente política, ou ambiental, ou eco-nômica. Trata-se realmente de uma crise civilizatória.

Cidades superpopulosas, hábitos exagerados de consumo e desperdício demandam da ativi-dade industrial cada vez mais matérias-primas e energia. Em decorrência disso o ambiente natural é alterado e suprimido, resultando em perdas consideráveis da biota.

No Brasil, detentor da maior diversidade biológica da Terra, a degradação de ecossistemas também assume ritmo vertiginoso, o que não ocorre simultaneamente com o estado de co-nhecimento e possibilidades de conservação desses ambientes e das espécies que o compõe. O mesmo ocorre cotidianamente em várias outras nações.

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Eixo Conceitual38

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Dentre as iniciativas para minimizar a perda de biodiversidade vegetal global, destaca-se o trabalho realizado por mais de quinhentos Jardins Botânicos em todo o mundo.

Para Botanic Gardens Conservation International (BGCI) “A Botanical Garden is an institution holding documented collections of living plants for the purposes of scientific research, conservation, display and education”

No Brasil, Jardim Botânico é definido como: “Área protegida, constituída no seu todo, ou em parte, por coleções de plantas vivas cientificamente reconhecidas, organizadas, documentadas e identificadas, com a finalidade de estudo, pesquisa e documentação do patrimônio florístico do País, acessível ao público, no todo ou em parte, servindo à educação, à cultura, ao lazer e à conservação do meio ambiente” (Conselho Nacional de Meio Ambiente - Resolução n° 339 – 25/09/2003).

Segundo a página da Rede Brasileira de Jardins Botânicos, no ano corrente, 36 (trinta e seis) instituições são reconhecidas como Jardins Botânicos, sediadas em todas as regiões do país e que totalizam mais de 3000 profissionais atuantes no setor.

Os Jardins Botânicos são importantes centros de educação ambiental e seu potencial educa-cional vem sendo progressivamente descoberto pelo público.

O sentido de zelo pelas coisas vivas é pulsante no ser humano, embora viver nas grandes cidades de certa forma corrobore para que essa relação seja esmaecida em decorrência do ritmo frenético de produção e consumo. No entanto há de se considerar o grande número de crianças e adultos que visitam jardins zoológicos e jardins botânicos. No livro Biofilia (E. O. Wilson, 1993) menciona “habitantes de cidades que continuam sonhando com cobras, por razões que não sabem explicar”.

Em relação à constituição genética a ancestralidade prevalece sobre a tecnologia e por mais confortável que seja a vida moderna, o ser humano tem maior compatibilidade com a cloro-fila do que com os plásticos.

Segundo o BGCI, por ano, mais de 200 milhões de pessoas visitam jardins botânicos, o que os consagra como locais importantes para formação de opinião pública.

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Eixo Conceitual 39

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Perspectivas

Mediante a coleta e análise dos dados apresentados nos capítulos anteriores desse plano, o grupo de trabalho elucidou questões chave para o delineamento de matrizes a fim de auxiliar no elenco das ações educacionais a serem empreendidas.

Obteve-se consenso ao se detectar os tipos de público que vão ser atendidos, as bases or-çamentárias para a implantação e adaptação de estruturas, assim como as estratégias para a contratação e capacitação de equipe educativa.

Foram selecionadas formas de registro das atividades bem como as possíveis maneiras de avaliar os resultados obtidos.

Foi considerada a necessidade de um plano de comunicação para divulgar amplamente a inauguração do Jardim Botânico e de suas iniciativas em educação ambiental, de forma a ampliar também as oportunidades de captação de parcerias e recursos necessários a realização de projetos futuros.

O Jardim Botânico Plantarum, aberto ao público em novembro 2011, vem proporcionando a seus frequentadores um espaço/tempo de lazer, conhecimento e sensibilização para a impor-tância da conservação das plantas.

Pretende-se que o Grupo de Educação Ambiental colabore para popularizar o conhecimento a respeito da biodiversidade e das tecnologias sustentáveis, utilizando para isso, os recursos educacionais disponíveis no Jardim Botânico Plantarum e as metodologias pesquisadas em outros Jardins Botânicos e demais instituições de ensino- aprendizagem não-formal.

O Programa de Educação Ambiental priorizará a qualidade de atendimento e da experiência e não somente o contingente de pessoas atendidas na ação educativa.

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Eixo Conceitual40

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Matriz conceitual

Missão

O Grupo de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum tem como missão:

“Sensibilizar pessoas para a importância da conservação das plantase para o uso parcimonioso dos recursos ambientais”

Visão de futuro

“O Programa de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum contribuirápara o aprendizado e motivação de pessoas, em atividades lúdico-didáticas,no âmbito prático e reflexivo, utilizando como referência o acervo botânico

e as tecnologias aplicadas na instituição”

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Eixo Conceitual 41

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Estimativa de público

Por várias razões considera-se que haverá relativa diversidade e heterogeneidade de públicos que usufruirão do Programa de Educação Ambiental.

Prioritariamente, o PEA será voltado ao público interno da instituição, visando instrumen-talizar aos profissionais dos diversos setores do Jardim Botânico Plantarum.

Levando em conta sua abertura ao público, ocorrerão modificações de fluxo na via de acesso ao Jardim, e caberá à instituição mediar essa perspectiva de mudanças locais junto aos mo-radores do bairro.

Além de ser um espaço ideal para construção de conhecimentos, o JBP é um atrativo turísti-co, e como tal oferecerá mais uma opção de lazer e entretenimento aos moradores de cidades vizinhas.

Por estar localizado no perímetro urbano, próximo ao centro da cidade, presume-se que isso seja facilitador para a realização de visitas escolares, possibilitando a participação de alunos e professores da rede de ensino formal.

A instituição é um potencial centro de referência na flora brasileira. Sua proximidade da capital e do Aeroporto Internacional de Viracopos contribuem para que o local seja visitado por turistas e pesquisadores de várias procedências.

O local dispõe de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida.

Estima-se que a constituição paisagística e o acervo botânico atraiam a atenção de fotógra-fos, ilustradores, paisagistas, e outros profissionais correlatos às ciências ambientais.

Público foco

- Funcionários;

- Visitantes espontâneos da instituição;

- Professores e alunos do ensino fundamental, de Nova Odessa e cidades vizinhas.

Resultado preliminar

No primeiro mês de abertura ao público mais de 700 pessoas visitaram a instituição.

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Eixo Conceitual42

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Matriz de princípios

O marco legal fundamental para o Programa de Educação Ambiental do Jardim Botâni-co Plantarum é sustentado pelo teor da Lei Federal 9795, 27/04/1999 e o Decreto 4281, 25/06/2002. Ambos elucidam que “A educação ambiental deve ser um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente em todos os níveis e modalidades do pro-cesso educativo, em caráter forma e não-formal considerando a concepção de meio ambiente em sua totalidade, a interdependência entre o meio natural, socioeconômico e o cultural, sob enfoque da sus-tentabilidade, a vinculação entre a ética, o conhecimento, a pesquisa e a prática sociais.”.

