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NATURALISMO
LITERATURAProf. Adriana
Christinne
• O naturalismo surgiu na França em meados do século XIX coma publicação da obra “Germinal” do escritor francês Émile Zola.
LITERATURAProf. Adriana Christinne
• O Naturalismo é a radicalizaçãodo Realismo.
• Iniciou-se com a Escola deBarbizon (1880) - essa novaescola literária baseava-se naobservação fiel da realidade e naexperiência, mostrando que oindivíduo é determinado peloambiente e pela hereditariedade.
LITERATURAProf. Adriana Christinne
CONTEXTO HISTÓRICOO naturalismo surge numa época de extremo cientificismo edescobertas em diversos campos do saber: o positivismo, deAugusto Comte, o Evolucionismo de Darwin, a Psicologia, aspesquisas antropológicas e avanços políticos: democracia,liberalismo e socialismo.
LITERATURAProf. Adriana Christinne
1881: Início do Naturalismo brasileiro com a publicação do livro “O Mulato” de Aluísio de Azevedo;
1875: Início Naturalismo português na década com a publicação da obra de “O Crime do Padre Amaro” (1875) de Eça de Queirós.
LITERATURAProf. Adriana Christinne
• O Naturalismo apresenta as mesmas características doRealismo, porém acentuadas;
• A visão naturalista é essencialmente cientificista e determinista:O ser humano age por instinto, não tem o poder de interferir emseu destino por meio da razão e da vontade.
LITERATURAProf. Adriana Christinne
• O autor naturalista pretende, com suas obras, mostrar ao leitorque o meio determina o comportamento das pessoas;
• Ao escritor naturalista, mais do que registrar o contexto em quese desenvolvia a sociedade nesse momento, interessavaanalisar o indivíduo de temperamento doentio.
LITERATURAProf. Adriana Christinne
• A principal característica do Naturalismo é o cientificismoexagerado que transformou o homem e a sociedade emobjetos de experiências;
• Descrições minuciosas e linguagem simples;
• Preferência por temas como miséria, adultério, crimes,problemas sociais, taras sexuais e etc. A exploração de temaspatológicos traduz a vontade de analisar todas as podridõessociais e humanas sem se preocupar com a reação do público;
• Ao analisar os problemas sociais, o naturalista mostra umavontade de reformar a sociedade, ou seja, denunciar estesproblemas, era uma forma de tentar reformar a sociedade.
LITERATURAProf. Adriana Christinne
CARACTERÍSTICAS• Romance experimental;
• Aspectos instintivos e biológicos;
• Determinismo: hereditariedade, a raça, o meio e a sociedade;
• Experimentalismo científico;
• Objetividade das Ciências Naturais;
• Patologia humana e social;
• Zoomorfização;
• Os marginalizados;
• O reducionismo e o esquematismo.
LITERATURAProf. Adriana Christinne
• Objetividade e Materialismo
• Cientificismo e Determinismo
• Positivismo e Darwinismo
• Linguagem simples e coloquial
• Descrições minuciosas
• Realidade e denúncia social
• Temas polêmicos
• Leis na natureza
• Paisagens rurais
• Instinto humano
• Homem como produto biológico
• Personagens marginalizados
• Negação dos aspectos românticos
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REPRESENTANTE: BRASIL• Aluísio de Azevedo: O Mulato; O Cortiço.
• Adolfo Caminha: Bom Crioulo.
• Inglês de Souza: Contos Amazônicos; O Missionário.
• Raul Pompéia: O Ateneu.
• Adherbal de Carvalho: A Noiva.
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NATURALISMO NO BRASIL• No país, a tendência manifesta-se nas artes plásticas e na
literatura. Não há produção de textos para teatro, que se limitaa encenar peças francesas.
• Na literatura, em geral não há fronteiras nítidas entre textosnaturalistas e realistas. No entanto, o romance O Mulato(1881), de Aluísio Azevedo (1857-1913), é considerado omarco inicial do naturalismo no país.