Como referencial para as ações do PEA dirigidas aos estudantes da educação básica, é consi-derada essencial a proposta elaborada em 2010 pelo Ministério da Educação, para o estabele-cimento de Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Ambiental no Ensino Formal, conforme seguem trechos integralmente transcritos do documento em epígrafe:

Diretrizes gerais

1. Promoção de espaços educadores sustentáveis que têm a intencionalidade pedagógica de se constituir em referências de sustentabilidade socioambiental para suas comunidades, com readequação de prédios (escolares e universitários) e da gestão, além da formação de profes-sores e da inserção de temáticas relacionadas à sustentabilidade ambiental nos currículos e materiais didáticos;

2. Estímulo à visão complexa da questão ambiental, considerando o estudo da diversidade biológica e seus processos ecológicos vitais, bem como as influências políticas na relação hu-mana com o ambiente;

3. Abordagem da Educação Ambiental com uma visão sistêmica e perspectiva inter e trans-disciplinar, de forma contínua e permanente em todas as áreas de conhecimento e componen-tes curriculares em projetos e atividades inseridos na vida escolar e acadêmica, enfatizando a natureza como fonte de vida e relacionando o meio ambiente com outras dimensões, como a pluralidade etnicorracial, o enfrentamento do racismo ambiental, justiça social e ambiental, saúde, gênero, trabalho, consumo, direitos humanos, dentre outras;

4. Abordagem crítica dos aspectos constituintes e determinantes da dinâmica da hidrosfera, atmosfera, biosfera, sociosfera e tecnosfera, contextualizando os conhecimentos a partir da dinâmica da paisagem, da bacia hidrográfica, do bioma, do clima, dos processos geológicos, das ações antrópicas e suas interações, analisando os diferentes recortes territoriais, cujas riquezas e potencialidades, os usos e os problemas devem ser identificados e compreendidos;

5. Valorização da diversidade sob a ótica da Educação Ambiental, trazendo os múltiplos sa-beres e olhares científicos, de povos originários e tradicionais sobre o meio ambiente, captan-do os vários sentidos que os grupos sociais lhes atribuem, numa perspectiva transdisciplinar;

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Eixo Conceitual 43

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6. Inserção da Educação Ambiental no Projeto Político-Pedagógico dos estabelecimentos de ensino de forma inter e transdisciplinar, acompanhada de um plano elaborado coletivamente pela comunidade escolar ou acadêmica;

7. Criação de coletivos, comissões, grupos ou outros espaços estruturantes nas escolas e co-munidades, a exemplo dos “círculos de cultura” de Paulo Freire, que incentivem a participação da comunidade escolar no planejamento e gestão de projetos a partir das experiências tradi-cionais e dos saberes multidisciplinares, como ciências, artes, filosofia, educomunicação, entre outros.

8. Promoção em todas as escolas, especialmente nas localizadas em regiões de risco e com populações mais vulneráveis e baixa renda, atividades de adaptação às mudanças ambientais e prevenção de desastres gerados por fatores climáticos e hídricos (eventos críticos tais como chuvas intensas, enchentes, inundações, secas prolongadas, trombas d’água, tsunamis), por meio do conhecimento científico, além de parcerias estratégicas com instituições locais como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, médicos sanitaristas que podem fornecer alertas, orienta-ções e informações técnicas preventivas, minimizando o sofrimento e salvando vidas.

Diretrizes para a Educação Básica

a) Educação Infantil

1. Emprego de recursos pedagógicos que promovam a percepção da interação humana com a natureza e a cultura, evidenciando aspectos estéticos, éticos, sensoriais e cognitivos em suas múltiplas relações;

2. Emprego de experiências que promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhe-cimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desper-dício dos recursos naturais (art. 9º do parecer CNE/CEB nº 20/2009);

3. Desenvolvimento de projetos que valorizem a dimensão positiva da relação dos seres hu-manos com a natureza, a diversidade dos seres vivos, das diferentes culturas locais, da tradição oral, entre outras;

4. Promoção do cuidado para com as diversas formas de vida, do respeito às pessoas e socie-dades e do desenvolvimento da cidadania ambiental;

5. Promoção de momentos lúdicos, que propiciem a conexão e a experimentação com os elementos da natureza;

6. Realização de atividades em espaços abertos e externos, que privilegiem o meio ambiente e levem as crianças a identificarem-se como partes integrantes da natureza, estimulando o sentido de pertencimento, de forma a perceberem o meio ambiente como elemento funda-mental para a cidadania;

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Eixo Conceitual44

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

7. Estímulo a vivências que promovam o reconhecimento, o respeito, a responsabilidade e o convívio cuidadoso com os seres vivos e seu habitat;

8. Criação de ambiente sustentável, sadio e acolhedor para enfrentar os desafios da transição para o Ensino Fundamental e para alfabetização, valorizando os conhecimentos prévios das crianças.

b) Anos Iniciais do Ensino Fundamental

1. Consideração de princípios éticos, políticos, estéticos e pedagógicos na construção de con-ceitos que contribuam para os valores e saberes da sustentabilidade, observando a diversidade de manifestações não apenas artísticas e culturais, mas da própria vida;

2. Realização de atividades em espaços abertos e externos, que privilegiem o meio ambiente e levem as crianças a identificarem-se como partes integrantes da natureza, estimulando o sentido de pertencimento, de forma a perceberem o meio ambiente como elemento funda-mental para a cidadania;

3. Estímulo a vivências que promovam o reconhecimento, o respeito, a responsabilidade e o convívio cuidadoso com os seres vivos e seu habitat;

4. Educação para a mudança de hábitos, valores e estilos de vida que promovam a sustenta-bilidade ambiental;

5. Ampliação de conceitos e conteúdos que contribuam para a compreensão de que o am-biente interfere na qualidade de vida das sociedades humanas, local e globalmente;

6. Estímulo ao pensamento criativo, à resolução de problemas, à tomada de decisões e à ca-pacidade de liderança e comunicação.

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Eixo Conceitual 45

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Matriz epistemológica

O Grupo de Educação Ambiental terá como prerrogativa principal utilizar os recursos edu-cacionais disponíveis no Jardim Botânico Plantarum visando desenvolver atividades de sen-sibilização do público para o sentido de valores:

Valor da vida;

Valor das plantas para o equilíbrio do ecossistema e para a existência humana;

Valor relacionado à biodiversidade vegetal como alimento, remédio, matéria-prima para ves-tuário e construção, fonte de energia, lazer, símbolo religioso, etc.;

Valor das Unidades de Conservação na defesa das espécies ameaçadas;

Valor da educação ambiental para reorientar a sociedade contemporânea;

Valor da pesquisa e inovação tecnológica para soluções ambientais;

Valor dos Jardins Botânicos para a biodiversidade vegetal;

Valor dos Jardins Botânicos para educação, lazer e entretenimento das pessoas;

Valor dos recursos financeiros para proporcionar obras úteis à humanidade e ao ecossistema;

Espera-se que por meio da experiência no Jardim Botânico Plantarum, o visitante possa adquirir sensibilidades para compreender significados e aspectos que não seriam possíveis de ser compreendidos em outro local.

As informações estarão disponíveis em múltiplas camadas, consubstanciando redes integra-das por natureza, vivência e ciência.

O contato com o acervo possibilitará a mediação de conceitos, técnicas, idéias e valores da temática socioambiental e contribuirá para que o público possa estabelecer correlações entre as pessoas, o ambiente, a diversidade cultural e biológica.

O Programa de Educação Ambiental visa despertar as pessoas para a interação, sensibilidade, criatividade e formação crítica, na condição de sujeito integrante e transformador do ambien-te e da realidade.

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Eixo Conceitual46

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Matriz temática

A biodiversidade vegetal constituirá a principal linha temática abordada no Programa de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum.

Para compor o plano de fundo nas práticas educativas, também serão enfocados outros temas e conceitos de interface com a linha principal de abordagem, de acordo com a faixa etária e grau de discernimento do público atendido, conforme exemplo abaixo:

Atividades especiais poderão ser moduladas sob demanda, desde que sua viabilidade seja confirmada pela equipe educacional, flexibilizando dessa forma o percurso, tempo e grau de interatividade nas atividades.

Especial atenção deve ser dispensada em relação ao nível de linguagem utilizado pela equipe durante as práticas, de modo a aperfeiçoar a mediação das informações e construção do co-nhecimento pelo público atendido.

EXTRATIVISMO CO

NSE

RVA

ÇÃO

EXTI

NÇÀ

O

POLUIÇÃO

ECONOMIA

PESQUISA BOTÂNICA

HISTÓRIA DO JBPEVOLUÇÃO

PAISAGISM

O

ETNO

BOTÂ

NICA

ECO

LOG

IA

HORTICULT

URAECOSSISTEMAS

SUSTENTABILIDADE

SERVIÇO AMBIENTAIS

RECURSOS HÍDRICOS

BIODIVERSIDADEVEGETAL

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Eixo Operacional

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Eixo Operacional 49

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Síntese do Programa de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum

O Programa de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum é dirigido à equipe da instituição, visitantes do Jardim, educadores e educandos em todos os níveis de ensino e aprendizagem, em especial à educação infantil, além de outros grupos interessados no universo botânico.

O Programa privilegia a mediação de conhecimentos em atividades lúdico-didáticas. Os principais recursos educacionais são o Jardim, o histórico acervo da instituição e seus equipamentos científicos, que disponibilizam informações em múltiplas camadas, consub-stanciando redes integradas por natureza, vivência e ciência. Intenciona-se proporcionar ao público momentos de interação, sensibilidade, criatividade e formação crítica, motivando as pessoas no âmbito reflexivo e prático, a assumir a sua con-dição de sujeito integrante e transformador , do ambiente, da sociedade e da realidade. Esperamos que sua experiência no Jardim Botânico Plantarum lhe permita adquirir habi-lidades para compreender significados que não seriam possíveis de ser compreendidos em outro local.

Sentimo-nos honrados em constatar que nosso trabalho motiva pessoas a aplicar os con-hecimentos e valores da temática socioambiental em prol do respeito à vida, à cultura e à natureza.

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Eixo Operacional50

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Objetivos do Grupo de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum

Objetivo principal

Desenvolver o Programa de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum.

Objetivos específicos - Pesquisar em fontes bibliográficas e projetos de outras instituições as metodologias adap-táveis e aplicáveis ao Programa de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum; - Colaborar para o pleno desenvolvimento das atividades institucionais; - Auxiliar no aprimoramento da gestão ambiental na instituição; - Participar do recrutamento, seleção e capacitação contínua da equipe educacional; - Desenvolver projetos de atendimento ao público interno e externo, compatíveis com a realidade da instituição; - Organizar as demandas e prover soluções para a realização das atividades propostas; - Divulgar amplamente o Programa de Educação Ambiental da instituição; - Executar as atividades propostas no PEA; - Registrar as atividades desenvolvidas; - Sistematizar os registros das atividades desenvolvidas; - Monitorar os resultados alcançados e as eventuais dificuldades observadas; - Avaliar continuamente as atividades, visando sua melhoria; - Aprimorar continuamente os métodos de realização das atividades; - Produzir relatórios e demais trabalhos técnicos relativos ao Programa; - Inscrever em eventos científicos a produção técnica resultante do Programa; - Popularizar amplamente os resultados científicos do Programa; - Elaborar material didático e paradidático para uso interno e externo; - Contribuir para a ampla difusão dos parceiros institucionais e dos trabalhos realizados em parceiras.

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Eixo Operacional 51

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Proposta inicial de atividades do Grupo de Educação Ambiental JBP

A seguir são relacionadas algumas das atividades educacionais a serem realizadas como experiências-piloto no contexto do Programa de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum.

Sua realização será experimentada, registrada e avaliada pela equipe institucional , a fim de verificar sua viabilidade, decidindo-se posteriormente por sua continuidade.

Atividades para a equipe funcional Exercícios de formação continuada do Grupo de Educação Ambiental Tem como objetivos principais: - Proporcionar formação continuada à equipe educacional atuante no JBP; - Estimular por meio do acesso ao acervo da instituição e orientação, a produção científica dos participantes do programa.

Programa de educação corporativa Encontros realizados mensalmente com a equipe do Jardim Botânico Plantarum, tem como objetivos principais: - Integrar , capacitar e motivar os profissionais dos diversos setores da instituição; - Avaliar coletivamente e buscar soluções para o funcionamento da instituição.

Atividades regulares para o público externo

Visita autônoma

Para os visitantes que desejam explorar o jardim com o auxílio do guia impresso de visi-tação e das placas interpretativas. Para o ingresso, nesta modalidade, cada visitante fará uma doação ao Jardim Botânico Plan-tarum, no valor de R$ 20,00 (vinte reais).

Será concedida meia-entrada nos seguintes casos:

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Eixo Operacional52

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

- Estudante menor de 18 anos- Estudante maior de 18 anos com documentação que comprove estar matriculado;- Pessoas com mais de 60 anos, com documentação que comprove sua idade;- Professores, que comprovem o exercício atual da profissão;

Visita guiada As visitas guiadas consistem na prática de uma trilha interpretativa, guiada, ao ar livre. Tem duração média de duas horas. São destinadas a grupos interessados em abordagens mais aprofundadas sobre os projetos desenvolvidos pelo Jardim Botânico Plantarum. Para realização de visitas guiadas, cada grupo de até 15 pessoas, fará uma doação ao Jardim Botânico Plantarum, no valor de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais). Cada grupo de até 15 pessoas será conduzido por um integrante de nosso Grupo de Educação Ambiental. Caso o pagamento seja feito em cheque, deverá ser nominal ao Jardim Botânico Plantarum. O pedido de agendamento para visitas guiadas deve ser feito com antecedência mínima de 3 dias úteis, pelo telefone (19) 3466-5587, ou e-mail: [email protected] (sujeito a confirmação de disponibilidade para a data escolhida).

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Eixo Operacional 53

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Termo de referência para visitas escolares

Prezado (a) educador (a).

A equipe do Jardim Botânico Plantarum agradece por seu interesse. Estas páginas têm como objetivo lhe auxiliar no planejamento de visitas escolares, visando seu melhor aproveitamento educacional. As visitas escolares são especialmente desenvolvidas para professores e alunos, de várias modalidades e níveis de ensino e aprendizagem.

Descrição

As visitas escolares no Jardim Botânico Plantarum consistem na prática de uma trilha inter-pretativa, guiada, ao ar livre. São realizadas as quintas e sextas-feiras de 9 às 11h ou de 14 às 16h. A mediação de conhecimentos enfatiza os aspectos relacionados à diversidade vegetal e a importância de sua conservação. São utilizados como instrumentos didáticos o acervo botânico, as estruturas técnicas e tec-nologias destinadas ao desenvolvimento dos projetos pela instituição. A linguagem utilizada, assim como a abordagem de cada tema, dependerá da idade, con-hecimento prévio dos alunos e do projeto escolar que motivou a visita. O roteiro objetiva despertar a curiosidade dos alunos e percorre diversos jardins temáticos, onde são cultivadas plantas dos mais variados ecossistemas, permitindo a comparação entre os ambientes e as suas plantas típicas. Os alunos terão oportunidade de aprender mais sobre o reino vegetal e de se familiarizar com as características das espécies. A visita escolar no Jardim Botânico Plantarum é uma atividade em grupo, repleta de intera-tividade e descobertas.