LITERATURAProf. Adriana Christinne
ALUÍSIO DE AZEVEDO
Aluísio Tancredo Belo de Azevedo (São Luis-Ma 1857 / Buenos Aires 1913) teve vidaatribulada, escrevendo por necessidade,produzindo romances e contribuindo em váriosjornais. Foi boêmio. Mais tarde foi diplomata eserviu na Espanha, Itália, Japão e Argentina.
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Escreveu e divulgou seus trabalhos através da imprensa paraatender a massa popular. Introduziu o Naturalismo no Brasil com"O mulato". Também com ele surge o romance social. Sua obracontém uma boa dose de pessimismo, ausência desentimentalidade.
Obras: "O mulato", "Casa de Pensão", "O cortiço", "Uma lágrimade mulher", "Memória de um condenado", "O coruja", "Oesqueleto", "A mortalha de Alzira", "Os demônios".
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JÚLIO CESARJúlio Cesar Ribeiro (Sabará MG 1845 - Santos1890) Foi professor e jornalista. Era orgulhoso eviolento, porém muito culto. Conheciaprofundamente a gramática inglesa, aplicando-aà língua portuguesa. Foi abolicionista erepublicano. Sua obra mais importante foi "Acarne" que é muito pobre e vazia, fugindotremendamente da proposição de Zola. Ele querprovar a superioridade do instinto sobre aintelectualidade (Lenita, moça fina, muito culta ,deixa-se dominar por Barbosa, um grosseiro,apesar de muito experimente).
Obras: "A carne", "O Pe.Belchior da ponte","Cartas Sertanejas".
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INGLÊS DE SOUZA
Herculano Marcos Inglês de Souza (Óbidos-Pa1853 / Rio de Janeiro 1918) Formado em Direito,exerceu a advocacia e foi bom romancista. Suaobra mais importante foi "O missionário".Aproxima-se bastante de Zola. Mostra o caráterexterior das pessoas.
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"O missionário" é um livro que entontece, embriaga e farta comouma bebida forte do Amazonas (Araripe Júnior). Neste livro oautor narra um missionário que combate toda a espécie de mal,porém, aos poucos, deixa-se levar por Clarinha com quem passaa conviver mais tarde.
Obras: "O missionário", "O coronel Sangrando", "Cenas da vidaAmazônica", "O calculista".
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ADOLFO CAMINHAAdolfo Ferreira Caminha (Aracati CE 1867- Rio1897) Foi marinheiro. Contribuiu para a literaturabrasileira com "A normalista". Escreveu sobreproblemas sexuais. "A normalista é a história deum incesto entre Maria do Carmo e seu padrinhoJoão da Mata.
Obras: "A normalista", "Bom crioulo", "A tentação","Judith", "Lágrimas de um crente", "No país dosIanques".
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DOMINGOS OLÍMPIO BRAGA
Domingos Olímpio Braga Cavalcanti (SobralCE 1850 – Rio de Janeiro 1906) Formado emDireito em Recife, exerce atividade jornalística.Foi republicano e promotor em Sobral. Fundaa revista: "Os anais". Sua principal obra é"Luzia Homem". Ele é um dos últimos autoresdo Naturalismo. O livro "Luzia-Homem"focaliza o linguajar nordestino.
Obras: "Luzia-homem","O Almirante". Quasetoda a obra deste autor permanece inédita.
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ESCRITORES NATURALISTA PORTUGUESES
• Eça de Queirós (1845-1900): “O Mistério da Estrada de Sintra”(1970), “O Crime do Padre Amaro” (1875) e “A Tragédia da Ruadas Flores” (1877).
• Francisco Teixeira de Queirós (1848-1919): “Os MeusPrimeiros Contos” (1876), “Amor Divino” (1877) e “Os Noivos”(1879)
• Júlio Lourenço Pinto (1842-1907): Margarida (1879), VidaAtribulada (1880) e “Esboços do Natural” (1882).