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Eixo Operacional54

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Planejamento

Cada professor é quem conhece sua classe, e saberá a melhor maneira de abordar o tema Jardim Botânico a fim de despertar nos alunos a curiosidade e o interesse.

Para evitar imprevistos, elencamos algumas sugestões:

- Recomende aos alunos que investiguem na internet o Jardim Botânico Plantarum;

- Prefira o serviço oferecido por empresas de transporte e turismo credenciadas;

- Confirme se o condutor do veículo destinado ao transporte do grupo conhece bem o itinerário e verifique qual o tempo necessário para o trajeto;

- Cuide para que os alunos não arremessem nenhum objeto ou detrito para fora do veículo, bem como estejam com o cinto de segurança afivelado durante toda ida e volta;

- Programe a saída da escola de modo a aproveitar integralmente o tempo destinado para a visita. Caso ocorra atraso na chegada, o tempo de visitação será reduzido;

- Os grupos devem ter até 25 alunos, e no mínimo um professor da escola como auxiliar. Cada grupo assim constituído será conduzido por um de nossos guias;

- Os alunos devem estar uniformizados e identificados (pode ser um crachá simples);

- São permitidas fotos e filmagens, desde que para fins não comerciais. Contudo, o ato de registrar não deve atrapalhar as atividades educacionais;

- Recomenda-se uso de tênis ao invés de sandálias;

- É recomendável a hidratação, uso de boné, filtro solar e reelente de insetos;

- Para maior comodidade do grupo, as mochilas devem permanecer no veículo;

- O grupo deve caminhar junto ao guia, sem correr, e somente no trajeto indicado;

- Não remover folhas, flores, pedras e outros elementos do jardim;

- A grama poderá ser pisada somente nos locais indicados;

- Para evitar acidentes, os alunos devem permanecer a uma distância segura dos lagos;

- As visitas escolares têm duração de duas horas, com possível intervalo para lanche;

- Uma lanchonete oferece lanches leves (solicita-se informar previamente o número de alu-nos que optarão por esse serviço);

- A organização da visita também pode trazer o alimento, ou orientar que cada aluno traga seu próprio lanche. Nestes casos, prefira alimentos leves. Sugere-se que os alimentos sejam devidamente acondicionados em embalagens térmicas que evitem sua deterioração, pois deverão permanecer no veículo até o momento de serem levados pelo responsável da escola para distribuição aos alunos;

- O espaço é frequentado também por outras pessoas, cuide para manter sua harmonia e limpeza.

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Eixo Operacional 55

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Como agendar

Objetivando aprimorar o aproveitamento educacional na visita escolar, antes de solicitar o agendamento de visitas com alunos, os professores devem conhecer pessoalmente o Jardim Botânico Plantarum e participar de nossa pesquisa ação participativa, cujo propósito prin-cipal é motivar o desenvolvimento de projetos na escola, que justifiquem a futura visita com os alunos. Os professores interessados devem comunicar sua intenção de cadastrar-se e participar do projeto entrando em contato com nossa equipe educacional pelo e-mail [email protected] Professores já cadastrados em nossa pesquisa ação participativa, podem solicitar o agenda-mento de visitas escolares pelo e-mail [email protected] Nossa equipe fará contato para proceder ao agendamento da visita. Taxa Para a realização de visitas escolares a escola fará uma doação ao Jardim Botânico Plantar-um, no valor de R$ 20,00 (vinte reais), por aluno. Escolas públicas têm desconto de 50%, pagando apenas R$ 10,00 (dez reais) por aluno. Caso o pagamento seja feito em cheque, este deverá ser nominal ao Jardim Botânico Plan-tarum. Os condutores do veículo utilizado no transporte do grupo e os professores responsáveis pelo grupo são isentos da taxa de entrada.

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Eixo Operacional56

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Entrevista com profesores – pré visita escolar

Nome da instituição de ensino: ________________________________________________ ( ) Particular ( ) Pública

Endereço _______________________________ Cidade _______________ UF _________

Telefone ( __) ___________ Fax (__) ____________ E-mail _________________________

Nome do solicitante___________________________ E-mail ________________________

Cargo ou função _____________________________ Telefone: (___) _________________

Data pretendida para a visita ____/_____/______ Horário ( ) 9 às 11h ( )14 às 16h

Número de alunos ________ Faixa etária _________ Série / ciclo: ___________________

Algum portador de necessidades especiais? Qual? _________________________________

Qual o principal objetivo da visita? ____________________________________________

A visita terá relação com algum projeto da escola? _________________________________

O grupo já visitou outro Jardim Botânico? __________ Qual? _______________________

Após a visita será desenvolvida alguma atividade com o grupo na escola? ______________

________________________________________________________

De que forma tomou conhecimento do Jardim Botânico Plantarum?

( ) indicação de alguém ( ) televisão ( ) jornal impresso ( ) internet ( ) ____________

Gostaria de fornecer alguma informação adicional? _______________________________

__________________________________________ Entrevistador e data

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Eixo Operacional 57

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Regulamento de uso público do Jardim Botânico Plantarum

Srs. (as) visitantes.

O Jardim Botânico Plantarum é uma associação sem fins lucrativos, dedicada à educação, pesquisa e conservação da flora brasileira.A estrutura de atendimento contempla acessibilidade plena às pessoas com necessidades es-peciais, em toda a área de visitação.

• Dias de visitação: de quinta-feira a domingo, e feriados. • Horário de visitação: de 9 até as 17h. • Telefone para atendimento: 19 3466 5587

Nosso Programa de Educação Ambiental objetiva despertar nas pessoas o interesse pela conservação das plantas e uso parcimonioso dos recursos naturais.Ao visitar, divirta-se e contribua para manter a quietude, limpeza e harmonia do lugar. Pode-se caminhar no gramado. Algumas plantas e suas partes (galhos, flores, folhas, frutos e sementes) podem causar into-xicação. Cuide para que crianças estejam a uma distância segura dos lagos e de animais. Utilize as lixeiras. Realizamos a triagem e doamos os materiais recicláveis à associação local de catadores. Fotografias e filmagens são permitidas somente para uso pessoal e familiar! Para uso comercial a obtenção de imagens no local dependerá de autorização expressa do JBP. Em caso de dúvida ou dificuldade conte com nossa equipe. O Regulamento de uso público encontra-se disponível na recepção.

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Eixo Operacional58

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

No Jardim Botânico Plantarum não é permitido: - O acesso e a permanência de visitantes em estado físico ou psíquico que possa perturbar a boa ordem, tais como pessoas embriagadas, sob o efeito de substâncias entorpecentes, ou portando armas de fogo ou instrumentos perfurantes; - O acesso e a permanência de visitantes em trajes inadequados, tais como pessoas em roupas de banho ou sem camisa; - O acesso de crianças menores de 10 (dez) anos, desacompanhadas; - A entrada e circulação de velocípedes, triciclos, bicicletas, patins, skates, ou brinquedos similares. Não se incluem os carrinhos para bebê ou veículos elétricos individuais, para as pessoas de mobilidade reduzida, os quais deverão ser utilizados somente para a finalidade a que se destina; - Entrar com objetos que possam danificar o acervo ou perturbar a boa ordem, tais como: bolas, pipas, aeromodelos, bumerangues, dardos, e outros; bem como, instrumentos musicais, aparelhos sonoros e fogos de artifício, exceto os que forem utilizados em eventos organizados pela própria instituição; - Praticar qualquer ato ofensivo à moral e aos bons costumes; - Entrar com plantas ou com partes de plantas, da flora nativa ou exótica, salvo quando auto-rizado pelo setor competente da instituição; - Introduzir ou entrar com qualquer animal; - Escrever, gravar, pintar ou afixar letreiros, dísticos, palavras, cartazes, avisos ou figuras, nas árvores e demais plantas, bem como em qualquer estrutura, sem o devido consentimento da instituição; - Subir em balaustradas, cercas, bancos, monumentos, estátuas e demais construções e equi-pamentos; - Arrancar, danificar ou apanhar do chão, ou de qualquer planta, galhos, flores, folhas, frutos e sementes; - Alimentar, capturar, maltratar, molestar ou matar qualquer animal, bem como destruir ou danificar seus ninhos, abrigos e criadouros naturais; - Pisotear e/ou permanecer sobre os canteiros, subir nas árvores ou nas outras plantas;

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Eixo Operacional 59

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

- Arrancar ou danificar as placas de sinalização e/ ou de identificação das plantas; - Entrar ou colocar qualquer parte do corpo nos lagos, bem como pescar ou lançar objetos nos lagos; - A prática de atividades esportivas que ameacem ou perturbem os demais visitantes e o acervo, tais como: corrida, futebol, peteca, vôlei e outros. - A visitação de grupos escolares sem o prévio agendamento, ou sem o acompanhamento da equipe educacional do JBP. - A alimentação e a ingestão de bebidas alcoólicas ficam restritas às áreas especialmente destinadas à essa finalidade (lanchonete e restaurante), sendo vedada a prática de piquenique, churrascos, camping ou qualquer outra prática incompatível com a finalidade da instituição. - Vender ou oferecer artigos comerciais e de propaganda, salvo quando devidamente licen-ciado pelo JBP; - Angariar esmolas, donativos, contribuições, assinaturas, subscrições e outros recolhimentos semelhantes sem prévia autorização do JBP; - Deposição de cinzas, restos mortuários, oferendas, bem como depositar ou acender velas ou defumadores nas áreas doJBP;

As sugestões e reclamações dos visitantes serão registradas em livro próprio,localizado na recepção, ou poderão ser feitas no sítio eletrônico do

Jardim Botânico Plantarum.

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Eixo Operacional60

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Plano de comunicação

Dentre as diversas estratégias voltadas a obter sustentabilidade dos Programas de Educação Ambiental, destaca-se a necessidade de elaboração e prática de uma política de comunicação, com diretrizes definidas e articuladas com o projeto institucional.

O plano de comunicação do JBP tem promovido ampla difusão do Programa de Educação Ambiental, incluindo conteúdos educativos nas matérias jornalísticas veiculadas sobre a ins-tituição, em nosso portal na internet e nas redes sociais.

Espera-se que essa visualização do JBP colabora também para captação de parcerias que tornem possível ampliar o espectro de abrangência nas ações educacionais promovidas pela instituição.

A divulgação do Programa de Educação Ambiental vem sendo efetuada desde setembro / 2011, por meios impresso, digital, audiovisual e radiofônico, em diversos suportes, tais como:

• Envio de release e conteúdos educacionais aos meios diversos de comunicação;

• Envio de material impresso nas escolas de Nova Odessa e cidades vizinhas, órgãos públicos, associações, sindicatos, etc.

• Mailing dirigido aos parceiros cadastrados;

• Atualização das páginas do JBP no Orkut, Facebook, Twitter;

• Instalação de placas de trânsito em Nova Odessa nos acessos ao JBP;

• Atualização do portal JBP na internet, com as seguintes diretrizes:

• Funções de informação, interação e educação, com espaço dinâmico para atualizações cons-tantes, inserções de conteúdos e arquivos digitais diversos, como fotos, banners, pdf ’s, apre-sentações, planilhas, vídeos, etc.;

• Oportunizar a interação entre o plantarum e os visitantes (do jardim e do site).

• Incentivar postagens e indicações nas redes sociais;

• Reconstrução visual, tornando-o e mais atrativo, sem contudo torná-lo lento;

• Inserção dos menus Topo: JBP, Conservação, Pesquisa. Educação, Visite, Associe-se, com submenus em cascata detalhando cada subsetor da instituição;

• Inserção de calendário de eventos e atividades, enquetes, galerias de fotos e vídeos, arquivos de apoio didático, links úteis, mapas, informações gerais de interesse do usuário;

• Exibição das logomarcas de parceiros;

• Incluir as análises geradas pelo Google;

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Eixo Operacional 61

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Guia impresso de visitação - entregue na recepção a todos os visitantes

Page 62: MONTEIRO et al. Projeto Político Pedagógico do Jardim Botânico Plantarum

Eixo Operacional62

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Painéis interpretativos

JARDIM DOS SENTIDOS

Permita-se:

Comparar as formas;

Tocar as folhas e flores;

Notar a interação entre animais e plantas;

Perceber movimentos,sons e fragrâncias;

Sentir o efeito das cores;

Lembrar de alguém.

JARDIM DA MATA ATLÂNTICA

Composto por plantas nativas desse ameaçado bioma, que exigem alta umidade relativa do ar.

Principais grupos:samambaias, helicônias, bromélias, marantas, cipós, orquídeas e palmeiras de sombra.

JARDIM DA MATA ATLÂNTICA

Composto por plantas nativas desse ameaçado bioma, que exigem alta umidade relativa do ar.

Principais grupos:samambaias, helicônias, bromélias, marantas, cipós, orquídeas e palmeiras de sombra.

JARDIM DASUTILIDADES

Espécies vegetais utilizadas pelo homem:AlimentíciasMedicinaisCondimentaresTerapêuticasRitualísticasCombustíveisRepelentesOrnamentaisIndustriais

JARDIM DASUTILIDADES

Espécies vegetais utilizadas pelo homem:AlimentíciasMedicinaisCondimentaresTerapêuticasRitualísticasCombustíveisRepelentesOrnamentaisIndustriais

PLANTAS AQUÁTICAS

Crescem em ambientes muito úmidos, submersas (fixas ou livres) e flutuantes (livres).Algumas espécies são fundamentais para o abrigo e procriação de peixes.

Principais grupos:aguapés, salvínias, imbés, ninféias, papiros, algas, etc.

PLANTAS RUPÍCOLAS

Crescem em terrenos rochosos, exigem pouca umidade. São típicas de regiões secas e de campos rupestres.

Principais grupos: açucenas, suculentas, bromélias, cactos, canelas-de-ema, tuberosas e algumas orquídeas.

JARDIM DEBAMBUS

Plantas da família poácea, a mesma dos capins, arroz, milho, trigo, cana-de-açúcar, etc.

São gramíneas nativas do Brasil e de outros países.

Existem espécies de poucos centímetros de altura e algumas gigantes com mais 20 metros.

CAPTAÇÃO E USO DE ÁGUA

PLUVIALNo reservatório construído sob este piso e nos lagos, são armazenados mais de dez milhões de litros de água da chuva, que utilizamos para irrigar as plantas quando não chove!

Page 63: MONTEIRO et al. Projeto Político Pedagógico do Jardim Botânico Plantarum

Eixo Operacional 63

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

CENTRO CULTURAL

Lugar dedicado à vida e memória de Vera Luzia Samartin Lorenzi, em reconhecimento ao seu apoio e dedicação na realização deste jardim.

A família e amigos11 de novembro de 2011

ARBORETOColeção de árvores do Brasil, plantadas a partir de 1999.

As árvores são fundamentais para o equilíbrio do ecossistema.