• Abel Botelho (1854-1917): “Claudina” (1890) “O Barão DeLavos” (1891), “Os Vencidos Da Vida” (1892)
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EÇA DE QUEIRÓS• José Maria de Eça de Queirós nasceu no dia
25 de novembro de 1845 em Póvoa do Varzim,cidade localizada no norte de Portugal.
• Era filho do brasileiro José Maria Teixeira deQueiroz e da portuguesa Carolina AugustaPereira de Eça.
• Passou grande parte de sua infância nacidade de Aveiro aos cuidados de sua avó.Mais tarde, foi morar no Porto a fim de estudarno Colégio Interno da Lapa, no qual se formouem 1861.
• Seguiu os passos de seu pai (Magistrado ePar do Reino) e foi estudar Direito naUniversidade de Coimbra, graduando-se em1866.
• Chegou a exercer a profissão de advogado e,mais tarde, de jornalista na cidade de Lisboa.
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1ª fase – Romântica (Prosas Bárbaras): temas e idealizações
Românticas, descrições já Realistas e estilo de feições
Simbolistas.
2ª fase – Realista (O Crime do Padre Amaro, O Primo Basílio,
Os Maias): romance de costumes, com a análise objetiva e
crítica da sociedade.
3ª fase - Realista de Transição (A Ilustre Casa de Ramires, A
Cidade e as Serras, Últimas Páginas): moderação no sarcasmo
e na ironia, sentimento mais afetivo em relação à Portugal.
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LITERATURAProf. Adriana Christinne
Alguns membros da chamada “Geração de
70″(1870). Eça é o 2º a contar da direita para a
esquerda.
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“A revolução é um facto permanente, porque é manifestação concretada lei natural de transformação constante, e uma teoria jurídica, poisobedece a um ideal, a uma ideia. É uma influência proudhoniana. Oespírito revolucionário tem tendência a invadir todas as sociedadesmodernas, afirmando-se nas áreas científica, política e social. Arevolução constitui uma forma, um mecanismo, um sistema, quetambém se preocupa com o princípio estético. O espírito da revoluçãoprocura o verdadeiro na ciência, o justo na consciência e o belo naarte.”
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• O Naturalismo em Portugal tem início na década de 1875 coma publicação da obra de “O Crime do Padre Amaro” (1875) deEça de Queirós.
• Embora ele seja mais citado como escritor realista, a obra deEça abrange diversas características do naturalismo.
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REALISMO X NATURALISMOREALISMO NATURALISMO
Romance documental,apoiado na observação e naanálise.
Romance experimental,apoiado na experimen-tação científica.
Acumula documentos,fotografa a realidade, paradar impressão de vida real.
Imagina experiências queremetem a conclusões, queseriam impossíveis
Arte desinteressada,impassibilidade.
Arte engajada, dedenúncia, de indagaçõespolíticas e sociais.
LITERATURAProf. Adriana Christinne
Seleciona os temas, temaspirações estéticas, buscao belo.
Detém-se nos aspectosmais torpes e degradantes.
Reproduz a realidadeexterior, bem como ainterior, através da análisepsicológica.
Centra-se em aspectosexteriores; atos, gestos,ambientes.
Volta-se para a psicologia,para o indivíduo.
Prefere a biologia, a pa-tologia, centra-se mais nosocial.
LITERATURAProf. Adriana Christinne
É indireto na interpretação,o leitor tira suas conclusões.
Expõe conclusões, cabe aoleitor discuti-las.
Grande preocupação com oestilo.
O estilo está em segundoplano, primeiro, a denúncia.
Retrata a crítica às classesdominantes, a altaburguesia urbana
Espelha-se nas camadasinferiores, o proletariado, osmarginais.
LITERATURAProf. Adriana Christinne
Entrada da Universidade de Coimbra, com um jardim que hoje já não existe.
LITERATURAProf. Adriana Christinne