Liberam oxigênio, protegem e fertilizam o solo, melhoram o clima, valorizam a paisagem, fornecem alimento e abrigo, inclusive ao homem.

JARDIM DOS FILODENDROS

Philodendron deriva do latim e significa

“amigo de árvore”.

São plantas da família arácea que crescem no chão ou apoiadas em árvores, mas sem prejudicá-las, ao contrário das plantas parasitas.

MELIPONÁRIOMelíponas são abelhas nativas do Brasil, conhecidas também como abelhas indígenas.

Não têm ferrão, como as europeias e africanas.

As abelhas também são úteis à polinização, que é o transporte de pólen entre as flores, favorecendo a formação de frutos.

JARDIM DOS BEIJA-FLORES

Composto por diversas espécies vegetais nativas do Brasil, da família das acantáceas.

As plantas desta família têm abundância de flores tubulosas e ricas em néctar, o alimento preferido dos beija-flores.

JARDIM BOTÂNICO

Área protegida, constituída no seu todo ou em parte, por coleções de plantas vivas cientificamente reconhecidas, organizadas, documentadas e identificadas, com a finalidade de estudo, pesquisa e documentação do patrimônio florístico do País, acessível ao público, no todo ou em parte, servindo à educação, à cultura, ao lazer e à conservação do meio ambiente.

Conselho Nacional do Meio Ambiente Resolução 339 - 25/07/2003

ÁREA DE COMPOSTAGEM

E DEPÓSITODE RESÍDUOS

VEGETAIS

Acesso restrito

Neste local os resíduos orgânicos do jardim são compostados, originando um excelente revitalizador de solo, rico em nutrientes vegetais.

ESTAÇÃO DE TRIAGEM E

DEPÓSITO DE RECICLÁVEIS

Acesso restrito

Todo o material reciclável gerado na instituição é doado à associação local de catadores.

Apoie a coleta seletiva!

PASSADO PRESENTE FUTURO

Nesta área já funcionou uma fábrica de peças industriais.

Em 1998, quando foi iniciado o jardim, havia poucas plantas.Agora são mais de 3500 espécies diferentes!

O Jardim Botânico Plantarum é fruto do esforço e dedicação de inúmeras pessoas.

Incentivar as crianças a cuidar da natureza é tão importante para as crianças quanto para a natureza!

Page 64: MONTEIRO et al. Projeto Político Pedagógico do Jardim Botânico Plantarum

Eixo Operacional64

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Desenvolvimento

Revisar a documentação enviada à CNRJB, Política Nacional de Educação Ambiental, Diretrizes para o Desenvolvimento de Estratégias Individuais para Educação Ambiental em Jardins Botânicos. Consulta à internet.

Elaborar planilha para receber os dados sobre nú-mero de escolas, alunos, professores e contato das instituições de ensino no município.

Sistematizar os dados obtidos na pesquisa bibliográ-fica e junto à Coordenadoria de Educação.

Quantificar e especificar as despesas com recursos humanos e materiais.

Avaliação e correção do documento pela equipe dos diversos setores da instituição.

Arte final das peças JBP: guia de visitação, placas interpretativas, placas direcionais, placas de transito, opinário, urna, placa de parceiras, uniformes, revisão do site.

Reunião com web designer, redação das páginas novas.

Divulgar nos cursos de Ciências biológicas, peda-gogia, turismo, geografia, engenharia ambiental e florestal.

Elaborar a lista de contatos e enviá-la à empresa web

Contratação da equipe de atendimento, impressão das apostilas, equipamento audiovisual,

Checagem da lista

Participação na EXPOFLORA, mailing e visita às Insti-tuições de ensino de Nova Odessa e região.

Desenvolvimento contínuo de projetos para sub-missão em Editais e fundos, além de patrocínios da iniciativa privada.

Selecionar nos instrumentos legais, literaturas e projetos de outras instituições as informações úteis ao PEA do Jardim Botânico Plantarum.

Obter dados sobre a educação no município e via-bilidade de concessão de transporte dos grupos escolares para visitação.

Delinear o Programa de Educação Ambiental.

Dimensionar o custo de implantação da fase inicial do PEA.

Validação do PPP.

Impressão das peças gráficas, placas.

Atualização das informações da web site, redes de relacionamento

Recrutamento e seleção de estagiários

Divulgação da abertura ao público

Instrumentalização da equipe de atendimento ao público

Abertura ao público

Convidar instituições de ensino para as ações do PEA, em 2012

Atingir a sustentabilidade do Programa de Educa-ção Ambiental do Jardim Botânico Plantarum

Pesquisa bibliográfica

Reunião com a Coor-denadoria Municipal de Educação.

Redação do PPP

Orçamento

Workshop

Produção

Revisão

Lançar Edital

Mailing

Capacitação

Inauguração

Divulgação

Captação

Março a junho 2011

Julho 2011

Março a Agosto 2011

Agosto 2011

Agosto 2011

Agosto 2011

Agosto 2011

Setembro 2011

Setembro 2011

Novembro 2011

Novembro 2011

Desde setembro 2011

Ato contínuo

ProvIDêncIA objETIvo QuAnDorEQuIsITos

Page 65: MONTEIRO et al. Projeto Político Pedagógico do Jardim Botânico Plantarum

Eixo Operacional 65

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Cronograma

Pesquisa bibliográfica

Reunião Coordenadoria Municipal de Educação

Redação do PPP

Orçamento

Workshop

Produção

Revisão

Lançar Edital

Mailing

Capacitação

Inauguração

Divulgação

Captação

AÇÃo AGo sET ouT nov DEZ 2012juLjunMAIAbrMAr

Page 66: MONTEIRO et al. Projeto Político Pedagógico do Jardim Botânico Plantarum

Eixo Operacional66

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Plano de ações estratégicas

A fim de atuar em consonância com os objetivos da Convenção da Diversidade Biológica e com as diretrizes da Estratégia Global para Conservação de Plantas, esta seção foi adaptada à realidade do Jardim Botânico Plantarum, tendo como base - por sua completude e abran-gência - o trabalho desenvolvido em 2010 pela Comissão de Educação Ambiental da Rede Brasileira de Jardins Botânicos.

Capacitar à equipe de educação ambiental do Jardim Botânico Planta-rum.

Destinar espaço físico adequado e com a infra- estrutura necessária para a equipe de educação ambiental

Alocar recursos no orça-mento institucional para educação ambiental

Participar da lista de dis-cussão sobre EA, no site da RBJB.

Participar da lista de dis-cussão sobre EA, no site da RBJB.

Produzir material didáti-co de EA.

Realizar pesquisas em metodologias de desen-volvimento e avaliação de projetos de EA.

Incentivar os trabalhos da Comissão de Educação Ambiental da RBJB

Promover pesquisas par-ticipativas para desenvolvi-mento de ações de EA.

Promover eventos de educação ambiental .

Promover eventos de educação ambiental .

META: EsTruTurAr E InsTITucIonALIZAr A EQuIPE DE EDucAÇÃo AMbIEnTAL

AÇõEs sTATus ATuAL sTATus IDEAL rEQuIsITos PArcEIros PoTEncIAIs PrAZo EsTIMADo

Processo contínuo de capacitação mediante atividades semanais.

Em implantação.

Orçamento suficiente para atender à demanda do setor.

Idem acima

Idem acima

Livros já publicados pela equipe técnica do JBP. Há em nosso site a seção apoio didático com mate-riais de EA.

Revisão bibliográfica e experimentos constantes nesse PPP.

O Jardim Botânico Plan-tarum ainda não é filiado à RBJB

Revisão bibliográfica e pesquisa já iniciada.

Em início de atividade.

Em início de atividade.

Aprimoramento constan-te da equipe.

Utilizar o Espaço Cultu-ral e Beneficente Vera Samartin Lorenzi como sede do Grupo de Educa-ção Ambiental JBP.

A captação de recursos externos precisa crescer.

Idem acima

Idem acima

Publicação regular, em vias impressas e digitais.

Pesquisa contínua aplica-da.

Filiar-se à RBJB

Pesquisa ação partici-pativa contínua com o público atendido.

Promover o calendário de eventos do JBP.

Promover o calendário de eventos do JBP.

Palestras, oficinas, estu-dos dirigidos, exibições de cinema comentado, visitas a outros JB’s, etc.Material de apoio.

Adaptação do espaço, móveis e objetos, aqui-sição de equipamentos. Patrocínios em projetos, que contemplem estru-tura física.

Captar patrocínio para projetos e em editais e fundos.

Idem acima

Idem acima

Captar recursos em pa-trocínio de projetos, fun-dos e editais.

Desenvolvimento do Programa de Educação Ambiental JBP.

Ampliar o contato entre as instituições.

Desenvolvimento do Programa de Educação Ambiental.

Promover ampla divulga-ção e captar parceiros.

Promover ampla divulga-ção e captar parceiros.

Demais JB’s, outras ONG’s, Universidades e empresas.

Empresas do setor mobi-liário e multimídia.

Prefeitura Municipal, Universidades, Empresas, Fundos e Editais.

Idem acima

Idem acima

Empresas, fundos e edi-tais.

Demais JB’s, Universida-des, Escolas atendidas, parceiros em projetos, público atendido.

Outros JB’s, principal-mente os que são locali-zados próximos ao JBP.

Público atendido em geral, Universidades, Escolas, parceiros em projetos.

Imprensa, outros JB’s, escolas e universidades.

Imprensa, outros JB’s, escolas e universidades.

Processo contínuo a partir de novembro 2011.

A partir de 2012.

Ato contínuo.

A partir de 2012

A partir de 2012

A partir de 2012.

A partir de 2011.

A partir de 2012

A partir de 2011.

A partir de 2012

A partir de 2012

Page 67: MONTEIRO et al. Projeto Político Pedagógico do Jardim Botânico Plantarum

Eixo Operacional 67

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Aumentar a conscien-tização do público em geral sobre o valor das plantas nativas para o patrimônio brasileiro como instrumento para o desenvolvimento susten-tável.

Desenvolver ações de EA considerando os diferen-tes níveis de informação do público sobre o tema, bem como sobre as relações de uso e con-servação da diversidade florística.

META: EDucAr Ao PúbLIco EM GErAL E Aos ProfIssIonAIs Do sETor PArA A consErvAÇÃo DA bIoDIvErsIDADE. uTILIZAr TécnIcAs E PráTIcAs DEsEnvoLvIDAs no LocAL, rEsGuArDAnDo A cuLTurA rEGIonAL.

AÇõEs sTATus ATuAL sTATus IDEAL rEQuIsITos PArcEIros PoTEncIAIs PrAZo EsTIMADo

Livros já publicados pela equipe técnica do JBP.

O Programa de Educação Ambiental contempla essa diversidade.

Publicação regular de material destinado à EA.Como o foco do JBP é a conservação da flora brasileira, todo material produzido para EA terá esta ênfase.

Implantar e avaliar o Ca-lendário de Eventos JBP.

Captar recursos em pa-trocínio de projetos, para via impressa dos mate-riais de apoio.

Diversificar atividades e modos de abordagem. Colaborar para produção de materiais paradidáti-cos em processos educo-municativos.

Empresas, fundos e edi-tais.

ONG’s locais, Universida-des, inclusão de minorias e comunidades tradicio-nais.

A partir de 2011.

A partir de 2011.

Page 68: MONTEIRO et al. Projeto Político Pedagógico do Jardim Botânico Plantarum

Eixo Operacional68

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Sensibilizar o público para a necessidade da conservação dos ambien-tes naturais e dos com-ponentes da diversidade biológica, bem como para o papel dos JB’s.

Popularizar os conheci-mentos técnico-cientifi-cos produzidos pelo JBP.

Promover atividades edu-cativas para diferentes segmentos da sociedade

Elaborar plano de EA considerando a realida-de do jardim botânico quanto às peculiaridades ao público atendido, do ambiental natural e cul-tural.

Formar parcerias com a comunidade escolar para desenvolvimento de ati-vidades de EA.

Desenvolver atividades de EA dirigidas ao corpo funcional.

Realizar diagnóstico do perfil do público envolvi-do nos projetos do JBP

META: GArAnTIr QuE A IMPorTâncIA vITAL Dos jArDIns boTânIcos PArA A consErvAÇÃo sEjA rEconhEcIDA PELo PúbLIco EM GErAL, IncLusIvE o GovErno, EMPrEsAs E InsTITuIÇõEs PrIvADAs E coMunIDADEs LocAIs.

AÇõEs sTATus ATuAL sTATus IDEAL rEQuIsITos PArcEIros PoTEncIAIs PrAZo EsTIMADo

O Programa de Educação Ambiental privilegia es-tes aspectos.

O PEA contempla essa ação.

O PEA contempla essa ação.

O PEA contempla essa ação.

O PEA JBP contempla essa ação.

O PEA contempla essa ação.

Interface com o público recém iniciada.

Promover ampla divul-gação do Programa de Educação Ambiental e dos resultados.

Desenvolvimento de pes-quisa aplicada.

Atender a públicos diver-sos.

PEA em execução.

Viabilizar o programa Jardim Botânico Planta-rum vai à Escola. Capaci-tar professores.

Programa de educação corporativa em execução.

Realizar prospecção dos públicos atendidos.

Desenvolver e divulgar as atividades do PEA.

Apresentação dos proje-tos do PEA em eventos científicos.

Diversificar a oferta de atividades durante o ano.

Avaliação anual do PPP.

Parceria já estabelecida com a Prefeitura. Falta captar recursos para via-bilizar o projeto.

Interface com as demais áreas da Instituição.

Detectar quais os públi-cos atendidos.

Imprensa, Fóruns desti-nados ao tema.

Público em geral, demais JB’s, Universidades, co-munidade escolar.

Outras ONG’s, outros JB’s, associações diversas, grupos escoteiros, e ou-tros.

Prefeitura Municipal, Co-munidade escolar, Uni-versidades, empresas.

Prefeitura Municipal (Coordenadoria de Edu-cação), Empresas.

Gestores das demais áre-as da instituição.

Prefeitura Municipal, comunidade escolar, Uni-versidades.

A partir de 2011.

A partir de 2011.

A partir de 2011.

A partir de 2012.

A partir de 2012.

A partir de 2011.

A partir de 2011.

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Eixo Operacional 69

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Plano de metas para 2012

- Agendar e realizar visitas escolares com os professores da educação infantil da rede pública municipal de ensino, totalizando aproximadamente 60 docentes;

- Agendar e realizar visitas escolares com os alunos da educação infantil da rede pública mu-nicipal de ensino, totalizando aproximadamente 1200 discentes;

- Agendar e realizar visitas escolares com professores e alunos da rede privada de ensino de Nova Odessa e região, totalizando aproximadamente 500 pessoas.

- Atender na modalidade de visita autônoma a um contingente de 2000 pessoas durante o ano, não excedendo o limite de até 300 pessoas por dia de visitação;

- Captar patrocínio da iniciativa privada destinada a editar, imprimir e distribuir o caderno de apoio ao professor, contendo as informações requeridas para planejar e organizar as visitas escolares ao JBP (1000 unidades);

- Implantar o Calendário anual de atividades, com programação de atividades educacionais dirigidas aos funcionários e visitantes (palestras, sessões de cinema comentado, exposições, oficinas e apresentações culturais serão algumas das intervenções realizadas pela equipe do JBP e por parceiros, conforme plano abaixo:

Durante todo o ano – exposições botânicas de diversas famílias

Janeiro – Oficinas de férias

Março – Dia da Mulher + Semana da Água

Maio – Dia das Mães

Junho – Semana de meio ambiente + Dia dos Namorados

Julho – Oficinas de férias + Dia dos Avós

Agosto – Dia dos Pais + Exposição fotográfica

Setembro – Festa anual das árvores

Outubro – Semana da criança + Dia do Professor

Novembro – Aniversário do Jardim Botânico Plantarum

Dezembro – Mostra anual de atividades

- Implantar o plano de avaliação do Programa de Educação Ambiental, descrito a seguir.

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Eixo Operacional70

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Monitoramento e avaliação

O monitoramento e a avaliação do Programa de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum serão realizados pelo Grupo de Educação Ambiental utilizando-se para isso di-versos instrumentos e parâmetros complementares, que consorciados, orientarão a revisão periódica do presente Projeto Político Pedagógico.

“Seja pela inadequação dos instrumentos avaliativos tradicionais ou pela ausência de instrumentos específicos, a avaliação de ações de Educação Ambiental tem se configurado como uma questão pro-blemática nos últimos anos“ (TOMAZELLO, 2001).

Complementa Tarin (1994), “se adotarmos processos de avaliação mais rígidos e quantita-tivos, correremos o risco de prescindir de elementos que melhor caracterizam a educação ambiental. A avaliação utilizada na escola tradicional não se adéqua a esta nova visão de realidade ambiental”. Considerando as orientações acima, optou-se como estratégia para evitar endogenia na ava-liação e ainda incentivar a manifestação de expressões pelo público, a diversificação dos meios de coleta de dados.Ao sistematizar o conjunto das expressões (espontâneas e solicitadas) será possível detectar indícios de nível de satisfação, grau de assimilação de conteúdos, motivação e mudança com-portamental, assim como identificar as demandas originadas pelo anseio público em relação à instituição.Pretende-se instigar a emissão de opinião entre o público usufruente do Programa de Edu-cação Ambiental em diferentes suportes, tais como:

Livro de registros de visitantes

Caderno permanentemente à disposição dos visitantes na recepção.

Pesquisa ação participativa

Será realizada com professores, antes e depois da visita escolar. Tem como objetivo prospec-tar o perfil dos professores, o grau de preparação dos alunos para a vista e a possibilidade de desenvolvimento de projetos em parceria com a escola.

Relatório de atividade

Elaborado pela equipe educacional e parceiros a cada atividade desenvolvida.

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Eixo Operacional 71

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Sua opinião é muito importante!

Se preferir, identifique-se

Nome_____________________________________ Idade ________ Profissão____________________

Cidade de origem ___________________________ E-mail ____________________________________

Como teve conhecimento da instituição? ( ) jornal / revista ( ) internet ( ) indicação ( ) televisão

Já conhecia os objetivos do Jardim Botânico Plantarum? ( ) sim ( ) não

Utilizou o site da instituição para obter informações? ( ) sim ( ) não

Já visitou outro Jardim Botânico? ( ) não ( ) sim Qual? ____________________________________

Como avalia as placas de trânsito no acesso ao JBP? ( ) ótimas ( ) boas ( ) regulares ( ) ruins

Como avalia o atendimento na recepção? ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim

Sua opinião sobre o atendimento da monitoria: ( ) ótima ( ) boa ( ) regular ( ) ruim

Como avalia o atendimento no restaurante? ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não utilizei

Como avalia o atendimento na loja? ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não utilizei

Em sua opinião qual principal benefício proporcionado pelo JBP?

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Espaço para sua livre expressão (críticas, elogios, comentários, reclamações, etc.

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A equipe do Jardim Botânico Plantarum agradece por sua valiosa colaboração!

Opinário

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Eixo Operacional72

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Análise quantitativa

Terá como objetivo principal mensurar os índices de atendimento ao público na instituição, contribuindo para estimar seu desenvolvimento e sua performance futura.

Visitantes escolares

Visitantes ingresso

Visitantes isentos

Visitantes convidados

Visitantes associados

Total de visitantes

Acessos ao web site

Downloads

Comentários no site

Opinários preenchidos

Opinários identificados

Reclamações

Sugestões

Elogios

Críticas

DADos coLETADos AGo sET ouT nov DEZ 2012juLjunMAIAbrfEv MArjAn

Análise de impacto da visitação

Terá como objetivo monitorar e detectar soluções para eventuais impactos decorrentes da visitação no espaço institucional e em seu entorno.Buscará avaliar, dentre outros aspectos, se a visitação ocasionará:

• Pisoteio excessivo dos gramados;• Extração de flores, ou propágulos de plantas;• Pisoteio nos canteiros;• Lançamento de detritos em locais inapropriados;• Comportamentos incompatíveis ao espaço;• Sobrecarga de uso em determinado espaço / estrutura / equipamento;• Transtorno ao tráfego viário do bairro;

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Eixo Operacional 73

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Monitoramento de resíduos

Tem como objetivo caracterizar e dimensionar os aspectos relacionados à geração, tratamento e destinação adequada aos resíduos gerados em decorrência da visitação.

Buscará responder quais os tipos de resíduos gerados, respectiva quantidade de cada tipo, o custo operacional relacionado e quais são as demandas requeridas para incentivar a coleta seletiva em todo o bairro.

Optou-se por somente instalar lixeiras no interior das edificações e não no jardim.

Essa atitude tem objetivo de reduzir as chances de proliferação de pernilongos e também de incentivar o consumo consciente pelos visitantes.

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Equipe Técnica74

J A R D I M B O T Â N I C O P L A N T A R U M

Equipe técnica

Antonio Campos Rocha Neto Biólogo

Daiara Rodrigues NunesGraduanda em engenharia ambiental

Gabriela Dal Bianco CapistranoGraduanda em pedagogia

Harri José LorenziEngenheiro agrônomo MSc.

José André Verneck MonteiroPedagogo

Karley Augusto de MouraProdutor gráfico

Sheila Cristina Brianez Saiz GarciaContabilista

Vanessa Fernandes Gonçalves BrochiniFisioterapeuta

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Fontes Consultadas 75

P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C O

Fontes consultadas

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BEDIAGA, Begonha. Conciliar o útil ao agradável e fazer ciência: Jardim Botânico do Rio de Janeiro - 1808 a 1860. Hist. cienc. saude-Manguinhos [online]. 2007, vol.14, n.4, pp. 1131-1157. ISSN 0104-5970.

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_____. Decreto nº. 4281 de 25 de junho de 2002. Regulamenta a Lei n. 9795, de 27 de abril de 1999 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 26 jun. 2002. Disponível em: <http://www.ibama.gov.br/cgeam/download.php?iddownload=9>. Acesso em: 11 dez. 2010.

_____. Lei nº. 9795, de 27 de abril de 1999: dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília 28 abr. 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L9795.htm>. Acesso em: 11 abr. 2011.

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